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Escoamento em tubulações
Disciplina: Hidráulica geral
Período: 6º
Prof. Maurício Pimenta Cavalcanti
Onde achar o assunto
• Capítulos 7, 8 e 9
• Capítulo 3
Introdução
• Conduto livre – apresenta em algum ponto da superfície
livre, pressão atmosférica
• Conduto forçado – conduto no qual o líquido escoa com
pressão diferente da atmosférica
Introdução
Número de Reynolds
• Parâmetro adimensional que leva em conta a
velocidade entre o fluído que escoa e o material que o
envolve, uma dimensão linear típica (diâmetro,
profundidade, etc), e a viscosidade cinemática do
fluído.
Número de Reynolds
• Para seções circulares
𝑅𝑒 =
𝑣𝐷𝐿𝑇
𝜗
• Para seções não circulares
𝑅𝑒 =
4𝑅ℎ𝑣
𝜗
• Onde:
• v – velocidade
• DLT – dimensão linear típica (diâmetro, profundidade, etc.)
• 𝜗 – viscosidade cinemática da fluído, m²/s
• Rh= raio hidráulico=
Á𝑟𝑒𝑎 𝑚𝑜𝑙ℎ𝑎𝑑𝑎
𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑚𝑜𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜
Tipos de escoamento
• Re < 2300 – laminar
• 2300 ≤ Re ≤ 4000 – transição
• Re > 4000 – turbulento
Perda de carga
• Sempre que um fluido se desloca no interior de uma tubulação
há atrito deste fluido com as paredes da tubulação, e ocorre
também turbulência do fluido com ele mesmo, fazendo com
que a pressão que existe no interior da tubulação diminua
gradativamente, esta diminuição da pressão é conhecida como
Perda de Carga
Perdas de carga
• No regime laminar a perda de carga é devida inteiramente
à viscosidade do fluído.
• No regime turbulento a perda de carga se dá devido à
viscosidade e a rugosidade das paredes da tubulação que
causa maior turbulência ao fluído.
onde:
• s – tensão de cisalhamento.
• D – diâmetro
Tipos de perda de carga
• Distribuídas – ocasionadas pelo movimento da água na
própria tubulação.
• Admite–se que esta seja uniforme em qualquer trecho de
uma canalização de dimensões constantes, independente
da posição da canalização
• Localizadas – ocasionadas pelas peças especiais e
demais singularidades de uma instalação
• Importantes nas canalizações curtas com peças especiais.
Nas canalizações longas, o seu valor é frequentemente
desprezível, comparada com as perdas ao longo da
tubulação.
Perda de carga unitária (J)
• Razão entre a perda de carga contínua ou total (hf) e o
comprimento do conduto (L)
𝐽 =
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𝐿
Cálculo da perda de carga -
distribuída
• Perda de carga distribuída (ao longo da tubulação)
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𝐿𝑣2
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Onde:
hf – perda de carga
f – coeficiente de atrito(depende da tubulação e do escoamento)
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D – diâmetro
v – velocidade do escoamento
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Valores de f
• Regime laminar
𝑓 =
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𝑅𝑒
• Regime de transição
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𝑒
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𝑒/𝐷
3,7
+
2,51
𝑅𝑒 𝑓
Onde:
e – rugosidade
Re – no de Reynolds
D – diâmetro
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Rugosidade (e) de alguns tubos
Problemas práticos
Tipos Dados Incógnitas Observações
I D ; J Q ; v
II D ; Q J ; v
III D ; v J ; Q Calcula-se v=Q/A
IV J ; Q D ; V Calcula-se v=Q/A
V J ; v D ; Q
VI Q ; v D ; J Calcula-se A=Q/v
Problemas práticos
Diagrama de Rouse
pag 166 Azevedo
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Para regimes turbulentos –
fórmulas práticas
• Fórmula de Hazen-Williams (d>50mm e v ≤3m/s)
J = 10,643
Q1,85
C1,85 . D4,87
𝑄 = 0,279. 𝐶. 𝐷2,63
. 𝐽0,54
Onde:
• J – Perda de carga unitária na tubulação;
• D – Diâmetro da canalização;
• C – Coeficiente de Hazen-Williams (depende da natureza das paredes
• Q – Vazão.
Coeficiente C de Hazen-Williams
Para regimes turbulentos –
fórmulas práticas
• Fórmulas de Fair-Whipple-Hsião (D≤ 50mm)
• Aço galvanizado conduzindo água fria
𝐽 = 0,002021
𝑄1,88
𝐷4,88
• Cobre, PVC, latão conduzindo água fria
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𝐽0,57
• Cobre, PVC, latão conduzindo água quente
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𝐽0,57
Outras fórmulas empíricas
• Manning
• Poiseuille
• Chezy
• Flamant
• Verificar sempre as condições de aplicação que cada
uma das fórmulas necessita
Exercício
J = 10,643
Q1,85
C1,85 . D4,87
ℎ𝑓 = 𝑓
𝐿𝑣2
𝐷2𝑔
𝐽 =
𝐻𝑓
𝐿
- Na tubulação da figura abaixo, de diâmetro 0,15 m, a carga de pressão (
𝑃
𝛾
)
disponível no ponto A vale 25 m.c.a. Qual deve ser a vazão para que a carga de
pressão disponível no ponto B seja 17 m.c.a? A tubulação de aço soldado novo (C =
130) está no plano vertical.
Perdas de carga localizada
• Ocasionadas pelas peças especiais e demais
singularidades de uma instalação
• Pode-se calcular através a expressão geral:
ℎ𝑓 = 𝐾
𝑣2
2𝑔
Onde:
K – valor tabelado (depende da singularidade)
v – velocidade média do escoamento(m/s)
Valores de K
Outros valore de K
Perda de carga localizada - método
dos comprimentos equivalentes
• Consiste em adicionar a extensão da canalização, para
simples efeito de cálculo, comprimentos tais que
correspondam à mesma perda de carga que causaria
as peças especiais existentes nas canalizações
• Levando-se em consideração todas as peças especiais
e demais causas de perda, chega-se a um
comprimento virtual de canalização
Perda de carga localizada - método
dos comprimentos equivalentes
• O comprimento utilizado para determinar as perdas
totais é a soma do comprimento real da tubulação mais
o comprimento equivalente correspondente a cada
peça especial
𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ෍ 𝐿𝑅𝑒𝑎𝑙 + ෍ 𝐿𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒
Comprimentos equivalentes
Sobre as perdas localizadas
• As perdas podem ser desprezadas nas tubulações
longas cujos comprimentos excedam cerca de 4000
vezes o diâmetro. São ainda, desprezíveis nas
canalizações em que a velocidade é baixa (V<1,0m/s) e
o número de peças especiais não é grande.
PVC, C= 140
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Linha de Energia e linha
piezométrica
• A partir de Bernoulli
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• Podemos escrever
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𝑉2
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Linha de Energia e linha
piezométrica
Linhas de carga e linha
piezométrica
• Linha de carga - lugar geométrico dos pontos representativos das
três cargas: velocidade, pressão e posição
• Linha piezométrica – Linha devido a pressão
• Costuma-se desprezar a diferença existente entre essas duas linhas
Linha de Energia e linha
piezométrica
• Traçado 1 (Tubulação totalmente abaixo da Linha Piezométrica
-carga- efetiva)
• Conduto forçado (P/δ > Patm) em todo o seu perfil;
Posicionamento da tubulação
• Traçado 2 (Tubulação coincide com a Linha Piezométrica
Efetiva – LPE )
• Tubulação funciona como conduto livre (P = Patm)
Posicionamento da tubulação
• Traçado 3 (Tubulação corta a LPE, mas fica abaixo da Linha de
carga total absoluta
• Ventosas comuns seriam prejudiciais, porque, nesses pontos, a pressão é
inferior à atmosférica.
• Pressão efetiva negativa entre A e B
Posicionamento da tubulação
OBS: Entre os pontos A e B ➔ P/δ < Patm ➔ Difícil evitar
as bolsas de ar (Risco de contaminação ➔ pelas juntas
ou caso ocorra rompimento neste local)
Posicionamento da tubulação
• Traçado 4 (Tubulação corta a LPE e a Linha de carga total
absoluta)
• Escoamento funciona em dois trechos distintos
• R1 a T escoamento em carga e T a R2 escoamento em canal-vertedor
• Vazão reduzida e imprevisível.
Posicionamento da tubulação
• Traçado 5 (Tubulação corta Linha carga total Absoluta e plano
de carga efetivo)
• Necessita enchimento da tubulação
• Necessita de escorva para partida do sistema
• Sifão funcionando na pior situação
Posicionamento da tubulação
• Traçado 6 (Tubulação corta Plano de carga absoluto)
• Não há escoamento por gravidade
• Necessita recalque
Valores limites nas tubulações
• Velocidade mínima
• Geralmente entre 0,25m/s e 0,4m/s
• Para águas com materiais em suspensão 0,5 m/s
• Velocidade máxima
• Condições econômicas
• Efeitos nocivos dinâmicos (sobre pressão prejudicial)
• Limitação de perda de carga
• Desgaste e corrosão
• Ruídos desagradáveis
Valores limites nas tubulações
• Sistemas de Abastecimento de Água (SAA)
𝑣𝑚𝑎𝑥 = 0,60 + 1,50𝐷
• Tubulações prediais
𝑣𝑚𝑎𝑥 = 14 𝐷
𝑣𝑚𝑎𝑥 ≤ 3 𝑚/𝑠 (NBR 5626)
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Escoamento em tubulações- Condutos Forçados

  • 1. Escoamento em tubulações Disciplina: Hidráulica geral Período: 6º Prof. Maurício Pimenta Cavalcanti
  • 2. Onde achar o assunto • Capítulos 7, 8 e 9 • Capítulo 3
  • 3. Introdução • Conduto livre – apresenta em algum ponto da superfície livre, pressão atmosférica • Conduto forçado – conduto no qual o líquido escoa com pressão diferente da atmosférica
  • 5. Número de Reynolds • Parâmetro adimensional que leva em conta a velocidade entre o fluído que escoa e o material que o envolve, uma dimensão linear típica (diâmetro, profundidade, etc), e a viscosidade cinemática do fluído.
  • 6. Número de Reynolds • Para seções circulares 𝑅𝑒 = 𝑣𝐷𝐿𝑇 𝜗 • Para seções não circulares 𝑅𝑒 = 4𝑅ℎ𝑣 𝜗 • Onde: • v – velocidade • DLT – dimensão linear típica (diâmetro, profundidade, etc.) • 𝜗 – viscosidade cinemática da fluído, m²/s • Rh= raio hidráulico= Á𝑟𝑒𝑎 𝑚𝑜𝑙ℎ𝑎𝑑𝑎 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑚𝑜𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜
  • 7. Tipos de escoamento • Re < 2300 – laminar • 2300 ≤ Re ≤ 4000 – transição • Re > 4000 – turbulento
  • 8. Perda de carga • Sempre que um fluido se desloca no interior de uma tubulação há atrito deste fluido com as paredes da tubulação, e ocorre também turbulência do fluido com ele mesmo, fazendo com que a pressão que existe no interior da tubulação diminua gradativamente, esta diminuição da pressão é conhecida como Perda de Carga
  • 9. Perdas de carga • No regime laminar a perda de carga é devida inteiramente à viscosidade do fluído. • No regime turbulento a perda de carga se dá devido à viscosidade e a rugosidade das paredes da tubulação que causa maior turbulência ao fluído. onde: • s – tensão de cisalhamento. • D – diâmetro
  • 10. Tipos de perda de carga • Distribuídas – ocasionadas pelo movimento da água na própria tubulação. • Admite–se que esta seja uniforme em qualquer trecho de uma canalização de dimensões constantes, independente da posição da canalização • Localizadas – ocasionadas pelas peças especiais e demais singularidades de uma instalação • Importantes nas canalizações curtas com peças especiais. Nas canalizações longas, o seu valor é frequentemente desprezível, comparada com as perdas ao longo da tubulação.
  • 11. Perda de carga unitária (J) • Razão entre a perda de carga contínua ou total (hf) e o comprimento do conduto (L) 𝐽 = 𝐻𝑓 𝐿
  • 12. Cálculo da perda de carga - distribuída • Perda de carga distribuída (ao longo da tubulação) ℎ𝑓 = 𝑓 𝐿𝑣2 𝐷2𝑔 (m) – Fórmula Universal Onde: hf – perda de carga f – coeficiente de atrito(depende da tubulação e do escoamento) L – comprimento da tubulação D – diâmetro v – velocidade do escoamento g – gravidade
  • 13. Valores de f • Regime laminar 𝑓 = 64 𝑅𝑒 • Regime de transição 1 𝑓 = −2 log 𝑒 3,7𝐷 + 2,51 𝑅𝑒 𝑓 Regime turbulento 1 𝑓 = −2𝑙𝑜𝑔 𝑒/𝐷 3,7 + 2,51 𝑅𝑒 𝑓 Onde: e – rugosidade Re – no de Reynolds D – diâmetro f – fator de atrito
  • 14. Rugosidade (e) de alguns tubos
  • 15.
  • 16. Problemas práticos Tipos Dados Incógnitas Observações I D ; J Q ; v II D ; Q J ; v III D ; v J ; Q Calcula-se v=Q/A IV J ; Q D ; V Calcula-se v=Q/A V J ; v D ; Q VI Q ; v D ; J Calcula-se A=Q/v
  • 17. Problemas práticos Diagrama de Rouse pag 166 Azevedo Netto 8a ed
  • 18. Para regimes turbulentos – fórmulas práticas • Fórmula de Hazen-Williams (d>50mm e v ≤3m/s) J = 10,643 Q1,85 C1,85 . D4,87 𝑄 = 0,279. 𝐶. 𝐷2,63 . 𝐽0,54 Onde: • J – Perda de carga unitária na tubulação; • D – Diâmetro da canalização; • C – Coeficiente de Hazen-Williams (depende da natureza das paredes • Q – Vazão.
  • 19. Coeficiente C de Hazen-Williams
  • 20. Para regimes turbulentos – fórmulas práticas • Fórmulas de Fair-Whipple-Hsião (D≤ 50mm) • Aço galvanizado conduzindo água fria 𝐽 = 0,002021 𝑄1,88 𝐷4,88 • Cobre, PVC, latão conduzindo água fria 𝑄 = 55,934𝐷2,71 𝐽0,57 • Cobre, PVC, latão conduzindo água quente 𝑄 = 63,281𝐷2,71 𝐽0,57
  • 21. Outras fórmulas empíricas • Manning • Poiseuille • Chezy • Flamant • Verificar sempre as condições de aplicação que cada uma das fórmulas necessita
  • 22. Exercício J = 10,643 Q1,85 C1,85 . D4,87 ℎ𝑓 = 𝑓 𝐿𝑣2 𝐷2𝑔 𝐽 = 𝐻𝑓 𝐿
  • 23. - Na tubulação da figura abaixo, de diâmetro 0,15 m, a carga de pressão ( 𝑃 𝛾 ) disponível no ponto A vale 25 m.c.a. Qual deve ser a vazão para que a carga de pressão disponível no ponto B seja 17 m.c.a? A tubulação de aço soldado novo (C = 130) está no plano vertical.
  • 24. Perdas de carga localizada • Ocasionadas pelas peças especiais e demais singularidades de uma instalação • Pode-se calcular através a expressão geral: ℎ𝑓 = 𝐾 𝑣2 2𝑔 Onde: K – valor tabelado (depende da singularidade) v – velocidade média do escoamento(m/s)
  • 27. Perda de carga localizada - método dos comprimentos equivalentes • Consiste em adicionar a extensão da canalização, para simples efeito de cálculo, comprimentos tais que correspondam à mesma perda de carga que causaria as peças especiais existentes nas canalizações • Levando-se em consideração todas as peças especiais e demais causas de perda, chega-se a um comprimento virtual de canalização
  • 28. Perda de carga localizada - método dos comprimentos equivalentes • O comprimento utilizado para determinar as perdas totais é a soma do comprimento real da tubulação mais o comprimento equivalente correspondente a cada peça especial 𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ෍ 𝐿𝑅𝑒𝑎𝑙 + ෍ 𝐿𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒
  • 30. Sobre as perdas localizadas • As perdas podem ser desprezadas nas tubulações longas cujos comprimentos excedam cerca de 4000 vezes o diâmetro. São ainda, desprezíveis nas canalizações em que a velocidade é baixa (V<1,0m/s) e o número de peças especiais não é grande.
  • 33. Linha de Energia e linha piezométrica • A partir de Bernoulli 𝑉2 2 + 𝑝 𝜌 + 𝑔𝑧 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 • Podemos escrever 𝑉2 2𝑔 + 𝑝 𝜌𝑔 + 𝑧 = 𝐻 Altura de carga total Cinética Pressão Potencial
  • 34. • Linha de energia ou linha de carga LE = 𝑉2 2𝑔 + 𝑝 𝜌𝑔 + 𝑧 • Linha Piezométrica 𝐿𝑃 = 𝑝 𝜌𝑔 + 𝑧 • LE-LP= 𝑉2 2𝑔 Linha de Energia e linha piezométrica
  • 35. Linhas de carga e linha piezométrica • Linha de carga - lugar geométrico dos pontos representativos das três cargas: velocidade, pressão e posição • Linha piezométrica – Linha devido a pressão • Costuma-se desprezar a diferença existente entre essas duas linhas
  • 36. Linha de Energia e linha piezométrica
  • 37. • Traçado 1 (Tubulação totalmente abaixo da Linha Piezométrica -carga- efetiva) • Conduto forçado (P/δ > Patm) em todo o seu perfil; Posicionamento da tubulação
  • 38. • Traçado 2 (Tubulação coincide com a Linha Piezométrica Efetiva – LPE ) • Tubulação funciona como conduto livre (P = Patm) Posicionamento da tubulação
  • 39. • Traçado 3 (Tubulação corta a LPE, mas fica abaixo da Linha de carga total absoluta • Ventosas comuns seriam prejudiciais, porque, nesses pontos, a pressão é inferior à atmosférica. • Pressão efetiva negativa entre A e B Posicionamento da tubulação OBS: Entre os pontos A e B ➔ P/δ < Patm ➔ Difícil evitar as bolsas de ar (Risco de contaminação ➔ pelas juntas ou caso ocorra rompimento neste local)
  • 40. Posicionamento da tubulação • Traçado 4 (Tubulação corta a LPE e a Linha de carga total absoluta) • Escoamento funciona em dois trechos distintos • R1 a T escoamento em carga e T a R2 escoamento em canal-vertedor • Vazão reduzida e imprevisível.
  • 41. Posicionamento da tubulação • Traçado 5 (Tubulação corta Linha carga total Absoluta e plano de carga efetivo) • Necessita enchimento da tubulação • Necessita de escorva para partida do sistema • Sifão funcionando na pior situação
  • 42. Posicionamento da tubulação • Traçado 6 (Tubulação corta Plano de carga absoluto) • Não há escoamento por gravidade • Necessita recalque
  • 43. Valores limites nas tubulações • Velocidade mínima • Geralmente entre 0,25m/s e 0,4m/s • Para águas com materiais em suspensão 0,5 m/s • Velocidade máxima • Condições econômicas • Efeitos nocivos dinâmicos (sobre pressão prejudicial) • Limitação de perda de carga • Desgaste e corrosão • Ruídos desagradáveis
  • 44. Valores limites nas tubulações • Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) 𝑣𝑚𝑎𝑥 = 0,60 + 1,50𝐷 • Tubulações prediais 𝑣𝑚𝑎𝑥 = 14 𝐷 𝑣𝑚𝑎𝑥 ≤ 3 𝑚/𝑠 (NBR 5626)