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DESEMPENHO TERMICO DE EDIFICAÇÕES
Ser humano e a termorregulação
Yeda Ruiz Maria
Arquiteta e Urbanista
Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional
A energia térmica produzida pelo organismo humano advém de reações químicas internas, sendo a
mais importante a combinação do carbono, introduzido no organism sob a forma de alimentos,
com o oxigênio, extraído do ar pela respiração.
METABOLISMO
20%
80%
calor, que deve ser dissipado
para que o organismo seja
mantido em equilíbrio.
Taxa de metabolismo basal é a quantidade de energia consumida para
manter o corpo em repouso durante 24h (ou seja, as atividades vitais,
ex. respirar, batimentos cardíacos, etc).
O organismo humano experimenta sensação de conforto
térmico quando perde para o ambiente, sem recorrer a nenhum
mecanismo de termo regulação.
Reação ao frio
Quando as condições ambientais proporcionam diminuição do calor
corporal, o organismo reage por meio de seus mecanismos automáticos para
produção de calor — buscando reduzir as perdas.
Reação ao calor
Quando o ambiente proporciona o aumento da temperatura corporal faz-se
necessário mecanismos automáticos de redução de calor
• O s e r humano é um animal
homeotérmico.
• Seu organismo é mantido a uma
temperatura interna, sensivelmente
constante.
• P o d e v a r i a r e n t r e 37°C e
42°C, para sobrevivência.
Catabolismo, anabolismo, fadiga higrotérmica
O organismo humano passa diariamente por uma fase de fadiga — catabolismo — e por uma fase
de repouso — anabolismo. O catabolismo, sob o ponto de vista fisiológico, envolve três tipos de
fadiga:
• Nervosa - particularmente visual e sonora.
• Física - muscular, resultante do trabalho de força (parte do processo normal de metabolismo) ;
• Higrométrica - relativa ao calor ou ao frio (pela existência de condições ambientais desfavoráveis);
1.4 – Reação ao calor
MECANISMOS DE TERMOREGULAÇÃO DO ORGANISMO
HUMANO
Pele - o principal órgão termo regulador
Sendo a pele o principal órgão termorregulador do organismo humano, é através dela
que se realizam as trocas de calor. A temperatura da pele é regulada pelo fluxo
sangüíneo que a percorre — quanto mais intenso o fluxo, mais elevada sua temperatura.
O papel da vestimenta
• A vestimenta, que mantém uma camada, mínima que seja, de ar parado, dificulta as trocas de
calor.
• Reduz, ainda, a sensibilidade do corpo às variações de temperatura e de velocidade do ar. Sua
resistência térmica depende do tipo de tecido, da fibra e do ajuste ao corpo, devendo ser medida
através das trocas secas relativas de quem a usa.
• A vestimenta funciona como isolante térmico — que mantém, junto ao corpo, uma camada de
ar mais aquecido ou menos aquecido, conforme seja mais ou menos isolante, conforme seu
ajuste ao corpo e conforme a porção de corpo que cobre.
• A vestimenta reduz o ganho de calor relativo à radiação solar direta, as perdas em condições de
baixo teor de umidade e o efeito refrigerador do suor.
• Em clima seco, vestimentas adequadas podem manter a umidade advinda do organismo pela
transpiração.
• As condições ambientais capazes de proporcionar sensação de conforto térmico em habitantes de
clima quente e úmido não são as mesmas que proporcionam sensação de conforto em habitantes
de clima quente e seco e, muito menos, em habitantes de regiões de clima temperado ou frio.
Primeiros estudos:
• 1916 – Comissão Americana da Ventilação
• Objetivo: determinar a influência das condições termo-higrométricas no rendimento do
trabalho, visando, principalmente, ao trabalho físico do operário, aos interesses de produção
surgidos com a Revolução Industrial e às situações especiais de guerra, quando as tropas são
deslocadas para regiões de diferentes tipos de clima.
• Para o trabalho físico, o aumento da temperatura ambiente de 20°C para 24°C diminui o rendimento
em 15%;
• A 30°C de temperatura ambiente, com umidade relativa 80%, o rendimento cai 28%.
• EXEMPLO - Observações acerca do rendimento do trabalho em minas, na Inglaterra, mostraram o
seguinte: o mineiro rende 41% menos quando a Temperatura Efetiva é 27°C, com relação ao
rendimento à Temperatura Efetiva de 19°C.
ASPECTOS HISTÓRICOS DOS ÍNDICES DE CONFORTO TÉRMICO
CLASSIFICAÇÃO DOS ÍNDICES DE CONFORTO
Os índices de conforto térmico foram desenvolvidos com base em diferentes aspectos do conforto:
índices biofísicos — que se baseiam nas trocas de calor entre o corpo e o ambiente, correlacionando os
elementos do conforto com as trocas de calor que dão origem a esses elementos;
índices fisiológicos — que se baseiam nas reações fisiológicas originadas por condições conhecidas de
temperatura seca do ar, temperatura radiante média, umidade do ar e velocidade do ar;
índices subjetivos — que se baseiam nas sensações subjetivas de conforto experimentadas em condições
em que os elementos de conforto térmico variam.
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  • 1. DESEMPENHO TERMICO DE EDIFICAÇÕES Ser humano e a termorregulação Yeda Ruiz Maria Arquiteta e Urbanista Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional
  • 2. A energia térmica produzida pelo organismo humano advém de reações químicas internas, sendo a mais importante a combinação do carbono, introduzido no organism sob a forma de alimentos, com o oxigênio, extraído do ar pela respiração. METABOLISMO 20% 80% calor, que deve ser dissipado para que o organismo seja mantido em equilíbrio.
  • 3. Taxa de metabolismo basal é a quantidade de energia consumida para manter o corpo em repouso durante 24h (ou seja, as atividades vitais, ex. respirar, batimentos cardíacos, etc). O organismo humano experimenta sensação de conforto térmico quando perde para o ambiente, sem recorrer a nenhum mecanismo de termo regulação.
  • 4. Reação ao frio Quando as condições ambientais proporcionam diminuição do calor corporal, o organismo reage por meio de seus mecanismos automáticos para produção de calor — buscando reduzir as perdas. Reação ao calor Quando o ambiente proporciona o aumento da temperatura corporal faz-se necessário mecanismos automáticos de redução de calor
  • 5. • O s e r humano é um animal homeotérmico. • Seu organismo é mantido a uma temperatura interna, sensivelmente constante. • P o d e v a r i a r e n t r e 37°C e 42°C, para sobrevivência.
  • 6. Catabolismo, anabolismo, fadiga higrotérmica O organismo humano passa diariamente por uma fase de fadiga — catabolismo — e por uma fase de repouso — anabolismo. O catabolismo, sob o ponto de vista fisiológico, envolve três tipos de fadiga: • Nervosa - particularmente visual e sonora. • Física - muscular, resultante do trabalho de força (parte do processo normal de metabolismo) ; • Higrométrica - relativa ao calor ou ao frio (pela existência de condições ambientais desfavoráveis);
  • 7. 1.4 – Reação ao calor MECANISMOS DE TERMOREGULAÇÃO DO ORGANISMO HUMANO
  • 8. Pele - o principal órgão termo regulador Sendo a pele o principal órgão termorregulador do organismo humano, é através dela que se realizam as trocas de calor. A temperatura da pele é regulada pelo fluxo sangüíneo que a percorre — quanto mais intenso o fluxo, mais elevada sua temperatura.
  • 9. O papel da vestimenta • A vestimenta, que mantém uma camada, mínima que seja, de ar parado, dificulta as trocas de calor. • Reduz, ainda, a sensibilidade do corpo às variações de temperatura e de velocidade do ar. Sua resistência térmica depende do tipo de tecido, da fibra e do ajuste ao corpo, devendo ser medida através das trocas secas relativas de quem a usa. • A vestimenta funciona como isolante térmico — que mantém, junto ao corpo, uma camada de ar mais aquecido ou menos aquecido, conforme seja mais ou menos isolante, conforme seu ajuste ao corpo e conforme a porção de corpo que cobre.
  • 10. • A vestimenta reduz o ganho de calor relativo à radiação solar direta, as perdas em condições de baixo teor de umidade e o efeito refrigerador do suor. • Em clima seco, vestimentas adequadas podem manter a umidade advinda do organismo pela transpiração. • As condições ambientais capazes de proporcionar sensação de conforto térmico em habitantes de clima quente e úmido não são as mesmas que proporcionam sensação de conforto em habitantes de clima quente e seco e, muito menos, em habitantes de regiões de clima temperado ou frio.
  • 11. Primeiros estudos: • 1916 – Comissão Americana da Ventilação • Objetivo: determinar a influência das condições termo-higrométricas no rendimento do trabalho, visando, principalmente, ao trabalho físico do operário, aos interesses de produção surgidos com a Revolução Industrial e às situações especiais de guerra, quando as tropas são deslocadas para regiões de diferentes tipos de clima. • Para o trabalho físico, o aumento da temperatura ambiente de 20°C para 24°C diminui o rendimento em 15%; • A 30°C de temperatura ambiente, com umidade relativa 80%, o rendimento cai 28%. • EXEMPLO - Observações acerca do rendimento do trabalho em minas, na Inglaterra, mostraram o seguinte: o mineiro rende 41% menos quando a Temperatura Efetiva é 27°C, com relação ao rendimento à Temperatura Efetiva de 19°C. ASPECTOS HISTÓRICOS DOS ÍNDICES DE CONFORTO TÉRMICO
  • 12. CLASSIFICAÇÃO DOS ÍNDICES DE CONFORTO Os índices de conforto térmico foram desenvolvidos com base em diferentes aspectos do conforto: índices biofísicos — que se baseiam nas trocas de calor entre o corpo e o ambiente, correlacionando os elementos do conforto com as trocas de calor que dão origem a esses elementos; índices fisiológicos — que se baseiam nas reações fisiológicas originadas por condições conhecidas de temperatura seca do ar, temperatura radiante média, umidade do ar e velocidade do ar; índices subjetivos — que se baseiam nas sensações subjetivas de conforto experimentadas em condições em que os elementos de conforto térmico variam.