2. Objetivo do curso: Atualizar os profissionais de SST sobre as novas
regras referentes as exposições à sobrecarga térmica no ambiente de
trabalho, especialmente no que se refere:
✓ Avaliações (qualitativas e quantitativas);
✓ Medidas preventivas e
✓ Análise das condições de trabalho para a percepção do pagamento
do adicional de insalubridade.
3. Gustavo Rezende de Souza
• Técnico de Segurança do Trabalho – SENAC
• Bacharel em Ciência e Tecnologia – Univ. Federal do ABC
• Formação Complementar em Higiene Ocupacional –
FUNDACENTRO
• Especialização em Higiene Ocupacional - USP
• Professor Titular no Senac São Paulo
• Consultor Colaborador na Revista Proteção
• Membro Técnico filiado da ABHO
• Porta voz do Prêmio DuPont de Segurança do Trabalho
4. Objetivo: Vamos analisar neste curso os
Anexos 3, tanto da NR 9 quanto da NR
15 (Portaria 1.359 de 09/12/2019), bem
como a NHO 06 – Avaliação de
exposição ocupacional ao calor
publicada pela FUNDACENTRO.
O que vamos aprender neste curso?
5. • As condições térmicas podem ocasionar, em maior
ou menor medida, danos à saúde dos
trabalhadores, além de potencializar a ocorrência
de acidentes de trabalho.
• Outro aspecto importante é a produtividade e a
qualidade do trabalho, haja vista que temperaturas
ligeiramente elevadas influem diretamente no
desenvolvimento de diversas atividades
profissionais.
Consequências fisiológicas da
exposição ao calor
6. • Temos então possíveis ambientes onde as
temperaturas mais elevadas podem causar
consequências mais graves, como nas indústrias de
fundição, siderúrgicas, forjarias.
• Em atividades de prestação de serviço,
principalmente em ambientes administrativos uma
temperatura elevada está mais vinculada ao
desconforto térmico.
Consequências fisiológicas da
exposição ao calor
7. Portaria nº 1.359 de 9 de dezembro de 2019
✓ Aprovou o Anexo 3 da NR 09 – Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais;
✓ Alterou o Anexo 3 – Limites de Tolerância para
Exposição ao Calor da NR 15 – Atividades e
Operações Insalubres.
✓ Alterou o Anexo II da NR 28 – Fiscalização e
Penalidades
Referências Legais
10. Principais mudanças com as atualizações ocorridas:
➢ Adoção do watt (W) como unidade de medida para a taxa metabólica;
➢ Adequação dos limites de exposição para trabalhadores aclimatizados e não aclimatizados;
➢ Estabelecimento do nível de ação para trabalhadores aclimatizados;
➢ Estabelecimento de um limite de tolerância do tipo valor teto;
➢ Correções do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) médio em função do tipo
de vestimenta utilizada .
NHO 06 – Principais Mudanças
11. Principais mudanças com as atualizações ocorridas:
➢ Considerações sobre avaliações a céu aberto (polêmico);
➢ Estabelecimento de uma região de incerteza sobre as condições de exposição dos
trabalhadores aclimatizados;
➢ Adoção de um critério de julgamento e tomada de decisão em função das condições de
exposição analisadas;
➢ Mais abrangência sobre as medidas preventivas e corretivas a serem adotadas.
NHO 06 – Principais Mudanças
12. Watt (W) como unidade de medida para a taxa metabólica
• Em física temos que potência tem um significado bem
específico, trata-se de uma medida da taxa na qual trabalho
é realizado (ou, de forma similar, a taxa na qual energia é
transferida).
• Consumo de energia por unidade de tempo, neste caso em
segundos.
Unidades de Medida
13. Watt (W) como unidade de medida para a taxa metabólica
• O Watt é a unidade de potência expressa no Sistema Internacional
de Unidades (SI), sendo equivalente a 1 joule por segundo.
• A unidade até então mais usada para a taxa metabólica era
expressa em kcal/h ( 1 quilocaloria equivale a 1.000 calorias).
Obs. Uma caloria é definida como sendo o calor trocado quando a
massa de um grama de água passa de 14,5 °C para 15,5 °C.
Unidades de Medida
14. Watt (W) como unidade de medida para a taxa metabólica
• Como a unidade de definição de potência, ou seja, a energia produzida ou
consumida por unidade de tempo pelo SI é o watts, a NHO-06 na sua
segunda versão passa a adotar essa unidade de medida e define que:
➢ Taxa metabólica definida para o homem padrão (área superficial igual a
1,8 m²)
𝑴 𝒌𝒄𝒂𝒍/𝒉) = 𝟎, 𝟖𝟓𝟗𝟖𝟒𝟓 × 𝑴 𝑾 → 𝑴 𝑾 = 𝑴 (𝒌𝒄𝒂𝒍/𝒉 ÷ 0,859845
Unidades de Medida
15. Taxa Metabólica (M)
• As taxas metabólicas relativas às diversas
atividades físicas exercidas pelo trabalhador
devem ser atribuídas utilizando-se os dados
constantes no quadro 3 do Anexo 3 da NR 09,
que apresentam as taxas metabólicas em função
do tipo de atividade.
Taxa Metabólica
16. Taxa Metabólica (M)
• É de extrema relevância definir
qualitativamente quais atividades físicas
exercidas pelo trabalhador ao longo de um dia
normal de trabalho e em função do tipo de
atividade exercida determinar a taxa
metabólica dentro do período mais crítico de
60 minutos corridos ao longo do dia de
trabalho.
Taxa Metabólica
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23. Taxa Metabólica (M)
• Uma curiosidade sobre a taxa metabólica diz
respeito ao item 2.4.1.1.1 que permite ao
profissional de SST utilizar como parâmetro
“outras literaturas técnicas” para determinar as
taxas de metabolismo das atividades avaliadas.
Mas e para a NR 15? Isso também poderá ser feito
por Peritos e Assistentes Técnicos?
Taxa Metabólica
24.
25. Adequação dos limites de exposição ocupacional para trabalhadores
aclimatizados e para trabalhadores não aclimatizados.
➢ Os limites estabelecidos nesta norma são válidos apenas para trabalhadores
sadios, com reposição de água e sais perdidos durante sua atividade,
mediante orientação e controle médico e com o uso de vestimentas
tradicionais, compostas por calça e camisa de manga longa ou macacão de
tecido simples, que permitam a circulação de ar junto à superfície do corpo e
viabilizem a troca de calor com o ambiente pelos mecanismos da convecção e
evaporação do suor.
26. Adequação dos limites de exposição ocupacional para trabalhadores
aclimatizados e para trabalhadores não aclimatizados.
➢ O limite de exposição ocupacional ao calor é estabelecido com base no IBUTG
médio ponderado (IBUTG) e na taxa metabólica média ponderada (M).
➢ Este é um limite horário e, portanto, deve ser respeitado em qualquer período de
60 minutos corridos ao longo da jornada de trabalho.
27. Adequação dos limites de exposição ocupacional para trabalhadores
aclimatizados e para trabalhadores não aclimatizados.
➢ Aclimatização nada mais é do que a adaptação fisiológica decorrente de exposições
ocupacionais à sobrecarga térmica.
➢ Já o indivíduo não aclimatizado é aquele que não teve tempo suficiente para ter
adaptação fisiológica necessária a temperatura elevada ou atividade que exija esforço
e aumento da temperatura corporal
28. Adequação dos limites de exposição ocupacional para trabalhadores
aclimatizados e para trabalhadores não aclimatizados.
A aclimatização requer a realização de
atividades físicas e exposições sucessivas e
graduais ao calor, dentro de um plano que
deve ser estruturado e implementado sob
supervisão médica.
29. Adequação dos limites de exposição ocupacional para trabalhadores
aclimatizados e para trabalhadores não aclimatizados.
São considerados não aclimatizados os trabalhadores:
➢ Que iniciarem atividades que impliquem exposição ocupacional ao calor;
➢ Que passarem a exercer atividades que impliquem exposição ocupacional ao calor
mais críticas do que aquelas a que estavam expostos anteriormente;
➢ Que, mesmo já anteriormente aclimatizados, tenham se afastado da condição de
exposição por mais de 7 (sete) dias;
➢ Que tiverem exposições eventuais ou periódicas em atividades nas quais não estão
expostos diariamente.
30. Tópicos Informações sobre o processo de aclimatização
Desvantagens em estar não
aclimatizado
Poderá, mais facilmente, apresentar sinais de estresse térmico;
Dificuldade em repor toda a água perdida no suor;
Vantagens em estar aclimatizado
Aumento na eficiência da sudorese (Início mais cedo da sudorese, melhor produção de
sudorese e redução de perda dos eletrólitos na sudorese);
Estabilização de circulação;
Trabalho é realizado com menor temperatura corporal e freqüência cardíaca;
Aumento do fluxo sanguíneo na pele a um determinado núcleo de temperatura.
Aumento gradual do tempo de exposição em ambientes quentes após período de 7 à 14 dias.
Para trabalhadores novos na função ou atividade com ambientes quentes, a tarefa não deve
ser mais
que 20% de exposição no primeiro dia e não mais que 20% de aumento nos dias subseqüentes;
Para trabalhadores que já tiveram experiência na atividade requerida, o regime de
aclimatização deverá
ser não mais que 50% de exposição no primeiro dia, 60% de exposição no segundo dia, 80% de
exposição no terceiro dia e 100% de exposição no quarto dia.
31. Tópicos Informações sobre o processo de aclimatização
Manutenção da Aclimatização
Pode ser mantida por poucos dias não exposto a condição térmica elevada;
Ausência no trabalho nas condições térmicas de exposição por uma semana ou mais
resultam em significante perda dos benefícios de manutenção da adaptação levando a
um aumento na probabilidade de desidratação aguda, doenças ou fadiga;
Pode ser recuperada de 2 à 3 dias após retorno a atividade em ambiente quente;
Indivíduos que apresentam melhor condicionamento físico possuem melhor
manutenção da aclimatização;
Mudanças sazonais de temperatura podem resultar em dificuldades de adaptação;
Trabalhar em ambientes com ar condicionado não afetam na aclimatização.
32. Adequação dos limites de exposição ocupacional para
trabalhadores aclimatizados e para trabalhadores não
aclimatizados.
• Para exposições ocupacionais abaixo ou
igual ao nível de ação, NÃO É
NECESSÁRIA A ACLIMATIZAÇÃO.
• Neste caso, o trabalhador não
aclimatizado pode assumir de imediato a
rotina normal de trabalho.
33. Adequação dos limites de exposição ocupacional para
trabalhadores aclimatizados e para trabalhadores não
aclimatizados.
• Para exposições ACIMA DO NÍVEL DE
AÇÃO, deve ser realizado um plano de
aclimatização gradual.
• O plano de aclimatização deve ser
elaborado a critério médico em função
das condições ambientais, individuais e
da taxa de metabolismo da atividade
desenvolvida.
36. O critério de avaliação do IBUTG, após a utilização pela ACGIH, também foi
adotada posteriormente, pelo NIOSH, assim como na segunda edição do Criteria
(1986) e na ISO 7243 de 1989.
Segundo o NIOSH 2016 com a elevação da temperatura ambiente é de se
esperar que possam ocorrer alguns comportamentos inseguros, o que seria
decorrente das diversas anomalias fisiológicas causadas pelo calor.
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO
TERMÔMETRO DE GLOBO
37. O IBUTG tem como base três variáveis:
• A temperatura de Bulbo Seco (tbs) que corresponde à carga térmica ambiental
• A temperatura de bulbo úmido natural (tbn), que está relacionada à taxa de
evaporação do suor, a qual depende da velocidade e da umidade relativa do
ar.
• E a temperatura de globo negro (tg), que está relacionada com o calor
radiante e que simultaneamente é resfriado pelo vento.
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO
TERMÔMETRO DE GLOBO
38. IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO
TERMÔMETRO DE GLOBO
Ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
Ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
39. Caso o trabalhador esteja exposto a duas ou mais situações térmicas diferentes, o IBUTG
deve ser determinado a partir da equação:
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO
TERMÔMETRO DE GLOBO
40. A edição de 2017 da ACGIH menciona a necessidade de serem observados
outros fatores além do IBUTG e da taxa metabólica média. Fadiga severa e
repentina, náuseas, vertigens, tontura e sudorese intensa e falta raciocínio. Diz
ainda que a perda de peso durante a jornada de trabalho não deverá exceder
1,5% do peso corporal e a excreção de sódio urinário deverá ser inferior a 50
nmoles em 24 horas.
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO
TERMÔMETRO DE GLOBO
43. IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO TERMÔMETRO DE GLOBO
MÉDIA PONDERADA NO TEMPO (60 MINUTOS)
44.
45. • A ACGIH, utilizada como referência para elaboração dos textos legais, define, assim, os
TLVs para sobrecarga térmica: “ Baseiam-se na suposição de que quase todos os
trabalhadores aclimatados, totalmente vestidos, com ingestão adequada de água e sal
devem ser capazes de funcionar efetivamente sob as condições de trabalho dadas, sem
exceder a temperatura corporal interna de 38 °C no período. Os valores são para
trabalhadores fisicamente aptos e aclimatados usando roupas leves de verão (0,6 Clo). “
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA
SOBRECARGA TÉRMICA
46. • Temos então que o fator principal, do ponto
de vista de saúde e segurança do trabalho, é a
garantia de que a temperatura em nível do
Sistema Nervoso Central – SNC, não
ultrapasse os 38 ° C.
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA
SOBRECARGA TÉRMICA
47. • Quando a atividade física exercida pelo trabalhador corresponder a uma única taxa
metabólica, no período de 60 minutos considerados na avaliação, o metabolismo (média
ponderada) será o próprio metabolismo (média ponderada) atribuído para essa
atividade.
• Caso o trabalhador desenvolva duas ou mais atividades físicas, o metabolismo deve ser
determinada a partir da Equação:
TAXA METABÓLICA
MÉDIA PONDERADA NO TEMPO (60 MINUTOS)
49. • 2.4.1.1 Caso uma atividade específica não esteja apresentada no Quadro 3 deste anexo,
o valor da taxa metabólica deverá ser obtido por associação com atividade similar do
referido Quadro.
• 2.4.1.1.1 Na impossibilidade de enquadramento por similaridade, a taxa metabólica
também pode ser estimada com base em outras referências técnicas, desde que
justificadas tecnicamente.
TAXA METABÓLICA
OBSERVAR O ANEXO 3 DA NR 09
53. O IBUTG médio e o Metabolismo médio a serem utilizados como representativos da exposição
ocupacional ao calor devem ser aqueles que, obtidos no mesmo período de 60 minutos
corridos, resultem na condição mais crítica de exposição.
Isso quer dizer que vou avaliar apenas uma hora e não levar em considerar os demais
períodos?
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO TERMÔMETRO DE GLOBO
MÉDIA PONDERADA NO TEMPO (60 MINUTOS)
54. IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO TERMÔMETRO DE GLOBO
MÉDIA PONDERADA NO TEMPO (60 MINUTOS)
Horário IBUTG Médio (°C)
09:00 às 10:00 26
10:00 às 11:00 27
11:00 às 12:00 29,3
13:00 às 14:00 31
14:00 às 15:00 31
15:00 às 16:00 30,7
16:00 às 17:00 30
55. TAXA METABÓLICA
MÉDIA PONDERADA NO TEMPO (60 MINUTOS)
Horário Metabolismo Médio (W)
09:00 às 10:00 126
10:00 às 11:00 252
11:00 às 12:00 216
13:00 às 14:00 198
14:00 às 15:00 171
15:00 às 16:00 171
16:00 às 17:00 126
126
252
216
198
171 171
126
09:00 às 10:00 10:00 às 11:00 11:00 às 12:00 13:00 às 14:00 14:00 às 15:00 15:00 às 16:00 16:00 às 17:00
METABOLISMO MÉDIO (W)
Metabolismo Médio (W)
56. O IBUTG médio e o Metabolismo médio a serem utilizados como
representativos da exposição ocupacional ao calor devem ser aqueles
que, obtidos no mesmo período de 60 minutos corridos, resultem na
condição mais crítica de exposição.
IMPORTANTE !!!
57. Horário Metabolismo Médio (W) IBUTG Médio (°C)
09:00 às 10:00 126 26
10:00 às 11:00 252 27
11:00 às 12:00 216 29,3
13:00 às 14:00 198 31
14:00 às 15:00 171 31
15:00 às 16:00 171 30,7
16:00 às 17:00 126 30
QUAL É A CONDIÇÃO MAIS DESFAVORÁVEL?
58. Os limites de exposição ocupacional ao calor para trabalhadores NÃO ACLIMATIZADOS ( IBUTG
MAX) estão apresentados na Tabela 1 para os diferentes valores de Metabolismo Médio .
Obs. Seus valores também são adotados como nível de ação para as exposições ocupacionais ao
calor e, ainda, devem ser utilizados na avaliação de exposições eventuais ou periódicas em
atividades nas quais os trabalhadores não estão expostos diariamente, tais como manutenção
preventiva ou corretiva de fornos, forjas, caldeiras etc.
LIMITES DE EXPOSIÇÃO PARA
TRABALHADORES ACLIMATIZADOS OU NÃO
ACLIMATIZADOS
66. Nota 1: Os limites estabelecidos são válidos apenas para trabalhadores com uso de
vestimentas que não incrementem ajuste de IBUTG médio, conforme correções previstas
no Quadro 4 deste anexo.
Nota 2: Os limites são válidos para trabalhadores com aptidão para o trabalho, conforme
avaliação médica prevista na NR 07.
Sempre lembrando ...
67. Que o Anexo 3 da NR 9 não considera os
valores de limite de tolerância para
trabalhadores não aclimatizados!
Notem ...
71. Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
72. Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
73. Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
74. Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
Vestimenta Tradicional
75. Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
Consultando os itens 3.2 e 3.3 da ISO 7243
3.2 Descreve o IBUTG corretivo (IBUTG determinado +
CAV [Valor de Ajuste da Vestimenta])
Resumindo: Valor do IBUTG quando ajustado para o tipo e
característica das vestimentas.
WBGTeff = WBGT +CAV
76. Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
Consultando os itens 3.2 e 3.3 da ISO 7243
3.2 Descreve o IBUTG corretivo
Faz referência ao IBUTG estar vinculado ao uso de uma
roupa padrão de trabalho.
Índice de Isolamento Térmico IcI = 0,6 clo, im = 0,38)
v. ISO 9920 ref. 1 clo equivale a 0,155 m² . K.W
77. Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
78. Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
IBUTG corrigido = IBUTG média ponderada + FAV
FAV = Fator de Ajuste da Vestimenta
79. Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
“O isolamento total da roupa pode ser expresso como a
soma das contribuições dos artigos individuais de
vestimenta utilizada” (GRANDI, 2006, p. 29).
80. Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
81. Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
82. Conjuntos Típicos de Roupas Clo
Cueca, camisa, macacão, meias e calçados. 0,8
Cueca, camisa, calça, jaqueta leve, meias e calçados. 0,85
Cuecas, camiseta de manga curta, camisa, calça, jaqueta leve, meias e calçados. 1
Cuecas, camiseta de manga curta, camisa, calças, macacão, meias e calçados. 1
Cueca, camiseta de manga curta, macacões, jaqueta e calças pesadas, meias e calçados. 1,4
Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
87. Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
88. Então vamos imaginar uma situação onde haja:
1. Uso de respirador semifacial, por exemplo, uma PFF2;
2. Uso de avental impermeável de proteção contra agentes químicos;
3. Uso de capacete (cobertura da cabeça).
IBUTG média ponderada = 28,0 °C
FAV → 1 + 2,2 + 1 → = 4,2 ... Ou seja teremos 28 + 4,2 = 32,2 °C
∴ IBUTG corrigido = 32,2 °C
Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
89. Medição em ambientes de trabalho
de temperaturas homogêneas
No momento do reconhecimento, verificando que as condições ambientes do local de estudo são
homogêneas, segundo a norma ISO 7243, com índice de heterogeneidade menor que 5% um
procedimento mais simples poderá ser adotado, que consiste em determinar o IBUTG na altura da
região do abdômen.
Obs. A NHO 06 da FUNDACENTRO também determina que a altura de montagem dos equipamentos
deve coincidir com a região mais atingida do corpo e quando está não for definida, o conjunto de
termômetros deve ser montado na altura do tórax do trabalhador expostos.
91. Termômetro de Bulbo Natural
A TBN é indicada através do valor dado pelo sensor
coberto com um revestimento de algodão umedecido
com água destilada e que recebe a influência das
correntes de ar do ambiente de forma natural.
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
92. Termômetro de Bulbo Natural
As características do sensor deverão seguir os parâmetros
adotados pela ISO 7243 (1999), alguns destes requisitos
são:
• Formato da peça para sensibilidade do sensor: Cilíndrica;
• Diâmetro externo da peça para sensibilidade do sensor: 6
mm com +/- 1 mm;
• Comprimento do sensor: 30 mm com +/- 5 mm;
• Escala de medição 5°C à 40 °C
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
93. Termômetro de Bulbo Natural
As características do sensor deverão seguir os parâmetros
adotados pela ISO 7243 (1999), alguns destes requisitos
são:
• Exatidão da medição: +/- 0,5 °C
• O revestimento do tecido branco deve ser colocado com
precisão de forma a cobrir todo o sensor, pois a colocação
equivocada do revestimento pode afetar a exatidão da
medição.
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
94. Termômetro de Bulbo Seco
A temperatura do ar deverá ser realizada com o sensor
devidamente protegido de ações de trocas térmicas por
radiação, através de uma proteção na qual não impeça a
circulação de ar em torno do sensor.
A escala de medição da temperatura do ar, segundo a ISO
7243 (1989) é de: 10 °C a 60 °C e taxa de exatidão de +/-
1°C.
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
98. Termômetro de Globo
A temperatura do termômetro de globo é indicada
através de um sensor localizado no centro de um
globo de cobre oco pintado de preto fosco, tendo as
características também adotadas pela ISO 7243
(1989).
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
99. Termômetro de Globo
Algumas características:
• Diâmetro: 152,4 mm ou 6 polegadas;
• Coeficiente Médio de Emissão: 0,95;
• Espessura: A mais fina possível ( 1 mm);
• Escala de 20°C a 50°C → +/- 0,5°C
• Escala de 50°C a 120°C → +/- 1,0 °C
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
100. Importante Ressaltar:
Podemos usar equipamentos eletrônicos para avaliação de
calor, mas desde que estes aparelhos apresentem
resultados equivalentes aos obtidos com a utilização do
conjunto convencional.
Em outras palavras, isto quer dizer que o aparelho
eletrônico deverá ter um dispositivo de temperatura de
globo (tg) independente, o qual apresente resultados
equivalentes ao conjunto convencional.
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
103. Importante Ressaltar:
Para usar um globo de 2 polegadas faz-se necessário
adotar uma equação para corrigir o resultado obtido
para que este seja equivalente ao de 6 polegadas,
conforme referenciado no Anexo B da ISO 7726 –
Medição de Temperatura Radiante Média.
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
104. Importante Ressaltar:
Há alguns trabalhos interessantes na comparação dos
resultados do termômetro de globo de 2 e 6
polegadas publicados pelo BOHS (Sociedade Britânica
de Higiene Ocupacional):
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
https://www.bohs.org/
106. Importante Ressaltar:
Tais pesquisas concluem que: os valores corrigidos
pela equação estão em perfeita concordância com
aquelas fornecidas por um globo de 6 polegadas sob
as mesmas condições para velocidades do ar > 0,2
m/s.
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
https://www.bohs.org/
110. Equipamentos para medições de sobrecarga térmica (calor)
https://www.cdc.gov/niosh/docs/76-182/pdf/76-182.pdf
111. Medição em ambientes de trabalho
de temperaturas heterogêneas
De acordo com a norma ISO 7243 (1989), quando os
valores de determinados parâmetros não se mantém
constante ao longo do tempo de medição, é
necessário determinar o IBUTG em três posições
correspondentes à altura da cabeça, abdômen e
tornozelos em relação ao chão.
112. Medição em ambientes de trabalho
de temperaturas heterogêneas
Alturas recomendadas para localização dos sensores (ISO 7243:1989)
113. Medição em ambientes de trabalho
de temperaturas heterogêneas
O valor médio ponderado para o cálculo do WBGT (sigla em inglês para
expressar o IBUTG) é dado pela equação:
118. ❑TOMADA DE DECISÃO
Vestimentas: circulação de ar
sobre pele para facilitar a (2)
evaporação do suor. Que tipo
de roupa está sendo usada?
O IBUTG foi desenvolvido para
(1) um uniforme padrão (calça e
camisa de manga longa)
Vestimentas diferentes das
previstas pela ACGIH (trajes (3)
encapsulados, sobrepostos,
etc. surgere um estudo da
carga fisiológica.
IBUTG: atendimento aos LEO’s
Propostos pelo IBUTG.
- Para trabalhadores
Aclimatizados..
Análise Detalhada: exposição
acima dos LEO’s exigem
investigação apurada das
condições de trabalho,
incluindo cálculo das médias
ponderadas do IBUTG,
períodos de aclimatização.
Fluxograma de decisão
119. ❑TOMADA DE DECISÃO
Stress fisiológico:
- Batimento cardíaco < (180 btm – idade)
- Temperatura do núcleo do corpo
< 38,5°C (aclimatizados) ou < 38,0°C (não aclimatizados).
(4) - Perda de peso < 1,5%
- Excreção de sódio na urina < 50 nmoles.
Fluxograma de decisão
120. ❑TOMADA DE DECISÃO
Controle e Gerenciamento da Sobrecarga Térmica:
- Instruções escritas e verbais de procedimento, treinamento e
informação.
- Ingestão de água fresca (1 copo a cada 20min)
(5) - Interrupção do trabalho pelos próprios trabalhadores, quando um
deles apresentar sintomas de sobrecarga térmica.
- Redução das taxas metabólicas pela mecanização das operações.
- Redução do tempo de exposição.
Fluxograma de decisão