Conforto térmico no trabalho: medição e equilíbrio
1. CAPÍTULO 4
Conforto Térmico
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
3
3 Conhecer os conceitos básicos de calor e frio.
3
3 Analisar uma situação prática e indicar as medidas de controle.
3. 119
Conforto Térmico
Capítulo 4
Contextualização
Quando falamos em conforto térmico estamos nos referindo às
temperaturas em situações de calor ou frio as quais o indivíduo está exposto.
Estas situações, quando observadas em jornadas laborais, podem afetar o
trabalhador no seu rendimento profissional. Cabe aos profissionais da área
de segurança e da medicina do trabalho conhecer a origem do excesso do
calor ou frio para poder analisar, avaliar e controlar estes ambientes para que
o trabalhador possa exercer suas atividades sem alterar a fisiologia total do
seu organismo.
O desgaste físico, por exemplo, é uma das consequências em que o
trabalhador fica exposto às condições térmicas extremas num processo de
trabalho. Considerando que somos uma máquina térmica e que precisamos
fazer a troca de calor no desempenho das atividades, necessitamos, então,
da reposição de energia, como os sais e a água, caso contrário, estaremos à
mercê de graves prejuízos a nossa saúde.
O indivíduo necessita manter a temperatura constante interna do corpo
que pode, em geral, variar em média de 36,7°C a 37,5°C para desenvolver
uma vida normal. Quando esta temperatura se altera é porque houve alguma
mudança no metabolismo e que os mecanismos fisiológicos não foram capazes
de fazer a troca com o meio, provocando, assim, reações, por exemplo, a
febre, que é um sintoma peculiar.
A temperatura do corpo pode aumentar durante exercícios físicos pela
produção de calor excessivo ou, ainda, diminuir pela exposição ao frio intenso,
podendo chegar a valores inferiores a 35,5°C.
Geralmente as atividades laborais são desenvolvidas em condições
de temperatura, umidade e ventilação as quais não trazem prejuízos ou
enfermidades para a nossa saúde, porém, em muitos ambientes de trabalho
estas condições estão aquém daquelas em que gostaríamos de estar.
Podemos imaginar situações de trabalho como na “boca” de um forno
de fundição, como costumamos chamar, em pleno verão em regiões cujas
temperaturas são elevadas ou baixas como no interior de câmaras frigoríficas.
Os efeitos fisiológicos que podem causar às pessoas expostas vão desde
resfriados a desidratações, que podem aumentar a fadiga ou choque térmico
pelas diferenças de temperatura de um lugar para outro repentinamente.
Estas diferenças de temperaturas podem influenciar diretamente o
trabalhador nas atividades sensório-motoras e mentais, podendo diminuir sua
atenção com o trabalho e gerando acidentes ou interrompendo suas tarefas.
4. 120
Higiene do Trabalho I
Conforto térmico pode
ser definido como a
sensação de bem-
estar experimentada
por uma pessoa,
como resultado
da combinação
satisfatória nesse
ambiente, da
temperatura radiante
média, umidade
relativa, temperatura
do ambiente e a
velocidade relativa do
ar com a atividade lá
desenvolvida e com
a vestimenta usada
pelas pessoas.
Em outras situações de trabalho, como em ambientes onde estão
instalados os condicionadores de ar ou “splits”, nem todos se sentem
confortáveis àquele ambiente, alguns sentem frio e outros não. No entanto,
isto vai depender da característica de cada um, pois o conforto térmico
depende do calor produzido pelo corpo e pela troca entre este e o meio
ambiente. Nesse sentido, podemos dizer que não existem condições
térmicas no ambiente de trabalho que satisfaçam todos os indivíduos,
sempre há alguém que não está satisfeito.
Conceitos Gerais
Conforto térmico pode ser definido como a sensação de bem-estar
experimentada por uma pessoa, como resultado da combinação satisfatória
nesse ambiente, da temperatura radiante média, umidade relativa, temperatura
do ambiente e a velocidade relativa do ar com a atividade lá desenvolvida e
com a vestimenta usada pelas pessoas. (RUAS, 1999).
Normalmente associamos o conceito de calor ou frio à temperatura
ambiente do ar, porém podemos estar errados quanto a esta associação,
haja vista que o ambiente é capaz de influenciar nossa sensação de conforto
térmico através de variáveis distintas e independentes.
Estas podem estar relacionadas à temperatura do ar, da umidade do ar,
da temperatura do entorno, como paredes, peças e, ainda, da velocidade do
ar. Destas variáveis apenas a temperatura das paredes ou objetos (peças) é a
menos evidente.
Para Ruas (1999), as sensações são subjetivas, isto é, dependem das
pessoas, portanto, um determinado ambiente confortável termicamente para
uma pessoa pode ser frio ou quente para outra. Assim, entende-se como
condições ambientais de conforto aquelas que propiciam bem-estar para o
maior número possível de pessoas.
Do ponto de vista fisiológico, algumas situações de aparente conforto
em termos de sensação podem ser danosas, isto é, se estivermos em um
ambiente com pouca umidade podemos ter uma desidratação pela falta de
água ou pela evaporação do suor desprendido, assim, necessitaríamos da
imediata reposição.
Em situações de trabalho variadas, mesmo que a atividade não decorra
de desgaste físico acentuado, a incidência de calor no ambiente pode causar
mal-estar e também desconforto aos trabalhadores.
5. 121
Conforto Térmico
Capítulo 4
Nesse caso, a análise da temperatura do ambiente não deve ser feita
como caso isolado porque sua influência sobre o trabalhador depende também
do grau de umidade do ar.
Nesse sentido, para fazermos uma análise mais criteriosa de conforto
térmico, necessitamos avaliar os ambientes interno e externos, com ou
sem cargas, que proporcionam sensações térmicas e que podem alterar o
metabolismo dos trabalhadores expostos.
Para isso, devemos, também, conhecer estes ambientes e, segundo
as definições fundamentadas pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de
Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO) relativas às normas
para avaliação da exposição ocupacional ao calor (NHO-06), temos:
• Ciclo de Exposição: conjunto de situações térmicas ao qual o trabalhador é
submetido, conjugado às diversas atividades físicas por ele desenvolvidas,
em uma sequência definida, e que sempre se repete de forma contínua no
decorrer da jornada de trabalho;
• Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo Médio ( ):
média ponderada no tempo dos diversos valores de IBUTG obtidos em um
intervalo de 60 minutos corridos;
• Taxa Metabólica Média ( ): média ponderada no tempo das taxas
metabólicas, obtidas em um intervalo de 60 minutos corridos;
• Ponto de Medição: ponto físico escolhido para o posicionamento do
dispositivo de medição onde serão obtidas as leituras representativas da
situação térmica objeto de avaliação;
• Situação Térmica: cada parte do ciclo de exposição onde as condições do
ambiente que interferem na carga térmica a que o trabalhador está exposto
podem ser considerados estáveis;
• Grupo Homogêneo: corresponde a um grupo de trabalhadores que
experimentam exposição semelhante, tanto do ponto de vista das
condições ambientais como das atividades físicas desenvolvidas, de modo
que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte do grupo
seja representativo da exposição de todos os trabalhadores que compõem
o mesmo grupo;
• Limite de Exposição: valor máximo de , relacionado à
que representa as condições sob as quais se acredita que a maioria dos
trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, durante toda a sua vida
de trabalho, sem sofrer efeitos adversos à sua saúde.
6. 122
Higiene do Trabalho I
Para obter o conforto
térmico, é necessário,
então, que a
condição do corpo
esteja em equilíbrio
térmico, ou seja, a
quantidade de calor
ganho (metabolismo
+ calor recebido do
ambiente) deverá ser
igual à quantidade de
calor cedido para o
ambiente.
Para obter o conforto térmico, é necessário, então, que a condição do
corpo esteja em equilíbrio térmico, ou seja, a quantidade de calor ganho
(metabolismo + calor recebido do ambiente) deverá ser igual à quantidade de
calor cedido para o ambiente.
Atividade de Estudos:
1) O Ponto de Medição é muito importante para o posicionamento
do equipamento de medição das temperaturas do ambiente
para a avaliação. No caso de uma cozinha industrial, qual
seria o melhor ponto de medição e quanto tempo o dispositivo
deve ficar no local? Faça a pesquisa e depois demonstre
através de um leiaute a disposição do equipamento e o
tempo de permanência.
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Trocas de Calor Entre o Corpo Humano e
o Ambiente de Trabalho
As trocas de calor ou mecanismos de transferência entre o corpo humano
e o ambiente são feitas por quatro processos: condução, convecção, radiação
e evaporação.
7. 123
Conforto Térmico
Capítulo 4
A troca de calor
torna-se mais
evidente quanto maior
for a diferença de
temperatura entre
dois meios em contato
e mais elevado é
o coeficiente de
condutividade térmica.
Para Ayres e Corrêa (2011), a condução é o processo que ocorre quando
dois corpos sólidos, com temperaturas diferentes, que não estejam em
movimento, entram em contato. Cria-se, então, um fluxo de calor do corpo
com temperatura maior para o de temperatura menor.
O fluxo se tornará nulo quando ocorrer o equilíbrio térmico entre os
corpos em contato. Como exemplo, podemos citar o aquecimento de uma
barra de aço.
Segundo Coutinho (2011), a transmissão de calor por condução ocorre
através dos corpos sólidos, em fluxos proporcionais à diferença de temperatura
entre duas regiões de um corpo, da distância entre essas regiões e de uma
propriedade chamada condutividade térmica, conforme a equação:
onde:
K = quantidade de calor, em W ou kcal/hm2
;
kA = condutividade térmica, em W/m o
C ou kcal/hm o
C;
t1 = temperatura do ponto 1, em o
C;
t2 = temperatura do ponto 2, em o
C;
Δx = distância entre as regiões 1 e 2.
A Figura 29 mostra a transferência de calor por condução segundo as
definições apresentadas.
Figura 29 – Transferência de calor por condução
Fonte: Disponível em: <www.google.com.br> imagens de
condução de calor. Acesso em: 31 jan. 2013.
A troca de calor torna-se mais evidente quanto maior for a diferença de
temperatura entre dois meios em contato e mais elevado é o coeficiente de
condutividade térmica.
8. 124
Higiene do Trabalho I
Como exemplo, pode-se dizer que os metais e a pedra possuem um
elevado coeficiente de condutividade térmica, comparando com outros
materiais de baixa condutividade, como a madeira, a cortiça, as fibras minerais,
vegetais e sintéticas, entre outros. Diante disso, cada material possui sua
condutividade térmica específica.
Para calcular a quantidade de calor por condução, é necessário conhecer
a condutividade térmica do material, porém, no homem, a vestimenta é um
fator a ser considerado. A temperatura interna do corpo humano em condições
normais é maior que a da pele. Assim, há um fluxo de calor por condução a
partir da temperatura interna para a pele.
No caso de temperaturas externas serem muito altas, a temperatura
da pele poderá estar maior que a temperatura interna, então, ocorrerá uma
transferência por condução para o interior do corpo, podendo ocorrer sérios
problemas para a saúde e até mesmo a vida. Isto também pode acontecer em
situações contrárias, no caso de ambientes muito frios.
Segundo a Association Française de Normalisation e a International
Organization for Standartization (ISO 9920), a condutividade térmica das
vestimentas tem grande importância no conforto e no controle da insalubridade
térmica da pessoa, pois quanto menor for a sua condutividade térmica maior
será a resistência ao fluxo de calor.
Para tanto, a unidade de resistência da vestimenta, que também depende
do material e espessura, é dada por Clo (do inglês clothing) onde: 1 clo é igual
a 0,155 m2
°C/W e a sua resistência total é a somatória de todas as peças que
o indivíduo está usando.
Assim, a condutividade térmica para vestimentas fica sendo:
kACL =
ƩkACLU
,
onde:
kACL =
condutividade térmica da vestimenta, (clo);
kACLU =
condutividade térmica dos itens do vestuário (clo).
A norma ISO 9920 traz uma tabela da resistência térmica dos itens do
vestuário. No caso de um estudo mais aprofundado e detalhado, sugerimos
fazer a consulta a esta tabela.
Segundo o Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo (INSHT),
os estudos de Fanger (1972) têm demonstrado que os valores da temperatura
9. 125
Conforto Térmico
Capítulo 4
da pele e da quantidade de suor liberado ou evaporado nas situações de
conforto dependem do nível de atividade desenvolvida. A temperatura da pele
é linearmente decrescente com a taxa de metabolismo enquanto a quantidade
de suor evaporado cresce linearmente com as atividades, o que chamamos de
situações confortáveis.
A equação de conforto térmico, expressa por Fanger (1972), estabelece
que o conforto deve cumprir a três tipos de variáveis:
• Características da vestimenta – isolamento e área total deste;
• Características do tipo de trabalho – carga térmica metabólica e velocidade
do ar;
• Características do ambiente – temperatura do ambiente, temperatura
radiante média, pressão parcial do vapor de água no ar e velocidade do ar.
Para avaliar a sensação das pessoas expostas a uma determinada
condição do ambiente de trabalho com seu grau de conforto, Fanger empregou
uma escala numérica como demonstrado na Tabela 4.
Tabela 4 – Escala numérica de sensações de conforto
Muito
Frio
Frio
Ligeiramente
frio
Neutro
(confortável)
Ligeiramente
calor
Calor
Muito
calor
- 3 - 2 - 1 0 + 1 + 2 + 3
Fonte: Adaptado de Fanger (1972).
De acordo com a Tabela 4, o grupo de trabalhadores exposto a uma
determinada situação de trabalho e pela média das respectivas sensações
gerou estes valores como Índice Médio de Sensação (IMS).
Conforme já havíamos comentado sobre a importância da vestimenta, as
características térmicas são medidas pela unidade chamada de clo. Assim,
para simplificarmos o estudo, vamos considerar os seguintes valores e
possibilidades de vestimentas:
Tabela 5 – Isolamento térmico das vestimentas em clo
Sem Roupa
Roupa Leve
(traje de verão)
Roupa Média
(uniforme completo)
Roupa Pesada
(traje de inverno)
0 clo 0,5 clo 1,0 clo 1,5 clo
Fonte: Adaptado de Fanger (1972).
10. 126
Higiene do Trabalho I
Estão inclusos nestas vestimentas os sapatos com meias, calçados de
segurança, meias de verão e inverno, calças, camisas (manga curta ou longa),
camisetas, casacos ou blusas, bem como demais roupas íntimas.
A umidade relativa do ar e a temperatura radiante média também
influenciam no conforto térmico. O processo de troca por convenção se produz
entre um corpo e um fluído em movimento. Este processo é idêntico ao da
condução, diferenciando-se apenas de fluído em movimento. (MUÑIZ, 2006).
A troca mais importante verifica-se entre o corpo e o ar e é maior quanto
mais evidentes forem as diferenças entre as temperaturas do corpo e a do ar.
Esta evidência pode ser caracterizada através do exemplo citado
por Coutinho (2011): quando se liga um ventilador durante o verão, em
alguns lugares onde a temperatura do ar é inferior à da pele, a camada
de ar quente que envolve a pessoa é rapidamente trocada por camadas
de ar fresco, dando a sensação de conforto. Mas, se a temperatura do ar
for superior à da pele, o desconforto aumenta, porque a pessoa passa a
ganhar mais calor do que antes.
Por outro lado, quando o ar está frio e o ventilador é ligado, as perdas por
convecção aumentam e, com elas, o desconforto.
A Figura 30 mostra o processo de transferência por convecção onde o ar
aquecido sobe e o ar frio ocupa o seu lugar, completando, assim, o seu ciclo.
Figura 30 – Troca de calor por convecção
Fonte: Disponível em: <www.google.com.br> imagens
de convecção. Acesso em: 31 jan. 2013.
11. 127
Conforto Térmico
Capítulo 4
No processo por convecção, se a temperatura do ar for exatamente
igual à temperatura da superfície do corpo, não haverá troca térmica
por esse processo. Se a temperatura do ar for mais elevada do que a
da superfície do corpo, o ar cederá calor para o corpo, invertendo-se o
mecanismo. (RUAS, 1999).
Para Saliba (2011), processo por radiação ocorre quando há
transferência de calor sem suporte material algum. A energia radiante passa
através do ar sem aquecê-lo apreciavelmente e aquecerá a superfície
atingida. Esta energia passa através do vácuo ou de outros meios a uma
velocidade que depende do meio.
A transferência se processa quando a temperatura do corpo é maior
que a temperatura do meio e esta depende da diferença entre a temperatura
da pele e a temperatura dos objetos ou das superfícies próximas, como
podemos ver na Figura 31, sendo o calor transmitido por esse meio
denominado de calor radiante.
Figura 31 – Transferência por radiação
Fonte: Disponível em: <www.google.com.br> imagens de
radiação de calor. Acesso em: 31 jan. 2013.
Um exemplo típico deste tipo de transferência de calor é a radiação
emitida por um forno elétrico.
O processo de evaporação é a passagem de um líquido, a determinada
temperatura, para a fase gasosa, passando, portanto, para o meio ambiente.
Não é necessária diferença de temperatura para desenvolvimento do processo.
(SALIBA et al., 2002).
Esta definição faz lembrar as atividades físicas de um atleta, seja um
jogador, um competidor de atletismo, um lutador ou qualquer outro tipo de
esporte em que a transferência de calor por evaporação se processa quando
o suor emitido pelo corpo se transforma em vapor, havendo, assim, uma perda
de calor por parte do organismo, ou seja, para que haja esta perda o organismo
precisa ceder esta energia (calor).
12. 128
Higiene do Trabalho I
Podemos dizer,
então, que a perda de
energia calórica pela
troca ou transferência
com o meio equivale
à energia calórica
produzida pelo
organismo.
Nesse sentido, a essas transferências de calor chamamos de calor
produzido pelo corpo e os fluxos de energia calórica por condução, convecção,
radiação e evaporação chamamos conceito de balanço térmico. Este
balanço deve ser nulo para que a temperatura central do corpo se mantenha
estável. Podemos dizer, então, que a perda de energia calórica pela troca ou
transferência com o meio equivale à energia calórica produzida pelo organismo.
A Figura 32 mostra os mecanismos de perda de calor pelo corpo através
da evaporação, radiação, condução e convecção, bem como as porcentagens
médias de perdas de calor do corpo humano.
Figura 32 – Mecanismos de perda de calor
Fonte: Adaptado de Guyton e Hall (2002).
Atividade de Estudos:
1)
A condutividade térmica das vestimentas tem grande
importância no conforto e no controle da insalubridade térmica
da pessoa. Então, um trabalhador de um frigorífico deve estar
equipado com vestimentas adequadas para o desempenho
das atividades no local. Para esta atividade, identifique que
tipo de roupas deve ser utilizado dentro do frigorífico e quanto
equivale a condutividade térmica, baseado nos valores em “clo”
estipulados para cada tipo de peça.
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Conforto Térmico
Capítulo 4
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Fatores que Influenciam na Remoção de Calor
Segundo Ruas (1999), o conforto térmico depende do grau de atuação
do sistema termorregulador para manter a temperatura interna do corpo. Para
isso, a temperatura do ar, a umidade relativa, a ventilação e a vestimenta ou
uniforme utilizado pelo trabalhador são fatores que influenciam nos processos
de troca de calor do corpo com o ambiente.
Temperatura do ar: quando a temperatura do ar é inferior à da pele, a
remoção de calor por convecção será tanto maior quanto menor for a
temperatura do ar. Se o ar estiver a uma temperatura superior à da pele, ele
cederá calor para o corpo por convecção. (RUAS, 1999).
• Umidade relativa do ar: a perda de calor no organismo por evaporação
dependerá da umidade relativa do ar, isto é, da quantidade de água
presente numa determinada quantidade de ar. (SALIBA et al., 2002).
• Ventilação: é necessário conhecer a temperatura e a umidade relativa do
ar para se analisar a capacidade de contribuição da ventilação na remoção
de calor do corpo humano. (RUAS, 1999).
• Vestimenta: o material e o tipo de roupa utilizada pelo trabalhador na
atividade laboral é um fator determinante, pois dificulta a troca térmica
de calor.
Para que se mantenha um equilíbrio entre a quantidade de calor gerado
no corpo e sua transmissão para o meio ambiente, é necessário que os
mecanismos de termorregulação do organismo mantenham constante a
temperatura interna do corpo. A resultante originada deste conjunto de
mecanismos de troca de calor definirá se o organismo encontra-se ou não em
equilíbrio térmico ou balanço térmico.
14. 130
Higiene do Trabalho I
Para o organismo
obter esse equilíbrio
ou balanço térmico, o
valor de “S” tem que
ser igual à zero.
Assim, este equilíbrio ou balanço térmico é dado pela seguinte fórmula:
M ± C ± R – E = S
onde:
M = calor produzido pelo metabolismo;
C = calor ganho ou perdido por condução-convecção;
R = calor ganho ou perdido por radiação;
E = calor perdido por evaporação;
S = calor acumulado no organismo (sobrecarga térmica).
Para o organismo obter esse equilíbrio ou balanço térmico, o valor de “S”
tem que ser igual à zero. Para uma análise mais completa do conforto térmico,
na melhoria dos conhecimentos e na necessidade de se fazer um estudo
mais aprofundado e considerando os quatro itens essenciais para análise,
como temperatura do ar, umidade relativa, ventilação e vestimenta, sugerimos
consultar os seguintes manuais:
RUAS, Álvaro César. Conforto térmico nos ambientes de
trabalho. São Paulo: Fundacentro, 1999.
SALIBA, Tuffi Messias. Manual prático de avaliação e controle
de calor: ppra. 4. ed. São Paulo: LTr, 2012.
http://www.insht.es
ESPANHA. NTP 74 – Confort térmico: método de Fanger para
su evaluación. INSHT. Barcelona-España.
_____. NTP 501 – Ambiente térmico. inconfort térmico local.
Barcelona-España.
_____. NTP 779 – Bienestar térmico: critérios de diseño para
ambientes térmicos. Barcelona-España.
15. 131
Conforto Térmico
Capítulo 4
Avaliação do Calor
Segundo as Normas Regulamentadoras NR-15, Anexo n°3, a exposição
ao calor deve ser avaliada através do “Índice de Bulbo Úmido -Termômetro de
Globo” (IBUTG), definido pelas equações que seguem.
• Para ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
• Para ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de
bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum e
as medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à
altura da região do corpo mais atingida.
O termômetro de bulbo úmido natural (tbn) é um termômetro de mercúrio
comum, revestido com uma camisa tipo pavio de algodão branco, envolvendo
totalmente o bulbo de mercúrio. Esta camisa deve ser mantida úmida em água
destilada por, no mínimo, 30 minutos antes de fazer a leitura da temperatura.
O termômetro de globo (tg) é composto por uma esfera oca de cobre
com 15 cm de diâmetro, pintada na cor preta fosca para a absorção do calor
radiante incidente e um termômetro de mercúrio com graduação de 0°C a
150°C, com subdivisão de 0,1°C, colocado no interior do globo. A Figura 33
mostra um conjunto montado num tripé com os termômetros de globo e úmido.
Figura 33 – Conjunto de termômetros de globo (tg) e bulbo úmido natural (tbn)
Fonte: Disponível em: <www.google.com.br> imagens de
termômetro de globo. Acesso em: 31 jan. 2013.
16. 132
Higiene do Trabalho I
Atualmente, os termômetros já vêm acoplados a um sistema com medição
eletrônica digital direta e são constituídos de sensores eletrônicos que medem
de forma idêntica aos termômetros de mercúrio, apresentando, também, os
resultados já calculados em IBUTG.
A Figura 34 mostra o conjunto destes termômetros com resultados diretos.
Figura 34 – Termômetros digitais
Fonte: Disponível em: <www.google.com.br> imagens de
termômetro de globo. Acesso em: 31 jan. 2013.
Segundo a norma, o limite de tolerância é a concentração ou a intensidade
máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao
agente, que não causará dano à saúde do trabalhador durante sua vida laboral.
Esta NR-15, em seu Anexo n°3, tem a seguinte transcrição para os limites
de tolerância para a exposição ao calor:
Limites de tolerância para a exposição ao calor, em regime de trabalho
intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de
serviço.
1. Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido
no Quadro 3.
17. 133
Conforto Térmico
Capítulo 4
Quadro 6 – Limites para exposição ao calor em regime de trabalho
intermitente com períodos de descanso no mesmo ambiente
REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE
COM DESCANSO NO PRÓPRIO LOCAL
DE TRABALHO (por hora)
TIPO DE ATIVIDADE
LEVE MODERADA PESADA
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos de trabalho
15 minutos de descanso
30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 à 25,9
30 minutos de trabalho
30 minutos de descanso
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 à 27,9
15 minutos de trabalho
45 minutos de descanso
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 à 30,0
Não é permitido o trabalho sem a adoção
de medidas adequadas de conforto.
acima de 32,2 acima de 31,1
acima de
30,0
Fonte: Adaptado de Manuais de Legislação: Atlas (2012).
2. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos
os efeitos legais.
3. A determinação do tipo de atividade (leve, moderada ou pesada) é feita
consultando o Quadro 5.
Limite de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho
intermitente com período de descanso em outro local (local de descanso).
1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente
termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo
atividade leve.
2. Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro 4.
Quadro 7 – Relação entre metabolismo médio e máximo IBUTG
M (kcal/h) MÁXIMO IBUTG
175
200
250
300
350
400
450
500
30,5
30,0
28,5
27,5
26,5
26,0
25,5
25,0
Fonte: Adaptado de Manuais de Legislação: Atlas (2012).
18. 134
Higiene do Trabalho I
Onde: M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora,
determinada pela seguinte fórmula:
Mt
= taxa de metabolismo no local de trabalho.
Tt
= soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de
trabalho.
Md
= taxa de metabolismo no local de descanso.
Td
= soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de
descanso.
é o IBUTG médio ponderado para uma hora, determinado
pela seguinte fórmula:
IBUTGt
= valor do IBUTG no local de trabalho.
IBUTGd
= valor do IBUTG no local de descanso.
Tt
e Td
= como anteriormente definidos.
Os tempos Tt
e Td
devem ser tomados no período mais desfavorável do
ciclo de trabalho, sendoTt
+ Td
+ 60 minutos corridos.
3. As taxas de metabolismo Mt
e Md
serão obtidas consultando-se o Quadro 5.
4. Os períodos de descanso serão considerados tempos de serviço para todos
os efeitos legais.
Quadro 8 - Taxa metabólica por tipo de atividade
TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h
SENTADO EM REPOUSO: 100
TRABALHO LEVE:
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia)
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir)
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços.
125
150
150
TRABALHO MODERADO:
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas.
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação.
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação.
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar.
180
175
220
300
19. 135
Conforto Térmico
Capítulo 4
TRABALHO PESADO:
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá).
Trabalho fatigante.
440
550
Fonte: Adaptado de Manuais de Legislação: Atlas (2012).
Como podemos verificar nos Quadros 6 e 7 da Norma Regulamentadora,
os locais de descanso são diferenciados e a forma de análise dos limites
de tolerância são feitas de acordo com o tipo de atividade em uma situação
de trabalho leve, moderada ou pesada e, no outro quadro, pela taxa de
metabolismo médio ponderada para uma hora de trabalho.
Vale ressaltar que a Fundacentro, através da NHO 06, auxilia na
interpretação do índice de avaliação utilizado pela NR-15 com relação ao
IBUTG.
NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL – NHO 06:
FUNDACENTRO, 2002.
NORMA ISO: 8996/90
tbn = termômetro de bulbo úmido natural
tbs = termômetro de bulbo seco
tg = termômetro de globo
Para calcularmos o IBUTG de uma atividade de trabalho, vamos
exemplificar uma situação dentro de uma empresa metalúrgica.
Um trabalhador executando uma tarefa de vazamento de material líquido
numa fundição fica exposto ao calor durante a sua jornada de trabalho. De
acordo a Norma Regulamentadora, foram feitas as avaliações e obtidos os
seguintes resultados:
• Temperatura de bulbo úmido natural (tbn) = 260
C
• Temperatura de globo (tg) = 380
C
• Ambiente interno sem carga solar.
20. 136
Higiene do Trabalho I
• Tipo de atividade: carregar a panela e fazer o vazamento com líquido derretido.
• Regime de trabalho intermitente com descanso no próprio local de trabalho.
Cálculo:
IBUTG= 0,7 tbn + 0,3 tg
IBUTG= 0,7x26 + 0,3x38
IBUTG=29,60
C
Consultando o Quadro 6, verifica-se que para uma atividade pesada e
descanso no próprio local de trabalho a temperatura pode variar entre 28 a
300
C. Nesse caso, o trabalhador deverá ter uma atividade de trabalho em 15
minutos e descanso no próprio local de 45 minutos.
Atividade de Estudos:
1) Verifique, através da Norma de Higiene Ocupacional (NHO 06),
as variações dos índices de avaliação utilizado pela NR-15 do
IBUTG em relação aos índices utilizados pela Fundacentro.
Mostre as diferenças.
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Conforto Térmico
Capítulo 4
Um ambiente
insalubre é aquele
em que o trabalhador
fica exposto acima do
limite de tolerância
estipulado pela norma
regulamentadora da
Portaria no 3.214/78
do MTE.
Critérios de Avaliação
As atividades desenvolvidas pelos trabalhadores em situações de risco
podem gerar o pagamento do adicional de insalubridade. Um ambiente
insalubre é aquele em que o trabalhador fica exposto acima do limite de
tolerância estipulado pela norma regulamentadora da Portaria no
3.214/78
do MTE.
Segundo os Quadros 1 e 2, do Anexo 3 da NR-15, os limites de tolerância
são caracterizados com atividades sem local de descanso ou no próprio local
e com local de descanso definido ou em outro local.
Para exemplificarmos a insalubridade através destes quadros,
identificamos as seguintes situações:
Em um local de trabalho foram feitas as avaliações através dos
termômetros de bulbo natural e de globo e foram constatadas as seguintes
temperaturas: tbn = 240
C e tg = 360
C. O ambiente analisado é sem carga
solar, com atividade moderada e trabalho contínuo. Para determinarmos o
IBUTG, aplicamos a fórmula já definida anteriormente para estas condições.
IBUTG = 0,7x24 + 0,3x36
IBUTG = 27,60
C
De acordo com o Quadro 3, para a atividade moderada e trabalho contínuo
o IBUTG é de até 260
C. Como o IBUTG calculado foi de 27,60
C, a atividade
deste trabalhador é considerada como insalubre.
Para verificar o percentual do pagamento da insalubridade, recorremos
ao Anexo 14 (Agentes Biológicos) da NR-15 que trata dos graus de
insalubridade através de uma tabela. Nesse caso para a exposição ao
calor, o Anexo 3 dessa tabela caracteriza como sendo um percentual de
20% sobre o salário mínimo vigente.
Medidas de Controle
As medidas de controle para a exposição ao calor estão definidas na NR-9
pelo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA em seu item 9.3.5.
22. 138
Higiene do Trabalho I
Estas medidas devem
seguir as orientações
do LTCAT para cada
tipo de avaliação
quantitativa realizada
no ambiente, ou
seja, para o ruído as
medidas de controle
vão desde uma
mudança de leiaute,
enclausuramento
de máquinas ou
equipamentos até, em
último caso, o uso de
proteção individual.
Estas medidas devem seguir as orientações do LTCAT para cada tipo de
avaliação quantitativa realizada no ambiente, ou seja, para o ruído as medidas
de controle vão desde uma mudança de leiaute, enclausuramento de máquinas
ou equipamentos até, em último caso, o uso de proteção individual.
Para o calor ou frio os resultados da avaliação quantitativa podem
direcionar a um estudo do ambiente, a fim de definir as suas medidas de
controle.
Segundo a ACGIH (2011) as medidas de controle devem ser estudadas
para a redução da taxa de metabolismo, bem como outras variantes para
a redução de emissão de calor e movimentação do ar, além do uso de
barreiras para fontes de calor radiante. Como já mencionamos nos outros
capítulos, o equipamento de proteção individual deverá ser utilizado
somente quando não se consegue reduzir ou neutralizar os efeitos que
geram os ambientes agressivos.
Atividades de Estudos:
1) Em uma atividade de trabalho com solda elétrica devemos
adotar algumas medidas de controle, tanto para o soldador
como para as pessoas próximas à área de solda. Defina quais
são as medidas necessárias para essa situação:
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2) Em uma panificadora/confeitaria duas funcionárias trabalham
na preparação de massas para doces/bolos e salgados. As
duas são responsáveis em buscar os ingredientes que são
perecíveis na câmara fria, abastecer a câmara fria, controlando,
assim, o estoque de matéria-prima e levar os doces/bolos
depois de prontos para resfriar. Elas também são responsáveis
em abastecer o setor de vendas no balcão.
23. 139
Conforto Térmico
Capítulo 4
Após inspeção no local de trabalho foi constatado que a
temperatura no ambiente é de aproximadamente 210
C e no
interior da câmara variando de 5 à 80
C.
Nestas condições podemos afirmar que as funcionárias estão
expostas à condição de insalubridade? Justifique?
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3)
Em uma cozinha de restaurante foram constatadas as
temperaturas medidas no ponto de operação das cozinheiras,
ou seja, em frente ao fogão industrial no qual permanece
a trabalhadora na altura da região do corpo mais atingida. O
período de descanso é no próprio local de trabalho. As medições
foram feitas em 3 etapas como mostrado na tabela abaixo:
Horário Tbn Tg Tbs
Das 10:00 às 11:00 32,50
33,60
31,60
Das 11:00 às 12:00 33,30
35,00
31,60
Das 12:00 às 13:00 34,50
35,50
31,60
24. 140
Higiene do Trabalho I
Determinar:
a) O IBUTG para a situação mostrada?
b) Para o IBUTG calculado, podemos afirmar que o ambiente é
Insalubre?
c) Caso seja Insalubre, a Norma Regulamentadora NR 15, em seu
Anexo 14, define o grau de insalubridade. Qual é o percentual a
ser pago para as cozinheiras se for constatada a Insalubridade?
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Algumas Considerações
A partir dos estudos realizados neste capítulo, foi possível depreender
que o calor e o frio são agentes considerados prejudiciais à saúde dos
trabalhadores. Inúmeras são as doenças ocupacionais geradas por estes
agentes, além do baixo rendimento por estarem expostos aos ambientes
termicamente desconfortáveis.
Diante disso, nossos especialistas devem conhecer profundamente a
origem destes agentes para poder avaliar adequadamente, adotando medidas
de controle para proteger a integridade física e de saúde dos trabalhadores
durante a sua vida laboral.
25. 141
Conforto Térmico
Capítulo 4
Referências
AYRES, Dennis de Oliveira; CORRÊA, José Aldo Peixoto. Manual de
prevenção de acidentes do trabalho: aspectos técnicos e legais. São Paulo:
Atlas, 2001.
ASSOCIATION FRANÇAISE DE NORMATIZATION E INTERNATIONAL
ORGANIZATION FOR STANDARTIZATION. ISO: 8996/90.
BRASIL. Manuais de legislação atlas: segurança e medicina do trabalho.
70. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2012.
COUTINHO, Antonio Souto. Proteção contra o calor. In: MATTOS, Ubirajara
Aluízio de Oliveira; MÁSCULO, Francisco Soares (Org.). Higiene e
segurança do trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier/Abepro, 2011.
ESPANHA. NTP 501 – Ambiente térmico. inconfort térmico local. INSHT.
Barcelona-España.
______. NTP 74 – Confort térmico: método de Fanger para su evaluación.
INSHT. Barcelona-España.
_____ . NTP 779 – Bienestar térmico: critérios de diseño para ambientes
térmicos. Barcelona-España.
GUYTON; HALL. Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de Janeiro:
Guanaba Koogan S.A., 2002.
MUÑIZ, Ramón Gonzáles. Manual básico: Prevención de riesgos laborales.
Madrid: Thomson, 2006.
RUAS, Álvaro Cesar. Conforto térmico nos ambientes de trabalho. São
Paulo: Fundacentro, 1999.
SALIBA, Tuffi Messias et al. Higiene do trabalho e programa de prevenção
de riscos ambientais. 3. ed. São Paulo: Editora LTR, 2002.
______. Curso básico de segurança e higiene ocupacional. 4. ed. São
Paulo: LTr, 2011.
______. Manual prático de avaliação e controle de calor: ppra. 4. ed. São
Paulo: LTr, 2012.