2. Neste capítulo veremos os seguintes eventos
acontecendo:
Atos 5
A oferta de Ananias e Safira (1 a 11);
Milagres feitos pelos apóstolos (12 a 16);
Os apóstolos são presos (17 a 24);
Os apóstolos são interrogados (25 a 33);
A opinião de Gamaliel (34 a 39);
Os apóstolos são açoitados (40 a 42).
3. A oferta de Ananias e Safira (1 a 11);
LEIA ...
4. Não era necessário que eles trouxessem essa oferta. Eles poderiam não ter vendido
a propriedade, poderiam ter trazido o mesmo valor que levaram, porém sem a
intenção de mentir ou de querer mostrar que estavam participando daquilo.
5. Isso é o que a religião faz conosco: faz com
que pratiquemos algumas coisas que não são o
que realmente queremos fazer. Faz com que
façamos as coisas no modo automático, sem
que nos importemos em estar praticando aqui
integralmente.
6. Na religião fazemos as coisas para que as outras
pessoas vejam, não para que Deus seja glorificado.
Na religião fazemos as coisas para agradar a nossa
alma, não para dar glória a Deus.
7. O que precisamos entender é que não somos
obrigados a ofertar mas, quando ofertarmos,
devemos fazê-lo de coração limpo e por inteiro.
8. “Cada um contribua segundo propôs no seu
coração, não com tristeza ou por
necessidade; porque Deus ama ao que dá
com alegria.
2 Coríntios 9:7
9. Essa passagem de Ananias e Safira fala muito
menos sobre dinheiro e muito mais sobre
como encaramos a vida com Deus.
10. Estamos indo na igreja por qual motivo?
Estamos nos dedicando em leitura da
Palavra, em pregar, em orar, por quais
motivos?
11. A PRISÃO DOS APÓSTOLOS
“E, levantando-se o sumo sacerdote e todos os que estavam com
ele (e eram eles da seita dos saduceus), encheram-se de inveja,”
Atos 5:17
O mais interessante nessa passagem, na minha opinião, é que
eles fizeram isso por estarem “cheios de inveja”.
12. A Palavra não deixa claro o motivo pelo qual
eles se encheram de inveja mas, o texto
exatamente anterior, relata o seguinte:
14. A igreja estava crescendo e os milagres estavam
acontecendo aos montes. Esse era o motivo da
inveja?
15. É interessante notar que, por estarem
acontecendo coisas muito boas, os fariseus
estavam com inveja. Talvez eles quisessem
experimentar este mesmo crescimento e os
milagres acontecendo.
16. Isso fala muito comigo sobre a nossa atitude
hoje em dia. Às vezes vemos um ministério
crescendo, uma igreja atraindo muitas pessoas,
uma igreja onde muitos milagres acontecem e,
ao invés de glorificarmos a Deus por isso,
acabamos julgando a igreja e as pessoas.
17. Se as pessoas estão sendo alcançadas pelo evangelho
através de uma outra célula, glória a Deus. Se isso está
acontecendo através de uma outra igreja cristã, glória a
Deus. Talvez a outra igreja tenha uma liturgia diferente,
um outro ponto menor de diferença em relação à sua,
mas qual é o problema com isso? Se Deus está agindo
ali e as pessoas estão se convertendo, estão sendo
curadas, estão sendo cheias do Espírito, glória a Deus.
18. A igreja não é de homens, a igreja é de Cristo. A
igreja de Cristo não é a placa que você carrega, é
o povo que se rendeu a Ele.
19. A OPINIÃO DE GAMALIEL
Muito conectado com esta questão da inveja dos
fariseus, temos a opinião de Gamaliel:
21. Note como a sabedoria de Gamaliel traz um
pouco de realidade para aqueles fariseus. A
mesma coisa que ele disse há milhares de anos
ainda vale para nós: “se este conselho ou esta
obra é de homens, se desfará, mas, se é de Deus,
não podereis desfazê-la”.
22. Nada pode parar a obra de Deus e,
ao mesmo tempo, não existe obra
humana que resista.
23. Por isso, como tenho dito recentemente, nada do que
fazemos pode ser algo nosso, mas deve ser para a
glória de Deus. O que você está fazendo precisa
glorificar ao Senhor, caso contrário será apenas uma
obra humana.
24. Um outro ponto que temos para uma reflexão futura
aqui é: mesmo um fariseu podia compreender a
realidade do que estava acontecendo. Não podemos
nunca nos esquecer da importância do povo de Israel
na história da salvação. Não podemos entender
plenamente tudo o que acontece conosco como igreja,
sem entendermos muito bem a relação de Israel com o
SENHOR.
25. ESTUDO DE ATOS 6
Veremos 2 grandes eventos acontecendo:
A escolha de diáconos
Estêvão é interrogado
27. O texto começa dizendo algo muito interessante: o
número de discípulos estava crescendo. Isso se
conecta totalmente com o que lemos no final do
capítulo 5, no discurso de Gamaliel:
Atos 5:38,39
28. A igreja estava crescendo, a obra, cada dia mais, se
confirmava como sendo algo de Deus. Do discurso de
Gamaliel, o destaque fica com: “se é de Deus, não
podereis desfazê-la”. Nada pode parar a igreja do
SENHOR.
29. Não são as dificuldades, a complexidade
dos tempos em que vivemos, a pressão
contrária, o rumo do mundo. Nada que
vai contra a obra do Senhor resiste, a
igreja não para.
30. A questão é que, ao mesmo tempo, no
mesmo texto, lemos que as viúvas dos
gregos estavam sendo desprezadas em
relação às viúvas dos hebreus. A igreja
cresceu, a obra era de Deus mas, mesmo
assim, ela tinha problemas, questões
onde poderia melhorar.
31. A mesma coisa acontece conosco até hoje: a
igreja não é perfeita, ela não é à prova de
falhas. Isso não significa que não é a obra de
Deus, significa apenas que, por estar cheia de
pessoas como nós, cheias de falhas, ela vai
apresentar alguns pontos onde pode
melhorar.
32. A PALAVRA CRESCIA
“E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém
se multiplicava muito o número dos
discípulos, e grande parte dos sacerdotes
obedecia à fé.”
Atos 6:7
33. Até mesmo os sacerdotes, as figuras
importantes do povo judeu, estavam
entendendo o sacrifício de Cristo. Para eles,
que costumavam trabalhar com os sacrifícios
pelo pecado do povo, perceber que Cristo era
o único sacrifício necessário e suficiente, deve
ter sido algo libertador.
34. Uma outra questão importante aqui é
que as boas novas estavam entrando em
todas as camadas da sociedade judaica,
algo que certamente incomodava cada
vez mais os fariseus.
35. ESTÊVÃO É INTERROGADO
Estêvão foi um dos escolhidos como diáconos
na igreja primitiva, além de servir ali, também
lemos que ele fazia grandes sinais:
LEIA ATOS 6: 8-15
36. Mesmo sendo acusado injustamente, não sendo
um apóstolo, sendo uma pessoa que servia
como diácono, Estêvão pregou com ousadia e
poder, operando milagres.
37. O ponto aqui é que, às vezes, pensamos
que não somos o suficiente, que não
temos estudo o suficiente ou que não
somos a pessoa adequada para levar a
Palavra de Deus, para evangelizar.
38. Acontece que, se dependermos
totalmente do Espírito Santo, se
estivermos conectados com o corpo,
abriremos nossas bocas com poder e
falaremos das boas novas.
39. Muitos dos homens ali escolhidos para servir
como apóstolos, como diáconos ou que faziam
parte da igreja, não eram os mais estudados ou
os mais preparados. Mas eles dependiam do
Espírito e obedeciam a Deus. Isso foi o suficiente
para que através a igreja primitiva, de algumas
poucas pessoas, Deus levasse as boas novas a
todas as pessoas.
40. ESTUDO DE ATOS 7
Continuação direta dos acontecimentos de Atos 6, aqui neste
capítulo 7 veremos:
A defesa de Estêvão
Estêvão acusa os religiosos
Estêvão é assassinado diante de Saulo
41. A DEFESA DE ESTÊVÃO
“E disse o sumo sacerdote: Porventura, é
isto assim? E ele disse: Varões irmãos e
pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a
Abraão, nosso pai, estando na
Mesopotâmia, antes de habitar em Harã,”
Atos 7:1,2
42. Aqui temos um resumo de muitos dos
eventos do Velho Testamento. Estêvão
mostra seu conhecimento e vai
apresentando diversas vezes onde o
povo de Israel fez algo de errado.
43. No verso 9 ele fala sobre como os patriarcas, por inveja,
vendem José aos Ismaelitas e, consequentemente, para
o Egito. No verso 25 mostra como os israelitas não
compreenderam o que Moisés estava fazendo. No verso
39 ele mostra como, apesar de terem sido libertos, a
desobediência do povo os fez ficarem presos no Egito
espiritual. Por fim, no verso 43, ele reforça os erros do
povo de Israel.
44. Com este relato em forma de resumo, ele vai
mostrando para aquela audiência que os
patriarcas e toda a geração de Israel tinha um
histórico de se desviar claramente da vontade
do Pai. Isso serve de prelúdio para a acusação
que ele faria mais adiante.
45. Também mostra, de maneira muito
importante, que aqueles que foram
levantados para libertar o povo de Isreal,
foram constantemente rejeitados. Aconteceu
com José e com Moisés, por exemplo. Ele usa
isso como base para mostrar que Jesus, que
veio para libertar o povo, também foi
rejeitado pelos religiosos.
47. Então ele faz a acusação clara para aqueles
religiosos: vocês não estão querendo enxergar a
verdade óbvia de que Deus enviou Jesus, Seu filho,
o Cristo, para salvar todas as pessoas. Ele clama
dizendo que eles estavam, mais uma vez, resistindo
ao Espírito Santo.
48. Ele estava mostrando que o padrão
estava se repetindo: o povo escolhido
por Deus, rejeitando o libertador.
49. LEIA ATOS 7:55,56
“Estêvão, ao que tudo indica, não havia tido ainda um
encontro pessoal com Jesus, o que acontece apenas
agora, no final de sua vida. Foi por estar cheio do
Espírito Santo, por permanecer em obediência e para a
glória de Deus que lhe foi permitido ver os céus
abertos.
50. ESTÊVÃO É MORTO
A acusação de Estêvão faz com que os religiosos
que o estavam acusando fiquem furiosos, num
nível que chega a ser assustador.
LEIA Atos 7:57,58
51. Tal qual como Cristo, Estêvão foi injustamente
acusado, foi usado um suborno para lhe fazer
mal, foi acusado pelos religiosos, assassinado,
entrega sua vida para Deus e perdoa aqueles que
estão lhe fazendo mal. As ligações entre as duas
histórias são muito claras. Neste caso dizemos
que Estêvão é um tipo (no sentido de tipologia)
de Cristo.
53. Mesmo no momento final ali, Estêvão
continua imitando Cristo.
Ele não se preocupou se estava ou não desagradando aos poderosos
religiosos, ele escolheu falar a verdade
Ele não teve medo das consequências de obedecer a Deus
Ele não se limitou ao que tinha sido destacado para fazer
Ele foi fiel até o fim
Ele estava cheio do Espírito Santo
No que foi, provavelmente, o momento de maior dor de sua vida, ele
escolheu perdoar aqueles que o feriram
54. ESTUDO DE ATOS 8
Os eventos relatados neste capítulo são:
Saulo persegue a igreja (1 a 4)
Filipe prega em Samaria (5 a 8)
Simão, o mágico, crê e é batizado (9 a 13)
Pedro e João oram pelos samaritanos (14 a 17)
Simão oferece dinheiro para também poder orar pelas pessoas (18 a 24)
Os apóstolos voltam para Jerusalém (25)
Filipe apresenta Cristo para o Eunuco (26 a 40)
56. Porém, vemos também aqui que Saulo foi usado antes
mesmo de se converter, pois foi através dele que a
igreja começou a se expandir. Quando os cristãos
fogem dele é que a Palavra começa a ser levada
também para a Judeia e para a Samaria.
57. Muitas vezes, como já falei aqui no estudo de
Atos, Deus usa as coisas que para nós são ruins
em nossas vidas, para nos ajudar, para nos levar
mais próximos daquilo que Ele deseja para nós.
59. Filipe era um dos que foi escolhido
como diácono em Atos 6. Assim como
vimos com Estêvão, os diáconos estavam
fazendo muito barulho no mundo. O
trabalho de evangelização, realização de
sinais e milagres não estava apenas com
os apóstolos, mas com todos aqueles
que se dispuseram a servir.
61. Note o padrão que também começamos a ver com
Estêvão: obediência ao Espírito Santo. Tanto um como
outro, apesar de serem diáconos, estavam também
servindo no ministério da Palavra, realizando milagres,
curando as pessoas e expulsando demônios.
62. Se queremos causar impacto na vida das
pessoas, precisamos obedecer o Espírito
Santo.
63. SAMARITANOS
“E as multidões unanimemente
prestavam atenção ao que Filipe dizia,
porque ouviam e viam os sinais que ele
fazia,”
Atos 8:6
64. Todas as vezes que falamos sobre os
Samaritanos é importante que nos
lembremos da relação deles com o povo
de Israel.
65. Uma história muito longa e complexa,
explicada da maneira mais resumida possível
é: os samaritanos se consideravam também
filhos de Israel, e realmente eram. Porém os
judeus não consideravam este povo como
verdadeiros israelitas pois, no passado, eles
haviam se misturado com outros povos.
66. Levar o evangelho para Samaria, dizendo
que aquela era a vontade de Deus dada
através de Seu filho Jesus, era uma
afronta sem tamanho para os religiosos.
68. A história de Simão nos dá diversas lições. Uma
delas é a de que tudo o que pensamos,
conhecemos e fazemos deve ficar para trás
quando nos chegamos a Cristo.
69. Quando tentamos levar para dentro da vida
com Cristo a nossa maneira de pensar do
passado, vamos entender tudo errado. Da
mesma maneira como aconteceu com Simão.
70. O EUNUCO
Ele havia subido para Jerusalém para adorar e, por algum
motivo, tinha uma cópia do texto de Isaías, o qual ia
lendo na sua volta para casa. O fato dele ter um texto de
Isaías é interessante pois isso era reservado para
pouquíssimas pessoas, que tivessem muitas condições.
Além disso, o fato dele ser um eunuco também nos fala
bastante sobre como ele era visto pelos judeus.
72. Mesmo com todas estas condições, Deus pede que
Filipe vá lá pregar e batizar exclusivamente uma única
pessoa. Uma pessoa desprezada pelos religiosos por
conta da vida que levava e das condições em que
vivia.