O texto apresenta reflexões sobre pesquisa (auto)biográfica e narrativas de formação no campo educacional, ao destacar modos como temos construído redes de pesquisas e práticas de formação, ao sistematizar questões sobre análise compreensiva-interpretativa de narrativas, tomando como referência questões teórico-metodológicas no campo da pesquisa (auto)biográfica.
O documento discute aspectos teórico-metodológicos da abordagem biográfica no contexto da formação de professores. Apresenta diferentes tipificações e abordagens construídas como prática de pesquisa/formação com histórias de vida nas ciências sociais, destacando a heterogeneidade em torno do tema. Reflete sobre o percurso epistemológico da história de vida como campo multidisciplinar proveniente de diferentes áreas do saber.
Este documento apresenta os planos de ensino para o curso de Sociologia ao longo dos quatro bimestres do ano letivo de 2015. Ele descreve as competências, conteúdos, metodologias, recursos e formas de avaliação para cada bimestre. Os temas incluem a introdução à Sociologia, teorias sociológicas clássicas, diversidade cultural, classes sociais e globalização.
O documento apresenta o plano de ensino de Sociologia para o 1o ano do Ensino Médio, ministrado pela professora Antonia Alves da Cruz. O plano inclui justificativa, conteúdos, objetivos e atividades para os 3o e 4o bimestres, focando nos temas de cultura, diferenças e desigualdades humanas. As atividades envolvem debates, pesquisas, filmes e avaliação de aspectos cognitivos e atitudinais.
Este documento discute a ecologia dos saberes e a descolonização do currículo escolar. Apresenta conceitos de autores como Boaventura de Sousa Santos e Nilma Lino Gomes sobre a inclusão de diferentes culturas e saberes no currículo. Defende que a escola deve acolher vozes e saberes de bebês, crianças e comunidades para uma educação crítica e emancipatória.
A L F A B E T I Z A% C3%87% C3%83 O%20 E%20 L E T R A M E N T O%20 N A%20 E D...luzirrege
O documento discute a alfabetização e o letramento de jovens e adultos. A pesquisa mostra que os alunos buscam a escolarização para atender suas necessidades atuais, não para recuperar o passado. Muitos relatam dificuldades como pobreza e trabalho doméstico que os impediram de estudar antes. O documento também analisa como o letramento vai além da alfabetização, envolvendo participação social através da linguagem escrita.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre as concepções e práticas pedagógicas de leitura na Educação de Jovens e Adultos em uma escola pública em Cuiabá, MT. A pesquisa objetiva entender os diferentes modos de leitura dos alunos e refletir sobre o ensino e aprendizagem da leitura. Os dados preliminares indicam que a leitura ocupa lugar de destaque na sala de aula por meio de variedade de gêneros textuais e instiga elementos de construção do texto.
Este documento apresenta o planejamento anual de Sociologia para o ano de 2014 em uma escola de ensino médio em Santa Luzia, MA. O plano descreve os objetivos, conteúdos programáticos divididos em quatro bimestres, metodologias de ensino e aprendizagem, processos de avaliação e referências bibliográficas. Os tópicos a serem estudados incluem teorias clássicas de Durkheim, Comte, Marx e Weber sobre poder, política, estado, sociedade e classes sociais.
O documento discute aspectos teórico-metodológicos da abordagem biográfica no contexto da formação de professores. Apresenta diferentes tipificações e abordagens construídas como prática de pesquisa/formação com histórias de vida nas ciências sociais, destacando a heterogeneidade em torno do tema. Reflete sobre o percurso epistemológico da história de vida como campo multidisciplinar proveniente de diferentes áreas do saber.
Este documento apresenta os planos de ensino para o curso de Sociologia ao longo dos quatro bimestres do ano letivo de 2015. Ele descreve as competências, conteúdos, metodologias, recursos e formas de avaliação para cada bimestre. Os temas incluem a introdução à Sociologia, teorias sociológicas clássicas, diversidade cultural, classes sociais e globalização.
O documento apresenta o plano de ensino de Sociologia para o 1o ano do Ensino Médio, ministrado pela professora Antonia Alves da Cruz. O plano inclui justificativa, conteúdos, objetivos e atividades para os 3o e 4o bimestres, focando nos temas de cultura, diferenças e desigualdades humanas. As atividades envolvem debates, pesquisas, filmes e avaliação de aspectos cognitivos e atitudinais.
Este documento discute a ecologia dos saberes e a descolonização do currículo escolar. Apresenta conceitos de autores como Boaventura de Sousa Santos e Nilma Lino Gomes sobre a inclusão de diferentes culturas e saberes no currículo. Defende que a escola deve acolher vozes e saberes de bebês, crianças e comunidades para uma educação crítica e emancipatória.
A L F A B E T I Z A% C3%87% C3%83 O%20 E%20 L E T R A M E N T O%20 N A%20 E D...luzirrege
O documento discute a alfabetização e o letramento de jovens e adultos. A pesquisa mostra que os alunos buscam a escolarização para atender suas necessidades atuais, não para recuperar o passado. Muitos relatam dificuldades como pobreza e trabalho doméstico que os impediram de estudar antes. O documento também analisa como o letramento vai além da alfabetização, envolvendo participação social através da linguagem escrita.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre as concepções e práticas pedagógicas de leitura na Educação de Jovens e Adultos em uma escola pública em Cuiabá, MT. A pesquisa objetiva entender os diferentes modos de leitura dos alunos e refletir sobre o ensino e aprendizagem da leitura. Os dados preliminares indicam que a leitura ocupa lugar de destaque na sala de aula por meio de variedade de gêneros textuais e instiga elementos de construção do texto.
Este documento apresenta o planejamento anual de Sociologia para o ano de 2014 em uma escola de ensino médio em Santa Luzia, MA. O plano descreve os objetivos, conteúdos programáticos divididos em quatro bimestres, metodologias de ensino e aprendizagem, processos de avaliação e referências bibliográficas. Os tópicos a serem estudados incluem teorias clássicas de Durkheim, Comte, Marx e Weber sobre poder, política, estado, sociedade e classes sociais.
1. O documento analisa a representação de negros em livros didáticos de ciências para o ensino fundamental.
2. Foi observado que negros aparecem de forma sub-representada, com apenas 6 ilustrações de negros em um total de 39 imagens.
3. Isso sugere que os poucos negros que aparecem servem apenas para simular igualdade racial, mas na verdade o branco ainda é visto como a norma.
1) O documento discute a ecologia da informação nas bibliotecas comunitárias de Salvador, apresentando resultados parciais de uma pesquisa sobre espaços de leitura, impactos, desejos e carências na perspectiva da inclusão social.
2) A pesquisa investiga as estratégias de leitura e seus resultados nas bibliotecas, buscando entender como a leitura contribui para a cidadania e inclusão social.
3) Duas bibliotecas comunitárias são descritas brevemente: a Biblioteca Comunitária do Cal
Alinhamento de Conteúdos Básicos Mínimos de FilosofiaPatrícia
O documento apresenta os objetivos, habilidades e conteúdos mínimos para o ensino de filosofia ao longo de 4 bimestres do 1o ano e 3 bimestres do 2o ano. Nos diferentes bimestres, os eixos temáticos incluem o filosofar, o conhecimento, a moral, a liberdade, o amor, o indivíduo e a sociedade e a ideologia. O objetivo é desenvolver a compreensão de conceitos filosóficos e sua aplicação na vida pessoal e social.
1. A identidade e a diferença são conceitos interdependentes que só fazem sentido um em relação ao outro.
2. A identidade e a diferença são construções sociais e linguísticas, não fatos naturais. Elas são produzidas ativamente por meio de atos de linguagem.
3. A linguagem é fundamentalmente um sistema de diferenças, e a identidade e a diferença dependem de uma cadeia infinita de diferenciações linguísticas para adquirir sentido.
Here is a three sentence summary of the document:
[SUMMARY] This document outlines the organization of a book titled "Corpo e Governabilidade" (Body and Governability) published by the Federal University of Sergipe Press in 2016. It includes the names of the editors and researchers involved in the project, an introduction to the book's three sections on body and subjectification, body and politics, and body and metaphor. The book brings together academic texts and studies across disciplines that examine the body and mechanisms of social governance.
Plano de Ensino de Filosofia - Ensino Médio - 3º ano Mary Alvarenga
Este plano de ensino descreve o currículo de Filosofia para alunos do 3o ano do Ensino Médio. O currículo inclui três bimestres com unidades sobre ética, política, ciência e cultura afro-brasileira. As aulas serão conduzidas de forma expositiva e dialógica para promover discussões e debates. Os alunos serão avaliados por meio de participação em debates, produção de textos e apresentações.
Este documento apresenta o plano de ensino de Filosofia para o 2o ano do Ensino Médio. Serão abordados temas como indivíduo, condutas massificadas, ética, desafios éticos contemporâneos e bioética ao longo de dois bimestres. As atividades incluem debates, pesquisas, seminários e análise de filmes para desenvolver habilidades de pensamento crítico.
Este documento apresenta o plano de ensino de Filosofia para o 1o ano do Ensino Médio, incluindo objetivos, conteúdos, atividades e critérios de avaliação para os 3o e 4o bimestres do ano letivo de 2015. Os temas incluem introdução à filosofia política, democracia, direitos humanos e desigualdade social. As atividades envolverão debates, pesquisas, leituras e apresentações para promover o desenvolvimento do pensamento crítico.
Este documento discute a abordagem da temática de gênero nos livros didáticos aprovados pelo PNLD 2013. Primeiro, apresenta a definição de gênero segundo os PCNs e Joan Scott. Em seguida, analisa como os livros representam os papéis de gênero e discutem a participação das mulheres na história. Por fim, cita um exemplo do livro do 9o ano que mostra uma imagem de uma mulher negra durante o Apartheid sem contextualizá-la adequadamente na luta contra o regime.
Este documento apresenta o plano de ensino de filosofia para o ensino médio, dividido em três séries com quatro bimestres cada. Ele descreve as competências, habilidades, e conteúdos básicos/mínimos que serão abordados em cada bimestre, com foco em eixos temáticos como o filosofar, o conhecimento, a moral, a liberdade, o amor, o indivíduo e a sociedade, a ideologia, a cidadania e política, e o trabalho e realização.
O PROCESSO DE ESFORÇO-FORÇA DE VONTADE, DANDO FORMA À SUA COLCHA-VIDA-FORMAÇÃ...ProfessorPrincipiante
Este documento apresenta:
1) Uma pesquisa sobre as narrativas (auto)biográficas de licenciandos em Matemática para compreender a constituição de suas identidades docentes.
2) A análise da trajetória de formação de uma licencianda chamada "Esforço-Força de Vontade" através de seus memoriais de formação entre 2009-2012.
3) A metodologia da pesquisa que utilizou interpretação narrativa das histórias da licencianda para entender como sua identidade docente foi se formando.
Tomaz tadeu 2308 identidade e diferençaDany Pereira
Este documento apresenta uma coleção de livros sobre educação pós-crítica coordenada por Tomaz Tadeu da Silva e Pablo Gentili. Os livros abordam temas como gênero, sexualidade, liberdades reguladas, imagens do outro, falsificação do consenso e utopias provisórias. Um dos livros é sobre identidade e diferença a partir da perspectiva dos Estudos Culturais, organizado por Tomaz Tadeu da Silva.
Letramento e competência comunicativa a aprendizagem da escritaDouglas Marcos
O documento discute o conceito de letramento e sua relação com a aprendizagem da escrita e leitura. Aprender a ler e escrever é um processo social que envolve interação com outras pessoas e não apenas habilidades individuais. Estudos sobre letramento influenciaram as práticas de alfabetização ao enfatizar a importância de inserir a escrita na vida dos alunos para além do código. Contudo, ainda há um longo caminho a ser percorrido para revisar conceitos e práticas de ensino.
O erotismo com representação da transgressão a afirmação da mulher contemporâ...UNEB
Este capítulo descreve a história da mulher na sociedade brasileira, desde a repressão patriarcal até as lutas e conquistas femininas. Inicialmente, discute-se como as mulheres viviam sob um regime de submissão e passividade, onde a ideologia falocêntrica as definia e controlava. Em seguida, aborda-se a reação feminina em busca de espaço e igualdade, culminando na conquista do direito à voz e à escrita, possibilitando a independência e afirmação das mulheres.
1) O documento discute como propostas teatrais podem desafiar discursos baseados em conceitos naturalizados e hierárquicos sobre gênero e sexualidade.
2) É descrita uma cena teatral criada por professoras onde personagens com gêneros indefinidos interagem com uma personagem de gênero definido, representando como a normalidade é imposta.
3) Defende-se que a formação de professores deve enfatizar a multiplicidade de gênero, sexualidade e corpos para combater a discriminação.
Plano Bimestral de Filosofia 1º, 2º e 3º ano Mary Alvarenga
Este plano de atividade docente descreve as aulas de Filosofia para o 1o, 2o e 3o ano do Ensino Médio. As aulas irão abordar temas como introdução ao filosofar, a filosofia na história e grandes áreas do filosofar. As atividades incluem leituras, debates, pesquisas e projetos sobre ética, racismo e trabalho escravo.
O documento discute o uso da história de vida como alternativa de autoformação de professores e investigação do trabalho docente. A história oral surgiu para valorizar as fontes orais e estudar os excluídos da história, expandindo-se nos anos 1970-1980 com novas abordagens qualitativas. A história de vida permite que professores reflitam sobre suas experiências e encontrem novas formas de se formarem continuamente.
ensino de historia para historiadores de plantao (Historia)amadeusalves1998
Este documento apresenta um resumo de uma unidade sobre memórias e reflexões sobre histórias de ensino de matemática. A unidade inclui fragmentos autobiográficos de seis autores brasileiros que descrevem suas experiências com o ensino e aprendizagem de matemática no século XX. Um desses fragmentos descreve as lembranças de Álvaro Moreyra sobre seu professor de matemática no ensino secundário, que o desmotivou dizendo que ele nunca teria sucesso. Outro fragmento apresenta experiências de Felicidade
ENTRE MOVIMENTOS INSTITUÍDOS E INSTITUINTES DE FORMAÇÃO NO COTIDIANO ESCOLAR:...ProfessorPrincipiante
Como a menina avoada de Barros (1999) incuto-me na invenção de um itinerário
investigativo que, longe de seguir um caminho “dado”, mobiliza-me a rascunhar
alternativas, revisitar objetivos e mergulhar em um rio de possibilidades. Assim é o
caminho da pesquisa que entre “promessas” e trilhas (inventadas) tem me permitido (re)
desenhar traços de sua escrita.
Este artigo discute como os conceitos de currículo, identidades sociais, poder e linguagem podem fornecer um referencial teórico para pesquisas sobre como a disciplina escolar de História negocia marcas identitárias em sala de aula. O autor argumenta que as práticas discursivas dos professores desempenham um papel central na produção de identidades e que o diálogo entre teorias do currículo e da linguagem pode ajudar a entender este processo.
a dificuldade presente entre o professorado, tanto de tornar a cultura um eixo central do processo curricular, como de conferir uma orientação multicultural às suas práticas.
1. O documento analisa a representação de negros em livros didáticos de ciências para o ensino fundamental.
2. Foi observado que negros aparecem de forma sub-representada, com apenas 6 ilustrações de negros em um total de 39 imagens.
3. Isso sugere que os poucos negros que aparecem servem apenas para simular igualdade racial, mas na verdade o branco ainda é visto como a norma.
1) O documento discute a ecologia da informação nas bibliotecas comunitárias de Salvador, apresentando resultados parciais de uma pesquisa sobre espaços de leitura, impactos, desejos e carências na perspectiva da inclusão social.
2) A pesquisa investiga as estratégias de leitura e seus resultados nas bibliotecas, buscando entender como a leitura contribui para a cidadania e inclusão social.
3) Duas bibliotecas comunitárias são descritas brevemente: a Biblioteca Comunitária do Cal
Alinhamento de Conteúdos Básicos Mínimos de FilosofiaPatrícia
O documento apresenta os objetivos, habilidades e conteúdos mínimos para o ensino de filosofia ao longo de 4 bimestres do 1o ano e 3 bimestres do 2o ano. Nos diferentes bimestres, os eixos temáticos incluem o filosofar, o conhecimento, a moral, a liberdade, o amor, o indivíduo e a sociedade e a ideologia. O objetivo é desenvolver a compreensão de conceitos filosóficos e sua aplicação na vida pessoal e social.
1. A identidade e a diferença são conceitos interdependentes que só fazem sentido um em relação ao outro.
2. A identidade e a diferença são construções sociais e linguísticas, não fatos naturais. Elas são produzidas ativamente por meio de atos de linguagem.
3. A linguagem é fundamentalmente um sistema de diferenças, e a identidade e a diferença dependem de uma cadeia infinita de diferenciações linguísticas para adquirir sentido.
Here is a three sentence summary of the document:
[SUMMARY] This document outlines the organization of a book titled "Corpo e Governabilidade" (Body and Governability) published by the Federal University of Sergipe Press in 2016. It includes the names of the editors and researchers involved in the project, an introduction to the book's three sections on body and subjectification, body and politics, and body and metaphor. The book brings together academic texts and studies across disciplines that examine the body and mechanisms of social governance.
Plano de Ensino de Filosofia - Ensino Médio - 3º ano Mary Alvarenga
Este plano de ensino descreve o currículo de Filosofia para alunos do 3o ano do Ensino Médio. O currículo inclui três bimestres com unidades sobre ética, política, ciência e cultura afro-brasileira. As aulas serão conduzidas de forma expositiva e dialógica para promover discussões e debates. Os alunos serão avaliados por meio de participação em debates, produção de textos e apresentações.
Este documento apresenta o plano de ensino de Filosofia para o 2o ano do Ensino Médio. Serão abordados temas como indivíduo, condutas massificadas, ética, desafios éticos contemporâneos e bioética ao longo de dois bimestres. As atividades incluem debates, pesquisas, seminários e análise de filmes para desenvolver habilidades de pensamento crítico.
Este documento apresenta o plano de ensino de Filosofia para o 1o ano do Ensino Médio, incluindo objetivos, conteúdos, atividades e critérios de avaliação para os 3o e 4o bimestres do ano letivo de 2015. Os temas incluem introdução à filosofia política, democracia, direitos humanos e desigualdade social. As atividades envolverão debates, pesquisas, leituras e apresentações para promover o desenvolvimento do pensamento crítico.
Este documento discute a abordagem da temática de gênero nos livros didáticos aprovados pelo PNLD 2013. Primeiro, apresenta a definição de gênero segundo os PCNs e Joan Scott. Em seguida, analisa como os livros representam os papéis de gênero e discutem a participação das mulheres na história. Por fim, cita um exemplo do livro do 9o ano que mostra uma imagem de uma mulher negra durante o Apartheid sem contextualizá-la adequadamente na luta contra o regime.
Este documento apresenta o plano de ensino de filosofia para o ensino médio, dividido em três séries com quatro bimestres cada. Ele descreve as competências, habilidades, e conteúdos básicos/mínimos que serão abordados em cada bimestre, com foco em eixos temáticos como o filosofar, o conhecimento, a moral, a liberdade, o amor, o indivíduo e a sociedade, a ideologia, a cidadania e política, e o trabalho e realização.
O PROCESSO DE ESFORÇO-FORÇA DE VONTADE, DANDO FORMA À SUA COLCHA-VIDA-FORMAÇÃ...ProfessorPrincipiante
Este documento apresenta:
1) Uma pesquisa sobre as narrativas (auto)biográficas de licenciandos em Matemática para compreender a constituição de suas identidades docentes.
2) A análise da trajetória de formação de uma licencianda chamada "Esforço-Força de Vontade" através de seus memoriais de formação entre 2009-2012.
3) A metodologia da pesquisa que utilizou interpretação narrativa das histórias da licencianda para entender como sua identidade docente foi se formando.
Tomaz tadeu 2308 identidade e diferençaDany Pereira
Este documento apresenta uma coleção de livros sobre educação pós-crítica coordenada por Tomaz Tadeu da Silva e Pablo Gentili. Os livros abordam temas como gênero, sexualidade, liberdades reguladas, imagens do outro, falsificação do consenso e utopias provisórias. Um dos livros é sobre identidade e diferença a partir da perspectiva dos Estudos Culturais, organizado por Tomaz Tadeu da Silva.
Letramento e competência comunicativa a aprendizagem da escritaDouglas Marcos
O documento discute o conceito de letramento e sua relação com a aprendizagem da escrita e leitura. Aprender a ler e escrever é um processo social que envolve interação com outras pessoas e não apenas habilidades individuais. Estudos sobre letramento influenciaram as práticas de alfabetização ao enfatizar a importância de inserir a escrita na vida dos alunos para além do código. Contudo, ainda há um longo caminho a ser percorrido para revisar conceitos e práticas de ensino.
O erotismo com representação da transgressão a afirmação da mulher contemporâ...UNEB
Este capítulo descreve a história da mulher na sociedade brasileira, desde a repressão patriarcal até as lutas e conquistas femininas. Inicialmente, discute-se como as mulheres viviam sob um regime de submissão e passividade, onde a ideologia falocêntrica as definia e controlava. Em seguida, aborda-se a reação feminina em busca de espaço e igualdade, culminando na conquista do direito à voz e à escrita, possibilitando a independência e afirmação das mulheres.
1) O documento discute como propostas teatrais podem desafiar discursos baseados em conceitos naturalizados e hierárquicos sobre gênero e sexualidade.
2) É descrita uma cena teatral criada por professoras onde personagens com gêneros indefinidos interagem com uma personagem de gênero definido, representando como a normalidade é imposta.
3) Defende-se que a formação de professores deve enfatizar a multiplicidade de gênero, sexualidade e corpos para combater a discriminação.
Plano Bimestral de Filosofia 1º, 2º e 3º ano Mary Alvarenga
Este plano de atividade docente descreve as aulas de Filosofia para o 1o, 2o e 3o ano do Ensino Médio. As aulas irão abordar temas como introdução ao filosofar, a filosofia na história e grandes áreas do filosofar. As atividades incluem leituras, debates, pesquisas e projetos sobre ética, racismo e trabalho escravo.
O documento discute o uso da história de vida como alternativa de autoformação de professores e investigação do trabalho docente. A história oral surgiu para valorizar as fontes orais e estudar os excluídos da história, expandindo-se nos anos 1970-1980 com novas abordagens qualitativas. A história de vida permite que professores reflitam sobre suas experiências e encontrem novas formas de se formarem continuamente.
ensino de historia para historiadores de plantao (Historia)amadeusalves1998
Este documento apresenta um resumo de uma unidade sobre memórias e reflexões sobre histórias de ensino de matemática. A unidade inclui fragmentos autobiográficos de seis autores brasileiros que descrevem suas experiências com o ensino e aprendizagem de matemática no século XX. Um desses fragmentos descreve as lembranças de Álvaro Moreyra sobre seu professor de matemática no ensino secundário, que o desmotivou dizendo que ele nunca teria sucesso. Outro fragmento apresenta experiências de Felicidade
ENTRE MOVIMENTOS INSTITUÍDOS E INSTITUINTES DE FORMAÇÃO NO COTIDIANO ESCOLAR:...ProfessorPrincipiante
Como a menina avoada de Barros (1999) incuto-me na invenção de um itinerário
investigativo que, longe de seguir um caminho “dado”, mobiliza-me a rascunhar
alternativas, revisitar objetivos e mergulhar em um rio de possibilidades. Assim é o
caminho da pesquisa que entre “promessas” e trilhas (inventadas) tem me permitido (re)
desenhar traços de sua escrita.
Este artigo discute como os conceitos de currículo, identidades sociais, poder e linguagem podem fornecer um referencial teórico para pesquisas sobre como a disciplina escolar de História negocia marcas identitárias em sala de aula. O autor argumenta que as práticas discursivas dos professores desempenham um papel central na produção de identidades e que o diálogo entre teorias do currículo e da linguagem pode ajudar a entender este processo.
a dificuldade presente entre o professorado, tanto de tornar a cultura um eixo central do processo curricular, como de conferir uma orientação multicultural às suas práticas.
O documento resume um artigo que discute a importância de se levar em conta a pluralidade cultural na educação escolar. Os autores defendem que a escola deve ser vista como um espaço de encontro entre culturas diferentes, e não como transmissora de uma única cultura hegemônica. Eles também apontam práticas concretas para tornar o ensino mais inclusivo e apontar preconceitos internalizados.
O artigo descreve os métodos de pesquisa utilizados na história da psicologia, discutindo: 1) as relações entre o trabalho histórico, a preservação da memória e a criação de documentos; 2) a existência de diversas abordagens metodológicas dependendo do objeto escolhido; 3) as novas interações entre historiografia, ciências humanas e psicologia, incluindo abordagens interdisciplinares como a psicologia histórica.
O documento discute o uso de narrativas autobiográficas como método de pesquisa qualitativa em educação. O texto apresenta exemplos de pesquisas realizadas com crianças e professores que utilizaram narrativas orais para compreender os sentidos atribuídos por eles à escola e à infância. O documento também reflete sobre os desafios e potencialidades desse método para dar voz aos participantes e gerar reflexões sobre formação e políticas educacionais.
O documento discute o conceito de discurso em Michel Foucault. Segundo o texto, Foucault analisa o discurso como um lugar de embate entre poderes e saberes que produzem verdades histórico-sociais. O texto também resume três momentos na obra de Foucault - arqueologia do saber, genealogia do poder e investigação da subjetivação.
O documento discute como ensinar história e sociologia de forma a desenvolver competências e habilidades nos estudantes. Ele argumenta que a história deve ensinar sobre novos temas e sujeitos sociais, utilizando fontes diversas e métodos interpretativos. A sociologia deve ajudar a compreender transformações sociais e construir identidade cívica. Ambas as disciplinas devem contextualizar culturalmente os fenômenos estudados.
O documento discute como ensinar história e sociologia de forma a desenvolver competências e habilidades nos estudantes. Ele argumenta que a história deve ensinar sobre novos temas e sujeitos sociais, utilizando fontes diversas e métodos interpretativos. A sociologia deve ajudar a compreender transformações sociais e construir identidades cívicas. Ambas as disciplinas devem contextualizar culturalmente os fenômenos estudados.
Análise do texto: Narrativas autobiográficas de professoras /es de línguas na Universidade: letramento racial crítico e teoria racial crítica, de Aparecida de Jesus Ferreira, na perspectiva do letramento e da construção identitária.
O documento descreve uma pesquisa que teve como objetivo compreender as relações de crianças negras em uma escola pública no Rio de Janeiro. A pesquisa utilizou referenciais sobre multiculturalismo e interculturalismo para analisar como as crianças negras se relacionavam e eram percebidas. O estudo qualitativo e etnográfico foi realizado em 2008 e buscou dar voz às experiências das crianças negras.
O documento discute as mudanças ocorridas no ensino de história no Brasil nas últimas décadas, incluindo a organização de conteúdos por eixos temáticos em vez de cronologia, e a introdução de temas da história do Brasil já nos primeiros anos do ensino fundamental. Também analisa como os currículos de história refletem visões políticas e culturais através da seleção de conteúdos.
O documento discute as terminologias usadas para descrever processos educativos fora da escola e mapeia as tendências dessas abordagens baseadas em seus fundamentos filosóficos. Argumenta que o debate terminológico não é neutro e que a educação escolar e não escolar são determinadas e determinantes da vida social.
IDENTIDADES DOCENTES E CULTURAS PROFISSIONAIS: ANÁLISE DE DISCURSO DE NARRATI...ProfessorPrincipiante
Este trabalho insere-se em um projeto mais amplo referente à área de estudos das
culturas escolares e, mais especificamente, das culturas profissionais docentes, e tem
como objetivo refletir sobre processos de (re)construção de identidades docentes que
ocorrem durante os cursos de formação inicial de professores e professoras. Por meio de
questionários com estudantes ingressantes e em fase inicial e final da realização dos
estágios obrigatórios do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza (EACH/USP),
obtiveram-se narrativas discursivas que evidenciam aspectos de sua trajetória. Com base
no estudo desses textos, espera-se identificar possíveis processos de reconstrução
identitária elaborados a partir de discursos trazidos à Universidade e de processos
mediados pelas práticas das disciplinas do curso, especialmente aquelas referentes a
orientação de estágios. A análise empreendida associa-se à análise de discurso
foucaultiana e buscou descrever enunciados e formas de ordenação dos discursos
presentes em cerca de 100 narrativas. Os resultados mostram formações discursivas que
destacam a função transformadora do professor e a função de mediação. Foram
identificadas algumas diferenças entre os discursos dos licenciandos iniciantes e
daqueles de anos superiores, evidenciando que os discursos sobre identidades docentes
são (re)construídos mediante interações sociais que ocorrem ao longo do curso de
licenciatura, sendo este um importante locus de estudos a respeito do tema. Apesar de
ser um estudo que considera situações específicas e que não visa generalizações, seus
resultados podem propiciar um melhor entendimento dos processos de formação
identitária de futuros docentes, podendo contribuir para o (re) direcionamento da prática
formadora dos profissionais envolvidos com cursos de pedagogia e licenciatura.
O documento descreve um projeto escolar chamado "Memórias" que será realizado no segundo semestre. O projeto visa promover a diversidade étnico-cultural através de depoimentos de professores e funcionários negros da escola sobre suas memórias e histórias de vida. Os alunos estudarão essas memórias e a legislação sobre igualdade racial para desenvolver atividades e trabalhos sobre o tema.
Este documento descreve um esquema de uma sequência didática para o gênero "Relato de prática pedagógica". A sequência inclui: 1) Apresentação da situação e do gênero; 2) Uma primeira produção dos professores; 3) Oficinas para analisar características do gênero; 4) Uma produção final dos professores com base no que aprenderam. O objetivo é capacitar professores a produzir relatos de prática pedagógica de alta qualidade.
O documento discute as abordagens de gênero da linguística aplicada (ESP) e da retórica e estudos de gênero (RGS), destacando suas ênfases comunicativas e sociológicas. Também apresenta as tradições retóricas, fenomenológicas e sociológicas que influenciam a definição de gênero dentro da RGS e como essas tradições foram sintetizadas em abordagens de gênero no Brasil.
Este artigo discute como o ensino de História no Brasil reflete a heteronormatividade e como isso contribui para a discriminação. Analisa como a disciplina foi formatada sob os interesses de um Estado heterossexual e como isso impede discussões sobre gênero e sexualidade. Defende um currículo que assegure a diversidade e a crítica de todas as formas de discriminação.
Saul, ana maria paulo freire e a formacao de educadoresmarcaocampos
1) O documento apresenta resumos de vários artigos sobre o pensamento pedagógico de Paulo Freire, discutindo seus referenciais teóricos e práticas de formação docente.
2) Freire coloca uma abordagem existencialista na raiz de seu pensamento, influenciado pela experiência da fome em sua juventude. Sua empatia com os trabalhadores o levou à leitura de Marx e outros pensadores.
3) Para Freire, a educação deve possibilitar a passagem da consciência ingênua para a consciência
O documento discute os conceitos de gêneros textuais, tipos textuais e domínios discursivos. Apresenta diferentes perspectivas para o estudo dos gêneros e discute como os gêneros funcionam como formas de controle social. Também aborda questões interculturais relacionadas aos gêneros e questiona se determinados suportes, como livros didáticos, devem ser considerados gêneros.
Semelhante a Dialogos cruzados sobre pesquisa autobiog (20)
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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Diálogos cruzados sobre pesquisa (auto)biográfica: análise
compreensiva-interpretativa e política de sentido
educação | Santa Maria | v. 39 | n. 1 | p. 39-50 | jan./abr. 2014
O texto apresenta reflexões sobre pesquisa (auto)biográfica e narra-
tivas de formação no campo educacional, ao destacar modos como
temos construído redes de pesquisas e práticas de formação, ao
sistematizar questões sobre análise compreensiva-interpretativa
de narrativas, tomando como referência questões teórico-metodo-
lógicas no campo da pesquisa (auto)biográfica. O texto organiza-se
a partir de duas ideias centrais, as quais buscam dialogar sobre a
configuração dos domínios da pesquisa (auto)biográfica no contexto
contemporâneo brasileiro, em seguida apresenta questões sobre po-
líticas de sentido e interpretação de narrativas no campo dos estudos
(auto)biográficos. Busca-se apresentar experiência de um projeto de
centrado nas narrativas escritas por professores em processo de for-
mação sobre diversidade afetivo-sexual e homofobia no cotidiano
escolar.
PALAVRAS-CHAVE: Pesquisa (auto)biográfica, Análise de narrativas, Traba-
lho docente, Homofobia.
This work offers reflections on the (auto)biographical research and
formation narratives in the educational field, highlighting the way
we have been using them to construct research networks and for-
mation practices by systematizing questions about the comprehen-
sive-interpretative analysis of the narratives, taking as reference
theoretical-methodological questions in the field of (auto) biogra-
phical research. The text is developed from two central ideas which
on one hand aims to dialogue about the (auto)biographical research
domains configuration in the Brazilian contemporary context and,
on the other hand, presents questions on sense policies and nar-
ratives interpretation in the field of (auto)biographical studies. We
seek to present the experience from a project centered on written
narratives made by teachers on their education process about the
affective-sexual diversity and homophobia in everyday school life.
Abstract
Resumo
KEYWORDS: (auto)biographical research, Narratives analysis, Teachers
work, Homophobia.
Elizeu Clementino de Souza*
Universidade do Estado da Bahia
Diálogos cruzados sobre pesquisa (auto)biográfica:
análise compreensiva-interpretativa e política de sentido
Crossed dialogues on (auto)biographical research: Interpretation-com-
prehensive and meening policy analysis
ISSN: 0101-9031 http://dx.doi.org/10.5902/1984644411344
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Elizeu Clementino de Souza
Santa Maria | v. 39 | n. 1 | p. 39-50 | jan./abr. 2014 | educação
No espaço-tempo contemporâneo, temos vivenciados questões legais, dis-
cussões metodológicas e ampliação do campo de pesquisa sobre as (auto)biografias no
domínio das Ciências Humanas e, mais especificamente, da formação de professores
(SOUZA, 2011; DELORY-MOMBERGER, 2012). Chamam-me a atenção as po-
laridades e discussões empreendidas sobre o lugar que ocupa o biográfico na esfera en-
tre público e privado, nas relações postas entre vidas singulares, anonimato, respeito ao
biografado e o trabalho de construção das biografias, como modo de revelar e desvelar
situações cotidianas de sujeitos implicados em seus espaços pessoais e profissionais.
Do ponto de vista da tradição da pesquisa acadêmica, avançamos, desde os
anos 20 (COULON, 1995), com as implicações epistemológicas dos sociólogos de
Chicago,até as críticas construídas sobre as biografias individuais e coletivas (BOUR-
DIEU, 2000), vistas como férteis para apreensão de dispositivos da vida social, huma-
na e das diferentes formas de representações que construímos sobre a vida.
O debate instalado neste momento, no Brasil, vem se vinculando muito
mais a questões jurídicas do que ao enfrentamento que se coloca na sociedade con-
temporânea, no que se refere às dinâmicas públicas e privadas da vida e das formas de
socialização de homens comuns, de artistas, de profissionais diversos e de suas impli-
cações com a história. O que se coloca como questão central é uma censura desvelada
sobre a vida, manifestada através de discussões sobre as biografias e suas interdições,
com base em um estatuto jurídico e legal, implicando significativamente na castração
das representações sobre a vida em suas múltiplas complexidades.
Em contextos de pesquisas e em práticas de formação, os acordos mútuos
entre sujeitos em formação bem como profissionais em acompanhamento e processos
de mediação biográfica dialogam sobre o lugar da oralidade e da escrita como dispo-
sitivos que possibilitam reflexões sobre a vida, a formação, as trajetórias individuais e
coletivas, bem como sobre o respeito à liberdade, autonomia e democracia individual
e social. Garantir o respeito às narrativas, aos percursos de vida-formação e possíveis
superações de formas de controle sobre o biografo e o biografado ou entre a escri-
ta (auto)biográfica e as disposições de formação são férteis para explicitar contextos,
conjunturas sociais, marcas individuais dos homens e mulheres em suas manifestações
sobre a vida.
Postas essas questões iniciais, intenciono partilhar reflexões sobre pesquisa
(auto)biográfica e narrativas de formação no campo educacional, ao destacar modos
como temos construído redes de pesquisas e práticas de formação,bem como sistema-
tizar questões sobre análise compreensiva-interpretativa de narrativas, ao tomar como
referências questões teórico-metodológicas no campo da pesquisa (auto)biográfica.
Narrativas e pesquisa (auto)biográfica: questões iniciais
No campo educacional brasileiro, as pesquisas (auto)biográficas tem se
consolidado como perspectiva de pesquisa e como práticas de formação, tendo em
vista a oportunidade que remete tanto para pesquisadores, quanto para sujeitos em
processo de formação narrarem suas experiências e explicitarem,através de suas narra-
tivas orais e/ou escritas,diferentes marcas que possibilitam construções de identidades
pessoais e coletivas.
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Diálogos cruzados sobre pesquisa (auto)biográfica: análise
compreensiva-interpretativa e política de sentido
educação | Santa Maria | v. 39 | n. 1 | p. 39-50 | jan./abr. 2014
A consolidação dessa abordagem de pesquisa vem sendo marcada por di-
versos estudos1
empreendidos nos diferentes programas de pós-graduação, na criação
e desenvolvimento de grupos de pesquisa e associações cientificas2
sobre tal objeto
no país, nas edições de diferentes congressos3
sobre a temática, publicações de livros4
e revistas que tem se dedicado ao (auto)biográfico como modos de socialização de
experiências em contextos de formação e de aprendizagens sociais e profissionais. O
movimento biográfico que se desenvolve e consolida nas Ciências Humanas e Sociais,
mais do que invadir a vida humana, parte de princípios deontológicos e busca assegu-
rar a vida, ao abrir espaços para socializações e partilhas de modos próprios de como
os sujeitos vivem, se desenvolvem, aprendem, enfrentam conflitos, buscam alternativas
para superar as adversidades da vida frente aos processos de inclusão/exclusão social.
Ao teorizar sobre o campo da pesquisa biográfica, Delory-Momberger
(2012) apresenta questões pertinentes aos pressupostos epistemológicos, as dimensões
metodológicas e as possibilidades de análise. As discussões construídas pela autora
buscam evidenciar configurações epistemológicas da pesquisa biográfica no domínio
da sociologia, ao entrecruzar relações específicas entre o indivíduo, na sua singularida-
de, com o biográfico e as experiências que são construídas ao longo da vida. Destaca
também aspectos relacionados à construção/produção de entrevista biográfica e ca-
tegorias de análise, no que se refere aos discursos, ações, motivos e gestão biográfica,
contidos nos textos narrativos.
As relações estabelecidas entre o projeto epistemológico da pesquisa bio-
gráfica e a antropologia social, conforme teorizadas por Delory-Momberger (2012),
inscrevem-se na constituição dos indivíduos e suas implicações socioculturais, lin-
guísticas, históricas, econômicas e políticas, ao explicitar marcas como os indivíduos
representam-se a si mesmos e aos outros numa perspectiva temporal de sua existen-
cialidade e das experiências construídas ao longo da vida. Assim, a pesquisa (auto)
biográfica nasce do indivíduo, em sua inserção social, mediante modos próprios de
biografização e de seus domínios social e singular. Da mesma forma, a temporalidade
biográfica configura-se como outra vertente estruturante da experiência humana e das
narrativas num tempo biográfico, ao explicitar territórios da vida individual e social,
através das experiências vividas e narradas pelos sujeitos,implicando-se com princípios
hermenêuticos e fenomenológicos que caracterizam a vida,o humano e suas diferentes
formas de expressão e manifestação.
Ao discutir sobre entrevista narrativa, como uma das possibilidade de co-
leta de dados na pesquisa biográfica Delory-Momberger (2012), discute aspectos re-
lacionados à finalidade de tal procedimento, destacando o papel da subjetividade, das
experiências constitutivas da individualidade e de processos de individuação, mediante
o exercício dialógico da escuta de disposições da “exterioridade social e interioridade
pessoal” (2012, p. 526) dos tempos e espaços das biografias individuais e coletivas.
Desta forma, entrevistar vincula-se a dimensões heurísticas, pois implica colocar-se a
ouvir histórias narradas, visto que
[...] A entrevista de pesquisa biográfica instaura assim um duplo
empreendimento de pesquisa, um duplo espaço heurístico que age
sobre cada um dos envolvidos: o espaço do entrevistado na posição
de entrevistador de si mesmo; o espaço do entrevistador, cujo objeto
próprio é criar as condições e compreender o trabalho do entrevis-
tado sobre si mesmo. (DELORY-MOMBERGER, 2012, p. 527)
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Elizeu Clementino de Souza
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As disposições construídas num processo de entrevista abrem muitas pos-
sibilidades de sentido, formação, compreensão e marcas biográficas da vida entre en-
trevistador e entrevistado, frente a partilha de experiências de vida e de percursos
biográficos vinculados a projetos de pesquisa ou à práticas de formação. Sobre essa
questão Bolívar (2012), ao tratar de princípios epistemológicos e metodológicos da
pesquisa (auto)biográfica, destaca questões sobre a abordagem qualitativa de pesquisa
e a vinculação do enfoque biográfico e narrativo como uma das formas de superação
de estudos pós-positivistas, centrando-se na reflexividade, na reconstrução de iden-
tidade, de percursos e trajetórias, mediante partilha de experiências e narrativas dos
sujeitos implicados em processo de pesquisa e formação.
No que se refere a entrevista narrativa, Souza (2011a), ao tomar princípios
teórico-metodológicos propostos por Jovchelovitch e Bauer (2002), tem construído,
no âmbito do Grupo de Pesquisa (Auto)biografia Formação e História Oral (GRA-
FHO), experiências de pesquisa centradas nas práticas de formação com as histórias
de vida e com a abordagem (auto)biográfica tanto em relação às práticas de formação,
a construção da identidade docente, quanto em relação às memórias e trajetórias pes-
soais e institucionais de professores em processo de formação, de memórias e histórias
de vida de educadores baianos. Bem como é centrada a atenção atualmente, em per-
cursos e trajetórias profissionais de professoras que trabalham em classes multisseria-
das em territórios rurais. Tais experiências de pesquisa-formação com as entrevistas
narrativas, tem possibilitado ao grupo, numa perspectiva de colaboração com outros
grupos de pesquisa do estado da Bahia, do Rio Grande do Norte e da França, siste-
matizar princípios sobre as narrativas de formação e aspectos relacionados ao trabalho
docente no domínio da pesquisa (auto)biográfica.
São diversas as possibilidades de análise com fontes narrativas, (auto)bio-
grafias, memoriais e com escritas em processo de formação. Cabe aqui destacar as
contribuições teóricas construídas por Poirier et. al (1999), sobre possibilidades di-
versas de análise interpretativa e compreensiva das histórias de vida, bem como as
proposições de Pineau (2000),quando discute sobre triangulação formativa e histórias
de vida em contexto de pesquisa e de formação, além das contribuições de Bolívar
(2012), quando teoriza sobre aspectos teórico-metodológicos da investigação narrati-
va e desafios postos no processo de análise das narrativas. Tenho apreendido tanto em
processo de pesquisa, quanto em processo de orientação, os desafios que são coloca-
dos para diferentes pesquisadores sobre a análise, compreensão e/ou interpretação de
narrativas (auto)biográficas, seja no conjunto de suas produções textuais e linguísticas,
seja através da construção de unidade de análises temáticas ou de análise de conteúdo
ou de discurso como uma das possibilidades metodológicas para análise de narrativas.
Diálogos cruzados, análise compreensiva-interpretativa e
política de sentido
Narrativas (auto)biográficas configuram-se como corpus de pesquisa, visto
que são recolhidas de forma oral e/ou escritas pois, como afirma Poirier et. al., corpus
pode ser entendido como “[...] um material qualitativo constituído por um conjunto
de histórias de vida, de sujeitos saídos de um universo populacional nitidamente defi-
nido e dos fins que se procura atingir [...]” (1999, p. 108).
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Diálogos cruzados sobre pesquisa (auto)biográfica: análise
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Desta forma, narrativas (auto)biográficas construídas e recolhidas em pro-
cesso de pesquisa e/ou em práticas de investigação-formação, configuram-se como
corpus de análise, por considerar a subjetividade das fontes, seu valor heurístico e a
análise interpretativa-compreensiva (RICOEUR, 1996) implicada nas trajetórias de
vida, bem como pela implicação e importância que tem a narrativa em contexto de
pesquisas, a partir da fenomenologia das experiências. Narrativas (auto)biográficas,
construídas e/ou coletadas em processo de pesquisa ou em práticas de formação, cen-
tram-se nas trajetórias,percursos e experiências dos sujeitos,são marcadas por aspectos
históricos e subjetivo frente às reflexões e análises construídas por cada um sobre o ato
de lembrar, narrar e escrever sobre si.
A análise compreensiva-interpretativa das narrativas busca evidenciar a re-
lação entre o objeto e/ou as práticas de formação numa perspectiva colaborativa, seus
objetivos e o processo de investigação-formação, tendo em vista apreender regulari-
dades e irregularidades de um conjunto de narrativas orais ou escritas, partem sempre
da singularidade das histórias e das experiências contidas nas narrativas individuais e
coletivas dos sujeitos implicados em processos de pesquisa e formação.
Em trabalho anterior (SOUZA, 2006a), no que se refere a escrita de narra-
tivas da trajetória de escolarização e sobre processo de formação,busquei compreender,
numa perspectiva colaborativa e de auto revelação de cada ator sobre suas experiências
e lembranças, mediante implicações e distanciamentos de cada um em relação à sua
escrita narrativa, conhecimentos e aprendizagens individual/coletiva construídas ao
longo da vida. Conforme já explicitado em trabalho anterior,
Para a análise interpretativa das fontes utilizei a ideia metafórica
de uma leitura em três tempos, por considerar o tempo de lembrar,
narrar e refletir sobre o vivido. Desta forma, a interpretação aconte-
ceu desde o momento inicial da investigação-formação tanto para
o pesquisador, quanto para os sujeitos envolvidos no projeto de for-
mação, a qual se organizou a partir dos seguintes tempos: - Tempo
I: Pré-análise / leitura cruzada; - Tempo II: Leitura temática - uni-
dades de análise descritivas; - Tempo III: Leitura interpretativa-
compreensiva do corpus. (SOUZA, 2006a, p. 79)
Desta experiência de análise compreensiva-interpretativa, destaco que os
três tempos de análise como dimensão metodológica graduam entre si relações de
dialogicidade e reciprocidade, tendo em vista que mantem entre si aproximações, vizi-
nhanças, mas também singularidade em seus tempos, momentos de análise. Configu-
rado como tempo de análise cruzada ou pré-análise, o Tempo I centra-se na organiza-
ção e leitura das narrativas, tendo em vista a construção do perfil do grupo pesquisado,
para, em seguida avançar na leitura cruzada, a fim de apreender marcas singulares,
regularidades e irregularidades do conjunto das histórias de vida-formação.
Diante das questões éticas sobre as pesquisas com seres humanos, cabe aqui
destacar a importância de discussão do contrato de pesquisa, ao explicitar os objeti-
vos, suas intenções, processo de coleta dos dados, bem como a possibilidade ou não
de identificação dos colaboradores da pesquisa. De fato, essa questão requer bastante
atenção do pesquisador e dos colaboradores, exigindo diálogos constantes e caso tenha
aquiescência, por parte do colaborador, a assinatura de termo ou carta de cessão de
direitos. Outra opção é em função da impossibilidade de utilização do nome do/da
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colaborador/a no relatório de pesquisa, ou para efeitos de publicação, discutir com o/a
mesmo/a possibilidade de identificação na pesquisa, a fim de preservar sua identidade.
O primeiro tempo de análise revela-se como singular, tendo em vista a
construção do perfil do grupo pesquisado, tanto na perspectiva individual, quanto co-
letiva.A escrita do perfil biográfico busca mapear dados identificadores de cada sujeito
individualmente e do grupo em sua dimensão coletiva,explicitando questões culturais,
socioeconômicas, biográficas (gênero, idade, relações familiares, etc), de formação e
das implicações/dificuldades em relação a narrativa oral e ou escrita. A leitura cruzada
ou pré-análise, em processo de pesquisa, de formação ou de investigação-formação
remete ao pesquisador para uma escuta sensível e atenta, bem como para a leitura
sucessiva das fontes, implicando no cruzamento individual e coletivo das histórias
dos colaboradores e do mapeamento inicial de significações e unidades temáticas de
análise, por considerar os eventos narrados ou descritos sobre o objeto específico de
pesquisa ou de formação, sempre centrado nos percursos, trajetórias e experiências de
vida dos sujeitos e das singularidades de cada história de vida.
No processo de leitura cruzada ou na pré-análise, faz-se pertinente consi-
derar as singularidades de cada história de vida expressa nos textos narrativos e reve-
lados pelos sujeitos. A partir do particular e do subjetivo (FERRAROTI, 1988) de
cada narrativa, implicam deslocamentos temporais e espaciais das trajetórias indivi-
dual e coletiva, combinando-se, articulando-se e, muitas vezes, distanciando-se num
conjunto, o do corpus, enquanto totalidade das fontes, numa perspectiva que nasce do
particular para o geral e vice-versa.
No que se refere ao Tempo II - Leitura temática ou unidades de análise te-
mática/descritiva -,cabe destacar que o mesmo vincula-se às leituras cruzadas (Tempo
I), tendo em vista a construção do perfil biográfico do grupo pesquisado e a possibili-
dade de apreensão de regularidades, irregularidades, particularidades e subjetividades
de cada história individualmente e do conjunto das narrativas do grupo, mediante a
organização temática e agrupamento de unidades de análise que possibilitam a com-
preensão-interpretação do texto narrativo, através do seu universo de significados e
significantes. Cabe destacar que o objeto central da análise temática, como tempo II,
consiste na construção, após a leitura cruzada, das unidades de análise temática, tendo
em vista a análise compreensiva-interpretativa.
De modo que, a análise temática visibiliza a complexidade, a singularidade
e a subjetividade das narrativas, exigindo um olhar e uma leitura atentos do pesquisa-
dor, uma vez que as regularidades, as irregularidades e as particularidades apresentam-
se na oralidade e na escrita, através dos sentidos e significados expressos e/ou não,
no universo particular das experiências de cada sujeito. A leitura analítica e a inter-
pretação temática têm o objetivo de reconstituir o conjunto das narrativas, no que se
refere à representação e agrupamento, através das unidades temáticas de análise, a fim
de apreender sutilezas, o indizível, as subjetividades, as diferenças e as regularidades
históricas que comportam e contem as fontes (auto)biográficas.
As contribuições e diálogos com Poirier (1999), possibilita-me compreen-
der que a revelação das unidades de análise temática (UAT) ou unidades descritivas
(UD) considera a pertinência, a homogeneidade e a heterogeneidade do conjunto das
fontes (auto)biográficas ou narrativas, visto que “[...] as histórias de vida não consti-
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tuem, de modo algum, um inquérito verificatório, não visam nem estabelecer leis, nem
provar hipótese; têm por função recolher testemunhos, elucidá-los e descrever aconte-
cimentos vividos [...]” (Poirier et. al, 1999, p. 117).
Aqui, cabe explicitar algumas possibilidades de análise, após a identificação,
mapeamento e apreensão de unidades de análise temática ou de unidades descritivas,
as quais podem ser utilizadas na totalidade do texto narrativo biográfico ou da de-
marcação de excertos das narrativas (auto)biográficas. As quais remetem sempre para
a complexidade e a totalidade de cada experiência narrada, seja através da pertinência
e recorrência dos episódios ou das suas irregularidades e particularidades da vida em
suas diferentes formas de manifestação ou de expressão.
Ao utilizar princípios deontológicos, da hermenêutica e da fenomenologia,
a análise linguística e textual das narrativas (auto)biográficas pode ser construída a
partir do texto em sua totalidade, como utilizada pela História Oral, ou centrada na
análise temática ou descritiva, por considerar unidades de significação e excertos que
representem ou revelem regularidades ou irregularidades narradas pelos sujeitos, seja
individual ou coletivamente. Ainda assim, seja qual for a opção de análise, evidencia-
se a necessidade de constante retorno às narrativas (auto)biográficas, tendo em vista
esclarecer registros e articulações dialéticas das leituras temáticas e interpretativas no
processo de escrita e compreensão de percursos, trajetórias e experiências de vida dos
sujeitos, mediante o agrupamento de unidades de significações.
A construção de critérios de análise nasce articulada aos processos de lei-
tura cruzada, leitura analítica e leitura compreensiva-interpretativa, implicando-se no
modo como cada sujeito elege para narrar ou escrever sobre si, suas referências so-
cioculturais, as regularidades e irregularidades históricas dos percursos e trajetórias
de vida-formação, bem como pelo aprofundamento narrativo, frente a interioridade,
exterioridade e a subjetividade de cada narrativa. Ainda assim, as leituras temática, in-
terpretativa e compreensiva permitiram, como uma dimensão meta-reflexiva e de um
exercício metodológico, agrupar as unidades temáticas de análise através das recorrên-
cias e das irregularidades presentes nas narrativas, emergindo de um diálogo intertex-
tual e de uma análise horizontal das experiências individuais e coletivas contidas nas
narrativas. Conforme explicitam Poirier et. al. (1999), a “[...] análise horizontal resulta
do encadeamento, trecho a trecho, da totalidade do discurso organizado pelo sistema
categorial [...]”(p.125) e ainda continuam afirmando os autores que “[...] empregamos
o termo ‘análise horizontal’para indicar o trabalho sobre o conjunto do ‘corpus’,onde a
história é considerada só como um elemento de informação [...]”(idem, p. 125 – grifos
dos autores).
Diante das questões postas pelos autores, faz-se necessário explicitar duas
questões, a primeira diz respeito ao exercício constante de escuta e leitura para a cons-
trução de unidades de análise temática em articulação com a totalidade da história
narrada, contrapondo-se a ideia de categoria. A segunda refere-se as questões postas
entre pesquisa (auto)biográfica e o trabalho com as narrativas, exigindo uma posição
ética no processo da pesquisa ou das práticas de formação,em função da totalidade dos
conteúdos das histórias. Mesmo que a pesquisa utilize de fragmentos, aqui entendidos
como unidades de análise temática, para agrupar as experiências contempladas nas
narrativas e nos excertos biográficos dos sujeitos envolvidos num projeto de pesquisa
ou num processo experiencial de formação inicial ou continuada.
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Ao tomar o conceito de Ferraroti (1988), de particular e geral, no que se
refere as narrativas e histórias de vida, compreende-se que a análise horizontal e as
unidades de análise temática possibilitam, a partir da leitura interpretativa-compre-
ensiva, superar o agrupamento sucessivo de repetições contidas nos textos narrativos
- saturação da informação -, explicitando particularidades individuais do corpus e da
seleção de lembranças e experiências significativas dos sujeitos em suas trajetórias de
vida, o que remete-nos à ideia de que o agrupamento das unidades de análise temática
vai se constituindo mediante ao sistema de referência de cada sujeito quando narra
sua própria história.
O Tempo III – análise interpretativa-compreensiva – vincula-se ao processo
de análise, desde o seu início, visto que exige leituras e releituras individuais e em seu
conjunto do corpus das narrativas, recorrendo aos agrupamentos das unidades de aná-
lise temática e/ou ao conjunto das narrativas e das fontes utilizadas.
Tendo em vista a ampliação dos modos de análises e das implicações da
pesquisa narrativa em processo de pesquisa ou em projeto de investigação-formação,
cabe destacar o lugar que ocupa a triangulação das fontes com histórias de vida, con-
forme explicita Pineau (2000), ao afirmar que “[...] en méthodologie des sciences hu-
maines, la triangulation est principalement vue comme une opération de croisement
de deux sources d’information permettant de comparer leurs données [...]” (p. 174).
Nesta perspectiva, a triangulação de fontes narrativas e biográficas pode permitir a
apreensão de questões relacionadas as trajetórias e percursos de vida-formação dos su-
jeitos, aprendizagens e experienciais construídas ao longo da vida, bem como questões
concernentes ao cotidiano escolar, ao trabalho docente, a sexualidade, a homossexua-
lidade e a homofobia no espaço social e escolar.
Assim, tendo em vista as questões sistematizadas sobre os três tempos de
análise - pré-análise e leitura cruzada, leitura temática e leitura interpretativa-com-
preensiva – buscarei descrever, de forma abreviada, uma experiência de pesquisa-for-
mação com professores da rede estadual de Salvador. A descrição debruça-se no que
se refere ao trabalho docente, ao cotidiano escolar e a homofobia no espaço da vida,
da formação e da prática profissional, sem contudo analisar os textos narrativos cons-
truídos no projeto.
Narrativas de formação: cotidiano escolar, homofobia e
trabalho docente
Tendo em vista explicitar experiências de um projeto específico de for-
mação, busco sistematizar aspectos relacionados às narrativas sobre trabalho docente,
cotidiano escolar e homofobia, a partir de narrativas construídas por professores e
professoras. Faço referência ao Projeto Direitos Humanos e diversidade afetivo-sexual
na escola: homofobia, trabalho docente e cotidiano escolar5
, o qual discutiu e sistematizou
questões sócio-históricas sobre a homossexualidade e suas diferentes formas de repre-
sentação no cotidiano social e escolar, bem como construiu modos de enfrentamento
de práticas homofóbicas. Desenvolveu-se ações que fortaleceram práticas autônomas,
tendo em vista incorporar concepções e práticas sobre direitos humanos e diversidade
afetivo-sexual, no trabalho docente e no cotidiano escolar, no que tange às Diretrizes
Nacionais e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), adequando-os às condi-
ções locais no contexto das reformas atuais da Educação Básica.
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Diálogos cruzados sobre pesquisa (auto)biográfica: análise
compreensiva-interpretativa e política de sentido
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Políticas de formação de professores poderão contribuir para a superação
de práticas normalizadoras no cotidiano escolar, especialmente, no que diz respeito
a homofobia e ao preconceito presentes no contexto social e escolar. Ações pontuais
vêm sendo desenvolvidas pela SECAD6
(Secretaria de Educação Continuada, Alfa-
betização e Diversidade), por Secretarias de Educação, ONGs e suas relações com a
escola, tendo em vista a redução da vulnerabilidade escolar frente às discriminações de
orientação sexual, sexismo, racismo e outros no ambiente público.
A proposta do trabalho centrou-se na discussão e planejamento de Semi-
nário de Formação sobre direitos humanos e diversidade sexual na escola, ao buscar
privilegiar suas diferentes formas de manifestações e de representações no cotidiano
escolar, com ênfase na construção sociocultural da sexualidade humana. Para melhor
entender as relações entre sexualidade e educação, no que concerne as representações
sexuais e discursos construídos por crianças, adolescentes e jovens no espaço escolar.
O projeto partiu de dimensões experienciais das lembranças/memórias de formação
dos professores e suas implicações com a diversidade e suas múltiplas expressões no
cotidiano social-escolar.
A proposição de escritas e de relatos narrativos (autobiográficos) com en-
tradas sobre as experiências e memórias de formação, relacionando-as com a cultura,
a diversidade e a sexualidade são férteis para a ressignificação do trabalho docente
na contemporaneidade. Desta forma, três questões mobilizaram a escrita dos relatos:
Como vivi na família e na infância questões relacionadas a sexualidade? Como foram
tratadas questões relacionadas a sexualidade e homossexualidade no meu processo de
formação? De que forma lido com questões relacionadas a sexualidade e homossexu-
alidade no cotidiano escolar?
A fim de concretizar tais possibilidades, o trabalho de formação estruturou-
se a partir da escrita de narrativas de formação, tendo em vista permitir que os profes-
sores pudessem construir modos de intervenção e práticas no seu cotidiano,capazes de
combater o preconceito e promover a igualdade. As análises que se propõem sobre os
excertos das narrativas partem da compreensão sócio-histórica e cultural das questões
da diversidade, valem-se do exame de várias representações e imagens, detendo-se nos
recursos artísticos (literários e cinematográficos) para promover interpretações férteis
e caminha em direção à construção de alternativas práticas de trabalho.
Neste sentido, as análises construídas coletivamente, no processo de forma-
ção, partiram do pressuposto de que a escola é uma importante peça na maquinaria
social de domesticação dos corpos, ocupando-se, assim como outras instituições, da
construção das masculinidades e feminilidades, heterossexualidades e homossexuali-
dades e, portanto, também da norma e do desvio. A explicitação de tais argumentos
partem da pesquisa realizada por Souza (2007),tendo em vista apreender modos como
a escola, enquanto espaço educacional formal concebe a sexualidade e constrói dispo-
sitivos sobre a homossexualidade, no cotidiano escolar, e quais discursos são veiculados
sobre a homofobia.
No que se refere ao modo como os sujeitos vivenciam em seu cotidiano
familiar e nas práticas de formação, questões sobre a sexualidade e a homossexuali-
dade, diversos textos narrativos partilhados no Seminário de Formação evidenciaram
silenciamentos por parte da família, bem como a clareza por parte da escola de formas
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de enfrentamento dos preconceitos e das diferenças no seu cotidiano. A possibilidade
de constituição de uma escola plural, humanizadora e promotora da igualdade exige o
entendimento das configurações assumidas pelas desigualdades nos vários quadros so-
ciais e institucionais e a construção de estratégias que possam promover a integração,
tendo em conta as relações de gênero e a pluralidade étnico-cultural. Nesse sentido, a
escola comparece como espaço privilegiado para a integração, o respeito as diferenças.
Vivemos numa sociedade marcada pela pluralidade de imagens e de dife-
renças socioculturais. A escola, por sua vez, busca desenvolver seu projeto pedagógico
com ênfase nas diferenças e nas relações que os indivíduos estabelecem consigo pró-
prios e com os outros. Convém questionar, se nós, professores, desenvolvemos nossas
práticas, tendo em vista a assunção das identidades e o respeito às diferenças? Como
podemos viver os projetos de igualdade e respeito à diversidade, tão presente e mar-
cadas na sociedade brasileira? De que maneira a escola pode tornar-se um território
favorável à aprendizagem do convívio com a diferença?
Compreendo a educação como um processo de autotransformação do su-
jeito que envolve e provoca aprendizagens em diferentes domínios da existência, evi-
dencia-se o processo que acontece em cada sujeito, traduzindo-se na dinâmica que
estrutura ou é estruturada por cada um no seu modo de ser, estar, sentir, refletir e agir.
Sendo assim, a educação e, por consequência, a formação não se esbarram na trans-
missão e aquisição de saberes, na transferência de competências técnicas e profissio-
nais e tampouco na assertiva das potencialidades individuais. Filio-me à perspectiva
epistemológica da formação experiencial, por entender que a noção de processo de
formação que essa perspectiva implica possibilita o centramento no sujeito e na glo-
balidade da vida, entendida como interação da existência com as diversas esferas da
con-vivência como perspectiva educativa e formativa.
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Notas
1
Sobre os estudos relacionados ao estado da arte sobre pesquisa (auto)biográfica no campo educacional
brasileiro, cabe consultar os seguinte trabalhos: Bueno, Catani, Sousa e Chamlian (2006); Souza, Sousa e
Catani (2008), Stephanou (2008).
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Cabe aqui destacar o pioneirismo da Associação Internacional das Histórias de Vida em Formação e da
Pesquisa Biográfica em Educação (ASIHVIF-RBE), no contexto francófono e o trabalho da Associação
Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (BIOgraph) e da Associação Norte e Nordeste das Histórias de
Vida em Formação (ANNIHVIF) no campo educacional brasileiro.
3
Do mesmo modo a rede de pesquisa propiciada pelo Congresso Internacional de Pesquisa (Auto)Biográ-
fica (CIPA), com as diferentes edições do congresso (I CIPA, 2004, Porto Alegre; II CIPA, 2006, Salvador;
III CIPA, 2008, Natal; IV CIPA 2010, São Paulo; V CIPA, 2012, Porto Alegre e a organização no VI
CIPA previsto para 2014, no Rio de Janeiro), evidenciam consolidação de redes de pesquisas e de trabalhos
sobre as (auto)biográficas como dispositivos de investigação,de formação e de pesquisa-formação no campo
educacional no País.
4
Aqui cabe destacar as publicações que resultaram das diferentes edições dos CIPA, especialmente o livro
de Abrahão (2004); Souza e Abrahão (2006); Souza (2006); Souza (2008); Passeggi e Souza (2008), Souza
e Mignot (2008), Vicentini e Abrahão (2010); Silva e Cunha (2010), Abrahão e Passeggi (2012), Souza
e Bragança (2012), bem como as coleções: Pesquisa (auto)biográfica & Educação (2008); Artes de Viver,
Conhecer e Formar (2010) e Pesquisa (Auto)Biográfica: temas transversais (2012), as quais apresentam
um conjunto de textos de pesquisadores brasileiros, latino-americanos, europeus e norte-americanos sobre
questões teóricas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica.
5
Projeto desenvolvido pela Diretoria de Formação e Experimentação Educacional - DIRFE / IAT /SEC,
no período de junho 2008 a dezembro de 2008, através dos Seminários de Formação em escolas Polos de
Salvador,com Consultoria de Elizeu Clementino de Souza e Osvaldo Fernandez.O referido projeto buscou
discutir e sistematizar questões sócio-históricas sobre a homossexualidade, mapear representações dos(as)
professores(as) sobre a temática trabalhada,tendo em vista a proposição coletiva de modos de enfrentamen-
to de práticas homofóbicas na escola.
6
Quando no início do Governo Dilma, a SECAD passou a ser denominada de SECADI (Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão), mudando completamente sua política de
ação em relação aos projetos sobre diversidade afetivo-sexual na escola.
* Professor Doutor da Universidade do Estado da Bahia, Salvador, Bahia – Brasil.
Correspondência
Elizeu Clementino de Souza – Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação, Campus I.
Estrada das Barreiras, s/n, Narandiba, CEP: 41150-350 – Salvador, Bahia – Brasil.
E-mail: esclementino@uol.com.br
Recebido em 14 de outubro de 2013
Aprovado em 27 de novembro de 2013