A ecologia profunda surgiu nos anos 1970 e defende que o meio ambiente faz parte de nós e devemos ter consciência espiritual e religiosa nas nossas relações com o mundo vivo, ao contrário da ecologia rasa que vê o meio ambiente como importante apenas para os seres humanos. A ecologia profunda também enfatiza a interdependência de todos os seres vivos e a necessidade de mudar os valores humanos para dar mais importância às relações e à criatividade em vez dos bens materiais.
2. ● 1970 → Arne Naess
● Ecologia Rasa X Ecologia Profunda
3. Ecologia Rasa:
● Visão convencional segundo a qual o meio ambiente
deve ser preservado apenas por causa da sua
importância para o ser humano.
Ecologia Profunda:
● Enfatiza a consciência espiritual ou religiosa como
um guia para as relações com o mundo vivo.
4. ● Em meados da década de 1980 que diversos
pensadores – Warwick Fox, Henryk
Skolimowski e Edward Goldsmith, além do
próprio Arne Naess – começaram a produzir
textos variados a partir do ponto de vista da
ecologia profunda.
● A nova física e a nova biologia, com Fritjof
Capra, Gregory Bateson, Rupert Sheldrake,
David Bohm, e também os trabalhos
científicos de James Lovelock e Humberto
Maturana, entre outros, deram legitimidade
científica à ecologia profunda.
5. ● O meio ambiente faz, realmente, parte de nós
mesmos.
● São dele o ar que respiramos e a água que
compõe 70 por cento do nosso corpo físico.
● Dele vêm os nutrientes que renovam a cada
instante as nossas células.
● Esta unidade dinâmica não está limitada ao
plano material da vida, mas também é
psicológica e espiritual, mesmo que alguns de
nós não tenham plena consciência disso.
6. ● “O ambientalismo superficial é antropocêntrico.
Vê o homem acima ou fora da natureza, como
fonte de todo valor, e atribui a natureza um
valor apenas instrumental ou de uso. A
Ecologia Profunda não o separa do ambiente
natural nem qualquer outro ser. Vê o mundo
como uma teia de fenômenos essencialmente
inter-relacionados e interdependentes. Ela
reconhece que estamos todos inseridos nos
processos cíclicos da natureza e somos
dependentes deles"..
7. ● As pessoas podem ter vidas mais ricas e mais
felizes se modificarem seus valores básicos
● se concentrar nas relações humanas e na
criatividade das artes plásticas, da música, da
dança, da ciência ou do desenvolvimento
espiritual
● prestarem menos atenção aos bens
materiais.
8. ● Além de compreender intelectualmente o
princípio da unidade ecológica de tudo o que
há, é oportuno vivenciar e deixar-se inspirar
pelo sentimento da comunhão com a
natureza. Deste modo, aprende-se a colocar
cada um dos processos econômicos e sociais
a serviço da vida, já que é absurdo pretender
inverter o processo e colocar a vida a serviço
deles.
9. ● Não há, oposição real entre a ecologia
convencional ou de curto prazo e a ecologia
profunda ou mística.
● São dois níveis diferentes de consciência.
● Em sua vertente religiosa, esta corrente de
pensamento tem ampla base de apoio na
tradição mística de todas as grandes religiões
da humanidade.
10. Principios do Movimento da Ecologia Profunda:
● A vida humana e não-humana e a riqueza e diversidade das
formas de vida têm um valor intrínseco;
● Os seres humanos não têm o direito de reduzir essa diversidade ,
“exceto para satisfazer necessidades humanas vitais”, de modo
que a crescente interferência humana no mundo não humano é
excessiva e requer mudanças básicas e de longo alcance;
● A civilização deve continuar florescendo durante a redução
substanciosa da população humana, uma redução necessária
para diminuir os nossos impactos ecológicos, com melhoria da
“qualidade de vida” em lugar do aumento dos niveis de consumo;
● As pessoas que concordarem com esses pontos devem procurar
expressá-los em sua vida cotidiana pessoal e pública e não
apenas falar sobre eles.
11. Bibliografia:
● “A Vida Secreta da Natureza" de Carlos Cardoso Aveline.
● “A Teia da Vida” de Fritjof Capra.
● “Ecologia” de Ernest Callenbach.