O documento discute como o exercício físico pode aliviar os sintomas da depressão. Estudos com ratos mostraram que o exercício aumenta os níveis da enzima PGC-1alpha nos músculos, que ajuda a proteger o cérebro contra os efeitos do estresse e da depressão. Pesquisas adicionais com voluntários humanos confirmaram que o exercício regular aumenta PGC-1alpha e outras substâncias que quebram produtos químicos ligados ao estresse e à depressão no cérebro.

1. 24/12/2014 Como o Exercício Físico Alivia os Sintomas da Depressão
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Como o Exercício Físico Alivia os Sintomas da Depressão
De acordo a uma reportagem publicada no jornal americano “The New
York Times”, fazer exercício físico ajuda a mente contra a depressão
através de efeitos anteriormente desconhecidos a respeito do
treinamento de resistência com os músculos, de acordo com um novo
estudo feito em ratos de laboratório.
As descobertas podem ter amplas implicações para alguém cujos níveis
de estresse ameaçam torná­la uma pessoa depressiva.
Especialistas em saúde mental confirmaram que até o stress moderado
pode contribuir para o desenvolvimento de depressão e outros
transtornos do humor tanto em animais como em pessoas.
Estudos tem concluído que o exercício físico ajudar a prevenir e tratar a depressão. Praticar algum tipo de
exercício torna as pessoas e os animais emocionalmente resilientes.
Ainda não se sabe ao certo como o exercício físico ou a atividade física funciona contra a depressão, mas
um novo estudo realizado no Instituto Karolinska, em Estocolmo pesquisou a fundo o cérebro de ratos.
É claro que pesquisar em ratos, não é a mesma coisa que pesquisar em pessoas. Eles não podem falar se
estão felizes ou tristes, porém os pesquisadores utilizaram certos comportamentos destes animais para
saber se estão depressivos ou não.
Se os animais perdem peso, param de procurar por açúcar quando ele está disponível ou desistem de
tentar escapar de um labirinto com água fria e preferem congelar, eles são categorizados como deprimidos.
E no novo experimento, após cinco semanas de frequente, mas intermitente, exposição ao estresse de
baixo nível, como tomando leves choques, ou presos, os camundongos ficaram deprimidos.
Exercício Físico tem risco de desenvolver depressão?
Os cientistas puderam, então, testar se o exercício físico faz com que o risco de desenvolver a depressão

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diminua ao colocá­los para correr, ou seja, praticar uma atividade física. Mas a verdade é que desde a
pesquisa anterior, eles já sabiam que seria, eles apenas queriam saber como isso acontecia.
Então, eles passaram a estudar os camundongos antes da prática da atividade.
O resultado desta pesquisa, junto com outras pesquisas mostraram que o exercício aeróbico, tanto em
camundongos como em pessoas, aumentam a produção de uma enzima dentro dos músculos chamada
PGC­alpha.
Particularmente, o exercício físico aumenta o nível deste subtipo específico de enzima. Os cientistas de
Karolinska suspeitam que esta enzima cria de alguma maneira condições que faz com que o cérebro se
proteja contra a depressão.
Mas, para saber se a teoria era verdadeira, eles tiveram que isolar esta enzima chamada de PGC­1alpha1
de todas as outras substâncias bombeadas para fora pelos músculos durante e após o exercício.
Então, eles criaram camundongos que, mesmo sem se exercitar, estavam repletos de altos níveis de PGC­
1alpha1. Seus músculos produziram muita quantidade desta enzima, mesmo quando eles estavam
descansando.
Os cientistas expuseram os animais a cinco semanas de estresse leve. Os ratos responderam com leves
sintomas de preocupação.
Eles perderam peso, mas eles não desenvolveram depressão. Continuaram a procurar açúcar e lutaram
para sair do labirinto de água fria. Seus altos níveis de PGC­1alpha1 pareceu torná­los resistentes à
depressão.
Mas os cientistas sabiam que o PGC­1alpha1 certamente não estava protegendo diretamente o cérebro dos
animais. Não é assim que funciona, atuando diretamente sobre as células. Pelo contrário, é o que é
conhecido como um promotor, ou seja o aumento da atividade física nos genes, que por sua vez aumentam
os níveis de proteínas que afetam diversos processos fisiológicos por todo o corpo.
Assim, os cientistas procuraram saber quais os processos estavam aumentando com maior notoriedade em
seus camundongos ricos em PGC­1alpha1.
Eles encontraram um em particular, envolvendo uma substância chamada cinurenina , que se acumula na
corrente sanguínea tantos das pessoas como dos animais após o estresse.
A cinurenina pode passar pela barreira hemato­encefálica e, em estudos animais, demonstrou causar danos
no cérebro, como a inflamação que pode ser que leve a depressão.
Mas nos ratos com níveis elevados de PGC­1alpha1, a cinurenina produzida pelo stress foi substituída
quase que imediatamente por uma outra proteína em resposta a sinais provenientes do PGC­1alpha1.
Esta proteína alterou a cinurenina, quebrando os seus componentes em partes, as quais, de forma
interessante, não puderam passar a barreira do sangue no cérebro.
Por fim, para garantir que esses resultados são relevantes e válidos para as pessoas, os pesquisadores
tiveram por três semanas um grupo de voluntários adultos treinando e se exercitando frequentemente,
que consistia em 40 a 50 minutos de bicicleta moderada ou corrida.
Os cientistas realizaram biópsias musculares antes e depois do programa e descobriram que, ao final das
três semanas, as células musculares dos voluntários continham substancialmente mais PGC­1alpha1 e
mais substância que quebra a cinurenina, em relação ao começo da pesquisa.

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O resultado destas pesquisas, em termos mais simples, é que “você reduz o risco de ter depressão quando
você se exercita”, disse Maria Lindskog, pesquisadora do departamento de neurociência no Instituto
Karolinska e uma das autoras da pesquisa.
Por isso, se exercitar além de fazer muito bem para a aparência física, e ter um corpo em dia, também faz
com que a sua mente se mantenha saudável e longe da depressão.
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