O documento discute o uso de componentes eletrônicos comerciais (COTS - Commercial off-the-shelf) em sistemas aeroespaciais, destacando os benefícios e desafios de sua aplicação no espaço, como a necessidade de testes para avaliar sua robustez à radiação. O texto também aborda soluções propostas para o uso qualificado desses componentes em satélites, como testes ambientais e de qualidade de lote.

1. C.O.T.S.
“Commercial off the shelf”
Marcos AV Silva
2019
Photo by Alexandre Debiève on Unsplash

2. O que é COTS?
São definidos como Hardware ou Software “de
prateleira” (Commercial-off-the-shelf).
Usos:
• Para fins comerciais;
• Estão Disponíveis para o público geral;
• Não requerem grandes modificações para
atender as especificações dos clientes.

3. Principais Benefícios:
• Não precisam ser inventados, pois já
existem!
• Reduzem custos e tempos de
implementação, operação e
manutenção.
Fonte: https://www.alberon.co.uk/

4. Desvantagens:
 Dificuldade de mudança de requisitos;
 Riscos;
 Desenvolver estratégia para mitigar os riscos;
 Responsabilidade.
Fonte: https://www.fm2s.com.br/

5. Categorias de COTS:

6. Aplicação de Tecnologia COTS para
a indústria Aeroespacial.
 RESUMO
Hoje em dia diversos fatores influenciam na escolha dos componentes
eletrônicos a serem utilizados nos projetos de sistemas a serem lançados ao
espaço.
Um dos fatores determinantes é o embargo imposto ao Brasil por fabricantes
internacionais de componentes robustos a radiação obedecendo as
determinações do ITAR (International Traffic in Arms Regulation).
Nesse contexto torna-se uma nescessidade a caracterização de componentes
comerciais (COTS - Commercial- off-the-Shelf) que possam ser utilizados com
fins espaciais.
O uso destes componentes está associado aos riscos quanto a sua robustez ao
serem colocados em ambientes sujeitos a radiação espacial.
Agencias espaciais internacionais (JAXA) afirmam que cerca de 60% dos
COTS testados em solo podem ser utilizados por satélites do tipo LEO (órbita
baixa da Terra).

7. Cerceamento Tecnológico.
 Conseqüências:
• Maior custo do projeto;
• Atrasos de cronograma;
• Inviabilidade de aplicações;
• Limitações de uso.

8. Cerceamento Tecnológico.
 Soluções:
• Desenvolvimento interno;
• Desenvolvimento de fornecedores;
• Parcerias.

9. Norma ECSS-Q-ST-20-10C (2010):

10. Sistema Espacial:

11. Metas:
1- Análise dos desafios técnicos para a
aplicação de COTS na área espacial:
ambientais, radiação e configurações da
tecnologia de fabricação.
2- Desenvolvimento de metodologias e
processos para avaliação dos componentes
COTS candidatos ao uso espacial.
3- Desenvolver documentação para o uso de
COTS no Programa Espacial Brasileiro.

12. Especificação Espacial vs. COTS
Especificação Espacial COTS
Prevenção de riscos Gerenciamento de riscos
Testes de peças Controle estatístico de processo
Produção de pequeno volume Produção de grande volume

13. Quem usa COTS:

14. Soluções Propostas COTS.
 Componentes projetados para condições menos
severas;
 Componentes comerciais;
 Qualidade inferior;
 Aplicação em condições ambientais compatíveis;
 Testes p/ qualidade de lote;
 Testes ambientais;
 Testes de radiação: TID, SEE;
 Caracterização funcional.

15. Referências:
 European Cooperation for Space Standarization (ECSS) (2010).
ECSS-Q-ST-20-10C Standard: Off-the-shelf items utilization in
space systems. ESA Requirements and Standards Division.
 Gansler, J. and Lucyshyn, W. (2008). Commercial-Off-TheShelf
(COTS): Doing It Right. University of Maryland.
 Mariño, G.G.C.,Loureiro, G. and Bogossian, O.L. (2015),
Possible benefits of a COTS-based process on a satellite
remote sensing mission based on software industry results.
INPE.
 Vieira, M. A. C., Brick, E. S. (2007), Avaliação do Emprego de
Componentes COTS em Sistemas Digitais Operativos, SPOLM
2007 .
 Pelletier, Francis (1997) – “Military hardware procurement:
Commercial-off-the-shelf (COTS): Pipe Dream or Salvation?”.

16. Obrigado.
© 2019 Marcos AV Silva.
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