informativo

1. Gunnar Vingren havia recebido uma
profecia sobre com quem casaria. Em 1917
casou-se com a enfermeira Frida. Ela não
era apenas esposa e mãe, mas um refúgio
para Gunnar que apesar da vontade de pre-
gar a Palavra, estava ficando doente e can-
sado após tantas viagens para evangelizar e
desbravar igrejas.
Nos impedimentos de seu marido, Fri-
da, mãe de seis filhos, dona-de-casa, ainda
dirigia os trabalhos congregacionais. Evan-
gelista, ensinadora da EBD na Suécia e co-
mentarista de revistas evangélicas, era in-
cansável na obra!
Após alguns anos em que a igreja no
Rio de Janeiro estava estabilizada, a família
vai para Maceió - Alagoas com a finalidade
de apoiar o trabalho recém aberto naquele
lugar. Enquanto faziam a obra, sua filhinha
caçula ficou muito doente, vítima de uma
grave infecção, veio a falecer. Um padre da
cidade local, impediu que a criança fosse
sepultada no cemitério, alegando que era
uma família pagã!
Dessa forma, a família precisou viajar
para um vilarejo distante, onde puderam
sepultar a menina. Eles deram o sangue,
suor, forças, saúde, e agora, a própria filha
para evangelizar um povo que agora mos-
trava um gesto de ingratidão.
Após retornar para casa, Gunnar se
trancou no quarto onde passou a orar; tal-
vez buscando uma resposta de Deus na-
quele momento. Frida ao ver o sofrimento
do esposo, passa a compor os versos do
hino 126 da Harpa Cristã - “Os mais belos e
hinos e poesias, formam escritos em
tribulação...”
Mais tarde passa a compor o hino 246
- “Tens a graça pra seres vitorioso , nas
terriveis provações da vida aqui? Tens
descanso encontrado em Jesus Cristo:
Permaneces pela graça que Ele deu? Plena
paz, consolação acharás no coração: Deus
ai, vitória aos santos concedeu”. Depois do
pastor Paulo Leivas Macalão, Frida foi a que
mais contribuiu com letras para o nosso
hinário..
Uma mulher bem a frente do seu tem-
po, assim podemos falar de Frida! Mãe de
seis filhos, enfermeira, esposa, missionária,
compositora, comentarista, violinista, tradu-
tora! Que possamos aprender com essa
grande mulher, que nunca desistiu diante
das críticas, dos preconceitos e do sofrimen-
to! O que ela fez, foi por amor a Deus e às
almas. Que exemplo a ser seguido - “Se lá
para o deserto Jesus me quer mandar,
levando boas novas de salvação sem par
(...). Se Cristo comigo vai, eu irei” (n° 515).
Frida falece aos 49 anos, em 30 de
setembro de 1940, mas, não sem antes can-
tar: “Eu confesso na vida e na morte, que
Tudo pra mim é Jesus”. (n°.196).
ASSEMBLEIA DE DEUS
MINISTÉRIO KENOSIS
HISTÓRIA DOS MISSIONÁ-
RIOS GUNNAR VINGREN E
DANIEL BERG
Santa Maria, 18 de junho de 2017.

2. A história dos Missionários
Gunnar Vingren e Daniel Berg foram
os responsáveis pelo maior movimento pen-
tecostal brasileiro até os dias atuais. Vin-
gren foi o primeiro pastor da Assembleia de
Deus do Pará. Nascido na Suécia em 8 de
agosto de 1879, congregava na igreja Batis-
ta, onde liderava a escola dominical.
Chegou nos EUA, Kansas, no dia 19
de novembro de 1903 e, em setembro de
1904 mudou-se para Chicago, onde come-
çou seu curso teológico. Depois de cinco
dias buscando incessantemente o batismo
com o Espírito Santo, em 1909, ele foi bati-
zado.
Em 1910, em um culto no lar, recebeu
a profecia dizendo que deveria ir ao Pará.
Procurou no mapa e viu que era uma cidade
do norte do Brasil. Naquele momento já co-
nhecera Daniel Berg em uma Conferência
realizada em Chicago.
Berg, também sueco, nasceu em 19
de abril de 1884, criado na igreja batista,
aos 17 anos foi para os EUA, onde traba-
lhou com carroças e cavalos.
Voltou à Suécia por um breve período,
onde foi batizado com o Espírito Santo, vol-
tando em seguida para os EUA. Logo que
encontrou Vingren na conferência em Chica-
go, perceberam que Deus tinha um plano
missionário em suas vidas.
Começaram a pedir a direção de Deus,
e, através de um irmão em um culto de ora-
ção, foi-lhes dito que fossem à Nova Iorque e
tomassem um navio com destino ao Pará.
Infelizmente, a igreja não garantiria o sustento
dos missionários, que ainda assim obedece-
ram a voz do Senhor.
Com apenas 90 dólares no bolso parti-
ram para Nova Iorque, onde Deus mandou
doar todo o dinheiro para uma revista pente-
costal. Posteriormente, em um culto, através
de ofertas, Deus providenciou aos missioná-
rios a quantia de que precisavam.
Em 5 de novembro de 1910, partiram
para o Brasil, embora não tivessem na lista,
Deus providenciou dois lugares para eles. Na
terceira classe, a comida era muito ruim, o
que não desanimou os irmãos que pregaram
e ganharam uma alma para Cristo.
Chegaram em Belém no dia 19 de no-
vembro de 1910, sem conhecer ninguém e
sem falar a língua portuguesa. Se hospeda-
ram em um hotel, onde ficaram sabendo de
um pastor metodista (Justus Nelson), que os
conduziu até o pastor da igreja batista Erik
Nilson.
Os missionários começaram então a e-
vangelizar e pregar a doutrina do Espírito
Santo. Enquanto Vingren tinha aulas de por-
tuguês, Berg trabalhava para ter algum dinhei-
ro. A noite, Gunnar repassava o que aprende-
ra a Daniel.
Em maio de 1911, começaram a pregar
e fazer cultos nos lares, onde Deus curou a
irmã Celina de Albuquerque e em 8 de junho
de 1911 orando em sua casa juntamente com
a irmã Nazaré, a irmã Celina foi batizada com
o Espírito Santo. No dia seguinte a irmã Naza-
ré também.
No dia 13 de junho de 1911, após uma
reunião na igreja batista, vários irmãos não
aceitaram a doutrina pregada pelos missioná-
rios e os excluíram juntamente com dezoito
outros irmãos. A partir de então, eles começa-
ram a realizar os cultos na casa da irmã Celi-
na, onde no dia 18 de junho de1911, organiza-
ram juridicamente a "Missão da Fé Apostólica",
nascendo assim, a Assembleia de Deus no
Brasil.
Durante os trabalhos evangelísticos, eles
foram perseguidos. Vingren, doente, teve sua
casa apedrejada, foi caçado feito animal. Berg
também foi perseguido enquanto pregava o
evangelho. Muitos crentes que aceitavam a
Cristo eram espancados e presos.
O evangelho se espalhou! Cada crente
convertido pregava e testemunhava de Cristo!
Igrejas foram sendo abertas no norte, nordes-
te, sudeste, sul e centro-oeste. Tanto Vingren
quanto Berg, consagravam obreiros e pastores
e os deixava cuidando da igreja, nos dando o
exemplo de que não queriam construir impé-
rios, mas apenas ganhar para o Reino de Cris-
to!
Daniel Berg voltou para a Suécia em
1920 e se casou com Sara. Gunnar Vingren,
em uma de suas viagens à Suécia, para testifi-
car o que Deus estava fazendo no Brasil, co-
nheceu a enfermeira Frida Strandberg, e,
cumprindo a profecia que recebera seis anos
antes, casou-se com Frida em 16 de outubro
de 1917. Vingren veio a partir para o Senhor
em 1933 e Berg em 1963. A continuação da
obra iniciada por esses missionários depende
de nós agora. Que Deus nos dê forças para
continuar a pregar o Evangelho de Cristo!!