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URGÊNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS
INFLUENZA
Cássia Tiemi Kanaoka
Enfermeira – Gerente Técnica do Serviço de Imunização/SESAU
Plantonista da URR – Unidade de Resposta Rápida/ SESAU-PMCG
URGÊNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS
INFLUENZA
Virna Liza Pereira Chaves Hildebrand
Enfermeira
Diretora Distrito Sanitário Oeste
Plantonista UPA Vila Almeida
Colaboradora – Coren/MS
Influenza
A influenza constitui-se em uma das grandes preocupações
das autoridades sanitárias, devido ao seu impacto na
mortalidade decorrente das suas variações antigênicas cíclicas
sazonais.
Os vírus influenza são da família dos Ortomixovirus e
subdividem-se em três tipos: A, B e
C, de acordo com sua diversidade antigênica, podendo sofrer
mutações.
INFLUENZA
 Ocorre durante todo o ano, porém é mais frequente nos
meses do Outono e Inverno, principalmente nas regiões
Sul e Sudeste do país.
 Também conhecida como gripe, é uma infecção aguda do
sistema respiratório, que pode levar a graves
pneumonias.
 É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo
possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao
longo de sua vida.
 É também frequentemente confundida com outras
viroses respiratórias, por isso o seu diagnóstico de
certeza só é feito mediante exame laboratorial específico.
TRANSMISSÃO
 Através das secreções das vias respiratórias de uma
pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Pode
ocorrer também por meio das mãos, após contato com
superfícies contaminadas.
 Período de incubação: 1 a 4 dias.
 Transmissibilidade em adultos: principalmente 24 horas
antes do início de sintomas até 3 dias após final da febre.
 Transmissibilidade em crianças: pode durar até 10 dias e
por mais tempo nos pacientes imunossuprimidos.
SÍNDROME GRIPAL
 SINTOMAS:
1. Febre de início súbito, mesmo que referida
2. Tosse ou dor de garganta
3. E pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaléia, mialgia
ou artralgia.
 CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS:
1. Febre de início súbito, mesmo que referida
2. Sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal)
SÍNDROME GRIPAL SEM CONDIÇÕES E
FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES
 Medicamentos sintomáticos
 Hidratação
 Prescrição do fosfato de oseltamivir (Tamiflu®) –
baseado em julgamento clínico, se o tratamento puder
ter início nas primeiras 48 horas do início dos sintomas.
 Orientar a retornar ao serviço de saúde em caso de
piora para avaliação quanto a critérios de Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou outros sinais de
agravamento.
SÍNDROME GRIPAL COM CONDIÇÕES E
FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES
 Medicamentos sintomáticos
 Hidratação
 Tamiflu® de forma empírica (não aguardar resultados de
exames laboratoriais) para todos os casos de SG que
tenham fator de risco para complicações, independente
de situação vacinal.
CONDIÇÕES E FATORES DE RISCO PARA
COMPLICAÇÕES
 Grávidas em qualquer idade gestacional
 Puérperas até 2 semanas pós-parto (incluindo abortos ou
perda fetal)
 Idosos acima de 60 anos
 Crianças menores de 2 anos
 Doentes crônicos (pneumopatias, cardiovasculopatias,
nefropatias, hepatopatias, doenças hematológicas,
distúrbios metabólicos, transtornos neurológicos e do
desenvolvimento, imussupressão e obesidade)
 População indígena aldeada
SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE
SRAG
SÍNDROME
GRIPAL
DISPNÉIA
•Sat de O2 < 95% em ar ambiente
•Sinais de desconforto respiratório ou aumento da
FR
•Piora nas condições clínicas de doença de base
•Hipotensão
ou
Em crianças observar: batimento de asa de
nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação
e inapetência
SRAG
 O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações
laboratoriais e radiológicas:
1. Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia
2. Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso, ou presença
de área de condensação
 A confirmação da INFLUENZA é feita preferencialmente por critério
laboratorial.
A coleta de amostras somente será realizada em casos de Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG), em pacientes hospitalizados, e de
casos referentes a surtos por SG em comunidades restritas.
COLETA DE AMOSTRAS
 As amostras de secreção nasofaríngea devem ser
coletadas preferencialmente até o 3º dia após início de
sintomas, ou até no máximo 7 dias após início de
sintomas, mesmo que em uso de Oseltamivir.
 As amostras coletadas deve ser encaminhadas ao
LACEN, e devem ser armazenadas em caixa térmica com
bobina de gelo reciclável a uma temperatura entre 2° e
8°C por no máximo 24 horas.
 A secreção pode ser coletada através do “bronquinho”
ou swab (depositado em caldo específico de triptose
fosfato produzido pelo LACEN).
BRONQUINHO
 O bronquinho é um sistema fechado, coletor de
secreções, que acoplado ao aspirador deposita as
secreções em um reservatório, que é encaminhado ao
LACEN. Aspira-se a secreção do paciente (em TOT ou
narinas) e em seguida aspira-se o caldo triptose fosfato
produzido pelo LACEN.
SWAB NASAL
 A coleta com swab deve ser realizada nos dois orifícios
da narina e na boca, com três swabs diferentes, e depois
introduzido no caldo triptose fosfato produzido pelo
LACEN para transporte.
NOTIFICAÇÃO
 Preencher ficha de notificação.
 Preencher ficha de solicitação de exame do LACEN,
chamado de GAL (Gerenciamento de Ambiente
Laboratorial).
 Informar imediatamente o serviço de epidemiologia local
para devidas providências  serviço de epidemiologia
estadual e federal.
Precauções para gotículas e aerossóis
 As gotículas não se propagam por mais de 1 metro.
 Utilizar máscara cirúrgica ao entrar no quarto, a menos
de 1 metro do paciente, e substituí-la a cada contato.
 Higienização das mãos antes e depois de cada contato.
 Uso de máscara cirúrgica no paciente durante transporte
 Uso de dispositivos de sucção fechados.
Precauções para gotículas e aerossóis
 Os aerossóis podem ficar suspensos no ar por longo
períodos, portanto manter paciente em quarto privativo,
usar máscaras N95 ao entrar neste quarto e colocar
máscara cirúrgica no paciente durante transporte.
 Medidas gerais: frequente higiene das mãos, lenço
descartável para higiene pessoal, cobrir nariz e boca ao
espirrar ou tossir, evitar tocar em mucosas, higienização
das mãos após tossir ou espirrar, evitar tocar superfícies
com luvas ou mãos contaminadas, evitar aglomerações ou
ambientes fechados.
TRATAMENTO
 Início deve ser o mais precoce possível, o que não contra-indica o seu uso
posterior, uma vez que os benefícios ocorrem mesmo se iniciados 48
horas após início de sintomas.
 Tamiflu® : Apresentação em cápsulas de 30mg ou 75mg. É necessário
apenas receita médica em duas vias.
 Zanamivir (Relenza®): Liberado mediante receita médica em 2 vias e
formulário de dispensação de Zanamivir específico, que deve ser
preenchido pelo médico.
A indicação do Zanamivir somente está autorizada em casos de
impossibilidade clínica da manutenção do uso do Oseltamivir. É contra-
indicado em menores de 5 anos e em todo paciente com doença crônica
respiratória pelo risco de broncoespasmo severo. Também não pode ser
administrado em pacientes em ventilação mecânica, visto que a medicação
por ser inalatória pode obstruir os circuitos do ventilador.
VACINA
 No Brasil, em 2012, entre as semanas epidemiológicas 01 e 52 (01/01/2012
a 29/12/2012) foram notificados um total de 20.539 casos de Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG), que em parte são complicações
decorrentes da infecção por influenza.
 Na semana epidemiológica 27/2012 registrou-se o maior numero de casos
graves do período e, o maior numero de casos confirmados para influenza
A (H1N1) foi verificado na semana epidemiológica 26/2012.
VACINA
 Vacina de vírus inativado, trivalente (Influenza A H1N1,
Influenza B e Influenza A H3N2).
 Disponível nos postos para os seguintes grupos:
1. Idosos acima de 60 anos
2. Crianças de 6 meses a menores de 2 anos
3. Gestantes
4. Puérperas até 45 dias pós-parto
5. Indígenas aldeados
6. Profissionais de saúde que atuam no atendimento a pacientes com
Influenza
7. Doentes crônicos, conforme listagem do Ministério da Saúde
8. População privada de liberdade
 Dose única para adultos, e duas doses com intervalo de 30
dias para crianças. Via de aplicação intra-muscular.
 Contra-indicação: alergia grave a ovo de galinha
APRESENTAÇÃO E COMPOSIÇÃO
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Deve-se adotar a via de administração intramuscular.
Recomenda-se a administração da vacina por via subcutânea em pessoas que
apresentam discrasias sanguíneas ou estejam utilizando anticoagulantes orais.
Para estas situações, deve-se utilizar a vacina do laboratório
Sanofi Pasteur produzida na França.
A vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas ou
medicamentos, procedendo-se as aplicações em locais diferentes.
Nota aos Doadores de Sangue
É orientado que sejam tornados inaptos temporariamente, pelo período de 48 horas
para doação.
Esquema de vacinação
PRECAUÇÕES
Em doenças febris agudas, moderadas ou graves, recomenda-se adiar a
vacinação, em casos de urticária observar o paciente durante 30 minutos na unidade.
CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO E VALIDADE
 Deve ser conservada, na embalagem original, e sob refrigeração entre 2º C 8º C;
 Não pode ser congelada, deve-se evitar a exposição direta a luz solar;
 O prazo de validade indicado pelo fabricante na embalagem deve ser
rigorosamente respeitado;
✔ A vacina, atualmente adquirida pelo PNI, possui prazo máximo para utilização das
doses após a abertura do frasco de 7 (sete) dias, desde que garantidas as
condições de assepsia e conservação.
Obrigada.
Contatos:
cassiatiemi@corenms.gov.br
virnalizah@hotmail.com
3323-3167 (COREN/MS)

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Emergências Endemicas Influenza - Enf. Cássia Tiemi

  • 1. URGÊNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS INFLUENZA Cássia Tiemi Kanaoka Enfermeira – Gerente Técnica do Serviço de Imunização/SESAU Plantonista da URR – Unidade de Resposta Rápida/ SESAU-PMCG
  • 2. URGÊNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS INFLUENZA Virna Liza Pereira Chaves Hildebrand Enfermeira Diretora Distrito Sanitário Oeste Plantonista UPA Vila Almeida Colaboradora – Coren/MS
  • 3. Influenza A influenza constitui-se em uma das grandes preocupações das autoridades sanitárias, devido ao seu impacto na mortalidade decorrente das suas variações antigênicas cíclicas sazonais. Os vírus influenza são da família dos Ortomixovirus e subdividem-se em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica, podendo sofrer mutações.
  • 4. INFLUENZA  Ocorre durante todo o ano, porém é mais frequente nos meses do Outono e Inverno, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do país.  Também conhecida como gripe, é uma infecção aguda do sistema respiratório, que pode levar a graves pneumonias.  É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida.  É também frequentemente confundida com outras viroses respiratórias, por isso o seu diagnóstico de certeza só é feito mediante exame laboratorial específico.
  • 5. TRANSMISSÃO  Através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Pode ocorrer também por meio das mãos, após contato com superfícies contaminadas.  Período de incubação: 1 a 4 dias.  Transmissibilidade em adultos: principalmente 24 horas antes do início de sintomas até 3 dias após final da febre.  Transmissibilidade em crianças: pode durar até 10 dias e por mais tempo nos pacientes imunossuprimidos.
  • 6. SÍNDROME GRIPAL  SINTOMAS: 1. Febre de início súbito, mesmo que referida 2. Tosse ou dor de garganta 3. E pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaléia, mialgia ou artralgia.  CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS: 1. Febre de início súbito, mesmo que referida 2. Sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal)
  • 7. SÍNDROME GRIPAL SEM CONDIÇÕES E FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES  Medicamentos sintomáticos  Hidratação  Prescrição do fosfato de oseltamivir (Tamiflu®) – baseado em julgamento clínico, se o tratamento puder ter início nas primeiras 48 horas do início dos sintomas.  Orientar a retornar ao serviço de saúde em caso de piora para avaliação quanto a critérios de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou outros sinais de agravamento.
  • 8. SÍNDROME GRIPAL COM CONDIÇÕES E FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES  Medicamentos sintomáticos  Hidratação  Tamiflu® de forma empírica (não aguardar resultados de exames laboratoriais) para todos os casos de SG que tenham fator de risco para complicações, independente de situação vacinal.
  • 9. CONDIÇÕES E FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES  Grávidas em qualquer idade gestacional  Puérperas até 2 semanas pós-parto (incluindo abortos ou perda fetal)  Idosos acima de 60 anos  Crianças menores de 2 anos  Doentes crônicos (pneumopatias, cardiovasculopatias, nefropatias, hepatopatias, doenças hematológicas, distúrbios metabólicos, transtornos neurológicos e do desenvolvimento, imussupressão e obesidade)  População indígena aldeada
  • 10. SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE SRAG SÍNDROME GRIPAL DISPNÉIA •Sat de O2 < 95% em ar ambiente •Sinais de desconforto respiratório ou aumento da FR •Piora nas condições clínicas de doença de base •Hipotensão ou Em crianças observar: batimento de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência
  • 11. SRAG  O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações laboratoriais e radiológicas: 1. Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia 2. Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso, ou presença de área de condensação  A confirmação da INFLUENZA é feita preferencialmente por critério laboratorial. A coleta de amostras somente será realizada em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em pacientes hospitalizados, e de casos referentes a surtos por SG em comunidades restritas.
  • 12. COLETA DE AMOSTRAS  As amostras de secreção nasofaríngea devem ser coletadas preferencialmente até o 3º dia após início de sintomas, ou até no máximo 7 dias após início de sintomas, mesmo que em uso de Oseltamivir.  As amostras coletadas deve ser encaminhadas ao LACEN, e devem ser armazenadas em caixa térmica com bobina de gelo reciclável a uma temperatura entre 2° e 8°C por no máximo 24 horas.  A secreção pode ser coletada através do “bronquinho” ou swab (depositado em caldo específico de triptose fosfato produzido pelo LACEN).
  • 13. BRONQUINHO  O bronquinho é um sistema fechado, coletor de secreções, que acoplado ao aspirador deposita as secreções em um reservatório, que é encaminhado ao LACEN. Aspira-se a secreção do paciente (em TOT ou narinas) e em seguida aspira-se o caldo triptose fosfato produzido pelo LACEN.
  • 14. SWAB NASAL  A coleta com swab deve ser realizada nos dois orifícios da narina e na boca, com três swabs diferentes, e depois introduzido no caldo triptose fosfato produzido pelo LACEN para transporte.
  • 15. NOTIFICAÇÃO  Preencher ficha de notificação.  Preencher ficha de solicitação de exame do LACEN, chamado de GAL (Gerenciamento de Ambiente Laboratorial).  Informar imediatamente o serviço de epidemiologia local para devidas providências  serviço de epidemiologia estadual e federal.
  • 16. Precauções para gotículas e aerossóis  As gotículas não se propagam por mais de 1 metro.  Utilizar máscara cirúrgica ao entrar no quarto, a menos de 1 metro do paciente, e substituí-la a cada contato.  Higienização das mãos antes e depois de cada contato.  Uso de máscara cirúrgica no paciente durante transporte  Uso de dispositivos de sucção fechados.
  • 17. Precauções para gotículas e aerossóis  Os aerossóis podem ficar suspensos no ar por longo períodos, portanto manter paciente em quarto privativo, usar máscaras N95 ao entrar neste quarto e colocar máscara cirúrgica no paciente durante transporte.  Medidas gerais: frequente higiene das mãos, lenço descartável para higiene pessoal, cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir, evitar tocar em mucosas, higienização das mãos após tossir ou espirrar, evitar tocar superfícies com luvas ou mãos contaminadas, evitar aglomerações ou ambientes fechados.
  • 18. TRATAMENTO  Início deve ser o mais precoce possível, o que não contra-indica o seu uso posterior, uma vez que os benefícios ocorrem mesmo se iniciados 48 horas após início de sintomas.  Tamiflu® : Apresentação em cápsulas de 30mg ou 75mg. É necessário apenas receita médica em duas vias.  Zanamivir (Relenza®): Liberado mediante receita médica em 2 vias e formulário de dispensação de Zanamivir específico, que deve ser preenchido pelo médico. A indicação do Zanamivir somente está autorizada em casos de impossibilidade clínica da manutenção do uso do Oseltamivir. É contra- indicado em menores de 5 anos e em todo paciente com doença crônica respiratória pelo risco de broncoespasmo severo. Também não pode ser administrado em pacientes em ventilação mecânica, visto que a medicação por ser inalatória pode obstruir os circuitos do ventilador.
  • 19. VACINA  No Brasil, em 2012, entre as semanas epidemiológicas 01 e 52 (01/01/2012 a 29/12/2012) foram notificados um total de 20.539 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que em parte são complicações decorrentes da infecção por influenza.  Na semana epidemiológica 27/2012 registrou-se o maior numero de casos graves do período e, o maior numero de casos confirmados para influenza A (H1N1) foi verificado na semana epidemiológica 26/2012.
  • 20. VACINA  Vacina de vírus inativado, trivalente (Influenza A H1N1, Influenza B e Influenza A H3N2).  Disponível nos postos para os seguintes grupos: 1. Idosos acima de 60 anos 2. Crianças de 6 meses a menores de 2 anos 3. Gestantes 4. Puérperas até 45 dias pós-parto 5. Indígenas aldeados 6. Profissionais de saúde que atuam no atendimento a pacientes com Influenza 7. Doentes crônicos, conforme listagem do Ministério da Saúde 8. População privada de liberdade  Dose única para adultos, e duas doses com intervalo de 30 dias para crianças. Via de aplicação intra-muscular.  Contra-indicação: alergia grave a ovo de galinha
  • 22. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Deve-se adotar a via de administração intramuscular. Recomenda-se a administração da vacina por via subcutânea em pessoas que apresentam discrasias sanguíneas ou estejam utilizando anticoagulantes orais. Para estas situações, deve-se utilizar a vacina do laboratório Sanofi Pasteur produzida na França. A vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas ou medicamentos, procedendo-se as aplicações em locais diferentes. Nota aos Doadores de Sangue É orientado que sejam tornados inaptos temporariamente, pelo período de 48 horas para doação.
  • 24. PRECAUÇÕES Em doenças febris agudas, moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação, em casos de urticária observar o paciente durante 30 minutos na unidade. CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO E VALIDADE  Deve ser conservada, na embalagem original, e sob refrigeração entre 2º C 8º C;  Não pode ser congelada, deve-se evitar a exposição direta a luz solar;  O prazo de validade indicado pelo fabricante na embalagem deve ser rigorosamente respeitado; ✔ A vacina, atualmente adquirida pelo PNI, possui prazo máximo para utilização das doses após a abertura do frasco de 7 (sete) dias, desde que garantidas as condições de assepsia e conservação.