Este documento discute a doutrina da reencarnação no Cristianismo. Explica que os judeus antigos acreditavam na ressurreição, que é similar à reencarnação. Afirma que as almas reencarnam muitas vezes para se depurar através de provas na vida corporal, até que alcancem a perfeição e não precisem mais reencarnar.
1. Por Patrícia Farias – Brasil, 09/02/2021
Estudo do Evangelho Segundo o
Espiritismo
ESE - CAP. IV – NINGUÉM PODERÁ VER O REINO DE
DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO – Item 1 E 2
2. ESE - CAP. IV – NINGUÉM PODERÁ VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO
1. Jesus, tendo vindo às cercanias de Cesareia de Filipe, interrogou assim seus discípulos: “Que dizem os homens,
com relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?” — Eles lhe responderam: “Dizem uns que és João
Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas.” — Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem
dizeis que eu sou?” — Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo:” —
Replicou-lhe Jesus: “Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te
revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (S. MATEUS, 16:13 a 17; S. MARCOS, 8:27 a 30.)
Cesaréia de Filipe era assim chamada
para distingui-la da Cesaréia, porto do
mar. Na época de Jesus estava localizada
ao pé do monte Hermon, onde a fonte
mais oriental do rio Jordão surge como
um riacho resplandecente, saindo de
uma gruta na base de um grande
precipício, e prosseguindo para unir-se a
outras fontes do rio Jordão. Foi Herodes
Felipe que a construiu.
3. ESE - CAP. IV – NINGUÉM PODERÁ VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO
Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto
do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João o
impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado
por ti, e tu vens a mim? Jesus, porém, lhe
respondeu: Consente agora; porque assim nos
convém cumprir toda a justiça. Então ele
consentiu.
O profeta Elias viveu no século 9 antes de
Cristo, e seu ministério está registrado nos
livros de 1 e 2 Reis (Antigo Testamento)
Elias é mencionado várias vezes nos livros
do Novo Testamento, principalmente em
relação à identificação de seu ministério
com o de João Batista.
Jeremias foi um profeta que
profetizou em Judá no final do
século 7 e início do século 6 a.C.
Jeremias era um sacerdote, além
de ser um profeta. Ele viveu num
dos períodos mais conturbados da
história do Oriente Antigo. Antes
que te formasse no ventre te
conheci; e antes que saísses da
madre, te santifiquei; às nações te
dei por profeta. (Jeremias 1:5)
4. ESE - CAP. IV – NINGUÉM PODERÁ VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DENOVO
1. Jesus, tendo vindo às cercanias de
Cesareia de Filipe, interrogou assim seus
discípulos: “Que dizem os homens, com
relação ao Filho do Homem? Quem dizem
que eu sou?” — Eles lhe responderam:
“Dizem uns que és João Batista; outros, que
Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos
profetas.” — Perguntou-lhes Jesus: “E vós,
quem dizeis que eu sou?” — Simão Pedro,
tomando a palavra, respondeu: “Tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivo:” — Replicou-lhe
Jesus: “Bem-aventurado és, Simão, filho de
Jonas, porque não foram a carne nem o
sangue que isso te revelaram, mas meu Pai,
que está nos céus.” (S. MATEUS, 16:13 a 17; S.
MARCOS, 8:27 a 30.)
2. Nesse ínterim, Herodes, o Tetrarca, ouvira falar de tudo o que fazia Jesus e seu espírito se achava em suspenso —
porque uns diziam que João Batista ressuscitara dentre os mortos; outros que aparecera Elias; e outros que um dos
antigos profetas ressuscitara. — Disse então Herodes: “Mandei cortar a cabeça a João Batista; quem é então esse
de quem ouço dizer tão grandes coisas?” E ardia por vê-lo. (S. MARCOS, 6:14 a 16; S. LUCAS, 9:7 a 9.)
5. ESE - CAP. IV – NINGUÉM PODERÁ VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DENOVO
Ressurreição e reencarnação.
4. A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era
a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre
muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma
e da sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de
que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente,
chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá ideia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a
ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde
muito tempo dispersos e absorvidos. A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro
corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia
assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João
Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram
conhecidos. João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.
6. ESE - CAP. IV – NINGUÉM PODERÁ VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO
166. Como pode a alma que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea acabar de depurar-se?
“Sofrendo a prova de uma nova existência. ”
b) – A alma passa então por muitas existências corporais?
“Sim, todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância
em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles.”
a) – Como realiza essa nova existência? Será pela sua transformação como Espírito?
“Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é
a prova da vida corporal.”
c) – Parece resultar desse princípio que a alma, depois de haver deixado um corpo, toma outro, ou seja,
reencarna em novo corpo. É assim que se deve entender?
“Evidentemente.”
7. ESE - CAP. IV – NINGUÉM PODERÁ VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO
168. É limitado o número das existências corporais, ou o Espírito reencarna perpetuamente?
“A cada nova existência o Espírito dá um passo adiante na senda do progresso. Quando se ache despojado
de todas as impurezas não tem mais necessidade das provas da vida corporal.”
169. É invariável o número das encarnações para todos os Espíritos?
“Não; aquele que caminha depressa a muitas provas se forra. Todavia, as encarnações sucessivas são
sempre muito numerosas, porquanto o progresso é quase infinito.”
170. O que fica sendo o Espírito depois da sua última encarnação?
“Espírito bem-aventurado; Espírito puro.”
8. Os reajustes promovidos e viabilizados pela
reencarnação assumem a forma de provas e de
expiações, sempre de acordo com os erros
cometidos e no âmbito da aquisição moral e
intelectual de cada indivíduo. As provas são
obstáculos naturais, impulsionadores do progresso.
Já as expiações são provas mais difíceis, dolorosas,
a que o Espírito se submete, decorrentes de um
endividamento maior.
As reparações reencarnatórias ocorrem, então,
segundo os ditames da lei de causa e efeito, mas a
quitação da dívida pode ser feita pela dor
(provações/expiações) ou pela prática do amor,
segundo ensinamento do apóstolo Pedro:
“Tendo antes de tudo ardente amor uns para
com os outros, porque o amor cobre uma
multidão de pecados.”
(1, Pedro, 4:8.)
MartaAntunes Moura – FEB