2. FUNÇÃO DO DIAGNÓSTICO
PSICOPEDAGÓGICO
• O diagnóstico psicopedagógico é um instrumento que
investiga os elementos que se interpõem no processo de
aprendizagem do sujeito.
• É um processo que permite ao profissional investigar,
levantar hipóteses provisórias que serão ou não confirmadas
ao longo do processo recorrendo, para isso, a conhecimentos
práticos e teóricos. Esta investigação permanece durante
todo o trabalho diagnóstico através de intervenções e da
“[...] escuta psicopedagógica [...], para que [...] se possa
decifrar os processos que dão sentido ao observado e
norteiam a intervenção” (BOSSA, 2000, p. 24).
3. • Segundo o DSM-IV, Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais (APA, 1994) os Transtornos da
Aprendizagem (anteriormente Transtornos das Habilidades
Escolares) estão incluídos nos “Transtornos Geralmente
Diagnosticados pela Primeira Vez na Infância ou
Adolescência”. Os Transtornos da Aprendizagem incluem:
Transtorno da Leitura, Transtorno da Matemática,
Transtorno da Expressão Escrita e Transtorno da
Aprendizagem Sem Outra Especificação.
4. • Esse é o papel inicial do psicopedagogo frente às dificuldades de
aprendizagem: fazer uma análise da situação para poder
diagnosticar os problemas e suas causas.
• Ele levanta hipóteses através da análise de sintomas que o
indivíduo apresenta, ouvindo a sua queixa, a queixa da família e da
escola; além de resgatar a história de vida do sujeito.
• Para isso, torna-se necessário conhecer o sujeito em seus
aspectos neurofisiológicos, afetivos, cognitivos e sociais, bem
como entender a modalidade de aprendizagem do sujeito e o
vínculo que o indivíduo estabelece com o objeto de aprendizagem,
consigo mesmo e com o outro (PINTO, 2010).
5. • São diversos os fatores envolvidos nos transtornos de
aprendizagem: orgânicos, cognitivos, emocionais e
ambientais, relacionados a três polos de procedência: o
indivíduo, a família e a escola.
• Desta forma, tanto o psicopedagogo clínico como o
psicopedagogo institucional, num primeiro momento, vão
avaliar os fatores envolvidos nos transtornos. O diagnóstico
psicopedagógico abre possibilidades de intervenção e dá
início a um processo de superação das dificuldades.
6. • Num segundo momento, o psicopedagogo iniciará o processo de
intervenção junto à instituição, que pode ser uma escola ou ainda um
hospital, no sentido de promover as mudanças necessárias; e junto ao
indivíduo, através de orientação dentro da própria instituição ou
encaminhamento para um trabalho clínico especializado.
• Num terceiro momento, vão atuar como interlocutores entre o
indivíduo, seus pais, professores e especialistas, com o objetivo de
estabelecer um espaço de confiança, segurança, tranquilidade e prazer
entre todos, onde seja possível a aprendizagem: regras firmes e claras,
mas flexíveis para permitir experimentação e escolha; respeito e
acolhimento para ouvir as demandas das crianças; tempo para que essas
demandas apareçam; liberdade que permita o processo de construção
da individualidade das crianças; troca de afetividade, como
possibilidade de estabelecimento de vínculos.
7. Diagnóstico
• O diagnóstico começa com a consulta inicial (dos pais ou do
próprio paciente) e encerra com a devolução.
• Antes de se iniciar as sessões com o sujeito faz-se uma
entrevista contratual com a mãe e/ou o pai e/ou responsável,
objetivando colher informações como:
1 - Identificação da criança: nome, filiação, data de
nascimento, endereço, nome da pessoa que cuida da criança,
escola que frequenta, série, turma, horário, nome da
professora, irmãos, escolaridades dos irmãos, idade dos
irmãos.
2 - Motivo da consulta;
8. Diagnóstico
3 - Procura do Psicopedagogo: indicação;
4 - Atendimento anterior;
5 - Expectativa da família e da criança;
6 - Esclarecimento sobre o trabalho psicopedagógico.
7 - Definição de local, data e horário para a realização das
sessões e honorários.
9. Diagnóstico
1º - Entrevista Familiar Exploratória Situacional (E.F.E.S.)
2º - Anamnese
3º - Sessões lúdicas centradas na aprendizagem (para crianças)
4º - Complementação com provas e testes (quando for necessário)
5º - Síntese Diagnóstica – Prognóstico
6º - Devolução – Encaminhamento
10. A Intervenção
• A intervenção psicopedagógica é um procedimento realizado
pelo psicopedagogo com o intuito de melhorar o processo de
aprendizagem e promover a autonomia e autoestima dos
educandos. A interferência no processo de desenvolvimento
acontece após o diagnóstico psicopedagógico. A partir dessa
avaliação, o profissional traça um plano de intervenção capaz
de auxiliar o aluno a conquistar o sucesso escolar.
11. A Intervenção
• A intervenção psicopedagógica é necessária quando verifica-se
problemas de aprendizagem, que criam déficits de conhecimentos
nas crianças. O psicopedagogo passa a mediar a relação do aluno
com a construção do saber.
• Existem diferentes recursos, técnicas e metodologias que podem
ser adotados em uma intervenção. A escolha de cada um
dependerá do quadro analisado. Um dos principais recursos
utilizados é o jogo. A ludicidade pode ser adaptada a diferentes
situações e transformada em jogo. Através dos jogos o
psicopedagogo pode interferir no desenvolvimento do aluno,
estimular a sua criatividade, verificar como lida com as situações,
proporcionar momentos de lazer e estabelecer contatos sociais.
12. TÉCNICAS E MATERIAIS DE
INTERVENÇÃO
• Técnicas literárias
Técnicas literárias são aquelas que utilizam os recursos da
linguagem escrita, como diversos gêneros textuais, quadrinhos
com legenda ou sem legenda, propagandas, enfim, tudo que
possibilite a elaboração escrita.
• Jogos
Os jogos são utilizados por diversos profissionais para
garantir o prazer na atividade terapêutica e possibilitar que o
cliente se ponha em trabalho quando os recursos de linguagem
oral ou escrita não são bem-aceitos.
13. TÉCNICAS E MATERIAIS DE
INTERVENÇÃO
• Arteterapia
• As técnicas da arteterapia trabalham a criatividade utilizando
palavras, gestos, expressão dramática, representação simbólica e
materiais plásticos, como tintas, lápis de cor, adereços de
vestuário etc.
• A argila é um material plástico de grande utilização nos trabalhos
clínicos, pelas possibilidades que apresenta na produção de
objetos tridimensionais.
• O recorte e a colagem é uma técnica simples de ser utilizada,
com recursos disponíveis e de baixo custo. Usamos uma folha de
papel pardo, diversas revistas, tesoura, cola e lápis de cor.
14. TÉCNICAS E MATERIAIS DE
INTERVENÇÃO
• Exercícios potencializadores do cérebro
Os exercícios cognitivos e os estímulos positivos dos
pensamentos e reflexões quando ativados criam conexões
neurais que potencializam a memória, o foco e a concentração.
15. Orientações ambiente escolar
• Atividades de Orientação Profissional que promovam a facilitação da
escolha da profissão, tais como: Grupo de Orientação Profissional;
• Orientação e acompanhamento do aluno vestibulando, através de
trabalho motivacional;
• Orientação e acompanhamento do rendimento escolar e organização de
horário de estudos;
• Realização de atividades de suporte emocional às necessidades
específicas de cada faixa etária;
• Promoção de palestras e discussão de temas relacionados à infância e à
adolescência no contexto educacional;
• Participação no processo de seleção e integração de novos alunos;
• Orientação de projetos;
• Orientação familiar
17. CAIXA LÚDICA
FAMÍLIA LÚDICA
QUEBRA CABEÇA
DOMINÓ
JOGOS DE LEITURAS
JOGOS MATEMÁTICOS
QUEBRA CABEÇA
JOGO DA MEMÓRIA
JOGOS DE ENCAIXE
CARRINHOS, BONECA, ANIMALZINHOS
E ETC.
MATERIAIS PEDAGÓGICO
COLA/ TESOURA
PINCEIS/ LÁPIS
COLEÇÃO/ TINTA GUACHE
MASSA DE MODELAR
E ETC.