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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
MESTRADO EM INFORMÁTICA APLICADA
Ítalo Matos Cavalcante Santos
T-VILO TOOL: Ferramenta Orientada a Serviços para Interação
e Produção de Conteúdos Educativos Baseada no Sistema
Brasileiro de Televisão Digital
Fortaleza
2011
FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
MESTRADO EM INFORMÁTICA APLICADA
Ítalo Matos Cavalcante Santos
T-VILO TOOL: Ferramenta Orientada a Serviços para Interação
e Produção de Conteúdos Educativos Baseada no Sistema
Brasileiro de Televisão Digital
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado
em Informática Aplicada da Universidade de
Fortaleza (UNIFOR), como requisito parcial
para obtenção do Título de Mestre em
Informática Aplicada.
Orientadora: Profa
. Maria Elizabeth Sucupira Furtado, D.Sc.
Fortaleza
2011
__________________________________________________________________________
S237t Santos, Ítalo Matos Cavalcante.
T-VILO TOOL: ferramenta orientada a serviços para interação e produção de
conteúdos educativos baseada no sistema brasileiro de televisão digital / Ítalo
Matos Cavalcante Santos. - 2011.
102 f.
Dissertação (mestrado) – Universidade de Fortaleza, 2011.
“Orientação: Profa. Maria Elizabeth Sucupira Furtado, D.Sc.”
1. Programação orientada a objetos. 2. Televisão digital. 3. Educação à distância.
I. Título.
CDU 681.3.06
__________________________________________________________________________
iv
v
“Há duas fontes perenes de pura
alegria: o bem realizado e o dever
cumprido”
(Eduardo Girão)
vi
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, Francisco José dos Santos e Glaíra Matos Cavalcante Santos,
por todos os ensinamentos extra faculdade a mim transmitidos, imprescindíveis à minha
formação pessoal e acadêmica, e sem os quais, a conclusão deste curso não passaria de um
mero momento.
Aos meus irmãos Rômulo Matos e Natália Matos que juntos exercitamos a prática do
respeito e de gratidão às pessoas com que convivemos, em especial pelos nossos mestres.
A minha namorada Laysa Santiago, por ter me apoiado bastante na conclusão deste
trabalho.
À professora Elizabeth Furtado por ter sido a responsável maior para que eu pudesse
realizar este trabalho.
Aos professores do Curso de Pós-Graduação em Ciência da Computação pelos
ensinamentos transmitidos.
Aos colegas do LUQS, Patrícia Vasconcelos, Eduardo Gularte, Clayson Celes, Alisson,
Edson Bruno, Jouderian Júnior, Danielly Barboza, Rafaela Lisboa, Marília Mendes, Leandro
Santiago, Carlos Lenine, Liádina Camargo, Guido Militão, pelas contribuições prestadas e
também, pela solidariedade, amizade e agradável convívio.
À Active Brasil e à Hanzo pela compreensão e apoio concedidos para realização deste
curso.
A todos os amigos que torceram por mim nesta caminhada, em especial ao Rafael
Ramos, Adriano Nepomuceno, Felipe Linheiro, Márcio Roberto, Júnior Martins.
vii
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- CAPES pelo apoio
financeiro e acadêmico durante o mestrado.
viii
Resumo da dissertação apresentada ao Corpo Docente do Curso de Mestrado em
Informática Aplicada da Universidade de Fortaleza, como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Mestre em Informática.
T-VILO Tool: Ferramenta Orientada a Serviços para produção de
conteúdo educativo baseada no Sistema Brasileiro de Televisão Digital
Autor: Ítalo Matos Cavalcante Santos
Orientadora: Maria Elizabeth Sucupira Furtado, D.Sc.
O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de criar uma ferramenta de autoria baseada
no padrão brasileiro de televisão, sendo esta responsável desde a produção de conteúdos
educativos até suas visualizações na televisão e em celulares. Para o levantamento de
requisitos, foi utilizada a metodologia Design da Interação e levantamento de Requisitos com
foco na Comunicação e Exploração de idéias – DIRCE, aplicada juntamente com
profissionais das áreas de desenvolvimento, usabilidade e educação; e para o desenvolvimento
da ferramenta foram utilizadas algumas práticas e processos pertencentes ao Desenvolvimento
Ágil. Como forma de validação da ferramenta, foram realizados cursos com a produção de
conteúdos, por professores, e visualizados na televisão pelos alunos. Como resultados desse
trabalho foram geradas as seguintes contribuições: a ferramenta desenvolvida, incluindo o
módulo de produção, visualização e integração dos conteúdos com foco na Educação a
Distância; a utilização de dispositivos móveis como novas formas de interação com
aplicações para Televisão Digital; a criação de uma biblioteca de interfaces; e o
desenvolvimento de um componente de comunicação, sendo compatíveis com o padrão
brasileiro de televisão digital. Para realização do trabalho houve o suporte do Laboratório de
Estudos do Usuário e da Qualidade de Uso de Software – LUQS, da Universidade de
Fortaleza – UNIFOR.
Palavras chave: Televisão Digital, Ferramenta de autoria, Educação à Distância, Web
2.0, Arquitetura Orientada a Serviços, Metodologia Ágil, Dispositivos Móveis, IHC.
ix
Abstract of the dissertation presented to the board of faculties of the Master Program in
Applied Informatics at the University of Fortaleza, as partial fulfillment of the requirements
for the Master’s degree in Applied Informatics
T-VILO Tool: Ferramenta Orientada a Serviços para produção de
conteúdo educativo baseada no Sistema Brasileiro de Televisão Digital
Autor: Ítalo Matos Cavalcante Santos
Orientadora: Maria Elizabeth Sucupira Furtado, D.Sc.
This dissertation was developed with the goal of creating an authoring tool based on the
Brazilian television standard, which is responsible from the production of educational content
to their views on television and other devices. Interaction Design and survey requirements
were used for requirements gathering methodology focusing on communication and
exploration of ideas - DIRCE applied together with professionals in the areas of development,
usability and education services for the development of tools and some practices were used
processes belonging to Agile Development. As a way of validating the tool, courses were held
with the production of content for teachers, and viewed on television by students. As a result
of this work were generated the following contributions: The tool developed, including the
production module, visualization and integration of multimedia with a focus on distance
education, the use of mobile devices as new forms of interaction with applications to digital
television, the creation a library of interfaces and the development of a communication
component, which are all compatible with the Brazilian digital TV standard. This dissertation
had the support of the Laboratory for studies of User Quality and Systems Use - LUQS,
University of Fortaleza – UNIFOR.
Keywords: Digital Television, Authoring tool, Web 2.0, Service Oriented
Architecture, Agile Development, Mobile, Human Computer Interaction.
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
DVB Digital Video Broadcasting
EAD Educação a Distância
HTTP Hypertext Transfer Protocol
IHC Interação Humano-Computador
MHP Multimedia Home Plataform
SBTVD Sistema Brasileiro de Televisão Digital
SMS Short Message Service
STB Setopbox
TS Transport Stream
TVDI Televisão Digital Interativa
VILO Video Interactive Learning Object
XML Extensible Markup Language
XP Extreme Programming
xi
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................17
1.1 MOTIVAÇÃO ......................................................................................................17
1.2 OBJETIVOS .........................................................................................................19
1.1.1 Objetivo Geral.............................................................................................19
1.1.2 Objetivos Específicos..................................................................................19
1.3 METODOLOGIA .................................................................................................19
1.4 AMBIENTE DA PESQUISA ...............................................................................20
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO..........................................................................20
2 CONTEXTUALIZAÇÃO E MOTIVAÇÃO PARA PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
PARA O SBTVD.....................................................................................................................22
2.1 PROJETO RH-TVD .........................................................................................22
2.1.1 Objetivos do projeto....................................................................................23
2.2 Ferramentas de autoria para Televisão Digital......................................................26
2.2.1 Composer ...........................................................................................................26
2.2.2 Jame Author .......................................................................................................27
2.2.3 Cardinal Studio...................................................................................................27
2.2.4 Alti Composer....................................................................................................28
2.2.5 ITV Project.........................................................................................................29
2.2.6 Contextual Ginga ...............................................................................................29
2.2.7 CUICA ...............................................................................................................30
2.3 Comparação entre as ferramentas de autoria ........................................................31
2.4 Abordagem inicial para levantamento de requisitos .............................................32
3 T-VILO TOOL: UMA FERRAMENTA PARA PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
INTERATIVO BASEADO NO SBTVD...............................................................................41
3.1 Conceitos Básicos .................................................................................................41
3.2 Visão Geral da Ferramenta....................................................................................42
3.3 Módulos da Arquitetura ........................................................................................43
xii
3.3.1 T-VILO Services................................................................................................44
3.3.1.1 Service Layer ..................................................................................................44
3.3.1.2 Business Layer ................................................................................................45
3.3.1.3 Data Layer.......................................................................................................46
3.3.2 T-VILO Maker...................................................................................................46
3.3.2.1 Criação de Conteúdo.......................................................................................46
3.3.2.2 Reaproveitamento de Conteúdos.....................................................................50
3.3.2.3 Pré-Visualização .............................................................................................51
3.3.2.4 Publicação de Conteúdo..................................................................................52
3.3.3 T-VILO Viewer..................................................................................................53
3.3.3.1 Tipo de Interatividade .....................................................................................54
3.3.3.1.1 Interatividade Remota ..................................................................................54
3.3.3.1.2 Interatividade Local .....................................................................................55
3.3.3.2 Transição de Conteúdo extra...........................................................................55
3.3.3.3 Disponibilização do conteúdo de áudio e vídeo..............................................56
3.3.3.4 Navegabilidade na aplicação...........................................................................56
3.3.4 T-VILO Mobile..................................................................................................57
3.3.4.1 T-VILO Mobile Ginga ....................................................................................58
3.3.4.2 XT-VILO Mobile............................................................................................59
3.4 Cenários de interação do T-vILO Tool .................................................................60
3.4.1 Produção de um conteúdo educativo..................................................................60
3.4.2 Visualização de Aulas........................................................................................61
3.4.3 Envio de Sugestões e Dúvidas ...........................................................................62
4 DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA: CONTRIBUIÇÕES E PROCESSO
REALIZADO..........................................................................................................................64
4.1 Contribuições para desenvolvimento de aplicações interativas PARA TVDI......64
4.1.1 Biblioteca de Interface - Sunshine......................................................................65
4.1.1.1 UIComponent..................................................................................................65
4.1.1.2 TextField .........................................................................................................65
4.1.1.3 ImageField.......................................................................................................67
4.1.1.4 ListField ..........................................................................................................68
4.1.1.5 QuestionField ..................................................................................................69
4.1.2 RestClient: Componente de comunicação..........................................................69
4.1.3 Modelo de conteúdo...........................................................................................71
4.2 Processo de desenvolvimento da arquitetura ........................................................73
4.2.1 Cliente Presente..................................................................................................73
4.2.2 Jogo do Planejamento ........................................................................................73
4.2.3 Código Coletivo .................................................................................................74
4.2.4 Design Simples...................................................................................................75
4.2.5 Releases Curtos ..................................................................................................75
4.3 Desenvolvimento dos releases ..............................................................................78
4.4 Viabilidade da Solução .........................................................................................80
5 AMBIENTE DE TESTES FUNCIONAIS E DE USABILIDADE PARA
APLICAÇÕES BASEADAS NO SBTVD ............................................................................82
xiii
5.1 Ambiente de testes de usabilidade ........................................................................83
5.1.1 Transmissor........................................................................................................83
5.1.2 Receptor .............................................................................................................85
5.1.3 Estrutura física ...................................................................................................86
5.2 Cursos....................................................................................................................87
5.2.1 Curso 1: Introdução a operações básicas na matemática ...................................88
5.2.1.1 Produção de conteúdo .....................................................................................89
5.2.1.2 Resultados .......................................................................................................91
5.2.2 Curso 2: Introdução a frações ............................................................................91
5.2.2.1 Produção de conteúdo .....................................................................................92
5.2.2.2 - Visualização do conteúdo .............................................................................93
5.2.2.3 Resultados .......................................................................................................94
5.2.3 Curso 3: Introdução a frações com sincronismo................................................95
5.2.3.1 Produção do conteúdo.....................................................................................95
5.2.3.1.1 Sincronismo no Playout ...............................................................................96
5.2.3.1.2 Sincronismo no STB ....................................................................................96
5.2.3.2 Resultados .......................................................................................................96
6 CONCLUSÃO ...............................................................................................................97
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................99
APÊNDICE I – Itens Desenvolvidos e Melhorias RCASOFT Middleware ....................102
xiv
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Composer 2.2______________________________________________________________________ 26
Figura 2 - Jame Author: Ambiente de autoria para o padrão MHP ____________________________________ 27
Figura 3 - Ambiente de autoria Alti Composer ____________________________________________________ 28
Figura 4 - ITV Project ________________________________________________________________________ 29
Figura 5 - Contextual Ginga___________________________________________________________________ 30
Figura 6 - CUICA ferramenta de autoria em ambiente WEB _________________________________________ 31
Figura 7 – Ícones representativos: (a) de mídias e (b) de aspectos da interação [Mendes, 2009] ____________ 34
Figura 8 - Participante elaborando T-VILOS (MENDES, 2009) ________________________________________ 35
Figura 9 - Representação da visão do aluno na TVD _______________________________________________ 35
Figura 10 - Propostas de interface para a aplicação de visualização de conteúdos na TVD_________________ 36
Figura 11 - Arquitetura T-VILO Tool ____________________________________________________________ 43
Figura 12 - XML acessado pelo T-VILO Viewer ____________________________________________________ 45
Figura 13 - Tipo de mídia Imagem______________________________________________________________ 47
Figura 14 - Tipo de mídia Texto________________________________________________________________ 48
Figura 15 - Tipo de mídia Questão _____________________________________________________________ 48
Figura 16 - T-VILO Maker: Produção de conteúdo interativo_________________________________________ 49
Figura 17 - Lista de conteúdos_________________________________________________________________ 50
Figura 18 - Pré-Visualização T-VILO Maker_______________________________________________________ 51
Figura 19 - Conteúdo em ambiente real _________________________________________________________ 51
Figura 20 - Gerar aplicação por meio do T-VILO Maker _____________________________________________ 52
Figura 21 - Lista de mensagens enviadas pelo telespectador ________________________________________ 53
Figura 22 - Visualização de conteúdo no T-VILO Viewer ____________________________________________ 54
Figura 23 - Requisição de conteúdos por meio do canal de retorno ___________________________________ 55
Figura 24 - Uso do QRCode para conteúdo extra __________________________________________________ 56
Figura 25 - Pilha Navegabilidade do Conteúdo____________________________________________________ 57
Figura 26 - Representação de conteúdo no T-VILO Viewer e no T-VILO Mobile Ginga (Celes, 2011) __________ 58
Figura 27 - Estrutura de Transmissão do T-VILO Mobile Ginga _______________________________________ 58
xv
Figura 28 - Estrutura de comunicação entre XT-VILO Mobile e componentes da ferramenta _______________ 59
Figura 29 - Transição de mídia utilizando XT-VILO Mobile (Celes, 2011)________________________________ 59
Figura 30 - Envio de mensagens pelo T-VILO Mobile_______________________________________________ 60
Figura 31 - Diagrama de sequências do cenário produção de conteúdo________________________________ 61
Figura 32 - Diagrama de sequências do cenário Visualização de aulas_________________________________ 62
Figura 33 - Diagrama de sequências do cenário Envio de Sugestões e Dúvidas __________________________ 63
Figura 34 - Diagrama de Classes da biblioteca Sunshine ____________________________________________ 65
Figura 35 - Utilização do componente TextField___________________________________________________ 66
Figura 36 - Componente ImageField ____________________________________________________________ 68
Figura 37 - Componente ListField ______________________________________________________________ 68
Figura 38 - Utilização do componente QuestionField_______________________________________________ 69
Figura 39 - Chamada ao T-VILO Services utilizando RestClient _______________________________________ 70
Figura 40 – Modelo de conteúdo_______________________________________________________________ 71
Figura 41 - Organização de releases ____________________________________________________________ 74
Figura 42 - Cartão de uma estória______________________________________________________________ 74
Figura 43 - Etapas do ciclo de desenvolvimento de release __________________________________________ 76
Figura 44 - Mural com os cartões da iteração contido no LUQS ______________________________________ 76
Figura 45 - Testes funcionais do T-VILO Viewer no pendriver ________________________________________ 77
Figura 46 - Testes de usabilidade do T-VILO Viewer________________________________________________ 78
Figura 47 - EITV Playout Professional ___________________________________________________________ 83
Figura 48 - Arquitetura de TV Digital utilizando no Playout__________________________________________ 84
Figura 49 - Administração playout _____________________________________________________________ 85
Figura 50 – Receptores Digitais compatíveis com SBTVD____________________________________________ 86
Figura 51 - Laboratório de Usabilidade__________________________________________________________ 86
Figura 52 - Sala de Observação________________________________________________________________ 87
Figura 53 – Alunos que participaram do 1º Curso _________________________________________________ 89
Figura 54 - Conteúdo do primeiro T-VILO ________________________________________________________ 89
Figura 55 - Mediador atuando durante a realização do curso 2 ______________________________________ 92
Figura 56 - Professor elaborando conteúdo no T-VILO Maker ________________________________________ 93
Figura 57 - T-VILO Viewer: Curso sobre fração ____________________________________________________ 94
xvi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Comparação entre ferramentas de autoria..........................................................................................32
Tabela 2 - Requisitos para o T-VILO Maker ...........................................................................................................37
Tabela 3 - Requisitos para o T-VILO Viewer...........................................................................................................38
Tabela 4 - Releases e suas características .............................................................................................................80
Tabela 5 - Utilização dos releases nos cursos........................................................................................................88
17
1 INTRODUÇÃO
1.1 MOTIVAÇÃO
Desde 2005, o governo brasileiro vem dando apoio financeiro à formação de diversos
consórcios de profissionais para estudarem a TV Digital Interativa (TVDI). O Brasil se tornou
um país onde pesquisas neste contexto acontecem apresentando resultados significativos nos
variados assuntos tratados ao longo da cadeia para TVDI, a citar: (1) ontologias de conteúdos
midiáticos, (2) produção de conteúdos e de aplicações, (3) soluções alternativas para o canal
de retorno e (4) transmissão e recepção. No primeiro caso, encontram-se estudos que definem
o conceito de conteúdo em si (CASTRO, 2011) (PALÁCIO, 2010) e o estendem para suportar
a interação em diversas mídias (ERL & THOMAS, 2005) (CESAR et al., 2008). No segundo,
estão os trabalhos que desenvolvem ferramentas e definem linguagens de especificações de
dados que são usados em programas descritos em NCLua (FURTADO et al., 2009). No
terceiro, está o trabalho sobre a utilização de SMS (Short Message Service) como canal de
interatividade para receptores portáteis de sinal digital (PINTO et al., 2011). No quarto grupo,
tem-se as pesquisas que visam proporcionar uma boa interatividade e por isto são mais
dependentes da topologia do Sistema Brasileiro de Televisão Digital - SBTVD, isto é, dos
meios de difusão, do canal de interatividade, do provedor de serviço de difusão (emissora),
dos equipamentos existentes no lado do receptor (FERNANDES et al., 2004).
Apesar de existirem diversos trabalhos, alguns relacionados ao desenvolvimento de
aplicações para TV digital e descritos no segundo capítulo desta dissertação, aportando
contribuições para o sucesso do padrão brasileiro terrestre, os desafios ainda são grandes. As
soluções são pontuais e com alcance restrito a alguns profissionais. Cita-se o exemplo de que
conversores com Java foram raros de encontrar até novembro de 2010, biblioteca de classes
para facilitar a programação não existem, mesmo sendo o SBTVD considerado uma solução
de software livre, aplicações para TVDI já implementadas não são disponíveis ao público e/ou
18
não apóiam de forma integrada as principais fases da cadeia do SBTVD.
Tais desafios são tecnológicos e acredita-se que serão em breve contornados. Esta
dissertação é um exemplo que vai ao encontro de soluções que apóiam a iniciativa brasileira.
Iniciativa que vem sendo constantemente motivada pelo governo brasileiro, que lançou o
decreto nº 4901 de 2003 apresentando no Art. 1º, que o Sistema Brasileiro de Televisão
Digital – SBTVD tem por finalidade alcançar, entre outros, os seguintes objetivos:
I - promover a inclusão social, a diversidade cultural do País e a língua pátria por
meio do acesso à tecnologia digital, visando à democratização da informação;
II - propiciar a criação de rede universal de educação a distância;
III - estimular a pesquisa e o desenvolvimento e propiciar a expansão de
tecnologias brasileiras e da indústria nacional relacionadas à tecnologia de informação e
comunicação;
IV - planejar o processo de transição da televisão analógica para a digital, de
modo a garantir a gradual adesão de usuários a custos compatíveis com sua renda;
V - viabilizar a transição do sistema analógico para o digital, possibilitando às
concessionárias do serviço de radiodifusão de sons e imagens, se necessário, o uso de
faixa adicional de radiofreqüência, observada a legislação específica;
VI - estimular a evolução das atuais exploradoras de serviço de televisão
analógica, bem assim o ingresso de novas empresas, propiciando a expansão do setor e
possibilitando o desenvolvimento de inúmeros serviços decorrentes da tecnologia
digital, conforme legislação específica;
VII - estabelecer ações e modelos de negócios para a televisão digital adequados à
realidade econômica e empresarial do País;
IX - contribuir para a convergência tecnológica e empresarial dos serviços de
comunicações;
X - aprimorar a qualidade de áudio, vídeo e serviços, consideradas as atuais
condições do parque instalado de receptores no Brasil; e
19
XI - incentivar a indústria regional e local na produção de instrumentos e serviços
digitais.
Esta pesquisa se encontra principalmente dando apoio aos segundo e terceiro
objetivos do decreto supracitado, porém de forma indireta ela contribui para todos eles.
1.2 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
O objetivo deste trabalho é desenvolver uma ferramenta, chamada T-VILO Tool,
orientada a serviços que apóiam a EAD (Educação a Distância) na TVDI brasileira, desde a
produção de conteúdo pelo professor via web, até a sua disponibilização e interação pelo
usuário via TV e telefone celular.
1.1.2 Objetivos Específicos
Suportar a produção de conteúdo fazendo uso do conceito TvILO (Video Interactive
Learning Objects for Television);
Suportar o acesso e visualização do conteúdo produzido por meio do desenvolvimento
de várias aplicações para a TV digital e para o celular (FERNANDES et al., 2004);
Desenvolver uma arquitetura para esta ferramenta baseada no paradigma de arquitetura
orientada a serviços. Os serviços se referem à criação, manutenção, e disponibilidade de
conteúdos para diversas plataformas, pois um conteúdo pode ser acessado por meio do
celular, construído via web e visualizado na TV.
1.3 METODOLOGIA
Para este trabalho foram utilizadas duas metodologias, uma para o levantamento de
requisitos e outra para o desenvolvimento da ferramenta em questão.
A metodologia de Design da Interação e levantamento de Requisitos com foco na
Comunicação e Exploração de idéias – DIRCE (MENDES, 2009) foi utilizada para levantar
20
os primeiros requisitos deste trabalho. A aplicação dessa metodologia contou com uma equipe
multidisciplinar composta por desenvolvedores, profissionais de usabilidade e profissionais da
área de educação. No próximo capítulo será tratado com detalhes o uso dessa metodologia.
Para o desenvolvimento da ferramenta, foram utilizadas algumas práticas em que se
baseia o XP, como: cliente presente, código coletivo, releases curtos, entre outras. O Capítulo
4 aborda o assunto detalhadamente. Os requisitos evoluíram ao longo desta pesquisa e várias
versões da ferramenta foram geradas, aplicadas e testadas.
1.4 AMBIENTE DA PESQUISA
O ambiente de realização do trabalho foi no Laboratório de Estudos do Usuário e da
Qualidade de Uso de Software – LUQS, situado na Universidade de Fortaleza – UNIFOR,
onde aconteceu o desenvolvimento da ferramenta, como também a realização dos cursos que
serviram para testá-la. O Capítulo 5 descreve detalhadamente esse ambiente e os cursos
realizados no LUQS.
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO
Este trabalho é composto por mais cinco capítulos além desta introdução, organizados
da seguinte forma:
 O segundo capítulo inicialmente descreve o projeto que motivou o
desenvolvimento deste trabalho. Em seguida são apresentados alguns trabalhos
relacionados e uma análise comparativa entre eles, finalizando com a motivação
para esta pesquisa juntamente com uma análise de requisitos iniciais.
 O terceiro capítulo trata da ferramenta proposta neste trabalho. Apresenta-se a
estrutura desenvolvida e os módulos que a compõem, assim como a
responsabilidade de cada módulo dentro da ferramenta. Por fim, são mostrados
alguns cenários para maior compreensão.
 O capítulo quatro descreve contribuições e processos utilizados para o
desenvolvimento do trabalho. Finalizando com a viabilidade da solução,
21
considerando alguns fatores importantes relacionados ao ambiente de execução
do mesmo.
 No capítulo cinco apresenta-se a utilização da ferramenta desenvolvida neste
trabalho juntamente com o projeto que motivou. Neste capítulo são mostrados
cursos elaborados com a ferramenta proposta.
 Por fim, são descritas no capítulo 6 as contribuições e conclusões obtidas
durante o desenvolvimento deste trabalho, bem como sugestões de trabalhos
futuros.
22
2 CONTEXTUALIZAÇÃO E MOTIVAÇÃO PARA
PRODUÇÃO DE CONTEÚDO PARA O SBTVD
Este capítulo visa introduzir ao leitor o quê motivou o desenvolvimento do trabalho em
questão e também como foram realizados os primeiros passos, como: estudos sobre as
ferramentas de autorias existentes na literatura, necessidade de criar uma nova ferramenta e
levantamento de requisitos dessa ferramenta.
2.1 PROJETO RH-TVD
É esperado que a interatividade na TV digital leve a população brasileira a se
motivar e participar dos programas governamentais tanto educativos, sociais, políticos,
etc. Esta expectativa tem sido comprovada em (FURTADO et al., 2009) que mostrou que
um dos facilitadores para esta motivação é o fato do povo brasileiro “amar” assistir TV,
sendo esta, muitas vezes, o único recurso para entretenimento em muitos domicílios. O
povo brasileiro se envolve com o conteúdo televisivo tendo motivação para programas
participativos. Os recursos existentes hoje em dia, que permitem telespectadores
interagirem com os programas de TV, já têm demonstrado quão grande é o
envolvimento do público brasileiro com estas iniciativas. São os casos dos programas
que requerem a “opinião” do usuário, dentre eles: Big Brother Brasil (Rede Globo),
Programa da Tarde (Rede Record), Ídolos (SBT), Pra Valer (Rede Bandeirantes) e A
Tarde é Sua (RedeTV!). Para isto, telespectadores fazem uso da internet, de ligação
telefônica, de envio de mensagem de texto, e ainda muito pouco uso do controle remoto.
Mas a expectativa é usufruir mais do avanço tecnológico da TV digital para este fim.
23
Neste mesmo sentido, ainda se espera que a interatividade através da TV digital
possa ser uma promissora plataforma para viabilizar o uso de jogos educacionais,
especificamente a EAD.
Com mais recursos tecnológicos dos que os existentes hoje em dia para viabilizar a
EAD via TV, acredita-se que esta modalidade de ensino deverá ser um ato de produção
de conteúdo interessante, lúdico, de envolvimento do aluno com o conteúdo, de emoção,
e permitindo, a interação em mão dupla (isto é com retorno de resposta para o
questionador, no caso, o(s) aluno(s)).
Desta forma, um grupo de instituições formado pela UNIFOR e Universidade Federal
do Ceará - UFC, motivado por suas experiências com interatividade para TV Digital em
projetos de pesquisa e EAD resolveu desenvolver um projeto com o foco na qualidade da
interação envolvendo o uso do conteúdo apresentado na TV, intitulado “Formação de
Recursos Humanos para o desenvolvimento da Educação a Distância através da TV Digital
Interativa Brasileira: Um olhar MultiDisciplinar que norteia esta nova mídia na educação”,
também conhecido como RH-TVD.
O projeto RH-TVD tem como foco a formação de profissionais para promover a
Educação a Distância através da TV. A formação de recursos humanos envolve, então, esta
vertente tecnológica, composta dos seguintes temas: interatividade, educação e tratamento de
imagens. O projeto RH-TVD conta também com todo o embasamento pedagógico para
garantir não somente a qualidade do conteúdo, mas também da forma como o usuário irá
aprender.
2.1.1 Objetivos do projeto
Para o desenvolvimento do projeto RH-TVD as instituições envolvidas listaram os
seguintes objetivos:
 Desenvolver um framework de produção de conteúdo educativo integrado a um módulo
de visualização do conteúdo na TV digital, capaz de promover o social e a
participação;
 Estudar novos conceitos e formas de interação com a TV digital, a fim de estender a
experiência do usuário integrando diferentes mídias e criando novas formas de
interação;
24
 Elaborar conteúdos digitais educativos, como jogos educativos, e outros serviços de
apoio à participação;
 Viabilizar a infraestrutura necessária para a transmissão dos cursos;
 Realizar cursos através da TV digital de acordo com a metodologia de formação que
será elaborada neste projeto;
 Realizar cursos presenciais de pós-graduação strito sensu, nas áreas de: Interação
Humano-Computador, Desenvolvimento de aplicações para TV digital, Jogos
Educativos, Processamento Digital de Imagens, Visão Computacional, Algoritmos de
Aprendizagem, Compactação, Compressão e Transmissão de Áudio e Vídeo e;
 Avaliar os cursos realizados.
Para se atingir esses objetivos do projeto, foi debatido no grupo que era necessário ter a
infraestrutura de um ambiente de EAD para TV Digital. Por isso foram identificadas
características essenciais para uma ferramenta de autoria para produção do conteúdo
educativo interativo. Tal ferramenta é o T-VILO Tool e foi inicialmente definida para ter as
seguintes características:
Ferramenta de produção e visualização de conteúdo integrado na TV Digital
Para realização dos cursos através da TV Digital foi levantada a necessidade de uma
ferramenta, cujo produtor de conteúdo consiga elaborar seus cursos com conteúdos interativos
e que seja possível a atualização deste conteúdo de forma fácil.
Essa ferramenta tem que ter todas as mídias as quais o produtor de conteúdo acha
necessárias para a produção de um conteúdo interativo e que sejam compatíveis com o
SBTVD, como imagens, textos e questões.
Novos conceitos e formas de interação com a TV Digital
Também foram analisados novos conceitos e formas de interação, por exemplo, o uso
de celular para interagir com o conteúdo produzido pelo produtor de conteúdo, mesmo sem o
telespectador está em frente à televisão. Outra característica interessante é o usuário poder
usar o celular para visualizar o conteúdo extra, isto é, conteúdos complementares ao conteúdo
principal transmitido. Esse conceito será abordado com mais detalhes no capítulo 3.
25
Prover suporte à participação por parte do telespectador
Para analisar alguns critérios de interação entre o telespectador e uma aplicação para
TVDI, e analisar também a interação entre o telespectador e o conteúdo produzido, foi
levantada a necessidade do produtor de conteúdo receber feedback dos telespectadores, como:
dúvidas, sugestões, etc.
Geração de aplicação compatível com SBTVD
Por ser um projeto de realização de cursos através da TV Digital e por ser realizado no
Brasil, a ferramenta de autoria tem que gerar uma aplicação para TV Digital compatível com
o Sistema Brasileiro de Televisão Digital. Tal aplicação deve permitir o acesso ao conteúdo
gerado;
Atualização de conteúdo em tempo real
Essa característica foi levantada devido à ausência de técnicos em toda etapa da
publicação, assim, a ideia do projeto é reduzir o número de etapas envolvidas no processo de
publicação, indo, desde a criação do conteúdo, até a sua recepção pelos telespectadores.
Facilidade na produção de conteúdo
Por ser uma ferramenta desenvolvida para os educadores produzirem conteúdos para
serem apresentados via uma aplicação para a TV Digital, esta ferramenta não pode ter como
pré-requisitos conhecimentos técnicos, por exemplo, âncoras, links e nós. Tem que ser uma
ferramenta de fácil manuseio e composta de componentes intuitivos.
Facilidade na instalação do ambiente de desenvolvimento do conteúdo
Uma característica importante é a facilidade na instalação do ambiente de produção de
conteúdo. Ferramentas baseadas em ambiente desktop requerem normalmente bem mais pré-
requisitos do que ferramentas baseadas em ambiente WEB. Este é um fator diferencial na
ferramenta escolhida para o desenvolvimento de conteúdo educativo para TV Digital. A
ferramenta será utilizada por professores e não por técnicos.
26
2.2 FERRAMENTAS DE AUTORIA PARA TELEVISÃO DIGITAL
Antes de se desenvolver tal ferramenta, neste trabalho algumas ferramentas de autoria
para TV Digital foram analisadas. Essas ferramentas serão descritas considerando sua origem,
composição, forma de implementação, funcionalidades e tipos de usuários.
2.2.1 Composer
O Composer (GUIMARÃES, 2007), ilustrado na Figura 1, é uma ferramenta de autoria,
desenvolvida pelos pesquisadores do laboratório TeleMídia da PUC-RJ, destinada a ambiente
desktop. Essa ferramenta baseia-se no conceito de múltiplas visões gerando conteúdos para o
padrão brasileiro. Cada uma dessas visões destaca uma particularidade do documento e pode
ser mais adequada para um perfil de usuário. Essas visões são: Visão Textual, Visão Gráfica
Estrutural, Visão Gráfica de Laiaute e uma Visão Gráfica Temporal. Então, no caso de um
usuário com perfil de desenvolvedor de software para TV Digital, a visão Textual lhe
permitiria um maior controle na elaboração do conteúdo interativo. Para um usuário que não
conhece sobre desenvolvimento de software para TV Digital, o uso das visões gráficas seria
mais adequado, devido exigir menos conhecimentos técnicos.
Figura 1 - Composer 2.2
27
2.2.2 Jame Author
Jame Author (QSJAME, 2007) é um ambiente de autoria que tem por objetivo facilitar a
criação de programas voltados para TVDI no middleware MHP/OCAP (OpenCable
Application Plataform).
Essa ferramenta, executada em ambiente desktop, visa facilitar a criação de programas
atendendo a uma classe especial de aplicativos, chamados de “page-based services” (serviços
baseados em páginas). Esses aplicativos são compostos por páginas, nas quais é possível se
navegar de maneira muito semelhante à navegação na Web. Essas páginas são descritas por
meio de uma linguagem chamada JAME PDL (JAME Page Description Language)
(QSJAME, 2007), a qual é baseada em XML.
O ambiente, ilustrado pela Figura 2, possui um emulador MHP integrado, permitindo ao
autor executar e validar o trabalho à medida que o mesmo está sendo produzido.
Figura 2 - Jame Author: Ambiente de autoria para o padrão MHP
2.2.3 Cardinal Studio
Cardinal Studio (CARDINAL, 2007) é uma ferramenta de autoria que roda em
ambiente desktop de forma gráfica destinada aos criadores de conteúdo de TVDI para o
padrão Europeu DVB-MHP. A ferramenta não exige nenhum conhecimento técnico
específico. Possui uma interface de usuário intuitiva e os serviços interativos podem ser
criados a partir do zero ou ainda usando templates pré-concebidos. Desta forma, usuários
28
avançados podem desenvolver componentes e integrá-los à ferramenta a fim de estender suas
funcionalidades, ao passo que não programadores investem seu tempo apenas no processo de
criação usando os templates. A ferramenta também permite a concepção integral do ciclo de
teste: após a criação, um aplicativo pode ser testado no Studio emulator e num STB, com
rapidez e facilidade.
2.2.4 Alti Composer
O Alti Composer (ALTICAST, 2008) é uma ferramenta desktop baseada em JAVA que
suporta o padrão de transmissão digital DVB-MHP (SOARES et al., 2004), que foi concebida
com o intuito de ser útil tanto a usuários programadores JAVA quanto a não programadores.
Para contemplá-los, a ferramenta possui uma interface intuitiva e funcional no qual se pode
interagir por meio de clicks do mouse criando aplicações interativas. Dessa forma, operá-la se
torna uma tarefa simples. Para programadores mais experientes, de forma semelhante ao
Cardinal StudioTM, é possível criar componentes personalizados e estender a API
(Application Programming Interface) CDK (Component Development Kit) da ferramenta.
O ambiente, representado na Figura 3, possui um emulador MHP que permite a
depuração à medida que os aplicativos estão sendo desenvolvidos.
Figura 3 - Ambiente de autoria Alti Composer
29
2.2.5 ITV Project
O ITV Project (OLIVEIRA et al., 2008) é uma ferramenta de autoria baseada em um
ambiente Web, compatível tanto com padrão MHP quanto com o Sistema Brasileiro de TV
Digital. Seu principal objetivo é o desenvolvimento rápido de aplicativos para TVDI por meio
da edição visual de componentes. Com essa ferramenta, é possível adicionar gráficos a GUIs
e gerenciar tanto eventos associados a cada componente quanto à navegação entre as
diferentes telas da aplicação.
O ITV Project, ilustrado na Figura 4, é conectado ao framework TUIG (OLIVEIRA et
al., 2008), atuando, apenas, como um front-end para o usuário. O resultado final gerado pelo o
ITV Project é um XML que é compatível com o framework TUIG. Então, o ITV Project gera
os XMLs, porém o framework TUIG é o responsável em interpretá-los e gerar a aplicação
interativa.
Figura 4 - ITV Project
2.2.6 Contextual Ginga
A Contextual Ginga (CARVALHO & FERRAZ, 2010) é uma ferramenta de autoria
desenvolvida em Java para ambiente desktop que permite a produção de aplicações interativas
sensíveis ao contexto para TV digital.
Para a utilização do Contextual Ginga, o usuário não precisa conhecimento sobre
30
programação para criar aplicações para TV Digital, pois a ferramenta em questão gera
aplicações que são executadas na plataforma Ginga-NCL. A Figura 5 ilustra o ambiente para
produção de aplicações interativas.
Figura 5 - Contextual Ginga
2.2.7 CUICA
CUICA (SOARES, 2007), ilustrado na Figura 6, é uma aplicação de autoria baseada no
ambiente WEB para o padrão de Televisão Digital Europeu DVB-MHP. Esta ferramenta tem
como objetivo criar, editar e publicar conteúdos para Televisão Digital de forma fácil e ágil.
Possui manipulação de templates, opção de pré-visualizar o conteúdo produzido e exportar
para um formato XML.
31
Figura 6 - CUICA ferramenta de autoria em ambiente WEB
2.3 COMPARAÇÃO ENTRE AS FERRAMENTAS DE AUTORIA
Foi realizada uma análise comparativa entre as ferramentas citadas anteriormente. As
ferramentas Jame Author, Cardinal Studio, AltiComposer e Cuica são compatíveis somente
com o padrão Europeu de TV Digital, o MHP. Apenas o Composer, iTV Project e Contextual
Ginga são compatíveis com o SBTVD, que é um dos pré-requisitos do framework que deve
ser utilizado para o projeto RH-TVD.
Entre as três ferramentas compatíveis com o SBTVD, somente o iTV Project roda em
ambiente WEB, que tem como vantagens: redução de pré-requisitos de instalação,
necessitando de apenas um navegador e o computador conectado, e a disponibilização do
conteúdo produzido de qualquer dispositivo com acesso a internet.
Apesar do iTV Project ser compatível com o SBTVD, possuir uma estrutura baseada em
ambiente WEB, e não requerer conhecimentos técnicos para elaboração de aplicação para TV
Digital, não oferece suporte a novas formas de interação com a TV Digital e não disponibiliza
uma forma de visualização de feedbacks dos telespectadores, como a visualização de
mensagens.
32
Seguem, na Tabela 1, as principais características analisadas entre as ferramentas de
autoria, de acordo com os objetivos do projeto RH-TVD.
Compatível
com SBTVD
Necessidade de
conhecimentos
técnicos
Visualizar
feedbacks dos
usuários
Novas formas
de interação
com TVD
Composer SIM SIM NÃO NÃO
Jame Author NÃO NÃO NÃO NÃO
Cardinal Studio NÃO NÃO NÃO NÃO
AltiComposer NÃO NÃO NÃO NÃO
iTV Project SIM NÃO NÃO NÃO
Contextual
Ginga
SIM NÃO NÃO NÃO
Cuica NÃO NÃO NÃO NÃO
Tabela 1 - Comparação entre ferramentas de autoria
Tendo em vista a análise realizada entre as ferramentas de autoria existentes, foi
constatado que nenhuma delas atendia ao projeto RH-TVD, tornando, assim, necessário o
desenvolvimento de uma arquitetura que atendesse todas as características levantadas
anteriormente.
2.4 ABORDAGEM INICIAL PARA LEVANTAMENTO DE
REQUISITOS
Considerando que este trabalho é realizado no âmbito de um laboratório de usabilidade,
localizado em uma universidade, técnicas de IHC (interação humano-computador) foram
aplicadas como ponto de partida para levantar requisitos e desenvolver as características
descritas no projeto RH-TVD. Especificamente, levantar requisitos para desenvolver a
33
Ferramenta de produção de conteúdo educativo e de interação com o conteúdo via a
TVDI e celular. Essa ferramenta foi considerada na dissertação de Mendes (MENDES,
2009), sendo composta de dois módulos: módulo web e módulo TVD, direcionados a dois
tipos de usuários: professor (conteudista) e aluno (telespectador). O professor seria o
responsável pela criação do conteúdo educativo e o aluno iria visualizar e interagir com esse
conteúdo por meio da TVD e do celular. Na presente dissertação, esses dois módulos farão
parte da ferramenta T-VILO Tool, descrita no próximo capítulo, onde são chamados T-VILO
Maker e T-VILO Viewer, respectivamente. Diferentemente desta dissertação, em que houve o
desenvolvimento, implementação e avaliação dessa ferramenta, na dissertação de Mendes,
houve apenas o levantamento de requisitos desses dois módulos seguindo a metodologia
DIRCE. No restante deste capitulo, será apresentada parte dessa metodologia para ilustrar a
aplicação da técnica de IHC numa experiência com os potenciais envolvidos do projeto e os
requisitos identificados como resultados dessa experiência. Os participantes da experiência
foram: a equipe responsável por desenvolver o sistema e professores, futuros usuários do
sistema.
A técnica de IHC aplicada foi a prototipagem da experiência (CHUNG et al. 2004),
visando auxiliar os profissionais a fazerem diversas reflexões: como fazer com que
professores acostumados a preparar aulas presencialmente, criassem aulas em um sistema web
para serem visualizadas na TVD? Como os professores preparariam suas aulas? Como eles
aproveitariam o que já fizeram? Quais seriam suas dificuldades? Respostas para essas
questões deveriam ser pensadas de forma prática com a manipulação de diversos aspectos da
interação. Por isso na experiência houve a disponibilização para os participantes de diversos
materiais em papéis, que os fizessem tratar esses aspectos e que estão diretamente
relacionados a possíveis conteúdos digitais criados. Do lado (a) da Figura 7, estão os papéis
representando os tipos de mídias que podem compor um conteúdo e do lado (b), estão os
papéis representando os ícones dos seguintes aspectos estudados: acessibilidade, direitos
autorais, segurança, compartilhamento, colaboração e privacidade.
34
(a) (b)
Figura 7 – Ícones representativos: (a) de mídias e (b) de aspectos da interação [Mendes, 2009]
Além disto, foi disponibilizada para os participantes da experiência uma cartolina, para
que os participantes distribuíssem os ícones à medida que fossem realizandos os cenários e
refletindo sobre as respostas para as questões investigadas.
Os cenários da prototipagem da experiência realizados pelos participantes foram:
 Cenário 1 – Elaboração de aulas presenciais:
o Reflexão: como se dá a preparação de suas aulas presenciais atualmente?
 Cenário 2 – Elaboração de aulas para a TV digital:
o Reflexões: como esse novo sistema poderia ajudá-lo na elaboração de
suas aulas para a TV digital? Que dificuldades você teria para utilizar um
sistema como este?
 Cenário 3 – Idealização da visão do aluno na TV digital;
o Reflexões: como os alunos iriam assistir a sua aula na TVD? Que fatores
influenciariam no seu uso para criação de conteúdo ou no uso do aluno
para a interação com o conteúdo?
A técnica foi aplicada com cinco profissionais, que compõem a equipe de
desenvolvimento (três desenvolvedores, um designer e um especialista em usabilidade) e com
sete professores de matemática, pesquisadores do projeto, que são os responsáveis em criar os
conteúdos educativos. O autor desta dissertação, um desenvolvedor para o projeto, foi um dos
participantes desta experiência.
35
A aplicação da experiência neste estudo de caso teve as seguintes características: sessão
individual; duração: 30 minutos a 1 hora e; acompanhamento: 1 a 2 observadores.
No início da aplicação da técnica de prototipagem da experiência, foi feita uma
contextualização ao participante. Os cenários foram explicados para o participante antes de
sua vivência e durante foram realizadas entrevistas contextuais, que implicavam em conversar
com o participante, enquanto ele realizava suas tarefas, combinando também a técnica de
observação.
A Figura 8 ilustra um momento de realização do primeiro cenário, quando o professor
apresenta suas experiências em ministrar aulas, manipulando papéis num espaço de
prototipagem, ressaltando suas necessidades para elaborar conteúdos para TVD.
Figura 8 - Participante elaborando T-VILOS (MENDES, 2009)
A Figura 9 ilustra um momento de realização do terceiro cenário, quando o professor
(um participante) fez um desenho sobre sua visão para a ferramenta de visualização de
conteúdo na TV.
Figura 9 - Representação da visão do aluno na TVD
Comportamentos como esses foram ajudando os desenvolvedores na definição de
requisitos. Os desenhos foram usados pelos designers do projeto para a construção de
alternativas para o projeto da interação. Os ícones representativos dos aspectos de interação
foram usados para definir pré-padrões, que deveriam ser considerados nos módulos.
36
A Figura 10 ilustra duas alternativas elaboradas para o modulo na TVD.
Figura 10 - Propostas de interface para a aplicação de visualização de conteúdos na TVD
Após a aplicação da experiência, houve uma reunião pós-experiência com todos
participantes. Nesta reunião foram explicados o processo e a descrição da experiência e foram
levantadas questões sobre a experiência no qual foi gerado um documento de requisitos para
os módulos.
A Tabela 2 ilustra os requisitos levantados como os pré-padrões associados para o T-
VILO Maker (MENDES, 2009).
Requisito Descrição / Observações Pré-padrão
 Requisito de cadastro de
usuários
 Cadastrar, excluir e alterar
usuários
-
 Requisito de acesso ao
sistema
 Login para usuário -
 Requisitos de importação
e exportação
 Inserir mídias (texto e imagens)
 Inserir questionário
 Inserir animação
 Inserir objetos prontos
-
 Inserir legendas
 Pré-padrão de acessibilidade. A1: Suporte
a acessibilidade
 Compartilhamento de conteúdos
 Pré-padrão de compartilhamento. B1:
Criação colaborativa de conteúdos
 Requisito de criação de
conteúdo
 Criar, editar e abrir conteúdo
 Pré-padrão de direitos autorais. C1:
Avisos sobre o conteúdo autoral
 Definir sequência de mídias
 Publicar conteúdo
 Pré-padrão de direitos autorais. C2:
Inclusão de créditos ou referências no
conteúdo
37
 Requisitos de Interface
 Visualizar conteúdo (preview do
aluno)
 Visualizar sequência de mídias
 Modelo de conteúdo
-
 Tutorial do sistema
 Dicas pedagógicas
 Ajuda do sistema
 Pré-padrão de usabilidade. G2: Ajuda em
cada funcionalidade do sistema
 Reuso
 Pré-padrão de reuso. F1: Reuso de
conteúdo).
 Estrutura de conteúdos por linha
do tempo;
 estrutura de conteúdos por
árvore;
 Pré-padrão pedagógico. G3: Ambiente de
planejamento do conteúdo
 Pré-padrão de usabilidade. E1:
Localização do conteúdo no sistema
 Requisito ambiente de
planejamento do
conteúdo
 Criar, editar e excluir rótulo
 Pré-padrão pedagógico. G3: Ambiente de
planejamento do conteúdo
 Requisito: feedback ao
conteudista
 Respostas dos questionários;
 Visualizar retorno da eficácia do
conteúdo e perguntas (mensagens
enviadas pelos alunos)
 Visualizar interação do aluno
 Pré-padrão de compartilhamento. B2:
Participação colaborativa dos usuários da
TVD no conteúdo;
 Pré-padrão pedagógico. G1 - Retorno da
interação do usuário
 Mensagens dos alunos publicadas
na TVD
 Pré-padrão de segurança. D1: Moderação
de mensagens
Tabela 2 - Requisitos para o T-VILO Maker
A Tabela 3 ilustra os requisitos levantados como os pré-padrões associados para o T-
VILO Viewer (MENDES, 2009).
Requisito Descrição / Observações Pré-padrão
 Requisito: possibilitar ao aluno uma
avaliação da aula fornecendo críticas e
sugestões
 Está sendo considerado na tela
de enviar mensagem pelo aluno
 Pré-padrão de
compartilhamento. B2:
Participação colaborativa
dos usuários da TVD no
conteúdo
 Requisito: fornecer uma sequência
de uso para o aluno;
 Está sendo considerado no
menu de conteúdo ( o professor
é quem vai fornecer a
sequencia)
-
 Requisito: aluno livre para escolher que
conteúdo acessar primeiro (liberdade
de usar o que ele quiser e na hora que
ele quiser);
 Navegação livre para que o
aluno escolha o que ver
primeiro (por meio do menu de
conteúdo)
-
 Requisito: possibilitar uma visão geral
do curso para situar o aluno onde ele se
 Tela da listagem de conteúdos e
uso de títulos na tela indicando
 Pré-padrão de usabilidade.
E2: Localização do
38
encontra no conteúdo o conteúdo acessado, exemplo:
“Aula de matemática”
conteúdo na TVD
Tabela 3 - Requisitos para o T-VILO Viewer
Nem todos os requisitos definidos formam os requisitos necessários para a arquitetura
elaborada neste trabalho. Para o T-VILO Maker, os requisitos não considerados, com suas
devidas justificativas, foram os seguintes:
 Cadastro de usuários, e consequentemente acesso ao sistema. Houve a decisão em não
fazer controle de usuários professores, deixando o sistema apto a ser usado por
qualquer usuário. Esta decisão foi baseada no fato de que, como se trata de um sistema
colaborativo, tipo WIKI, não é necessário haver controle de usuários. Porém esta
decisão não é irreversível. Se, com o decorrer do uso, for percebido que existe tal
necessidade, pode-se facilmente incluir um padrão de login.
 Funções de importação e exportação. A metodologia de desenvolvimento da
ferramenta utilizada neste trabalho tem como premissa que o cliente priorize os
requisitos a serem desenvolvidos. Este requisito de importação e exportação de aulas
não foi priorizado para esta versão da ferramenta T-VILO Tool. Porém, não implica
que esse requisito seja desenvolvido ao longo do projeto.
 Ambiente de planejamento do conteúdo. Considerando a organização do material
elaborado pelos professores, decidiu-se organizar as aulas no T-VILO de forma mais
específica: por conteúdo interativo e mídias ao invés de rótulos.
Existiram requisitos parcialmente considerados. Tratam-se daqueles em que nem toda
a descrição de um requisito foi considerada ou os pré-padrões associados não foram todos
considerados. As devidas justificativas para tais requisitos foram as seguintes:
 Requisitos de Interface. Este requisito foi desenvolvido parcialmente devido não ter
todas as suas funcionalidades. A elaboração de dicas pedagógicas não foi inserida no
T-VILO Maker porque não se quis vincular a ferramenta a nenhuma abordagem
pedagógica em particular.
Os requisitos totalmente implementados no T-VILO Maker na forma como foram
modelados foram os seguintes:
 Requisito de criação de conteúdo. Houve o atendimento a este requisito por poder
criar, editar e abrir conteúdo, haver a definição da seqüência de mídias e possibilitar a
publicação do conteúdo criado. Com relação aos pré-padrões de direitos autorais que
39
deveriam ser considerados, coloca-se que a solução para suportar C1: Avisos sobre o
conteúdo autoral e C2: Inclusão de créditos ou referências no conteúdo foi baseada na
disponibilidade de uma opção para o usuário colocar o seu nome associado ao
conteúdo criado. De forma que se um outro usuário for usar, ele vai saber quem criou
o conteúdo.
 Requisito de feedback ao conteudista: Considerando que o feedback do telespectador é
de grande importância para o conteudista, foi desenvolvida uma possibilidade do
telespectador enviar mensagens de comentários, dúvidas ou até mesmo sugestões.
Assim, na ferramenta que o conteudista produz o conteúdo, ele vai poder visualizar as
mensagens.
Para o T-VILO Viewer, o requisito não considerado com suas devidas justificativas foi:
 Possibilitar uma visão geral do curso para situar o aluno aonde ele se encontra
no conteúdo. Devido à complexidade de desenvolvimento de componentes em
NCLua, este requisito não foi implementado.
A seguir os requisitos parcialmente considerados com suas devidas justificativas para o
T-VILO Viewer foram:
 Possibilitar ao aluno uma avaliação da aula fornecendo críticas e sugestões.
Devido também à complexidade para o desenvolvimento de um componente
para o envio de mensagens, este requisito não foi desenvolvido no módulo de
visualização do conteúdo. Como alternativa a esse requisito foi criada uma
forma de participação no módulo T-VILO Mobile (versão para celular).
Os requisitos totalmente implementados no T-Vilo Viewer na forma como foram
modelados foram os seguintes:
 Fornecer uma sequência de uso para o aluno. Este requisito foi implementado
por completo da forma que foi descrito. No momento em que o professor está
elaborando o conteúdo, é definido o relacionamento entre as mídias, assim
como a sequência.
 Aluno deve ser livre para escolher que conteúdo acessar primeiro (liberdade de
usar o que ele quiser e na hora que ele quiser). Com base nesse requisito, foi
40
criado um menu lateral na aplicação do T-VILO Viewer, onde o telespectador
(aluno) seleciona qual o material deseja visualizar.
Termina-se este capítulo informando que a ferramenta, proposta neste trabalho e
descrita no próximo capitulo, implementa os requisitos descritos e justificados. O uso dessa
ferramenta pelos profissionais, acompanhada da infraestrutura do laboratório LUQS, em
quatro estudos de casos atende todos os objetivos do projeto RH-TVD, anteriormente
mencionados. Menos o objetivo que requer a realização de cursos presenciais, pois não
necessita de uma solução tecnológica. Convém também ressaltar que a ferramenta atende a
todas as características anteriormente mencionadas.
41
3 T-VILO TOOL: UMA FERRAMENTA PARA
PRODUÇÃO DE CONTEÚDO INTERATIVO BASEADO NO
SBTVD
Neste capítulo, antes de se explicar a ferramenta T-VILO Tool, apresenta-se o conceito
de T-VILO.
3.1 CONCEITOS BÁSICOS
T-VILO se refere a um vídeo interativo educacional para televisão e se diferencia dos
tradicionais objetos de aprendizagem por ampliar o acesso da população a esse tipo de recurso
educativo, disponibilizado até então apenas na Web a partir do uso do computador (LISBOA,
et al., 2010).
A concepção de um T-VILO partiu da experiência já existente dos VILOS - Video
Interactive Learning Objects, o que os difere são as novas perspectivas de uso no EaD tendo
com suporte os meios de comunicação mais utilizados pela população brasileira, a televisão e
o celular (GUSSI, 2009).
Um T-VILO é composto por dois elementos: vídeo e conteúdo interativo.
O Vídeo é o conteúdo principal, que é transmitido por uma Entidade transmissora, como
uma emissora de televisão. Este vídeo é gravado no formato 1080p60 (HDTV ou Full HD) ou
1080i24 (varredura entrelaçada - do inglês interlaced, dando HDTV 1080i) e convertido para
o formato H264.
Conteúdo interativo é um conjunto de mídias interativas interligadas. A associação entre
as mídias acontece de uma forma não sequencial, baseada na estrutura de dados de grafos. As
42
mídias interativas podem ser classificadas como: Texto, Imagem e Questão. Então, para
exemplificar pode-se ter um conteúdo interativo composto por sete mídias interativas, dentre
elas três textos, duas imagens e duas questões.
Importante ressaltar que a uma mídia interativa pode ser associado um conteúdo extra,
isto é, qualquer URL na internet, como: vídeos do youtube, textos, páginas, imagens, etc.
3.2 VISÃO GERAL DA FERRAMENTA
A ferramenta T-VILO Tool possui uma Arquitetura Orientada a Serviços (AOS) (ERL,
2005), que visa permitir maior interoperabilidade entre os módulos que a compõem. Os
serviços podem ser utilizados mesmo que cada módulo seja direcionado para certo
dispositivo, podendo até utilizar linguagens de programação diferentes. Em cada arquitetura,
o conceito de serviço pode ser distinto, por isso é importante esclarecer o que significa serviço
na arquitetura da ferramenta T-VILO Tool. Serviços são operações independentes relacionadas
à produção e à disponibilização de conteúdos interativos para os módulos que compõem a
arquitetura.
A Figura 11 ilustra uma visão geral da arquitetura T-VILO Tool. Essa arquitetura é
dividida nos seguintes módulos: o T-VILO Maker, utilizado na construção, configuração e
disponibilização do conteúdo interativo dos T-VILOs; o T-VILO Services, responsável pelo
armazenamento do conteúdo na base de dados, disponibilização de operações em forma de
serviços e validação dos conteúdos; o T-VILO Viewer que permite o acesso aos T-VILOs pela
televisão digital; e o T-VILO Mobile que possibilita o acesso aos T-VILOs por meio de
dispositivos móveis.
43
Figura 11 - Arquitetura T-VILO Tool
Considerando os conceitos de Arquitetura Orientada a Serviços (AOS), pode-se fazer
um relacionamento entre os módulos e os papéis de uma AOS. Assim, tem-se:
 Consumidor de Serviço refere-se aos módulos T-VILO Maker, T-VILO Viewer e T-
VILO Mobile, os quais consomem os serviços oferecidos, tais como publicação de
conteúdo interativo ou uma sondagem de opinião.
 Provedor de Serviços refere-se ao T-VILO Services, módulo da arquitetura que irá
disponibilizar os serviços.
3.3 MÓDULOS DA ARQUITETURA
Foi comentado, na seção anterior, que na arquitetura da ferramenta T-VILO Tool
existem quatro módulos. Nesta seção, serão descritos esses módulos de uma forma mais
ampla.
Apesar de cada módulo ter sido desenvolvido com tecnologias diferentes, não
ocorreram problemas de interoperabilidade, principalmente, por ter sido adotada a tecnologia
XML na comunicação entre os módulos, de forma que todas as tecnologias utilizadas nos
módulos possuem recursos para manipulação XML.
44
3.3.1 T-VILO Services
O T-VILO Services é o coração da ferramenta T-VILO Tool. Fazendo uma comparação
aos componentes de uma Arquitetura Orientada a Serviços, o T-VILO Services representa o
Provedor de Serviços.
O T-VILO Services disponibiliza todas as funcionalidades da ferramenta em forma de
serviços para que os outros módulos os usem em seu devido contexto. No T-VILO Services
ficam todas as validações necessárias para cada funcionalidade, além de ter a responsabilidade
de persistência das informações, geração de QRCode para transação de mídia para outros
dispositivos e o “parser” dos conteúdos da ferramenta para XML.
Para melhor entendimento das responsabilidades do T-VILO Services, foram criadas três
camadas com suas responsabilidades bem definidas. São elas: Service Layer, Business Layer e
Data Layer. Nos itens a seguir será detalhada cada uma dessas camadas.
3.3.1.1 Service Layer
A camada Service Layer do T-VILO Services é responsável pela a disponibilização das
operações em forma de Web Services para serem acessados por outros módulos da arquitetura.
Todas as operações realizadas no T-VILO Services passam pela camada Service Layer.
Existem operações que não necessitam de acesso ao banco de dados, por exemplo, a geração
das imagens de QRCode que será discutida em um tópico posterior, que passa pela camada de
Service Layer e Business Layer, mas não passa pela camada de Data Layer. Por ser uma
Arquitetura Orientada a Serviços, essa camada é indispensável na arquitetura.
Por ser a camada responsável por toda a comunicação dos outros módulos com o T-
VILO Services, o Service Layer também tem como responsabilidade fazer parse de XML para
objeto e de objeto para XML, caracterizando assim a interoperabilidade na arquitetura. Por
conta dessa interoperabilidade, foi possível aos outros módulos realizar chamadas de
operações disponibilizadas no T-VILO Services mesmo sendo eles desenvolvidos em
tecnologias diferentes.
A Figura 12 representa o XML referente a um conteúdo interativo educacional gerado
pelo T-VILO Services, mais precisamente na camada Service Layer. Este XML é
45
disponibilizado ao T-VILO Viewer para ser acessado pelo telespectador.
Figura 12 - XML acessado pelo T-VILO Viewer
3.3.1.2 Business Layer
Business Layer é a camada responsável por todas as regras de negócios e validações da
ferramenta T-VILO Tool. Nesta camada são realizadas validações do conteúdo produzido no
T-VILO Maker antes de ser persistido em banco de dados pela camada Data Layer, que
também está localizada no módulo T-VILO Services. Um exemplo de validação realizada
nesta camada é se o conteúdo que está sendo elaborado possui todos os dados obrigatórios
preenchidos, ou se todas as mídias estão interligadas.
Outra função de responsabilidade do Business Layer é selecionar o conteúdo que será
disponibilizado para exibição do T-VILO Viewer. Nesse caso, a camada Business Layer
comunica-se com a camada Data Layer filtrando o conteúdo que estará disponível para ser
exibido no T-VILO Viewer. Após essa etapa, o conteúdo é repassado para a camada Service
Layer, que faz o parse do mesmo para o formato XML, e disponibiliza para o T-VILO Viewer.
Como exemplo, nesta camada é realizada a validação do conteúdo cadastrado.
46
3.3.1.3 Data Layer
A camada Data Layer tem como função exclusiva a persistência e recuperação dos
conteúdos previamente persistidos no banco de dados. Nesta camada estão localizados os
DAO’s (Data Access Object), que por sua vez recebem os conteúdos em forma de objetos e
persistem em banco de dados. Algumas validações referentes ao banco de dados também são
realizadas nessa camada, por exemplo, campo que não pode ser vazio, ou propriedades do tipo
inteiro as quais não podem assumir valores do tipo texto.
3.3.2 T-VILO Maker
O T-VILO Maker é uma ferramenta Web para construção de conteúdos interativos (T-
VILOs) que serão acessados por diversos dispositivos. No desenvolvimento do T-VILO
Maker foram utilizadas as tecnologias Adobe Flex e Action Script 3.0.
3.3.2.1 Criação de Conteúdo
Para a construção de um conteúdo, o T-VILO Maker disponibiliza três tipos de mídias:
Imagem, Texto e Questão.
Com o tipo Imagem é possível adicionar qualquer imagem que esteja hospedada em
alguma URL na internet, adicionando um título que é exibido no T-VILO Viewer, no
momento que o conteúdo é exibido. Como pode ser observado na Figura 13, após inserir a
URL, é possível realizar a pré-visualização da imagem no formulário.
47
Figura 13 - Tipo de mídia Imagem
Com o tipo de mídia Texto o produtor de conteúdo pode inserir textos com até 1000
caracteres. O número de caracteres foi definido depois de alguns testes realizados devido à
limitação de exibir grandes textos na tela de TV. Para cada texto que compõe o conteúdo é
necessário adicionar também um título, cujo formulário de edição pode ser observado na
Figura 14.
48
Figura 14 - Tipo de mídia Texto
O último e talvez o mais importante tipo de mídia seja a Questão. Com esse tipo, o
produtor de conteúdo pode criar fluxos alternativos de acordo com a resposta selecionada pelo
telespectador. Os campos que formam o objeto de mídia questão são: pergunta e alternativas.
Como descrito anteriormente, cada alternativa pode direcionar para uma mídia diferente,
como ilustrado na Figura 15.
Figura 15 - Tipo de mídia Questão
Os conteúdos interativos gerados pelo T-VILO Maker apresentam uma estrutura
49
orientada a grafo, fazendo uma analogia ao conceito de uma estrutura de dados baseada em
grafos. Cada nó representa uma mídia e as arestas são as ligações entre as mídias (nós), por
exemplo, uma aresta entre dois textos (nós), determina que ao término da visualização do
texto do nó origem, o texto do nó destino será exibido.
O T-VILO Maker faz o mapeamento existente entre as mídias interativas em um arquivo
XML. Nesse arquivo XML, serão representadas todas as relações entre as mídias, tais como
ordem e tempo de execução das mídias, sincronismo, atribuições temporais, entre outros.
Então, esse arquivo XML é enviado para o módulo T-VILO Services que é responsável pelo
parse do XML para objeto, validação e persistência do conteúdo, como foi descrito no tópico
anterior, de forma que esse conteúdo possa ser disponibilizado para ser utilizado pelos
módulos T-VILO Viewer e T-VILO Mobile.
Para contextualizar o conceito de fluxo alternativo em um grafo, a Figura 16 representa
um cenário, no qual o produtor de conteúdo elabora um conteúdo interativo com quatro
objetos de mídias do tipo Texto, um do tipo Imagem e um do tipo Questão. Como pode ser
observado na Figura 14, existe um fluxo alternativo, dependendo da opção selecionada. A
Pergunta é: “Quantos módulos compõem a ferramenta T-VILO Tool?” as alternativas são: “3
módulos” e “4 módulos”. Caso o telespectador selecione a opção correta, isto é, “4 módulos”,
o próximo conteúdo a ser mostrado será um texto com “Parabéns, você finalizou a aula sobre
T-VILO Tool”. Caso o telespectador selecione “3 módulos”, o telespectador será direcionado
para o texto “Que pena, você errou. Vamos revisar o texto sobre T-VILO Tool.”, voltando,
assim, para o texto com a explicação do conceito novamente.
Figura 16 - T-VILO Maker: Produção de conteúdo interativo
50
Essa flexibilidade de elaboração do conteúdo com fluxo alternativo é importante para o
produtor de conteúdo, principalmente, no contexto de Educação a Distância.
Todos os tipos de mídias possuem em seus formulários os campos Conteúdo Extra e Nó
Inicial. Conteúdo Extra é o conteúdo complementar, cuja visualização não é essencial para
entendimento do conteúdo como um todo. O campo Nó Inicial é a primeira mídia exibida no
momento que o conteúdo for acessado pelo T-VILO Viewer. Existe a necessidade desse
campo devido ao relacionamento entre as mídias ser baseado em grafo. No contexto do grafo
pode-se também chamá-lo “Nó raiz”.
3.3.2.2 Reaproveitamento de Conteúdos
Outro requisito importante no T-VILO Maker é o reaproveitamento de conteúdos
criados previamente. Na interface de criação de um novo conteúdo, há uma árvore de
conteúdos organizados em pastas, de onde o produtor do novo conteúdo pode reutilizar mídias
cadastradas anteriormente.
Figura 17 - Lista de conteúdos
Na listagem de conteúdos (ver na Figura 17), é utilizada uma iconografia para
representar o tipo de conteúdo que compõe uma aula. Dessa forma, por meio do título e do
ícone que representam o tipo de conteúdo, fica fácil para o produtor de conteúdo identificar o
conteúdo que deseja reutilizar. É importante ressaltar que, caso o produtor de conteúdo
51
reutilize alguma mídia previamente cadastrada, esta poderá ser alterada na aula que está sendo
produzida, porém, sem afetar a aula produzida anteriormente.
Todos os formulários de mídia possuem um padrão de interface gráfica na distribuição
dos elementos. Por exemplo, as interfaces possuem os botões Limpar, Confirmar e Cancelar
no final do formulário, visando a consistência da ferramenta. Uma preocupação no
desenvolvimento do T-VILO Maker foi criar uma ferramenta de fácil uso. Foram explorados
os componentes e artifícios como árvore de conteúdos, drag and drop, animações, etc, que
caracterizam o T-VILO Maker como uma aplicação RIA (Rich Internet Application).
3.3.2.3 Pré-Visualização
Um requisito importante que não foi encontrado nas ferramentas de autoria que foram
analisadas neste trabalho é a pré-visualização da aplicação interativa. O T-VILO Maker possui
um pré-visualizador, através do qual o produtor de conteúdo pode verificar como o conteúdo
interativo será apresentado para o telespectador antes mesmo de publicá-lo. Com isso, o
produtor pode verificar se a imagem utilizada está no tamanho adequado ou até mesmo
verificar se a navegabilidade do conteúdo está de acordo com o que foi pensado. A Figura 18
ilustra o momento em que o produtor pré-visualiza o conteúdo antes de publicá-lo, enquanto
que a Figura 19 mostra o conteúdo já publicado sendo visualizado na televisão.
Figura 18 - Pré-Visualização T-VILO Maker Figura 19 - Conteúdo em ambiente real
52
3.3.2.4 Publicação de Conteúdo
O T-VILO Maker também disponibiliza uma opção de gerar aplicação, isto é, gerar o T-
VILO Viewer em um de seus formatos de interatividade: interatividade local ou interatividade
remota. Serão detalhados os dois formatos do T-VILO Viewer em um tópico posterior. Gerar a
aplicação disponível por meio da opção “exportar conteúdos selecionados” do T-VILO Maker,
significa compactar os arquivos que compõem o T-VILO Viewer juntamente com o XML
criado com todo conteúdo interativo selecionado no T-VILO Maker. A Figura 20 ilustra o
momento que um conteúdo foi selecionado na lista de conteúdos e o T-VILO Maker gerou o
arquivo “tvilomaker.zip” com o conteúdo selecionado.
Figura 20 - Gerar aplicação por meio do T-VILO Maker
Após o T-VILO Maker gerar a aplicação referente ao conteúdo selecionado, este arquivo
está pronto para ser transmitido para os telespectadores.
3.3.2.5 Visualização de Feedbacks de Usuários
No T-VILO Maker o produtor de conteúdo tem acesso ao feedback dos telespectadores,
que podem ser comentários, sugestões ou até mesmo perguntas. Esse feedback é importante
pois analisando-o é possível criar conteúdos mais interessantes ou até mesmo mais
esclarecedores. Hoje em dia as emissoras utilizam outros meios para obter esse feedback do
telespectador, como internet e celular.
Observa-se, na Figura 21, que os feedbacks são disponibilizados em uma listagem
53
dentro do T-VILO Maker. O produtor tem acesso ao nome do remetente, assunto, data do
envio da mensagem e a mensagem propriamente dita.
Figura 21 - Lista de mensagens enviadas pelo telespectador
3.3.3 T-VILO Viewer
T-VILO Viewer é uma aplicação desenvolvida em NCL/Lua que permite a visualização
do conteúdo produzido no T-VILO Maker na TVDI. O T-VILO Viewer, ilustrado na Figura 22,
é recebido pelo STB por broadcast, em seguida, processado pelo middleware Ginga e, então,
quando é apresentado para o usuário, recebe as mídias por demanda e o arquivo XML. Tal
arquivo foi produzido pelo T-VILO Maker, e contém a ordem de exibição das mídias
interativas.
O usuário interage com o conteúdo transmitido usando o controle remoto da televisão.
O T-VILO Viewer dá a possibilidade de o usuário efetuar uma transição do conteúdo que está
sendo visualizado na televisão para outro dispositivo. Por meio deste módulo, o usuário
também consegue enviar sugestões, comentários ou dúvidas para o produtor de conteúdo.
54
Figura 22 - Visualização de conteúdo no T-VILO Viewer
3.3.3.1 Tipo de Interatividade
O T-VILO Viewer é disponibilizado em duas versões: na primeira versão, o conteúdo e o
XML são requisitados dinamicamente por meio do canal de retorno ao T-VILO Services,
classificada como Interatividade Remota. Na segunda versão, o conteúdo e o XML são
anexados ao T-VILO Viewer no momento de sua geração no T-VILO Maker, transmitidos por
meio de broadcast, assim, não havendo a necessidade do uso do canal de retorno para
requisitar o conteúdo sob demanda. Classifica-se como Interatividade Local.
De acordo com Tonieto (TONIETO, 2006), uma aplicação é classificada de
interatividade local, se ela restringe interagir com o receptor digital, sem utilização de um
canal de retorno. A ampliação deste modelo, possibilitando o envio de informações do
receptor para o operador é classificada como interatividade remota (Tonieto, 2006).
3.3.3.1.1 Interatividade Remota
A versão do T-VILO Viewer com Interatividade remota tem como principal vantagem a
requisição do conteúdo sob demanda, isto significa que, caso o produtor altere o conteúdo por
meio da ferramenta T-VILO Maker, e o mesmo seja requisitado posteriormente pelo usuário,
essa alteração será automaticamente aplicada. Observa-se, na Figura 23, que o XML com
conteúdo é trafegado por meio do canal de retorno, caracterizando esta solução como uma
55
solução dependente do mesmo.
Figura 23 - Requisição de conteúdos por meio do canal de retorno
3.3.3.1.2 Interatividade Local
T-VILO Viewer com interatividade local é uma versão que não necessita do canal de
retorno para obter e exibir o conteúdo produzido no T-VILO Maker. No momento em que o T-
VILO Viewer é gerado com as configurações de interatividade local para um ou mais
conteúdos interativos, todas as mídias interativas que os compõem, isto é, imagens, textos e
questões, juntamente com o XML de ligações entre as mídias interativas são anexadas. Dessa
forma, quando a aplicação é iniciada no STB após ter sido transmitida por broadcast, todo
conteúdo e o relacionamento entre os mesmos, são lidos localmente, sem a necessidade do
canal de retorno. Porém, como desvantagem, caso o conteúdo seja alterado no T-VILO Maker,
é necessário gerar um novo T-VILO Viewer e enviá-lo novamente por broadcast.
3.3.3.2 Transição de Conteúdo extra
Por meio do T-VILO Viewer o telespectador pode transacionar o conteúdo extra
previamente cadastrado para outro dispositivo, por exemplo, o celular. Caso a mídia que o
telespectador esteja acessando tenha um conteúdo extra relacionado, como um vídeo do
Youtube ou outro site qualquer, o QRCode referente ao mesmo será exibido no canto inferior
esquerdo da tela, como se pode observar na Figura 24.
56
Figura 24 - Uso do QRCode para conteúdo extra
3.3.3.3 Disponibilização do conteúdo de áudio e vídeo
A aplicação não sobrepõe o vídeo porque o conteúdo interativo está diretamente ligado
à programação de áudio e vídeo da televisão. No momento em que o telespectador decide
interagir com o conteúdo, é feita uma redução para o canto superior esquerdo do vídeo da
programação, permitindo, assim, o telespectador continuar acompanhando a programação,
enquanto interage com o conteúdo.
3.3.3.4 Navegabilidade na aplicação
Para navegar nas funcionalidades principais, o telespectador utiliza os botões coloridos
do controle remoto, por exemplo, o botão vermelho do controle para acessar o menu de
qualquer parte da aplicação.
A navegação no menu da aplicação é realizada por meio dos números do controle
remoto, dessa forma, o telespectador tem a liberdade de escolher qual o conteúdo interativo
deseja acompanhar.
As setas são utilizadas para passar para o conteúdo anterior ou próximo, isso se o
conteúdo que estiver sendo exibido não for uma questão. No caso da questão como foi dito
anteriormente, a navegabilidade está associada a uma alternativa. Importante ressaltar que por
não ser uma estrutura sequencial, foi utilizado o algoritmo de pilha para que fosse possível
57
voltar ao ponto anterior acessado pelo telespectador.
Figura 25 - Pilha Navegabilidade do Conteúdo
Imagine o seguinte cenário que está sendo representado na Figura 25. O telespectador
navegou pelo conteúdo 1, conteúdo 2, conteúdo 3 e conteúdo 5. Por algum motivo, o
telespectador desejou voltar para o conteúdo anterior, porém para chegar no conteúdo 5, ele
poderia ter vindo pelo conteúdo 3 ou conteúdo 4. Então, para resolver o problema, a cada
conteúdo acessado por ele, o T-VILO Viewer empilha a referência dos conteúdos acessados
em memória. A implementação da ação de “voltar” no T-VILO Viewer, desempilha o
conteúdo do topo, e o anterior passa a ser o conteúdo corrente.
3.3.4 T-VILO Mobile
O T-VILO Mobile é o módulo responsável por explorar as potencialidades dos
dispositivos móveis no contexto da televisão digital interativa e proporcionar a convergência
com os outros dispositivos, por meio de recursos como câmeras, sensores, formas de
comunicação, etc.
Este módulo é dividido em duas versões: a T-VILO Mobile Ginga e XT-VILO Mobile, e
foi desenvolvido na monografia de conclusão de curso (CELES, 2011). Apesar desse esforço
na monografia, a integração entre o T-VILO Mobile Ginga e o T-VILO Maker ainda se
encontra em fase de desenvolvimento. A seguir, essas versões são descritas em detalhes.
58
3.3.4.1 T-VILO Mobile Ginga
O T-VILO Mobile Ginga é uma aplicação baseada no SBTVD desenvolvida em NCLua.
Essa aplicação possui as mesmas funcionalidades do T-VILO Viewer, porém com o conteúdo,
adaptado para dispositivos móveis. A Figura 26 mostra um mesmo conteúdo interativo
visualizado via televisão e via celular, sendo acessado pelas aplicações T-VILO Viewer e T-
VILO Mobile Ginga, respectivamente. Pode-se observar na imagem que existe uma diferença
entre as aplicações, devido ao tamanho da tela dos dispositivos.
Figura 26 - Representação de conteúdo no T-VILO Viewer e no T-VILO Mobile Ginga (Celes, 2011)
A aplicação T-VILO Mobile Ginga é disponibilizada via broadcast por meio da
frequência 1-SEG, banda utilizada para transmissão para dispositivos móveis. A Figura 27
mostra a estrutura de transmissão das aplicações, T-VILO Viewer e T-VILO Mobile Ginga.
Observa-se que as duas aplicações são disponibilizadas via broadcast, porém em frequências
diferentes. Na proposta da arquitetura, ambas utilizam o canal de retorno para trocar
informações com o T-VILO Services.
Figura 27 - Estrutura de Transmissão do T-VILO Mobile Ginga
59
3.3.4.2 XT-VILO Mobile
O XT-VILO Mobile é uma aplicação desenvolvida em Java ME e Android. Essa
aplicação não requisita que o celular seja compatível com o padrão brasileiro de TV Digital.
O XT-VILO Mobile é uma aplicação que deve ser instalada no dispositivo, a qual não vem via
broacast como o T-VILO Mobile Ginga. A Figura 28 mostra a estrutura de comunicação entre
o XT-VILO Mobile e os outros módulos da ferramenta.
Figura 28 - Estrutura de comunicação entre XT-VILO Mobile e componentes da ferramenta
O XT-VILO Mobile tem funcionalidades diferentes do T-VILO Mobile Ginga. Por meio
do XT-VILO mobile, o telespectador pode realizar a transição de mídias da televisão para o
celular, por intermédio do QRCode. A Figura 29 representa o momento em que o
telespectador observa, que relacionado àquela mídia interativa, possui um conteúdo extra,
representado por um QRCode. O telespectador faz a leitura utilizando a aplicação XT-VILO
Mobile, e visualiza um vídeo em seguida.
Figura 29 - Transição de mídia utilizando XT-VILO Mobile (Celes, 2011)
Outra funcionalidade existente no XT-VILO Mobile é o envio de mensagens, dúvidas ou
sugestões por parte do telespectador para o produtor do conteúdo. Para realizar esta operação,
o XT-VILO Mobile faz chamadas nos Web Services disponíveis no módulo T-VILO Services.
60
A mensagem enviada pelo telespectador pode ser visualizada pelo produtor de conteúdo no T-
VILO Maker, como foi dito anteriormente. A Figura 30 ilustra o formulário que é acessado
pelo telespectador para o envio de mensagens.
Figura 30 - Envio de mensagens pelo T-VILO Mobile
3.4 CENÁRIOS DE INTERAÇÃO DO T-VILO TOOL
Esse item tem como objetivo mostrar ao leitor como um produtor de conteúdo ou um
telespectador interage com a ferramenta T-VILO Tool, mostrando os módulos que são
envolvidos em cada cenário. Por se tratar de uma ferramenta de elaboração de conteúdo
educativo, serão considerados nos cenários apresentados o professor como produtor de
conteúdo e o aluno como telespectador. Com esses cenários, será possível ter um melhor
entendimento da ligação entre o ator, que no caso pode ser professor, em relação ao T-VILO
Maker ou o aluno, em relação ao T-VILO Viewer e a ferramenta T-VILO Tool.
3.4.1 Produção de um conteúdo educativo
O primeiro cenário apresentado é o de produção de conteúdo, realizado pelo professor.
Para a produção de conteúdo, o professor acessa o T-VILO Maker, para produzir um conteúdo
e disparar uma ação de “criarAula”. Por sua vez, o T-VILO Maker requisita o método
“criarAulaService” do módulo T-VILO Services, mais precisamente da camada Service Layer,
passando os parâmetros necessários para a criação de uma nova Aula. O Service Layer faz o
parse do XML para objeto, repassando-o para a camada Business Layer. A camada Business
61
Layer faz as devidas validações. Caso esteja tudo validado corretamente, o objeto é repassado
para a camada Data Layer, fazendo uma chamada no método “criarAulaDAO”. A camada
Data Layer, como visto no capítulo anterior, faz a comunicação com o banco de dados, assim,
o conteúdo é persistido. Depois de persistido, o objeto volta por todas as camadas do T-VILO
Services até chegar na camada Service Layer, ser encapsulado em um XML, e devolvido ao T-
VILO Maker. A Figura 31 mostra o diagrama de sequência com todas as etapas e módulos da
arquitetura que o conteúdo interativo elaborado pelo professor trafega antes de ser persistido.
Figura 31 - Diagrama de sequências do cenário produção de conteúdo
3.4.2 Visualização de Aulas
Neste cenário, o aluno acessa na TVD o conteúdo previamente cadastrado pelo
professor. Para isso, T-VILO Viewer, configurado como interatividade remota, vem via
broadcast multiplexado com o conteúdo de áudio e vídeo do canal. O Aluno seleciona
“Carregar Aplicação interativa”. Quando o T-VILO Viewer é inicializado, é chamado o
método “getAulasServices” que é provido pelo T-VILO Services. O T-VILO Services chama o
“GetAula” da classe AulasDAO, que por sua vez acessa o banco de dados e retorna uma
coleção de aulas disponíveis para exibição. O T-VILO Services empacota a coleção em um
XML e a devolve para o T-VILO Viewer. O T-VILO Viewer faz o parse do XML para objetos,
colocando-os em memória para tornar o acesso mais rápido quando necessário. A Figura 32
ilustra o diagrama de sequências deste cenário.
62
Figura 32 - Diagrama de sequências do cenário Visualização de aulas
3.4.3 Envio de Sugestões e Dúvidas
Neste cenário, o aluno visualiza a aula na televisão e utiliza o celular com a aplicação T-
VILO Mobile para enviar um feedback para o professor. Para realizar esta atividade, o aluno
acessa o T-VILO Mobile, preenche as informações que são mostradas na tela, como nome e
mensagem, e seleciona a opção “enviarMensagem”. O T-VILO Mobile, por meio da rede de
dados da operadora de telefonia, requisita o método “EnviarMensagemService” que pertence
ao Web Services da camada Service Business do T-VILO Services. A mensagem é armazenada
no servidor por meio da camada Data Layer, a qual é disponibilizada para leitura do professor
em um segundo momento, sendo acessada pelo T-VILO Maker. Este cenário mostra uma
forma alternativa de utilização do canal de retorno, fazendo o uso da rede de telefonia para
realizar essa ação. A figura 33 ilustra esse cenário em forma de diagrama de sequências.
63
Figura 33 - Diagrama de sequências do cenário Envio de Sugestões e Dúvidas
Termina-se este capítulo mostrando toda a arquitetura desenvolvida ao longo desse
trabalho, assim como a explicação de cada módulo que compunha a ferramenta T-VILO Tool.
64
4 DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA:
CONTRIBUIÇÕES E PROCESSO REALIZADO
Durante o desenvolvimento da ferramenta T-VILO Tool, houve o desenvolvimento de
soluções que aportam contribuições para o desenvolvimento de aplicações interativas
baseadas no SBTVD. Este capítulo visa abordar essas contribuições juntamente com a
metodologia utilizada durante a elaboração do trabalho em questão.
4.1 CONTRIBUIÇÕES PARA DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES
INTERATIVAS PARA TVDI
Uma das maiores dificuldades no desenvolvimento deste trabalho foi a inexistência de
componentes de interface de interação com usuário e de comunicação na tecnologia escolhida
para desenvolver o T-VILO Viewer. O T-VILO Viewer, como citado anteriomente, foi
desenvolvido em NCLua, linguagem presente no middleware Ginga.
Então, como uma forma de contribuição, durante a elaboração deste trabalho,
desenvolveu-se uma biblioteca de interface gráfica chamada Sunshine e um componente de
comunicação chamado Rest Client. Ressalta-se que essas contribuições podem ser utilizadas
em qualquer aplicação Ginga NCLua.
Também como contribuição deste trabalho, foi gerado um modelo de conteúdo
baseado em XML, para representar o conteúdo propriamente dito e o relacionamento existente
entre eles.
Nos próximos itens serão descritos a biblioteca de interface, o componente de
comunicação e o modelo de conteúdo.
65
4.1.1 Biblioteca de Interface - Sunshine
Sunshine é o nome da biblioteca de interfaces desenvolvida em NCLua durante o
desenvolvimento do módulo T-VILO Viewer.
Esta biblioteca possui quatro componentes visuais que podem ser reutilizados em
qualquer aplicação para TV Digital que utilize NCLua. Os componentes são: ListField,
TextField, ImageField e QuestionField. Na Figura 34, tem-se o diagrama de classes da
biblioteca e os relacionamentos entre os componentes que a compõem.
Figura 34 - Diagrama de Classes da biblioteca Sunshine
4.1.1.1 UIComponent
UIComponent é o componente base para todos os outros componentes da biblioteca
Sunshine. Este componente possui as propriedades de posicionamento, largura e altura do
objeto de interação. Como pode ser observado na Figura 34, todos outros componentes
herdam dele os atributos de largura (width), altura (height) e posicionamento (x e y).
4.1.1.2 TextField
É o componente mais simples da biblioteca e o mais utilizado. Como pode ser
observado no diagrama de classes na Figura 34, o componente possui somente o atributo text.
66
Esse componente possui três métodos, sendo eles: show, writeTitle e writeText.
Textfield:show (x, y, width, background)
O método show recebe os parâmetros de posicionamento (x e y), a largura (width) e uma
imagem de background, caso o mesmo possua. Este método é responsável por guardar as
informações necessárias para que o componente da aplicação possa ser desenhado.
Texttfield:writeTitle (title)
O método writeText recebe como parâmetro o título do texto (text). Este título é desenhado na
tela, diferenciando-se do texto propriamente dito, em relação a tamanho de fonte e cor. A
posição do texto a ser desenhado será relativa aos parâmetros passados no método show() .
Textfield:writeText (text)
Este método tem como responsabilidade desenhar o texto na aplicação baseado na largura
atribuída no método show(). Caso não tenha espaço para desenhar todo o texto em uma única
linha na largura definida anteriormente, para esse método foi desenvolvida uma lógica para a
quebra de linha automática, facilitando para o desenvolvedor o uso de grandes textos em suas
aplicações interativas.
A Figura 35 ilustra uma aplicação para TVDI (lado a) desenvolvida para demonstrar a
utilização desse componente da biblioteca. O lado b da figura mostra o trecho de código
necessário, utilizando a biblioteca sunshine, para o desenvolvimento dessa aplicação.
Figura 35 - Utilização do componente TextField
67
Para um melhor entendimento do código ilustrado na Figura 35 (lado b), este será
explicado detalhadamente abaixo:
linha 5: instanciando o componente TextField;
linha 6: Atribuindo valores de posicionamento e largura;
linha 7: Desenhando o título do texto, que no caso é: “Um Exemplo de Uso”; e
linha 8: Desenhando o texto propriamente dito.
4.1.1.3 ImageField
ImageField é o componente para inserir imagens com título em aplicações
desenvolvidas em NCLua. O componente tem duas propriedades: titulo e caminho da
imagem. Este componente se integra com o componente TextField. Essa integração é útil caso
o título da imagem inserida seja muito grande, pois ele será automaticamente dividido em 2
linhas. Esse componente possui dois métodos:
ImageField:show(x, y, width, background)
O método show() é responsável por armazenar as coordenadas (x e y) onde a imagem será
desenhada, largura(width) e uma imagem de fundo (background), caso exista.
ImageField:showImage(path, title)
O método showImage() tem como parâmetros o caminho da imagem (path) e o título (title).
Ele é o responsável por desenhar a imagem na tela de acordo com o posicionamento passado
nos parâmetros do método show().
A Figura 36 ilustra uma aplicação (lado a) e o código necessário (lado b) para criação da
mesma, utilizando a biblioteca sunshine.
68
Figura 36 - Componente ImageField
4.1.1.4 ListField
Esse componente foi desenvolvido para gerar um menu dada uma lista de opções.
ListField:show(x, y, width, background)
Como nos componentes anteriores, o método show é responsável pela disponibilização
do componente na interface da aplicação. Os parâmetros que o método recebe são: as
coordenadas (x e y), a largura do componente (width), e uma imagem de fundo (background),
caso necessite. A Figura 37 ilustra a aplicação gerada utilizando a biblioteca (lado a) e o
código necessário para desenvolver a mesma (lado b).
Figura 37 - Componente ListField
69
4.1.1.5 QuestionField
Componente para representar perguntas de múltipla escolha. Devido a reutilização do
componente TextField no título da pergunta do QuestionField, a quebra de linha acontece de
forma automática, caso o espaço não seja suficiente para exibir o título em uma única linha.
Para exibir na tela as possíveis respostas da pergunta foi reutilizado o ListField.
QuestionField:show(question, x, y, width, background)
O método show é responsável por desenhar o componente QuestionField na aplicação.
Os parâmetros recebidos por esse método são: A questão propriamente dita (question), as
coordenadas (x e y), a largura do componente (width) e uma imagem de fundo, caso necessite.
A Figura 38 ilustra uma aplicação desenvolvida para mostrar o uso da biblioteca, onde
no lado (a) é mostrada a aplicação sendo executada no emulador, e no lado (b) é mostrado o
um trecho do código necessário para criar tal aplicação.
Figura 38 - Utilização do componente QuestionField
4.1.2 RestClient: Componente de comunicação
Para resolver a dificuldade de comunicação entre aplicações interativas baseadas em
NCLua e servidores WEB, durante a realização deste trabalho foi criado um componente
chamado RestClient.
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dissertação - Italo Matos Cavalcante Santos

  • 1. FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS MESTRADO EM INFORMÁTICA APLICADA Ítalo Matos Cavalcante Santos T-VILO TOOL: Ferramenta Orientada a Serviços para Interação e Produção de Conteúdos Educativos Baseada no Sistema Brasileiro de Televisão Digital Fortaleza 2011
  • 2. FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS MESTRADO EM INFORMÁTICA APLICADA Ítalo Matos Cavalcante Santos T-VILO TOOL: Ferramenta Orientada a Serviços para Interação e Produção de Conteúdos Educativos Baseada no Sistema Brasileiro de Televisão Digital Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Informática Aplicada da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Informática Aplicada. Orientadora: Profa . Maria Elizabeth Sucupira Furtado, D.Sc. Fortaleza 2011
  • 3. __________________________________________________________________________ S237t Santos, Ítalo Matos Cavalcante. T-VILO TOOL: ferramenta orientada a serviços para interação e produção de conteúdos educativos baseada no sistema brasileiro de televisão digital / Ítalo Matos Cavalcante Santos. - 2011. 102 f. Dissertação (mestrado) – Universidade de Fortaleza, 2011. “Orientação: Profa. Maria Elizabeth Sucupira Furtado, D.Sc.” 1. Programação orientada a objetos. 2. Televisão digital. 3. Educação à distância. I. Título. CDU 681.3.06 __________________________________________________________________________
  • 4. iv
  • 5. v “Há duas fontes perenes de pura alegria: o bem realizado e o dever cumprido” (Eduardo Girão)
  • 6. vi AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais, Francisco José dos Santos e Glaíra Matos Cavalcante Santos, por todos os ensinamentos extra faculdade a mim transmitidos, imprescindíveis à minha formação pessoal e acadêmica, e sem os quais, a conclusão deste curso não passaria de um mero momento. Aos meus irmãos Rômulo Matos e Natália Matos que juntos exercitamos a prática do respeito e de gratidão às pessoas com que convivemos, em especial pelos nossos mestres. A minha namorada Laysa Santiago, por ter me apoiado bastante na conclusão deste trabalho. À professora Elizabeth Furtado por ter sido a responsável maior para que eu pudesse realizar este trabalho. Aos professores do Curso de Pós-Graduação em Ciência da Computação pelos ensinamentos transmitidos. Aos colegas do LUQS, Patrícia Vasconcelos, Eduardo Gularte, Clayson Celes, Alisson, Edson Bruno, Jouderian Júnior, Danielly Barboza, Rafaela Lisboa, Marília Mendes, Leandro Santiago, Carlos Lenine, Liádina Camargo, Guido Militão, pelas contribuições prestadas e também, pela solidariedade, amizade e agradável convívio. À Active Brasil e à Hanzo pela compreensão e apoio concedidos para realização deste curso. A todos os amigos que torceram por mim nesta caminhada, em especial ao Rafael Ramos, Adriano Nepomuceno, Felipe Linheiro, Márcio Roberto, Júnior Martins.
  • 7. vii A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- CAPES pelo apoio financeiro e acadêmico durante o mestrado.
  • 8. viii Resumo da dissertação apresentada ao Corpo Docente do Curso de Mestrado em Informática Aplicada da Universidade de Fortaleza, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Mestre em Informática. T-VILO Tool: Ferramenta Orientada a Serviços para produção de conteúdo educativo baseada no Sistema Brasileiro de Televisão Digital Autor: Ítalo Matos Cavalcante Santos Orientadora: Maria Elizabeth Sucupira Furtado, D.Sc. O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de criar uma ferramenta de autoria baseada no padrão brasileiro de televisão, sendo esta responsável desde a produção de conteúdos educativos até suas visualizações na televisão e em celulares. Para o levantamento de requisitos, foi utilizada a metodologia Design da Interação e levantamento de Requisitos com foco na Comunicação e Exploração de idéias – DIRCE, aplicada juntamente com profissionais das áreas de desenvolvimento, usabilidade e educação; e para o desenvolvimento da ferramenta foram utilizadas algumas práticas e processos pertencentes ao Desenvolvimento Ágil. Como forma de validação da ferramenta, foram realizados cursos com a produção de conteúdos, por professores, e visualizados na televisão pelos alunos. Como resultados desse trabalho foram geradas as seguintes contribuições: a ferramenta desenvolvida, incluindo o módulo de produção, visualização e integração dos conteúdos com foco na Educação a Distância; a utilização de dispositivos móveis como novas formas de interação com aplicações para Televisão Digital; a criação de uma biblioteca de interfaces; e o desenvolvimento de um componente de comunicação, sendo compatíveis com o padrão brasileiro de televisão digital. Para realização do trabalho houve o suporte do Laboratório de Estudos do Usuário e da Qualidade de Uso de Software – LUQS, da Universidade de Fortaleza – UNIFOR. Palavras chave: Televisão Digital, Ferramenta de autoria, Educação à Distância, Web 2.0, Arquitetura Orientada a Serviços, Metodologia Ágil, Dispositivos Móveis, IHC.
  • 9. ix Abstract of the dissertation presented to the board of faculties of the Master Program in Applied Informatics at the University of Fortaleza, as partial fulfillment of the requirements for the Master’s degree in Applied Informatics T-VILO Tool: Ferramenta Orientada a Serviços para produção de conteúdo educativo baseada no Sistema Brasileiro de Televisão Digital Autor: Ítalo Matos Cavalcante Santos Orientadora: Maria Elizabeth Sucupira Furtado, D.Sc. This dissertation was developed with the goal of creating an authoring tool based on the Brazilian television standard, which is responsible from the production of educational content to their views on television and other devices. Interaction Design and survey requirements were used for requirements gathering methodology focusing on communication and exploration of ideas - DIRCE applied together with professionals in the areas of development, usability and education services for the development of tools and some practices were used processes belonging to Agile Development. As a way of validating the tool, courses were held with the production of content for teachers, and viewed on television by students. As a result of this work were generated the following contributions: The tool developed, including the production module, visualization and integration of multimedia with a focus on distance education, the use of mobile devices as new forms of interaction with applications to digital television, the creation a library of interfaces and the development of a communication component, which are all compatible with the Brazilian digital TV standard. This dissertation had the support of the Laboratory for studies of User Quality and Systems Use - LUQS, University of Fortaleza – UNIFOR. Keywords: Digital Television, Authoring tool, Web 2.0, Service Oriented Architecture, Agile Development, Mobile, Human Computer Interaction.
  • 10. x LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS DVB Digital Video Broadcasting EAD Educação a Distância HTTP Hypertext Transfer Protocol IHC Interação Humano-Computador MHP Multimedia Home Plataform SBTVD Sistema Brasileiro de Televisão Digital SMS Short Message Service STB Setopbox TS Transport Stream TVDI Televisão Digital Interativa VILO Video Interactive Learning Object XML Extensible Markup Language XP Extreme Programming
  • 11. xi SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................17 1.1 MOTIVAÇÃO ......................................................................................................17 1.2 OBJETIVOS .........................................................................................................19 1.1.1 Objetivo Geral.............................................................................................19 1.1.2 Objetivos Específicos..................................................................................19 1.3 METODOLOGIA .................................................................................................19 1.4 AMBIENTE DA PESQUISA ...............................................................................20 1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO..........................................................................20 2 CONTEXTUALIZAÇÃO E MOTIVAÇÃO PARA PRODUÇÃO DE CONTEÚDO PARA O SBTVD.....................................................................................................................22 2.1 PROJETO RH-TVD .........................................................................................22 2.1.1 Objetivos do projeto....................................................................................23 2.2 Ferramentas de autoria para Televisão Digital......................................................26 2.2.1 Composer ...........................................................................................................26 2.2.2 Jame Author .......................................................................................................27 2.2.3 Cardinal Studio...................................................................................................27 2.2.4 Alti Composer....................................................................................................28 2.2.5 ITV Project.........................................................................................................29 2.2.6 Contextual Ginga ...............................................................................................29 2.2.7 CUICA ...............................................................................................................30 2.3 Comparação entre as ferramentas de autoria ........................................................31 2.4 Abordagem inicial para levantamento de requisitos .............................................32 3 T-VILO TOOL: UMA FERRAMENTA PARA PRODUÇÃO DE CONTEÚDO INTERATIVO BASEADO NO SBTVD...............................................................................41 3.1 Conceitos Básicos .................................................................................................41 3.2 Visão Geral da Ferramenta....................................................................................42 3.3 Módulos da Arquitetura ........................................................................................43
  • 12. xii 3.3.1 T-VILO Services................................................................................................44 3.3.1.1 Service Layer ..................................................................................................44 3.3.1.2 Business Layer ................................................................................................45 3.3.1.3 Data Layer.......................................................................................................46 3.3.2 T-VILO Maker...................................................................................................46 3.3.2.1 Criação de Conteúdo.......................................................................................46 3.3.2.2 Reaproveitamento de Conteúdos.....................................................................50 3.3.2.3 Pré-Visualização .............................................................................................51 3.3.2.4 Publicação de Conteúdo..................................................................................52 3.3.3 T-VILO Viewer..................................................................................................53 3.3.3.1 Tipo de Interatividade .....................................................................................54 3.3.3.1.1 Interatividade Remota ..................................................................................54 3.3.3.1.2 Interatividade Local .....................................................................................55 3.3.3.2 Transição de Conteúdo extra...........................................................................55 3.3.3.3 Disponibilização do conteúdo de áudio e vídeo..............................................56 3.3.3.4 Navegabilidade na aplicação...........................................................................56 3.3.4 T-VILO Mobile..................................................................................................57 3.3.4.1 T-VILO Mobile Ginga ....................................................................................58 3.3.4.2 XT-VILO Mobile............................................................................................59 3.4 Cenários de interação do T-vILO Tool .................................................................60 3.4.1 Produção de um conteúdo educativo..................................................................60 3.4.2 Visualização de Aulas........................................................................................61 3.4.3 Envio de Sugestões e Dúvidas ...........................................................................62 4 DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA: CONTRIBUIÇÕES E PROCESSO REALIZADO..........................................................................................................................64 4.1 Contribuições para desenvolvimento de aplicações interativas PARA TVDI......64 4.1.1 Biblioteca de Interface - Sunshine......................................................................65 4.1.1.1 UIComponent..................................................................................................65 4.1.1.2 TextField .........................................................................................................65 4.1.1.3 ImageField.......................................................................................................67 4.1.1.4 ListField ..........................................................................................................68 4.1.1.5 QuestionField ..................................................................................................69 4.1.2 RestClient: Componente de comunicação..........................................................69 4.1.3 Modelo de conteúdo...........................................................................................71 4.2 Processo de desenvolvimento da arquitetura ........................................................73 4.2.1 Cliente Presente..................................................................................................73 4.2.2 Jogo do Planejamento ........................................................................................73 4.2.3 Código Coletivo .................................................................................................74 4.2.4 Design Simples...................................................................................................75 4.2.5 Releases Curtos ..................................................................................................75 4.3 Desenvolvimento dos releases ..............................................................................78 4.4 Viabilidade da Solução .........................................................................................80 5 AMBIENTE DE TESTES FUNCIONAIS E DE USABILIDADE PARA APLICAÇÕES BASEADAS NO SBTVD ............................................................................82
  • 13. xiii 5.1 Ambiente de testes de usabilidade ........................................................................83 5.1.1 Transmissor........................................................................................................83 5.1.2 Receptor .............................................................................................................85 5.1.3 Estrutura física ...................................................................................................86 5.2 Cursos....................................................................................................................87 5.2.1 Curso 1: Introdução a operações básicas na matemática ...................................88 5.2.1.1 Produção de conteúdo .....................................................................................89 5.2.1.2 Resultados .......................................................................................................91 5.2.2 Curso 2: Introdução a frações ............................................................................91 5.2.2.1 Produção de conteúdo .....................................................................................92 5.2.2.2 - Visualização do conteúdo .............................................................................93 5.2.2.3 Resultados .......................................................................................................94 5.2.3 Curso 3: Introdução a frações com sincronismo................................................95 5.2.3.1 Produção do conteúdo.....................................................................................95 5.2.3.1.1 Sincronismo no Playout ...............................................................................96 5.2.3.1.2 Sincronismo no STB ....................................................................................96 5.2.3.2 Resultados .......................................................................................................96 6 CONCLUSÃO ...............................................................................................................97 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................99 APÊNDICE I – Itens Desenvolvidos e Melhorias RCASOFT Middleware ....................102
  • 14. xiv LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Composer 2.2______________________________________________________________________ 26 Figura 2 - Jame Author: Ambiente de autoria para o padrão MHP ____________________________________ 27 Figura 3 - Ambiente de autoria Alti Composer ____________________________________________________ 28 Figura 4 - ITV Project ________________________________________________________________________ 29 Figura 5 - Contextual Ginga___________________________________________________________________ 30 Figura 6 - CUICA ferramenta de autoria em ambiente WEB _________________________________________ 31 Figura 7 – Ícones representativos: (a) de mídias e (b) de aspectos da interação [Mendes, 2009] ____________ 34 Figura 8 - Participante elaborando T-VILOS (MENDES, 2009) ________________________________________ 35 Figura 9 - Representação da visão do aluno na TVD _______________________________________________ 35 Figura 10 - Propostas de interface para a aplicação de visualização de conteúdos na TVD_________________ 36 Figura 11 - Arquitetura T-VILO Tool ____________________________________________________________ 43 Figura 12 - XML acessado pelo T-VILO Viewer ____________________________________________________ 45 Figura 13 - Tipo de mídia Imagem______________________________________________________________ 47 Figura 14 - Tipo de mídia Texto________________________________________________________________ 48 Figura 15 - Tipo de mídia Questão _____________________________________________________________ 48 Figura 16 - T-VILO Maker: Produção de conteúdo interativo_________________________________________ 49 Figura 17 - Lista de conteúdos_________________________________________________________________ 50 Figura 18 - Pré-Visualização T-VILO Maker_______________________________________________________ 51 Figura 19 - Conteúdo em ambiente real _________________________________________________________ 51 Figura 20 - Gerar aplicação por meio do T-VILO Maker _____________________________________________ 52 Figura 21 - Lista de mensagens enviadas pelo telespectador ________________________________________ 53 Figura 22 - Visualização de conteúdo no T-VILO Viewer ____________________________________________ 54 Figura 23 - Requisição de conteúdos por meio do canal de retorno ___________________________________ 55 Figura 24 - Uso do QRCode para conteúdo extra __________________________________________________ 56 Figura 25 - Pilha Navegabilidade do Conteúdo____________________________________________________ 57 Figura 26 - Representação de conteúdo no T-VILO Viewer e no T-VILO Mobile Ginga (Celes, 2011) __________ 58 Figura 27 - Estrutura de Transmissão do T-VILO Mobile Ginga _______________________________________ 58
  • 15. xv Figura 28 - Estrutura de comunicação entre XT-VILO Mobile e componentes da ferramenta _______________ 59 Figura 29 - Transição de mídia utilizando XT-VILO Mobile (Celes, 2011)________________________________ 59 Figura 30 - Envio de mensagens pelo T-VILO Mobile_______________________________________________ 60 Figura 31 - Diagrama de sequências do cenário produção de conteúdo________________________________ 61 Figura 32 - Diagrama de sequências do cenário Visualização de aulas_________________________________ 62 Figura 33 - Diagrama de sequências do cenário Envio de Sugestões e Dúvidas __________________________ 63 Figura 34 - Diagrama de Classes da biblioteca Sunshine ____________________________________________ 65 Figura 35 - Utilização do componente TextField___________________________________________________ 66 Figura 36 - Componente ImageField ____________________________________________________________ 68 Figura 37 - Componente ListField ______________________________________________________________ 68 Figura 38 - Utilização do componente QuestionField_______________________________________________ 69 Figura 39 - Chamada ao T-VILO Services utilizando RestClient _______________________________________ 70 Figura 40 – Modelo de conteúdo_______________________________________________________________ 71 Figura 41 - Organização de releases ____________________________________________________________ 74 Figura 42 - Cartão de uma estória______________________________________________________________ 74 Figura 43 - Etapas do ciclo de desenvolvimento de release __________________________________________ 76 Figura 44 - Mural com os cartões da iteração contido no LUQS ______________________________________ 76 Figura 45 - Testes funcionais do T-VILO Viewer no pendriver ________________________________________ 77 Figura 46 - Testes de usabilidade do T-VILO Viewer________________________________________________ 78 Figura 47 - EITV Playout Professional ___________________________________________________________ 83 Figura 48 - Arquitetura de TV Digital utilizando no Playout__________________________________________ 84 Figura 49 - Administração playout _____________________________________________________________ 85 Figura 50 – Receptores Digitais compatíveis com SBTVD____________________________________________ 86 Figura 51 - Laboratório de Usabilidade__________________________________________________________ 86 Figura 52 - Sala de Observação________________________________________________________________ 87 Figura 53 – Alunos que participaram do 1º Curso _________________________________________________ 89 Figura 54 - Conteúdo do primeiro T-VILO ________________________________________________________ 89 Figura 55 - Mediador atuando durante a realização do curso 2 ______________________________________ 92 Figura 56 - Professor elaborando conteúdo no T-VILO Maker ________________________________________ 93 Figura 57 - T-VILO Viewer: Curso sobre fração ____________________________________________________ 94
  • 16. xvi LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Comparação entre ferramentas de autoria..........................................................................................32 Tabela 2 - Requisitos para o T-VILO Maker ...........................................................................................................37 Tabela 3 - Requisitos para o T-VILO Viewer...........................................................................................................38 Tabela 4 - Releases e suas características .............................................................................................................80 Tabela 5 - Utilização dos releases nos cursos........................................................................................................88
  • 17. 17 1 INTRODUÇÃO 1.1 MOTIVAÇÃO Desde 2005, o governo brasileiro vem dando apoio financeiro à formação de diversos consórcios de profissionais para estudarem a TV Digital Interativa (TVDI). O Brasil se tornou um país onde pesquisas neste contexto acontecem apresentando resultados significativos nos variados assuntos tratados ao longo da cadeia para TVDI, a citar: (1) ontologias de conteúdos midiáticos, (2) produção de conteúdos e de aplicações, (3) soluções alternativas para o canal de retorno e (4) transmissão e recepção. No primeiro caso, encontram-se estudos que definem o conceito de conteúdo em si (CASTRO, 2011) (PALÁCIO, 2010) e o estendem para suportar a interação em diversas mídias (ERL & THOMAS, 2005) (CESAR et al., 2008). No segundo, estão os trabalhos que desenvolvem ferramentas e definem linguagens de especificações de dados que são usados em programas descritos em NCLua (FURTADO et al., 2009). No terceiro, está o trabalho sobre a utilização de SMS (Short Message Service) como canal de interatividade para receptores portáteis de sinal digital (PINTO et al., 2011). No quarto grupo, tem-se as pesquisas que visam proporcionar uma boa interatividade e por isto são mais dependentes da topologia do Sistema Brasileiro de Televisão Digital - SBTVD, isto é, dos meios de difusão, do canal de interatividade, do provedor de serviço de difusão (emissora), dos equipamentos existentes no lado do receptor (FERNANDES et al., 2004). Apesar de existirem diversos trabalhos, alguns relacionados ao desenvolvimento de aplicações para TV digital e descritos no segundo capítulo desta dissertação, aportando contribuições para o sucesso do padrão brasileiro terrestre, os desafios ainda são grandes. As soluções são pontuais e com alcance restrito a alguns profissionais. Cita-se o exemplo de que conversores com Java foram raros de encontrar até novembro de 2010, biblioteca de classes para facilitar a programação não existem, mesmo sendo o SBTVD considerado uma solução de software livre, aplicações para TVDI já implementadas não são disponíveis ao público e/ou
  • 18. 18 não apóiam de forma integrada as principais fases da cadeia do SBTVD. Tais desafios são tecnológicos e acredita-se que serão em breve contornados. Esta dissertação é um exemplo que vai ao encontro de soluções que apóiam a iniciativa brasileira. Iniciativa que vem sendo constantemente motivada pelo governo brasileiro, que lançou o decreto nº 4901 de 2003 apresentando no Art. 1º, que o Sistema Brasileiro de Televisão Digital – SBTVD tem por finalidade alcançar, entre outros, os seguintes objetivos: I - promover a inclusão social, a diversidade cultural do País e a língua pátria por meio do acesso à tecnologia digital, visando à democratização da informação; II - propiciar a criação de rede universal de educação a distância; III - estimular a pesquisa e o desenvolvimento e propiciar a expansão de tecnologias brasileiras e da indústria nacional relacionadas à tecnologia de informação e comunicação; IV - planejar o processo de transição da televisão analógica para a digital, de modo a garantir a gradual adesão de usuários a custos compatíveis com sua renda; V - viabilizar a transição do sistema analógico para o digital, possibilitando às concessionárias do serviço de radiodifusão de sons e imagens, se necessário, o uso de faixa adicional de radiofreqüência, observada a legislação específica; VI - estimular a evolução das atuais exploradoras de serviço de televisão analógica, bem assim o ingresso de novas empresas, propiciando a expansão do setor e possibilitando o desenvolvimento de inúmeros serviços decorrentes da tecnologia digital, conforme legislação específica; VII - estabelecer ações e modelos de negócios para a televisão digital adequados à realidade econômica e empresarial do País; IX - contribuir para a convergência tecnológica e empresarial dos serviços de comunicações; X - aprimorar a qualidade de áudio, vídeo e serviços, consideradas as atuais condições do parque instalado de receptores no Brasil; e
  • 19. 19 XI - incentivar a indústria regional e local na produção de instrumentos e serviços digitais. Esta pesquisa se encontra principalmente dando apoio aos segundo e terceiro objetivos do decreto supracitado, porém de forma indireta ela contribui para todos eles. 1.2 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo Geral O objetivo deste trabalho é desenvolver uma ferramenta, chamada T-VILO Tool, orientada a serviços que apóiam a EAD (Educação a Distância) na TVDI brasileira, desde a produção de conteúdo pelo professor via web, até a sua disponibilização e interação pelo usuário via TV e telefone celular. 1.1.2 Objetivos Específicos Suportar a produção de conteúdo fazendo uso do conceito TvILO (Video Interactive Learning Objects for Television); Suportar o acesso e visualização do conteúdo produzido por meio do desenvolvimento de várias aplicações para a TV digital e para o celular (FERNANDES et al., 2004); Desenvolver uma arquitetura para esta ferramenta baseada no paradigma de arquitetura orientada a serviços. Os serviços se referem à criação, manutenção, e disponibilidade de conteúdos para diversas plataformas, pois um conteúdo pode ser acessado por meio do celular, construído via web e visualizado na TV. 1.3 METODOLOGIA Para este trabalho foram utilizadas duas metodologias, uma para o levantamento de requisitos e outra para o desenvolvimento da ferramenta em questão. A metodologia de Design da Interação e levantamento de Requisitos com foco na Comunicação e Exploração de idéias – DIRCE (MENDES, 2009) foi utilizada para levantar
  • 20. 20 os primeiros requisitos deste trabalho. A aplicação dessa metodologia contou com uma equipe multidisciplinar composta por desenvolvedores, profissionais de usabilidade e profissionais da área de educação. No próximo capítulo será tratado com detalhes o uso dessa metodologia. Para o desenvolvimento da ferramenta, foram utilizadas algumas práticas em que se baseia o XP, como: cliente presente, código coletivo, releases curtos, entre outras. O Capítulo 4 aborda o assunto detalhadamente. Os requisitos evoluíram ao longo desta pesquisa e várias versões da ferramenta foram geradas, aplicadas e testadas. 1.4 AMBIENTE DA PESQUISA O ambiente de realização do trabalho foi no Laboratório de Estudos do Usuário e da Qualidade de Uso de Software – LUQS, situado na Universidade de Fortaleza – UNIFOR, onde aconteceu o desenvolvimento da ferramenta, como também a realização dos cursos que serviram para testá-la. O Capítulo 5 descreve detalhadamente esse ambiente e os cursos realizados no LUQS. 1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO Este trabalho é composto por mais cinco capítulos além desta introdução, organizados da seguinte forma:  O segundo capítulo inicialmente descreve o projeto que motivou o desenvolvimento deste trabalho. Em seguida são apresentados alguns trabalhos relacionados e uma análise comparativa entre eles, finalizando com a motivação para esta pesquisa juntamente com uma análise de requisitos iniciais.  O terceiro capítulo trata da ferramenta proposta neste trabalho. Apresenta-se a estrutura desenvolvida e os módulos que a compõem, assim como a responsabilidade de cada módulo dentro da ferramenta. Por fim, são mostrados alguns cenários para maior compreensão.  O capítulo quatro descreve contribuições e processos utilizados para o desenvolvimento do trabalho. Finalizando com a viabilidade da solução,
  • 21. 21 considerando alguns fatores importantes relacionados ao ambiente de execução do mesmo.  No capítulo cinco apresenta-se a utilização da ferramenta desenvolvida neste trabalho juntamente com o projeto que motivou. Neste capítulo são mostrados cursos elaborados com a ferramenta proposta.  Por fim, são descritas no capítulo 6 as contribuições e conclusões obtidas durante o desenvolvimento deste trabalho, bem como sugestões de trabalhos futuros.
  • 22. 22 2 CONTEXTUALIZAÇÃO E MOTIVAÇÃO PARA PRODUÇÃO DE CONTEÚDO PARA O SBTVD Este capítulo visa introduzir ao leitor o quê motivou o desenvolvimento do trabalho em questão e também como foram realizados os primeiros passos, como: estudos sobre as ferramentas de autorias existentes na literatura, necessidade de criar uma nova ferramenta e levantamento de requisitos dessa ferramenta. 2.1 PROJETO RH-TVD É esperado que a interatividade na TV digital leve a população brasileira a se motivar e participar dos programas governamentais tanto educativos, sociais, políticos, etc. Esta expectativa tem sido comprovada em (FURTADO et al., 2009) que mostrou que um dos facilitadores para esta motivação é o fato do povo brasileiro “amar” assistir TV, sendo esta, muitas vezes, o único recurso para entretenimento em muitos domicílios. O povo brasileiro se envolve com o conteúdo televisivo tendo motivação para programas participativos. Os recursos existentes hoje em dia, que permitem telespectadores interagirem com os programas de TV, já têm demonstrado quão grande é o envolvimento do público brasileiro com estas iniciativas. São os casos dos programas que requerem a “opinião” do usuário, dentre eles: Big Brother Brasil (Rede Globo), Programa da Tarde (Rede Record), Ídolos (SBT), Pra Valer (Rede Bandeirantes) e A Tarde é Sua (RedeTV!). Para isto, telespectadores fazem uso da internet, de ligação telefônica, de envio de mensagem de texto, e ainda muito pouco uso do controle remoto. Mas a expectativa é usufruir mais do avanço tecnológico da TV digital para este fim.
  • 23. 23 Neste mesmo sentido, ainda se espera que a interatividade através da TV digital possa ser uma promissora plataforma para viabilizar o uso de jogos educacionais, especificamente a EAD. Com mais recursos tecnológicos dos que os existentes hoje em dia para viabilizar a EAD via TV, acredita-se que esta modalidade de ensino deverá ser um ato de produção de conteúdo interessante, lúdico, de envolvimento do aluno com o conteúdo, de emoção, e permitindo, a interação em mão dupla (isto é com retorno de resposta para o questionador, no caso, o(s) aluno(s)). Desta forma, um grupo de instituições formado pela UNIFOR e Universidade Federal do Ceará - UFC, motivado por suas experiências com interatividade para TV Digital em projetos de pesquisa e EAD resolveu desenvolver um projeto com o foco na qualidade da interação envolvendo o uso do conteúdo apresentado na TV, intitulado “Formação de Recursos Humanos para o desenvolvimento da Educação a Distância através da TV Digital Interativa Brasileira: Um olhar MultiDisciplinar que norteia esta nova mídia na educação”, também conhecido como RH-TVD. O projeto RH-TVD tem como foco a formação de profissionais para promover a Educação a Distância através da TV. A formação de recursos humanos envolve, então, esta vertente tecnológica, composta dos seguintes temas: interatividade, educação e tratamento de imagens. O projeto RH-TVD conta também com todo o embasamento pedagógico para garantir não somente a qualidade do conteúdo, mas também da forma como o usuário irá aprender. 2.1.1 Objetivos do projeto Para o desenvolvimento do projeto RH-TVD as instituições envolvidas listaram os seguintes objetivos:  Desenvolver um framework de produção de conteúdo educativo integrado a um módulo de visualização do conteúdo na TV digital, capaz de promover o social e a participação;  Estudar novos conceitos e formas de interação com a TV digital, a fim de estender a experiência do usuário integrando diferentes mídias e criando novas formas de interação;
  • 24. 24  Elaborar conteúdos digitais educativos, como jogos educativos, e outros serviços de apoio à participação;  Viabilizar a infraestrutura necessária para a transmissão dos cursos;  Realizar cursos através da TV digital de acordo com a metodologia de formação que será elaborada neste projeto;  Realizar cursos presenciais de pós-graduação strito sensu, nas áreas de: Interação Humano-Computador, Desenvolvimento de aplicações para TV digital, Jogos Educativos, Processamento Digital de Imagens, Visão Computacional, Algoritmos de Aprendizagem, Compactação, Compressão e Transmissão de Áudio e Vídeo e;  Avaliar os cursos realizados. Para se atingir esses objetivos do projeto, foi debatido no grupo que era necessário ter a infraestrutura de um ambiente de EAD para TV Digital. Por isso foram identificadas características essenciais para uma ferramenta de autoria para produção do conteúdo educativo interativo. Tal ferramenta é o T-VILO Tool e foi inicialmente definida para ter as seguintes características: Ferramenta de produção e visualização de conteúdo integrado na TV Digital Para realização dos cursos através da TV Digital foi levantada a necessidade de uma ferramenta, cujo produtor de conteúdo consiga elaborar seus cursos com conteúdos interativos e que seja possível a atualização deste conteúdo de forma fácil. Essa ferramenta tem que ter todas as mídias as quais o produtor de conteúdo acha necessárias para a produção de um conteúdo interativo e que sejam compatíveis com o SBTVD, como imagens, textos e questões. Novos conceitos e formas de interação com a TV Digital Também foram analisados novos conceitos e formas de interação, por exemplo, o uso de celular para interagir com o conteúdo produzido pelo produtor de conteúdo, mesmo sem o telespectador está em frente à televisão. Outra característica interessante é o usuário poder usar o celular para visualizar o conteúdo extra, isto é, conteúdos complementares ao conteúdo principal transmitido. Esse conceito será abordado com mais detalhes no capítulo 3.
  • 25. 25 Prover suporte à participação por parte do telespectador Para analisar alguns critérios de interação entre o telespectador e uma aplicação para TVDI, e analisar também a interação entre o telespectador e o conteúdo produzido, foi levantada a necessidade do produtor de conteúdo receber feedback dos telespectadores, como: dúvidas, sugestões, etc. Geração de aplicação compatível com SBTVD Por ser um projeto de realização de cursos através da TV Digital e por ser realizado no Brasil, a ferramenta de autoria tem que gerar uma aplicação para TV Digital compatível com o Sistema Brasileiro de Televisão Digital. Tal aplicação deve permitir o acesso ao conteúdo gerado; Atualização de conteúdo em tempo real Essa característica foi levantada devido à ausência de técnicos em toda etapa da publicação, assim, a ideia do projeto é reduzir o número de etapas envolvidas no processo de publicação, indo, desde a criação do conteúdo, até a sua recepção pelos telespectadores. Facilidade na produção de conteúdo Por ser uma ferramenta desenvolvida para os educadores produzirem conteúdos para serem apresentados via uma aplicação para a TV Digital, esta ferramenta não pode ter como pré-requisitos conhecimentos técnicos, por exemplo, âncoras, links e nós. Tem que ser uma ferramenta de fácil manuseio e composta de componentes intuitivos. Facilidade na instalação do ambiente de desenvolvimento do conteúdo Uma característica importante é a facilidade na instalação do ambiente de produção de conteúdo. Ferramentas baseadas em ambiente desktop requerem normalmente bem mais pré- requisitos do que ferramentas baseadas em ambiente WEB. Este é um fator diferencial na ferramenta escolhida para o desenvolvimento de conteúdo educativo para TV Digital. A ferramenta será utilizada por professores e não por técnicos.
  • 26. 26 2.2 FERRAMENTAS DE AUTORIA PARA TELEVISÃO DIGITAL Antes de se desenvolver tal ferramenta, neste trabalho algumas ferramentas de autoria para TV Digital foram analisadas. Essas ferramentas serão descritas considerando sua origem, composição, forma de implementação, funcionalidades e tipos de usuários. 2.2.1 Composer O Composer (GUIMARÃES, 2007), ilustrado na Figura 1, é uma ferramenta de autoria, desenvolvida pelos pesquisadores do laboratório TeleMídia da PUC-RJ, destinada a ambiente desktop. Essa ferramenta baseia-se no conceito de múltiplas visões gerando conteúdos para o padrão brasileiro. Cada uma dessas visões destaca uma particularidade do documento e pode ser mais adequada para um perfil de usuário. Essas visões são: Visão Textual, Visão Gráfica Estrutural, Visão Gráfica de Laiaute e uma Visão Gráfica Temporal. Então, no caso de um usuário com perfil de desenvolvedor de software para TV Digital, a visão Textual lhe permitiria um maior controle na elaboração do conteúdo interativo. Para um usuário que não conhece sobre desenvolvimento de software para TV Digital, o uso das visões gráficas seria mais adequado, devido exigir menos conhecimentos técnicos. Figura 1 - Composer 2.2
  • 27. 27 2.2.2 Jame Author Jame Author (QSJAME, 2007) é um ambiente de autoria que tem por objetivo facilitar a criação de programas voltados para TVDI no middleware MHP/OCAP (OpenCable Application Plataform). Essa ferramenta, executada em ambiente desktop, visa facilitar a criação de programas atendendo a uma classe especial de aplicativos, chamados de “page-based services” (serviços baseados em páginas). Esses aplicativos são compostos por páginas, nas quais é possível se navegar de maneira muito semelhante à navegação na Web. Essas páginas são descritas por meio de uma linguagem chamada JAME PDL (JAME Page Description Language) (QSJAME, 2007), a qual é baseada em XML. O ambiente, ilustrado pela Figura 2, possui um emulador MHP integrado, permitindo ao autor executar e validar o trabalho à medida que o mesmo está sendo produzido. Figura 2 - Jame Author: Ambiente de autoria para o padrão MHP 2.2.3 Cardinal Studio Cardinal Studio (CARDINAL, 2007) é uma ferramenta de autoria que roda em ambiente desktop de forma gráfica destinada aos criadores de conteúdo de TVDI para o padrão Europeu DVB-MHP. A ferramenta não exige nenhum conhecimento técnico específico. Possui uma interface de usuário intuitiva e os serviços interativos podem ser criados a partir do zero ou ainda usando templates pré-concebidos. Desta forma, usuários
  • 28. 28 avançados podem desenvolver componentes e integrá-los à ferramenta a fim de estender suas funcionalidades, ao passo que não programadores investem seu tempo apenas no processo de criação usando os templates. A ferramenta também permite a concepção integral do ciclo de teste: após a criação, um aplicativo pode ser testado no Studio emulator e num STB, com rapidez e facilidade. 2.2.4 Alti Composer O Alti Composer (ALTICAST, 2008) é uma ferramenta desktop baseada em JAVA que suporta o padrão de transmissão digital DVB-MHP (SOARES et al., 2004), que foi concebida com o intuito de ser útil tanto a usuários programadores JAVA quanto a não programadores. Para contemplá-los, a ferramenta possui uma interface intuitiva e funcional no qual se pode interagir por meio de clicks do mouse criando aplicações interativas. Dessa forma, operá-la se torna uma tarefa simples. Para programadores mais experientes, de forma semelhante ao Cardinal StudioTM, é possível criar componentes personalizados e estender a API (Application Programming Interface) CDK (Component Development Kit) da ferramenta. O ambiente, representado na Figura 3, possui um emulador MHP que permite a depuração à medida que os aplicativos estão sendo desenvolvidos. Figura 3 - Ambiente de autoria Alti Composer
  • 29. 29 2.2.5 ITV Project O ITV Project (OLIVEIRA et al., 2008) é uma ferramenta de autoria baseada em um ambiente Web, compatível tanto com padrão MHP quanto com o Sistema Brasileiro de TV Digital. Seu principal objetivo é o desenvolvimento rápido de aplicativos para TVDI por meio da edição visual de componentes. Com essa ferramenta, é possível adicionar gráficos a GUIs e gerenciar tanto eventos associados a cada componente quanto à navegação entre as diferentes telas da aplicação. O ITV Project, ilustrado na Figura 4, é conectado ao framework TUIG (OLIVEIRA et al., 2008), atuando, apenas, como um front-end para o usuário. O resultado final gerado pelo o ITV Project é um XML que é compatível com o framework TUIG. Então, o ITV Project gera os XMLs, porém o framework TUIG é o responsável em interpretá-los e gerar a aplicação interativa. Figura 4 - ITV Project 2.2.6 Contextual Ginga A Contextual Ginga (CARVALHO & FERRAZ, 2010) é uma ferramenta de autoria desenvolvida em Java para ambiente desktop que permite a produção de aplicações interativas sensíveis ao contexto para TV digital. Para a utilização do Contextual Ginga, o usuário não precisa conhecimento sobre
  • 30. 30 programação para criar aplicações para TV Digital, pois a ferramenta em questão gera aplicações que são executadas na plataforma Ginga-NCL. A Figura 5 ilustra o ambiente para produção de aplicações interativas. Figura 5 - Contextual Ginga 2.2.7 CUICA CUICA (SOARES, 2007), ilustrado na Figura 6, é uma aplicação de autoria baseada no ambiente WEB para o padrão de Televisão Digital Europeu DVB-MHP. Esta ferramenta tem como objetivo criar, editar e publicar conteúdos para Televisão Digital de forma fácil e ágil. Possui manipulação de templates, opção de pré-visualizar o conteúdo produzido e exportar para um formato XML.
  • 31. 31 Figura 6 - CUICA ferramenta de autoria em ambiente WEB 2.3 COMPARAÇÃO ENTRE AS FERRAMENTAS DE AUTORIA Foi realizada uma análise comparativa entre as ferramentas citadas anteriormente. As ferramentas Jame Author, Cardinal Studio, AltiComposer e Cuica são compatíveis somente com o padrão Europeu de TV Digital, o MHP. Apenas o Composer, iTV Project e Contextual Ginga são compatíveis com o SBTVD, que é um dos pré-requisitos do framework que deve ser utilizado para o projeto RH-TVD. Entre as três ferramentas compatíveis com o SBTVD, somente o iTV Project roda em ambiente WEB, que tem como vantagens: redução de pré-requisitos de instalação, necessitando de apenas um navegador e o computador conectado, e a disponibilização do conteúdo produzido de qualquer dispositivo com acesso a internet. Apesar do iTV Project ser compatível com o SBTVD, possuir uma estrutura baseada em ambiente WEB, e não requerer conhecimentos técnicos para elaboração de aplicação para TV Digital, não oferece suporte a novas formas de interação com a TV Digital e não disponibiliza uma forma de visualização de feedbacks dos telespectadores, como a visualização de mensagens.
  • 32. 32 Seguem, na Tabela 1, as principais características analisadas entre as ferramentas de autoria, de acordo com os objetivos do projeto RH-TVD. Compatível com SBTVD Necessidade de conhecimentos técnicos Visualizar feedbacks dos usuários Novas formas de interação com TVD Composer SIM SIM NÃO NÃO Jame Author NÃO NÃO NÃO NÃO Cardinal Studio NÃO NÃO NÃO NÃO AltiComposer NÃO NÃO NÃO NÃO iTV Project SIM NÃO NÃO NÃO Contextual Ginga SIM NÃO NÃO NÃO Cuica NÃO NÃO NÃO NÃO Tabela 1 - Comparação entre ferramentas de autoria Tendo em vista a análise realizada entre as ferramentas de autoria existentes, foi constatado que nenhuma delas atendia ao projeto RH-TVD, tornando, assim, necessário o desenvolvimento de uma arquitetura que atendesse todas as características levantadas anteriormente. 2.4 ABORDAGEM INICIAL PARA LEVANTAMENTO DE REQUISITOS Considerando que este trabalho é realizado no âmbito de um laboratório de usabilidade, localizado em uma universidade, técnicas de IHC (interação humano-computador) foram aplicadas como ponto de partida para levantar requisitos e desenvolver as características descritas no projeto RH-TVD. Especificamente, levantar requisitos para desenvolver a
  • 33. 33 Ferramenta de produção de conteúdo educativo e de interação com o conteúdo via a TVDI e celular. Essa ferramenta foi considerada na dissertação de Mendes (MENDES, 2009), sendo composta de dois módulos: módulo web e módulo TVD, direcionados a dois tipos de usuários: professor (conteudista) e aluno (telespectador). O professor seria o responsável pela criação do conteúdo educativo e o aluno iria visualizar e interagir com esse conteúdo por meio da TVD e do celular. Na presente dissertação, esses dois módulos farão parte da ferramenta T-VILO Tool, descrita no próximo capítulo, onde são chamados T-VILO Maker e T-VILO Viewer, respectivamente. Diferentemente desta dissertação, em que houve o desenvolvimento, implementação e avaliação dessa ferramenta, na dissertação de Mendes, houve apenas o levantamento de requisitos desses dois módulos seguindo a metodologia DIRCE. No restante deste capitulo, será apresentada parte dessa metodologia para ilustrar a aplicação da técnica de IHC numa experiência com os potenciais envolvidos do projeto e os requisitos identificados como resultados dessa experiência. Os participantes da experiência foram: a equipe responsável por desenvolver o sistema e professores, futuros usuários do sistema. A técnica de IHC aplicada foi a prototipagem da experiência (CHUNG et al. 2004), visando auxiliar os profissionais a fazerem diversas reflexões: como fazer com que professores acostumados a preparar aulas presencialmente, criassem aulas em um sistema web para serem visualizadas na TVD? Como os professores preparariam suas aulas? Como eles aproveitariam o que já fizeram? Quais seriam suas dificuldades? Respostas para essas questões deveriam ser pensadas de forma prática com a manipulação de diversos aspectos da interação. Por isso na experiência houve a disponibilização para os participantes de diversos materiais em papéis, que os fizessem tratar esses aspectos e que estão diretamente relacionados a possíveis conteúdos digitais criados. Do lado (a) da Figura 7, estão os papéis representando os tipos de mídias que podem compor um conteúdo e do lado (b), estão os papéis representando os ícones dos seguintes aspectos estudados: acessibilidade, direitos autorais, segurança, compartilhamento, colaboração e privacidade.
  • 34. 34 (a) (b) Figura 7 – Ícones representativos: (a) de mídias e (b) de aspectos da interação [Mendes, 2009] Além disto, foi disponibilizada para os participantes da experiência uma cartolina, para que os participantes distribuíssem os ícones à medida que fossem realizandos os cenários e refletindo sobre as respostas para as questões investigadas. Os cenários da prototipagem da experiência realizados pelos participantes foram:  Cenário 1 – Elaboração de aulas presenciais: o Reflexão: como se dá a preparação de suas aulas presenciais atualmente?  Cenário 2 – Elaboração de aulas para a TV digital: o Reflexões: como esse novo sistema poderia ajudá-lo na elaboração de suas aulas para a TV digital? Que dificuldades você teria para utilizar um sistema como este?  Cenário 3 – Idealização da visão do aluno na TV digital; o Reflexões: como os alunos iriam assistir a sua aula na TVD? Que fatores influenciariam no seu uso para criação de conteúdo ou no uso do aluno para a interação com o conteúdo? A técnica foi aplicada com cinco profissionais, que compõem a equipe de desenvolvimento (três desenvolvedores, um designer e um especialista em usabilidade) e com sete professores de matemática, pesquisadores do projeto, que são os responsáveis em criar os conteúdos educativos. O autor desta dissertação, um desenvolvedor para o projeto, foi um dos participantes desta experiência.
  • 35. 35 A aplicação da experiência neste estudo de caso teve as seguintes características: sessão individual; duração: 30 minutos a 1 hora e; acompanhamento: 1 a 2 observadores. No início da aplicação da técnica de prototipagem da experiência, foi feita uma contextualização ao participante. Os cenários foram explicados para o participante antes de sua vivência e durante foram realizadas entrevistas contextuais, que implicavam em conversar com o participante, enquanto ele realizava suas tarefas, combinando também a técnica de observação. A Figura 8 ilustra um momento de realização do primeiro cenário, quando o professor apresenta suas experiências em ministrar aulas, manipulando papéis num espaço de prototipagem, ressaltando suas necessidades para elaborar conteúdos para TVD. Figura 8 - Participante elaborando T-VILOS (MENDES, 2009) A Figura 9 ilustra um momento de realização do terceiro cenário, quando o professor (um participante) fez um desenho sobre sua visão para a ferramenta de visualização de conteúdo na TV. Figura 9 - Representação da visão do aluno na TVD Comportamentos como esses foram ajudando os desenvolvedores na definição de requisitos. Os desenhos foram usados pelos designers do projeto para a construção de alternativas para o projeto da interação. Os ícones representativos dos aspectos de interação foram usados para definir pré-padrões, que deveriam ser considerados nos módulos.
  • 36. 36 A Figura 10 ilustra duas alternativas elaboradas para o modulo na TVD. Figura 10 - Propostas de interface para a aplicação de visualização de conteúdos na TVD Após a aplicação da experiência, houve uma reunião pós-experiência com todos participantes. Nesta reunião foram explicados o processo e a descrição da experiência e foram levantadas questões sobre a experiência no qual foi gerado um documento de requisitos para os módulos. A Tabela 2 ilustra os requisitos levantados como os pré-padrões associados para o T- VILO Maker (MENDES, 2009). Requisito Descrição / Observações Pré-padrão  Requisito de cadastro de usuários  Cadastrar, excluir e alterar usuários -  Requisito de acesso ao sistema  Login para usuário -  Requisitos de importação e exportação  Inserir mídias (texto e imagens)  Inserir questionário  Inserir animação  Inserir objetos prontos -  Inserir legendas  Pré-padrão de acessibilidade. A1: Suporte a acessibilidade  Compartilhamento de conteúdos  Pré-padrão de compartilhamento. B1: Criação colaborativa de conteúdos  Requisito de criação de conteúdo  Criar, editar e abrir conteúdo  Pré-padrão de direitos autorais. C1: Avisos sobre o conteúdo autoral  Definir sequência de mídias  Publicar conteúdo  Pré-padrão de direitos autorais. C2: Inclusão de créditos ou referências no conteúdo
  • 37. 37  Requisitos de Interface  Visualizar conteúdo (preview do aluno)  Visualizar sequência de mídias  Modelo de conteúdo -  Tutorial do sistema  Dicas pedagógicas  Ajuda do sistema  Pré-padrão de usabilidade. G2: Ajuda em cada funcionalidade do sistema  Reuso  Pré-padrão de reuso. F1: Reuso de conteúdo).  Estrutura de conteúdos por linha do tempo;  estrutura de conteúdos por árvore;  Pré-padrão pedagógico. G3: Ambiente de planejamento do conteúdo  Pré-padrão de usabilidade. E1: Localização do conteúdo no sistema  Requisito ambiente de planejamento do conteúdo  Criar, editar e excluir rótulo  Pré-padrão pedagógico. G3: Ambiente de planejamento do conteúdo  Requisito: feedback ao conteudista  Respostas dos questionários;  Visualizar retorno da eficácia do conteúdo e perguntas (mensagens enviadas pelos alunos)  Visualizar interação do aluno  Pré-padrão de compartilhamento. B2: Participação colaborativa dos usuários da TVD no conteúdo;  Pré-padrão pedagógico. G1 - Retorno da interação do usuário  Mensagens dos alunos publicadas na TVD  Pré-padrão de segurança. D1: Moderação de mensagens Tabela 2 - Requisitos para o T-VILO Maker A Tabela 3 ilustra os requisitos levantados como os pré-padrões associados para o T- VILO Viewer (MENDES, 2009). Requisito Descrição / Observações Pré-padrão  Requisito: possibilitar ao aluno uma avaliação da aula fornecendo críticas e sugestões  Está sendo considerado na tela de enviar mensagem pelo aluno  Pré-padrão de compartilhamento. B2: Participação colaborativa dos usuários da TVD no conteúdo  Requisito: fornecer uma sequência de uso para o aluno;  Está sendo considerado no menu de conteúdo ( o professor é quem vai fornecer a sequencia) -  Requisito: aluno livre para escolher que conteúdo acessar primeiro (liberdade de usar o que ele quiser e na hora que ele quiser);  Navegação livre para que o aluno escolha o que ver primeiro (por meio do menu de conteúdo) -  Requisito: possibilitar uma visão geral do curso para situar o aluno onde ele se  Tela da listagem de conteúdos e uso de títulos na tela indicando  Pré-padrão de usabilidade. E2: Localização do
  • 38. 38 encontra no conteúdo o conteúdo acessado, exemplo: “Aula de matemática” conteúdo na TVD Tabela 3 - Requisitos para o T-VILO Viewer Nem todos os requisitos definidos formam os requisitos necessários para a arquitetura elaborada neste trabalho. Para o T-VILO Maker, os requisitos não considerados, com suas devidas justificativas, foram os seguintes:  Cadastro de usuários, e consequentemente acesso ao sistema. Houve a decisão em não fazer controle de usuários professores, deixando o sistema apto a ser usado por qualquer usuário. Esta decisão foi baseada no fato de que, como se trata de um sistema colaborativo, tipo WIKI, não é necessário haver controle de usuários. Porém esta decisão não é irreversível. Se, com o decorrer do uso, for percebido que existe tal necessidade, pode-se facilmente incluir um padrão de login.  Funções de importação e exportação. A metodologia de desenvolvimento da ferramenta utilizada neste trabalho tem como premissa que o cliente priorize os requisitos a serem desenvolvidos. Este requisito de importação e exportação de aulas não foi priorizado para esta versão da ferramenta T-VILO Tool. Porém, não implica que esse requisito seja desenvolvido ao longo do projeto.  Ambiente de planejamento do conteúdo. Considerando a organização do material elaborado pelos professores, decidiu-se organizar as aulas no T-VILO de forma mais específica: por conteúdo interativo e mídias ao invés de rótulos. Existiram requisitos parcialmente considerados. Tratam-se daqueles em que nem toda a descrição de um requisito foi considerada ou os pré-padrões associados não foram todos considerados. As devidas justificativas para tais requisitos foram as seguintes:  Requisitos de Interface. Este requisito foi desenvolvido parcialmente devido não ter todas as suas funcionalidades. A elaboração de dicas pedagógicas não foi inserida no T-VILO Maker porque não se quis vincular a ferramenta a nenhuma abordagem pedagógica em particular. Os requisitos totalmente implementados no T-VILO Maker na forma como foram modelados foram os seguintes:  Requisito de criação de conteúdo. Houve o atendimento a este requisito por poder criar, editar e abrir conteúdo, haver a definição da seqüência de mídias e possibilitar a publicação do conteúdo criado. Com relação aos pré-padrões de direitos autorais que
  • 39. 39 deveriam ser considerados, coloca-se que a solução para suportar C1: Avisos sobre o conteúdo autoral e C2: Inclusão de créditos ou referências no conteúdo foi baseada na disponibilidade de uma opção para o usuário colocar o seu nome associado ao conteúdo criado. De forma que se um outro usuário for usar, ele vai saber quem criou o conteúdo.  Requisito de feedback ao conteudista: Considerando que o feedback do telespectador é de grande importância para o conteudista, foi desenvolvida uma possibilidade do telespectador enviar mensagens de comentários, dúvidas ou até mesmo sugestões. Assim, na ferramenta que o conteudista produz o conteúdo, ele vai poder visualizar as mensagens. Para o T-VILO Viewer, o requisito não considerado com suas devidas justificativas foi:  Possibilitar uma visão geral do curso para situar o aluno aonde ele se encontra no conteúdo. Devido à complexidade de desenvolvimento de componentes em NCLua, este requisito não foi implementado. A seguir os requisitos parcialmente considerados com suas devidas justificativas para o T-VILO Viewer foram:  Possibilitar ao aluno uma avaliação da aula fornecendo críticas e sugestões. Devido também à complexidade para o desenvolvimento de um componente para o envio de mensagens, este requisito não foi desenvolvido no módulo de visualização do conteúdo. Como alternativa a esse requisito foi criada uma forma de participação no módulo T-VILO Mobile (versão para celular). Os requisitos totalmente implementados no T-Vilo Viewer na forma como foram modelados foram os seguintes:  Fornecer uma sequência de uso para o aluno. Este requisito foi implementado por completo da forma que foi descrito. No momento em que o professor está elaborando o conteúdo, é definido o relacionamento entre as mídias, assim como a sequência.  Aluno deve ser livre para escolher que conteúdo acessar primeiro (liberdade de usar o que ele quiser e na hora que ele quiser). Com base nesse requisito, foi
  • 40. 40 criado um menu lateral na aplicação do T-VILO Viewer, onde o telespectador (aluno) seleciona qual o material deseja visualizar. Termina-se este capítulo informando que a ferramenta, proposta neste trabalho e descrita no próximo capitulo, implementa os requisitos descritos e justificados. O uso dessa ferramenta pelos profissionais, acompanhada da infraestrutura do laboratório LUQS, em quatro estudos de casos atende todos os objetivos do projeto RH-TVD, anteriormente mencionados. Menos o objetivo que requer a realização de cursos presenciais, pois não necessita de uma solução tecnológica. Convém também ressaltar que a ferramenta atende a todas as características anteriormente mencionadas.
  • 41. 41 3 T-VILO TOOL: UMA FERRAMENTA PARA PRODUÇÃO DE CONTEÚDO INTERATIVO BASEADO NO SBTVD Neste capítulo, antes de se explicar a ferramenta T-VILO Tool, apresenta-se o conceito de T-VILO. 3.1 CONCEITOS BÁSICOS T-VILO se refere a um vídeo interativo educacional para televisão e se diferencia dos tradicionais objetos de aprendizagem por ampliar o acesso da população a esse tipo de recurso educativo, disponibilizado até então apenas na Web a partir do uso do computador (LISBOA, et al., 2010). A concepção de um T-VILO partiu da experiência já existente dos VILOS - Video Interactive Learning Objects, o que os difere são as novas perspectivas de uso no EaD tendo com suporte os meios de comunicação mais utilizados pela população brasileira, a televisão e o celular (GUSSI, 2009). Um T-VILO é composto por dois elementos: vídeo e conteúdo interativo. O Vídeo é o conteúdo principal, que é transmitido por uma Entidade transmissora, como uma emissora de televisão. Este vídeo é gravado no formato 1080p60 (HDTV ou Full HD) ou 1080i24 (varredura entrelaçada - do inglês interlaced, dando HDTV 1080i) e convertido para o formato H264. Conteúdo interativo é um conjunto de mídias interativas interligadas. A associação entre as mídias acontece de uma forma não sequencial, baseada na estrutura de dados de grafos. As
  • 42. 42 mídias interativas podem ser classificadas como: Texto, Imagem e Questão. Então, para exemplificar pode-se ter um conteúdo interativo composto por sete mídias interativas, dentre elas três textos, duas imagens e duas questões. Importante ressaltar que a uma mídia interativa pode ser associado um conteúdo extra, isto é, qualquer URL na internet, como: vídeos do youtube, textos, páginas, imagens, etc. 3.2 VISÃO GERAL DA FERRAMENTA A ferramenta T-VILO Tool possui uma Arquitetura Orientada a Serviços (AOS) (ERL, 2005), que visa permitir maior interoperabilidade entre os módulos que a compõem. Os serviços podem ser utilizados mesmo que cada módulo seja direcionado para certo dispositivo, podendo até utilizar linguagens de programação diferentes. Em cada arquitetura, o conceito de serviço pode ser distinto, por isso é importante esclarecer o que significa serviço na arquitetura da ferramenta T-VILO Tool. Serviços são operações independentes relacionadas à produção e à disponibilização de conteúdos interativos para os módulos que compõem a arquitetura. A Figura 11 ilustra uma visão geral da arquitetura T-VILO Tool. Essa arquitetura é dividida nos seguintes módulos: o T-VILO Maker, utilizado na construção, configuração e disponibilização do conteúdo interativo dos T-VILOs; o T-VILO Services, responsável pelo armazenamento do conteúdo na base de dados, disponibilização de operações em forma de serviços e validação dos conteúdos; o T-VILO Viewer que permite o acesso aos T-VILOs pela televisão digital; e o T-VILO Mobile que possibilita o acesso aos T-VILOs por meio de dispositivos móveis.
  • 43. 43 Figura 11 - Arquitetura T-VILO Tool Considerando os conceitos de Arquitetura Orientada a Serviços (AOS), pode-se fazer um relacionamento entre os módulos e os papéis de uma AOS. Assim, tem-se:  Consumidor de Serviço refere-se aos módulos T-VILO Maker, T-VILO Viewer e T- VILO Mobile, os quais consomem os serviços oferecidos, tais como publicação de conteúdo interativo ou uma sondagem de opinião.  Provedor de Serviços refere-se ao T-VILO Services, módulo da arquitetura que irá disponibilizar os serviços. 3.3 MÓDULOS DA ARQUITETURA Foi comentado, na seção anterior, que na arquitetura da ferramenta T-VILO Tool existem quatro módulos. Nesta seção, serão descritos esses módulos de uma forma mais ampla. Apesar de cada módulo ter sido desenvolvido com tecnologias diferentes, não ocorreram problemas de interoperabilidade, principalmente, por ter sido adotada a tecnologia XML na comunicação entre os módulos, de forma que todas as tecnologias utilizadas nos módulos possuem recursos para manipulação XML.
  • 44. 44 3.3.1 T-VILO Services O T-VILO Services é o coração da ferramenta T-VILO Tool. Fazendo uma comparação aos componentes de uma Arquitetura Orientada a Serviços, o T-VILO Services representa o Provedor de Serviços. O T-VILO Services disponibiliza todas as funcionalidades da ferramenta em forma de serviços para que os outros módulos os usem em seu devido contexto. No T-VILO Services ficam todas as validações necessárias para cada funcionalidade, além de ter a responsabilidade de persistência das informações, geração de QRCode para transação de mídia para outros dispositivos e o “parser” dos conteúdos da ferramenta para XML. Para melhor entendimento das responsabilidades do T-VILO Services, foram criadas três camadas com suas responsabilidades bem definidas. São elas: Service Layer, Business Layer e Data Layer. Nos itens a seguir será detalhada cada uma dessas camadas. 3.3.1.1 Service Layer A camada Service Layer do T-VILO Services é responsável pela a disponibilização das operações em forma de Web Services para serem acessados por outros módulos da arquitetura. Todas as operações realizadas no T-VILO Services passam pela camada Service Layer. Existem operações que não necessitam de acesso ao banco de dados, por exemplo, a geração das imagens de QRCode que será discutida em um tópico posterior, que passa pela camada de Service Layer e Business Layer, mas não passa pela camada de Data Layer. Por ser uma Arquitetura Orientada a Serviços, essa camada é indispensável na arquitetura. Por ser a camada responsável por toda a comunicação dos outros módulos com o T- VILO Services, o Service Layer também tem como responsabilidade fazer parse de XML para objeto e de objeto para XML, caracterizando assim a interoperabilidade na arquitetura. Por conta dessa interoperabilidade, foi possível aos outros módulos realizar chamadas de operações disponibilizadas no T-VILO Services mesmo sendo eles desenvolvidos em tecnologias diferentes. A Figura 12 representa o XML referente a um conteúdo interativo educacional gerado pelo T-VILO Services, mais precisamente na camada Service Layer. Este XML é
  • 45. 45 disponibilizado ao T-VILO Viewer para ser acessado pelo telespectador. Figura 12 - XML acessado pelo T-VILO Viewer 3.3.1.2 Business Layer Business Layer é a camada responsável por todas as regras de negócios e validações da ferramenta T-VILO Tool. Nesta camada são realizadas validações do conteúdo produzido no T-VILO Maker antes de ser persistido em banco de dados pela camada Data Layer, que também está localizada no módulo T-VILO Services. Um exemplo de validação realizada nesta camada é se o conteúdo que está sendo elaborado possui todos os dados obrigatórios preenchidos, ou se todas as mídias estão interligadas. Outra função de responsabilidade do Business Layer é selecionar o conteúdo que será disponibilizado para exibição do T-VILO Viewer. Nesse caso, a camada Business Layer comunica-se com a camada Data Layer filtrando o conteúdo que estará disponível para ser exibido no T-VILO Viewer. Após essa etapa, o conteúdo é repassado para a camada Service Layer, que faz o parse do mesmo para o formato XML, e disponibiliza para o T-VILO Viewer. Como exemplo, nesta camada é realizada a validação do conteúdo cadastrado.
  • 46. 46 3.3.1.3 Data Layer A camada Data Layer tem como função exclusiva a persistência e recuperação dos conteúdos previamente persistidos no banco de dados. Nesta camada estão localizados os DAO’s (Data Access Object), que por sua vez recebem os conteúdos em forma de objetos e persistem em banco de dados. Algumas validações referentes ao banco de dados também são realizadas nessa camada, por exemplo, campo que não pode ser vazio, ou propriedades do tipo inteiro as quais não podem assumir valores do tipo texto. 3.3.2 T-VILO Maker O T-VILO Maker é uma ferramenta Web para construção de conteúdos interativos (T- VILOs) que serão acessados por diversos dispositivos. No desenvolvimento do T-VILO Maker foram utilizadas as tecnologias Adobe Flex e Action Script 3.0. 3.3.2.1 Criação de Conteúdo Para a construção de um conteúdo, o T-VILO Maker disponibiliza três tipos de mídias: Imagem, Texto e Questão. Com o tipo Imagem é possível adicionar qualquer imagem que esteja hospedada em alguma URL na internet, adicionando um título que é exibido no T-VILO Viewer, no momento que o conteúdo é exibido. Como pode ser observado na Figura 13, após inserir a URL, é possível realizar a pré-visualização da imagem no formulário.
  • 47. 47 Figura 13 - Tipo de mídia Imagem Com o tipo de mídia Texto o produtor de conteúdo pode inserir textos com até 1000 caracteres. O número de caracteres foi definido depois de alguns testes realizados devido à limitação de exibir grandes textos na tela de TV. Para cada texto que compõe o conteúdo é necessário adicionar também um título, cujo formulário de edição pode ser observado na Figura 14.
  • 48. 48 Figura 14 - Tipo de mídia Texto O último e talvez o mais importante tipo de mídia seja a Questão. Com esse tipo, o produtor de conteúdo pode criar fluxos alternativos de acordo com a resposta selecionada pelo telespectador. Os campos que formam o objeto de mídia questão são: pergunta e alternativas. Como descrito anteriormente, cada alternativa pode direcionar para uma mídia diferente, como ilustrado na Figura 15. Figura 15 - Tipo de mídia Questão Os conteúdos interativos gerados pelo T-VILO Maker apresentam uma estrutura
  • 49. 49 orientada a grafo, fazendo uma analogia ao conceito de uma estrutura de dados baseada em grafos. Cada nó representa uma mídia e as arestas são as ligações entre as mídias (nós), por exemplo, uma aresta entre dois textos (nós), determina que ao término da visualização do texto do nó origem, o texto do nó destino será exibido. O T-VILO Maker faz o mapeamento existente entre as mídias interativas em um arquivo XML. Nesse arquivo XML, serão representadas todas as relações entre as mídias, tais como ordem e tempo de execução das mídias, sincronismo, atribuições temporais, entre outros. Então, esse arquivo XML é enviado para o módulo T-VILO Services que é responsável pelo parse do XML para objeto, validação e persistência do conteúdo, como foi descrito no tópico anterior, de forma que esse conteúdo possa ser disponibilizado para ser utilizado pelos módulos T-VILO Viewer e T-VILO Mobile. Para contextualizar o conceito de fluxo alternativo em um grafo, a Figura 16 representa um cenário, no qual o produtor de conteúdo elabora um conteúdo interativo com quatro objetos de mídias do tipo Texto, um do tipo Imagem e um do tipo Questão. Como pode ser observado na Figura 14, existe um fluxo alternativo, dependendo da opção selecionada. A Pergunta é: “Quantos módulos compõem a ferramenta T-VILO Tool?” as alternativas são: “3 módulos” e “4 módulos”. Caso o telespectador selecione a opção correta, isto é, “4 módulos”, o próximo conteúdo a ser mostrado será um texto com “Parabéns, você finalizou a aula sobre T-VILO Tool”. Caso o telespectador selecione “3 módulos”, o telespectador será direcionado para o texto “Que pena, você errou. Vamos revisar o texto sobre T-VILO Tool.”, voltando, assim, para o texto com a explicação do conceito novamente. Figura 16 - T-VILO Maker: Produção de conteúdo interativo
  • 50. 50 Essa flexibilidade de elaboração do conteúdo com fluxo alternativo é importante para o produtor de conteúdo, principalmente, no contexto de Educação a Distância. Todos os tipos de mídias possuem em seus formulários os campos Conteúdo Extra e Nó Inicial. Conteúdo Extra é o conteúdo complementar, cuja visualização não é essencial para entendimento do conteúdo como um todo. O campo Nó Inicial é a primeira mídia exibida no momento que o conteúdo for acessado pelo T-VILO Viewer. Existe a necessidade desse campo devido ao relacionamento entre as mídias ser baseado em grafo. No contexto do grafo pode-se também chamá-lo “Nó raiz”. 3.3.2.2 Reaproveitamento de Conteúdos Outro requisito importante no T-VILO Maker é o reaproveitamento de conteúdos criados previamente. Na interface de criação de um novo conteúdo, há uma árvore de conteúdos organizados em pastas, de onde o produtor do novo conteúdo pode reutilizar mídias cadastradas anteriormente. Figura 17 - Lista de conteúdos Na listagem de conteúdos (ver na Figura 17), é utilizada uma iconografia para representar o tipo de conteúdo que compõe uma aula. Dessa forma, por meio do título e do ícone que representam o tipo de conteúdo, fica fácil para o produtor de conteúdo identificar o conteúdo que deseja reutilizar. É importante ressaltar que, caso o produtor de conteúdo
  • 51. 51 reutilize alguma mídia previamente cadastrada, esta poderá ser alterada na aula que está sendo produzida, porém, sem afetar a aula produzida anteriormente. Todos os formulários de mídia possuem um padrão de interface gráfica na distribuição dos elementos. Por exemplo, as interfaces possuem os botões Limpar, Confirmar e Cancelar no final do formulário, visando a consistência da ferramenta. Uma preocupação no desenvolvimento do T-VILO Maker foi criar uma ferramenta de fácil uso. Foram explorados os componentes e artifícios como árvore de conteúdos, drag and drop, animações, etc, que caracterizam o T-VILO Maker como uma aplicação RIA (Rich Internet Application). 3.3.2.3 Pré-Visualização Um requisito importante que não foi encontrado nas ferramentas de autoria que foram analisadas neste trabalho é a pré-visualização da aplicação interativa. O T-VILO Maker possui um pré-visualizador, através do qual o produtor de conteúdo pode verificar como o conteúdo interativo será apresentado para o telespectador antes mesmo de publicá-lo. Com isso, o produtor pode verificar se a imagem utilizada está no tamanho adequado ou até mesmo verificar se a navegabilidade do conteúdo está de acordo com o que foi pensado. A Figura 18 ilustra o momento em que o produtor pré-visualiza o conteúdo antes de publicá-lo, enquanto que a Figura 19 mostra o conteúdo já publicado sendo visualizado na televisão. Figura 18 - Pré-Visualização T-VILO Maker Figura 19 - Conteúdo em ambiente real
  • 52. 52 3.3.2.4 Publicação de Conteúdo O T-VILO Maker também disponibiliza uma opção de gerar aplicação, isto é, gerar o T- VILO Viewer em um de seus formatos de interatividade: interatividade local ou interatividade remota. Serão detalhados os dois formatos do T-VILO Viewer em um tópico posterior. Gerar a aplicação disponível por meio da opção “exportar conteúdos selecionados” do T-VILO Maker, significa compactar os arquivos que compõem o T-VILO Viewer juntamente com o XML criado com todo conteúdo interativo selecionado no T-VILO Maker. A Figura 20 ilustra o momento que um conteúdo foi selecionado na lista de conteúdos e o T-VILO Maker gerou o arquivo “tvilomaker.zip” com o conteúdo selecionado. Figura 20 - Gerar aplicação por meio do T-VILO Maker Após o T-VILO Maker gerar a aplicação referente ao conteúdo selecionado, este arquivo está pronto para ser transmitido para os telespectadores. 3.3.2.5 Visualização de Feedbacks de Usuários No T-VILO Maker o produtor de conteúdo tem acesso ao feedback dos telespectadores, que podem ser comentários, sugestões ou até mesmo perguntas. Esse feedback é importante pois analisando-o é possível criar conteúdos mais interessantes ou até mesmo mais esclarecedores. Hoje em dia as emissoras utilizam outros meios para obter esse feedback do telespectador, como internet e celular. Observa-se, na Figura 21, que os feedbacks são disponibilizados em uma listagem
  • 53. 53 dentro do T-VILO Maker. O produtor tem acesso ao nome do remetente, assunto, data do envio da mensagem e a mensagem propriamente dita. Figura 21 - Lista de mensagens enviadas pelo telespectador 3.3.3 T-VILO Viewer T-VILO Viewer é uma aplicação desenvolvida em NCL/Lua que permite a visualização do conteúdo produzido no T-VILO Maker na TVDI. O T-VILO Viewer, ilustrado na Figura 22, é recebido pelo STB por broadcast, em seguida, processado pelo middleware Ginga e, então, quando é apresentado para o usuário, recebe as mídias por demanda e o arquivo XML. Tal arquivo foi produzido pelo T-VILO Maker, e contém a ordem de exibição das mídias interativas. O usuário interage com o conteúdo transmitido usando o controle remoto da televisão. O T-VILO Viewer dá a possibilidade de o usuário efetuar uma transição do conteúdo que está sendo visualizado na televisão para outro dispositivo. Por meio deste módulo, o usuário também consegue enviar sugestões, comentários ou dúvidas para o produtor de conteúdo.
  • 54. 54 Figura 22 - Visualização de conteúdo no T-VILO Viewer 3.3.3.1 Tipo de Interatividade O T-VILO Viewer é disponibilizado em duas versões: na primeira versão, o conteúdo e o XML são requisitados dinamicamente por meio do canal de retorno ao T-VILO Services, classificada como Interatividade Remota. Na segunda versão, o conteúdo e o XML são anexados ao T-VILO Viewer no momento de sua geração no T-VILO Maker, transmitidos por meio de broadcast, assim, não havendo a necessidade do uso do canal de retorno para requisitar o conteúdo sob demanda. Classifica-se como Interatividade Local. De acordo com Tonieto (TONIETO, 2006), uma aplicação é classificada de interatividade local, se ela restringe interagir com o receptor digital, sem utilização de um canal de retorno. A ampliação deste modelo, possibilitando o envio de informações do receptor para o operador é classificada como interatividade remota (Tonieto, 2006). 3.3.3.1.1 Interatividade Remota A versão do T-VILO Viewer com Interatividade remota tem como principal vantagem a requisição do conteúdo sob demanda, isto significa que, caso o produtor altere o conteúdo por meio da ferramenta T-VILO Maker, e o mesmo seja requisitado posteriormente pelo usuário, essa alteração será automaticamente aplicada. Observa-se, na Figura 23, que o XML com conteúdo é trafegado por meio do canal de retorno, caracterizando esta solução como uma
  • 55. 55 solução dependente do mesmo. Figura 23 - Requisição de conteúdos por meio do canal de retorno 3.3.3.1.2 Interatividade Local T-VILO Viewer com interatividade local é uma versão que não necessita do canal de retorno para obter e exibir o conteúdo produzido no T-VILO Maker. No momento em que o T- VILO Viewer é gerado com as configurações de interatividade local para um ou mais conteúdos interativos, todas as mídias interativas que os compõem, isto é, imagens, textos e questões, juntamente com o XML de ligações entre as mídias interativas são anexadas. Dessa forma, quando a aplicação é iniciada no STB após ter sido transmitida por broadcast, todo conteúdo e o relacionamento entre os mesmos, são lidos localmente, sem a necessidade do canal de retorno. Porém, como desvantagem, caso o conteúdo seja alterado no T-VILO Maker, é necessário gerar um novo T-VILO Viewer e enviá-lo novamente por broadcast. 3.3.3.2 Transição de Conteúdo extra Por meio do T-VILO Viewer o telespectador pode transacionar o conteúdo extra previamente cadastrado para outro dispositivo, por exemplo, o celular. Caso a mídia que o telespectador esteja acessando tenha um conteúdo extra relacionado, como um vídeo do Youtube ou outro site qualquer, o QRCode referente ao mesmo será exibido no canto inferior esquerdo da tela, como se pode observar na Figura 24.
  • 56. 56 Figura 24 - Uso do QRCode para conteúdo extra 3.3.3.3 Disponibilização do conteúdo de áudio e vídeo A aplicação não sobrepõe o vídeo porque o conteúdo interativo está diretamente ligado à programação de áudio e vídeo da televisão. No momento em que o telespectador decide interagir com o conteúdo, é feita uma redução para o canto superior esquerdo do vídeo da programação, permitindo, assim, o telespectador continuar acompanhando a programação, enquanto interage com o conteúdo. 3.3.3.4 Navegabilidade na aplicação Para navegar nas funcionalidades principais, o telespectador utiliza os botões coloridos do controle remoto, por exemplo, o botão vermelho do controle para acessar o menu de qualquer parte da aplicação. A navegação no menu da aplicação é realizada por meio dos números do controle remoto, dessa forma, o telespectador tem a liberdade de escolher qual o conteúdo interativo deseja acompanhar. As setas são utilizadas para passar para o conteúdo anterior ou próximo, isso se o conteúdo que estiver sendo exibido não for uma questão. No caso da questão como foi dito anteriormente, a navegabilidade está associada a uma alternativa. Importante ressaltar que por não ser uma estrutura sequencial, foi utilizado o algoritmo de pilha para que fosse possível
  • 57. 57 voltar ao ponto anterior acessado pelo telespectador. Figura 25 - Pilha Navegabilidade do Conteúdo Imagine o seguinte cenário que está sendo representado na Figura 25. O telespectador navegou pelo conteúdo 1, conteúdo 2, conteúdo 3 e conteúdo 5. Por algum motivo, o telespectador desejou voltar para o conteúdo anterior, porém para chegar no conteúdo 5, ele poderia ter vindo pelo conteúdo 3 ou conteúdo 4. Então, para resolver o problema, a cada conteúdo acessado por ele, o T-VILO Viewer empilha a referência dos conteúdos acessados em memória. A implementação da ação de “voltar” no T-VILO Viewer, desempilha o conteúdo do topo, e o anterior passa a ser o conteúdo corrente. 3.3.4 T-VILO Mobile O T-VILO Mobile é o módulo responsável por explorar as potencialidades dos dispositivos móveis no contexto da televisão digital interativa e proporcionar a convergência com os outros dispositivos, por meio de recursos como câmeras, sensores, formas de comunicação, etc. Este módulo é dividido em duas versões: a T-VILO Mobile Ginga e XT-VILO Mobile, e foi desenvolvido na monografia de conclusão de curso (CELES, 2011). Apesar desse esforço na monografia, a integração entre o T-VILO Mobile Ginga e o T-VILO Maker ainda se encontra em fase de desenvolvimento. A seguir, essas versões são descritas em detalhes.
  • 58. 58 3.3.4.1 T-VILO Mobile Ginga O T-VILO Mobile Ginga é uma aplicação baseada no SBTVD desenvolvida em NCLua. Essa aplicação possui as mesmas funcionalidades do T-VILO Viewer, porém com o conteúdo, adaptado para dispositivos móveis. A Figura 26 mostra um mesmo conteúdo interativo visualizado via televisão e via celular, sendo acessado pelas aplicações T-VILO Viewer e T- VILO Mobile Ginga, respectivamente. Pode-se observar na imagem que existe uma diferença entre as aplicações, devido ao tamanho da tela dos dispositivos. Figura 26 - Representação de conteúdo no T-VILO Viewer e no T-VILO Mobile Ginga (Celes, 2011) A aplicação T-VILO Mobile Ginga é disponibilizada via broadcast por meio da frequência 1-SEG, banda utilizada para transmissão para dispositivos móveis. A Figura 27 mostra a estrutura de transmissão das aplicações, T-VILO Viewer e T-VILO Mobile Ginga. Observa-se que as duas aplicações são disponibilizadas via broadcast, porém em frequências diferentes. Na proposta da arquitetura, ambas utilizam o canal de retorno para trocar informações com o T-VILO Services. Figura 27 - Estrutura de Transmissão do T-VILO Mobile Ginga
  • 59. 59 3.3.4.2 XT-VILO Mobile O XT-VILO Mobile é uma aplicação desenvolvida em Java ME e Android. Essa aplicação não requisita que o celular seja compatível com o padrão brasileiro de TV Digital. O XT-VILO Mobile é uma aplicação que deve ser instalada no dispositivo, a qual não vem via broacast como o T-VILO Mobile Ginga. A Figura 28 mostra a estrutura de comunicação entre o XT-VILO Mobile e os outros módulos da ferramenta. Figura 28 - Estrutura de comunicação entre XT-VILO Mobile e componentes da ferramenta O XT-VILO Mobile tem funcionalidades diferentes do T-VILO Mobile Ginga. Por meio do XT-VILO mobile, o telespectador pode realizar a transição de mídias da televisão para o celular, por intermédio do QRCode. A Figura 29 representa o momento em que o telespectador observa, que relacionado àquela mídia interativa, possui um conteúdo extra, representado por um QRCode. O telespectador faz a leitura utilizando a aplicação XT-VILO Mobile, e visualiza um vídeo em seguida. Figura 29 - Transição de mídia utilizando XT-VILO Mobile (Celes, 2011) Outra funcionalidade existente no XT-VILO Mobile é o envio de mensagens, dúvidas ou sugestões por parte do telespectador para o produtor do conteúdo. Para realizar esta operação, o XT-VILO Mobile faz chamadas nos Web Services disponíveis no módulo T-VILO Services.
  • 60. 60 A mensagem enviada pelo telespectador pode ser visualizada pelo produtor de conteúdo no T- VILO Maker, como foi dito anteriormente. A Figura 30 ilustra o formulário que é acessado pelo telespectador para o envio de mensagens. Figura 30 - Envio de mensagens pelo T-VILO Mobile 3.4 CENÁRIOS DE INTERAÇÃO DO T-VILO TOOL Esse item tem como objetivo mostrar ao leitor como um produtor de conteúdo ou um telespectador interage com a ferramenta T-VILO Tool, mostrando os módulos que são envolvidos em cada cenário. Por se tratar de uma ferramenta de elaboração de conteúdo educativo, serão considerados nos cenários apresentados o professor como produtor de conteúdo e o aluno como telespectador. Com esses cenários, será possível ter um melhor entendimento da ligação entre o ator, que no caso pode ser professor, em relação ao T-VILO Maker ou o aluno, em relação ao T-VILO Viewer e a ferramenta T-VILO Tool. 3.4.1 Produção de um conteúdo educativo O primeiro cenário apresentado é o de produção de conteúdo, realizado pelo professor. Para a produção de conteúdo, o professor acessa o T-VILO Maker, para produzir um conteúdo e disparar uma ação de “criarAula”. Por sua vez, o T-VILO Maker requisita o método “criarAulaService” do módulo T-VILO Services, mais precisamente da camada Service Layer, passando os parâmetros necessários para a criação de uma nova Aula. O Service Layer faz o parse do XML para objeto, repassando-o para a camada Business Layer. A camada Business
  • 61. 61 Layer faz as devidas validações. Caso esteja tudo validado corretamente, o objeto é repassado para a camada Data Layer, fazendo uma chamada no método “criarAulaDAO”. A camada Data Layer, como visto no capítulo anterior, faz a comunicação com o banco de dados, assim, o conteúdo é persistido. Depois de persistido, o objeto volta por todas as camadas do T-VILO Services até chegar na camada Service Layer, ser encapsulado em um XML, e devolvido ao T- VILO Maker. A Figura 31 mostra o diagrama de sequência com todas as etapas e módulos da arquitetura que o conteúdo interativo elaborado pelo professor trafega antes de ser persistido. Figura 31 - Diagrama de sequências do cenário produção de conteúdo 3.4.2 Visualização de Aulas Neste cenário, o aluno acessa na TVD o conteúdo previamente cadastrado pelo professor. Para isso, T-VILO Viewer, configurado como interatividade remota, vem via broadcast multiplexado com o conteúdo de áudio e vídeo do canal. O Aluno seleciona “Carregar Aplicação interativa”. Quando o T-VILO Viewer é inicializado, é chamado o método “getAulasServices” que é provido pelo T-VILO Services. O T-VILO Services chama o “GetAula” da classe AulasDAO, que por sua vez acessa o banco de dados e retorna uma coleção de aulas disponíveis para exibição. O T-VILO Services empacota a coleção em um XML e a devolve para o T-VILO Viewer. O T-VILO Viewer faz o parse do XML para objetos, colocando-os em memória para tornar o acesso mais rápido quando necessário. A Figura 32 ilustra o diagrama de sequências deste cenário.
  • 62. 62 Figura 32 - Diagrama de sequências do cenário Visualização de aulas 3.4.3 Envio de Sugestões e Dúvidas Neste cenário, o aluno visualiza a aula na televisão e utiliza o celular com a aplicação T- VILO Mobile para enviar um feedback para o professor. Para realizar esta atividade, o aluno acessa o T-VILO Mobile, preenche as informações que são mostradas na tela, como nome e mensagem, e seleciona a opção “enviarMensagem”. O T-VILO Mobile, por meio da rede de dados da operadora de telefonia, requisita o método “EnviarMensagemService” que pertence ao Web Services da camada Service Business do T-VILO Services. A mensagem é armazenada no servidor por meio da camada Data Layer, a qual é disponibilizada para leitura do professor em um segundo momento, sendo acessada pelo T-VILO Maker. Este cenário mostra uma forma alternativa de utilização do canal de retorno, fazendo o uso da rede de telefonia para realizar essa ação. A figura 33 ilustra esse cenário em forma de diagrama de sequências.
  • 63. 63 Figura 33 - Diagrama de sequências do cenário Envio de Sugestões e Dúvidas Termina-se este capítulo mostrando toda a arquitetura desenvolvida ao longo desse trabalho, assim como a explicação de cada módulo que compunha a ferramenta T-VILO Tool.
  • 64. 64 4 DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA: CONTRIBUIÇÕES E PROCESSO REALIZADO Durante o desenvolvimento da ferramenta T-VILO Tool, houve o desenvolvimento de soluções que aportam contribuições para o desenvolvimento de aplicações interativas baseadas no SBTVD. Este capítulo visa abordar essas contribuições juntamente com a metodologia utilizada durante a elaboração do trabalho em questão. 4.1 CONTRIBUIÇÕES PARA DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES INTERATIVAS PARA TVDI Uma das maiores dificuldades no desenvolvimento deste trabalho foi a inexistência de componentes de interface de interação com usuário e de comunicação na tecnologia escolhida para desenvolver o T-VILO Viewer. O T-VILO Viewer, como citado anteriomente, foi desenvolvido em NCLua, linguagem presente no middleware Ginga. Então, como uma forma de contribuição, durante a elaboração deste trabalho, desenvolveu-se uma biblioteca de interface gráfica chamada Sunshine e um componente de comunicação chamado Rest Client. Ressalta-se que essas contribuições podem ser utilizadas em qualquer aplicação Ginga NCLua. Também como contribuição deste trabalho, foi gerado um modelo de conteúdo baseado em XML, para representar o conteúdo propriamente dito e o relacionamento existente entre eles. Nos próximos itens serão descritos a biblioteca de interface, o componente de comunicação e o modelo de conteúdo.
  • 65. 65 4.1.1 Biblioteca de Interface - Sunshine Sunshine é o nome da biblioteca de interfaces desenvolvida em NCLua durante o desenvolvimento do módulo T-VILO Viewer. Esta biblioteca possui quatro componentes visuais que podem ser reutilizados em qualquer aplicação para TV Digital que utilize NCLua. Os componentes são: ListField, TextField, ImageField e QuestionField. Na Figura 34, tem-se o diagrama de classes da biblioteca e os relacionamentos entre os componentes que a compõem. Figura 34 - Diagrama de Classes da biblioteca Sunshine 4.1.1.1 UIComponent UIComponent é o componente base para todos os outros componentes da biblioteca Sunshine. Este componente possui as propriedades de posicionamento, largura e altura do objeto de interação. Como pode ser observado na Figura 34, todos outros componentes herdam dele os atributos de largura (width), altura (height) e posicionamento (x e y). 4.1.1.2 TextField É o componente mais simples da biblioteca e o mais utilizado. Como pode ser observado no diagrama de classes na Figura 34, o componente possui somente o atributo text.
  • 66. 66 Esse componente possui três métodos, sendo eles: show, writeTitle e writeText. Textfield:show (x, y, width, background) O método show recebe os parâmetros de posicionamento (x e y), a largura (width) e uma imagem de background, caso o mesmo possua. Este método é responsável por guardar as informações necessárias para que o componente da aplicação possa ser desenhado. Texttfield:writeTitle (title) O método writeText recebe como parâmetro o título do texto (text). Este título é desenhado na tela, diferenciando-se do texto propriamente dito, em relação a tamanho de fonte e cor. A posição do texto a ser desenhado será relativa aos parâmetros passados no método show() . Textfield:writeText (text) Este método tem como responsabilidade desenhar o texto na aplicação baseado na largura atribuída no método show(). Caso não tenha espaço para desenhar todo o texto em uma única linha na largura definida anteriormente, para esse método foi desenvolvida uma lógica para a quebra de linha automática, facilitando para o desenvolvedor o uso de grandes textos em suas aplicações interativas. A Figura 35 ilustra uma aplicação para TVDI (lado a) desenvolvida para demonstrar a utilização desse componente da biblioteca. O lado b da figura mostra o trecho de código necessário, utilizando a biblioteca sunshine, para o desenvolvimento dessa aplicação. Figura 35 - Utilização do componente TextField
  • 67. 67 Para um melhor entendimento do código ilustrado na Figura 35 (lado b), este será explicado detalhadamente abaixo: linha 5: instanciando o componente TextField; linha 6: Atribuindo valores de posicionamento e largura; linha 7: Desenhando o título do texto, que no caso é: “Um Exemplo de Uso”; e linha 8: Desenhando o texto propriamente dito. 4.1.1.3 ImageField ImageField é o componente para inserir imagens com título em aplicações desenvolvidas em NCLua. O componente tem duas propriedades: titulo e caminho da imagem. Este componente se integra com o componente TextField. Essa integração é útil caso o título da imagem inserida seja muito grande, pois ele será automaticamente dividido em 2 linhas. Esse componente possui dois métodos: ImageField:show(x, y, width, background) O método show() é responsável por armazenar as coordenadas (x e y) onde a imagem será desenhada, largura(width) e uma imagem de fundo (background), caso exista. ImageField:showImage(path, title) O método showImage() tem como parâmetros o caminho da imagem (path) e o título (title). Ele é o responsável por desenhar a imagem na tela de acordo com o posicionamento passado nos parâmetros do método show(). A Figura 36 ilustra uma aplicação (lado a) e o código necessário (lado b) para criação da mesma, utilizando a biblioteca sunshine.
  • 68. 68 Figura 36 - Componente ImageField 4.1.1.4 ListField Esse componente foi desenvolvido para gerar um menu dada uma lista de opções. ListField:show(x, y, width, background) Como nos componentes anteriores, o método show é responsável pela disponibilização do componente na interface da aplicação. Os parâmetros que o método recebe são: as coordenadas (x e y), a largura do componente (width), e uma imagem de fundo (background), caso necessite. A Figura 37 ilustra a aplicação gerada utilizando a biblioteca (lado a) e o código necessário para desenvolver a mesma (lado b). Figura 37 - Componente ListField
  • 69. 69 4.1.1.5 QuestionField Componente para representar perguntas de múltipla escolha. Devido a reutilização do componente TextField no título da pergunta do QuestionField, a quebra de linha acontece de forma automática, caso o espaço não seja suficiente para exibir o título em uma única linha. Para exibir na tela as possíveis respostas da pergunta foi reutilizado o ListField. QuestionField:show(question, x, y, width, background) O método show é responsável por desenhar o componente QuestionField na aplicação. Os parâmetros recebidos por esse método são: A questão propriamente dita (question), as coordenadas (x e y), a largura do componente (width) e uma imagem de fundo, caso necessite. A Figura 38 ilustra uma aplicação desenvolvida para mostrar o uso da biblioteca, onde no lado (a) é mostrada a aplicação sendo executada no emulador, e no lado (b) é mostrado o um trecho do código necessário para criar tal aplicação. Figura 38 - Utilização do componente QuestionField 4.1.2 RestClient: Componente de comunicação Para resolver a dificuldade de comunicação entre aplicações interativas baseadas em NCLua e servidores WEB, durante a realização deste trabalho foi criado um componente chamado RestClient.