Este resumo descreve em três frases:
1) O livro narra os últimos sete dias de vida de D. Inês de Castro, amante do rei D. Pedro I de Portugal, que foi assassinada por ordem do rei D. Afonso IV.
2) Cada dia é narrado por D. Inês e outra personagem e descreve os sentimentos de D. Inês em relação a D. Pedro e a conspiração contra ela.
3) No último dia, D. Inês é assassinada por ordem do rei D. Afonso IV, para eliminar
1. Ficha de Leitura
Introdução
No âmbito da disciplina de Português, foi-nos pedido para
procedermos à leitura de um livro, presente na lista das páginas dezoito e
dezanove do manual Expressões- Português 12º ano, com o intuito de
fazer-se uma ficha de leitura sobre o mesmo. Dentro de inúmeras opções,
optei pelo livro Minha Querida Inês de Margarida Rebelo Pinto.
Não serei fiel apenas a um tipo de ficha de leitura, porque sinto que
isso faz com que omita informação que eu acho que seja pertinente para a
apresentação deste romance histórico. Tentarei colocar tanto a parte
analítica, como a parte de citação, assim como a de resumo e a de
comentário.
Espero conseguir cumprir com aquilo que me foi proposto, não
esquecendo que foi uma experiência enriquecedora, pois jogou a meu
favor. Tive a oportunidade de ler um bom livro e espero cativar outros a
seguir este meu conselho.
Ficha Técnica do livro
Título: Minha Querida Inês
Autor/a: Margarida Rebelo Pinto
Editora: Clube do Autor
Género Literário: Romance Histórico
Local de edição: [s.l.]
Número de edição: 1ª edição
Ano de edição: novembro de 2011
2. Período, modo de leitura e decisão do livro
Este livro demorou cerca de uma semana a ser lido (de 20 a 25 de
novembro). Para mim, foi o suficiente, visto que sou uma leitora quase
compulsiva, mas independentemente do nosso hábito de leitura, é um
livro que se consegue apreciar num curto espaço de tempo.
D. Inês de Castro sempre foi uma figura histórica do nosso país
bastante falada. Relembro-me de ouvir o seu nome desde o Ensino Básico
e desde aí que tenho alguma curiosidade em descobrir mais. Apesar de
estar no ramo das Ciências, a História é uma disciplina que quero, e
obrigo-me a isso, estar em constante contacto porque é nela que revemos
grande parte do que acontece hoje em dia. Para não falar do facto de que
cada cidadão tem o dever de saber a história do seu país, na minha
opinião. Com isto, era óbvia a escolha do livro. Nunca tinha lido nada de
Margarida Rebelo Pinto até à data, assim como um romance histórico.
Juntei o útil ao agradável e peguei no interesse pela História e por D. Inês
em conjunto com a curiosidade de me aventurar nas palavras de
Margarida Rebelo Pinto e no género de romance histórico.
O meu modo de leitura foi influenciado pelo meu interesse, acima
referido. Não olhei para o Minha Querida Inês como uma obrigação, mas
sim como um prazer.
Resumo do livro
Estrutura e Características da Narrativa
Minha Querida Inês é um romance histórico que retrata a os últimos
sete dias de D. Inês de Castro. Começa no dia 1 de Janeiro de 1355 e vai
até ao dia 7 de Janeiro do mesmo ano. Cada dia dessa semana é dividido
em duas partes com uma pequena citação no início: primeiramente fala D.
Inês e em segundo uma personagem que já foi referida durante o
desenlace. Nessa segunda parte, exprimem-se na primeira pessoa D.
3. Álvaro, Afonso Madeira, Remédios, Diogo Lopes de Pacheco, Guiomar,
Teresa Galega e D. Inês. No último dia, ou seja, a 7 de janeiro de 1355, D.
Inês dialoga na primeira parte ainda viva e na segunda como alma que já
partiu. A identificação das personagens irei fazer mais à frente. Como já
referi anteriormente, qualquer personagem que participa na ação fá-lo na
primeira pessoa, sendo um narrador autodiegético.
No final do livro, a autora disponibilizou ao leitor uma série de
informações que ajudam a situar no contexto histórico. Temos umas
páginas reservadas a “Factos, Mitos e Ficção”, outras a “Árvores
Genealógicas e a “Cronologia de Factos Históricos”.
A ação decorre no ano de 1355, fazendo algumas analepses ao
passado, e tem como principal “fundo” o Convento de Santa Clara, em
Coimbra.
Personagens
Há uma série de personagens que pertencem a este romance que
podem ser reais ou fictícias. As personagens são as seguintes:
-> Principais
D. Inês de Castro – personagem que serviu de inspiração ao livro. Mulher
bonita, com longos cabelos loiros e um corpo desejado tanto por homens
como por mulheres. Verdadeiro amor de D. Pedro I e mulher dos olhos do
mesmo.
D. Pedro I – Filho de D. Afonso IV e de D. Brites. Eterno apaixonado de Inês
de Castro. Teve várias mulheres e homens na sua vida, tendo sido casado
com D. Constança Manuel e Teresa Galega. Gago, desajeitado, colérico e
irresponsável. Preferia a caça ao reino de Portugal.
D. Afonso IV – Rei de Portugal, homem poderoso e “cabeça” do
assassinato de D. Inês.
4. -> Secundárias
Teresa Galega – Aia de D. Inês. Apaixonada desde muito nova por D.
Pedro. Última mulher de D. Pedro e mãe do Rei e Mestre de Avis.
Diogo Lopes de Pacheco, Afonso Madeira, Álvaro Gonçalves e Pêro Coelho
– Fieis escudeiros do Rei D. Afonso IV e principais cúmplices e
responsáveis pela morte de D. Inês.
Remédios – seu nome verdadeiro é Jala e é árabe. Foi acolhida por D. Inês
enquanto tinha peste e passou a ser chamada de Remédios graças ao
facto de ser curandeira. Aos olhos do povo fingia ser uma moura.
D. Álvaro – Prior da Ordem do Hospital que a pedido do rei D. Afonso IV
questiona Inês sobre um possível esquema que os seus irmãos planeiam
contra o reino.
Guiomar – o povo alcunhou-a de Possessa por ter tentado matar o marido
devido à loucura após a morte seguida dos seus quatro filhos. Fonte de
visita de D. Inês por quem tinha um grande apreço e por quem temia a
morte.
->Figurantes
D. Constança – primeira mulher de D. Pedro e melhor amiga de D. Inês,
sendo uma pobre alma que foi traída tanto pelo marido como a amiga de
longa data. Morre cedo talvez por doença ou desgosto.
História
D. Pedro tinha partido com os irmãos de D. Inês, mas esta
procurava-o todas as manhãs por entre lençóis. Em sua casa viviam Teresa
Galega, Clara e Remédios, suas aias, assim como os seus filhos: João, Dinis
e Beatriz. É o primeiro dia do ano de 1355 e Inês vai à missa para mostrar
devoção a Nosso Senhor. Após isso, D. Álvaro chama D. Inês para a
questionar sobre uma possível conspiração entre seu amado e seus
irmãos. A pedido do rei, o prior dá a entender que Inês é conhecedora de
tal conspiração, mas esta nega tudo, convencendo D. Álvaro.
5. Afonso Madeira, suposto fiel escudeiro de D. Pedro, vai para junto
de D. Inês e seus filhos com o intuito de a proteger perante todo mal, a
mandato de D. Pedro. D. Inês, não confia nos escudeiro, mas pouco se
importa pois este traz consigo uma carta do seu senhor a exclamar o
quanto a ama. Afonso Madeira, quando começa a discursar na segunda
parte do segundo dia, revela que nutre sentimentos por D. Pedro e que
gosta dos momentos, que D. Inês desconhece, de intimidade que tem com
o seu amo.
Durante o desenlace da história, confrontamo-nos com argumentos
dos homens que não entendem o porquê do Criador ter colocado tal ser
na Terra. Causam-lhes perturbação e preocupação, mas assumem que já
caíram na tentação. A mulher, é vista como um ser que chama e que ao
mesmo tempo distrai a atenção devido ao prazer que pode causar, como
também dos seus atributos.
D. Inês cresceu com D. Constança e desde aí que se consideravam
como irmãs. Mas D. Inês trai a sua amiga ao apaixonar-se por Pedro
enquanto este mantinha um casamento com D. Constança. Após a morte
de D. Constança, Pedro e Inês tentam casar-se, mas não lhes é concedido
esse prazer devido ao facto de Inês ser prima de Pedro (graças a filhos
bastardos de reis anteriores) e por Inês ter sido madrinha de um dos filhos
de Pedro, o pequeno Luís. Esta história não era segredo para ninguém e
serviu para que tanto o rei como o povo odiassem D. Inês. Havia medo da
morte por parte de Inês, mas vontade de eliminar quaisquer fontes de
bastardos e ilegitimidade por parte do povo e do rei D. Afonso IV.
Na véspera de falecer, Inês é acordada durante a noite pelo seu
amor que há muito era esperado por esta. Têm relações e esta confessa-
lhe que gostaria de um dia ser sua esposa e rainha, assim como respeitada
pelo povo. Pedro promete-lhe que tudo isso irá acontecer. No entanto, as
próximas horas eram de preparação para a morte de Inês. O rei e os seus
escudeiros, Diogo Lopes de Pacheco, Álvaro Gonçalves e Pêro Coelho,
entram em casa de D. Inês preparados para matá-la sem compaixão
alguma. O rei procede com um discurso que transpira ódio e D. Inês
suplica-lhe para que este pense em D. Pedro e no sofrimento que lhe vai
causar. Não há nada a fazer, a sede de vingança, o poder e a dedicação ao
6. reino de Portugal provocam a morte de Inês. Se esta morrer os seus
irmãos não terão forças para se apoderar do reino de Castela. E assim
acontece a morte de Inês.
Na última parte do último dia, Inês discursa como uma alma, onde
se confronta com partes pertencentes ao futuro. Pedro a ter relações com
a sua aia, Teresa Galega, e a dar-lhe um filho, Rei de Portugal e Mestre de
Avis e à sede de vingança e justiça por parte de Pedro que mata os
responsáveis pela morte de Inês e manda construir um túmulo para que a
sua alma e a de Inês descansem juntas e em paz.
Conclusão
Um misto de sensações invadem-me com a conclusão desta tarefa.
Satisfação por ter lido algo que me despertava curiosidade, mas pena por
ter terminado um bonito amor desta forma.
Mariana Afonso Nunes
12.º A
n.º 13