O documento discute a importância do diálogo inter-religioso para promover a compreensão mútua e a reconciliação entre pessoas de diferentes religiões. Ele descreve uma missa realizada em um terreiro religioso entre a Igreja Anglicana e a Religião de Matriz Africana para mostrar que todos são irmãos e devem se amar e respeitar apesar de suas diferenças. O objetivo é celebrar a fraternidade entre denominações e trabalhar por um mundo de paz onde o diferente é amado.

1. A história do mundo está cheia de guerras, brutalidades e crueldades,
realizadas por grupos de pessoas contra outros, como um “ato de fé”.
Não é necessário fornecermos exemplos, pois nos noticiários vemos
histórias assim com bastante frequência. A amarga ironia é que os
verdadeiros profetas das várias religiões do mundo convocam os seus
seguidores a viverem juntos em comunidade; para apoiarem uns aos
outros, amar e não odiar. Não é de surpreender que mais e mais
pessoas estejam se afastando completamente da fé.
O diálogo inter-religioso é idealmente um intercâmbio aberto e
respeitoso de pontos de vistas entre indivíduos e grupos com diferentes
antecedentes religiosos e heranças culturais, baseado na compreensão
e no respeito mútuo.
Objetivo aqui, hoje é promover o entendimento mútuo congregando
pessoas de diferentes religiões em um diálogo sobre como ajudar a
transformar o mundo. Para gerar um maior entendimento entre essas
pessoas e explorar a possibilidade de transformar o mundo por meio
uma atitude de reconciliação, de amor e principalmente de humanidade
e respeito.
Esta missa no terreiro é um ato histórico que abre caminho para mostrar
que todos somos irmãos, que todos somos feitos da mesma matéria.
Especialmente apresentar que o meu Deus não deve se mostrar melhor
ou querer me fazer mais que meu semelhante, mas antes me mostrar
o quanto viemos para servir e amar a todos independente de qualquer
coisa.
Por meio desse ato de extrema importância que estamos fazendo hoje
queremos mostrar que podemos viver em um mundo repleto de paz
com o meu diferente, amando e respeitando o Outro mesmo diante de
nossas diferenças.
Não se trata de converter e nem convencer ninguém, mas de celebrar,
compartilhar, confraternizar, realizar a partilha e a fraternidade com
pessoas de denominações religiosas completamente diferentes, como
aqui a Igreja Anglicanos e Religião de Matriz Africana – Mina Nagô.
Estamos juntos hoje, neste espaço sagrado, por um mundo melhor, por
um país melhor, por um Estado melhor e por uma Abaetetuba melhor.
Pautada no amor, na fraternidade, na partilha, na tolerância para com
meu diferente e acima de tudo com respeito.
Dra. Lucielma Lobato