ECOFISIOLOGIA EM CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA COM ENFASE EM HARDWARE, SOFTWARE, MONITOR NO COLÉGIO JOÃO XXIII NA VILA PRUDENTE SP.
Este capítulo discute a fenologia da cana-de-açúcar, abordando três tópicos principais: 1) a fenologia é estudada para entender o ciclo de desenvolvimento da cultura e prever a produtividade; 2) são descritas as principais fases fenológicas da cana, desde a germinação até a maturação; 3) fatores como clima, solo e manejo influenciam a duração das fases fenológicas e o ciclo de cultivo como um todo.
This document discusses the functional diversity of tree cover in the Atlantic Forest of Tabuleiro regions in Brazil. It focuses on the physical geography, land use, soil diversity, fragmented forest conservation, and leaf traits like sclerophylly that indicate biodiversity status across this forest type.
O documento discute a fome no mundo e a necessidade de transformações nos sistemas alimentares e modelos de agricultura para proteger o planeta e erradicar a fome. Aponta que 870 milhões de pessoas sofrem de desnutrição crônica e que os modelos agrícolas atuais degradam o meio ambiente, comprometendo o fornecimento de alimentos no futuro.
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃOAna Aguiar
Este documento avalia o desenvolvimento inicial de mudas de pimentão produzidas com diferentes substratos. Os resultados mostraram que as mudas cultivadas no substrato comercial Tropstrato misturado com composto orgânico apresentaram maior altura, comprimento de raiz e número de folhas. Já as mudas cultivadas em substrato comercial misturado com casca de arroz tiveram pior desempenho.
O texto resume as principais ideias debatidas sobre como combater a fome no Brasil de forma sustentável. Apesar de a ONU recomendar o consumo de insetos, essa solução é culturalmente inviável no país e só ocorreria em caso extremo. Alternativas como a integração de florestas e agricultura para produzir alimentos sem degradar o meio ambiente também enfrentam desafios na prática. Há divergências sobre qual estratégia seria mais eficaz.
500 perguntas e respostas pesca e pisicultura no pantanal - embrapa (2010)Z
Este documento apresenta informações sobre pesca e piscicultura no Pantanal, respondendo perguntas frequentes sobre o assunto. Aborda características do ecossistema Pantanal e seus recursos pesqueiros, além de detalhar aspectos da pesca profissional, manejo dos recursos, legislação, piscicultura e processamento do pescado na região.
Este capítulo analisa a disponibilidade de água no solo em função do grau de compactação. Foram realizados experimentos em laboratório variando os graus de compactação em solos de texturas distintas. Os resultados indicaram que a compactação reduz a capacidade de infiltração e armazenamento de água no solo, com maiores impactos em solos arenosos. Isso ocorre devido à redução da porosidade do solo compactado, dificultando o fluxo de água.
O documento discute a situação da Caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro. Segundo especialistas, a Caatinga é o bioma mais frágil e desconhecido do Brasil, apesar dos avanços científicos recentes. A educação tradicional contribui para uma imagem negativa do bioma, enquanto políticas públicas adequadas poderiam preservar a biodiversidade e garantir renda às populações locais.
O documento descreve um estudo sobre o desenvolvimento de mudas de alface da variedade "Mônica" utilizando diferentes substratos e doses de urina de vaca. O estudo avaliou o crescimento da alface sob solo, solo com húmus e húmus puro, com doses de 0 a 5 ml de urina de vaca. Os resultados indicaram que o substrato e a dose de urina afetaram parâmetros como altura, número de folhas e massa da planta.
This document discusses the functional diversity of tree cover in the Atlantic Forest of Tabuleiro regions in Brazil. It focuses on the physical geography, land use, soil diversity, fragmented forest conservation, and leaf traits like sclerophylly that indicate biodiversity status across this forest type.
O documento discute a fome no mundo e a necessidade de transformações nos sistemas alimentares e modelos de agricultura para proteger o planeta e erradicar a fome. Aponta que 870 milhões de pessoas sofrem de desnutrição crônica e que os modelos agrícolas atuais degradam o meio ambiente, comprometendo o fornecimento de alimentos no futuro.
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃOAna Aguiar
Este documento avalia o desenvolvimento inicial de mudas de pimentão produzidas com diferentes substratos. Os resultados mostraram que as mudas cultivadas no substrato comercial Tropstrato misturado com composto orgânico apresentaram maior altura, comprimento de raiz e número de folhas. Já as mudas cultivadas em substrato comercial misturado com casca de arroz tiveram pior desempenho.
O texto resume as principais ideias debatidas sobre como combater a fome no Brasil de forma sustentável. Apesar de a ONU recomendar o consumo de insetos, essa solução é culturalmente inviável no país e só ocorreria em caso extremo. Alternativas como a integração de florestas e agricultura para produzir alimentos sem degradar o meio ambiente também enfrentam desafios na prática. Há divergências sobre qual estratégia seria mais eficaz.
500 perguntas e respostas pesca e pisicultura no pantanal - embrapa (2010)Z
Este documento apresenta informações sobre pesca e piscicultura no Pantanal, respondendo perguntas frequentes sobre o assunto. Aborda características do ecossistema Pantanal e seus recursos pesqueiros, além de detalhar aspectos da pesca profissional, manejo dos recursos, legislação, piscicultura e processamento do pescado na região.
Este capítulo analisa a disponibilidade de água no solo em função do grau de compactação. Foram realizados experimentos em laboratório variando os graus de compactação em solos de texturas distintas. Os resultados indicaram que a compactação reduz a capacidade de infiltração e armazenamento de água no solo, com maiores impactos em solos arenosos. Isso ocorre devido à redução da porosidade do solo compactado, dificultando o fluxo de água.
O documento discute a situação da Caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro. Segundo especialistas, a Caatinga é o bioma mais frágil e desconhecido do Brasil, apesar dos avanços científicos recentes. A educação tradicional contribui para uma imagem negativa do bioma, enquanto políticas públicas adequadas poderiam preservar a biodiversidade e garantir renda às populações locais.
O documento descreve um estudo sobre o desenvolvimento de mudas de alface da variedade "Mônica" utilizando diferentes substratos e doses de urina de vaca. O estudo avaliou o crescimento da alface sob solo, solo com húmus e húmus puro, com doses de 0 a 5 ml de urina de vaca. Os resultados indicaram que o substrato e a dose de urina afetaram parâmetros como altura, número de folhas e massa da planta.
Este trabalho avaliou o crescimento da alface "babá de verão" utilizando diferentes substratos e doses de urina de vaca. Foram testados solo, solo com húmus e húmus puro, com doses de 0 a 5 ml de urina. Parâmetros como altura, raiz, massa e área foliar foram avaliados. Os resultados mostraram que o húmus e doses maiores de urina promoveram melhor crescimento da alface.
Plantas alimentícias não convencionais da região metropolitana de porto alegr...Andre Benedito
Muitas espécies de plantas espontâneas ou silvestres são chamadas de “daninhas”, “inços”, “matos” e outras denominações reducionistas ou pejorativas, pois suas utilidades e potencialidades econômicas são desconhecidas. No Brasil não se conhecem estudos sobre o percentual de sua flora alimentícia e poucas espécies nativas foram estudadas em relação à composição bromatológica e avaliadas sob o aspecto sensorial e fitotécnico. Visando minimizar parte destas lacunas foi executado o presente estudo na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), Rio Grande do Sul. Realizaram-se consultas aos herbários da região e revisões bibliográficas exaustivas tanto do aspecto florístico da RMPA quanto da literatura sobre plantas utilizadas na alimentação humana. As análises bromatológicas, dos minerais e sensoriais foram realizadas de acordo com os protocolos usuais e os cultivos e manejos experimentais foram realizados dentro dos preceitos agroecológicos, em parceria com uma produtora rural. Estimou-se a riqueza florística da RMPA em 1.500 espécies nativas, sendo que 311 delas (21%) possuem potencial alimentício. Destas, 153 (49%) são acréscimos à maior listagem mundial do tema e 253 (76%) foram consumidas e ou experimentadas no presente estudo. Desta flora alimentícia foram selecionadas 69 espécies (22%) para análises dos minerais e proteínas das partes de interesse de alimentício; quatro outras espécies de grande potencial (Acanthosyris spinescens, Melothria cucumis, M. fluminensis e Vasconcellea quercifolia) tiveram suas composições bromatológica e mineral determinadas e foram caracterizadas em relação a aspectos biológicos e ou fitotécnicos e duas espécies (M. cucumis e V. quercifolia) foram avaliadas sensorialmente. Os estudos realizados mostraram o inequívoco potencial alimentício de um número significativo de espécies autóctones subutilizadas, cujo aproveitamento econômico poderá contribuir para o enriquecimento da dieta alimentar humana e o incremento da matriz agrícola brasileira e ou mundial.
O documento fornece informações sobre a produção orgânica de hortaliças no Brasil. Em menos de 3 frases:
Este livro aborda os principais aspectos da produção orgânica de hortaliças no Brasil, desde os princípios norteadores até as fontes de informação, com o objetivo de responder à grande demanda por informações sobre este tema. O livro reúne a experiência de pesquisadores de várias instituições e pretende ser uma importante fonte de consulta para produtores e outros interessados na produção orgânica de hortali
O documento discute a agricultura sustentável por meio da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). A iLPF combina componentes agrícolas, pecuários e florestais de forma integrada no espaço e no tempo, resultando em sistemas mais sustentáveis que reduzem a degradação do solo e aumentam a produtividade quando comparados a sistemas de monocultura. A iLPF também ajuda a conservar a biodiversidade e os recursos naturais.
Este documento é um livro sobre ecofisiologia da cana-de-açúcar publicado em 2010 pela Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais. O livro contém 12 capítulos que abordam tópicos como fenologia, modelagem de produtividade, zoneamento agrícola, interação da cana com ambientes estressantes, alterações morfofisiológicas em resposta à seca, interação entre água e nitrogênio, adubação nitrogenada, efeitos de herbicidas e reguladores de cresc
Possibilidades da mamona como fonte de bio diesel 2004MARIA ODETE ALVES
1. O documento discute as possibilidades do uso do óleo de mamona como matéria-prima para a produção de biodiesel no Nordeste brasileiro.
2. A mamona é uma planta tolerante à seca que pode ser cultivada no Nordeste e seu óleo pode ser usado para produzir biodiesel.
3. O documento analisa a história do biodiesel, a produção mundial e brasileira de mamona, e as perspectivas para o cultivo da mamona e a produção de biodiesel no Nordeste.
1) O estudo avaliou os custos de produção e rentabilidade da alface crespa cultivada em monocultura e consórcio com pepino em ambiente protegido.
2) Os custos totais de produção foram maiores para a monocultura de alface, enquanto a produtividade e lucro líquido foram maiores para o consórcio.
3) Os resultados indicam que o cultivo consorciado de alface e pepino em ambiente protegido proporciona maior eficiência de uso da área e rentabilidade quando comparado à monoc
O documento descreve dois eventos relacionados à apicultura que ocorrerão no Ceará: 1) O X Agrinorte e o III Congresso Cearense de Agroecologia em Sobral, que terão programação especial sobre apicultura; 2) O IV SIMPAVASF em Petrolina-PE, com minicurso sobre manejo de colmeias na caatinga.
Este número do JornApis destaca a VII ExpoMel que ocorrerá em maio e o lançamento da Frente Parlamentar pela Apicultura e Cajucultura. Também relata a visita do consultor da FAO Dr. David Roubik ao Setor de Abelhas da UFC e apresenta um artigo sobre a importância das abelhas solitárias no ecossistema.
This document discusses soils in Brazilian biomes and contains 18 chapters on soil science technologies for agriculture. It addresses topics like fertilization practices, inoculation of symbiotic microorganisms to improve crop growth and soil biological, chemical and physical quality. It also discusses contemporary themes of socio-environmental interrelationships and responsibilities, like the sustainability of agro-pastoral production and water resource preservation.
Elementos da Natureza e Propriedades do Solo 6Atena Editora
Este capítulo apresenta uma análise ambiental do rio Santa Maria da Vitória, um importante rio de abastecimento do estado do Espírito Santo. Os autores analisaram parâmetros físico-químicos da água para avaliar a qualidade do rio e identificar possíveis fontes de poluição.
Biodiversidade e comunidades tradicionais no brasilKatia Kopp
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre os saberes tradicionais e uso da biodiversidade por populações indígenas e não-indígenas no Brasil. A pesquisa analisou cerca de 900 publicações sobre o tema e discute conceitos como biodiversidade e modelos de conservação. A biodiversidade é apresentada como uma construção cultural influenciada pelas sociedades humanas, não apenas um produto da natureza.
Este documento apresenta uma tabela com a composição de carotenóides em alimentos brasileiros. A tabela contém dados de mais de 100 alimentos, incluindo frutas, legumes e verduras. O documento também fornece informações sobre a importância dos carotenóides para a saúde humana, fatores que afetam sua composição, efeitos do processamento e armazenamento, e biodisponibilidade. A tabela é uma valiosa ferramenta para pesquisadores que estudam nutrição e saúde.
Divulgamos aqui mais uma publicação bem interessante que chegou até nós: Cores e formas no bioma pampa: gramíneas ornamentais nativas, de Marene Marchi e Rosa Lía Barbieri (editoras técnicas), Brasília, DF: Embrapa, 2015.
Importância da manutenção de variabilidade genética para os produtores ruraisRural Pecuária
O documento discute a importância da manutenção da variabilidade genética para os produtores rurais. A seleção natural e artificial reduzem a variabilidade genética ao longo do tempo. Isso pode levar a perdas agrícolas quando surgem pragas ou doenças. É importante preservar a variabilidade genética por meio de conservação in situ e ex situ para que os melhoristas possam desenvolver novas cultivares que atendam às demandas atuais e futuras.
A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que restringe a importação de café estrangeiro para proteger a cadeia produtiva brasileira. O objetivo é estabelecer normas ambientais mais rígidas para países importadores. A falta de funcionários coloca em risco o banco de germoplasma de café do IAC, que contém a maior coleção genética do grão do Brasil, permitindo o avanço do mato.
O documento descreve os Campos Sulinos como ecossistemas naturais com alta diversidade de espécies no sul do Brasil que oferecem benefícios ambientais e são fonte de forragem para a pecuária. O livro apresenta o conhecimento científico sobre os Campos Sulinos, sua importância biológica, cultural e econômica, bem como as ameaças à sua integridade. Os capítulos abordam a história ambiental dos Campos, suas características ecológicas, boas práticas de mane
Este relatório analisa o uso crescente da gordura animal, principalmente sebo bovino, na produção de biodiesel no Brasil. A gordura animal representa atualmente cerca de 14% da matéria-prima utilizada no país, ficando atrás apenas do óleo de soja. Entretanto, a cadeia produtiva da pecuária no Brasil enfrenta graves problemas sociais, ambientais e econômicos. A associação da indústria de biodiesel com esta cadeia torna mais frágil a sustentabilidade pretendida pelo setor.
APOSTILA DE CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICAE AGRO...Antonio Inácio Ferraz
O documento discute a importância econômica da cana-de-açúcar, descrevendo sua origem na Ásia e distribuição global. A cana-de-açúcar é uma importante cultura agrícola produzindo açúcar, biocombustível e outros derivados de forma sustentável. Os maiores produtores globais são Brasil e Índia.
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL, ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCN...Antonio Inácio Ferraz
O documento discute o direito da criança e do adolescente na Constituição Federal de 1988 no Brasil. Aborda a evolução histórica dos direitos das crianças, os fundamentos do novo direito da criança e do adolescente baseado na doutrina da proteção integral, e como esses direitos estão assentados na Constituição de 1988, tanto nos direitos fundamentais quanto na ordem social.
Este trabalho avaliou o crescimento da alface "babá de verão" utilizando diferentes substratos e doses de urina de vaca. Foram testados solo, solo com húmus e húmus puro, com doses de 0 a 5 ml de urina. Parâmetros como altura, raiz, massa e área foliar foram avaliados. Os resultados mostraram que o húmus e doses maiores de urina promoveram melhor crescimento da alface.
Plantas alimentícias não convencionais da região metropolitana de porto alegr...Andre Benedito
Muitas espécies de plantas espontâneas ou silvestres são chamadas de “daninhas”, “inços”, “matos” e outras denominações reducionistas ou pejorativas, pois suas utilidades e potencialidades econômicas são desconhecidas. No Brasil não se conhecem estudos sobre o percentual de sua flora alimentícia e poucas espécies nativas foram estudadas em relação à composição bromatológica e avaliadas sob o aspecto sensorial e fitotécnico. Visando minimizar parte destas lacunas foi executado o presente estudo na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), Rio Grande do Sul. Realizaram-se consultas aos herbários da região e revisões bibliográficas exaustivas tanto do aspecto florístico da RMPA quanto da literatura sobre plantas utilizadas na alimentação humana. As análises bromatológicas, dos minerais e sensoriais foram realizadas de acordo com os protocolos usuais e os cultivos e manejos experimentais foram realizados dentro dos preceitos agroecológicos, em parceria com uma produtora rural. Estimou-se a riqueza florística da RMPA em 1.500 espécies nativas, sendo que 311 delas (21%) possuem potencial alimentício. Destas, 153 (49%) são acréscimos à maior listagem mundial do tema e 253 (76%) foram consumidas e ou experimentadas no presente estudo. Desta flora alimentícia foram selecionadas 69 espécies (22%) para análises dos minerais e proteínas das partes de interesse de alimentício; quatro outras espécies de grande potencial (Acanthosyris spinescens, Melothria cucumis, M. fluminensis e Vasconcellea quercifolia) tiveram suas composições bromatológica e mineral determinadas e foram caracterizadas em relação a aspectos biológicos e ou fitotécnicos e duas espécies (M. cucumis e V. quercifolia) foram avaliadas sensorialmente. Os estudos realizados mostraram o inequívoco potencial alimentício de um número significativo de espécies autóctones subutilizadas, cujo aproveitamento econômico poderá contribuir para o enriquecimento da dieta alimentar humana e o incremento da matriz agrícola brasileira e ou mundial.
O documento fornece informações sobre a produção orgânica de hortaliças no Brasil. Em menos de 3 frases:
Este livro aborda os principais aspectos da produção orgânica de hortaliças no Brasil, desde os princípios norteadores até as fontes de informação, com o objetivo de responder à grande demanda por informações sobre este tema. O livro reúne a experiência de pesquisadores de várias instituições e pretende ser uma importante fonte de consulta para produtores e outros interessados na produção orgânica de hortali
O documento discute a agricultura sustentável por meio da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). A iLPF combina componentes agrícolas, pecuários e florestais de forma integrada no espaço e no tempo, resultando em sistemas mais sustentáveis que reduzem a degradação do solo e aumentam a produtividade quando comparados a sistemas de monocultura. A iLPF também ajuda a conservar a biodiversidade e os recursos naturais.
Este documento é um livro sobre ecofisiologia da cana-de-açúcar publicado em 2010 pela Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais. O livro contém 12 capítulos que abordam tópicos como fenologia, modelagem de produtividade, zoneamento agrícola, interação da cana com ambientes estressantes, alterações morfofisiológicas em resposta à seca, interação entre água e nitrogênio, adubação nitrogenada, efeitos de herbicidas e reguladores de cresc
Possibilidades da mamona como fonte de bio diesel 2004MARIA ODETE ALVES
1. O documento discute as possibilidades do uso do óleo de mamona como matéria-prima para a produção de biodiesel no Nordeste brasileiro.
2. A mamona é uma planta tolerante à seca que pode ser cultivada no Nordeste e seu óleo pode ser usado para produzir biodiesel.
3. O documento analisa a história do biodiesel, a produção mundial e brasileira de mamona, e as perspectivas para o cultivo da mamona e a produção de biodiesel no Nordeste.
1) O estudo avaliou os custos de produção e rentabilidade da alface crespa cultivada em monocultura e consórcio com pepino em ambiente protegido.
2) Os custos totais de produção foram maiores para a monocultura de alface, enquanto a produtividade e lucro líquido foram maiores para o consórcio.
3) Os resultados indicam que o cultivo consorciado de alface e pepino em ambiente protegido proporciona maior eficiência de uso da área e rentabilidade quando comparado à monoc
O documento descreve dois eventos relacionados à apicultura que ocorrerão no Ceará: 1) O X Agrinorte e o III Congresso Cearense de Agroecologia em Sobral, que terão programação especial sobre apicultura; 2) O IV SIMPAVASF em Petrolina-PE, com minicurso sobre manejo de colmeias na caatinga.
Este número do JornApis destaca a VII ExpoMel que ocorrerá em maio e o lançamento da Frente Parlamentar pela Apicultura e Cajucultura. Também relata a visita do consultor da FAO Dr. David Roubik ao Setor de Abelhas da UFC e apresenta um artigo sobre a importância das abelhas solitárias no ecossistema.
This document discusses soils in Brazilian biomes and contains 18 chapters on soil science technologies for agriculture. It addresses topics like fertilization practices, inoculation of symbiotic microorganisms to improve crop growth and soil biological, chemical and physical quality. It also discusses contemporary themes of socio-environmental interrelationships and responsibilities, like the sustainability of agro-pastoral production and water resource preservation.
Elementos da Natureza e Propriedades do Solo 6Atena Editora
Este capítulo apresenta uma análise ambiental do rio Santa Maria da Vitória, um importante rio de abastecimento do estado do Espírito Santo. Os autores analisaram parâmetros físico-químicos da água para avaliar a qualidade do rio e identificar possíveis fontes de poluição.
Biodiversidade e comunidades tradicionais no brasilKatia Kopp
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre os saberes tradicionais e uso da biodiversidade por populações indígenas e não-indígenas no Brasil. A pesquisa analisou cerca de 900 publicações sobre o tema e discute conceitos como biodiversidade e modelos de conservação. A biodiversidade é apresentada como uma construção cultural influenciada pelas sociedades humanas, não apenas um produto da natureza.
Este documento apresenta uma tabela com a composição de carotenóides em alimentos brasileiros. A tabela contém dados de mais de 100 alimentos, incluindo frutas, legumes e verduras. O documento também fornece informações sobre a importância dos carotenóides para a saúde humana, fatores que afetam sua composição, efeitos do processamento e armazenamento, e biodisponibilidade. A tabela é uma valiosa ferramenta para pesquisadores que estudam nutrição e saúde.
Divulgamos aqui mais uma publicação bem interessante que chegou até nós: Cores e formas no bioma pampa: gramíneas ornamentais nativas, de Marene Marchi e Rosa Lía Barbieri (editoras técnicas), Brasília, DF: Embrapa, 2015.
Importância da manutenção de variabilidade genética para os produtores ruraisRural Pecuária
O documento discute a importância da manutenção da variabilidade genética para os produtores rurais. A seleção natural e artificial reduzem a variabilidade genética ao longo do tempo. Isso pode levar a perdas agrícolas quando surgem pragas ou doenças. É importante preservar a variabilidade genética por meio de conservação in situ e ex situ para que os melhoristas possam desenvolver novas cultivares que atendam às demandas atuais e futuras.
A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que restringe a importação de café estrangeiro para proteger a cadeia produtiva brasileira. O objetivo é estabelecer normas ambientais mais rígidas para países importadores. A falta de funcionários coloca em risco o banco de germoplasma de café do IAC, que contém a maior coleção genética do grão do Brasil, permitindo o avanço do mato.
O documento descreve os Campos Sulinos como ecossistemas naturais com alta diversidade de espécies no sul do Brasil que oferecem benefícios ambientais e são fonte de forragem para a pecuária. O livro apresenta o conhecimento científico sobre os Campos Sulinos, sua importância biológica, cultural e econômica, bem como as ameaças à sua integridade. Os capítulos abordam a história ambiental dos Campos, suas características ecológicas, boas práticas de mane
Este relatório analisa o uso crescente da gordura animal, principalmente sebo bovino, na produção de biodiesel no Brasil. A gordura animal representa atualmente cerca de 14% da matéria-prima utilizada no país, ficando atrás apenas do óleo de soja. Entretanto, a cadeia produtiva da pecuária no Brasil enfrenta graves problemas sociais, ambientais e econômicos. A associação da indústria de biodiesel com esta cadeia torna mais frágil a sustentabilidade pretendida pelo setor.
APOSTILA DE CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICAE AGRO...Antonio Inácio Ferraz
O documento discute a importância econômica da cana-de-açúcar, descrevendo sua origem na Ásia e distribuição global. A cana-de-açúcar é uma importante cultura agrícola produzindo açúcar, biocombustível e outros derivados de forma sustentável. Os maiores produtores globais são Brasil e Índia.
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL, ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCN...Antonio Inácio Ferraz
O documento discute o direito da criança e do adolescente na Constituição Federal de 1988 no Brasil. Aborda a evolução histórica dos direitos das crianças, os fundamentos do novo direito da criança e do adolescente baseado na doutrina da proteção integral, e como esses direitos estão assentados na Constituição de 1988, tanto nos direitos fundamentais quanto na ordem social.
This document contains a series of questions about various topics such as family, hometown, English studies, hobbies, daily routine, likes and dislikes, internet use, friends, and pets. The questions are intended to elicit personal information from the reader.
Как продавать услуги в Facebook без бюджетаВиталий Пронин
Как продавать услуги в Фейбсук без бюджета?
Оформите аккаунт, создайте контент-план, размещайте отызвы, образцы работ, кейсы, истории клиентов. Но прежде найдите интересное дело, покажите, что вы человек, личность
1. O documento discute a morfologia e composição da cana-de-açúcar, incluindo suas variedades, partes da planta, e composição tecnológica dos colmos.
2. A composição tecnológica dos colmos inclui sólidos insolúveis, caldo, água, sólidos solúveis e açúcares.
3. A quantidade de água na cana, conhecida como umidade, normalmente varia de 76% em plantas não maduras a 67% ou menos em plantas após longos per
This document discusses perspectives on the self from consumer behavior, including the components of self-concept such as beliefs about personal attributes and how they are evaluated. It also covers how positivity or negativity, intensity, stability over time and accuracy impact self-concept. Finally, it examines fantasy appeals and how virtual identities assumed in cyberspace through avatars can represent visual identity and potentially influence consumer behavior.
1. A cana-de-açúcar teve origem provável nas ilhas da Oceania, sendo introduzida na Índia e usada na Antiguidade principalmente como remédio e para autoconsumo.
2. No século XV, com o Renascimento e a expansão marítima européia, a cultura da cana-de-açúcar se expandiu pelo mundo, sendo Portugal importante nessa difusão.
3. A chegada da cana nas Américas ocorreu primeiro no Caribe e Brasil, onde se desenvolveu a monocultura
O documento descreve uma situação envolvendo uma advogada que reteve autos judiciais por mais de um mês após o prazo para contestação. Discute as normas do Estatuto da OAB sobre retenção abusiva de autos e incompatibilidades para inscrição como estagiário.
Estatuto e Ética do Advogado p/ XXI Exame OABEstratégia OAB
Aula demonstrativa do Curso Estatuto e Ética do Advogado para XXI Exame de Ordem - OAB 2016. Veja todos os cursos e dicas de estudo em nosso site: www.estrategiaoab.com.br
Semelhante a ECOFISIOLOGIA EM CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA COM ENFASE EM HARDWARE, SOFTWARE, MONITOR NO COLÉGIO JOÃO XXIII NA VILA PRUDENTE SP.
ARTIGO EXTRAÇÃO DE NANOCELULOSE A PARTIR DO PSEUDOCAULE DA BANANEIRA PARA PRO...Richard Oliveira AMORIM
O objetivo deste artigo é apresentar os resultados, obtidos por meio de pesquisa experimental, laboratorial e bibliográfica, sobre a possibilidade de se produzir bioplástico através do pseudocaule da bananeira, tendo como objetivo principal a extração da nanocelulose como uma alternativa para minimizar o acúmulo desse resíduo orgânico, buscando rotas alternativas para que os recursos naturais sejam utilizados de forma inteligente e assim sendo preservados para as gerações futuras.
O documento discute o novo perfil varietal da cana-de-açúcar, com foco em cultivares com maior teor de biomassa e fibra para produção de etanol celulósico e bioeletricidade. Descreve os esforços do Centro de Cana do IAC para importar espécies selvagens e realizar cruzamentos com cultivares comerciais, visando transferir características como tolerância à seca e resistência a pragas e doenças. Relata resultados promissores dos cruzamentos iniciais, que tendem a apresentar maiores teores
1) O documento discute os benefícios da rotação de culturas para a sustentabilidade da produção agrícola no Paraná com base em pesquisas realizadas em diversas regiões do estado.
2) A rotação de culturas alterna culturas em uma mesma área de forma ordenada ao longo do tempo, trazendo vantagens como aumento da matéria orgânica, controle de pragas e doenças e maior produtividade.
3) Estudos mostram exemplos de sistemas de rotação de culturas validados para as con
O capítulo 1 discute a percepção ambiental de alunos de uma escola pública de nível médio da cidade de Natal/RN. Os autores avaliaram a percepção dos alunos sobre questões ambientais através de questionários. Os resultados indicaram que os alunos possuem conhecimentos básicos sobre meio ambiente, mas apresentam lacunas conceituais sobre temas como sustentabilidade, mudanças climáticas e impactos ambientais.
1. O documento discute as relações entre o homem e o meio ambiente ao longo da história e os problemas ambientais causados.
2. Ao longo do tempo, o homem passou de uma relação de dependência para uma de dominação sobre a natureza, causando degradação ambiental.
3. O documento defende que é necessária uma mudança nos padrões de produção e consumo para que o desenvolvimento sustentável seja efetivo na resolução dos problemas ambientais.
A produção do Conhecimento nas Ciências Agrárias e Ambientais 2Atena Editora
A obra “A produção do Conhecimento nas Ciências Agrárias e Ambientais” aborda
uma série de livros de publicação da Atena Editora, em seu II volume, apresenta, em
seus 28 capítulos, com conhecimentos científicos nas áreas agrárias e ambientais.
Os conhecimentos nas ciências estão em constante avanços. E, as áreas das
ciências agrárias e ambientais são importantes para garantir a produtividade das
culturas de forma sustentável. O desenvolvimento econômico sustentável é conseguido
por meio de novos conhecimentos tecnológicos. Esses campos de conhecimento
são importantes no âmbito das pesquisas científicas atuais, gerando uma crescente
demanda por profissionais atuantes nessas áreas.
Para alimentar as futuras gerações são necessários que aumente à quantidade
da produção de alimentos, bem como a intensificação sustentável da produção de
acordo como o uso mais eficiente dos recursos existentes na biodiversidade.
Este volume dedicado às áreas de conhecimento nas ciências agrárias e
ambientais. As transformações tecnológicas dessas áreas são possíveis devido o
aprimoramento constante, com base na produção de novos conhecimentos científicos.
Aos autores dos diversos capítulos, pela dedicação e esforços sem limites, que
viabilizaram esta obra que retrata os recentes avanços científicos e tecnológicos, os
agradecimentos do Organizador e da Atena Editora.
Por fim, esperamos que este livro possa colaborar e instigar mais estudantes,
pesquisadores e entusiastas na constante busca de novas tecnologias para as ciências
agrárias e ambientais, assim, garantir perspectivas de solução para a produção de
alimentos para as futuras gerações de forma sustentável.
Alan Mario Zuffo
Este livro apresenta informações sobre o bacurizeiro, incluindo sua origem, aspectos botânicos, distribuição geográfica, propagação, recursos genéticos, melhoramento genético e manejo da planta. O livro reúne contribuições de pesquisadores de diversas instituições e aborda o potencial do bacurizeiro para o desenvolvimento sustentável na Amazônia.
1. O documento discute a importância de seis fatores essenciais para o solo e culturas, incluindo profundidade da raiz, composição do solo, fertilidade, capacidade de troca catiônica, aeração e agregação, e microrganismos.
2. É explicado que microrganismos do solo desempenham papéis importantes no ciclo de nutrientes como nitrogênio, agregação do solo, e disponibilidade de nutrientes para plantas.
3. Os elementos macro e micronutrientes importantes para culturas são descrit
1. O documento apresenta informações sobre hortaliças não-convencionais cultivadas no Brasil.
2. Detalha o cultivo e características de 14 raízes, rizomas e tubérculos, 4 frutos, e 14 folhas e flores.
3. Inclui seções sobre o valor nutricional e utilização das hortaliças não-convencionais na alimentação.
1. A integração lavoura-pecuária é reconhecida como uma opção sustentável que permite intensificação e diversificação da produção agrícola.
2. O sistema soja-bovinos de corte é uma importante modalidade de integração lavoura-pecuária no Sul do Brasil, sendo estudada há 10 anos por pesquisadores da UFRGS.
3. Os resultados obtidos demonstraram benefícios agronômicos, econômicos e ambientais do sistema, orientando sua adoção pelos produtores rurais.
Construção de um Índice de Sustentabilidade Ambiental para a Agroindústria pa...guest63c45c
Here are the tables in the document summarized:
Table 1 and 2: Energy supply and structure in Brazil and São Paulo state
Table 3 and 4: National and COPACESP cooperative production of sugarcane, sugar, and ethanol
Table 5: Milling, sugar, ethanol and installed power of top 20 São Paulo mills
Table 6: Milling growth of top 20 São Paulo mills
Table 7 and 8: Main sugarcane municipalities and cane produced by independent growers
Table 9: Main milling groups
Table 10: Distribution of mills, milling, sugar, ethanol and installed power by UGRHI
Tables 11-29 provide data on mills, milling, sugar,
Construção de um Índice de Sustentabilidade Ambiental para a Agroindústria pa...guest63c45c
Here are the tables in the document summarized:
Table 1 and 2: Energy supply and structure in Brazil and São Paulo state
Table 3 and 4: National and COPACESP cooperative production of sugarcane, sugar, and ethanol
Table 5: Milling, sugar, ethanol and installed power of top 20 São Paulo mills
Table 6: Milling growth of top 20 São Paulo mills
Table 7 and 8: Main sugarcane municipalities and cane produced by independent growers
Table 9: Main milling groups
Table 10: Distribution of mills, milling, sugar, ethanol and installed power by UGRHI
Tables 11-29 provide data on mills, milling, sugar,
Caracterização da rede produtiva do camarão de água doce no brasilMarciliana Davantel
O documento descreve a cadeia produtiva do camarão de água doce no Brasil, identificando seus principais elos e entraves para o desenvolvimento. Foi realizada uma pesquisa com 65 organizações para caracterizar a cadeia, que possui potencial de crescimento para atender a demanda nacional. No entanto, há desafios como a falta de informação sobre preparo do produto para consumidores e problemas na qualidade da carne em alguns casos. Melhorias nas embalagens, marcas e marketing podem ajudar a consolidar o mercado.
Este documento apresenta uma análise da diversidade taxonômica na Floresta Atlântica brasileira. Os autores discutem que a Floresta Atlântica abriga grande parte da biodiversidade do Brasil e é considerada um hotspot mundial, apesar de ter sofrido grande destruição no passado. Apresentam dados sobre a extensão original e atual da Floresta Atlântica e fatores que contribuem para sua alta riqueza de espécies, como variação climática e isolamento geográfico. Por fim, destacam a
A Produção do Conhecimento nas Ciências Agrárias e Ambientais 3Atena Editora
Este documento apresenta 28 capítulos sobre produção de conhecimento nas áreas de ciências agrárias e ambientais. Os capítulos abordam tópicos como citricultura, educação ambiental, adubação de culturas, características de alimentos, genômica pesqueira e geoquímica ambiental. O objetivo é divulgar pesquisas científicas recentes sobre temas relevantes nessas áreas do conhecimento.
Agricultura orgânica e produção integrada diferenças e semelhançasJoão Siqueira da Mata
1. O documento analisa as diferenças e semelhanças entre a agricultura orgânica e a produção integrada, comparando os parâmetros relacionados à preservação ambiental, responsabilidade social e qualidade e segurança dos alimentos.
2. Ambos os sistemas dão grande importância à proteção ambiental, controle biológico de pragas e uso sustentável dos recursos naturais.
3. Quanto à certificação e rastreabilidade, existem requisitos similares de inspeção e garantia de que os processos atendam aos pad
Elementos da Natureza e Propriedades do Solo 4Atena Editora
O documento apresenta o resumo de 21 capítulos sobre elementos da natureza e propriedades do solo. O Capítulo 1 descreve a avaliação dos componentes de rendimento do milho em sistemas de cultivo utilizando adubação biológica e bioestimulante. O Capítulo 2 discute a biodiversidade de rizobactérias presentes no exoesqueleto de formigas cortadeiras. O Capítulo 3 avalia a biomassa microbiana em solos sob diferentes estados de conservação.
Este documento apresenta informações sobre o aproveitamento integral do fruto do babaçu, incluindo suas partes (epicarpo, amêndoa, mesocarpo), usos (alimentação, artesanato, combustível) e processos (extração, produção de óleo, leite e carvão). Orienta sobre boas práticas de manipulação e fornece referências bibliográficas.
O livro Bacuri: agrobiodiversidade surge como uma resposta à premente necessidade de novas alternativas econômicas para o uso dos recursos provenientes da biodiversidade amazônica. A exploração racional do bacuri, fruto amplamente conhecido e apreciado, é apresentada como uma opção inteligente e capaz de promover a geração de renda vinculada à conservação da biodiversidade. A presente obra faz uma abordagem ampla que abrange desde a origem, propagação e recursos genéticos do bacuri até o manejo e o plantio racional dos bacurizeiros. As ilustrações, compostas por fotos, gráficos e tabelas, foram eficazmente utilizadas, complementando e sintetizando o texto.
Elementos da Natureza e Propriedades do Solo 5Atena Editora
1. O documento apresenta informações sobre elementos da natureza e propriedades do solo em 22 capítulos.
2. Aborda temas como adubação nitrogenada e potássica no capim-mombaça, adubação organomineral em arroz de terras altas, e avaliação de fontes e doses de boro no cultivo de brachiaria.
3. Também discute classificação de genótipos de milho quanto à eficiência e resposta ao uso de nitrogênio, cobertura do solo pela cana-de-açúcar fertilizada com
Semelhante a ECOFISIOLOGIA EM CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA COM ENFASE EM HARDWARE, SOFTWARE, MONITOR NO COLÉGIO JOÃO XXIII NA VILA PRUDENTE SP. (20)
1) O documento discute uma entrevista com o vice-presidente Michel Temer sobre a Constituição de 1988 e sua avaliação dela. 2) Temer acredita que a Constituição equilibrou princípios liberais e sociais, permitindo um período democrático estável no Brasil. 3) Ele também discute sua carreira acadêmica e entrada na política.
A GRAVADORA CHANTECLER-ANTONIO INACIO FERRAZ,TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁ...Antonio Inácio Ferraz
Este documento descreve a trajetória da gravadora Chantecler de São Paulo, que desempenhou um papel fundamental na formação de artistas de gêneros musicais menos valorizados entre 1960-1970, especialmente o sertanejo, a música romântica e a regional. Além disso, discute o processo de estratificação do consumo de música popular no Brasil nesse período e o papel das gravadoras nacionais diante das internacionais.
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O documento discute a evolução histórica dos direitos da criança e do adolescente na Constituição Federal brasileira de 1988, incluindo os fundamentos do novo direito da criança e do adolescente baseado na doutrina da proteção integral.
TELEVISOR COLORADO RQ- MODELO IGUAÇU-ANO 1973- LOJA BRASIMAC EM RANCHARIA NO ...Antonio Inácio Ferraz
ANTONIO INACIO FERRAZ PARA ENTENDER DE ELETRONICA ESTUDOU NO SENAI E COLÉGIO EM SÃO MIGUEL PAULISTA, E NO SENAI DO TATUAPÉ, RUA TEXEIRA DE MELO 106, NO COLÉGIO JOÃO XXIII VILA PRUDENTE, MICRO INFORMÁTICA NO CENTRO PAULA SOUZA EM QUATÁ SP.
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...Antonio Inácio Ferraz
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PROVA COMENTADA XIX EXAME DE ORDEM, 03/04/2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO...Antonio Inácio Ferraz
Este documento resume o XIX Exame de Ordem da OAB, comentando questão por questão. Inclui informações sobre possíveis recursos em determinadas disciplinas e recomenda cursos para a primeira e segunda fase do próximo exame.
O documento resume os principais tópicos do Direito Previdenciário para o INSS em 2016. Ele aborda: 1) A história da seguridade social no Brasil desde o século XIX; 2) Os princípios da seguridade social e os benefícios previdenciários, assistenciais e de saúde; 3) Os tipos de segurados, benefícios e financiamento do sistema previdenciário.
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Este documento apresenta um resumo de um modelo de simulação desenvolvido usando o software Simio para modelar as operações de corte, carregamento e transporte da cana-de-açúcar na Unidade Costa Pinto da empresa Cosan. O modelo foi capaz de dimensionar a frota de transporte rodoviário e identificar gargalos no fluxo logístico, resultando em melhorias e redução de custos.
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MITO DA CAVERNA-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...
ECOFISIOLOGIA EM CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA COM ENFASE EM HARDWARE, SOFTWARE, MONITOR NO COLÉGIO JOÃO XXIII NA VILA PRUDENTE SP.
1. Tópicos em
Ecofisiologia
da Cana-de-Açúcar
Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais
Botucatu
2010
Editores técnicos
Carlos Alexandre Costa Crusciol
Marcelo de Almeida Silva
Raffaella Rossetto
Rogério Peres Soratto
iniciais.indd 1 14/10/10 09:38
3. Índice
Apresentação...............................................................................................................4
Carlos Alexandre Costa Crusciol
Introdução....................................................................................................................5
Paul H. Moore
Fenologia da Cana-de-açúcar......................................................................................8
Marcelo de Almeida Silva, Claudiana Moura dos Santos, Marcel Tomás Arantes, Renata
Passos Pincelli
Modelagem de variáveis climáticas, edáficas e de manejo
para a predição de produtividade em cana-de-açúcar...............................................22
Paulo Eduardo Argenton, Edgar Gomes Ferreira de Beauclair, Maximiliano Salles Scarpari
Zoneamento agrícola da cultura da cana de açucar
para o Brasil e estimativa da produtividade..............................................................27
Orivaldo Brunini
A interação entre a cana-de-açúcar e ambientes de produção estressantes..............34
Marcos Guimarães de Andrade Landell, Ricardo Silvério Machado, Daniel Nunes da Silva,
Maximiliano Salles Scarpari, Mauro Alexandre Xavier, Silvana Creste, Ivan Antônio dos
Anjos, Hélio do Prado, Luciana Rossini Pinto, Márcio Aurélio Pitta Bidóia
Alterações morfofisiológicas na cana-de-açúcar
em resposta à deficiência hídrica...............................................................................43
Marcelo de Almeida Silva & Renata Passos Pincelli
Interação entre água e nitrogênio na produtividade
de cana-de-açúcar (Saccharum sp.).............................................................................49
Glauber José de Castro Gava, Oriel Tiago Kölln, Raul Andres Martinez Uribe, Paulo Cesar
Ocheuze Trivelin, Heitor Cantarella
Adubação Nitrogenada em Cana-de-Açúcar: Reflexos do Plantio à Colheita...........67
Henrique Coutinho Junqueira Franco & Paulo Cesar Ocheuze Trivelin
Herbicide Effects on Sugarcane..................................................................................85
Edward P. Richard, Jr. & Caleb D. Dalley
Herbicides as Stimulators, Regulators, and Ripeners.................................................89
Ryan P. Viator, Caleb. D. Dalley and Edward P. Richard, Jr.
Uso de maturadores com ou sem misturas................................................................93
Carlos Alexandre Costa Crusciol, Glauber Henrique Pereira Leite,
Gabriela Ferraz de Siqueira
Melhoramento molecular da cana-de-açúcar CTC para eficiência fisiológica..........103
Sabrina Moutinho Chabregas
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4. O presente livro teve como base as palestras apresentadas no I e II SIMCANA – Simpósio sobre
Ecofisiologia, Maturação e Maturadores em Cana de açúcar, realizados em Botucatu-SP nos anos de
2008 e 2010; “Tópicos em Ecofisiologia da Cana-de-Açúcar” aborda a fisiologia da cana de açúcar.
Segmentado em 12 capítulos, o capítulo de abertura demonstra a relevância do tema e da pequena
quantidade de publicações sobre a ciência da cana-de-açúcar, de autoria do maior fisiologista do
mundo, Dr. Paul Moore, parceiro e colaborador desde a edição de 2008.
Além deste, são amplamente discutidos os temas de fenologia, estudos sobre modelagem e previsão
de produtividade, ambiente de produção e fisiologia do estresse hídrico, seguidos de assuntos sobre
nutrição, adubação, reguladores vegetais e herbicidas. E finalmente, a biologia molecular como fer-
ramenta para melhoramento da eficiência fisiológica da cultura da cana de açúcar.
As edições do SIMCANA são uma realização da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP –
câmpus de Botucatu em conjunto com o APTA – Agência Paulista de Tecnologia no Agronegócio, STAB
- Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil e FEPAF – Fundação de Estudos e Pesquisas
Agrícolas e Florestais, com apoio de instituições como CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico, FAPESP – Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo, CAPES
– Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, UDOP – União dos Produtores de
Bioenergia, Portal Dia de Campo e TechField e, patrocinados pela Syngenta, DuPont, Stoller e Ihara.
Agradecemos aos autores, pela paciência em atender nossas solicitações, à comissão organizadora,
pelo dedicado empenho na edição do livro e à Syngenta e à Fapesp pela ajuda financeira para a
publicação deste livro.
Botucatu, 19 de outubro de 2010.
Carlos Alexandre Costa Crusciol
Coordenador Geral do SIMCANA
UNESP/FCA/DPV
Apresentação
Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar4
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5. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar 5
Sugarcane is an important food and bioenergy source and a significant component of the economy in
many countries in the tropics and subtropics: nearly 100 countries produce the crop over an area of 22
million hectares--approximately 0.5% of the total world area used for agriculture (FAOSTAT, 2008).
Of the world’s four most productive crops—rice, wheat, maize, and sugarcane—sugarcane produces
the greatest crop tonnage and provides the fourth highest quantity of plant calories in the human
diet (Ross-Ibarra et al., 2007), even though each of the major cereals occupies a several-fold larger
fraction of the world’s arable land. The largest world grower of sugarcane is Brazil with production
of more than 549 million tons of cane or approximately 37% of the total of the top 20 sugarcane
producing countries of the world.
The very high levels of sugarcane biomass production and the efficiency with which ethanol can be
produced from its extracted juice have made sugarcane a leading crop for bioenergy production.
Sugarcane stalks, crushed and extracted for juice, are burned in the sugarcane factories for production
of steam and electrical energy. Sugarcane juice is currently being used as a source for ethanol as a
fuel for replacing gasoline, but once second-generation bioenergy technologies are developed, the
entire sugarcane crop biomass may be used as a lignocellulosic feed stock. The significant potential
for sugarcane as a food and bioenergy crop is currently driving a rapid expansion of sugarcane
production areas throughout the world, especially in Brazil. In short, sugarcane is rapidly becoming
one of the world’s most important crops.
Despite sugarcane’s burgeoning importance, few sugarcane-specific reference books exist. Those ref-
erence books that do exist, although excellent when they were first published, do not include recent
findings in modern plant biology. The lack of reference works specific to sugarcane is particularly
problematic considering that among the world’s most productive crops sugarcane is the only one that
is strictly tropical, perennial, and vegetatively propagated and harvested. Conventional agronomic
wisdom presented in more general plant physiology books does not apply. Sugarcane growers and
researchers world-wide need publication of the proceedings of conferences such as this “Brazilian
Symposium on Ecophysiology, Maturation and Ripeners” for sharing current information on the fun-
damental biology of sugarcane and on practices for improving agronomic production and the yield
potential of crop germplasm.
The most common sugarcane reference books available can be described as industry descriptive texts
for students (Barnes, 1974; Blackburn, 1984; Blume, 1985; James, 2004), or as sugarcane production
manuals focusing on agronomic practices (Bakker, 1999; Clements,1980; Humbert, 1968; King,1965).
These are frequently regionally focused but some present a wider view of their topic. Less common
are the reference books on some specific aspects of the sugarcane plant such as sugarcane pests and
diseases (Rott et al., 2000), germplasm improvement (Heinz,1987), fundamental biology (Alexander,
1973; Dillewijn, 1952), and ethanol production (Cortez, 2010).
Of the texts mentioned, Botany of Sugarcane stands out as not only the first, but also the best sum-
mary account of sugarcane structure (anatomy and morphology). All subsequent books mostly used
the same anatomical and structural figures. This means that there has not been any book containing
Introduction
_projeto1.indb 5 13/10/10 10:21
6. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar6
new descriptions of sugarcane structure for more than 56 years. In addition, the only book covering
the physiology of sugarcane is more than 35 years old.
During the 36- to 57-year interval since the publication of a significant sugarcane text, the growth
of knowledge regarding plant physiology, based largely on advances in molecular biology, instru-
mentation for data gathering, and information science for storing and analyzing massive amounts of
data has been revolutionary. Although that growth of knowledge has been slower in sugarcane than
in simpler model plants, the information about sugarcane physiology that has accumulated these past
30 years is nevertheless extensive. Considering the growing importance of sugarcane as a food and
energy crop and the failure of extant sugarcane texts to link modern plant physiology to problems
of sugarcane improvement and production, there is a critical need for a new synopsis on sugarcane
physiology that is currently being met through meetings as this.
This symposium and its previous one in 2008 address a wide range of sugarcane ecophysiology is-
sues including growth and development, crop and plant responses to abiotic stresses (primarily those
involving insufficient water, but also inadequate soil nutrients), agronomic practices including the use of
herbicides, growth regulators and ripeners for increasing sucrose yields, and the development of models
for managing the crop, predicting yields and yield potential for new lands coming under cultivation,
and longer term effects of climate change on the sugarcane industry. Publishing these proceedings is
a valuable service to Brazil’s sugarcane research and production community.
The published proceedings of this symposium will be valuable for at least three groups associated
with agriculture and sugarcane. First are the college-trained sugarcane growers, plantation managers,
or sectional managers, such as agriculturalists or crop control superintendents, who need to know the
fundamentals of the crop plant on which their business depends. Second are the plant biology, plant
physiology, and agronomy students with interest in, or need to know, sugarcane biology. Third are
sugarcane research scientists, who require broad knowledge of the sugarcane plant in order to relate
their specific research area to other aspects of crop production. Thanks are due to the organizers of
this meeting for providing valuable research communications to Brazil’s sugarcane community.
Paul H. Moore
Hawaii Agriculture Research Center
Kunia, Hawaii
References
ALEXANDER, A.G. Sugarcane Physiology: A Comprehensive Study of the Saccharum Source-to-Sink
System. Elsevier Scientific Publishing Co. Amsterdam, 1973. 752p.
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7. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar 7
BAKKER, H. Sugar Cane Cultivation and Management. Kluwer Academic / Plenum Publishers. New
York,1999. 679p.
BARNES, A.C. The Sugar Cane. Leonard Hill Books. Aylesbury, Bucks, 1974. 572p.
BLACKBURN, F. Sugar-cane. Longman, London, 1984. 414p.
BLUME, H. Geography of Sugar Cane. Verlag Dr. Albert Bartens, Berlin, 1985. 371p.
CLEMENTS, H.F. Sugarcane Crop Logging and Crop Control: Principles and Practices. The University
Press of Hawaii. Honolulu, 1980. 520p.
CORTEZ, L.A.B. Sugarcane Bioethanol: R&D for Productivity and Sustainability. Blucher, São Paulo –
SP – Brazil, 2010. 954p.
DILLEWIJN, C.V. Botany of Sugarcane. The Chronica Botanica Company. Waltham,1952. 371p.
FAOSTAT (United Nations Food and Agricultural Organization). FAO 2008. Available from http://
faostat.fao.org/default.aspx
HEINZ, D.J. (Ed.). Sugarcane Improvement through Breeding. Elsevier, Amsterdam, 1987. 603p.
HUMBERT, R.P. The Growing of Sugar Cane. Elsevier Publishing Company. Amsterdam, 1978. 779p.
JAMES, J. (Ed). Sugarcane. Blackwell Publishing Ltd, 2004. 216p.
KING, N.J., Mungomery, R.W., Hughes, C.G. Manual of Cane-growing. American Elsevier Publishing
Company. Inc. New York, 1965. 375p.
ROSS-IBARRA, J.; MORREL, P.L.; GAUT, B.S. Plant domestication, a unique opportunity to identify the
genetic basis of adaptation. Proceedings of the National Academy of Sciences, sup 1, p.8641-8648,
2007.
ROTT P.; BAILEY R.A.; COMSTOCK J.C.; CROFFT B.J., SAUMTALLY, S. (Eds.). A Guide to Sugarcane
Diseases. CIRAD and ISSCT, 2000. 339p.
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8. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
8
Fenologia da Cana-de-açúcar
(principalmente nas fases de germinação, perfilhamento
e alongamento dos colmos) e alguma restrição no perío-
do de maturação, para forçar o repouso fisiológico e o
enriquecimento em sacarose. O crescimento é alcançado
quando a temperatura ultrapassa 20°C, há um aumento
na taxa de crescimento da cultura, sendo que a faixa
de 25°C a 33°C é a mais favorável ao desenvolvimento
vegetativo (Liu et al., 1998; Almeida et al., 2008).
O comportamento vegetativo da cana-de-açúcar é al-
tamente dependente de fatores climáticos, as variações
na disponibilidade térmica, pluviosidade, intensidade de
luz exercem grande influência sobre o desenvolvimento
fenológico da cultura afetando sua produtividade (Liu
et al., 1998; Smit; Singels, 2006; Uehara et al., 2009).
A deficiência hídrica, além de temperaturas extremas e
baixa radiação solar são algumas das principais limita-
ções ao seu desenvolvimento (Inman-Bamber et al., 2004;
Smit; Singels, 2006; Mccormick et al., 2008; Heerden
et al., 2010).
A avaliação do comportamento fenológico propicia o
conhecimento e a definição das épocas em que ocorrem
as diversas fases do período vegetativo das plantas, o
que pode auxiliar na escolha das práticas culturais in-
dicando, por exemplo, a melhor época de colheita e de
plantio para cada espécie (Larcher, 2004). Sendo assim,
o conhecimento da dinâmica fenológica é indispensável
para a elaboração de estratégias de conservação e
manejo de uma cultura.
Recentemente pesquisadores têm voltado à atenção
para estudos sobre processos de acúmulo de biomassa
em cana-de-açúcar, buscando desvendar os fenômenos
ambientais subjacentes à redução do crescimento ao
longo das fenofases, além de relacionarem esses fatores
com o desenvolvimento, maturação da cana-de-acúçar e
o tempo de colheita (Inman-Bamber et al., 2009; Heerden
et al., 2010; Uehara et al., 2010).
A cana-de-açúcar, segundo Gascho e Shih (1983),
apresenta quatro diferentes sub-períodos ou estádios
1. Introdução
A cana-de-açúcar é uma planta monocotiledônea, alóga-
ma e perene, provavelmente originária das regiões da
Indonésia e Nova Guiné, pertencente à família Poaceae,
tribo Andropogoneae e gênero Saccharum. Seus atuais
cultivares são híbridos interespecíficos, sendo que nas
constituições genéticas participam as espécies S. offici-
narum, S. spontaneum, S. sinense, S. barberi, S. robustum
e S. edule (Gupta et al., 2010).
Trata-se de uma planta de reprodução sexuada; po-
rém, quando cultivada comercialmente é multiplicada
assexuadamente, por propagação vegetativa (Caieiro
et al., 2010). É caracterizada pela inflorescência do
tipo panícula, flor hermafrodita, caule em crescimento
cilíndrico composto de nós e entrenós, e folhas alternas,
opostas, presas aos nós dos colmos, com lâminas de sílica
em suas bordas, e bainha aberta (Miller; Gilbert, 2009).
É cultivada em regiões tropicais e subtropicais de mais de
90 países, difundida em uma ampla faixa de latitude de
35o
N e 30o
S, adaptando-se a diversas condições de clima
e solo exigindo precipitações pluviométricas entre 1500
a 2500 mm por ciclo vegetativo (Doorembos; Kassam,
1979; Tavares, 2009).
É uma cultura de grande importância econômica no
mundo. É cultivada principalmente como matéria prima
para produção de açúcar e álcool, sendo o Brasil o maior
produtor mundial de açúcar, destacando-se o estado de
São Paulo como o maior produtor nacional e também o
maior exportador do mundo (Waclawovsk et al., 2010).
As principais regiões brasileiras produtoras são Nordeste
e Centro-Sul, o que permite dois períodos de safra, de
setembro a abril e de abril a novembro, respectivamente,
proporcionado o desenvolvimento da cultura canavieira
as mais variadas condições climáticas (Tavares, 2009).
De acordo com Inman-Bamber e Smith (2005), uma
precipitação pluvial anual a partir de 1.000 mm, bem
distribuída, é suficiente para a obtenção de altas pro-
duções na cana-de-açúcar. Isso implica que o manejo
hídrico seja realizado com eficiência, com suprimentos
hídricos adequados durante o desenvolvimento vegetativo
Fenologia da Cana-de-açúcar
Marcelo de Almeida Silva1
, Claudiana Moura dos Santos2
,
Marcel Tomás Arantes3
, Renata Passos Pincelli2
1
Pesquisador Científico, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Polo Centro-Oeste, Rodovia SP 304, (Jaú - Bariri), Km 304,
Caixa Postal 66, 17201-970, Jaú (SP). Email: marcelosilva@apta.sp.gov.br 2
Bióloga, Programa de Pós-Graduação em Agricultura, Faculdade de
Ciências Agronômicas (FCA/UNESP), Caixa Postal 237, 18610-307, Botucatu (SP). E-mail: claudianabio@hotmail.com; renatappincelli@fca.unesp.br
3
Engenheiro Agrônomo, Programa de Pós-Graduação em Agricultura, Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA/UNESP), Caixa Postal 237, 18610-
307, Botucatu (SP). E-mail: marcel_arantes@fca.unesp.br
_projeto1.indb 8 13/10/10 10:21
9. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
9
Fenologia da Cana-de-açúcar
mento (do perfilhamento final ao inicio
de acumulação da sacarose), e Matu-
ração (intensa acumulação de sacarose
nos colmos).
em sua fenologia (Figura 1), conhecidos por: Brotação e
Emergência dos brotos (colmos primários); Perfilhamento
e Estabelecimento da cultura (da emergência dos brotos
ao final do perfilhamento); Período do Grande Cresci-
Muitas características morfológicas da cana-de-açúcar
podem ajudar a entender a questão de como a água
é utilizada pela planta e como se comporta sob baixas
temperatura, conseqüentemente, esclarecer certos padrões
fenológicos encontrados em regiões tropicais. Dentre estas
características pode-se destacar área foliar e número de
folhas (Inman-Bamber, 2004; Oliveira et al., 2005), senes-
cência foliar (Smit; Singel, 2006), altura da planta (Almeida
et al., 2008), diâmetro, número de colmos e perfilhamento
(Ramesh; Mahadevaswany, 2000; Silva et al., 2008), flo-
rescimento (Araldi, et al., 2010), sendo essas características
geneticamente variadas entre variedades e largamente
influenciadas pelos fatores climáticos.
Nessa sucessão de eventos, a cana-de-açúcar passa por
estádios fenológicos que determinam fases importantes
na formação da produção das plantas e sendo bem ca-
racterizados, podem auxiliar em pesquisas relativas à es-
timativa de produção, previsão de época de maturação,
controle fitossanitário e programas de melhoramento da
cultura Diante dos fatos supracitados, o objetivo deste ca-
pítulo foi descrever os diferentes padrões fenológicos da
cana-de-açúcar e relacioná-los com os principais fatores
ambientais, buscando compreender o comportamento do
desenvolvimento da cultura diante do estresse abiótico.
2. Interação das principais fenofases da cana-de-
açúcar com os fatores ambientais
2.1. Propagação: germinação de sementes e brotação das
gemas
Na produção de cana-de-açúcar, as sementes têm im-
portância em programas de melhoramento genético, o
sucesso desses programas é dependente da obtenção
de sementes de qualidade fisiológica superior (Caieiro
et al., 2010). A semente botânica de cana-de-açúcar é
na realidade um fruto, do tipo cariopse com coloração
marrom, forma elípitica, com aproximadamente 1,5 mm
de comprimento por 0,5 mm de diâmetro. A cariopse
tem um pericarpo muito reduzido, com duas epidermes
justapostas, seu cotilédone é denominado de escutelo,
intimamente aderido ao seu endosperma (Lucchesi, 2000).
Dentre os fatores ambientais que interferem na ger-
minação destaca-se a água como o principal fator no
início da germinação, uma vez que a semente precisa ser
reidratada o suficiente e atingir um conteúdo de água
para germinar, além da qualidade de luz, durante a
maturação da semente da cana-de-açúcar também é um
importante fator controlador da germinação (Lee, 1984).
Fase de brotação
e estabelecimento
Fase de perfilamento Período de
crescimento dos
colmos
Fase de
maturação
Figura 1. Estádios fenológicos da cana-de-açúcar. Fonte: Gascho e
Shih (1983)
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10. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
10
Fenologia da Cana-de-açúcar
vigorosa (Silva et al., 2004). A brotação das gemas é
afetada por fatores intrínsecos e externos. De acordo com
Casagrande (1991), a falta de umidade do solo pode
prejudicar a brotação dos toletes, assim como o excesso
causado pela irrigação, drenagem irregular e acúmulo
de água de chuva.
Em casos de baixa aeração do solo como solos encharca-
dos ou compactados a brotação das gemas pode ocorrer
antes da emissão dos primórdios radiculares em função
da falta de oxigênio. Se houver condições ambientais
favoráveis, principalmente temperatura e umidade,
ocorrerá a emergência do primeiro perfilho; esta fase
é altamente energética, energia que provém da degra-
dação de substâncias de reserva do tolete (Figura 2).
A temperatura é um fator com influência significativa
na expressão da dormência em sementes de em cana-
de-açúcar, de acordo com Cesnik e Miocque (2004), a
temperatura ideal para a germinação das sementes
encontram-se na faixa de 25 a 32°C, as temperaturas
mais baixas, ao redor de 18,5°C inibem a sua germi-
nação, o que corrobora com Caieiro et al. (2010) que
verificaram a faixa de 20 a 30ºC adequada para a
germinação de sementes.
A cana-de-açúcar se propaga vegetativamente através
da brotação de suas gemas. O plantio é realizado atra-
vés de pedaços de colmo, contendo uma ou mais gemas,
constitui uma fase importante, pois a brotação reflete
um bom começo, que trará a área cultivada plantas
A brotação das gemas também sofre forte influência
com a temperatura ambiente. A temperatura ótima para
brotação das gemas é de 32 a 38°C, e paralisa quando
a temperatura é inferior a 20°C (Barbieri, 1981). Já Liu
et al. (1998), estudando brotação na cana-de-açúcar
verificaram temperatura base 11,6°C como referencial
para o surgimento dos brotos e temperatura ótima entre
28°C e 30°C. Pincelli et al. (2010) verificaram brotação
diferencial entre cultivares de cana-de-açúcar sob baixa
temperatura, entre 16°C e 24°C, onde das 10 cultivares
estudadas, quatro, SP80-1842, SP83-2847, RB855453
e RB867515, mostraram-se mais adaptadas para emer-
gência sob essa condição.
Com boas condições de umidade e temperatura, inicia-
se a brotação das gemas presentes nos toletes e simul-
taneamente ocorre a emissão das raízes de fixação a
partir do tolete. Nesta fase de desenvolvimento inicial, o
broto depende das reservas de carboidratos, lipídeos e
proteínas presentes no tolete (Liu et al., 1998). Após 20
Figura 2. Desenvolvimento do sistema radicular e perfilho primário
em diferentes situações. (a) sistema radicular desenvolvendo-se antes
do perfilho primário, (b) perfilho primário desenvolvendo-se antes do
sistema radicular, “baixa aeração do solo” (c) ambos desenvolvendo-se
ao mesmo tempo. Fonte: Casagrande (1991).
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11. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
11
Fenologia da Cana-de-açúcar
de colmos e na produção de açúcar em
cana-soca, possibilitando aumento na
longevidade do canavial. O tratamen-
to com fungicidas e inseticidas podem
aumentar os índices de brotação devido à proteção dos
toletes contra insetos e fungos presentes no ambiente,
possibilitando obter plantios mais uniformes com alto
vigor e rápido desenvolvimento. Essas técnicas vem a
acrescentar cada dia mais na qualidade de plantio e dar
mais segurança ao produtor em relação a infestação de
pragas e doenças no canavial, podendo assim alcançar
maiores produtividades e lucratividade.
Outros fatores importantes no manejo que aumentam
a porcentagem da brotação como a profundidade de
sulcação, quantidade de terra na cobrição dos toletes,
tempo em que os sulcos ficam abertos, quantidade de
palha sobre o solo entre outros, devem ser avaliados, pois
para se obter bons resultados é importante se atender a
um conjunto de ações de manejo e não a um fator isolado.
2.2. Perfilhamento
Após a emissão do perfilho primário, ou também deno-
minado como perfilho materno, inicia-se o crescimento e
desenvolvimento das raízes dos perfilhos, que tem por
finalidade absorver água e nutrientes do solo, não de-
pendendo mais das reservas do tolete (Figura 3).
Perfilhamento é o processo de emissão de colmos, origi-
nário da base da planta ou da região axilar da folha
basal por uma mesma planta, os quais recebem a de-
nominação de perfilhos (Bezuidenhou et al., 2003). Sob
condições ideais para os acontecimentos desses estádios,
o perfilhamento assume papel principal no processo pro-
dutivo da cana-de-açúcar. Segundo Câmara (1993) é o
segundo estádio fenológico (perfilhamento) que permitirá
o estabelecimento da cultura em condições de campo e
fornecerá às touceiras o número de colmo adequados
a produção.
O processo de perfilhamento é regulado pelo hormônio
de crescimento auxina, o qual exerce dupla função
alongamento do colmo e inibição do desenvolvimento de
gemas laterais. Com o desenvolvimento da brotação, as
auxinas sintetizadas na gema apical, com transporte po-
lar basípeto, induzem a alongação dos tecidos (entrenós),
podendo inibir a emergência das gemas laterais através
da dominância apical, processo pelo qual complexo do
hormônio no ápice promoveria um carregamento prefe-
rencial de carboidratos para essa região em detrimento
as gemas laterais (Miller; Gilbert, 2009).
Cinco diferentes estádios fenológicos da cultura durante
o desenvolvimento dos perfilhos foram identificadas por
a 30 dias se inicia a emergência do perfilho primário na
superfície do solo e, simultaneamente ao seu crescimento,
a partir da base do colmo, observa-se o desenvolvimento
de novas raízes e o desenvolvimento de outros perfilhos
(Segato et al., 2006).
A variabilidade genética pode resultar em comporta-
mentos diferenciados tanto na brotação da cana planta
como na soqueira. Silva et al. (2004) relatam que mesmo
sobre condições ambientais idênticas, a brotação pode
ser diferente entre as variedades. Uma variedade que
vem sendo muito plantada pelos produtores da região
Centro- Sul é a RB855156 devido ao alto potencial
produtivo, elevado teor de sacarose e precocidade de
maturação. Entretanto, esta tem apresentado sérios pro-
blemas de brotação, acarretando em perda de grande
parte de sua produção de cana planta ou má formação
do estande inicial (Silva et al., 2004). Além de conside-
rar os fatores genéticos, outras características devem
ser levadas em consideração para se obter uma boa
brotação, como a idade da muda, umidade do tolete,
posição da gema, concentração de nutrientes e açúcares
como reserva dos toletes.
Na questão do manejo deve-se levar em consideração o
armazenamento e a nutrição das mudas. A preocupação
de se planejar o plantio é de fundamental importância
para o bom rendimento da brotação sendo que os pro-
dutores de cana-de-açúcar precisam estar atentos ao
tempo que sua muda irá ficar armazenada até sua dis-
tribuição no sulco de plantio. Santos (1983) desenvolveu
um trabalho sobre brotação e desenvolvimento inicial da
cana-de-açúcar influenciados pelo ambiente, tempo de
armazenamento e tamanho de toletes. Foi observado que
a resistência das mudas ao armazenamento aumentou
com o tamanho de estaca, enquanto a eficiência da
germinação foi reduzida em razão do tempo em que
permaneceram armazenadas.
Na fase de brotação os aspectos nutricionais dos toletes
são importantes para um bom crescimento e desenvol-
vimento das gemas. Alguns estudos mostram que altas
doses de nutrientes, principalmente o nitrogênio no
plantio das mudas, podem aumentar a porcentagem
e a velocidade de brotação (Camargo, 1970; Rugai;
Orlando Filho, 1971; Machado, 1976). Sendo, portan-
to, ideal a montagem de viveiro de mudas em solos de
alta fertilidade para se atender as melhores condições
nutricionais das mudas.
Hoje existem técnicas usuais como a aplicação de regula-
dores vegetais e estimulantes adicionados a minerais que
auxiliam na fisiologia da brotação. Silva et al. (2010a),
trabalhando com biorreguladores associados a fertili-
zantes líquidos, obtiveram aumento da produtividade
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12. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
12
Fenologia da Cana-de-açúcar
A radiação solar é um fator climático importante na
formação e crescimento dos perfilhos. A variação da
densidade de perfilhos nestas fases varia de acordo
com a intensidade luminosa, sendo que, em condições de
maiores intensidades luminosas a cultura pode promover
a foto-oxidação do ápice, reduzindo o alongamento e
aumentando o número de perfilhos (Bezuidenhou et al.,
2003).
Por outro lado, a baixa luminosidade reduz drastica-
mente a emissão de novos perfilhos (Câmara, 1993), o
auto-sombreamento induz inibição do perfilhamento por
competição intraespecífica e acelera o crescimento do
colmo principal (Rodrigues, 1995).
Dillewjn (1952) explica o mecanismo em que a inten-
sidade luminosa afeta o perfilhamento. Considerando
que as auxinas produzidas no apice da planta é que
são responsáveis pelo perfilhamento e estas descem em
fluxo continuo promovendo o alongamento dos colmos e
impedindo o desenvolvimento das gemas laterais, sendo
que sob alta intensidade luminosa o fluxo de auxinas do
apice para as partes basais diminui, consequentemente
Bezuidenhou et al. (2003), seguindo a ordem sequencial,
fase 1 de pré-germinativo (final da colheita da muda
e início para a germinação do primeiro broto), durante
esta fase as gemas permanecem dormentes; fase 2 de
pré-emergência (germinação de gemas até a emergência
do primeiro perfilho primário); fase 3 de surgimento de
perfilhos primários (primeiros afilhamentos até a emer-
gência do último perfilho primário); fase 4 de surgimento
de perfilhos secundários (aparecimento dos últimos per-
filhos primários à senescência desses perfilhos),e fase 5
de senescência de perfilhos (senescência dos primeiros
perfilhos à colheita).
A fase de perfilhamento intenso das touceiras ocorre
quando atingem o máximo da produção de novos per-
filhos, chegando algumas variedades a produzir 20 ou
mais perfilhos por touceira. A partir do ponto máximo
de perfilhamento, a competição entre perfilhos pelos
fatores de crescimento (luz, espaço, água e nutrientes)
torna-se elevada, de maneira que se constata a redução
do perfilhamento através da diminuição e paralização
desse processo, além de morte dos perfilhos mais jovens
(Castro; Christofoletti, 2005).
Perfilho
primário
Perfilho
secundário
Perfilho
secundário
Raízes dos perfilhos
Tolete
Raízes dos toletes
Figura 3. Tolete de cana-de-açúcar em processo de perfilhamento e forma-
ção do sistema radicular. Fonte: Dillewijn (1952).
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13. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
13
Fenologia da Cana-de-açúcar
os perfilhos que estão mais desenvolvi-
dos continuam o crescimento em altura
e espessura (Bezuidenhou et al., 2003).
Na questão do manejo varietal, o perfilhamento pode
variar de variedade para variedade, dependendo das
características genéticas (Casagrande, 1991). Segundo
Terauchi et al. (1999), o elevado perfilhamento é uma
característica inadequada para a obtenção de cultivares
melhoradas, pois promoveria um gasto energético para
a produção destes perfilhos, não representando uma
correlação positiva com o aumento de produtividade
da cultura. Além do efeito genético, a época de plantio
e a época de corte da cana planta ou das soqueiras,
influem no perfilhamento e no número final de colmos
industrializáveis (Machado et al., 1982; Câmara, 1993).
A prática de espaçamento correto no plantio proporciona
maiores produtividades e a irrigação na cana-de-açúcar
proporciona melhor brotação da cana planta e um melhor
perfilhamento da soqueira nos primeiros seis meses de de-
senvolvimento (Galvani et al., 1997; Soares et al., 2004).
2.3. Crescimento e Desenvolvimento da parte aérea
As relações hídricas desempenham papel importante
na alongação dos perfilhos e no crescimento final dos
colmos da cana-de-açúcar. Ramesh e Mahadevaswamy
(2000) relatam que ainda que em condições de estresse
hídrico, os tecidos de elongamento meristemático, en-
contrados em maior grau nos intrenós em expansão são
os mais severamente afetados. Em estudo realizado em
cana-de-açúcar sob déficit hídrico em condições foram
observaram redução no alongamento do colmo e menor
desenvolvimento foliar (Inman-Bamber, 2004).
Em estudo de diferentes estádios fenológicos da cultura
em condição deficiência hídrica do solo, Machado et al.
(2009) verificaram a redução na matéria seca do colmo
e no conteúdo de sólidos solúveis ocasionada pela re-
dução da fotossíntese, o que causou menor produção de
fotoassimilados necessários para o crescimento do colmo
e produção de sacarose. Inman-Bamber; Smith (2005)
relatam que a suscetibilidade da cana-de-açúcar à de-
ficiência hídrica é maior quando as plantas estão na fase
de alongamento dos colmos, o que causa sérios prejuízos
na produção de fitomassa e no rendimento de sacarose
Sabe-se que a alongação celular e o crescimento da
cultura são intimamente ligados aos níveis de umidade
do solo, quanto maior a disponibilidade hídrica do solo
maior o crescimento da cultura. Por outro lado, quanto
mais prolongado for o período de estiagem, maior será
a formação de nós e entrenós muito curtos e próximos
entre si, diminuindo drasticamente o volume de parênqui-
ma para armazenamento de sacarose (Câmara, 1993).
ocorre o decréscimo no grau de inibição das gemas la-
terais, resultando na formação dos perfilhos.
Ao estudar as características ideais de crescimento de
cultivares de cana-de-açúcar, Terauchi e Matsuoka (2000)
observaram que a taxa de perfilhamento reduziu drasti-
camente com o fechamento do dossel, porém as taxas de
alongamento do colmo mais velho aumentaram quando
perfilhos começaram a experimentar a competição por
luz. Inman-Bamber (1994) também observou que a senes-
cência de perfilhos jovens pode ser esperada quando o
dossel intercepta menos de 70% da radiação recebida.
O perfilhamento, assim como a brotação das gemas, é
fortemente influenciado por variações de temperatura.
A formação e crescimento dos perfilhos, diâmetro e
número de entrenó são favorecidos pelo aumento da
temperatura até o máximo de 30°C (Liu et al., 1998),
temperaturas abaixo de 20C° podem promover a pa-
ralisação do crescimento dos perfilhos (Câmara, 1993).
Efeito similar foi observado por Almeida et al. (2008)
que verificaram temperaturas ótimas de 25,5°C e 27°C
para o desenvolvimento do perfilho, combinados com o
suprimento hídrico adequado. Segundo Camargo (1970),
em condições de baixa temperatura, por ocasião do
perfilhamento, deve-se plantar em profundidades rasas,
para que a luminosidade contrabalance os efeitos da
baixa temperatura.
O estresse hídrico também pode causar redução na
emissão de novos perfilhos, pois a falta de água cessa
a divisão e o alongamento celular impedindo a diferen-
ciação e o crescimento dos tecidos que darão origem
as novas estruturas dos perfilhos. Durante o período de
perfilhamento a cultura exige uma grande quantidade
de água para que ocorra o seu pleno estádio de desen-
volvimento vegetativo (Bezuidenhou et al., 2003). Ramesh
e Mahadevaswany (2000), estudando o efeito da seca
nas diferentes fases do ciclo da cana-de-açúcar, cons-
tataram que os cultivares que perfilham menos, além de
apresentarem menores porcentagens de mortalidade dos
perfilhos, tinham perfilhos com maior estatura, diâmetro
de colmo e maior massa seca, indicando uma correlação
positiva com os cultivares mais produtivos.
O perfilhamento começa a partir de cerca de 40 dias
após o plantio e pode atingir pico em cerca de 3-5 meses
sob condições favoráveis de chuva, como foi constatado
em vários estudos (Oliveira et al., 2004; Silva et al.,
2008; Almeida et al., 2008). De acordo a Silva et al.
(2008), o aumento no perfilhamento pode ocorrer até
seis meses de idade, e posterior redução de cerca de
50%, seguida de estabilização tanto em cana-planta
quanto em cana-soca, a partir dos nove meses (Castro;
Christofoleti, 2005). Com a estabilidade desse estádio,
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14. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
14
Fenologia da Cana-de-açúcar
A eficiência de crescimento da cultura é determinada
pela quantidade de radiação solar interceptada e sua
conversão em matéria seca, sendo a eficiência de seu uso
no processo de fotossíntese o principal motor da acumu-
lação de biomassa (Sinclair et al., 2004; Heerden et al.,
2010). Segundo Singels et al. (2005), o desenvolvimento
do dossel é regulado essencialmente pela temperatura e
radiação, podendo sofrer interferência no seu desenvolvi-
mento pela cultivar, densidade de plantio (espaçamento),
o estado hídrico e nutricional.
A curva de crescimento da cana-de-açúcar em função do
tempo apresenta como característica a forma sigmóide
(Silva et al., 2005). Segundo Machado et al. (1891),
esta pode ser divida em três fases: fase inicial, em que
o crescimento é lento (até 200 dias após o plantio); fase
de crescimento rápido (entre 200 a 400 dias após o
plantio), onde 75% de toda matéria seca é acumulada,
e fase final (entre 400 e 500 dias após o plantio) em
que o crescimento é novamente lento, acumulando 11 %
de toda fitomassa. A produção da cultura da cana-de-
açúcar está diretamente relacionada ao desenvolvimento
da área foliar, altura e quantidade de colmos por uni-
dade de área.
O aumento do índice de área foliar em cana-de-açúcar
é rápido, ocorrendo durante três a cinco meses do seu
cultivo (Inman-Bamber, 2004). Estudos mostram que a
área foliar da cana-de-açúcar aumenta no período de
grande crescimento da cultura, quando verificam-se os
maiores índice de área foliar e números de folhas nesse
período, ou seja, alta eficiência fotossintética (Sinclair
et al., 2004; Silva et al., 2005; Oliveira et al., 2005),
entretanto resultados mostraram que com o passar do
tempo a capacidade fotossintética da cana-de-açúcar
decresce, representada pela diminuição da área foliar
(Silva et al., 2005; Oliveira et al., 2005). Os autores
sugerem que a capacidade fotossintética diminui com o
desenvolvimento da cultura, pois a planta está também
mantendo outros órgãos, que não foliares, que deman-
dam energia, e que são chamados de drenos, como os
colmos, raízes e folhas velhas.
A dependência da emissão de folhas em função da
temperatura foi confirmada por vários estudo (Inman-
Bamber, 1994; Sinclair et al., 2004). Os autores consta-
taram que a temperatura mínima base necessária para
o inicio do desenvolvimento foliar é 10,8°C. Quando a
planta é submitida à temperaturas mais baixas resulta em
restrição sobre a taxa de desenvolvimento da área foliar.
A restrição hídrica também afeta diretamente o desen-
volvimento foliar. Sabe-se que períodos de seca durante
a safra, afeta negativamente o desenvolvimento do
dossel pela desaceleração da produção de novos brotos
Durante a fase adulta dos colmos no período final de
maturação, uma nova fenofase pode ser registrada com
o aparecimento de brotões (chupão), esses são brotos de-
senvolvidos após a estabilização dos colmos principais na
cultura, e cujo comportamento é similar ao de uma cana
jovem (Carlin et al., 2008). Esses brotões diferenciam dos
perfilhos do inicio do crescimento pois apresentam caules
mais grossos e folhas mais largas e curtas do que os dos
colmos principais (Bonnett et al., 2005).
Dentre os fatores externos de estímulo ao aparecimen-
to desses brotões destaca-se os elevados períodos de
precipitações (Berding et al., 2005; Bonnett et al., 2005;
Carlin et al., 2008) que elevam a umidade do solo. Em
adição, o aumento da disponibilidade de nitrogênio no
final do ciclo da cultura, eleva a incidência de luz e vento
sobre as touceiras, que favorecem o tombamento das
plantas adultas, favorecendo o aparecimento dos brotões
(Berding et al., 2005). Ao serem colhidos juntamente com
a cana madura, há uma tendência para diminuição da
qualidade da matéria-prima, devido ao reduzido teor
de sacarose e elevado teor de açúcares redutores nos
mesmos (Berding et al., 2005).
As folhas constituem-se os órgãos assimiladores da cana-
de-açúcar, e surgem a partir do meristema apical de
cada colmo, formada de lâmina e bainha. O número de
folhas por colmo é pequeno em plantas jovens e aumenta
à medida que o colmo cresce, atingindo um número má-
ximo de 10 ou mais folhas por colmo, dependendo da
variedade e condições de crescimento (Miller; Gilbert,
2009).
O estádio de desenvolvimento das folhas ocorrem ao
mesmo tempo que o perfilhamento e alongação do colmo,
coincidindo com o período de maior desenvolvimento da
cultura (Bezuidenhout et al., 2003). O crescimento das
plantas depende da conversão da energia luminosa
e energia química, cuja intensidade é proporcional à
interceptação capturada da luz pelo dossel da cultura
(Smit; Singels, 2006).
Bezuidenhout et al. (2003) sugerem três fases fenológicas
para a parte aérea da cana-de-açúcar em relação ao
desenvolvimento do dossel e densidade do perfilho. Essas
são: fase 1 de emergência da parte aérea primária que
coincide com o período de desenvolvimento de perfilhos
primários, os quais surgem a partir de gemas ou brotos
subterrâneos; a fase 2 de emergência da parte aérea se-
cundária, definida como a continuação do desenvolvimen-
to de perfilhos primário e estabelecimento dos perfilhos
secundários. E por último a fase 3 de senescência foliar
que ocorre devido à competição por luz pelos perfilhos.
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15. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
15
Fenologia da Cana-de-açúcar
param de crescer iniciando a produção
de inflorescência, passa de vegetativo
para reprodutivo (Miller; Gilbert, 2009).
Embora essa seja uma característica
desejável sob o ponto de vista do melhorista, trata-se
de um fenômeno indesejável em áreas comerciais, uma
vez que nos processos de formação e emissão da inflo-
rescência ocorre elevado consumo de sacarose e redução
do volume do caldo resultando no aumento do teor de
fibras (Araldi et al., 2010).
Diversos fatores contribuem para o florescimento de cana
tais como: a pré-disponibilidade da variedade para
florescer, idade mínima, fotoperíodo e intensidade de
luz, temperatura, umidade e fertilidade do solo, estado
nutricional da planta e altitude, sendo o fotoperíodo o
fator crítico que determina o momento da indução (Araldi
et al., 2010).
A indução floral, as hibridações e produção de semen-
tes de cana-de-açúcar ocorrem somente sob condições
específicas de temperatura e fotoperíodo. Nas regiões
tropicais, o florescimento ocorre naturalmente enquanto
nas regiões sub-tropicais e temperadas, o fotoperíodo
deve ser gerado por meio de câmaras de crescimento
(Berding; Hurney, 2005). Aliado ao florescimento ocorre
o processo de isoporização, mais conhecido como cho-
chamento, processo que causa a desidratação do tecido
e consequente perda no peso final; este processo ocorre
de cima para baixo no colmo podendo variar conforme
a variedade (Caputo et al., 2007).
A cana-de-açúcar é considerada termossensível para
a indução floral, sendo necessárias temperaturas ideais
principalmente no período noturno. Dentro desse perí-
odo fotoindutivo, a variação de temperatura é muito
importante no intervalo noite-dia, em que quanto maior o
número de dias com temperaturas mínimas acima de 18°C
e temperaturas máximas abaixo de 31°C, melhor será a
condição de florescimento e quanto menor for a amplitude
de variação térmica, melhor a condição de indução ao
florescimento. Se associado à temperatura houver bom
suprimento de água nas plantas haverá boas condições
para a indução do florescimento (Azevedo, 1981).
Nos locais onde ocorre florescimento profuso, a tempera-
tura mínima raramente fica abaixo de 18°C e a máxima
nunca ultrapassa os 32 a 35°C (Levi, 1983). Em relação
à latitude, Rodrigues (1995) relatam que em latitudes
maiores, o florescimento é sazonal, ocorrendo, principal-
mente, quando o fotoperíodo diminui, isto é, quando as
plantas estão concluindo o período vegetativo. Segundo
Clements e Awada (1965), o florescimento geralmente é
mais profuso em latitudes de 5-15 graus, especificamente
entre 7 e 8 graus.
e folhas e pela acelerada senescência da parte aérea
(Inman-Bamber, 2004).
Smit e Singels (2006), estudando o desenvolvimento fe-
nológico da cana-de-açúcar durante o estresse hídrico,
verificaram o aumento da senescência foliar e redução
da área foliar. Estes resultados estão de acordo com
Machado et al. (2009) que também constataram uma
acentuada senescência foliar e restrição ao surgimento
de novas folhas no período de seca. Colaborando nesse
entendimento, Robertson et al (1999) observaram que
com a suspensão da irrigação ocorreu a queda linear
da produção de folhas e perfilhos, pois ocorre redução
na massa seca das folhas e diminuição da área foliar.
Os fatores genéticos das plantas influenciam no cresci-
mento da parte aérea da cana-de-açúcar, e dependendo
do ciclo de maturação da variedade pode interferir no
acúmulo de matéria seca. Variedades de maturação
precoce acumulam sacarose antecipadamente, podendo
produzir menos biomassa por área comparada a uma
variedade tardia.
Em relação ao manejo da adubação, os picos de absor-
ção de nutrientes acontecem nesta fase, sendo que para
a cana-planta a absorção da maioria dos elementos
minerais ocorre dos nove meses em diante, enquanto para
a cana-soca o pico de absorção processa-se na primeira
metade do ciclo da cultura, ou seja, do zero aos seis me-
ses de idade. Deve-se atender ao equilíbrio nutricional
no período de grande crescimento, pois o excesso de
componentes minerais como o caso do nitrogênio pode
causar um crescimento excessivo da planta atrasando o
período de maturação, prejudicando a qualidade da
matéria-prima, pela diminuição do teor de sacarose dos
colmos (Casagrande, 1991).
2.4. Emergência da inflorescência e florescimento
A cana-de-açúcar forma uma panícula aberta tipo in-
florescência, cuja forma, grau de ramificação e tamanho
são altamente específicos de cada variedade. A inflo-
rescência consiste de um eixo principal com ramificações
primárias e secundárias. Presas as ramificações estão as
espiguetas arranjadas em pares que contêm as flores
individuais (Miller; Gilbert, 2009). As flores hermafroditas
se apresentam numa inflorescência terminal tipo panícula,
bem ramificada e com formato conoidal, o órgão mas-
culino é constituído por três estames que sustentam uma
antera cada um (Mozambani et al., 2006).
O florescimento é uma característica genética da cana-
de-açúcar existindo variedades floríferas e não floríferas.
Ocorre quando a planta atinge uma maturação relativa
de desenvolvimento, nesse momento os primórdios foliares
_projeto1.indb 15 13/10/10 10:21
16. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
16
Fenologia da Cana-de-açúcar
quando se combinam altas doses de nitrogênio com a sus-
pensão da irrigação, em período adequado. Em relação
ao potássio, o comportamento no florescimento é variável
em função da variedade utilizada. Doses altas de po-
tássio aumentam o índice de florescimento em algumas
variedades, mas diminuiu em outras (Araldi et al., 2010).
2.5. Maturação
Os colmos que sobrevivem à forte competição da fase
de perfilhamento intenso continuam seus processos de
crescimento e desenvolvimento, acumulando cada vez
mais sacarose em seus entrenós, à medida que estes vão
amadurecendo (Inman-Bamber et al., 2009). O colmo é
considerado o fruto agrícola da cana-de-açúcar, constitui-
se num reservatório, órgão de armazenamento dos foto-
assimilados (sacarose) (Rodrigues, 1995; Inman-Bamber,
2004), apresenta uma estrutura cilindrica, é ereto, fibroso
e constituído de nós e entrenós; a altura varia de 1,0 a
5,0m e o diâmetro pode variar desde menos de 1,0 cm
até 5,0 cm (Miller; Gilbert, 2009).
Uma sucessão de entrenós em diferentes estádios fisio-
lógicos compõe o colmo, isto é, entrenós maduros, em
maturação e imaturos. Os entrenós imaturos, localizados
na região do colmo com folhas verdes, são fibrosos, com
alta concentração de hexose e baixa concentração de
sacarose (Inman-Bamber, 2004). À medida que estes
entrenós se desenvolvem sua taxa de crescimento dimi-
nui progressivamente, até ser nula, quando os entrenós
amadurecem (Heerden et al., 2010).
Ocorre nessa fase a perda de umidade do colmo que é
equilibrado por ganho de sacarose e de fibras, o ama-
durecimento prossegue da parte inferior para a parte
superior, portanto, a inferior contém mais açúcares do
que na parte superior (Lisson et al., 2005). As cultivares
modernas de cana-de-açúcar, sob condições ideais, são
capazes de armazenar sacarose nos tecidos do parên-
quima do caule até 62% do peso seco ou 25% do peso
fresco (Moore, 2005).
A cana-de-açúcar em função do seu ciclo perene sofre
influência das variações climáticas durante todo ano. Para
atingir alta produção de sacarose a planta precisa de
temperatura e umidade adequadas para permitir o má-
ximo crescimento na fase vegetativa, seguida de restrição
hídrica ou térmica para favorecer o acúmulo da sacarose
no colmo na época do corte (Inman-Bamber; Smith, 2005).
Por ser uma planta do tipo C4, possui alta eficiência fo-
tossintética a ponto luminoso elevado (Mccormick et al.,
2008). Na realização da fotossíntese ocorre à produção
de carboidratos que será usado primeiramente no de-
A panícula, também chamada de bandeira ou flecha
da cana-de-açúcar, é sensível a diferentes fotoperíodos
desde o período de indução até o inicio do alongamento,
sendo que o estádio inicial de diferenciação do meristema
vegetativo em reprodutivo exige comprimento de dia in-
termediário e o estádio mais avançado da formação da
panícula e da inflorescência necessita que o comprimento
do dia seja curto (Mozambani et al., 2006). A condição
básica para florescer é que o fotoperíodo indutivo ocorre
quando a duração do dia decresce de 12,8 para 12,3
horas de luz. O número de horas de luz/escuro que induz
o florescimento em cana-de-açúcar difere de variedade
para variedade (Clements; Awada, 1965).
Em relação à umidade do solo, Rodrigues (1995) relata
que a deficiência hídrica durante o ciclo indutivo, atrasa
e reduz o florescimento. Logo, uma técnica aplicada em
locais onde há irrigação, é suspender a irrigação (du-
rante os três meses anteriores à indução floral) a fim de
se provocar enorme tensão ou estresse hídrico na planta,
evitando o florescimento. Esta técnica pode apresentar
alguns problemas, como a cana-de-açúcar, mesmo em
déficit hídrico, pode florescer ou florescer mais tarde ou,
ainda, não se recuperar devido ao estresse proporcio-
nado pela seca.
No processo de florescimento da cana-de-açúcar, as
células meristemáticas apicais passam por estímulos de
diferenciação deixando de produzir folhas e colmos
para formar a inflorescência. É importante detectar o
momento desta diferenciação para que se faça o ma-
nejo adequado através de aplicações de reguladores
vegetais e inibidores do florescimento. Caputo et al.
(2007) avaliaram a eficácia de etefon e sulfometuron-
metil na maturação, no florescimento, na isoporização e
na produtividade de sete genótipos de cana-de-açúcar.
Identificaram respostas diferenciadas dos genótipos em
relação aos maturadores, no sentido que, entre aqueles
que floresceram e isoporizaram, apenas houve controle
total desses fatores no SP80-1842, enquanto no IAC87-
3396 houve controle total do florescimento e parcial da
isoporização, com maior eficiência para o sulfometuron-
metil. Por outro lado, houve controle parcial e semelhante
do florescimento pelos dois produtos no genótipo IAC89-
3124, porém a isoporização foi mais bem controlada
pelo etefon.
A nutrição das plantas pode afetar a emissão das inflo-
rescências, principalmente em relação ao nitrogênio. De
acordo com Araldi et al. (2010), altas doses de nitrogê-
nio alteram a relação carbono/nitrogênio, diminuindo o
florescimento, assim como os demais minerais também
têm relações com o florescimento na cana-de-açúcar.
Alexander (1973) observou que há menor florescimento
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17. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
17
Fenologia da Cana-de-açúcar
Os nutrientes minerais influenciam a ma-
turação da cana-de-açúcar de acordo
com a época em que estão disponíveis
às plantas. O excesso de nitrogênio
principalmente em cobertura estimula o crescimento ve-
getativo da planta retardando o processo de maturação.
A aplicação de vinhaça pode interferir no processo de
acúmulo de sacarose, por ser composta de água, matéria
orgânica, nitrogênio e, principalmente, potássio.
Atualmente a utilização de maturadores químicos, defini-
dos como reguladores vegetais, destaca-se como sendo
uma ferramenta importante, visando o manejo da colhei-
ta, antecipação da maturação de certas variedades e
promove melhorias na qualidade da matéria-prima (Leite,
2005; Leite et al., 2009; Silva et al., 2010b). Caputo et
al., (2008) trabalharam com reguladores vegetais em
resposta a genótipos de cana-de-açúcar buscando a
indução da maturação, concluíram que o emprego dos
maturadores antecipou a colheita de cana-de-açúcar em
pelo menos 21 dias, em relação à testemunha.
3. Considerações finais
A cada ciclo de desenvolvimento a cultura da cana-de-
açúcar é submetida a diferentes condições ambientais.
O ambiente em que a cultura está instalada promove
diferentes respostas nas plantas dependendo do seu
estádio fenológico. Pode-se constatar neste estudo a
nítida influência dos fatores ambientais nos diferentes
estádios da cultura, como a restrição hídrica que pode
causar limitação no comprimento dos entrenós do colmo,
a temperatura que é o fator de maior importância para
o acúmulo de sacarose na maturação e na fase inicial
de brotação, e que a radiação solar tem fator de im-
portância no processo de fotossíntese na folha e a baixa
luminosidade reduz drasticamente a emissão de novos
perfilhos. Assim, estudos desta natureza, são fundamentais
para compreender os processos do potencial fotossintéti-
co e de produção de biomassa na cana-de-açúcar e suas
relações com o ambiente em que estão se desenvolvendo,
permitindo a ampliação dos conhecimentos sobre sua
adaptabilidade às condições de cultivo.
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senvolver folhas e raízes, em seguida os carboidratos são
cada vez mais divididos entre matéria seca estrutural e
acúmulo na forma de açúcares no colmo. Portanto, quanto
maior for a saturação luminosa, mais fotossíntese será
realizada contribuindo assim para o aumento na taxa de
sacarose acumulada durante a maturação dos entrenós,
refletindo diretamente em ganho econômico da cultura
(McCormick et al., 2008; Moore, 2005).
De acordo com Inman-Bamber (2009), as taxas fotossin-
téticas das folhas jovens e maduras não podem explicar
as diferenças no armazenamento de sacarose. Isso pode
ser explicado pelas diferenças na fotossíntese em nível
de planta inteira ou pelas diferenças que ocorrem dentro
do colmo ou no sistema de transporte entre a fonte de
fotoassimilados nas folhas e da deposição dos fotoassi-
milados dentro do colmo (Moore, 2005).
A temperatura é talvez o fator mais efetivo para expli-
car o acúmulo de sacarose na cana-de-açúcar. O tempo
frio retarda o desenvolvimento do colmo e melhora o
teor de sacarose (Yamori et al., 2005). De acordo com
Alexander (1973), o processo de maturidade fisiológica
depende da redução da temperatura do ar, diminuindo
a taxa de desenvolvimento vegetativo, sem, no entanto,
significativamente afetar o processo de fotossíntese, de
modo que uma maior quantidade de produtos fotossin-
tetizados transformados em açúcares estará disponível
para o armazenamento nos tecidos da planta.
Em estudos realizados sobre a influência da baixa
temperatura na maturação por Uehara et al. (2009) foi
verificado que quando a cana-de-açúcar foi aclimatada
em temperaturas baixas de 15,3ºC no periodo da noite
e 26,6ºC durante o dia, essas temperaturas induziram
baixas taxas fotossintéticas durante o dia, e as taxas de
respiração foram maiores durante a noite quando com-
paradas com o controle. Os autores constataram também
que a temperatura baixa diminuiu tanto o comprimento
de caule e matéria fresca, mas aumentou a concentra-
ção de sacarose, apesar da supressão do crescimento
do caule. Portanto, sugerem que desde o crescimento
do caule é suprimido, o caminho da síntese da sacarose
é ativado por uma temperatura baixa se de dia ou de
noite, assim mais fotoassimilados são direcionado para
a produção de sacarose.
Quando as condições ambientais começam a ficar
desfavoráveis ao desenvolvimento vegetativo da cana-
de-açúcar, isto é baixas temperaturas e baixa umidade
do solo, a planta começa a intensificar nesse período o
acúmulo de sacarose, que geralmente ocorre de 11 a 20
meses após o plantio, conforme a época da instalação do
canavial e variedade utilizada (Câmara, 1993).
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_projeto1.indb 20 13/10/10 10:22
21. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
21
Fenologia da Cana-de-açúcar
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_projeto1.indb 21 13/10/10 10:22
22. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
22
Modelagem de variáveis climáticas, edáficas e de manejo para a predição de produtividade em cana-de-açúcar
no solo, somatória calórica e produtividade dos cortes
anteriores, estratificadas por ambientes de produção.
2. Materiais e métodos
O presente estudo foi realizado tomando como base
os dados referentes à produção de todos os cortes das
variedades de cana-de-açúcar RB845210, RB855035
e RB855113 (Tabela 1), cultivadas na região de Pira-
cicaba, SP.
Como fatores de manejo foram considerados os Am-
bientes de produção (Prado, 2005). Assim, foram ob-
tidos modelos matemáticos estratificados separando as
características qualitativas e discretas e, dentro delas,
foram analisadas as qualitativas e contínuas. Para efeito
de análise, foram agrupados os ambientes de produção
A e B (superior), C e D (médio), e E (inferior). Para cada
variedade, buscou-se o maior número possível de repeti-
ções de observações de produção sempre dentro de seus
respectivos grupos de manejo de solos. Cada variedade,
portanto, teve quantidade diferente de dados analisados
como mostra a Tabela 2.
Obtiveram-se dados climáticos decendiais referentes à
temperatura e precipitação pluvial de todos os subperí-
odos considerados juntamente com as datas de plantio
e corte de todas as variedades do estudo, estas, por
sua vez, balizaram os cálculos de somatória calórica e
balanço hídrico de todos os subperíodos.
Com base nos dados das datas de plantio, corte e tem-
peraturas previamente levantadas foram calculadas as
somatórias calóricas (graus-dia) (Vila Nova et al., 1972)
referentes aos subperíodos entre o plantio e o primeiro
corte e, entre todos os cortes de todas as variedades
para as observações (repetições) dentro de seus grupos
de manejo, segundo a fórmula abaixo:
G.D.= Σ (Tmax +Tmin)/2 – Tb (1)
onde:
G.D. = graus dia no período considerado;
1. Introdução
O desenvolvimento e a adoção de ferramentas de gestão
da produção, que necessariamente utilizam modelos de
previsão de produtividade, usados na criação de cená-
rios para planejar e dimensionar a produção de uma
unidade canavieira são fundamentais, uma vez que o
manejo da cultura envolvendo a escolha e alocação de
variedades é uma tarefa que envolve inúmeras variáveis
e, conseqüentemente, várias soluções. Cabe, portanto, aos
modelos, a obtenção de tais soluções, visando sempre
a maximização dos lucros auferidos com a atividade
(Scarpari; Beauclair, 2004).
Os modelos que se encontram neste trabalho podem ser
classificados de acordo com Sadler e Russel (1997) como
modelos de previsão de colheita que visem simulação de
planejamento via vislumbramento de possíveis cenários de
produção. Ainda, de acordo com Baier (1973) são mo-
delos empírico-estatísticos construídos a partir de séries
históricas de dados agrometeorológicos e observações de
dados de produtividade. Um modelo ideal seria aquele
que fornecesse uma resposta quantificável tal como cres-
cimento e produção da planta, baseada nos processos
físicos e fenológicos das mesmas, utilizando para tanto
o efeito de diversas variáveis agrometeorológicas e de
manejo de forma conjunta. Tais modelos seriam uma
evolução em relação aos aqui apresentados.
Portanto, há necessidade irrefutável da utilização de
modelos de previsão de safras, no entanto, estes, só
funcionam adequadamente, se forem alimentados com
dados e estimativas confiáveis (Scarpari et al., 2007).
Uma primeira aproximação se faz necessária através da
alimentação de modelos de avaliação das variáveis de
produção que sejam significativas, com dados oriundos
do campo, ou seja, de bancos de dados referentes aos
rendimentos das variedades utilizadas comercialmente,
face as possíveis interações entre planta, solo, clima e
manejo.
Desta maneira, este trabalho teve como objetivo, a
construção de modelos matemáticos de previsão da pro-
dutividade ao longo do ciclo utilizando três variedades
de cana-de-açúcar cultivadas na região de Piracicaba,
SP em função das variáveis armazenamento de água
Modelagem de variáveis climáticas, edáficas e de manejo para a
predição de produtividade em cana-de-açúcar
Paulo Eduardo Argenton1
, Edgar Gomes Ferreira de Beauclair1
*, Maximiliano Salles Scarpari2
1
Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Dept. de Produção Vegetal, Avenida Pádua Dias, 11, CP 9, Bairro
Agronomia, CEP 13.418-900, Piracicaba, São Paulo, Brasil. E-mail: egfbeauc@esalq.usp.br (*Autor correspondente) 2
Centro Avançado de Pesquisa
Tecnológica de Agronegócio de Cana, Caixa Postal 206, 14001-970 Ribeirão Preto (SP). E-mail: msscarpa@iac.sp.gov.br
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23. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
23
Modelagem de variáveis climáticas, edáficas e de manejo para a predição de produtividade em cana-de-açúcar
Tabela 1. Características das variedades empregadas no estudo.
Variedade RB845210 RB855035 RB855113
Brotação
Cana Planta
Boa Muito boa Muito boa
Brotação
Cana Soca – Colheita Manual
Boa Boa Muito boa
Brotação
Cana Soca – Colheita Mecan.
Boa Boa Muito boa
Perf. Cana Planta Médio Médio Alto
Perf. Cana Soca Médio Médio Alto
Velocidade de Cresc. Regular Rápido Lento
Porte Regular Médio Médio
Hábito de Cresc. Ereto Ereto Ereto
Fechamento Entrelinhas Bom Bom Bom
Tombamento Eventual Raro Raro
Produção Agrícola Alta Média Alta
Maturação Precoce Precoce Média
Teor de Açúcar Alto Alto Alto
Teor de Fibra Médio Médio Baixo
PUI Longo Curto Médio
Floração Ausente Freqüente Raro
Chochamento Ausente Médio Pouco
Adaptabilidade Ampla Ampla Alta
Estabilidade Regular Boa Boa
Resitência a seca Média Média Média
Herbicidas Tolerante Tolerante Sensível
Época de Corte Mai-jun Abr.-maio Jul-ago
Densidade do Colmo alta média alta
Despalha Boa Regular Regular
Ambiente de Produção Média restrição Sem restrição Média restrição
Tabela 2. Número de observações analisadas por variedade, cortes e ambientes de produção.
Variedade Número de observações por ambiente de produção
Ambiente A + B Ambiente C + D Ambiente E
RB85-5035 - 58 233
RB84-5210 21 88 190
RB85-5113 - 220 264
- variedade não cultivada no ambiente de produção correspondente.
Tmax = temperatura máxima diária;
Tmin = temperatura mínima diária;
Tb = temperatura basal da cana-de-açúcar.
Foram calculados os balanços hídricos decendiais da
região de cultivo, via método de Thornthwait e Matter
(1955), considerando diferentes capacidades de água
disponível no solo - CAD de 100, 75 e 50 mm, de acordo
com o grupo de manejo no qual as variedades foram
cultivadas. Ou seja, foi utilizado CAD de
100 mm para os grupos A e B, CAD de
75 mm para os grupos C e D, e, final-
mente, CAD de 50 mm para o grupo E.
De posse desses dados obteve-se o armazenamento de
água no solo compreendido entre o plantio e o primei-
ro corte e entre todos os cortes das variedades e suas
repetições dentro de seus ambientes de produção além
dos dados finais de rendimento em toneladas de colmo
por hectare - TCH para todas as repetições de todos os
cortes e variedades em todos os ambientes de produção.
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24. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
24
Modelagem de variáveis climáticas, edáficas e de manejo para a predição de produtividade em cana-de-açúcar
y = toneladas de cana por hectare do corte n;
gd = graus dia do período considerado;
bh = armazenamento de água no solo no período con-
siderado;
corte = produtividade do corte n-1;
corte2
= produtividade do corte n-1 elevado ao qua-
drado;
** = modelo significativo a menos de 1%.
Os dois modelos calculados foram significativos e todas
as variáveis independentes que compõem os mesmos
apresentaram significância a menos de 15%. Nota-se
que a produtividade dos cortes anteriores foi um fator
que afetou sobremaneira os resultados obtidos, sendo o
armazenamento de água no solo um fator de influência
positiva apenas nos ambientes C e D, possivelmente devi-
do às melhores condições do solo por melhor capacidade
de retenção de água (maior CAD) comparativamente
ao ambiente E.
3.2. Variedade RB845210
Os modelos de previsão de produtividade para a va-
riedade RB845210 encontram-se representados pelas
eq. (5), (6) e (7).
• Ambientes de produção A e B:
y 0,5
= 390,35144– 0,04323gd – 15,48670corte (5)
R2
= 0,7699**
• Ambientes de produção C e D:
y 0,5
= 360,89887 – 33,19894corte + 2,85392 corte2
(6)
R2
= 0,4487**
• Ambiente de produção E:
y 0,5
= 363,45616– 43,67745 corte + 4,05331 corte2
(7)
R2
= 0,4505**
Os três modelos calculados foram significativos, e todas
as variáveis independentes que compõem os mesmos
apresentaram significância a menos de 15%. Nota-se
nos modelos que a variável corte novamente explicou
Construíram-se modelos matemáticos de previsão de
produtividade via regressão linear múltipla por método
“Stepwise” com auxílio do Software “Statistical Analisys
System” – SAS, versão 6.11 (SAS INSTITUTE, 1989),
referentes à interação das variáveis graus dia - GD,
armazenamento de água no solo - BH e produtividade
dos cortes anteriores, segundo a equação abaixo:
y j, k, l
= a + jbh + kgd + lcorte + mcorte2
(2)
onde:
y = produção de cana-de-açúcar (em toneladas por
hectare);
a = intercepto (corte 1);
bh = armazenamento de água no solo;
gd = graus dia;
corte = corte da cana-de-açúcar;
corte2
= corte da cana-de-açúcar elevado ao quadrado;
j, k, l, m = coeficientes calculados.
3. Resultados e discussão
Segue abaixo os modelos de previsão de produtividade
das três variedades de cana-de-açúcar obtidos neste
trabalho. Vale lembrar que tais modelos, de acordo com
USDA (1978) encontram-se no primeiro estágio da mode-
lagem, ou seja, estão com nível de precisão aproximado
e não testado, assim, ainda há espaço para evolução
para um segundo nível, ou seja, de validação e predição.
3.1. Variedade RB855035
Os modelos de previsão de produtividade para a va-
riedade RB855035 encontram-se representados pelas
eq. (3) e (4).
• Ambientes de produção C e D:
y 0,5
= 196,590 + 0,05658bh – 5,49947corte R2
=
0,1592 (3)
• Ambiente de produção E:
y 0,5
= 453,60234 – 0,01058gd– 89,57240corte +
10,47776 corte2
R2
= 0,5595** (4)
onde:
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25. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
25
Modelagem de variáveis climáticas, edáficas e de manejo para a predição de produtividade em cana-de-açúcar
efeito sobre a produtividade e precisam
ser modelados. Apesar do agrupamento
das áreas produtivas em ambientes de
produção, há ainda, outros fatores de
manejo, que não foram contemplados nessa pesquisa,
portanto, são causas de variações não explicadas pelos
modelos desenvolvidos neste trabalho, como por exemplo,
a utilização de irrigação com vinhaça, a compactação
causada pelo maquinário agrícola, a época da colheita
(se úmida ou seca), o tipo de colheita (se manual ou me-
cânica), o uso de fogo para despalha, a presença e o
controle de plantas daninhas, a ocorrência e o controle de
pragas de solo, fertilidade do solo, bem como adubação
e correção do solo, a quantidade de palha presente
após a colheita, a relação entre diâmetro dos colmos e
brotação e o perfilhamento. Portanto, são grandes áreas
de oportunidade que poderão e deverão ser abordadas
em outros estudos dessa natureza.
Santos (1981) estudou os principais fatores que causam
flutuações na produtividade da cana-de-açúcar e ob-
servou que existe uma correlação positiva entre dispo-
nibilidade hídrica e produtividade, sendo que o efeito
positivo dos anos úmidos foi de 56% e o coeficiente de
determinação foi de 0,8315, ou seja, 0,8315 das causas
de variação foram explicadas pela água, da mesma
maneira, Álvares (1975) também encontrou correlação
entre produtividade e precipitação pluvial, sendo que
51% das causas de variação foram explicadas exclusi-
vamente pela chuva. Beauclair (1991, 1994) encontrou
relações entre a produtividade da cana e alguns atributos
químicos do solo, adubação e nutrição das plantas. Tra-
balhos realizados pelo PLANALSUCAR (1986) mostram
o efeito inegável da temperatura no aumento do número
de internódios, no diâmetro e comprimento dos colmos.
Pode-se concluir que a disponibilidade hídrica e a tem-
peratura (somatória calórica) influenciam positivamente
na produção da cana-de-açúcar, no entanto, há outros
componentes da produção, que se mal manejados podem
interferir negativamente na produção final, no entanto,
se estes estiverem adequados contribuem em larga
escala para o aumento da produção, assim, os mesmos
devem ser incorporados aos modelos, para que o maior
número possível de causas de variação seja explicado.
De maneira geral, os estudos envolvendo predição da
produtividade da cana-de-açúcar, não consideram as
variáveis clima, solo, manejo, variedades e produtividade
dos cortes anteriores de forma conjunta, como foi abor-
dado neste trabalho, mas sim as analisam isoladamente,
isso logicamente, obtém-se constantemente modelos
com elevados coeficientes de determinação e com alta
correlação entre as variáveis estudadas que geralmente
são poucas, a exemplo dos resultados obtidos por Santos
grande parte das causas de variação da produtividade
da cana-de-açúcar.
3.3 Variedade RB855113
Os modelos de previsão de produtividade para a va-
riedade RB855113 encontram-se representados pelas
eq. (8) e (9).
• Ambientes de produção C e D:
y 0,5
= 366,70163 – 0,00628bh - 33,59112corte +
2,86554 corte2
(8)
R2
= 0,2608**
• Ambiente de produção E:
y 0,5
= 384,58735– 0,00689gd - 43,78228 corte +
3,61876 corte2
(9)
R2
= 0,5488**
Os dois modelos calculados foram significativos e todas
as variáveis independentes que compõem os mesmos,
apresentaram significância a menos de 15%. Nota-se
nos modelos, que a variável corte novamente explicou
grande parte das causas de variação da produtividade
da cana-de-açúcar.
Os cortes, por vezes, apresentaram maior importância na
explicação das causas da variação de produtividade da
cana do que as variáveis edafoclimáticas, isso pode ser
explicado pela grande heterogeneidade das condições
de cultivo e pelos fatores externos. Beauclair (1994), em
seu trabalho, também detectou que o número de cortes
tem um grande efeito depressivo sobre a produtividade
agrícola da cana-de-açúcar, sendo responsável por uma
redução média de 26 toneladas para cada corte, assim,
somente este efeito explica quase a metade da variação
da produtividade (r2
= 0,499) de todos os dados por
ele utilizados, desta maneira, as informações obtidas
neste trabalho de pesquisa corroboram as obtidas pelo
autor acima citado.
A grande importância de se obter coeficientes de de-
terminação estatisticamente significativos, é que, inde-
pendentemente de seus valores ou ordem de grandeza,
as variáveis independentes têm influência comprovada
sobre a variável dependente. Mesmo que os valores
não sejam altos as variáveis estudadas têm efeito real
sobre a produtividade da cana-de-açúcar. Por outro
lado, nos casos em que os coeficientes de determinação
são baixos, há uma nítida indicação de que há outras
variáveis não incluídas na modelagem que também têm
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26. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
26
Modelagem de variáveis climáticas, edáficas e de manejo para a predição de produtividade em cana-de-açúcar
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(1981) e Álvares (1975) resultados estes que podem não
ser adequados para predizer a produtividade de uma
situação real de campo, onde há inúmeras variáveis que
influenciam no resultado final.
4. Conclusões
1. As análises foram feitas com dados oriundos de di-
versas condições edafoclimáticas, ou seja, tiveram uma
boa variabilidade espacial, fato que confere robustez
e credibilidade aos modelos;
2. Os dados, na grande maioria dos casos, tiveram bons
ajustes aos modelos, fato comprovado pelos bons R2
encontrados para condições de produção comercial no
campo e pela boa significância em todos os modelos, no
entanto, os modelos não conseguiram explicar a totali-
dade das causas de variação da produtividade;
3. A produtividade dos cortes anteriores explica grande
parte das causas de variação dos dados nos modelos
encontrados, e, reduz, nos modelos, a influência de fatores
como o armazenamento de água no solo e somatória
calórica.
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_projeto1.indb 26 13/10/10 10:22
27. Tópicos em Ecofisiologia da Cana de Açúcar
27
Zoneamento agrícola da cultura da cana de açucar para o Brasil e estimativa da produtividade
especialistas do Painel estimam que a temperatura média
global aumentará entre 1,1ºC (limite inferior do cenário
mais otimista) e 6,4ºC (limite superior do cenário mais
pessimista). O nível dos oceanos poderá subir de 0,18m
(limite inferior do cenário mais otimista) a 0,59m (limite
superior do cenário mais pessimista
O Relatório Mudança do Clima 2007: Impactos, Adap-
tação e Vulnerabilidade à Mudança do Clima, publicado
em abril de 2007 pelo IPCC, indica que “as evidências
obtidas por meio de observações de todos os continen-
tes e da maior parte dos oceanos mostram que muitos
sistemas naturais estão sendo afetados pelas mudanças
climáticas regionais, principalmente pelos aumentos de
temperatura”.
Embora algumas publicações e reuniões técnicas, colocam
em dúvida o limite máximo das alterações climáticas
previstas, é contundente que alguma coisa realmente
esta acontecendo nos padrões climáticos, e uma grande
variabilidade inter-anual e inter –espacial esta ocorren-
do. Se isto, faz parte de uma oscilação cíclica, ou se é
um padrão a que virá a ser estabelecido, não podemos
nos omitir, e mesmo se entrarmos em uma fase de aqueci-
mento, ou mesmo de resfriamento como alguns predizem
(Molion, 2009-comunicação pessoal), as instituições de
desenvolvimento tecnológico devem se preparar e de-
senvolver técnicas adaptativas às culturas.
O aquecimento global terá reflexos em setores e sistemas
diversos, como, por exemplo, os recursos hídricos (inclusive
a geração de energia), os ecossistemas, as florestas, a
produção de alimentos, os sistemas costeiros, a indús-
tria, as populações humanas e a saúde. Nesse cenário,
os países em desenvolvimento são mais vulneráveis à
mudança do clima, em função de que (i) os efeitos das
mudanças climáticas serão mais intensos no hemisfério sul,
onde se concentram as nações menos desenvolvidas e (ii)
eles têm menor capacidade – tecnológica e financeira,
por exemplo – de responder à variabilidade climática
A vulnerabilidade do Brasil manifesta-se sob diversos
aspectos, como, por exemplo: aumento da freqüência e
intensidade de eventos climáticos extremos (enchentes e
secas), com perdas na agricultura e ameaça à biodiver-
1. Introdução
O aspectos das mudanças climáticas globais vem sido
alvo de intenso estudo desde a década de 1980, assim
como os estudos e os efeitos que esta anomalia ocasiona
no planeta e as implicações para a economia e a vida
em sociedade. A Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudanças Climáticas (CQNUMC), aprovada em
1992, define mudança climática global como a “mu-
dança que possa ser direta ou indiretamente atribuída
à atividade humana, que altere a composição da at-
mosfera mundial e que se some àquela provocada pela
variabilidade climática natural observada ao longo de
períodos comparáveis”. “mercado de carbono” já se
encontrava em operação de fato, a partir de iniciativas
piloto que pretendiam ser reconhecidas com a oficiali-
zação do mercado.
De acordo com o Relatório Mudança do Clima 2007: a
Base das Ciências Físicas, publicado em fevereiro de 2007
pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima
(IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU), “os
aumentos globais da concentração de dióxido de car-
bono se devem principalmente ao uso de combustíveis
fósseis e à mudança no uso da terra. Já os aumentos
da concentração de metano e óxido nitroso são devidos
principalmente à agricultura”.
Com base nisso, os especialistas do IPCC afirmam com
uma confiança muito grande – o que, na linguagem do
relatório indica uma certeza superior a 90% – que “o
efeito líquido global das atividades humanas, em média,
desde 1750 foi de aquecimento”. Esse fenômeno mostra-
se evidente “nas observações dos aumentos das tempera-
turas médias globais do ar e do oceano, do derretimento
generalizado da neve e do gelo e da elevação do nível
global médio do mar.”
De acordo com o IPCC, é muito provável – certeza supe-
rior a 90% – “que a maior parte do aumento observado
nas temperaturas médias globais desde meados do século
XX se deva ao aumento observado nas concentrações
antrópicas de gases de efeito estufa”. Desse modo, o
IPCC reconhece que o aquecimento do sistema climático
é inequívoco e que as atividades humanas contribuem
sobremaneira para o agravamento desse processo. Os
Zoneamento agrícola da cultura da cana de açucar para o
Brasil e estimativa da produtividade
Orivaldo Brunini
Engenheiro Agrônomo – PhD Agrometeorologia, Pesquisador – Instituto Agronômico de Campinas - APTA - SAA, Presidente Fundação de Apoio à
Pesquisa Agrícola
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