Este documento apresenta um estudo sobre a geração e tratamento de percolado no aterro sanitário da Caturrita em Santa Maria-RS. Foram avaliados métodos para estimar o volume de percolado gerado, como o balanço hídrico, racional e suíço. O método do balanço hídrico apresentou a curva de tendência mais próxima dos dados reais. O sistema de tratamento por lagoas de estabilização teve eficiência insuficiente para atender aos requisitos legais.
1) O documento apresenta um estudo de caso sobre o rio São Francisco e sua bacia hidrográfica, realizado por pesquisadores da UFBA.
2) Foram analisados os impactos das alterações no regime de vazões do rio causadas por barragens e usos da água sobre variáveis biológicas.
3) Os estudos visam definir um hidrograma ambiental para o baixo curso do rio, que estabeleça a quantidade e distribuição de água necessárias para manter os ecossistemas aquáticos.
ESTABELECIMENTO DE SUBSÍDIOS PARA A DELIMITAÇÃO DE PERÍMETRO DE PROTEÇÃO DE P...Gabriella Ribeiro
O documento descreve um estudo realizado para delimitar os perímetros de proteção de poços de abastecimento público no oeste do estado de São Paulo, Brasil. O estudo mapeou e avaliou as condições de 731 poços ativos, identificou fontes potenciais de contaminação e calculou os perímetros de alerta. As principais recomendações incluem restrições em potenciais fontes poluidoras dentro dos perímetros de proteção e melhorias na proteção sanitária dos poços.
1. O documento apresenta uma estimativa dos custos para construção de um aterro sanitário em São Carlos-SP para os próximos 20 anos.
2. Foram realizadas sondagens no solo da área selecionada e projetou-se a geração anual de resíduos até 2029, chegando a um volume total necessário de 3,5 milhões de m3.
3. O texto descreve os principais componentes e infraestrutura necessários para um aterro sanitário moderno de acordo com normas ambientais, visando um prazo mínimo
A legislação Europeia e a avaliação ecológica dos rios - Portugal, União Euro...CBH Rio das Velhas
O documento discute o impacto da Directiva Quadro da Água na monitorização e restauração ecológica dos rios na Europa e Portugal. A Directiva estabeleceu uma abordagem holística baseada na avaliação do estado ecológico das massas de água e objetivos de qualidade. Isso levou ao desenvolvimento de métodos de monitorização biológica e projetos de cooperação europeia. A Directiva também promove a restauração ecológica dos rios através de vários casos de estudo apresentados no documento.
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...Gabriella Ribeiro
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE EXPLOTAÇÃO SUBTERRÂNEA. ENSAIO DE APLICAÇÃO: ÁREA URBANA DE SÃO CARLOS-SP
MODELAGEM DA OSCILAÇÃO DO NÍVEL FREÁTICO PARA MENSURAR O VOLUME EXPLORÁVEL DA...Gabriella Ribeiro
Este documento descreve o uso da geoestatística para modelar as oscilações do nível freático e medir o volume de água subterrânea explorável. Os autores interpolaram os níveis freáticos em diferentes datas para estimar o volume armazenado e avaliar o uso de áreas de preservação como estoques de curto prazo para abastecimento público. Os resultados mostraram que a geoestatística permite monitorar os aquíferos e fornecer dados para gestão dos recursos hídricos subterrâneos.
EXPANSÃO DO AGROHIDRONEGÓCIO NO PONTAL DO PARANAPANEMA (UGRHI-22): OCUPAÇÃO D...Gabriella Ribeiro
EXPANSÃO DO AGROHIDRONEGÓCIO NO PONTAL DO PARANAPANEMA (UGRHI-22): OCUPAÇÃO DA TERRA PELA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR ENTRE OS ANOS DE 2002 E 2013 X VULNERABILIDADE DE AQUÍFEROS
Dimensionamento de aterros sanitários em valasJupira Silva
Este documento descreve o desenvolvimento de um sistema de apoio computacional para dimensionar aterros sanitários em valas para municípios de pequeno porte. O sistema inclui módulos para dimensionar estruturas como valas, canais de drenagem de águas pluviais e percolados, e estimar custos de implantação e operação.
1) O documento apresenta um estudo de caso sobre o rio São Francisco e sua bacia hidrográfica, realizado por pesquisadores da UFBA.
2) Foram analisados os impactos das alterações no regime de vazões do rio causadas por barragens e usos da água sobre variáveis biológicas.
3) Os estudos visam definir um hidrograma ambiental para o baixo curso do rio, que estabeleça a quantidade e distribuição de água necessárias para manter os ecossistemas aquáticos.
ESTABELECIMENTO DE SUBSÍDIOS PARA A DELIMITAÇÃO DE PERÍMETRO DE PROTEÇÃO DE P...Gabriella Ribeiro
O documento descreve um estudo realizado para delimitar os perímetros de proteção de poços de abastecimento público no oeste do estado de São Paulo, Brasil. O estudo mapeou e avaliou as condições de 731 poços ativos, identificou fontes potenciais de contaminação e calculou os perímetros de alerta. As principais recomendações incluem restrições em potenciais fontes poluidoras dentro dos perímetros de proteção e melhorias na proteção sanitária dos poços.
1. O documento apresenta uma estimativa dos custos para construção de um aterro sanitário em São Carlos-SP para os próximos 20 anos.
2. Foram realizadas sondagens no solo da área selecionada e projetou-se a geração anual de resíduos até 2029, chegando a um volume total necessário de 3,5 milhões de m3.
3. O texto descreve os principais componentes e infraestrutura necessários para um aterro sanitário moderno de acordo com normas ambientais, visando um prazo mínimo
A legislação Europeia e a avaliação ecológica dos rios - Portugal, União Euro...CBH Rio das Velhas
O documento discute o impacto da Directiva Quadro da Água na monitorização e restauração ecológica dos rios na Europa e Portugal. A Directiva estabeleceu uma abordagem holística baseada na avaliação do estado ecológico das massas de água e objetivos de qualidade. Isso levou ao desenvolvimento de métodos de monitorização biológica e projetos de cooperação europeia. A Directiva também promove a restauração ecológica dos rios através de vários casos de estudo apresentados no documento.
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...Gabriella Ribeiro
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE EXPLOTAÇÃO SUBTERRÂNEA. ENSAIO DE APLICAÇÃO: ÁREA URBANA DE SÃO CARLOS-SP
MODELAGEM DA OSCILAÇÃO DO NÍVEL FREÁTICO PARA MENSURAR O VOLUME EXPLORÁVEL DA...Gabriella Ribeiro
Este documento descreve o uso da geoestatística para modelar as oscilações do nível freático e medir o volume de água subterrânea explorável. Os autores interpolaram os níveis freáticos em diferentes datas para estimar o volume armazenado e avaliar o uso de áreas de preservação como estoques de curto prazo para abastecimento público. Os resultados mostraram que a geoestatística permite monitorar os aquíferos e fornecer dados para gestão dos recursos hídricos subterrâneos.
EXPANSÃO DO AGROHIDRONEGÓCIO NO PONTAL DO PARANAPANEMA (UGRHI-22): OCUPAÇÃO D...Gabriella Ribeiro
EXPANSÃO DO AGROHIDRONEGÓCIO NO PONTAL DO PARANAPANEMA (UGRHI-22): OCUPAÇÃO DA TERRA PELA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR ENTRE OS ANOS DE 2002 E 2013 X VULNERABILIDADE DE AQUÍFEROS
Dimensionamento de aterros sanitários em valasJupira Silva
Este documento descreve o desenvolvimento de um sistema de apoio computacional para dimensionar aterros sanitários em valas para municípios de pequeno porte. O sistema inclui módulos para dimensionar estruturas como valas, canais de drenagem de águas pluviais e percolados, e estimar custos de implantação e operação.
FITORREMEDIAÇÃO DE AQUÍFEROS CONTAMINADOS POR NITRATOGabriella Ribeiro
O documento descreve um projeto de fitorremediação de aquíferos contaminados por nitrato usando eucaliptos. O projeto testou impermeabilizando o solo ao redor de eucaliptos para estimular o crescimento de raízes, então injetou plumas de nitrato e cloreto para monitorar a remoção por meio das raízes. Os resultados iniciais mostraram que o nitrato e cloreto ficaram restritos ao poço de injeção, indicando que as raízes de eucalipto podem ser capazes
O documento apresenta uma pesquisa sobre a avaliação do potencial de aproveitamento de água pluvial coletada no telhado de um aeroporto brasileiro. A água pluvial foi caracterizada fisicamente, quimicamente e microbiologicamente ao longo de um ano e tratada em uma unidade piloto de filtração lenta e cloração. Os resultados indicaram que o sistema de tratamento proposto é capaz de produzir água compatível com padrões de reúso a um custo menor do que a água fornecida atualmente.
O documento analisa as ações integradas de manejo de águas pluviais implementadas no município de Lauro de Freitas na Bahia, incluindo a implantação de reservatórios de amortecimento ao longo do rio Ipitanga para mitigar enchentes frequentes. Discute os resultados das simulações hidrodinâmicas que indicaram que o projeto proposto é eficaz para diminuir as cheias na área urbana e apresenta conclusões sobre a abordagem integrada necessária para resolver problemas complexos de enchentes.
Este documento resume o relatório da avaliação participativa da qualidade da água na bacia do rio Capibaribe realizada em 22 de março de 2010. A avaliação envolveu alunos e professores de escolas públicas e privadas que coletaram amostras em 10 estações e analisaram parâmetros como turbidez, pH, nutrientes, demanda bioquímica de oxigênio e coliformes. Os resultados indicaram que a qualidade da água está comprometida, especialmente após as cidades, devido à poluição por esgotos sanit
Recarga de Manancial com Água de Reúso - Uma Alternativa Para a Conservação d...Andréa Vasconcelos
O documento discute a recarga de mananciais com água de reúso como uma alternativa para a conservação dos mananciais e para enfrentar a escassez hídrica no Brasil. Primeiramente, apresenta o conceito de recarga de mananciais com água de reúso e sua importância no contexto da crise hídrica. Em seguida, descreve o panorama normativo dos recursos hídricos no Brasil e analisa a possibilidade de usar água de reúso para recarga de mananciais de acordo com a legislação. Por fim, con
APLICAÇÃO DO MÉTODO GOD PARA AVALIAÇÃO DE VULNERABILIDADE DE AQUÍFERO LIVRE E...Gabriella Ribeiro
O documento aplica o método GOD para avaliar a vulnerabilidade do aquífero livre na bacia hidrográfica do córrego Guariroba em Campo Grande, MS. O método analisou 19 poços considerando o grau de confinamento, litologia e profundidade para gerar um índice de vulnerabilidade. Os resultados mostraram áreas de média e alta vulnerabilidade, indicando a necessidade de monitorar atividades antrópicas e preservar a cobertura vegetal para proteger a qualidade da água subterrânea.
1. Este documento estabelece as condições mínimas para a apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos.
2. É necessário consultar portarias do Ministério do Interior para aplicação da norma.
3. São definidos termos como aterro sanitário, lixiviação, percolado, resíduos sólidos urbanos e outros.
Sistemas de monitoramento de poços tubulares e hidrogeologia de aquíferos fra...slides-mci
O documento descreve um projeto de monitoramento de poços de abastecimento de água subterrânea no município de Carlos Barbosa (RS) utilizando o Sistema Integrado de Gerenciamento de Águas Subterrâneas (SIGAS). O SIGAS monitora parâmetros como nível de água, vazão e volume em 15 poços e envia os dados para análise. Os resultados mostram que o sistema é eficiente para avaliar a produção dos poços individualmente e em conjunto e identificar problemas, apoiando o gerenciamento dos recursos hídricos
O documento descreve o sistema de abastecimento de água e saneamento em Teresópolis, Rio de Janeiro. O município utiliza dez mananciais para captação de água, porém carece de tratamento adequado de esgoto. Há também problemas com a drenagem pluvial e gestão de resíduos sólidos. O documento propõe diversos planos e ações para melhorar a situação, incluindo programas de educação, fiscalização, tratamento de esgoto e ampliação da coleta seletiva.
O documento discute a importância da preservação e recuperação de nascentes. Explica que as nascentes fornecem água para abastecimento e irrigação, e sua degradação pode reduzir a qualidade e quantidade de água disponível, além de impactar a biodiversidade. A cartilha tem o objetivo de fornecer informações sobre melhores práticas para a conservação de nascentes e áreas adjacentes.
Conflito pela água entre o urbano e o rural no sistema lagoa do campeloLeidiana Alves
O documento discute os conflitos pelo uso da água no Sistema Lagoa do Campelo entre as áreas urbanas e rurais. Obras de engenharia no passado, como a abertura de canais, causaram impactos como inundações na cidade de Campos dos Goytacazes. Atualmente, a falta de manutenção nessas estruturas gera disputas entre moradores e pescadores. Diferentes comunidades rurais também impactam negativamente o sistema ambiental de diferentes formas. Uma gestão participativa é proposta para reduzir esses impact
Hidrologia aplicada capitulo 01 exercicios e pesquisasGabriel Reis
O documento apresenta uma lista de exercícios sobre hidrologia aplicada. Os exercícios incluem pesquisar legislação sobre parcerias público-privadas, o regime legal de empresas de saneamento, relacionar usos da água, e responder perguntas sobre vazão, disponibilidade hídrica, relação entre água superficial e subterrânea.
1) O documento discute a gestão de recursos hídricos no Brasil e em São Paulo, notando a crescente escassez de água com o aumento populacional e industrial.
2) Historicamente, as cidades importavam água de bacias cada vez mais distantes, poluindo os corpos d'água próximos com esgotos não tratados.
3) Defende-se um novo paradigma para substituir esta abordagem, tratando adequadamente os esgotos gerados e promovendo a conservação da água.
Hidrologia aplicada capitulo 01 introd ciclo e baciaGabriel Reis
(1) O documento discute os desafios relacionados à gestão de recursos hídricos no Brasil, como escassez de água em algumas regiões devido à má distribuição, e os impactos das atividades humanas no ciclo hidrológico. (2) A engenharia hidráulica é importante para planejar modificações que utilizem, controlem e preservem os recursos hídricos de forma sustentável, por exemplo investindo em sistemas para transportar água de longas distâncias. (3) A caracterização das bac
O documento discute a disposição final de resíduos em aterros sanitários, incluindo: 1) Tipos de aterros como aterros industriais e de resíduos sólidos urbanos; 2) Critérios para seleção de áreas como aspectos técnicos, sócio-econômicos e políticos; 3) Projetos requeridos como projetos geométrico, de drenagem, impermeabilização, tratamento de lixiviado e gases.
Pré dimensionamento de um sistema para produção de biogás a partir dos resídu...Jose de Souza
O documento apresenta um estudo de pré-dimensionamento de um sistema de biodigestão anaeróbia dos resíduos orgânicos do município de Santo André-SP. O objetivo é analisar o volume de biogás gerado com base na quantidade diária de resíduos orgânicos e simular o dimensionamento de tanques considerando diferentes tempos de retenção hidráulica, com ou sem diluição dos resíduos. A metodologia inclui análise da composição dos resíduos sólidos urbanos de Santo André e descrição do
Este documento apresenta um zoneamento geohidroecológico da bacia do rio Almada, analisando sua capacidade de produção de água através de um método integrado. O zoneamento foi realizado utilizando sistemas de informação geográfica e mapeamento de variáveis como pluviosidade, evapotranspiração, geologia, solos e uso da terra. Isto permitiu a identificação de zonas com capacidades naturais e ambientais de produção de água muito baixa, baixa, média, alta e muito alta. As
1) O documento analisa a integração linear de variáveis para orientar políticas públicas de recuperação do Rio Uberaba em Minas Gerais, Brasil. 2) Utiliza índices como IQA, habitat e macroinvertebrados para avaliar 10 estações ao longo do rio. 3) A análise mostra que medidas como tratamento de esgoto e recuperação vegetal melhorariam a qualidade da água, habitat e biodiversidade ao longo do tempo.
FITORREMEDIAÇÃO DE AQUÍFEROS CONTAMINADOS POR NITRATOGabriella Ribeiro
O documento descreve um projeto de fitorremediação de aquíferos contaminados por nitrato usando eucaliptos. O projeto testou impermeabilizando o solo ao redor de eucaliptos para estimular o crescimento de raízes, então injetou plumas de nitrato e cloreto para monitorar a remoção por meio das raízes. Os resultados iniciais mostraram que o nitrato e cloreto ficaram restritos ao poço de injeção, indicando que as raízes de eucalipto podem ser capazes
O documento apresenta uma pesquisa sobre a avaliação do potencial de aproveitamento de água pluvial coletada no telhado de um aeroporto brasileiro. A água pluvial foi caracterizada fisicamente, quimicamente e microbiologicamente ao longo de um ano e tratada em uma unidade piloto de filtração lenta e cloração. Os resultados indicaram que o sistema de tratamento proposto é capaz de produzir água compatível com padrões de reúso a um custo menor do que a água fornecida atualmente.
O documento analisa as ações integradas de manejo de águas pluviais implementadas no município de Lauro de Freitas na Bahia, incluindo a implantação de reservatórios de amortecimento ao longo do rio Ipitanga para mitigar enchentes frequentes. Discute os resultados das simulações hidrodinâmicas que indicaram que o projeto proposto é eficaz para diminuir as cheias na área urbana e apresenta conclusões sobre a abordagem integrada necessária para resolver problemas complexos de enchentes.
Este documento resume o relatório da avaliação participativa da qualidade da água na bacia do rio Capibaribe realizada em 22 de março de 2010. A avaliação envolveu alunos e professores de escolas públicas e privadas que coletaram amostras em 10 estações e analisaram parâmetros como turbidez, pH, nutrientes, demanda bioquímica de oxigênio e coliformes. Os resultados indicaram que a qualidade da água está comprometida, especialmente após as cidades, devido à poluição por esgotos sanit
Recarga de Manancial com Água de Reúso - Uma Alternativa Para a Conservação d...Andréa Vasconcelos
O documento discute a recarga de mananciais com água de reúso como uma alternativa para a conservação dos mananciais e para enfrentar a escassez hídrica no Brasil. Primeiramente, apresenta o conceito de recarga de mananciais com água de reúso e sua importância no contexto da crise hídrica. Em seguida, descreve o panorama normativo dos recursos hídricos no Brasil e analisa a possibilidade de usar água de reúso para recarga de mananciais de acordo com a legislação. Por fim, con
APLICAÇÃO DO MÉTODO GOD PARA AVALIAÇÃO DE VULNERABILIDADE DE AQUÍFERO LIVRE E...Gabriella Ribeiro
O documento aplica o método GOD para avaliar a vulnerabilidade do aquífero livre na bacia hidrográfica do córrego Guariroba em Campo Grande, MS. O método analisou 19 poços considerando o grau de confinamento, litologia e profundidade para gerar um índice de vulnerabilidade. Os resultados mostraram áreas de média e alta vulnerabilidade, indicando a necessidade de monitorar atividades antrópicas e preservar a cobertura vegetal para proteger a qualidade da água subterrânea.
1. Este documento estabelece as condições mínimas para a apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos.
2. É necessário consultar portarias do Ministério do Interior para aplicação da norma.
3. São definidos termos como aterro sanitário, lixiviação, percolado, resíduos sólidos urbanos e outros.
Sistemas de monitoramento de poços tubulares e hidrogeologia de aquíferos fra...slides-mci
O documento descreve um projeto de monitoramento de poços de abastecimento de água subterrânea no município de Carlos Barbosa (RS) utilizando o Sistema Integrado de Gerenciamento de Águas Subterrâneas (SIGAS). O SIGAS monitora parâmetros como nível de água, vazão e volume em 15 poços e envia os dados para análise. Os resultados mostram que o sistema é eficiente para avaliar a produção dos poços individualmente e em conjunto e identificar problemas, apoiando o gerenciamento dos recursos hídricos
O documento descreve o sistema de abastecimento de água e saneamento em Teresópolis, Rio de Janeiro. O município utiliza dez mananciais para captação de água, porém carece de tratamento adequado de esgoto. Há também problemas com a drenagem pluvial e gestão de resíduos sólidos. O documento propõe diversos planos e ações para melhorar a situação, incluindo programas de educação, fiscalização, tratamento de esgoto e ampliação da coleta seletiva.
O documento discute a importância da preservação e recuperação de nascentes. Explica que as nascentes fornecem água para abastecimento e irrigação, e sua degradação pode reduzir a qualidade e quantidade de água disponível, além de impactar a biodiversidade. A cartilha tem o objetivo de fornecer informações sobre melhores práticas para a conservação de nascentes e áreas adjacentes.
Conflito pela água entre o urbano e o rural no sistema lagoa do campeloLeidiana Alves
O documento discute os conflitos pelo uso da água no Sistema Lagoa do Campelo entre as áreas urbanas e rurais. Obras de engenharia no passado, como a abertura de canais, causaram impactos como inundações na cidade de Campos dos Goytacazes. Atualmente, a falta de manutenção nessas estruturas gera disputas entre moradores e pescadores. Diferentes comunidades rurais também impactam negativamente o sistema ambiental de diferentes formas. Uma gestão participativa é proposta para reduzir esses impact
Hidrologia aplicada capitulo 01 exercicios e pesquisasGabriel Reis
O documento apresenta uma lista de exercícios sobre hidrologia aplicada. Os exercícios incluem pesquisar legislação sobre parcerias público-privadas, o regime legal de empresas de saneamento, relacionar usos da água, e responder perguntas sobre vazão, disponibilidade hídrica, relação entre água superficial e subterrânea.
1) O documento discute a gestão de recursos hídricos no Brasil e em São Paulo, notando a crescente escassez de água com o aumento populacional e industrial.
2) Historicamente, as cidades importavam água de bacias cada vez mais distantes, poluindo os corpos d'água próximos com esgotos não tratados.
3) Defende-se um novo paradigma para substituir esta abordagem, tratando adequadamente os esgotos gerados e promovendo a conservação da água.
Hidrologia aplicada capitulo 01 introd ciclo e baciaGabriel Reis
(1) O documento discute os desafios relacionados à gestão de recursos hídricos no Brasil, como escassez de água em algumas regiões devido à má distribuição, e os impactos das atividades humanas no ciclo hidrológico. (2) A engenharia hidráulica é importante para planejar modificações que utilizem, controlem e preservem os recursos hídricos de forma sustentável, por exemplo investindo em sistemas para transportar água de longas distâncias. (3) A caracterização das bac
O documento discute a disposição final de resíduos em aterros sanitários, incluindo: 1) Tipos de aterros como aterros industriais e de resíduos sólidos urbanos; 2) Critérios para seleção de áreas como aspectos técnicos, sócio-econômicos e políticos; 3) Projetos requeridos como projetos geométrico, de drenagem, impermeabilização, tratamento de lixiviado e gases.
Pré dimensionamento de um sistema para produção de biogás a partir dos resídu...Jose de Souza
O documento apresenta um estudo de pré-dimensionamento de um sistema de biodigestão anaeróbia dos resíduos orgânicos do município de Santo André-SP. O objetivo é analisar o volume de biogás gerado com base na quantidade diária de resíduos orgânicos e simular o dimensionamento de tanques considerando diferentes tempos de retenção hidráulica, com ou sem diluição dos resíduos. A metodologia inclui análise da composição dos resíduos sólidos urbanos de Santo André e descrição do
Este documento apresenta um zoneamento geohidroecológico da bacia do rio Almada, analisando sua capacidade de produção de água através de um método integrado. O zoneamento foi realizado utilizando sistemas de informação geográfica e mapeamento de variáveis como pluviosidade, evapotranspiração, geologia, solos e uso da terra. Isto permitiu a identificação de zonas com capacidades naturais e ambientais de produção de água muito baixa, baixa, média, alta e muito alta. As
1) O documento analisa a integração linear de variáveis para orientar políticas públicas de recuperação do Rio Uberaba em Minas Gerais, Brasil. 2) Utiliza índices como IQA, habitat e macroinvertebrados para avaliar 10 estações ao longo do rio. 3) A análise mostra que medidas como tratamento de esgoto e recuperação vegetal melhorariam a qualidade da água, habitat e biodiversidade ao longo do tempo.
O documento discute os desafios relacionados ao descarte de resíduos sólidos no Brasil e possíveis soluções, incluindo: (1) o problema dos lixões, que poluem o solo e água sem tratamento adequado; (2) aterros sanitários bem projetados e operados podem resolver o problema de forma ambientalmente correta, protegendo a saúde pública.
1. O documento apresenta uma técnica de tratamento de esgoto utilizando plantas para formar uma zona de raízes capaz de auxiliar no tratamento de efluentes domésticos.
2. A técnica consiste na construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto por Zona de Raízes (ETE) com escavação no solo, lonas plásticas, areia e brita para formação de um filtro biológico.
3. O passo a passo para construção inclui escavação, cobertura com lonas, inst
Recuperacao da area_degradada_pelo_lixao_areia_braJoão Pedro
O documento descreve a recuperação de uma área degradada por um lixão municipal em Espírito Santo do Pinhal, SP. Análises químicas do solo e microbiológicas da água indicaram altos níveis de poluentes como cobre, ferro e coliformes fecais. As mudas plantadas apresentaram problemas de desenvolvimento devido à falta de manutenção. A desativação do lixão há quatro anos melhorou parcialmente a área, mas ainda há passivos ambientais a serem tratados.
RECARGA INDUZIDA ATRAVÉS DO BOMBEAMENTO NAS MARGENS E O PAPEL DA MEIOFAUNA NO...Gabriella Ribeiro
Este documento discute a técnica de Filtração em Margem (FM) para recarga de aquíferos e o papel da meiofauna no leito poroso. Resume os principais pontos do estudo de caso no rio Beberibe em Pernambuco, Brasil, incluindo: 1) A comunidade meiofáunica é composta principalmente por rotíferos e nematoides; 2) Mais organismos são encontrados na estação seca do que chuvosa; 3) A densidade de organismos é maior no ponto mais poluído.
1) O estudo analisou a qualidade da água e sedimento do Rio Jaguaribe utilizando macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores;
2) Amostras foram coletadas em seis pontos e os estudos mostraram baixas concentrações de oxigênio dissolvido e predominância de invertebrados resistentes à poluição em todos os pontos;
3) Apenas no ponto 3 a qualidade da água foi classificada como "ruim", apresentando maior diversidade em relação aos demais pontos.
TRATAMENTO DE ESGOTO DOADO PELA CORSAN AO MUNICÍPIO DE MONTENEGRO EM 2007.João Boos Boos
O documento discute o histórico e os desafios do saneamento básico no Brasil. Aborda a importância do tratamento de esgoto, mas também mostra que muitos brasileiros não estão dispostos a pagar por esse serviço. Finalmente, apresenta algumas tecnologias e projetos de tratamento de esgoto para a cidade de Montenegro.
O documento descreve a história e os processos de tratamento de esgoto no Brasil e no mundo. Resume:
1) O tratamento de esgoto surgiu há milhares de anos, mas só se desenvolveu a partir de 1850 com o entendimento entre poluição da água e doenças;
2) No Brasil, 60 milhões de pessoas não têm coleta de esgoto, que requer não só coleta mas tratamento;
3) Existem vários processos de tratamento como preliminar, primário, secundário e terciário para remover impurezas da água.
Este documento discute o desenvolvimento de um sistema automático para monitorar a qualidade da água. O objetivo é classificar a qualidade da água com base em parâmetros como turbidez, oxigênio dissolvido e temperatura. O documento revisa estudos anteriores sobre monitoramento da qualidade da água e índices usados para classificá-la. O sistema automático forneceria dados em tempo real para identificar mudanças na qualidade da água.
Recarga de manancial com água de reúso – Uma alternativa para a conservação d...Fernando S. Marcato
A crise da água no século XXI, para alguns especialistas, é resultado de inúmeros problemas ambientais que são agravados por causas relacionadas à economia e ao desenvolvimento social.
De fato, estes fatores são preponderantes para o agravamento da crise hídrica atualmente vivenciada; contudo, não são os únicos. Afora esses fatores, também merecem destaque as mudanças globais com eventos hidrológicos que intensificam ainda mais o quadro crítico da falta de água.
O Brasil é dividido em 12 (doze) regiões hidrográficas. Dessas regiões, 5 (cinco) apresentaram volume médio de chuva abaixo da média histórica em 2012. O comportamento das vazões em algumas bacias hidrográficas do território nacional sofreram alterações significativas, sendo consideradas bem abaixo das médias históricas, chegando próximas aos mínimos já registrados.
Tendo em vista esse quadro, é necessário procurar formas alternativas para minimizar os potenciais riscos da escassez hídrica. Nessa perspectiva, o artigo tem por objetivo analisar o panorama normativo dos recursos hídricos no Brasil e verificar a possibilidade de utilizar água de reúso para recarregar mananciais.
Este estudo analisou a eficiência da Estação de Tratamento de Esgoto de Ilhéus, Bahia, Brasil na remoção de coliformes totais e Escherichia coli. Amostras foram coletadas em cinco pontos ao longo do processo de tratamento e no rio receptor. Os resultados mostraram uma redução gradual dos níveis de coliformes, porém a estação ainda lança no rio uma quantidade alta desses microrganismos, acima dos limites permitidos pelas normas ambientais brasileiras.
Este estudo analisou a eficiência da Estação de Tratamento de Esgoto de Ilhéus, Bahia, Brasil na remoção de coliformes totais e Escherichia coli. Amostras foram coletadas em cinco pontos ao longo do processo de tratamento e no rio receptor. Os resultados mostraram uma redução gradual dos níveis de coliformes, porém a estação ainda lança no rio uma quantidade alta desses microrganismos, acima dos limites permitidos pelas regulamentações ambientais brasileiras.
O documento discute como um plano diretor pode abordar questões relacionadas ao saneamento ambiental de uma cidade. Ele destaca que um plano diretor deve diagnosticar os serviços existentes, estabelecer diretrizes para solucionar problemas atuais e futuros de abastecimento de água, esgoto, drenagem pluvial e resíduos sólidos, e propor ações legais e técnicas para implementar programas de saneamento de longo prazo.
Gestão participativa dos recursos hídricos da bacia da lagoa do campelo singaLeidiana Alves
A bacia da Lagoa do Campelo está localizada entre os municípios Fluminenses de Campos dos Goytacazes e São Francisco do Itabapoana. Muitos autores descrevem os conflitos pela água que ocorrem na região. Intervenções realizadas pelo extinto DNOS, como abertura de canais, construção de diques artificiais e comportas, tiveram motivações sanitaristas. Com essas obras evitar-se-iam as frequentes enchentes no meio urbano e inundações nas plantações, porém, deram origem aos conflitos pela água na região, impactando negativamente a área urbana, como no bairro Parque Prazeres, acarretando enchentes no período chuvoso. Por outro lado, a abertura da comporta do canal do Vigário gera importante fluxo hídrico para que ocorra a piracema entre o rio e a lagoa do Campelo. Caso contrário, são relatados na mídia local problemas para a Pesca Tradicional e equilíbrio ambiental do sistema. Para este estudo, objetivou-se demarcar a bacia da lagoa Campelo, discriminando seus principais corpos hídricos e riscos ambientais. O trabalho buscou analisar os elementos do sistema hídrico formadores dos conflitos na região a partir da elaboração de mapas utilizando as técnicas de SR e SIG. Para isso, utilizou-se o método de Análise Ambiental. Verificou-se que o bairro Parque Prazeres está localizado na planície de inundação do rio Paraíba do Sul e da lagoa do Taquaruçu, a 900 metros de distância do canal do Vigário. Por posicionar-se no mesmo nível hipsométrico, a comunidade fica sazonalmente suscetível às inundações no período de cheia do sistema. O DNOS instalou uma comporta para regular o fluxo de águas, contudo, a falta de manutenção do equipamento ocasiona conflitos entre os moradores do bairro e os pescadores. Através da análise de mapas e de trabalhos de campo foi possível observar a proximidade e continuidade dos corpos hídricos com as comunidades que ocupam a bacia da Lagoa do Campelo. Além disso, ressalta-se que as obras de engenharia construídas na região encontram-se em péssimo estado de conservação. Entendendo que a gestão de recursos hídricos vem sendo pensada de forma com que os atores sociais sejam integrados num projeto de governança, pode-se concluir que a gestão participativa do sistema, que envolva todos os atores sociais; leve em conta as características ambientais da região; sob a coordenação do órgão ambiental responsável (INEA), pode reduzir seus impactos ambientais e melhorar a qualidade de vida das comunidades que vivem na bacia da lagoa do Campelo.
1. O documento discute a importância da água no meio rural e como planejar o uso do solo agrícola de forma sustentável.
2. É essencial proteger as nascentes e áreas ciliares, aumentar a infiltração da água no solo, controlar a erosão e contaminação, e recuperar as matas ciliares.
3. O documento fornece diretrizes técnicas para a recuperação de nascentes e manutenção da qualidade da água.
1) O documento analisa a eficiência do sistema de tratamento de efluentes de uma indústria de laticínios e os parâmetros físico-químicos antes e depois do tratamento.
2) Foram estudadas as correlações entre parâmetros como DBO e DQO, turbidez, condutividade e TDS através de modelos matemáticos.
3) Os resultados mostraram fortes correlações entre DBO e DQO e entre condutividade e TDS, indicando a eficiência do tratamento em reduzir a carga orgân
O evento ConferenciaI Internacional da Terra - presenças de vários pesquisado...Tatiana Carvalho
O documento descreve três apresentações de estudantes em uma conferência sobre meio ambiente. A primeira apresentação analisou a precipitação em três áreas de uma cidade usando pluviômetros. A segunda estimou as emissões de gases de efeito estufa de aterros sanitários no Rio Grande do Norte. A terceira testou a infiltração da água no solo em uma área desertificada usando um infiltômetro.
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Iii 049 02.05.05
1. 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental
III-049 - AVALIAÇÃO QUALI-QUANTITATIVA DO PERCOLADO GERADO
NO ATERRO DA CATURRITA EM SANTA MARIA-RS
Tiago Luis Gomes(1)
Engenheiro Civil pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestrando Recursos Hídricos e Saneamento
Ambiental pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Carlos Ernando da Silva(2)
Engenheiro Químico pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em Engenharia Química pela
Universidade Estadual de Campinas. Doutor em Engenharia Química pela Universidade Estadual de
Campinas. Professor Adjunto do Departamento de Hidráulica e Saneamento, Centro de Tecnologia,
Universidade Federal de Santa Maria.
Endereço(1): Rua Tuiuti, 1330 - Centro – Santa Maria - RS - CEP: 97015-662 - Brasil - Tel: (55) 3223-4616 - e-
mail: tlgomes@mail.ufsm.br, ces@ct.ufsm.br
RESUMO
Os resíduos sólidos se decompõem dando origem aos líquidos percolados, que constituem um problema
sério relativo à degradação ambiental. A estimativa do volume de percolado em um aterro permite
dimensionar sistemas adequados de tratamento, buscando minimizar o impacto gerado pela disposição de
resíduos sólidos. Para a avaliação do volume de percolado gerado, utilizaram-se os métodos empíricos do
Balanço Hídrico, Racional e Suíço para estimar valores que correspondessem ao ajuste mais próximo à
vazão real do local. Considerando séries históricas longas de dados o método Racional apresentou 31,2% de
erro abaixo da vazão real, enquanto os métodos, Suíço e do Balanço Hídrico apresentaram, respectivamente,
13,0% e 34,4% de erros acima da vazão real. Utilizando séries curtas de 12 meses, os erros foram todos
inferiores as vazões reais e iguais a 75,7%, 20,9% e 47,5%, respectivamente, para os métodos Racional,
Suíço e Balanço Hídrico. O método Suíço foi o que melhor se ajustou a vazão real para as séries históricas
longas e para as séries curtas de 12 meses, contudo o método mais apto para utilização em
dimensionamentos de sistemas de tratamento de efluentes foi o método do Balanço Hídrico por não sub-
dimensionar vazões para séries históricas longas e apresentar curva de tendência mais próxima da real,
considerado os diversos meses. O sistema de tratamento de percolado, através de lagoas de estabilização,
apresentou eficiência insuficiente para atender aos requisitos de lançamento de efluente, promovendo a
degradação significativa do corpo hídrico receptor.
PALAVRAS-CHAVE: Percolado, Balanço Hídrico, DBO e DQO, Aterro Sanitário, Aterro Controlado.
INTRODUÇÃO
A geração de resíduos sólidos apresenta-se como uma das grandes preocupações ambientais do mundo
moderno. As sociedades de consumo avançam de forma a destruir os recursos naturais, e os bens, em geral,
têm vida útil limitada, transformando-se cedo ou tarde em resíduos. Associado ao aumento da população, à
carência de programas de gerenciamento e investimentos públicos na área de saneamento, o Brasil apresenta
um quadro dramático em relação à destinação final dos resíduos sólidos.
Segundo Jucá (2003), a forma de apresentação dos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000
sugeriu indícios exageradamente favoráveis no que se refere à quantidade de resíduos vazados nas unidades
de destinação final, pois aproximadamente 73,2% de todo o resíduo coletado no Brasil estaria tendo um
destino final adequado, em aterros sanitários ou controlados. Porém quando se analisam as informações
tomando-se por base, o número de municípios, o efeito já não é tão favorável. Os resultados apontam que
63,1% dos municípios depositam seus resíduos em lixões, ainda sim, houve uma melhora em relação a 1991
de 13,1%, quando este percentual era de 76%. Quanto à presença de Aterro sanitário, apenas 13,7%
declaram que possuem aterros sanitários, sendo superior a 1991, quando o percentual encontrava-se em
10%. A situação é mais grave nos municípios com população inferior a 20.000 habitantes, pois estes
representam 73,1%. Nestes municípios, 68,5% dos resíduos gerados são vazados em locais inadequados.
Em termos ambientais, a disposição inadequada dos resíduos sólidos pode contribuir para a poluição do ar,
das águas, do solo, estética, bem como promover impactos negativos sobre a fauna e flora dos ecossistemas
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2. 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental
locais. Em relação aos aspectos sanitários, o principal problema está na proliferação de vetores, mecânicos
ou biológicos, de importância à saúde pública, capazes de transmitirem diversas enfermidades ao homem,
por diferentes vias de transmissão (FNS, 1999).
Os resíduos sólidos se decompõem dando origem aos líquidos percolados, que constituem um problema
sério relativo à degradação ambiental. Dentro da realidade dos fatos, a questão de maior preocupação é a
geração de percolado (lixiviado ou chorume) que “é uma mistura de compostos orgânicos e inorgânicos, nas
suas formas dissolvidas e coloidais, formado durante a decomposição química dos resíduos, sendo um
problema em potencial de contaminação das águas superficiais e principalmente subterrâneas” (Campbell,
1993, apud Neto, 1999). Segundo Ehrig (1992), o percolado, lixiviado ou chorume pode ser caracterizado
como a parte líquida da massa de resíduos, que percola através desta, carreando materiais dissolvidos ou
suspensos, que constituirão cargas poluidoras ao meio ambiente. O chorume é composto pelo líquido que
entra na massa de resíduos, proveniente de fontes externas, tais como sistema de drenagem superficial,
chuvas, lençóis freáticos, nascentes e aqueles resultantes da decomposição dos resíduos sólidos. A sua
formação dá-se pela digestão de matéria orgânica, por ação de enzimas produzidas por bactérias. A função
dessas enzimas é solubilizar a matéria orgânica para que a mesma possa ser assimilada pelas células
bacterianas.
Segundo Oliveira & Pasqual, (2000), os resíduos sólidos, inicialmente agem como uma esponja, absorvendo
água, até que o material atinja um teor de umidade, conhecida como capacidade de retenção. Qualquer
acréscimo de água adicional resulta na percolação de igual quantidade da massa, carreando substâncias
solúveis e nocivas presentes na massa de resíduos.
Entretanto Schalch, (1984) apud Oliveira & Pasqual, (2000), comentam que, devido à heterogeneidade da
massa de resíduos, a percolação poderá se formar antes que a capacidade de retenção seja atingida, pois
alguns dos canais da massa de resíduos podem não absorver no instante a água. O mesmo trabalho ainda faz
referencia que a absorção do lixiviado é variável e depende das características do subsolo.
O objetivo do presente trabalho é a análise da aplicação de métodos de balanço hídrico na estimativa do
volume de percolado e avaliação da eficiência do tratamento de percolado por lagoas de estabilização.
MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho foi desenvolvido no Aterro Sanitário Controlado da Caturrita, situado no município de Santa
Maria – RS. O aterro está localizado a 7 km do centro da cidade, estando em atividade há cerca de 20 anos,
recebendo em média 150 toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia. A planta baixa apresentada na
Figura 1 apresenta o aterro com área total de 374.435 m 2 e sua área de contribuição para o balanço hídrico
de 37.429 m2
Avaliação Quantitativa do Percolado Gerado
Com intuito de avaliar numericamente o valor da vazão de percolado gerado no aterro da Caturrita,
utilizaram-se métodos simplificados para gerar estimativas que correspondessem à realidade do local e
também medições reais da vazão para aferição dos modelos.
Os métodos avaliados foram o Suíço, Racional e Balanço Hídrico com séries históricas longas e curtas. As
longas com precipitações de 34 anos e evapotranspiração de 29 anos para reduzir ao máximo o erro dos
métodos empíricos para estimativa de geração do percolado e as curtas com dados precipitação e
evapotranspiração entre Maio de 2004 e Abril de 2005.
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3. 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental
²
²
²
Figura 1 – Aterro da Caturrita com sua área total e sua área de contribuição para o balanço hídrico.
Os dados de Precipitação para séries longas foram obtidos da estação da Fepagro Florestas do Distrito de
Boca do Monte, sendo os mesmos mensais e compreendidos entre 1970 e 2004, enquanto os parâmetros de
Evapotranspiração da Embrapa compreendidos entre 1961 e 1990 (EMBRAPA, 2004). Para as séries curtas
utilizaram-se dados da Fepagro entre Maio e Dezembro de 2004 e do INMET entre Janeiro e Abril de 2005
(INMET, 2005). Ambas as séries utilizam médias mensais para os históricos de dados.
Para aferir os dados estimados de vazão pelos métodos simplificados, foram realizadas medições
esporádicas de vazões entre Maio e Agosto de 2004, enquanto a partir de Setembro de 2004 foram realizadas
duas medições diárias de vazão, uma pela manhã outra à tarde, de Segunda a Sábado.
As medições foram realizadas na saída do sistema de lagoas, ponto este intitulado como Efluente. Por
intermédio de uma calha Parshall, em Fibra de Vidro instalada após o sistema de lagoas. Fazia-se à leitura
da lâmina deágua em centímetros e posteriormente convertia-se em vazão através da curva de calibração
com sua respectiva equação.
A seguir são apresentadas as descrições para utilização dos métodos empíricos na estimativa do volume de
percolado gerado.
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4. 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental
Método do Balanço Hídrico
Conforme Lins & Jucá (2003), este é um método que permite estimar o percolado baseado em um fluxo
unidimensional, na conservação de massa, e nas características de transmissão e retenção da cobertura do
solo, como apresentado na equação 1.
P + U w = E + G + L + R + ∆U w + ∆U s equação (1)
onde:
P = Precipitação;
Uw = Água vinda com o lixo (contribui apenas uma vez no balanço hídrico);
E = Evaporação;
G = Vapor d’água que sai com os gases;
L = Água que sai como percolado;
R = Escoamento superficial (runoff);
∆Uw = Água absorvida ou retida pelo lixo;
∆Us = Água absorvida ou retida pela camada de cobertura.
A precipitação e a evaporação podem ser obtidas com boletins meteorológicos. Enquanto que o escoamento
superficial, a infiltração e o armazenamento são obtidos empiricamente com o auxílio de tabelas. A
obtenção da estimativa de vazão de percolado e os parâmetros meteorológicos e outros dados utilizados
neste método podem ser verificados no Tabela 1, Tabela 2 e Tabela 3:
Tabela 1 - Parâmetros e o respectivo modo de obtenção para o método do Balanço Hídrico.
PARÂMETROS MODO DE OBTENÇÃO
Precipitação (P) Boletins Pluviométricos.
Evaporação Potencial (EP) Boletins Hidrometeorológicos.
Valores empíricos tabelados que dependem do tipo de solo e
Escoamento Superficial (ES)
sua declividade (ES = C' x P).
Obtido através da subtração da Precipitação pelo Escoamento
Infiltração (I)
Superficial.
I – EP (1) Diferença entre a água que infiltra e a que evapora.
S (NEG (I – EP)) (2) Calculado somando os valores negativos de (I – EP).
Multiplicando-se o valor disponível da água p/ cada solo pela
Armazenamento de Água no Solo de espessura deste, quando (I-EP) > 0.
cobertura (AS) (3) Quando o solo estiver abaixo da capacidade de campo, (I-EP) <
0, obtém-se AS empiricamente.
Variação no armazenamento de água Diferença entre a água armazenada no solo, de um mês para o
no solo (∆ AS) outro (∆ AS = ASn – ASn-1).
Quando (I – EP) > 0, então ER = EP e quando (I – EP) <0,
Evaporação real (ER)
então ER = [EP + (I – EP) - D AS].
Percolação em mm (PER) PER = P – ES – AS – ER.
Vazão mensal em l/s (QM) QM = (PER x ÁREA DO ATERRO) /259200
Observações:
(1) Um valor negativo deste item indica perda potencial de água no solo e um valor positivo indica uma
recarga de água no solo de cobertura. Quando a capacidade de campo do solo é atingida, esta água
passará a percolar através da massa de lixo.
(2) São adicionados os valores negativos de (I-EP) a partir do ultimo mês que apresente valor positivo
deste parâmetro.
(3) Quantidade de água que pode ser retida no solo e que influencia no fluxo de percolado. Depende
basicamente do tipo, estrutura, capacidade de campo e profundidade do solo.
Fonte: (Adaptado de Fenn et alii, 1975, apud Neto et alii, 1999).
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Tabela 2 – Coeficiente de escoamento superficial (C’) para aplicação do método do Balanço
Hídrico.
Coeficiente C'
Tipo de Solo Declividade
Estação Seca Estação Úmida
0 a 2% 0,05 0,10
Arenoso
2 a 7% 0,10 0,15
0 a 2% 0,18 0,17
Argiloso
2 a 7% 0,18 0,22
Fonte: (Fenn et alii, 1975, apud Neto et alii, 1999)
Tabela 3 – Umidade do solo (mm de água/m de profundidade de solo).
Capacidade de Campo Ponto de Murchamento Água Disponível
Tipo de Solo
(mm/m) (mm/m) (mm/m)
Arenoso 200 50 150
Siltoso 300 100 200
Argiloso 375 125 250
Fonte: (Fenn et alii, 1975, apud Neto et alii, 1999)
Método Racional
Segundo Wilken (1978) apud Castro (2001) e citado por Lins (2003), o cálculo da vazão superficial por este
método baseia-se em três parâmetros: área da bacia de contribuição; intensidade e duração das chuvas e o
coeficiente de escoamento, conforme Equação 2 abaixo:
Q = C.i .A equação (2)
Onde:
Q = vazão superficial máxima (L/s ou m3/s);
C = coeficiente de escoamento ou “runoff”, relação entre o pico de vazão e a chuva média sobre a área
receptora;
i = intensidade média da chuva (L ou m3 por ha/s);
A = área da bacia receptora da chuva (ha).
Entretanto, para obter a parcela da precipitação que infiltra, deve-se subtrair o volume total precipitado
sobre a área do aterro, do volume escoado, que é calculado pelo método racional, dentro do mesmo intervalo
de tempo. Devendo, deste resultado, subtrair a parcela de água evapotranspirada. Tem-se, portanto a fórmula
algébrica mostrada na Equação 3.
Q=
[ ( P − ES ) − EP ] .A equação (3)
t
Onde:
Q = Vazão do percolado em litros por segundo;
P = Precipitação média mensal, em milímetros;
EP = Evaporação Potencial, em milímetros;
A = Área de contribuição em metros quadrados;
t = Número de segundos em 1 mês (2592000 s);
ES = (P x C) = Escoamento superficial, em milímetros;
C = Coeficiente de escoamento superficial ("run-off", adimensional).
Método Suíço
Este é um método de formulação semelhante ao Método Racional, entretanto não considera os efeitos da
evaporação potencial. Segundo Neto et alii. (1999), é um método bem simples, mas deixa a desejar no que
diz respeito à precisão.
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Conforme Orth (1981), apud Neto et alii, (1999), a fórmula algébrica para a aplicação do método suíço,
onde se estima a vazão de percolado é mostrada na Equação 4, e na Tabela 4 dos valores de K para
aplicação do método.
Q=
( P.A.K ) equação (4)
t
onde:
Q = Vazão média do percolado em litros por segundo;
P = Precipitação média mensal (mm);
A = Área total do aterro (m2);
t = Número de segundos em 1 mês que é de 2592000 segundos;
K = Coeficiente que dependente do grau de compactação dos resíduos sólidos urbanos. Foi considerado para
o estudo de Lins & Jucá (2003) K = 0,5.
Tabela 4 - Valores de K para aplicação no Método Suíço.
Tipo de Aterro Peso Específico do Lixo K
Aterros Fracamente Compactados 0,4 a 0,7 ton/m³ 0,25 a 0,50
Aterros Fortemente Compactados Acima de 0,7 ton/m³ 0,15 a 0,25
Fonte: (Orth, 1981, apud Neto et alii, 1999).
Avaliação Qualitativa do Percolado
O monitoramento do sistema de tratamento de percolado e do impacto do lançamento do percolado no corpo
receptor (Arroio Ferreira) foi realizado através de coletas quinzenais na entrada e na saída do sistema de
tratamento (lagoas de estabilização) e a montante e a jusante do ponto de lançamento. As variáveis de
qualidade monitoradas são: DBO, DQO, pH, Sólidos Totais e Suspensos, Oxigênio Dissolvido, Turbidez e
Condutividade Elétrica. Os procedimentos analíticos utilizados estão preconizados no Standard Methods for
the Examination of Water and Wastewater, 19th ed. (APHA; AWWA; WPCF, 1995) e foram realizados no
Laboratório de Saneamento Ambiental do HDS/UFSM. A Figura 2 apresenta a fotografia da área de estudo,
identificando os pontos de monitoramento.
A eficiência do sistema de tratamento de percolado foi avaliada em termos da remoção de matéria orgânica
(DBO e DQO). O impacto do lançamento do efluente do sistema de tratamento foi avaliado considerando a
Resolução CONAMA N. 357/05 (Brasil, 2005) e a Portaria SSMA/RS N. 05/89 (RS, 1989).
RESULTADOS
Resultados Quantitativos do Percolado Gerado
Obtiveram-se os resultados quantitativos do percolado por intermédio da estimativa de geração da vazão de
efluentes no aterro da Caturrita, estes baseados na utilização de métodos empíricos: o Método do Balanço
Hídrico, o Método Racional e o Método Suíço. Para aferição dos métodos empíricos, mediu-se na calha
Parshall as vazões reais efluentes do sistema de lagoas. A tabela 5 apresenta a síntese dos valores medidos
durante o período de monitoramento.
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Fonte:(Secretaria Municipal de Gestão Ambiental de Santa Maria, 2003).
Figura 2 – Sistema de Lagoas de estabilização para tratamento de percolado e pontos no
corpo receptor de efluentes no aterro da Caturrita.
Tabela 5 - Vazão medida na calha Parshall, quantidade de amostragens e percolação para os
respectivos meses.
Vazão Média Medida Número de Amostragens
Mês Percolação (mm)
na Calha (m3/dia) no Mês
mai/04 48,9 1 39,2
jun/04 31,6 2 25,4
jul/04 46,8 3 37,5
ago/04 77,8 2 62,4
set/04 68,3 32 54,7
out/04 35,7 52 28,6
nov/04 77,9 52 62,4
dez/04 2,3 54 1,8
jan/05 0,0 50 0,0
fev/05 0,0 48 0,0
mar/05 0,0 54 0,0
abr/05 58,7 52 47,1
Para estimar a vazão de percolado para séries históricas longas pelo método do Balanço Hídrico, utilizou-se
os seguintes coeficientes mostrados na Tabela 6 e o seu respectivo modo de obtenção. Na estimativa de
séries curtas foram utilizados os mesmos coeficientes da Tabela 6, entretanto com boletins pluviométricos e
hidrometeorológicos entre Maio de 2004 e Abril de 2005.
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Tabela 6 - Parâmetros e o respectivo modo de obtenção para o Método do Balanço Hídrico.
PARÂMETROS MODO DE OBTENÇÃO
Precipitação (P) Boletins Pluviométricos FEPAGRO (1970 – 2004).
Evaporação Potencial (EP) Boletins Hidrometeorológicos EMBRAPA (1961 – 1990)
Para C’ utilizou-se 0,15 e 0,18 com inclinação de 2 a 7%, para
Escoamento Superficial meses secos e úmidos respectivamente, visto que são valores
(ES = C’ x P) intermediários entre solo Argiloso e Arenoso, pois o solo local é um
Silte Argiloso.
Obtido através da subtração da Precipitação pelo Escoamento
Infiltração (I)
Superficial.
I – EP Diferença entre a água que infiltra e a que evapora.
S (NEG (I – EP)) Calculado somando os valores negativos de (I – EP).
Armazenamento de Água no Foi obtido o valor de 120 mm e o desenvolvimento da seqüência
Solo de cobertura (AS) para meses de déficit, conforme tabela da revisão bibliográfica.
Variação no armazenamento de Diferença entre a água armazenada no solo, de um mês para o outro
água no solo (∆AS) (∆AS = ASn – ASn-1).
Quando (I – EP) > 0, então ER = EP e quando (I –EP) <0, então ER
Evaporação real (ER)
= [EP + (I – EP) - ∆AS].
Percolação em mm (PER) PER = P – ES – AS – ER.
Vazão mensal em m3/dia (QM) QM = ((PER x 37429) /2592000) *3,6*24
Fonte: (adaptado de Lins, 2003)
Igualmente ao Balanço Hídrico, para o Método Racional foram utilizados os coeficientes da tabela 7,
diferenciando as séries longas das curtas pelos dados pluviométricos e hidrometeorológicos.
Tabela 7 - Parâmetros e o respectivo modo de obtenção para o Método Racional.
PARÂMETROS MODO DE OBTENÇÃO
Precipitação (P) Boletins Pluviométricos FEPAGRO (1970 – 2004).
Evaporação Potencial (EP) Boletins Hidrometeorológicos EMBRAPA (1961 – 1990)
Área de contribuição para o
A = 37429m2
Balanço Hídrico (A)
Número de segundos em 1 mês
t = 2592000 segundos
(t)
c = 0,4 considerando aterro com cobertura de solo exposto,
Coeficiente de escoamento
declividade entre 0 e 5% e textura do solo entre uma areia e um
superficial (c)
silte argiloso.
Escoamento Superficial
Escoamento Superficial em mm, depende da precipitação do mês.
(Es = P x c)
Vazão em m3/dia (Q) Q = {[(P - Es – EP) x A] / t} x 86,4
Para o Método Suíço os coeficientes que foram utilizados estão na Tabela 8, igualmente aos métodos
anteriores realizaram-se estimativas para séries históricas longas e curtas.
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Tabela 9 - Parâmetros e o respectivo modo de obtenção para o Método Suíço.
PARÂMETROS MODO DE OBTENÇÃO
Precipitação (P) Boletins Pluviométricos FEPAGRO (1970 – 2004).
K = 0,25, considerando aterro de fracamente a fortemente
Grau de Compactação (K)
compactado.
Área de contribuição para o
A = 37429m2
balanço hídrico (A)
Número de segundos em 1 mês
t = 2592000 segundos
(t)
Vazão em m3/dia (Q) Q = [(P x A x K) / t] x 86,4
Com os resultados obtidos para as séries históricas longas e curtas fizeram-se comparações das vazões
estimadas entre os três métodos. Basicamente utilizaram-se gráficos de avaliação de erros para as análises.
Conforme os mesmos, fez-se à tendência linear, sendo a que melhor ajusta a série de dados. Na seqüência
inseriram-se os dados de vazão calculada para os métodos empíricos, no eixo dos “x” e os da vazão medida
no eixo dos “y”. Os gráficos de avaliações de erros são apresentados nas Figuras 3 e 4, respectivamente,
para séries históricas longas e curtas de precipitação e evapotranspiração
120,0
Vazão Real (m3/dia)
90,0
60,0
30,0
0,0
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0
Vazão Estimada (m3/dia)
Racional Suiço Balanço Hídrico
Figura 3 – Avaliação de erros dos métodos do Balanço Hídrico, Racional e Suíço para séries históricas
longas.
160,0
Vazão Real (m3/dia)
120,0
80,0
40,0
0,0
0 40 80 120 160
Vazão Estimada (m3/dia)
Racional Suiço Balanço Hídrico
Figura 4 – Avaliação de erros dos métodos do Balanço Hídrico, Racional e Suíço para séries históricas
curtas.
Com o cálculo estimativo para séries históricas longas e curtas chegou-se a Tabela 10, baseada nos gráficos
das Figuras 2 e 3 de avaliação de erros, sintetizando as avaliações para séries históricas de dados longas e
curtas.
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Tabela 10 - Resultado da avaliação quantitativa através dos métodos empíricos para séries longas e
curtas e a vazão real medida na calha.
Método Medida
Método Racional Método Suíço
MÊS Balanço Hídrico na Calha
(m /dia)
3
(m /dia)
3
(m3/dia) (m3/dia)
Longa Longa Longa
Curtas Curtas Curtas Real
s s s
Jan 0,0 0,0 45,3 22,3 0,0 0,0 0,0
Fev 0,0 0,0 38,3 11,8 0,0 0,0 0,0
Mar 0,0 0,0 44,2 49,6 0,0 0,0 0,0
Abr 27,9 83,1 46,5 67,4 74,4 150,5 58,7
Mai 32,4 19,5 37,4 27,9 65,3 44,0 48,9
Jun 72,2 6,1 44,6 21,2 111,4 24,8 31,6
Jul 71,9 0,0 46,1 19,9 112,4 15,9 46,8
Ago 40,0 0,0 36,4 20,8 72,0 0,0 77,8
Set 39,5 0,0 41,4 24,7 80,9 0,0 68,3
Out 24,3 0,0 47,6 26,0 71,9 0,0 35,7
Nov 0,0 0,0 39,7 40,2 13,8 0,0 77,9
Dez 0,0 0,0 38,9 22,7 0,0 0,0 2,3
Média dos Meses 25,7 9,1 42,2 29,5 50,2 19,6 37,3
Somatório Anual 308,2 108,7 506,3 354,3 602,2 235,2 448,1
R^2 0,20 0,06 0,03 0,04 0,33 0,06 1,00
Erro Médio -31,2% -75,7% 13,0% -20,9% 34,4% -47,5% 0,0%
128,1 252,2
Erro Máximo % 80,7% 1594% 887,9% % 156,2% -
Erro Mínimo 0,0% 0,0% 1,6% 14,7% 0,0% 0,0% -
Os valores encontrados na Tabela 10 nas séries históricas longas são resultados dos melhores ajustes dos
coeficientes de cada método, baseados em características locais do aterro da Caturrita. De posse do melhor
ajuste para séries históricas longas foi possível à calibração e conseqüente utilização dos coeficientes para
séries históricas curtas da Tabela 10, no caso entre Maio de 2004 e Abril de 2005.
Nas Figuras 5 e 6, percebe-se a discrepância da estimativa dos métodos empíricos para as séries, quando
agrupados graficamente
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120,0
90,0
m3/dia
60,0
30,0
0,0
I
R
V
R
Z
T
L
N
T
N
V
O
A
JU
E
U
E
O
A
FE
B
JU
JA
G
M
M ês
D
S
M
A
O
N
A
Racional Vazão Real Balanço Hídrico Suiço
Figura 5 – Resultados dos métodos empíricos e a Vazão Real para as séries históricas longas de dados.
150,0
120,0
90,0
m3/dia
60,0
30,0
0,0
AI
AR
EZ
N
N
V
R
O
L
T
V
T
JU
SE
FE
U
JU
O
AB
JA
AG
M
D
M
O
Mês
N
Vazão Real Suiço Balanço Hídrico Racional
Figura 6 – Resultados dos métodos empíricos e a Vazão Real para as séries históricas curtas de dados.
Os erros médios para os métodos do Balanço Hídrico, Racional e Suíço, foram respectivamente, 31,2%,
13,0% e 34,4%, considerando séries longas. O segundo e o terceiro acima da vazão real e o primeiro abaixo.
Para séries curtas os erros médios calculados foram de 75,7%, 20,9% e 47,5%, respectivamente para os
métodos Racional, Suíço e Balanço Hídrico. Os três inferiores a vazão real medida. A explicação pode estar
no fato dos métodos não considerar variáveis importantes como a capacidade de campo e a umidade dos
resíduos ou ainda o grau de compactação se tomados os métodos Racional e Balanço Hídrico.
Conforme os resultados, é importante expor que o trabalho de avaliação quantitativa do percolado gerado,
trás consigo algumas limitações que podem ter influenciado na vazão real do sistema. Pode-se citar que:
• O aterro não apresenta impermeabilização lateral, isto é, parte da precipitação escapa dos limites da
área e as lagoas não recebem em totalidade os líquidos percolados;
• Parcelas dos lixiviados são infiltradas no solo na base do aterro pela ausência de impermeabilização
de fundo, seja por argila ou geomembrana;
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• A calha Parshall foi instalada a Jusante do sistema de lagoas no ponto efluente. Para corresponder
melhor a vazão real, a sua instalação deveria ocupar o ponto afluente, entretanto, a lagoa 01 recebia no
período de instalação dois tributários de drenagem provenientes do aterro segmentando as vazões;
• Para os meses de Dezembro de 2004 a Março de 2005 obteve-se vazão nula pela ausência ou
insuficiência de percolação entre as lagoas. Neste período a calha Parshall permaneceu sem a presença de
lâmina d’água. Este fato pode ser explicado pelo somatório dos efeitos de evaporação nas lagoas adicionado
a possível existência de pontos de infiltração na manta, sendo estes superiores a vazão de entrada no sistema
no ponto afluente. Em observações durante as coletas verificava-se a presença de vazão afluente entrando na
lagoa 01;
• O aterro ainda esta em operação de destinação final de resíduos, o que não é recomendável na
aplicação de modelos que simulam geração de percolado.
Resultados Qualitativos do Percolado Gerado
O monitoramento qualitativo do percolado foi realizado no período de agosto/2003 a março/2005. A Tabela
11apresenta a síntese dos resultados. Os elevados valores de pH (média de 7,89) e relação DBO/DQO de
0,46 observado no afluente do sistema de tratamento, sugere que os processos de degradação do percolado
no aterro encontram-se no fim da fase acidogênica e início da fase metanogênica. Apesar da variabilidade
das concentrações das variáveis monitoradas, o pH sempre apresentou valores superiores a 7,0.
O resultado da eficiência na remoção de matéria orgânica pelo sistema de tratamento por Lagoas de
Estabilização é apresentado na Figura 7. Observa-se uma variabilidade significativa no percentual de
remoção de matéria orgânica. A eficiência média foi de 68,5% na remoção de DBO e 57,7% para a DQO. ,
enquanto que os máximos e mínimos foram de 96,29% e 0,35% para a DBO e 98,40% e 2,73% para DQO,
respectivamente. Essa variabilidade pode estar associada à precariedade operacional do aterro e em especial
às mudanças realizadas no ao sistema de drenagem do percolado que ocorreram ao longo do período de
estudo.
100
75
Remoção (%)
50
25
DBO DQO
0
28/6/2003 14/1/2004 1/8/2004 17/2/2005 5/9/2005
Figura 7 – Eficiência de remoção de DBO e DQO pelo sistema de lagoas de estabilização para o
histórico de dados de coleta.
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Tabela 11 – Síntese dos resultados do monitoramento qualitativo para a média de concentrações,
desvio padrão, máximos e mínimos.
Desvio
Variável Unidade Ponto Média Mínimo Máximo
Padrão
Afluente 2202,13 1641,74 352,96 5610,30
Efluente 390,47 232,91 153,15 1088,22
DBO5,20 mg/L
Montante 7,94 17,15 0,45 83,44
Jusante 72,85 72,35 0,75 226,63
Afluente 4569,24 2954,61 1746,03 13130,00
Efluente 1402,79 531,95 112,2 2883,40
DQO mg/L
Montante 19,25 26,95 1,626 115,05
Jusante 210,26 175,36 4,23 666,66
Afluente 7,89 0,32 7,10 8,39
Efluente 8,43 0,55 7,65 9,83
pH -
Montante 6,96 0,38 6,06 7,66
Jusante 7,63 0,50 6,93 8,33
Afluente 291,8 125,9 94,6 538,5
Efluente 160,1 76,9 38,5 348,1
Turbidez NTU
Montante 95,8 125,5 21,2 521,5
Jusante 114,1 121,4 21,2 502,2
Afluente 1,04 1,50 0,00 5,54
Oxigênio Efluente 2,19 1,49 0,21 5,60
mg/L
Dissolvido Montante 7,15 1,65 4,30 11,10
Jusante 5,54 1,93 1,55 9,89
Afluente 11667,8 4606,1 4710,0 19420,0
Condutividade µS/cm Efluente 5687,3 1845,3 2050,0 11610,0
Elétrica Montante 49,8 30,6 23,0 162,8
Jusante 865,0 859,6 48,9 2970,0
Afluente 6488,0 3881,2 5,8 17300,0
Efluente 3185,8 821,4 142,7 4255,0
Sólidos Totais mg/L
Montante 239,1 303,0 71,0 1204,0
Jusante 718,8 460,9 87,2 1676,0
Afluente 218,1 194,3 20,5 790,0
Sólidos Efluente 90,4 57,0 17,2 226,7
mg/L
Suspensos Montante 118,0 180,7 9,2 576,0
Jusante 165,0 239,1 11,4 838,0
A Figura 8 apresenta a situação do lançamento do efluente do sistema de tratamento do percolado frente à
Portaria SSMA N. 01/89. Verifica-se que em 92 % das ocorrências o efluente apresentou valores de DBO
acima do limite máximo de 200 mg/L. Situação semelhante é observada para o parâmetro DQO, que
apresenta um limite máximo de 450 mg/L. O impacto deste lançamento promove a degradação significativa
do corpo hídrico receptor (Arroio Ferreira), alterando bruscamente a concentração de DBO5,20 de 7,94mg/L a
montante para 72,85mg/L a jusante, considerando valores médios.
Considerando que os corpos hídricos da bacia hidrográfica da área em estudo não foram submetidos ao
processo de enquadramento, considera-se que os mesmos devam atender aos requisitos de qualidade da
classe 2 (Brasil, 2005). Verifica-se que o corpo hídrico já apresenta uma situação desfavorável em relação à
DBO e o lançamento promove uma degradação total do mesmo. Apesar do oxigênio dissolvido, a jusante do
ponto de lançamento, apresentar um valor médio relativamente elevado (5,54 mg/L), acredita-se que este
valor decresça rapidamente ao longo do percurso do corpo hídrico pela intensificação dos processos de
estabilização da matéria orgânica, podendo chegar a uma condição de anaerobiose.
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1000
Efluente - DBO
Limite SSMA 05/89
800
DBO - mg/L
600
400
200
0
28/7/2003 13/2/2004 31/8/2004 19/3/2005
Figura 8 – Perfil da concentração do efluente do sistema de tratamento de percolado.
CONCLUSÕES
O método empírico que mais se aproximou da vazão real do aterro da Caturrita foi o Suíço, considerando a
série histórica longa de dados de precipitação de 34 anos e de evapotranspiração de 29 anos, com erro médio
de 13,0% acima da vazão real. Para o período compreendido entre Maio de 2004 e Abril de 2005 de séries
curtas também o método Suíço foi o que conseguiu o melhor ajuste com erro percentual médio de 20,9%
abaixo da vazão real. Entretanto o método Suíço distribui uniformemente suas vazões durante o ano, com
isso não se aproxima das curvas de tendências da medida real, prejudicando a qualidade da simulação mês a
mês;
Para vazões mensais o método Suíço sempre irá estimar geração de percolado, visto que desconsidera
importantes variáveis como a evapotranspiração;
O método do Balanço Hídrico mostrou-se apto para utilização de dimensionamentos de sistemas de
tratamento de efluentes, pois apresentou erro médio calculado em 34,4% acima da vazão real de efluentes
para a série histórica. Em caso de instalação de lagoas de tratamento superestimaria o volume e a área útil,
tratando o percolado com maior eficácia do que um sistema sub-dimensionado por aplicação inadequada de
método. A opção pelo super-dimensionamento estaria vinculado a maior demanda de recursos financeiros e
técnicos assim como disponibilidade de área útil para instalação;
O balanço hídrico para Santa Maria – RS não apresenta déficit hídrico para séries históricas,
independentemente do mês avaliado, contudo, isto é possível apenas se não analisarmos os eventos
meteorológicos por probabilidades de ocorrência, onde certamente verificaríamos em algumas situações
deficiência hídrica, bem como verificado na série analisada entre Maio de 2004 e Abril de 2005.
O ponto de Montante ao Arroio Ferreira, eventualmente, apresenta indícios fracos de contaminação. Quando
ocorrem chuvas há uma elevação nos sólidos e na concentração de DBO e DQO, podendo atingir níveis de
concentrações superiores a 80mg/L para a DBO e 115mg/L para DQO;
Os processos de degradação do percolado no aterro da Caturrita encontram-se no fim da fase acidogênica
final, visto que o valor da relação DBO/DQO é de 0,46, bastante próximo a 0,40 (limite entre a acidogênese
e a metanogênese, referenciado por Kjeldsen, 2002) e também pelo fato do pH mostrar-se em média igual a
7,89 (ponto afluente) fora da faixa de acidez e dentro da faixa metanogênica (faixa de acidez pH < 7,0);
O aterro da caturrita se encontra na fase de transição entre metanogênica e acidogênica, não estando dentro
dos limites considerados da metanogênese pelo fato de haver mistura entre o lixo novo e o velho. Os
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resíduos antigos elevam a concentração de matéria orgânica presente no lixo, aumentando, assim, o valor da
razão DBO/DQO;
A cobertura mal executada ou inexistente, também pode ter interferido na qualidade do percolado gerado,
juntamente com a previsão das vazões pelos métodos simplificados. Fatores de operação do aterro como
ligação de novas células aos drenos de percolado podem ter contribuído na oscilação da DBO e DQO para o
ponto Afluente, encontrando-se desde máximos de 5610,30mg/L e 13130mg/L os mínimos de 352,96mg/L e
1746,03mg/L, respectivamente;
A eficiência média do sistema de lagoas de tratamento ficou em 68,5% na avaliação da DBO, o que é
insuficiente, uma vez que a média de concentração do local é de 390,47mg/L (ponto efluente), sendo que
para atender a Portaria SSMA-RS 05/89 seria necessário uma concentração inferior a 200mg/L. Uma
maneira de concretizar esta possibilidade consistiria em aumentar a área e o volume úteis com maior
número de lagoas, incrementar sistemas de aeração e adição química, dentre outros.
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poluidoras que lancem seus efluentes nos corpos d’água interiores do estado do Rio Grande do Sul..
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