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Cálculo das Probabilidades e
Estatística I
Profa
. Juliana Freitas Pires
Departamento de Estatística
Universidade Federal da Paraíba - UFPB
juliana@de.ufpb.br
Introdução
O que é Estatística?
Coleção de métodos para planejar experimentos,
obter e organizar dados, resumi-los, analisá-los
interpretá-los e deles extrair conclusões.
Exemplos:
• Quanto será produzido de soja no Brasil no pró-
ximo ano?
• Qual é a melhor forma de melhorar a produção
de determinado produto em uma empresa?
• Investir em aperfeiçoamento dos funcionários con-
tribui para o crescimento de uma empresa?
• Quem vencerá as próximas eleições?
• Quais são as variáveis que mais impactam o preço
dos imóveis em João Pessoa?
Os dois ramos da estatística:
Estatística Descritiva: Trata da organização,
resumo e apresentação dos dados.
Estatística Inferencial: A partir de uma amos-
tra, tirar conclusões sobre a população.
Objetivo da estatística descritiva
• Na estatística descritiva o objetivo é resumir os
dados coletados de forma a extrair destes, co-
nhecimento útil acerca do problema que gerou
os dados.
• Nessa fase da pesquisa, estamos preocupados em
apresentar os dados em forma de tabelas e grá-
ficos e em obter medidas que quantifiquem os
resultados do estudo.
Conceitos Básicos
População: é o conjunto de elementos, indiví-
duos ou objetos que se pretende estudar.
Amostra: é qualquer subconjunto de elementos
de uma população. (n: número de indivíduos
que constituem uma amostra)
Exemplo: Uma indústria processadora de sucos
ao receber um carregamento de 100.000 laranjas faz
inspeção de qualidade (ótimo, bom, regular, ruim)
selecionando 50 frutas aleatoriamente.
População: ? Amostra: ?
População: 100.000 laranjas do carregamento.
Amostra: 50 laranjas selecionadas aleatoria-
mente.
Obs: a amostra deve ser selecionada seguindo cer-
tas regras e deve ser representativa, de modo que
ela represente todas as características da população
como se fosse uma fotografia desta.
Censo X Estudos por amostragem
Na pesquisa estatística a forma de coleta dos dados
pode ser feita através de censo ou amostragem.
Censo: quando todos os indivíduos de uma popu-
lação são pesquisados.
Amostragem: quando utilizamos uma amostra de
indivíduos de uma determinada população. O pro-
cesso de retirada de informações dos “n” elementos
amostrais, deve seguir um método criterioso e ade-
quado (tipos de amostragem).
Censo X Estudos por amostragem
Um estudo por amostragem é preferível a um censo
por diversos motivos, dentre os quais:
• Menor custo;
• Rapidez;
• Resultados muito próximos aos do censo.
Conceitos Básicos
Parâmetro: Descrição numérica de uma caracte-
rística da população.
Ex: Média populacional, Mediana populacional, Des-
vio Padrão populacional.
Estimador: Característica numérica estabelecida
para uma amostra.
Ex: Média amostral, Mediana amostral, Desvio Pa-
drão amostral.
Conceitos Básicos
Estimativa: Valor numérico assumido por um es-
timador numa determinada amostra.
Unidade: qualquer indivíduo, elemento ou objeto
que faça parte do conjuto a ser estudado.
Obs: Podem ser pessoas, domicílios, escolas, cre-
ches, células ou qualquer outra unidade.
Conceitos Básicos
Variável Estatística: característica das unidades
sobre as quais queremos obter informações.
Obs 1: Os símbolos utilizados para representar as
variáveis são as letras maiúsculas do alfabeto, tais
como X, Y, Z, . . .
Obs 2: As variáveis podem ser classificadas em
quantitativas ou qualitativas.
Tipos de Variáveis
Qualitativa: consistem em atributos, classificações
ou registros não numéricos.
Ex: Casse Social, Grau de Instrução, Tipo Sanguí-
neo, Porto de Embarque.
Quantitativa: constituem em medidas ou conta-
gens numéricas.
Ex: Peso (massa), Taxa de Câmbio, Volume Ex-
portado, Valor Exportado, Preço.
Variáveis Qualitativa
Nominal: Os indivíduos são classificados em cate-
gorias que não possuem ordem.
Ex: Sexo, Bairro, Curso, etc.
Ordinal: Os indivíduos são classificados em cate-
gorias que possuem algum tipo inerente de ordem.
Ex 1: Nível de Escolaridade (Analfabeto < Ensino
Fundamental < Ensino Médio < Ensino Superior ),
Ex 2: Escala de Qualidade (Péssimo < Ruim <
Regular < Bom < Ótimo), etc.
Variáveis Quantitativa
Discreta: é a variável que só pode assumir valores
pertencentes a um conjunto enumerável. Normal-
mente resulta de enumerações ou contagens.
Ex: Número de Filhos, Número de Acidentes de
Transito, etc.
Contínua: é a variável que pode assumir infinitos
valores dentro de um intervalo finito. Resulta, em
geral, de medições.
Ex: Peso, Altura, Renda, etc.
Tipos de Variáveis
Exemplo
Uma empresa realizou uma pesquisa junto a seus
funcionários. Os funcionários responderam a um
questionário que originou a seguinte tabela:
Etapas da Estatística Descritiva
• Definição do problema
• Planejamento
• Coleta dos dados
• Apuração dos dados
• Apresentação e resumo dos dados
• Análise e interpretação
1. Definição do problema
• Formulação completa do problema a ser estu-
dado.
• Qual a unidade amostral?
• Quais perguntas que quero obter resposta?
• Qual a meta a ser alcançada diante do problema em questão?
• Levantamento de outros trabalhos realizados na
mesma área e trabalhos análogos.
2. Planejamento
Consiste em se determinar o procedimento necessá-
rio para resolver o problema e, em especial, como le-
vantar informações sobre o objeto de estudo. Nesta
fase, deve-se levar em consideração:
• A construção adequada de um questionário;
• O tipo de levantamento que será realizado:
(i) Censo (ii) Amostragem;
• O cronograma de atividades;
• Os custos envolvidos;
• O exame das informações disponíveis;
• O delineamento da amostra.
3. Coleta dos dados
Fase de caráter operacional, compreende à coleta
das informações propriamente ditas. Se refere à ob-
tenção de dados, com um objetivo determinado.
Os dados podem ser classificados em:
Dados primários: quando são publicados pela pró-
pria pessoa ou instituição que os obteve.
Dados secundários: quando são publicados por
outras pessoas ou instituições.
4. Apuração dos dados
• Após ser feita uma crítica aos questionários uti-
lizados buscando observações incompletas e/ou
incorretas, deve-se então realizar a condensação,
processamento ou tabulação dos dados.
5. Apresentação e resumo dos dados
• A apresentação, consiste em apresentar os dados
através de tabelas e gráficos, tornando mais fácil
o exame do fenômeno sob estudo.
• No resumo, calculam-se medidas cuja finalidade
principal é descrever o fenômeno que se está in-
vestigando.
6. Análise e interpretação
• O interesse maior reside em se tirar conclusões
que auxiliem o pesquisador a resolver seu pro-
blema.
• As conclusões são baseadas na observação das
tabelas, gráficos e medidas resumo.
Apresentação de dados
Apresentação de dados
Apresentação tabular: a organização dos dados
em tabelas proporciona um meio eficaz de estudo do
comportamento de características de interesse. Ex:
Distribuição de Frequências.
Apresentação gráfica: proporciona uma interpre-
tação imediata dos resultados devido a sua simpli-
cidade e clareza.
Distribuição de Frequências
• É uma tabela onde se preocupa em fazer cor-
responder os valores (categorias) observados da
variável em estudo e as respectivas frequências.
Distribuição de Frequências
Dados Brutos: São os dados obtidos através de al-
gum procedimento estatístico, que estão disponíveis
logo após a coleta, mas não estão organizados.
Exemplo: tempo de vida útil de 50 refrigeradores.
8 11 8 12 14 13 11 14 14 15
6 10 14 19 6 12 7 5 8 8
10 16 10 12 12 8 11 6 7 12
7 10 14 5 12 7 9 12 11 9
14 8 14 8 12 10 12 22 7 15
Como se pode observar, os valores estão dispostos de
forma desordenada e pouca informação se consegue
obter inspecionando os dados.
Distribuição de Frequências
Rol: São os dados ordenados, de forma crescente
ou decrescente.
No exemplo anterior, em ordem crescente, temos:
5 7 8 8 10 11 12 12 14 15
5 7 8 8 10 11 12 12 14 15
6 7 8 9 10 11 12 13 14 16
6 7 8 9 10 12 12 14 14 19
6 7 8 10 11 12 12 14 14 22
Obs 1: Note que dessa forma fica fácil de verificar
os valores extremos (máximo e mínimo).
Obs 2: Esse tipo de procedimento não é viável
quando se tem um conjunto de dados muito grande.
Distribuição de Frequências
Frequência simples absoluta [fi]: É o número de
vezes que cada valor da variável se repete na amostra
ou população.
Frequência simples relativa [fri]: É o número de
vezes que esse valor ocorre relativamente ao total
da amostra [n]; no fundo representa a parcela da
amostra.
fri =
fi
n
Distribuição de Frequências por Valores
Definição: É uma tabela onde os valores da variá-
vel aparecem individualmente com suas respectivas
frequências.
Teremos uma tabela assim:
Xi fi
X1 Número de valores iguais a X1=f1
X2 Número de valores iguais a X2=f2
X3 Número de valores iguais a X3=f3
.
.
.
.
.
.
Xk Número de valores iguais a Xk=fk
Σ f1 + f2 + . . . + fk = n
Note que para cada Xi existe uma frequência fi
associada.
Distribuição de Frequências por Valores
Exemplo: Construir a distribuição de frequências
por valores, utilizando os dados do exemplo anterior.
Xi (anos) fi (frequência)
05 2
06 3
07 5
08 7
09 2
10 5
11 4
12 9
13 1
14 7
15 2
16 1
19 1
22 1
Σ 50
Exercício
O governo da Paraíba, interessado em saber os esta-
dos com maior participação no consumo de algodão
colorido, selecionou 30 empresas que compraram al-
godão ano passado. Os dados são apresentados a
seguir:
1 Que tipo de variável é essa?
2 Construa uma tabela de distribuição de
frequências, usando f e fr.
Exercício
Estado Frequência Frequência
(Xi) (fi) relativa (fri)
BA 6 6/30 = 0, 2
PR 5 5/30 = 0, 17
RJ 6 6/30 = 0, 2
SP 13 13/30 = 0, 43
Total (Σ) 30 1
Distribuição de Frequências por Classes
Definição: é uma tabela que mostra classes ou in-
tervalos de dados, juntamente com as frequências
correspondentes.
Classes (vida útil) fi
5 ` 8 10
8 ` 11 14
11 ` 14 14
14 ` 17 10
17 ` 20 1
20 ` 23 1
Σ 50
Distribuição de Frequências por Classes
Classe: é cada um dos grupos de valores em que se
subdivide os dados observados.
Limite de classe: são os valores que definem a
classe. São conhecidos como limite superior (LS) e
limite inferior (LI) da classe.
Amplitude do intervalo de classe: é o compri-
mento da classe, ou seja, a diferença entre os seus
limites superior e inferior.
Roteiro para a Elaboração de uma
Distribuição de Frequências por Classes
1. Determinação da Amplitude Total;
AT = Xmáx − Xmín.
2. Determinação do Número de Classes (c);
c ∼
=
√
n, onde n é o número de observações.
3. Determinação da Amplitude das Classes (h);
h ∼
=
AT
c
.
4. Determinação dos limites das classes (LI e LS);
Distribuição de Frequências por Classes
Podemos expressar os limites das classes de várias
formas:
• LI à LS: considera valores entre LI e LS,
incluindo LI e LS.
• LI ` LS: considera valores entre LI e LS,
incluindo LI e excluindo LS.
• LI a LS: considera valores entre LI e LS,
excluindo LI e incluindo LS.
Roteiro para a Elaboração de uma
Distribuição de Frequências por Classes
1. AT = 22 − 5 = 17;
2. c ∼
=
√
50 ∼
= 7, 07 ∼
= 7 (aproximação por falta);
3. h ∼
= 17
7
∼
= 2, 428571 ∼
= 3 (é recomentado arre-
dondar para o maior inteiro);
4. 5 ` 8, 8 ` 11, 11 ` 14, 14 ` 17, 17 ` 20,
20 ` 23.
Distribuição de Frequências por Classes
• Exemplo: Distribuição de frequências por
classes para as idades de 50 pessoas na amostra.
Classes (vida útil) fi fri
5 ` 8 10 0, 20
8 ` 11 14 0, 28
11 ` 14 14 0, 28
14 ` 17 10 0, 20
17 ` 20 1 0, 02
20 ` 23 1 0, 02
Σ 50 1
Distribuição de Frequências
Frequência acumulada absoluta [Facj]: É a
soma do número de ocorrências para os valores iguais
ou inferiores ao valor dado.
Facj =
j
X
i=1
fi = f1 + f2 + . . . + fj.
Frequência relativa acumulada [Fracj]: É o nú-
mero de vezes que a frequência acumulada absoluta
ocorre relativamente ao total da amostra [n].
Fracj =
j
X
i=1
fri = fr1 + fr2 + . . . + frj =
f1 + f2 + . . . + fj
n
.
Distribuição de Frequências por Classes
• Exemplo: Distribuição de frequências por
classes para o tempo de vida útil de 50
refrigeradores.
Classes (vida útil) fi fri Facj Fracj
5 ` 8 10 0, 20 10 0,20
8 ` 11 14 0, 28 24 0,48
11 ` 14 14 0, 28 38 0,76
14 ` 17 10 0, 20 48 0,96
17 ` 20 1 0, 02 49 0,98
20 ` 23 1 0, 02 50 1,00
Σ 50 1, 00
Distribuição de Frequências por Classes
• O uso dessa regra não é obrigatório, ela é ape-
nas utilizada quando o pesquisador não possui
conhecimento sobre os dados.
• Quando existe um conhecimento sobre os dados,
o número de intervalos e suas amplitudes devem
ser definidos pelo pesquisador.
• Os intervalos de valores não precisam ter a mesma
amplitude.
Exercício
Em uma determinada empresa os funcionários fo-
ram submetidos a uma avaliação de desempenho.
As notas de avaliação dos 40 funcionários da em-
presa seguem abaixo:
69 57 72 54 93 68 72 58 64 62
65 76 60 49 74 59 66 83 70 45
60 81 71 67 63 64 53 73 81 50
67 68 53 75 65 58 80 60 63 53
Construa uma tabela de distribuição de frequências
para os dados acima.
Representações Gráficas
Gráfico em Barras: Tem a finalidade de comparar gran-
dezas por meio de barras de igual largura e alturas proporci-
onais às respectivas grandezas. Apropriado para representar
variáveis qualitativas e quantitativa discreta.
Representações Gráficas
Gráfico de setor (de pizza): É apropriado para
representar variáveis qualitativas e quantitativa dis-
creta quando o número de categorias é relativamente
baixo.
Representações Gráficas
Gráficos em Linhas: São bastante utilizados na representação de
séries de tempo. São eficientes na verificação de flutuações ou mudanças
intensas na série ao longo do tempo. Para construir um gráfico em
linhas, basta marcar os pontos correspondentes às grandezas e uní-los
através de segmentos de reta.
Representações Gráficas
Gráficos de dispersão bidimensional: São utilizados na aná-
lise do relacionamento entre duas variáveis. Sua construção se
dá através da marcação no plano dos pontos correspondentes às
duas variáveis em análise.
Representações Gráficas
Histograma: É a representação de uma distribui-
ção de frequências por meio de retângulos justapos-
tos, cujas áreas são proporcionais às frequências das
classes.
Representações Gráficas
Polígono de frequências: É a representação de uma
distribuição de frequências por meio de um polígono.
Representações Gráficas
Histograma e Polígono de Frequência
Medidas resumo
Vimos anteriormente a sintetização dos dados sob a
forma de tabelas, gráficos e distribuições de frequên-
cias.
Medidas resumo: são medidas que possibilitam
representar um conjunto de dados (valores de uma
variável quantitativa), de forma resumida. São clas-
sificadas em medidas de posição, dispersão, separa-
trizes, assimetria e curtose.
Medidas de Posição
Medidas de Posição ( ou medidas de tendên-
cia central) : Essas medidas estabelecem valores
em torno dos quais os dados se distribuem. Dize-
mos ainda que esse nome é dado pelo fato dos dados
observados tenderem, em geral, a se concentrar em
torno de valores centrais.
Ex: média, mediana, moda.
Média Aritmética Simples
Se dispomos de um conjunto de valores da amos-
tra (ordenados ou não) podemos calcular sua média
aritmética simples por
X =
n
X
i=1
Xi
n
=
X1 + . . . + Xn
n
,
no caso amostral, em que n representa o número de
indivíduos da amostra.
Média Aritmética Simples
Exemplo: Abaixo, temos as quantidades mensais
de lixo (em toneladas) produzidas em João Pessoa
no 1o
semestre do ano passado. Qual a média da
quantidade de lixo produzida?
3, 7 3, 9 3, 1 2, 9 2, 7 2, 8
Temos que n = 6 e obtemos X através de
X =
3, 7 + 3, 9 + 3, 1 + 2, 9 + 2, 7 + 2, 8
6
=
19, 1
6
= 3, 18.
Ou seja, no primeiro semestre do ano passado, João
Pessoa produziu em média 3,18 toneladas de lixo por
mês.
Vantagens e desvantagens da média
V 1 É a medida mais conhecida e de maior uso;
V 2 É facilmente calculável;
V 3 Serve para compararmos conjuntos semelhantes;
V 4 Suas propriedades são bem compreendidas;
D1 É uma medida sensível a observações extremas.
Ou seja, é grandemente influenciada pelos valo-
res extremos (muito grandes ou muito pequenos)
do conjunto;
D2 Só deve ser utilizada quando a distribuição dos
dados for simétrica (normal ou Gaussiana).
Mediana
Definição : o valor que divide a série ordenada em
duas partes iguais.
Em outras palavras, é o valor que ocupa o centro
da distribuição, ou seja, 50% dos elementos da série
são menores do que ela e 50% dos elementos da série
são maiores do que ela.
Exemplo: No Rol, temos:
Mediana
Exemplo: Considere os dados sobre a produção
mensal de lixo em João Pessoa. Temos x1 = 3, 7,
x2 = 3, 9, x3 = 3, 1, x4 = 2, 9, x5 = 2, 7 e x6 = 2, 8.
A série ordenada é 2, 7, 2, 8, 2, 9, 3, 1, 3, 7, 3, 9 e
o valor central está entre 2, 9 e 3.1. Neste caso a
mediana (denotaremos por Md) é:
Md =
2, 9 + 3, 1
2
= 3
Mediana
Podemos encontrar a mediana de um conjunto de
dados das seguintes formas:
1) Se n é ímpar: a mediana será o valor central
da série ordenada.
2) Se n é par: teremos dois valores centrais e a
mediana será a média entre esses dois valores cen-
trais.
Vantagens e desvantagens da Mediana
V 1 A mediana não é influenciada por valores ex-
tremos (grandes) de uma série ou conjunto de
dados;
V 2 A mediana é utilizada especialmente para dis-
tribuições assimétricas, mas pode ser utilizada
para dados com distribuição simétrica também.
D1 Suas propriedades não são bem compreendidas;
D2 Não é levada em consideração na maior parte
dos testes estatísticos.
Moda
Definição: é o valor que ocorre com maior frequên-
cia (denotaremos por Mo).
Exemplo: 1, 2, 3, 3, 4, 4, 4, 4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 8.
Temos que o valor mais frequente é 6, logo, Mo = 6.
Obs 1: A moda pode não existir. Neste caso, dize-
mos que o conjunto de dados é amodal.
Exemplo: 1, 1, 2, 2, 3, 3, 4, 4, 5, 5
Obs 2: A moda pode não ser única.
Exemplo: 2, 2, 3, 3, 3, 4, 4, 5, 5, 5. Temos dois
valores mais frequentes: 3 e 5.
Vantagens e desvantagens da moda
V 1 Não é influenciada por valores extremos (gran-
des) do conjunto de dados;
D1 Não depende de todos os valores do conjunto
de dados, podendo mesmo não se alterar com a
modificação de alguns deles;
Exemplo
Um instrutor registra o número de faltas de seus
alunos em determinado semestre. Em uma amostra
aleatória, os dados são:
2 4 2 0 40 2 4 3 6
Calcule a média, a mediana e a moda.
Rol: 0 2 2 2 3 4 4 6 40
Média: X = 0+2+2+2+3+4+4+6+40
9 = 63
9 = 7
Mediana: 0 2 2 2 3 4 4 6 40, Md = 3
Moda: Mo = 2, pois é o valor que ocorre mais
vezes.
Exemplo
Suponha que o aluno com 40 faltas abandone o curso.
Agora temos:
2 4 2 0 2 4 3 6
Calcule a média, a mediana e a moda.
Rol: 0 2 2 2 3 4 4 6
Média: X = 0+2+2+2+3+4+4+6
8 = 23
8 = 2, 875
Mediana: 0 2 2 2 3 4 4 6, Md = 2+3
2 = 2, 5
Moda: Mo = 2, pois é o valor que ocorre mais
vezes.
Medidas de Dispersão
O preço de fechamento atingido por dois pacotes de
ações foi registrado em dez sextas-feiras consecuti-
vas. Calcule a média, a mediana e a moda de cada
pacote.
Medidas de Dispersão
• As medidas de posição apresentadas fornecem
a informação dos dados apenas a nível pontual,
sem ilustrar outros aspectos referentes à forma
como os dados estão distribuídos na amostra.
• É preciso uma medida estatística complementar
para melhor caracterizar os dados apresentados.
• Medidas de Dispersão (ou medidas de va-
riação) servem para caracterizar o quanto os
dados estão espalhados em torno de uma me-
dida de posição como, por exemplo, a média.
Medidas de Dispersão
As medidas de dispersão mais utilizadas são:
• Amplitude total (AT);
• Variância (S2
);
• Desvio padrão (S);
• Coeficiente de variação (CV ).
Amplitude Total
Definição: é a diferença entre o maior e o menor
valor da série, ou seja,
AT = Xmáx − Xmín
A amplitude é útil para nos dar uma ideia do campo
de variação da série. Verifica-se que é uma medida
de dispersão limitada.
Variância
Definição: soma dos quadrados dos desvios com
relação à média, dividida pelo número de elementos
(ou pelo número de elementos menos um, no caso
amostral). Ou seja, dada a amostra, temos que
S2
=
n
X
i=1
Xi − X
2
n − 1
.
É uma quantidade sempre não negativa e expressa
em unidades quadradas do conjunto de dados.
Variância
Desvantagem de uso da Variância
• Quando elevemos ao quadrado Xi − X, a uni-
dade de medida dos dados também fica elevada
ao quadrado.
• Exemplo: se a unidade de medida dos dados for
metros, a variância será expressa em metros qua-
drados.
• É uma medida de difícil interpretação. Em al-
guns casos, a unidade de medida ao quadrado
nem fará sentido.
Desvantagem de uso da Variância
Comentários Importantes
• Apesar de útil para descrever a variabilidade
do conjunto de observações, o fato mencionado
torna um pouco inviável a análise, dado que a
unidade de medida fica elevada ao quadrado.
• O interessante é ter uma medida que descreva a
variabilidade das informações na mesma escala
em que estão os dados fornecidos.
• Esta medida se chama Desvio Padrão.
Desvio Padrão
Definição: a raiz quadrada positiva da variância.
S =
√
S2
Prefere-se usar o desvio padrão porque este é ex-
presso na mesma unidade dos dados.
Exemplo:
Considerando o exemplo anterior, temos
XA = 61, 5 S2
A = 20, 94 SA = 4, 57
XB = 61, 5 S2
B = 335, 38 SB = 18, 31
As acões A variam menos do que as ações B.
Coeficiente de Variação
• É uma medida de dispersão relativa que serve
para comparar dois ou mais conjuntos de dados
de unidades diferentes.
• Mede o grau de concentração dos dados em torno
de sua média. É obtido através das expressões
CV =
S
X
• Quanto maior o coeficiente de variação, maior a
dispersão em torno da média.
• Pode-se denotar CV também em termos percen-
tuais, bastando fazer CV × 100%.
Exemplo:
Considere uma amostra de 10 máquinas, das quais
são conhecidos os comprimentos (X em centímetros)
e os pesos ( Y em gramas).
Máquina 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Comp. (X) 52 48 45 49 51 54 47 50 46 51
Peso (Y) 3300 3200 2950 3150 3350 3450 2900 3300 3150 3250
Neste caso,
X = 49, 3 Sx = 2, 69 CVx = 0, 545
Y = 3200 Sy = 162, 8 CVy = 0, 051
As máquinas variam mais quanto ao comprimento
do que quanto ao peso.

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  • 1. Cálculo das Probabilidades e Estatística I Profa . Juliana Freitas Pires Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba - UFPB juliana@de.ufpb.br
  • 2. Introdução O que é Estatística? Coleção de métodos para planejar experimentos, obter e organizar dados, resumi-los, analisá-los interpretá-los e deles extrair conclusões.
  • 3. Exemplos: • Quanto será produzido de soja no Brasil no pró- ximo ano? • Qual é a melhor forma de melhorar a produção de determinado produto em uma empresa? • Investir em aperfeiçoamento dos funcionários con- tribui para o crescimento de uma empresa? • Quem vencerá as próximas eleições? • Quais são as variáveis que mais impactam o preço dos imóveis em João Pessoa?
  • 4. Os dois ramos da estatística: Estatística Descritiva: Trata da organização, resumo e apresentação dos dados. Estatística Inferencial: A partir de uma amos- tra, tirar conclusões sobre a população.
  • 5. Objetivo da estatística descritiva • Na estatística descritiva o objetivo é resumir os dados coletados de forma a extrair destes, co- nhecimento útil acerca do problema que gerou os dados. • Nessa fase da pesquisa, estamos preocupados em apresentar os dados em forma de tabelas e grá- ficos e em obter medidas que quantifiquem os resultados do estudo.
  • 6. Conceitos Básicos População: é o conjunto de elementos, indiví- duos ou objetos que se pretende estudar. Amostra: é qualquer subconjunto de elementos de uma população. (n: número de indivíduos que constituem uma amostra) Exemplo: Uma indústria processadora de sucos ao receber um carregamento de 100.000 laranjas faz inspeção de qualidade (ótimo, bom, regular, ruim) selecionando 50 frutas aleatoriamente. População: ? Amostra: ?
  • 7. População: 100.000 laranjas do carregamento. Amostra: 50 laranjas selecionadas aleatoria- mente. Obs: a amostra deve ser selecionada seguindo cer- tas regras e deve ser representativa, de modo que ela represente todas as características da população como se fosse uma fotografia desta.
  • 8. Censo X Estudos por amostragem Na pesquisa estatística a forma de coleta dos dados pode ser feita através de censo ou amostragem. Censo: quando todos os indivíduos de uma popu- lação são pesquisados. Amostragem: quando utilizamos uma amostra de indivíduos de uma determinada população. O pro- cesso de retirada de informações dos “n” elementos amostrais, deve seguir um método criterioso e ade- quado (tipos de amostragem).
  • 9. Censo X Estudos por amostragem Um estudo por amostragem é preferível a um censo por diversos motivos, dentre os quais: • Menor custo; • Rapidez; • Resultados muito próximos aos do censo.
  • 10. Conceitos Básicos Parâmetro: Descrição numérica de uma caracte- rística da população. Ex: Média populacional, Mediana populacional, Des- vio Padrão populacional. Estimador: Característica numérica estabelecida para uma amostra. Ex: Média amostral, Mediana amostral, Desvio Pa- drão amostral.
  • 11. Conceitos Básicos Estimativa: Valor numérico assumido por um es- timador numa determinada amostra. Unidade: qualquer indivíduo, elemento ou objeto que faça parte do conjuto a ser estudado. Obs: Podem ser pessoas, domicílios, escolas, cre- ches, células ou qualquer outra unidade.
  • 12. Conceitos Básicos Variável Estatística: característica das unidades sobre as quais queremos obter informações. Obs 1: Os símbolos utilizados para representar as variáveis são as letras maiúsculas do alfabeto, tais como X, Y, Z, . . . Obs 2: As variáveis podem ser classificadas em quantitativas ou qualitativas.
  • 13. Tipos de Variáveis Qualitativa: consistem em atributos, classificações ou registros não numéricos. Ex: Casse Social, Grau de Instrução, Tipo Sanguí- neo, Porto de Embarque. Quantitativa: constituem em medidas ou conta- gens numéricas. Ex: Peso (massa), Taxa de Câmbio, Volume Ex- portado, Valor Exportado, Preço.
  • 14. Variáveis Qualitativa Nominal: Os indivíduos são classificados em cate- gorias que não possuem ordem. Ex: Sexo, Bairro, Curso, etc. Ordinal: Os indivíduos são classificados em cate- gorias que possuem algum tipo inerente de ordem. Ex 1: Nível de Escolaridade (Analfabeto < Ensino Fundamental < Ensino Médio < Ensino Superior ), Ex 2: Escala de Qualidade (Péssimo < Ruim < Regular < Bom < Ótimo), etc.
  • 15. Variáveis Quantitativa Discreta: é a variável que só pode assumir valores pertencentes a um conjunto enumerável. Normal- mente resulta de enumerações ou contagens. Ex: Número de Filhos, Número de Acidentes de Transito, etc. Contínua: é a variável que pode assumir infinitos valores dentro de um intervalo finito. Resulta, em geral, de medições. Ex: Peso, Altura, Renda, etc.
  • 17. Exemplo Uma empresa realizou uma pesquisa junto a seus funcionários. Os funcionários responderam a um questionário que originou a seguinte tabela:
  • 18. Etapas da Estatística Descritiva • Definição do problema • Planejamento • Coleta dos dados • Apuração dos dados • Apresentação e resumo dos dados • Análise e interpretação
  • 19. 1. Definição do problema • Formulação completa do problema a ser estu- dado. • Qual a unidade amostral? • Quais perguntas que quero obter resposta? • Qual a meta a ser alcançada diante do problema em questão? • Levantamento de outros trabalhos realizados na mesma área e trabalhos análogos.
  • 20. 2. Planejamento Consiste em se determinar o procedimento necessá- rio para resolver o problema e, em especial, como le- vantar informações sobre o objeto de estudo. Nesta fase, deve-se levar em consideração: • A construção adequada de um questionário; • O tipo de levantamento que será realizado: (i) Censo (ii) Amostragem; • O cronograma de atividades; • Os custos envolvidos; • O exame das informações disponíveis; • O delineamento da amostra.
  • 21. 3. Coleta dos dados Fase de caráter operacional, compreende à coleta das informações propriamente ditas. Se refere à ob- tenção de dados, com um objetivo determinado. Os dados podem ser classificados em: Dados primários: quando são publicados pela pró- pria pessoa ou instituição que os obteve. Dados secundários: quando são publicados por outras pessoas ou instituições.
  • 22. 4. Apuração dos dados • Após ser feita uma crítica aos questionários uti- lizados buscando observações incompletas e/ou incorretas, deve-se então realizar a condensação, processamento ou tabulação dos dados.
  • 23. 5. Apresentação e resumo dos dados • A apresentação, consiste em apresentar os dados através de tabelas e gráficos, tornando mais fácil o exame do fenômeno sob estudo. • No resumo, calculam-se medidas cuja finalidade principal é descrever o fenômeno que se está in- vestigando.
  • 24. 6. Análise e interpretação • O interesse maior reside em se tirar conclusões que auxiliem o pesquisador a resolver seu pro- blema. • As conclusões são baseadas na observação das tabelas, gráficos e medidas resumo.
  • 26. Apresentação de dados Apresentação tabular: a organização dos dados em tabelas proporciona um meio eficaz de estudo do comportamento de características de interesse. Ex: Distribuição de Frequências. Apresentação gráfica: proporciona uma interpre- tação imediata dos resultados devido a sua simpli- cidade e clareza.
  • 27. Distribuição de Frequências • É uma tabela onde se preocupa em fazer cor- responder os valores (categorias) observados da variável em estudo e as respectivas frequências.
  • 28. Distribuição de Frequências Dados Brutos: São os dados obtidos através de al- gum procedimento estatístico, que estão disponíveis logo após a coleta, mas não estão organizados. Exemplo: tempo de vida útil de 50 refrigeradores. 8 11 8 12 14 13 11 14 14 15 6 10 14 19 6 12 7 5 8 8 10 16 10 12 12 8 11 6 7 12 7 10 14 5 12 7 9 12 11 9 14 8 14 8 12 10 12 22 7 15 Como se pode observar, os valores estão dispostos de forma desordenada e pouca informação se consegue obter inspecionando os dados.
  • 29. Distribuição de Frequências Rol: São os dados ordenados, de forma crescente ou decrescente. No exemplo anterior, em ordem crescente, temos: 5 7 8 8 10 11 12 12 14 15 5 7 8 8 10 11 12 12 14 15 6 7 8 9 10 11 12 13 14 16 6 7 8 9 10 12 12 14 14 19 6 7 8 10 11 12 12 14 14 22 Obs 1: Note que dessa forma fica fácil de verificar os valores extremos (máximo e mínimo). Obs 2: Esse tipo de procedimento não é viável quando se tem um conjunto de dados muito grande.
  • 30. Distribuição de Frequências Frequência simples absoluta [fi]: É o número de vezes que cada valor da variável se repete na amostra ou população. Frequência simples relativa [fri]: É o número de vezes que esse valor ocorre relativamente ao total da amostra [n]; no fundo representa a parcela da amostra. fri = fi n
  • 31. Distribuição de Frequências por Valores Definição: É uma tabela onde os valores da variá- vel aparecem individualmente com suas respectivas frequências. Teremos uma tabela assim: Xi fi X1 Número de valores iguais a X1=f1 X2 Número de valores iguais a X2=f2 X3 Número de valores iguais a X3=f3 . . . . . . Xk Número de valores iguais a Xk=fk Σ f1 + f2 + . . . + fk = n Note que para cada Xi existe uma frequência fi associada.
  • 32. Distribuição de Frequências por Valores Exemplo: Construir a distribuição de frequências por valores, utilizando os dados do exemplo anterior. Xi (anos) fi (frequência) 05 2 06 3 07 5 08 7 09 2 10 5 11 4 12 9 13 1 14 7 15 2 16 1 19 1 22 1 Σ 50
  • 33. Exercício O governo da Paraíba, interessado em saber os esta- dos com maior participação no consumo de algodão colorido, selecionou 30 empresas que compraram al- godão ano passado. Os dados são apresentados a seguir: 1 Que tipo de variável é essa? 2 Construa uma tabela de distribuição de frequências, usando f e fr.
  • 34. Exercício Estado Frequência Frequência (Xi) (fi) relativa (fri) BA 6 6/30 = 0, 2 PR 5 5/30 = 0, 17 RJ 6 6/30 = 0, 2 SP 13 13/30 = 0, 43 Total (Σ) 30 1
  • 35. Distribuição de Frequências por Classes Definição: é uma tabela que mostra classes ou in- tervalos de dados, juntamente com as frequências correspondentes. Classes (vida útil) fi 5 ` 8 10 8 ` 11 14 11 ` 14 14 14 ` 17 10 17 ` 20 1 20 ` 23 1 Σ 50
  • 36. Distribuição de Frequências por Classes Classe: é cada um dos grupos de valores em que se subdivide os dados observados. Limite de classe: são os valores que definem a classe. São conhecidos como limite superior (LS) e limite inferior (LI) da classe. Amplitude do intervalo de classe: é o compri- mento da classe, ou seja, a diferença entre os seus limites superior e inferior.
  • 37. Roteiro para a Elaboração de uma Distribuição de Frequências por Classes 1. Determinação da Amplitude Total; AT = Xmáx − Xmín. 2. Determinação do Número de Classes (c); c ∼ = √ n, onde n é o número de observações. 3. Determinação da Amplitude das Classes (h); h ∼ = AT c . 4. Determinação dos limites das classes (LI e LS);
  • 38. Distribuição de Frequências por Classes Podemos expressar os limites das classes de várias formas: • LI à LS: considera valores entre LI e LS, incluindo LI e LS. • LI ` LS: considera valores entre LI e LS, incluindo LI e excluindo LS. • LI a LS: considera valores entre LI e LS, excluindo LI e incluindo LS.
  • 39. Roteiro para a Elaboração de uma Distribuição de Frequências por Classes 1. AT = 22 − 5 = 17; 2. c ∼ = √ 50 ∼ = 7, 07 ∼ = 7 (aproximação por falta); 3. h ∼ = 17 7 ∼ = 2, 428571 ∼ = 3 (é recomentado arre- dondar para o maior inteiro); 4. 5 ` 8, 8 ` 11, 11 ` 14, 14 ` 17, 17 ` 20, 20 ` 23.
  • 40. Distribuição de Frequências por Classes • Exemplo: Distribuição de frequências por classes para as idades de 50 pessoas na amostra. Classes (vida útil) fi fri 5 ` 8 10 0, 20 8 ` 11 14 0, 28 11 ` 14 14 0, 28 14 ` 17 10 0, 20 17 ` 20 1 0, 02 20 ` 23 1 0, 02 Σ 50 1
  • 41. Distribuição de Frequências Frequência acumulada absoluta [Facj]: É a soma do número de ocorrências para os valores iguais ou inferiores ao valor dado. Facj = j X i=1 fi = f1 + f2 + . . . + fj. Frequência relativa acumulada [Fracj]: É o nú- mero de vezes que a frequência acumulada absoluta ocorre relativamente ao total da amostra [n]. Fracj = j X i=1 fri = fr1 + fr2 + . . . + frj = f1 + f2 + . . . + fj n .
  • 42. Distribuição de Frequências por Classes • Exemplo: Distribuição de frequências por classes para o tempo de vida útil de 50 refrigeradores. Classes (vida útil) fi fri Facj Fracj 5 ` 8 10 0, 20 10 0,20 8 ` 11 14 0, 28 24 0,48 11 ` 14 14 0, 28 38 0,76 14 ` 17 10 0, 20 48 0,96 17 ` 20 1 0, 02 49 0,98 20 ` 23 1 0, 02 50 1,00 Σ 50 1, 00
  • 43. Distribuição de Frequências por Classes • O uso dessa regra não é obrigatório, ela é ape- nas utilizada quando o pesquisador não possui conhecimento sobre os dados. • Quando existe um conhecimento sobre os dados, o número de intervalos e suas amplitudes devem ser definidos pelo pesquisador. • Os intervalos de valores não precisam ter a mesma amplitude.
  • 44. Exercício Em uma determinada empresa os funcionários fo- ram submetidos a uma avaliação de desempenho. As notas de avaliação dos 40 funcionários da em- presa seguem abaixo: 69 57 72 54 93 68 72 58 64 62 65 76 60 49 74 59 66 83 70 45 60 81 71 67 63 64 53 73 81 50 67 68 53 75 65 58 80 60 63 53 Construa uma tabela de distribuição de frequências para os dados acima.
  • 45. Representações Gráficas Gráfico em Barras: Tem a finalidade de comparar gran- dezas por meio de barras de igual largura e alturas proporci- onais às respectivas grandezas. Apropriado para representar variáveis qualitativas e quantitativa discreta.
  • 46. Representações Gráficas Gráfico de setor (de pizza): É apropriado para representar variáveis qualitativas e quantitativa dis- creta quando o número de categorias é relativamente baixo.
  • 47. Representações Gráficas Gráficos em Linhas: São bastante utilizados na representação de séries de tempo. São eficientes na verificação de flutuações ou mudanças intensas na série ao longo do tempo. Para construir um gráfico em linhas, basta marcar os pontos correspondentes às grandezas e uní-los através de segmentos de reta.
  • 48. Representações Gráficas Gráficos de dispersão bidimensional: São utilizados na aná- lise do relacionamento entre duas variáveis. Sua construção se dá através da marcação no plano dos pontos correspondentes às duas variáveis em análise.
  • 49. Representações Gráficas Histograma: É a representação de uma distribui- ção de frequências por meio de retângulos justapos- tos, cujas áreas são proporcionais às frequências das classes.
  • 50. Representações Gráficas Polígono de frequências: É a representação de uma distribuição de frequências por meio de um polígono.
  • 51. Representações Gráficas Histograma e Polígono de Frequência
  • 52. Medidas resumo Vimos anteriormente a sintetização dos dados sob a forma de tabelas, gráficos e distribuições de frequên- cias. Medidas resumo: são medidas que possibilitam representar um conjunto de dados (valores de uma variável quantitativa), de forma resumida. São clas- sificadas em medidas de posição, dispersão, separa- trizes, assimetria e curtose.
  • 53. Medidas de Posição Medidas de Posição ( ou medidas de tendên- cia central) : Essas medidas estabelecem valores em torno dos quais os dados se distribuem. Dize- mos ainda que esse nome é dado pelo fato dos dados observados tenderem, em geral, a se concentrar em torno de valores centrais. Ex: média, mediana, moda.
  • 54. Média Aritmética Simples Se dispomos de um conjunto de valores da amos- tra (ordenados ou não) podemos calcular sua média aritmética simples por X = n X i=1 Xi n = X1 + . . . + Xn n , no caso amostral, em que n representa o número de indivíduos da amostra.
  • 55. Média Aritmética Simples Exemplo: Abaixo, temos as quantidades mensais de lixo (em toneladas) produzidas em João Pessoa no 1o semestre do ano passado. Qual a média da quantidade de lixo produzida? 3, 7 3, 9 3, 1 2, 9 2, 7 2, 8 Temos que n = 6 e obtemos X através de X = 3, 7 + 3, 9 + 3, 1 + 2, 9 + 2, 7 + 2, 8 6 = 19, 1 6 = 3, 18. Ou seja, no primeiro semestre do ano passado, João Pessoa produziu em média 3,18 toneladas de lixo por mês.
  • 56. Vantagens e desvantagens da média V 1 É a medida mais conhecida e de maior uso; V 2 É facilmente calculável; V 3 Serve para compararmos conjuntos semelhantes; V 4 Suas propriedades são bem compreendidas; D1 É uma medida sensível a observações extremas. Ou seja, é grandemente influenciada pelos valo- res extremos (muito grandes ou muito pequenos) do conjunto; D2 Só deve ser utilizada quando a distribuição dos dados for simétrica (normal ou Gaussiana).
  • 57. Mediana Definição : o valor que divide a série ordenada em duas partes iguais. Em outras palavras, é o valor que ocupa o centro da distribuição, ou seja, 50% dos elementos da série são menores do que ela e 50% dos elementos da série são maiores do que ela. Exemplo: No Rol, temos:
  • 58. Mediana Exemplo: Considere os dados sobre a produção mensal de lixo em João Pessoa. Temos x1 = 3, 7, x2 = 3, 9, x3 = 3, 1, x4 = 2, 9, x5 = 2, 7 e x6 = 2, 8. A série ordenada é 2, 7, 2, 8, 2, 9, 3, 1, 3, 7, 3, 9 e o valor central está entre 2, 9 e 3.1. Neste caso a mediana (denotaremos por Md) é: Md = 2, 9 + 3, 1 2 = 3
  • 59. Mediana Podemos encontrar a mediana de um conjunto de dados das seguintes formas: 1) Se n é ímpar: a mediana será o valor central da série ordenada. 2) Se n é par: teremos dois valores centrais e a mediana será a média entre esses dois valores cen- trais.
  • 60. Vantagens e desvantagens da Mediana V 1 A mediana não é influenciada por valores ex- tremos (grandes) de uma série ou conjunto de dados; V 2 A mediana é utilizada especialmente para dis- tribuições assimétricas, mas pode ser utilizada para dados com distribuição simétrica também. D1 Suas propriedades não são bem compreendidas; D2 Não é levada em consideração na maior parte dos testes estatísticos.
  • 61. Moda Definição: é o valor que ocorre com maior frequên- cia (denotaremos por Mo). Exemplo: 1, 2, 3, 3, 4, 4, 4, 4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 8. Temos que o valor mais frequente é 6, logo, Mo = 6. Obs 1: A moda pode não existir. Neste caso, dize- mos que o conjunto de dados é amodal. Exemplo: 1, 1, 2, 2, 3, 3, 4, 4, 5, 5 Obs 2: A moda pode não ser única. Exemplo: 2, 2, 3, 3, 3, 4, 4, 5, 5, 5. Temos dois valores mais frequentes: 3 e 5.
  • 62. Vantagens e desvantagens da moda V 1 Não é influenciada por valores extremos (gran- des) do conjunto de dados; D1 Não depende de todos os valores do conjunto de dados, podendo mesmo não se alterar com a modificação de alguns deles;
  • 63. Exemplo Um instrutor registra o número de faltas de seus alunos em determinado semestre. Em uma amostra aleatória, os dados são: 2 4 2 0 40 2 4 3 6 Calcule a média, a mediana e a moda. Rol: 0 2 2 2 3 4 4 6 40 Média: X = 0+2+2+2+3+4+4+6+40 9 = 63 9 = 7 Mediana: 0 2 2 2 3 4 4 6 40, Md = 3 Moda: Mo = 2, pois é o valor que ocorre mais vezes.
  • 64. Exemplo Suponha que o aluno com 40 faltas abandone o curso. Agora temos: 2 4 2 0 2 4 3 6 Calcule a média, a mediana e a moda. Rol: 0 2 2 2 3 4 4 6 Média: X = 0+2+2+2+3+4+4+6 8 = 23 8 = 2, 875 Mediana: 0 2 2 2 3 4 4 6, Md = 2+3 2 = 2, 5 Moda: Mo = 2, pois é o valor que ocorre mais vezes.
  • 65. Medidas de Dispersão O preço de fechamento atingido por dois pacotes de ações foi registrado em dez sextas-feiras consecuti- vas. Calcule a média, a mediana e a moda de cada pacote.
  • 66. Medidas de Dispersão • As medidas de posição apresentadas fornecem a informação dos dados apenas a nível pontual, sem ilustrar outros aspectos referentes à forma como os dados estão distribuídos na amostra. • É preciso uma medida estatística complementar para melhor caracterizar os dados apresentados. • Medidas de Dispersão (ou medidas de va- riação) servem para caracterizar o quanto os dados estão espalhados em torno de uma me- dida de posição como, por exemplo, a média.
  • 67. Medidas de Dispersão As medidas de dispersão mais utilizadas são: • Amplitude total (AT); • Variância (S2 ); • Desvio padrão (S); • Coeficiente de variação (CV ).
  • 68. Amplitude Total Definição: é a diferença entre o maior e o menor valor da série, ou seja, AT = Xmáx − Xmín A amplitude é útil para nos dar uma ideia do campo de variação da série. Verifica-se que é uma medida de dispersão limitada.
  • 69. Variância Definição: soma dos quadrados dos desvios com relação à média, dividida pelo número de elementos (ou pelo número de elementos menos um, no caso amostral). Ou seja, dada a amostra, temos que S2 = n X i=1 Xi − X 2 n − 1 . É uma quantidade sempre não negativa e expressa em unidades quadradas do conjunto de dados.
  • 71. Desvantagem de uso da Variância • Quando elevemos ao quadrado Xi − X, a uni- dade de medida dos dados também fica elevada ao quadrado. • Exemplo: se a unidade de medida dos dados for metros, a variância será expressa em metros qua- drados. • É uma medida de difícil interpretação. Em al- guns casos, a unidade de medida ao quadrado nem fará sentido.
  • 72. Desvantagem de uso da Variância Comentários Importantes • Apesar de útil para descrever a variabilidade do conjunto de observações, o fato mencionado torna um pouco inviável a análise, dado que a unidade de medida fica elevada ao quadrado. • O interessante é ter uma medida que descreva a variabilidade das informações na mesma escala em que estão os dados fornecidos. • Esta medida se chama Desvio Padrão.
  • 73. Desvio Padrão Definição: a raiz quadrada positiva da variância. S = √ S2 Prefere-se usar o desvio padrão porque este é ex- presso na mesma unidade dos dados.
  • 74. Exemplo: Considerando o exemplo anterior, temos XA = 61, 5 S2 A = 20, 94 SA = 4, 57 XB = 61, 5 S2 B = 335, 38 SB = 18, 31 As acões A variam menos do que as ações B.
  • 75. Coeficiente de Variação • É uma medida de dispersão relativa que serve para comparar dois ou mais conjuntos de dados de unidades diferentes. • Mede o grau de concentração dos dados em torno de sua média. É obtido através das expressões CV = S X • Quanto maior o coeficiente de variação, maior a dispersão em torno da média. • Pode-se denotar CV também em termos percen- tuais, bastando fazer CV × 100%.
  • 76. Exemplo: Considere uma amostra de 10 máquinas, das quais são conhecidos os comprimentos (X em centímetros) e os pesos ( Y em gramas). Máquina 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Comp. (X) 52 48 45 49 51 54 47 50 46 51 Peso (Y) 3300 3200 2950 3150 3350 3450 2900 3300 3150 3250 Neste caso, X = 49, 3 Sx = 2, 69 CVx = 0, 545 Y = 3200 Sy = 162, 8 CVy = 0, 051 As máquinas variam mais quanto ao comprimento do que quanto ao peso.