Este documento é uma dissertação de mestrado que analisa o uso da Festa do Mastro de Capela-SE no ensino de história. O objetivo é possibilitar que os alunos compreendam a festa como um evento histórico através de uma análise interdisciplinar. A dissertação inclui um resumo da festa, sua contextualização histórica e a produção de uma história em quadrinhos sobre o assunto para uso pedagógico.
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Defesa de Mestrado Profhistória
1. Mestrando: Alexsandro do N. Macedo
Orientador: Professor Dr. Paulo Heimar Souto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROFISSIONAL EM
ENSINO DE HISTÓRIA
São Cristóvão- SE
2021
2. Título:
DA LAMA À SALA DE AULA:
USO DA FESTA DO MASTRO DE CAPELA-SE NO ENSINO
DE HISTÓRIA
3. Justificativa
• Angústias oriundas da sala de aula. Ao perceber
jovens com pouco interesse durante as aulas de
História, que apresentam uma limitada capacidade de
orientação no tempo e no espaço, dificuldades em
compreender e problematizar questões que afetam o
seu cotidiano e que não se colocam na condição de
sujeitos históricos;
4. Objetivo Geral
• Possibilitar que os alunos compreendam a Festa do
Mastro de Capela-SE como um evento que é fruto de
uma construção histórica, por meio de uma análise
interdisciplinar que contemple o diálogo entre aspectos
históricos, geográficos, ambientais e religiosos.
5. Objetivos Específicos
• Contextualizar a Festa do Mastro (da Europa a Capela-
SE), percebendo as suas transformações e permanências ao
longo do tempo;
• Distinguir a Festa do Mastro de Capela-SE das que são
realizadas em outras localidades;
• Compreender como os aspectos geográficos, religiosos,
culturais, políticos, econômicos e ambientais influenciam
na dinâmica da Festa do Mastro em Capela-SE;
• Conhecer a dinâmica dos folguedos que compõe a Festa
do Mastro de Capela-SE;
• Elaborar uma HQ voltadas aos alunos dos anos finais do
ensino fundamental;
6. Percurso Metodológico
• Levantamento bibliográfico;
• Pesquisas em sites;
• Pesquisa de campo no ano de 2019, ocasião em que
acompanhamos todos os folguedos da Festa do Mastro de
Capela-SE, com o objetivo de registrar alguns detalhes de
sua realização;
• Analisamos boletins de ocorrência (2007-2017) da
Secretaria de Segurança Pública registrados na Delegacia de
Capela-SE;
• Diálogos com lideranças religiosas locais;
• Levantamento de registros fotográficos sobre a Festa do
Mastro de Capela-SE;
• Análise da legislação sobre a Festa do Mastro de Capela-SE
nas esferas estadual e municipal.
7. Questões Norteadoras
• Será a produção de uma HQ, que traz como tema a
história de uma festa popular local, um instrumento
pedagógico capaz de facilitar o processo de ensino e
aprendizagem nas aulas de História?
• É possível uma história em quadrinhos, que faz uso de
personagens fictícios, algo adequado a ampliar a
concepção que os alunos dos anos finais do ensino
fundamental têm da História, de modo que se
reconheçam como sujeitos históricos?
8. Estrutura da Dissertação
Capítulo I - História na Escola, História na Vida
1.1. Ensino de História: uma trajetória pouco inclusiva
1.2. O Papel do Ensino de História no contexto da Globalização
1.3. É Cabível Estudar as Festas e a História Local?
Capítulo II – Do Velho ao Novo Mundo: Contextualizando a Festa do Mastro
2.1. Festividades Ancestrais
2.2. Festas do Mastro em Portugal
2.3. De Portugal para o Brasil: a festa a serviço da colonização
2.4. Do Combate às Doenças ao Incentivo ao Turismo: a Puxada do Mastro de Ilhéus-BA
2.5. Festas do Mastro em Sergipe
Capítulo III – A Festa do Mastro em Capela-SE (1939-2019)
3.1. O Espaço Geográfico e os Indivíduos
3.2. A Festa do Mastro em Capela-SE
3.3. O Ciclo da Festa: da Mata do Junco à guerra de busca pés
3.4. A Festa do Mastro e a Mata Atlântica
Capítulo IV – É Possível o Uso Pedagógico de Uma História em Quadrinhos que Aborda a
História Local?
4.1. O Emprego da HQ na Sala de Aula: uma revisão necessária
4.2. Uma HQ que Discute História Local Frente a Alguns Documentos Legais
10. Caminhos Para a Confecção da HQ
• 1° passo: Trama, cenário e personagens;
• 2° passo: A escolha do desenhista – Cauê Souza
11. Tipos de roteiros: Marvel way e o Full script
• 41páginas de HQ:
• 1ª Parte: As Origens da Festa do Mastro
• 2ª Parte: A Festa a Serviço da
Colonização
• 3 ª Parte: A Festa do Mastro Em Sergipe
• 4ª Parte: A Festa do Mastro em Capela-SE
• 5ª Parte: A Festa do Mastro e a Mata
Atlântica
• É uma HQ que traz informações e humor
e que pode ser empregada como fonte ou
recurso didático.
12. Produto 1: Da Mata à Sala de Aula: a Festa do
Mastro de Capela-SE em HQ
13. Produto 1: Da Mata à Sala de Aula: a Festa do
Mastro de Capela-SE em HQ
• Notas explicativas
• Conceitos que podem ser explorados com o uso da HQ:
Festa do Mastro, paganismo, sagrado, profano, tradição,
Reforma Protestante, colonização, religiosidade popular,
Patrimônio Cultural Imaterial, Vale do Cotinguiba, Refúgio
de Vida Silvestre e produção açucareira.
14. Produto: “Da Lama à Sala de Aula: Uma Proposta
de Sequência Didática Para o Uso da HQ”
• 12 passos que contemplam propostas de atividades para
serem desenvolvidas com o auxílio da HQ, e que dialogam
com o que propõe a BNCC.
• Possibilita relacionar a Festa do Mastro com a História
Geral, do Brasil, de Sergipe e de Capela;
• Compreender a importância da Mata Atlântica para o planeta
e de elaborarmos ações sustentáveis;
• Perceber as diferenças e semelhanças entre a festa de Capela-
SE e de outras localidades.
• Oportunidade para o aluno perceber que aquilo que ele
vivencia está relacionado a um contexto que vai além de
sua comunidade, de seu município, seu estado e de seu país.
15. Considerações Finais
Aliar a organização curricular à vida do aluno torna as salas de
aulas ambientes mais atraentes, possibilitando que ele observe e
compreenda a realidade, reconhecendo que são integrantes da
comunidade e agente transformador do seu meio.
A festa do Mastro de Capela-SE, tem história, e o quanto moradores
de vários municípios de Sergipe, sobretudo os de Capela se conectam
com esse ritual.
Observá-la é uma oportunidade de abordarmos a diversidade
cultural, a relação existente entre o passado e o presente,
desconstruindo a percepção de que a História e o passado são
sinônimos. É ainda um momento para refletir sobre o meio ambiente e
formas sustentáveis de realização do festejo.
Enfim, esperamos que esse material possa ser útil para o ensino de
História em Sergipe. Que ele possa alargar um pouco mais a visão
que muitos têm desse campo de conhecimento, fazendo com que
percebam o seu importante papel de sujeitos do seu tempo.
16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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Aracaju. J. Andrade, 2011.