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IDEIAS DAS CRIANÇAS DO PRIMEIRO ANO SOBRE
O QUE É LEITURA E ESCRITA
Jacqueline Leme Baptistella
Laiz Maria Massuchetto
Marilia de Fátima Ramos do Nascimento Santos
2016
5
OBJETIVOS
• Compreender como as crianças concebem o que é ler e
escrever.
• Identificar o nível de aquisição da leitura e da escrita
pela aplicação de um teste padronizado do Realismo
Nominal.
e
PROBLEMA
Como as crianças do Primeiro Ano do ensino fundamental de
uma determinada escola pública do município de Curitiba
concebem a leitura e a escrita?
e
REFERENCIAL TEÓRICO
• HISTÓRIA DA LEITURA E DA ESCRITA:
CONTEXTUALIZANDO A ALFABETIZAÇÃO E O
LETRAMENTO
Autores: Mortatti (2011), Barbosa (1992), Cagliari (1999-2000),
Vygotsky (1998), Luria (2014), Hetzer (2014), MEC (2005),
Ferreiro e Teberoski (1999), Soares (1995), Tfouni (2004).
e
• OS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA
ESCRITA
Autores: Ferreiro e Teberoski (1999), Curto, Morillo e Teixidó
(2000), Gontijo (2008), Luria (2014), Vygotsky (1998).
e
• OLHARES DAS CRIANÇAS SOBRE A ALFABETIZAÇÃO
ATUALMENTE
Autores: Colomer e Teberoski (2003), Curto, Morillo e Teixidó
(2000), Ferreiro e Teberoski (1999), Kramer (2001), MEC
(2005), Vygotsky (1991), Cagliari (1999).
A PESQUISA
• A metodologia deste trabalho foi de abordagem
qualitativa.
• Esta pesquisa também se constituiu do tipo descritiva.
COLETA DE DADOS
• ONDE:
• Escola Pública do Município de Curitiba pertencente ao Núcleo Regional de
Santa Felicidade
• SUJEITOS:
• 12 alunos de uma turma do Primeiro Ano
• INSTRUMENTOS:
• Entrevista
• Reaplicação do teste do Realismo Nominal
DADOS
DA
PESQUISA
CRIANÇA IDADE
QUAL É A PALAVRA
MAIOR: TREM OU
TELEFONE?
JUSTIFICATIVA DA CRIANÇA
A 05 Anos Telefone Não sei
B 06 Anos Telefone Não sei
C 06 Anos Telefone Porque o nome dele é maior.
D 06 Anos Trem
O trem leva as pessoas onde querem ir e
quando a gente olha ele é bem grande.
E 05 Anos Telefone Não sei
F 06 Anos Telefone Porque ele tem mais letras do que trem.
G 06 Anos Trem Porque já escrevi, trem é mais grande.
H 06 Anos Trem Não sei
I 06 Anos Telefone Porque o nome do trem é pequeno.
J 06 Anos Telefone Porque tem mais letras do que trem.
K 06 Anos Trem Porque o trem também é maior.
L 06 Anos Trem Não sei
TABELA 4: Qual é a palavra maior? Trem ou Telefone?
Fonte: as autoras
ANÁLISE DA TABELA
• 7 crianças disseram que a palavra telefone era maior, enquanto 5 escolheram
a palavra trem.
De acordo com as justificativas dos alunos:
• 3 fizeram referência principalmente ao objeto, estando no nível 1A do
Realismo Nominal.
• 5 não conseguiram elaborar uma resposta concreta, estando no nível 1B do
Realismo Nominal.
• 4 alunos justificaram suas respostas relacionando a palavra a quantidade de
letras, estando no nível 2 do Realismo Nominal.
CRIANÇA IDADE O QUE É LER PARA VOCÊ?
O QUE É ESCREVER PARA
VOCÊ?
A 05 Anos Não sei Escrever para ficar esperto.
B 06 Anos É livros. Ler para ficar inteligente. Acho que é bom
C 06 Anos
Para ler pras pessoas e ler é para
contar ideias para as outras pessoas.
Pra gente ficar escrevendo, pra
gente aprender e quem não souber a
gente escreve.
D 06 Anos
É uma coisa importante que a gente
precisa aprende, pra não limpar o
chão e pra estudar e trabalhar.
É uma coisa feliz, que tem que
estudar muito e fazer a lição de casa
e pensar para escrever.
E 05 Anos Pra aprender Pra ler
F 06 Anos
É contar historinhas e para ajudar a
pensar.
É escrever o que eu imagino.
G 06 Anos Minha mãe fala que é brincar. Gato
H 06 Anos Não sei Não sei
I 06 Anos Para a gente aprender.
Porque se a gente não souber
escrever nós nunca vamos aprender
escrever nosso nome.
J 06 Anos
É a mãe pegar livro e ler para mim e
para aprender.
Para aprender
K 06 Anos Para eu aprender
Para eu me tornar uma menina que
saiba escrever.
L 06 Anos Não sei Não sei
TABELA 10: O que é ler? O que é escrever?
Fonte: as autoras
ANÁLISE DA TABELA
Com as respostas dos alunos durante a pesquisa, ficou
notável que a maioria das crianças concebem leitura e
escrita como o ato de aprender e também relacionam
que ler e escrever deve ter função social.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Com relação aos resultados da análise, obtidos
a partir das respostas das crianças, é possível
afirmar que:
• Os alunos pesquisados apresentam ter consciência
da função social da leitura e da escrita.
• Associam o ato de ler e escrever ao ato de aprender.
• Com o teste do Realismo Nominal foi possível
perceber que:
• A maioria dos alunos ainda faz referência aos
significados das palavras e não as unidades que as
constituem como as letras e as sílabas.
• Ficou caracterizado que o pensamento dos alunos
ainda está no Realismo Nominal.
REFERÊNCIAS
• ANDRÉ, M. E. D. A.; LUDKE, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
• BARBOSA, J. J. Alfabetização e leitura. São Paulo: Cortez, 1992. – 2. ed. ver.
• BARBOSA, L. M. S. Avaliação do Nível de Aquisição da Leitura e da Escrita. (s/ d).
• CAGLIARI, L. C. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 2000. – 10. ed.
• CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem o BÁ-BÉ-BI-BÓ-BU. São Paulo: Scipione, 1998.
• CARRAHER, T. N.; REGO, L. L. B. O realismo nominal como obstáculo na aprendizagem da leitura. São
Paulo, 1981.
• COELHO, C. O processo de aquisição da escrita por crianças não alfabetizadas e a aquisição da escrita pela
humanidade. Porto Alegre, 2010.
• COLOMER, T.; TEBEROSKY, A. Aprender a ler e a escrever: uma proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed,
2003.
• CURITIBA, PREFEITURA MUNICIPAL DE. Proposta Pedagógica, 2007.
• CURTO, L. M.; MORILLO, M. M.; TEIXIDÓ, M. M. Escrever e ler: como as crianças aprendem e como o professor
pode ensiná-las a escrever e a ler. Porto Alegre: Artmed, 2000.
• FERREIRO, E.; TEBEROSKI, A. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.
• GIL, A. C. Métodos e Técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2008.
• GONTIJO, C. M. M. A escrita infantil. São Paulo: Cortez, 2008.
• KRAMER, S. Alfabetização leitura e escrita: formação de professores em curso. São Paulo: Ática, 2001.
• MORTATTI, M. R. L. Alfabetização no Brasil: uma história de sua história. São Paulo: Cultura Acadêmica; Marília:
Oficina Universitária, 2011.
• NOBRE, A. P. M. C. Realismo nominal e consciência metalinguística no processo de alfabetização de adultos e
crianças. Recife, 2007.
• NOBRE, A.; ROAZZI, A. Realismo Nominal no Processo de Alfabetização de Crianças e Adultos. Recife, 2011.
• Pró-Letramento: Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental:
alfabetização e linguagem. – ed. rev. e ampl. incluindo SAEB/Prova Brasil matriz de Referência/ Secretaria de Educação
Básica – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
• SOARES, M. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1995.
• TFOUNI, L. V. Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez, 2004.
• TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas,
1987.
• VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo:
Martins Fontes, 1998.
• VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
• VYGOTSKY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem. 12 edição – São
Paulo: Ícone, 2014.

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Ideias das crianças do primeiro ano sobre o que é leitura e escrita

  • 1. IDEIAS DAS CRIANÇAS DO PRIMEIRO ANO SOBRE O QUE É LEITURA E ESCRITA Jacqueline Leme Baptistella Laiz Maria Massuchetto Marilia de Fátima Ramos do Nascimento Santos 2016 5
  • 2. OBJETIVOS • Compreender como as crianças concebem o que é ler e escrever. • Identificar o nível de aquisição da leitura e da escrita pela aplicação de um teste padronizado do Realismo Nominal.
  • 3. e PROBLEMA Como as crianças do Primeiro Ano do ensino fundamental de uma determinada escola pública do município de Curitiba concebem a leitura e a escrita?
  • 4. e REFERENCIAL TEÓRICO • HISTÓRIA DA LEITURA E DA ESCRITA: CONTEXTUALIZANDO A ALFABETIZAÇÃO E O LETRAMENTO Autores: Mortatti (2011), Barbosa (1992), Cagliari (1999-2000), Vygotsky (1998), Luria (2014), Hetzer (2014), MEC (2005), Ferreiro e Teberoski (1999), Soares (1995), Tfouni (2004).
  • 5. e • OS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA Autores: Ferreiro e Teberoski (1999), Curto, Morillo e Teixidó (2000), Gontijo (2008), Luria (2014), Vygotsky (1998).
  • 6. e • OLHARES DAS CRIANÇAS SOBRE A ALFABETIZAÇÃO ATUALMENTE Autores: Colomer e Teberoski (2003), Curto, Morillo e Teixidó (2000), Ferreiro e Teberoski (1999), Kramer (2001), MEC (2005), Vygotsky (1991), Cagliari (1999).
  • 7. A PESQUISA • A metodologia deste trabalho foi de abordagem qualitativa. • Esta pesquisa também se constituiu do tipo descritiva.
  • 8. COLETA DE DADOS • ONDE: • Escola Pública do Município de Curitiba pertencente ao Núcleo Regional de Santa Felicidade • SUJEITOS: • 12 alunos de uma turma do Primeiro Ano • INSTRUMENTOS: • Entrevista • Reaplicação do teste do Realismo Nominal
  • 10. CRIANÇA IDADE QUAL É A PALAVRA MAIOR: TREM OU TELEFONE? JUSTIFICATIVA DA CRIANÇA A 05 Anos Telefone Não sei B 06 Anos Telefone Não sei C 06 Anos Telefone Porque o nome dele é maior. D 06 Anos Trem O trem leva as pessoas onde querem ir e quando a gente olha ele é bem grande. E 05 Anos Telefone Não sei F 06 Anos Telefone Porque ele tem mais letras do que trem. G 06 Anos Trem Porque já escrevi, trem é mais grande. H 06 Anos Trem Não sei I 06 Anos Telefone Porque o nome do trem é pequeno. J 06 Anos Telefone Porque tem mais letras do que trem. K 06 Anos Trem Porque o trem também é maior. L 06 Anos Trem Não sei TABELA 4: Qual é a palavra maior? Trem ou Telefone? Fonte: as autoras
  • 11. ANÁLISE DA TABELA • 7 crianças disseram que a palavra telefone era maior, enquanto 5 escolheram a palavra trem. De acordo com as justificativas dos alunos: • 3 fizeram referência principalmente ao objeto, estando no nível 1A do Realismo Nominal. • 5 não conseguiram elaborar uma resposta concreta, estando no nível 1B do Realismo Nominal. • 4 alunos justificaram suas respostas relacionando a palavra a quantidade de letras, estando no nível 2 do Realismo Nominal.
  • 12. CRIANÇA IDADE O QUE É LER PARA VOCÊ? O QUE É ESCREVER PARA VOCÊ? A 05 Anos Não sei Escrever para ficar esperto. B 06 Anos É livros. Ler para ficar inteligente. Acho que é bom C 06 Anos Para ler pras pessoas e ler é para contar ideias para as outras pessoas. Pra gente ficar escrevendo, pra gente aprender e quem não souber a gente escreve. D 06 Anos É uma coisa importante que a gente precisa aprende, pra não limpar o chão e pra estudar e trabalhar. É uma coisa feliz, que tem que estudar muito e fazer a lição de casa e pensar para escrever. E 05 Anos Pra aprender Pra ler F 06 Anos É contar historinhas e para ajudar a pensar. É escrever o que eu imagino. G 06 Anos Minha mãe fala que é brincar. Gato H 06 Anos Não sei Não sei I 06 Anos Para a gente aprender. Porque se a gente não souber escrever nós nunca vamos aprender escrever nosso nome. J 06 Anos É a mãe pegar livro e ler para mim e para aprender. Para aprender K 06 Anos Para eu aprender Para eu me tornar uma menina que saiba escrever. L 06 Anos Não sei Não sei TABELA 10: O que é ler? O que é escrever? Fonte: as autoras
  • 13. ANÁLISE DA TABELA Com as respostas dos alunos durante a pesquisa, ficou notável que a maioria das crianças concebem leitura e escrita como o ato de aprender e também relacionam que ler e escrever deve ter função social.
  • 14. CONSIDERAÇÕES FINAIS • Com relação aos resultados da análise, obtidos a partir das respostas das crianças, é possível afirmar que: • Os alunos pesquisados apresentam ter consciência da função social da leitura e da escrita. • Associam o ato de ler e escrever ao ato de aprender.
  • 15. • Com o teste do Realismo Nominal foi possível perceber que: • A maioria dos alunos ainda faz referência aos significados das palavras e não as unidades que as constituem como as letras e as sílabas. • Ficou caracterizado que o pensamento dos alunos ainda está no Realismo Nominal.
  • 16. REFERÊNCIAS • ANDRÉ, M. E. D. A.; LUDKE, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. • BARBOSA, J. J. Alfabetização e leitura. São Paulo: Cortez, 1992. – 2. ed. ver. • BARBOSA, L. M. S. Avaliação do Nível de Aquisição da Leitura e da Escrita. (s/ d). • CAGLIARI, L. C. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 2000. – 10. ed. • CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem o BÁ-BÉ-BI-BÓ-BU. São Paulo: Scipione, 1998. • CARRAHER, T. N.; REGO, L. L. B. O realismo nominal como obstáculo na aprendizagem da leitura. São Paulo, 1981. • COELHO, C. O processo de aquisição da escrita por crianças não alfabetizadas e a aquisição da escrita pela humanidade. Porto Alegre, 2010. • COLOMER, T.; TEBEROSKY, A. Aprender a ler e a escrever: uma proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2003. • CURITIBA, PREFEITURA MUNICIPAL DE. Proposta Pedagógica, 2007. • CURTO, L. M.; MORILLO, M. M.; TEIXIDÓ, M. M. Escrever e ler: como as crianças aprendem e como o professor pode ensiná-las a escrever e a ler. Porto Alegre: Artmed, 2000. • FERREIRO, E.; TEBEROSKI, A. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.
  • 17. • GIL, A. C. Métodos e Técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2008. • GONTIJO, C. M. M. A escrita infantil. São Paulo: Cortez, 2008. • KRAMER, S. Alfabetização leitura e escrita: formação de professores em curso. São Paulo: Ática, 2001. • MORTATTI, M. R. L. Alfabetização no Brasil: uma história de sua história. São Paulo: Cultura Acadêmica; Marília: Oficina Universitária, 2011. • NOBRE, A. P. M. C. Realismo nominal e consciência metalinguística no processo de alfabetização de adultos e crianças. Recife, 2007. • NOBRE, A.; ROAZZI, A. Realismo Nominal no Processo de Alfabetização de Crianças e Adultos. Recife, 2011. • Pró-Letramento: Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem. – ed. rev. e ampl. incluindo SAEB/Prova Brasil matriz de Referência/ Secretaria de Educação Básica – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. • SOARES, M. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1995. • TFOUNI, L. V. Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez, 2004. • TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987. • VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998. • VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991. • VYGOTSKY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem. 12 edição – São Paulo: Ícone, 2014.