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A cartografia:
Cartografia sistemática:
-é uma busca por representar o terreno, particularmente suas formas, distâncias e
altitudes, assim como a localização nele de objetos naturais, como rios, montanhas, ou
aqueles produzidos pelo homem, como cidades, estradas ou ferrovias;
-Os mapas produzidos pela cartografia sistemática são chamados de mapas
topográficos, o que explicita de forma bem direta o objetivo desses mapas
(representando as principais características de um lugar);
As fontes para se fazer mapas:
-Aerofotografia: fazem-se fotos aéreas do lugar de interesse e, posteriormente,
utilizam-se certas técnicas para transpor as imagens obtidas por meio fotográfico para os
mapas, geralmente, em formato digital;
-Imagens de satélite: Estas não são fotografias, mas sim a captação de várias faixas da
radiação emitida ou refletida pelo planeta. A diferença é que a fotografia comum capta
as ondas eletromagnéticas do espectro visível (entre o infravermelho e o ultravioleta), já
o satélite capta até sete faixas de ondas, que podem ser escolhidas conforme o que se
quer visualizar na imagem, como queimadas, florestas, entre outros;
-Imagem de radar: os radares são instalados em aviões. Eles emitem ondas
eletromagnéticas que, após serem refletidas pelo terreno, são por ele captadas e
interpretadas. A vantagem dessa técnica é que a mesma não exige boas condições
climáticas, podendo produzir imagens através das nuvens. Esse foi o equipamento
utilizado no projeto RadamBrasil, que iniciou o mapeamento detalhado da Amazônia;
O movimento de rotação, os paralelos e os meridianos:
-O movimento de rotação terrestre é aquele que o planeta executa em torno de seu
próprio eixo, em um período de 24 horas. Por isso a Terra é achatada nos pólos e
expandida no Equador, não formando uma esfera perfeita. Mas, também, é por causa
desse movimento que temos a variação dos períodos de claro e escuro do planeta;
-Os paralelos são circunferências paralelas ao Equador, que, por sua vez, é um paralelo
especial, o qual divide a Terra em dois hemisférios (Norte e Sul);
-Os meridianos são meias circunferências que ligam o polo Norte ao polo Sul, sendo
seu complemento do outro lado do planeta chamado de antimeridiano. É caracterizado
pela frase: “uma linha que une pontos que têm o meio-dia no mesmo momento”. O
plano formado por essas duas meias circunferências inclui o eixo de rotação da Terra
em toda sua extensão. Dividem a Terra em Oeste e Leste;
-Latitude: é a distância do Equador medida ao longo do Meridiano de Greenwich (ou
seja, está relacionado aos paralelos). Seu ângulo, o qual varia do 0º até os 90º, é
formado pelo paralelo inicial, que é o Equador, e o paralelo do lugar que se quer
localizar;
-Longitude: é a distância do Meridiano de Greenwich medida ao longo do Equador (ou
seja, está relacionado aos meridianos). Seu ângulo, o qual varia do 0º do Meridiano de
Greenwich até os 180º, é formado pelo meridiano inicial ou internacional (de
Greenwich), e o meridiano do lugar que se quer localizar;
-Os fusos horários, reduzidos a 24 fusos, cada um com 15º (já que, ao dividir a
circunferência da Terra, ou seja, 360º, por 24, obtém-se como resultado 15º). Esse
meridiano, portanto, possui 7,5º para Leste e 7,5 para Oeste. A diferença de um fuso
horário para outro é de uma hora e, como a Terra gira de Oeste para Leste, adiciona-se
uma hora a cada fuso que se caminha em direção a Leste. O Brasil apresenta três fusos
horários:
*Fernando de Noronha: que compreende o meridiano central 30º Oeste, estando duas
horas atrasado em relação a Greenwich;
*Sul, Sudeste, Nordeste, além dos estados de Goiás, Tocantins, Amapá, Distrito
Federal e Pará: compreende o meridiano central 45º Oeste, estando três horas atrasado
em relação a Greenwich;
*Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Amazonas e o Acre:
compreende o meridiano 60º Oeste, estando quatro horas atrasado em relação a
Greenwich.
O movimento de translação:
-É aquele que a Terra executa em torno do Sol, em um período de 365 dias e seis horas.
O percurso que o planeta segue nesse movimento é chamado de órbita terrestre, a qual é
elíptica, sendo o Sol levemente deslocado em relação ao seu centro, o que dá origem e
dois pontos específicos da órbita: o periélio (ponto em que a Terra está mais próxima
do Sol) e o afélio (ponto em que está mais distante);
-O ano bissexto é o ano em que se inclui um dia a mais (29 de fevereiro), já que a cada
ano do calendário acabam sobrando seis horas não contabilizadas e, para evitar o
desencontro entre o ano real (do movimento de translação) e o do calendário, é
necessário fazer essa mudança;
-As estações do ano têm como sua causa o movimento da translação (e não o periélio
ou o afélio), mas somente ao se relacionar esse movimento com a inclinação do eixo de
rotação do planeta é que têm-se como resultado as variações da luminosidade que geram
as estações.
-O resultado dessa inclinação do eixo de rotação é que ao longo do movimento de
translação a inclinação dos raios solares vai mudando para cada região do planeta, o que
faz com que o movimento aparente do Sol mude. Ao longo do ano, quatro pontos do
percurso de translação são importantes: dois solstícios e dois equinócios e, de acordo
com eles, pode-se definir quatro paralelos especiais: os dois trópicos (Câncer e
Capricórnio) e os dois polos (Ártico e Antártico).
-Os dois equinócios são os momentos nos quais os raios solares estão incidindo
perpendicularmente ao Equador. São eles: o dia 21 de março e 23 de setembro, datas
que marcam, respectivamente o início do outono e da primavera do hemisfério Sul e o
inverso no hemisfério Norte;
-Os solstícios são os momentos nos quais os raios solares incidem perpendicularmente
em um dos trópicos. No trópico de Câncer (hemisfério Norte), em 22 de junho, e no
Trópico de Capricórnio (hemisfério Sul), em 21 de dezembro. Essas datas marcam,
respectivamente, o início do inverno e do verão no Hemisfério Sul, assim como seu
inverso no Norte. Os dias ficam mais longos no verão e mais curtos no inverno;
-O horário de verão tem como objetivo o aproveitamento dos dias mais longos do
verão e, com isso, passa a utilizar por mais tempo a iluminação solar, obtendo uma
economia de energia elétrica maior;
-Quanto aos círculos polares, o que ocorre é que no dia do solstício, os raios solares
tangenciam-nos, fazendo com que na área coberta por cada um deles tenha 24 horas de
luz ou de escuridão.
A escala:
-A escala é a proporção matemática que informa o quanto a realidade foi reduzida para
ser representada. Divide-se em escala numérica ou escala gráfica.
-Na escala numérica, o número que vem após os dois pontos nos informa o quanto a
“realidade” foi dividida para ser desenhada no mapa. Exemplo: 1:100.000- cada
centímetro corresponde a 100.000 metros;
-Na escala gráfica, tem-se uma relação mais direta, já que expressa graficamente o
quanto uma determinada distância na realidade representa no mapa;
-Uma escala 1:2000 é maior que uma 1:5.000.000, portanto, quanto maior for a escala,
menor será sua área representada e melhor será seu detalhamento, e vice-versa.
Projeções:
-Provocam distorções de formas ou de áreas das regiões mapeadas;
-Projeções semelhantes ou conformes: mantêm as formas, mas distorcem as áreas
(Projeção de Mercator);
-Projeções equivalentes: mantêm as áreas, mas distorcem as formas (Projeção de
Peters);
-Projeções equidistantes: as distâncias são representadas corretamente, mas há
distorção das formas e das áreas (Projeção de Robinson);
-Projeção afiláticas ou indeterminadas: distorcem pouco cada uma das dimensões
(formas, áreas e distâncias), sendo úteis para fins didáticos;
-Projeção plana azimutal polar: é ideal para a representação dos pólos, que ficam
muito distorcidos nas outras projeções, porém a mesma distorce muito as áreas mais
distantes de seu centro;
-Projeção azimutal equidistante: as distâncias do mundo todo em relação ao Brasil
estão corretamente representadas, porém as formas e as áreas estão muito distorcidas
nas áreas periféricas do mapa;
-Projeção de Robinson: é uma projeção afilática, ou seja, não preserva as áreas, as
formas ou as distâncias. Mesmo assim, as distorções das formas e das áreas não são
muito extremas, produzindo um planisfério bem equilibrado em termos visuais;
-Projeção cilíndrica de Mercator: mantêm as formas (conforme), porém provoca
grande distorção na área das superfícies representadas, principalmente as regiões de alta
latitude;
-Projeção de Peters: mantém as áreas das superfícies representadas (equivalente),
apesar de distorcer suas formas.
Cartografia temática: é a representação de temas variados da geografia física
ou humana (como hidrografia, relevo, entre outros). Ocorrerá a utilização de símbolos,
cores, gráficos e as próprias formas e tamanhos das áreas representadas para expressar
tais dados;
-Os dados representáveis (legenda) espacialmente podem divididos de acordo com três
aspectos:
*Aspecto qualitativo: quando os dados apontam diferentes e não ordenáveis entre si.
“O quê existe naquele lugar?”
*Aspecto ordenado: quando o que importa expressar no mapa é uma ordem entre os
dados considerados. “Em que ordem?”
*Aspecto quantitativo: quando o que importa representar não é apenas a ordem, mas a
intensidade dos dados referentes a cada lugar. “Quanto há em cada lugar?”
Símbolos:
-Utilizados para expressar a presença e localização de algum fenômeno natural ou
social;
Linhas:
-As linhas compõem o próprio mapa, são as mesmas que demonstram os limites entre os
município, estados ou países. Nesse caso, as linhas também são símbolos (como as
rodovias e as ferrovias) e seu significado pode mudar de acordo com elementos como
cor, espessura, etc.;
-Podem ser utilizadas como isolinhas, ou seja, são linhas traçadas sobre pontos do mapa
que têm o mesmo valor em relação ao dado considerado. Podem ganhar nomes
diferentes:
*Isóbaras: indicam pontos de igual pressão atmosférica;
*Isotermas: passam por pontos com a mesma temperatura média;
*Isoietas: indicam os mesmos níveis de chuvas;
*Curvas de nível:representam pontos de mesma altitude, podendo representar a
altimetria, que é a variação das altitudes continentais, ou a batimetria, que é a variação
das altitudes oceânicas;
Cores:
-As cores ou tonalidades de cinza podem ser utilizadas no mapa para expressar aspectos
qualitativos, quantitativos ou ordenados;
-Para representar aspectos qualitativos, como, por exemplo, diferentes formas de
vegetação, as cores podem até seguir um mesmo tom, como próximas de verde, no caso,
mas não devem ter uma gradação evidente do claro para o escuro, para não dar a ideia
de intensidade;
-Para representar aspectos ordenados ou quantitativos, as cores devem ter um aumento
ou diminuição gradual da sua intensidade. Um exemplo são os mapas hipsométricos, os
quais representam a variação de altitude no terreno por meio das cores;
Formas e tamanhos:
-Como a preocupação central da cartografia temática não é a precisão do tamanho ou do
formato das áreas representadas, mas, sim, a expressão dos dados, é possível até mesmo
desprezar as formas e os tamanhos originais, mudando-os conforme os valores de tais
dados. A essa técnica dá-se o nome de anamorfismo, o qual significa que as formas não
estão sendo respeitadas;
Geomorfologia
Estrutura da Terra:
-As camadas que compõe a Terra são concêntricas (possuem o mesmo centro). No
interior está o núcleo, chamado de nife, já que é composto pelos elementos químicos
metálicos Ni e Fe, possuindo alta densidade;
-O manto (formado por um material pastoso, o magma) envolve o núcleo e constitui
quase 80% do planeta;
-Na parte superior do manto, encontra-se uma subcamada denominada astenosfera, a
qual é mais maleável e apresenta grandes movimentos, sendo, portanto, sobre ela que se
assentam as placas tectônicas, as quais formam a litosfera;
-Há muita dificuldade de estudar o núcleo e o manto, por serem muito profundos. Para
isso, é preciso a interpretação das ondas sísmicas (provenientes dos terremotos). Tais
ondas, ao atravessar o interior da Terra, comportam-se de formas diferentes para cada
tipo de material, o que proporciona uma espécie de raios X do planeta;
-A crosta terrestre, também chamada de litosfera, é dividida em duas camadas: o sial
(silício e alumínio), que é a camada mais externa, e o sima (cilício e magnésio), que fica
embaixo do sial e possui maios densidade;
-É na camada da litosfera que se manifestam os fenômenos formadores dos minerais,
das rochas, dos solos e das formas de relevo, elementos muito importantes para a
natureza (formação de solos- agricultura) e para a sociedade (fábricas). Os mesmo estão
em constante transformação, provocada por um conjunto de forças atuantes na litosfera;
-Tais forças são divididas em:
*Forças internas/endógenas (originadas no interior da atmosfera)- não
se vê:
--A crosta terrestre está em constante movimento de transformação e o interior da Terra
é composto por camadas de diferentes materiais em diferentes temperaturas, estados
físicos e densidades;
--Quanto mais próximo do núcleo, maior é a temperatura, contendo muita energia;
--Dentro da astenosfera, pode-se encontrar diferenças de temperatura entre a sua porção
mais próxima à litosfera e outra mais profunda. Nos materiais fluidos, como a água ou o
magma, a massa mais quente se torna menos densa e, assim, tende a subir, enquanto a
massa mais fria é mais densa, o que faz descer. Quando a massa quente chega perto da
litosfera, ela perde calor, ocorrendo o inverso com a massa fria que desceu. Esse
processo continua infinitamente, formando as correntes de convecção, que, segundo
algumas teorias, é um dos fatores responsáveis pela movimentação das placas
tectônicas;
--Por meio da pressão que a energia interna da Terra exerce sobre sua superfície, a
litosfera se transforma constantemente, formando as estruturas rochosas que sustentam
as formas do relevo. Essas pressões são denominadas forças endógenas;
--Tais forças provocam vários fenômenos importantes, como as erupções vulcânicas, os
terremotos, os dobramentos e os falhamentos. Esses acontecimentos são
interdependentes e a melhor expressão desse conjunto é a Teoria da Tectônica de
Placas;
ESQUEMA PÁGS 56 E 77
*Forças externas/exógenas (originadas na atmosfera)- se vê:
--Atuam no desgaste e esculturação do relevo;
--Intemperismo físico: três maneiras de atuação: termoclastia, crioclastia e abrasão:
--- A termoclastia ocorre quando existe uma grande amplitude térmica diária em alguma
região, ou seja, ao serem aquecidas, as rochas sofrem um processo de dilatação, mas, ao
serem resfriadas a noite, pela falta de energia solar, passam a se contrair, tricando (mais
frequente em climas semi-árido e árido);
---A crioclastia ocorre quando pequenas fendas das rochas armazenam águas das chuvas
que posteriormente são congeladas, sendo mais comum em áreas de clima muito frio.
Quando a água se transforma em gelo, seu volume é ampliado, forçando a rocha a se
quebrar;
---A abrasão é um processo onde as águas das chuvas e o vento estão constantemente se
chocando com as rochas, o que acaba desgastando-as. Dá-se a esse processo o nome de
erosão, a qual pode ser pluvial (águas das chuvas), nival (pela neve), glacial (por blocos
de gelo em derretimento) e eólica (pelos ventos). Esses retiram grãos das rochas e estes
acabam servindo como espécie de lixa para arrancar mais sedimentos de outras áreas;
--Intemperismo químico: a superfície terrestre é composta por rochas, as quais são
constituídas de minerais formados por elementos químicos, portanto há constantes
reações químicas ocorrendo na superfície, as quais transformam o arranjo dos átomos e
das moléculas o que leva à decomposição das rochas. O tipo de reação química mais
comum nesse desgaste é aquele que se dá entre os elementos químicos das rochas e a
água das chuvas ou presentes em forma de vapor, a qual possui carbono, cloro ou
enxofre, os quais provocam o desarranjo entre as moléculas das rochas.
Deriva dos continentes e tectônica de placas:
-De acordo com a formulação da Teoria da Deriva Continental, os continentes, pouco
densos, deslizariam sobre um manto semilíquido e com maior densidade;
-Já a Teoria da Tectônica de Placas se desenvolveu muito e superou a Deriva por ter
como formulação a separação dos continentes e a fragmentação das placas, as quais se
localizam na astenosfera, na qual, por sua vez, há correntes de convecção, que fazem
com que as placas se movam em diversas direções;
-São nos limites entre uma placa e outra que são registrados os maiores índices de
atividades sísmicas, juntamente com erupções vulcânicas, ocorrendo formação de
rochas e de estruturas de relevo. Esse limites podem ser de dois tipos:
*Zonas de expansão: conforme as placas vão se afastando, o material pastoso do
manto vai preenchendo os espaços deixados pelas placas, com isso há a formação das
cordilheiras mesocêanicas, como por exemplo, a Dorsal Atlântica, que se encontra no
limite entre a placa Sul-americana e a Africana. Uma evidência da existência dessas
zonas é o conjunto formado pela Dorsal e o assoalho deste oceano, no qual a idade das
rochas é mais antiga conforme se caminha do centro do oceano, onde está a cordilheira,
para as bordas, onde estão os litorais da África e das Américas, sendo que essa idade
demonstra é que o assoalho oceânico foi sendo formado pela expansão de seu eixo
central;
*Zonas de subducção: são os limites de destruição de placas. O melhor exemplo é o
choque entre a placa de Nazca e a placa Sul-americana, onde a placa de Nazca, por ser
mais delgada e mais densa, entra por baixo da placa Sul-americana, provocando muita
atividade sísmica e muito vulcanismo, além dos movimento de orogênese, epirogênese e
dos falhamentos:
--Epirogênese: é o movimento vertical de algumas áreas continentais, ou seja, o
levantamento/soerguimento (+), ou o rebaixamento(-). Foi de extrema importância para
a formação do relevo brasileiro, principalmente das grandes bacias sedimentares
(formadas pelo depósito de rochas sedimentares), como a Amazônica e a do Paraná, as
quais foram formadas no período Pré-cambriano e possuem fósseis (petróleo, gás
natural e carvão);
--Orogênese: caracteriza-se pelos processos de dobramento da crosta terrestre.
Exemplos: Andes(América do Sul), Montanhas Rochosas (América do Norte), Alpes
(Europa), Himalaia (Ásia) e Cadeia do Atlas (África);
--Falhamentos: com as pressões exercidas sobre uma placa durante sua movimentação
e seus choques com outras placas, podem ocorrer pequenas trincas ao longo do corpo
rochoso, provocando falhamentos, como, por exemplo, o Vale do Paraíba;
Abalos sísmicos e vulcanismo:
-A movimentação das placas tectônicas (acomodação) pode provocar abalos sísmicos e
erupções vulcânicas na superfície terrestre;
-O local onde se originam as vibrações é denominado hipocentro e a região da
superfície terrestre, ou do fundo oceânico (formando um maremoto, provocando
tsunami), na qual as vibrações se refletem mais intensamente, é chamada de epicentro;
-Outro efeito da movimentação da crosta terrestre que pode ser devastador é o
vulcanismo, já que, com essa movimentação, pode gerar brechas entre as rochas, pelas
quais o magma penetra e, quando é expelido para fora da superfície (em forma de lava),
juntamente com cinzas e gases tóxicos, dá origem aos vulcões;
-Tanto a ocorrência de terremotos, quanto a de vulcões, é maior nas regiões de encontro
de placas tectônicas, por causa da intensidade dos choques. Tais regiões formam o
Círculo do Fogo (bordas do Pacífico);
Os tipos de rochas:
-Rochas ígneas ou magmáticas: são aquelas formadas pela solidificação do magma,
portanto, formadas diretamente por forças endógenas. Podem ser intrusivas (plutônicas),
quando se solidificam no interior da litosfera, como o granito, ou podem ser extrusivas
(vulcânicas), quando sua solidificação ocorre na superfície terrestre.Um exemplo é o
basalto, o qual possui muita resistência ao intemperismo;
-Rochas sedimentares: originadas nos processos de sedimentação, ou seja, da
solidificação dos sedimentos retirados de outras rochas pelas forças exógenas. São elas
que formam as bacias sedimentares, um exemplo é o arenito, o qual possui baixa
resistência ao intemperismo;
-Rochas metamórficas: apresentam forte dependência das forças endógenas, já que são
formadas pela transformação de outras rochas de altas temperaturas e pressões. Um
exemplo é o quartzo, altamente resistente ao intemperismo.
O relevo:
-Crátons: estruturas rochosas muito antigas (Pré-cambriano), que hoje se mostram
bastante desgastadas pela ação das forças exógenas. Apresentam predominância de
rochas metamórficas e magmáticas. Quando os crátons estão expostos na superfície,
geralmente sustentando formas de relevo de alto desgaste, diz-se que são escudos
cristalinos, planaltos que contêm muitos minérios (ouro e prata), Exemplo: escudo sul-
amazônico e o escudo das guianas;
-Cinturões orogênicos: são formados pelos dobramentos modernos. Não há no Brasil,
já que os dobramentos são antigos, muito desgastados atualmente;
-Planaltos: não são, necessariamente, terrenos latos e levemente planos. São áreas onde
os processos de desgaste são maiores do que os de deposição, ou seja, regiões que estão
perdendo material ao ser eroditas;
-Planícies: áreas onde os processos de deposição têm predominância sobre os de
desgaste, ou seja, formadas pelo recebimento de sedimentos de áreas vizinhas;
-Depressões: em geral são áreas mais baixas que outras em seu entorno, porém não
estão no processo de formação como as planícies, pelo contrário, são originadas de
longos períodos de desgaste;
-Tabuleiros: terrenos baixos e muito planos. E antigas planícies, que hoje não mais
passam pelo processo de sedimentação;
-Cuestas: são as bordas das bacias sedimentares brasileiras, um lado é virado para fora
da bacia, com muito declive, e o outro, é virado para o interior daquela, com declive
muito leve;
-O relevo litorâneo:
*A plataforma continental:a litosfera é formada por várias placas tectônicas, e, sobre
asmesmas, estão os continentes, nos quais as margens com o oceano podem ser ativas
ou passivas. Por exemplo: margem ativa-> do lado oeste da América do Sul, têm-se um
encontro entre a placa Sul-americana e a placa de Nazca (sob o Pacífico), por isso
ocorrem atividades geológicas constantes, como vulcanismos e terremotos. Margem
passiva-> encontrada no lado leste, onde se localiza a costa brasileira, onde não há o
encontro de placas e, portanto, inexistem fenômenos sísmicos;
*Águas oceânicas:desgatam constantemente as costas dos continentes e, ao mesmo
tempo, promovem a acumulação dos sedimentos. Além disso, sua influência é bem
notada no clima, através das correntes marítimas, as quais direcionam sedimentos,
formando restingas e lagunas;
*Clima:em algumas regiões, a ação das chuvas é constante e esculpem as áreas
litorâneas e derramam os sedimentos nas praias;
*As terras continentais: representada pelas redes de drenagem que deságuam no
oceano. Esses rios levam sedimentos orgânicos e inorgânicos, que contribuem para a
efetivação dos processos de sedimentação e melhoram o nível de nutrientes das águas;
*As costas de acumulação e de brasão:
--As costas de brasão são aquelas nas quais há constante destruição do relevo pelas
ondas marinhas. Ocorre também costas de abrasão nas barreiras, que são os tabuleiros
litorâneos em constante desgaste pelas águas do mar;
--Nas costas de acumulação, ocorre a sedimentação marinha ou fluviomarinha,
caracterizando a planície costeira do Brasil. Há dois tipos de costas de acumulação: as
praias e os manguezais;
*As ilhas marítimas do Brasil: divididas em:
--As ilhas da plataforma continental são partes do próprio continente que estão
separadas deste por braços de água. Portanto, são formadas pelas mesmas rochas do
continente. Exemplo: São Sebastião;
--Já as ilhas oceânicas são bem mais distantes da costa e não são constituídas pelas
mesmas rochas continentais, pelo contrário, a maioria delas é formada por vulcanismos.
Exemplo: Fernando de Noronha;

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Mapas e cartografia: técnicas e conceitos

  • 1. A cartografia: Cartografia sistemática: -é uma busca por representar o terreno, particularmente suas formas, distâncias e altitudes, assim como a localização nele de objetos naturais, como rios, montanhas, ou aqueles produzidos pelo homem, como cidades, estradas ou ferrovias; -Os mapas produzidos pela cartografia sistemática são chamados de mapas topográficos, o que explicita de forma bem direta o objetivo desses mapas (representando as principais características de um lugar); As fontes para se fazer mapas: -Aerofotografia: fazem-se fotos aéreas do lugar de interesse e, posteriormente, utilizam-se certas técnicas para transpor as imagens obtidas por meio fotográfico para os mapas, geralmente, em formato digital; -Imagens de satélite: Estas não são fotografias, mas sim a captação de várias faixas da radiação emitida ou refletida pelo planeta. A diferença é que a fotografia comum capta as ondas eletromagnéticas do espectro visível (entre o infravermelho e o ultravioleta), já o satélite capta até sete faixas de ondas, que podem ser escolhidas conforme o que se quer visualizar na imagem, como queimadas, florestas, entre outros; -Imagem de radar: os radares são instalados em aviões. Eles emitem ondas eletromagnéticas que, após serem refletidas pelo terreno, são por ele captadas e interpretadas. A vantagem dessa técnica é que a mesma não exige boas condições climáticas, podendo produzir imagens através das nuvens. Esse foi o equipamento utilizado no projeto RadamBrasil, que iniciou o mapeamento detalhado da Amazônia; O movimento de rotação, os paralelos e os meridianos: -O movimento de rotação terrestre é aquele que o planeta executa em torno de seu próprio eixo, em um período de 24 horas. Por isso a Terra é achatada nos pólos e expandida no Equador, não formando uma esfera perfeita. Mas, também, é por causa desse movimento que temos a variação dos períodos de claro e escuro do planeta; -Os paralelos são circunferências paralelas ao Equador, que, por sua vez, é um paralelo especial, o qual divide a Terra em dois hemisférios (Norte e Sul); -Os meridianos são meias circunferências que ligam o polo Norte ao polo Sul, sendo seu complemento do outro lado do planeta chamado de antimeridiano. É caracterizado pela frase: “uma linha que une pontos que têm o meio-dia no mesmo momento”. O plano formado por essas duas meias circunferências inclui o eixo de rotação da Terra em toda sua extensão. Dividem a Terra em Oeste e Leste;
  • 2. -Latitude: é a distância do Equador medida ao longo do Meridiano de Greenwich (ou seja, está relacionado aos paralelos). Seu ângulo, o qual varia do 0º até os 90º, é formado pelo paralelo inicial, que é o Equador, e o paralelo do lugar que se quer localizar; -Longitude: é a distância do Meridiano de Greenwich medida ao longo do Equador (ou seja, está relacionado aos meridianos). Seu ângulo, o qual varia do 0º do Meridiano de Greenwich até os 180º, é formado pelo meridiano inicial ou internacional (de Greenwich), e o meridiano do lugar que se quer localizar; -Os fusos horários, reduzidos a 24 fusos, cada um com 15º (já que, ao dividir a circunferência da Terra, ou seja, 360º, por 24, obtém-se como resultado 15º). Esse meridiano, portanto, possui 7,5º para Leste e 7,5 para Oeste. A diferença de um fuso horário para outro é de uma hora e, como a Terra gira de Oeste para Leste, adiciona-se uma hora a cada fuso que se caminha em direção a Leste. O Brasil apresenta três fusos horários: *Fernando de Noronha: que compreende o meridiano central 30º Oeste, estando duas horas atrasado em relação a Greenwich; *Sul, Sudeste, Nordeste, além dos estados de Goiás, Tocantins, Amapá, Distrito Federal e Pará: compreende o meridiano central 45º Oeste, estando três horas atrasado em relação a Greenwich; *Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Amazonas e o Acre: compreende o meridiano 60º Oeste, estando quatro horas atrasado em relação a Greenwich. O movimento de translação: -É aquele que a Terra executa em torno do Sol, em um período de 365 dias e seis horas. O percurso que o planeta segue nesse movimento é chamado de órbita terrestre, a qual é elíptica, sendo o Sol levemente deslocado em relação ao seu centro, o que dá origem e dois pontos específicos da órbita: o periélio (ponto em que a Terra está mais próxima do Sol) e o afélio (ponto em que está mais distante); -O ano bissexto é o ano em que se inclui um dia a mais (29 de fevereiro), já que a cada ano do calendário acabam sobrando seis horas não contabilizadas e, para evitar o desencontro entre o ano real (do movimento de translação) e o do calendário, é necessário fazer essa mudança; -As estações do ano têm como sua causa o movimento da translação (e não o periélio ou o afélio), mas somente ao se relacionar esse movimento com a inclinação do eixo de rotação do planeta é que têm-se como resultado as variações da luminosidade que geram as estações.
  • 3. -O resultado dessa inclinação do eixo de rotação é que ao longo do movimento de translação a inclinação dos raios solares vai mudando para cada região do planeta, o que faz com que o movimento aparente do Sol mude. Ao longo do ano, quatro pontos do percurso de translação são importantes: dois solstícios e dois equinócios e, de acordo com eles, pode-se definir quatro paralelos especiais: os dois trópicos (Câncer e Capricórnio) e os dois polos (Ártico e Antártico). -Os dois equinócios são os momentos nos quais os raios solares estão incidindo perpendicularmente ao Equador. São eles: o dia 21 de março e 23 de setembro, datas que marcam, respectivamente o início do outono e da primavera do hemisfério Sul e o inverso no hemisfério Norte; -Os solstícios são os momentos nos quais os raios solares incidem perpendicularmente em um dos trópicos. No trópico de Câncer (hemisfério Norte), em 22 de junho, e no Trópico de Capricórnio (hemisfério Sul), em 21 de dezembro. Essas datas marcam, respectivamente, o início do inverno e do verão no Hemisfério Sul, assim como seu inverso no Norte. Os dias ficam mais longos no verão e mais curtos no inverno; -O horário de verão tem como objetivo o aproveitamento dos dias mais longos do verão e, com isso, passa a utilizar por mais tempo a iluminação solar, obtendo uma economia de energia elétrica maior; -Quanto aos círculos polares, o que ocorre é que no dia do solstício, os raios solares tangenciam-nos, fazendo com que na área coberta por cada um deles tenha 24 horas de luz ou de escuridão. A escala: -A escala é a proporção matemática que informa o quanto a realidade foi reduzida para ser representada. Divide-se em escala numérica ou escala gráfica. -Na escala numérica, o número que vem após os dois pontos nos informa o quanto a “realidade” foi dividida para ser desenhada no mapa. Exemplo: 1:100.000- cada centímetro corresponde a 100.000 metros; -Na escala gráfica, tem-se uma relação mais direta, já que expressa graficamente o quanto uma determinada distância na realidade representa no mapa; -Uma escala 1:2000 é maior que uma 1:5.000.000, portanto, quanto maior for a escala, menor será sua área representada e melhor será seu detalhamento, e vice-versa. Projeções: -Provocam distorções de formas ou de áreas das regiões mapeadas; -Projeções semelhantes ou conformes: mantêm as formas, mas distorcem as áreas (Projeção de Mercator);
  • 4. -Projeções equivalentes: mantêm as áreas, mas distorcem as formas (Projeção de Peters); -Projeções equidistantes: as distâncias são representadas corretamente, mas há distorção das formas e das áreas (Projeção de Robinson); -Projeção afiláticas ou indeterminadas: distorcem pouco cada uma das dimensões (formas, áreas e distâncias), sendo úteis para fins didáticos; -Projeção plana azimutal polar: é ideal para a representação dos pólos, que ficam muito distorcidos nas outras projeções, porém a mesma distorce muito as áreas mais distantes de seu centro; -Projeção azimutal equidistante: as distâncias do mundo todo em relação ao Brasil estão corretamente representadas, porém as formas e as áreas estão muito distorcidas nas áreas periféricas do mapa; -Projeção de Robinson: é uma projeção afilática, ou seja, não preserva as áreas, as formas ou as distâncias. Mesmo assim, as distorções das formas e das áreas não são muito extremas, produzindo um planisfério bem equilibrado em termos visuais; -Projeção cilíndrica de Mercator: mantêm as formas (conforme), porém provoca grande distorção na área das superfícies representadas, principalmente as regiões de alta latitude; -Projeção de Peters: mantém as áreas das superfícies representadas (equivalente), apesar de distorcer suas formas. Cartografia temática: é a representação de temas variados da geografia física ou humana (como hidrografia, relevo, entre outros). Ocorrerá a utilização de símbolos, cores, gráficos e as próprias formas e tamanhos das áreas representadas para expressar tais dados; -Os dados representáveis (legenda) espacialmente podem divididos de acordo com três aspectos: *Aspecto qualitativo: quando os dados apontam diferentes e não ordenáveis entre si. “O quê existe naquele lugar?” *Aspecto ordenado: quando o que importa expressar no mapa é uma ordem entre os dados considerados. “Em que ordem?” *Aspecto quantitativo: quando o que importa representar não é apenas a ordem, mas a intensidade dos dados referentes a cada lugar. “Quanto há em cada lugar?”
  • 5. Símbolos: -Utilizados para expressar a presença e localização de algum fenômeno natural ou social; Linhas: -As linhas compõem o próprio mapa, são as mesmas que demonstram os limites entre os município, estados ou países. Nesse caso, as linhas também são símbolos (como as rodovias e as ferrovias) e seu significado pode mudar de acordo com elementos como cor, espessura, etc.; -Podem ser utilizadas como isolinhas, ou seja, são linhas traçadas sobre pontos do mapa que têm o mesmo valor em relação ao dado considerado. Podem ganhar nomes diferentes: *Isóbaras: indicam pontos de igual pressão atmosférica; *Isotermas: passam por pontos com a mesma temperatura média; *Isoietas: indicam os mesmos níveis de chuvas; *Curvas de nível:representam pontos de mesma altitude, podendo representar a altimetria, que é a variação das altitudes continentais, ou a batimetria, que é a variação das altitudes oceânicas; Cores: -As cores ou tonalidades de cinza podem ser utilizadas no mapa para expressar aspectos qualitativos, quantitativos ou ordenados; -Para representar aspectos qualitativos, como, por exemplo, diferentes formas de vegetação, as cores podem até seguir um mesmo tom, como próximas de verde, no caso, mas não devem ter uma gradação evidente do claro para o escuro, para não dar a ideia de intensidade; -Para representar aspectos ordenados ou quantitativos, as cores devem ter um aumento ou diminuição gradual da sua intensidade. Um exemplo são os mapas hipsométricos, os quais representam a variação de altitude no terreno por meio das cores; Formas e tamanhos: -Como a preocupação central da cartografia temática não é a precisão do tamanho ou do formato das áreas representadas, mas, sim, a expressão dos dados, é possível até mesmo desprezar as formas e os tamanhos originais, mudando-os conforme os valores de tais dados. A essa técnica dá-se o nome de anamorfismo, o qual significa que as formas não estão sendo respeitadas;
  • 6. Geomorfologia Estrutura da Terra: -As camadas que compõe a Terra são concêntricas (possuem o mesmo centro). No interior está o núcleo, chamado de nife, já que é composto pelos elementos químicos metálicos Ni e Fe, possuindo alta densidade; -O manto (formado por um material pastoso, o magma) envolve o núcleo e constitui quase 80% do planeta; -Na parte superior do manto, encontra-se uma subcamada denominada astenosfera, a qual é mais maleável e apresenta grandes movimentos, sendo, portanto, sobre ela que se assentam as placas tectônicas, as quais formam a litosfera; -Há muita dificuldade de estudar o núcleo e o manto, por serem muito profundos. Para isso, é preciso a interpretação das ondas sísmicas (provenientes dos terremotos). Tais ondas, ao atravessar o interior da Terra, comportam-se de formas diferentes para cada tipo de material, o que proporciona uma espécie de raios X do planeta; -A crosta terrestre, também chamada de litosfera, é dividida em duas camadas: o sial (silício e alumínio), que é a camada mais externa, e o sima (cilício e magnésio), que fica embaixo do sial e possui maios densidade; -É na camada da litosfera que se manifestam os fenômenos formadores dos minerais, das rochas, dos solos e das formas de relevo, elementos muito importantes para a natureza (formação de solos- agricultura) e para a sociedade (fábricas). Os mesmo estão em constante transformação, provocada por um conjunto de forças atuantes na litosfera; -Tais forças são divididas em: *Forças internas/endógenas (originadas no interior da atmosfera)- não se vê: --A crosta terrestre está em constante movimento de transformação e o interior da Terra é composto por camadas de diferentes materiais em diferentes temperaturas, estados físicos e densidades; --Quanto mais próximo do núcleo, maior é a temperatura, contendo muita energia; --Dentro da astenosfera, pode-se encontrar diferenças de temperatura entre a sua porção mais próxima à litosfera e outra mais profunda. Nos materiais fluidos, como a água ou o magma, a massa mais quente se torna menos densa e, assim, tende a subir, enquanto a massa mais fria é mais densa, o que faz descer. Quando a massa quente chega perto da litosfera, ela perde calor, ocorrendo o inverso com a massa fria que desceu. Esse processo continua infinitamente, formando as correntes de convecção, que, segundo
  • 7. algumas teorias, é um dos fatores responsáveis pela movimentação das placas tectônicas; --Por meio da pressão que a energia interna da Terra exerce sobre sua superfície, a litosfera se transforma constantemente, formando as estruturas rochosas que sustentam as formas do relevo. Essas pressões são denominadas forças endógenas; --Tais forças provocam vários fenômenos importantes, como as erupções vulcânicas, os terremotos, os dobramentos e os falhamentos. Esses acontecimentos são interdependentes e a melhor expressão desse conjunto é a Teoria da Tectônica de Placas; ESQUEMA PÁGS 56 E 77 *Forças externas/exógenas (originadas na atmosfera)- se vê: --Atuam no desgaste e esculturação do relevo; --Intemperismo físico: três maneiras de atuação: termoclastia, crioclastia e abrasão: --- A termoclastia ocorre quando existe uma grande amplitude térmica diária em alguma região, ou seja, ao serem aquecidas, as rochas sofrem um processo de dilatação, mas, ao serem resfriadas a noite, pela falta de energia solar, passam a se contrair, tricando (mais frequente em climas semi-árido e árido); ---A crioclastia ocorre quando pequenas fendas das rochas armazenam águas das chuvas que posteriormente são congeladas, sendo mais comum em áreas de clima muito frio. Quando a água se transforma em gelo, seu volume é ampliado, forçando a rocha a se quebrar; ---A abrasão é um processo onde as águas das chuvas e o vento estão constantemente se chocando com as rochas, o que acaba desgastando-as. Dá-se a esse processo o nome de erosão, a qual pode ser pluvial (águas das chuvas), nival (pela neve), glacial (por blocos de gelo em derretimento) e eólica (pelos ventos). Esses retiram grãos das rochas e estes acabam servindo como espécie de lixa para arrancar mais sedimentos de outras áreas; --Intemperismo químico: a superfície terrestre é composta por rochas, as quais são constituídas de minerais formados por elementos químicos, portanto há constantes reações químicas ocorrendo na superfície, as quais transformam o arranjo dos átomos e das moléculas o que leva à decomposição das rochas. O tipo de reação química mais comum nesse desgaste é aquele que se dá entre os elementos químicos das rochas e a água das chuvas ou presentes em forma de vapor, a qual possui carbono, cloro ou enxofre, os quais provocam o desarranjo entre as moléculas das rochas.
  • 8. Deriva dos continentes e tectônica de placas: -De acordo com a formulação da Teoria da Deriva Continental, os continentes, pouco densos, deslizariam sobre um manto semilíquido e com maior densidade; -Já a Teoria da Tectônica de Placas se desenvolveu muito e superou a Deriva por ter como formulação a separação dos continentes e a fragmentação das placas, as quais se localizam na astenosfera, na qual, por sua vez, há correntes de convecção, que fazem com que as placas se movam em diversas direções; -São nos limites entre uma placa e outra que são registrados os maiores índices de atividades sísmicas, juntamente com erupções vulcânicas, ocorrendo formação de rochas e de estruturas de relevo. Esse limites podem ser de dois tipos: *Zonas de expansão: conforme as placas vão se afastando, o material pastoso do manto vai preenchendo os espaços deixados pelas placas, com isso há a formação das cordilheiras mesocêanicas, como por exemplo, a Dorsal Atlântica, que se encontra no limite entre a placa Sul-americana e a Africana. Uma evidência da existência dessas zonas é o conjunto formado pela Dorsal e o assoalho deste oceano, no qual a idade das rochas é mais antiga conforme se caminha do centro do oceano, onde está a cordilheira, para as bordas, onde estão os litorais da África e das Américas, sendo que essa idade demonstra é que o assoalho oceânico foi sendo formado pela expansão de seu eixo central; *Zonas de subducção: são os limites de destruição de placas. O melhor exemplo é o choque entre a placa de Nazca e a placa Sul-americana, onde a placa de Nazca, por ser mais delgada e mais densa, entra por baixo da placa Sul-americana, provocando muita atividade sísmica e muito vulcanismo, além dos movimento de orogênese, epirogênese e dos falhamentos: --Epirogênese: é o movimento vertical de algumas áreas continentais, ou seja, o levantamento/soerguimento (+), ou o rebaixamento(-). Foi de extrema importância para a formação do relevo brasileiro, principalmente das grandes bacias sedimentares (formadas pelo depósito de rochas sedimentares), como a Amazônica e a do Paraná, as quais foram formadas no período Pré-cambriano e possuem fósseis (petróleo, gás natural e carvão); --Orogênese: caracteriza-se pelos processos de dobramento da crosta terrestre. Exemplos: Andes(América do Sul), Montanhas Rochosas (América do Norte), Alpes (Europa), Himalaia (Ásia) e Cadeia do Atlas (África); --Falhamentos: com as pressões exercidas sobre uma placa durante sua movimentação e seus choques com outras placas, podem ocorrer pequenas trincas ao longo do corpo rochoso, provocando falhamentos, como, por exemplo, o Vale do Paraíba;
  • 9. Abalos sísmicos e vulcanismo: -A movimentação das placas tectônicas (acomodação) pode provocar abalos sísmicos e erupções vulcânicas na superfície terrestre; -O local onde se originam as vibrações é denominado hipocentro e a região da superfície terrestre, ou do fundo oceânico (formando um maremoto, provocando tsunami), na qual as vibrações se refletem mais intensamente, é chamada de epicentro; -Outro efeito da movimentação da crosta terrestre que pode ser devastador é o vulcanismo, já que, com essa movimentação, pode gerar brechas entre as rochas, pelas quais o magma penetra e, quando é expelido para fora da superfície (em forma de lava), juntamente com cinzas e gases tóxicos, dá origem aos vulcões; -Tanto a ocorrência de terremotos, quanto a de vulcões, é maior nas regiões de encontro de placas tectônicas, por causa da intensidade dos choques. Tais regiões formam o Círculo do Fogo (bordas do Pacífico); Os tipos de rochas: -Rochas ígneas ou magmáticas: são aquelas formadas pela solidificação do magma, portanto, formadas diretamente por forças endógenas. Podem ser intrusivas (plutônicas), quando se solidificam no interior da litosfera, como o granito, ou podem ser extrusivas (vulcânicas), quando sua solidificação ocorre na superfície terrestre.Um exemplo é o basalto, o qual possui muita resistência ao intemperismo; -Rochas sedimentares: originadas nos processos de sedimentação, ou seja, da solidificação dos sedimentos retirados de outras rochas pelas forças exógenas. São elas que formam as bacias sedimentares, um exemplo é o arenito, o qual possui baixa resistência ao intemperismo; -Rochas metamórficas: apresentam forte dependência das forças endógenas, já que são formadas pela transformação de outras rochas de altas temperaturas e pressões. Um exemplo é o quartzo, altamente resistente ao intemperismo. O relevo: -Crátons: estruturas rochosas muito antigas (Pré-cambriano), que hoje se mostram bastante desgastadas pela ação das forças exógenas. Apresentam predominância de rochas metamórficas e magmáticas. Quando os crátons estão expostos na superfície, geralmente sustentando formas de relevo de alto desgaste, diz-se que são escudos cristalinos, planaltos que contêm muitos minérios (ouro e prata), Exemplo: escudo sul- amazônico e o escudo das guianas; -Cinturões orogênicos: são formados pelos dobramentos modernos. Não há no Brasil, já que os dobramentos são antigos, muito desgastados atualmente;
  • 10. -Planaltos: não são, necessariamente, terrenos latos e levemente planos. São áreas onde os processos de desgaste são maiores do que os de deposição, ou seja, regiões que estão perdendo material ao ser eroditas; -Planícies: áreas onde os processos de deposição têm predominância sobre os de desgaste, ou seja, formadas pelo recebimento de sedimentos de áreas vizinhas; -Depressões: em geral são áreas mais baixas que outras em seu entorno, porém não estão no processo de formação como as planícies, pelo contrário, são originadas de longos períodos de desgaste; -Tabuleiros: terrenos baixos e muito planos. E antigas planícies, que hoje não mais passam pelo processo de sedimentação; -Cuestas: são as bordas das bacias sedimentares brasileiras, um lado é virado para fora da bacia, com muito declive, e o outro, é virado para o interior daquela, com declive muito leve; -O relevo litorâneo: *A plataforma continental:a litosfera é formada por várias placas tectônicas, e, sobre asmesmas, estão os continentes, nos quais as margens com o oceano podem ser ativas ou passivas. Por exemplo: margem ativa-> do lado oeste da América do Sul, têm-se um encontro entre a placa Sul-americana e a placa de Nazca (sob o Pacífico), por isso ocorrem atividades geológicas constantes, como vulcanismos e terremotos. Margem passiva-> encontrada no lado leste, onde se localiza a costa brasileira, onde não há o encontro de placas e, portanto, inexistem fenômenos sísmicos; *Águas oceânicas:desgatam constantemente as costas dos continentes e, ao mesmo tempo, promovem a acumulação dos sedimentos. Além disso, sua influência é bem notada no clima, através das correntes marítimas, as quais direcionam sedimentos, formando restingas e lagunas; *Clima:em algumas regiões, a ação das chuvas é constante e esculpem as áreas litorâneas e derramam os sedimentos nas praias; *As terras continentais: representada pelas redes de drenagem que deságuam no oceano. Esses rios levam sedimentos orgânicos e inorgânicos, que contribuem para a efetivação dos processos de sedimentação e melhoram o nível de nutrientes das águas; *As costas de acumulação e de brasão: --As costas de brasão são aquelas nas quais há constante destruição do relevo pelas ondas marinhas. Ocorre também costas de abrasão nas barreiras, que são os tabuleiros litorâneos em constante desgaste pelas águas do mar;
  • 11. --Nas costas de acumulação, ocorre a sedimentação marinha ou fluviomarinha, caracterizando a planície costeira do Brasil. Há dois tipos de costas de acumulação: as praias e os manguezais; *As ilhas marítimas do Brasil: divididas em: --As ilhas da plataforma continental são partes do próprio continente que estão separadas deste por braços de água. Portanto, são formadas pelas mesmas rochas do continente. Exemplo: São Sebastião; --Já as ilhas oceânicas são bem mais distantes da costa e não são constituídas pelas mesmas rochas continentais, pelo contrário, a maioria delas é formada por vulcanismos. Exemplo: Fernando de Noronha;