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COMO ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS NAS CIDADES
DO BRASIL
Fernando Alcoforado*
Este artigo tem por objetivo demonstrar que há soluções que podem ser adotadas pelos
governantes do Brasil em todos os níveis (federal, estadual e municipal) para proteger as
cidades brasileiras afetadas por eventos climáticos extremos em consequência do
aquecimento global e da consequente mudança climática global que tende a ser
catastrófica. Há bastante tempo temos publicado artigos através de vários websites e
vídeos através do canal Fernando Alcoforado do YouTube versando sobre o planejamento
das cidades no sentido de torná-las sustentáveis e inteligentes e, sobretudo, para que elas
possam lidar com eventos climáticos extremos com a ocorrência de inundações,
vendavais e aumento do nível do mar. Tem sido recorrente a ocorrência de alagamentos,
enchentes e inundações nas cidades brasileiras. Esses eventos revelam que os poderes
públicos não planejam as cidades brasileiras de forma racional com o uso adequado da
Engenharia, entre outras medidas indispensáveis. Este artigo foi elaborado tomando por
base as conclusões dos artigos que publicamos que estão descritos a seguir:
1. Como preparar as cidades contra eventos climáticos extremos, publicado no dia
09/02/2019, no website <https://www.linkedin.com/pulse/como-preparar-cidades-
contra-eventos-clim%25C3%25A1ticos-fernando-
alcoforado/?trackingId=1CNFzD%2FbTDq3or%2BI2yn%2Beg%3D%3D>.
2. A engenharia como solução para evitar alagamentos, enchentes e inundações nas
cidades, publicado no dia 04/03/2022, no website
<https://www.academia.edu/73034301/A_ENGENHARIA_COMO_SOLU%C3%8
7%C3%83O_PARA_EVITAR_ALAGAMENTOS_ENCHENTES_E_INUNDA%C
3%87%C3%95ES_NAS_CIDADES>.
3. Sustentabilidade na gestão de inundações, publicado no dia 15/10/2022, no website
<https://www.academia.edu/88528085/SUSTENTABILIDADE_NA_GEST%C3%8
3O_DE_INUNDA%C3%87%C3%95ES>.
4. Como o governo do Brasil poderá tornar as cidades brasileiras sustentáveis e
inteligentes, publicado no dia 04/03/2023, no website
<https://pt.linkedin.com/pulse/como-o-governo-do-brasil-poder%C3%A1-tornar-
cidades-e-
alcoforado#:~:text=Para%20alcan%C3%A7ar%20a%20condi%C3%A7%C3%A3o
%20de,adequada%20e%20a%20reciclagem%20de>.
Os diversos artigos que publicamos abordando o tema inundações nas cidades
contribuíram para que eu fosse convidado pelo Professor Saeid Eslamian para escrever o
Capítulo 2 (Sustainability in Flood Management) do Flood Handbook- Impacts and
Management (Manual de Inundações - Impactos e Gestão) de 547 páginas elaborado sob
a coordenação dos Professores Saeid Eslamian e Faezeh Eslamian e publicado pela
Editora CRC PRESS (Boca Raton, Londres e Nova York).
Em todos estes artigos que publicamos enfatizamos que os eventos climáticos extremos
que se repetem nas várias cidades do Brasil revelam a incompetência e irresponsabilidade
dos poderes públicos ao não planejarem as cidades brasileiras para fazerem frente às
inundações. No mundo, as inundações são responsáveis pela morte de quase o dobro do
número de pessoas do que tornados e furacões juntos. Um impacto importante resultante
da inundação repentina é o deslizamento de terra. No Brasil, deslizamentos de terra
provocadas por chuvas acontecem em todo o território nacional e são mais comuns
2
durante os meses de verão. No Brasil, 5,7% de seu território apresenta risco muito elevado
para esse tipo de movimento de massa. As regiões Sul e Sudeste concentram o maior
número de áreas de alto risco de deslizamentos. Uma das áreas mais afetadas é a região
serrana do Rio de Janeiro. Isso se deve ao fato desta estação do ano ser a mais chuvosa
no País, com precipitações recorrentes e intensas em diversas regiões. Além das causas
naturais associadas a esse fenômeno, a urbanização desordenada e sem planejamento
potencializou a sua ocorrência com as construções realizadas nas encostas de morros e
serras, lugares já altamente suscetíveis aos movimentos de massa. Nesse processo, a
população de baixa renda, que não dispõe de meios suficientes para comprar ou alugar
uma casa nas áreas centrais da cidade, se desloca para as áreas periféricas e zonas de
maior risco, como as encostas de morros. Lá são fixadas residências, comércios e outros
estabelecimentos, o que adiciona peso ao solo. Soma-se a isso a retirada da cobertura
vegetal para a abertura de áreas para construção, o que causa a remoção da proteção
natural do solo contra o impacto direto da água da chuva.
Além dos riscos de deslizamentos, temos, no Brasil, o risco de rompimento de barragens.
Das 24 mil barragens do Brasil, apenas 780 passaram por fiscalização, segundo a Agência
Nacional de Águas (ANA) com base em dados de 2017. O Brasil tem 156 barragens em
condição crítica espalhadas pelo país segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). No
Brasil, existem 780 barragens de rejeitos de mineração como a de Brumadinho (MG) que
foi o acidente mais letal já registrado pelo setor de mineração no Brasil, com 241 vítimas
fatais. Em 5 de novembro de 2015, a barragem de rejeitos no distrito de Bento Rodrigues,
em Mariana, MG despejou de 50 a 60 milhões de metros cúbicos de lama equivalente ao
volume do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, que tem 48 milhões de metros cúbicos. Em
Salvador, quase metade da população vive em áreas com risco de desabamento e
alagamento, diz o IBGE. SalvadorlideraorankingdoNordestecomomaiornúmerodepessoas
vivendo em áreas com risco de desabamento e alagamento. A capital baiana ocupa o 3º lugar
no ranking de todo o país. A ocupação desordenada na cidade é considerada como uma
das causas dos desastres que já provocaram muitas mortes. Segundo a Defesa Civil de
Salvador (Codesal), Salvador tem 400 áreas de risco e, nestes locais, são mais de mil
pontos de perigo. Além desses problemas, a população de Salvador sofre com falta de
infraestrutura de escoamento da água que contribui para a ocorrência de alagamentos.
Salvador não apresenta um sistema de escoamento eficiente da água. Há falta de
investimento público na infraestrutura urbana de Salvador. Para fazer frente a eventos
climáticos extremos nas cidades do Brasil, é preciso que seja realizado o controle de
inundações. O controle de inundação diz respeito a todos os métodos usados para reduzir
ou impedir os efeitos prejudiciais da ação das águas.
As medidas de prevenção e correção para minimizar os danos causados pelas inundações
são classificadas, de acordo com sua natureza, em medidas estruturais e não estruturais.
As medidas estruturais correspondem aos trabalhos que podem ser implementados com a
execução de obras de engenharia visando a correção e / ou prevenção de problemas
decorrentes de inundações. Medidas não estruturais são aquelas que buscam prevenir e /
ou reduzir os danos e consequências das inundações, não por meio da execução de obras
de engenharia, mas pela introdução de normas, regulamentos e programas que visam, por
exemplo, disciplinar o uso e ocupação do solo das cidades, implementação de sistemas
de alerta e conscientização da população. Medidas não estruturais podem ser eficazes a
custos menores e horizontes mais longos, bem como buscar disciplinar a ocupação
territorial, o comportamento das pessoas e as atividades econômicas. Ao delimitar áreas
sujeitas à inundação dependendo do risco, é possível estabelecer um zoneamento e os
respectivos regulamentos para a construção, ou para possíveis obras de proteção
3
individual (como a instalação de comportas, portas estanques e outras) a serem incluídas
em edifícios existentes. Da mesma forma, algumas áreas podem ser desapropriadas para
serem usadas como praças, parques, estacionamentos e outros usos. As medidas não
estruturais, como os sistemas de alerta, podem reduzir os danos esperados a curto prazo,
com pequenos investimentos. Trata-se de um falso dilema escolher entre medidas
estruturais e não estruturais para lidar com inundações. Devemos optar pelas duas
medidas. Medidas não estruturais devem ser tomadas em conjunto com medidas
estruturais como cautela contra o fracasso deste último em fazê-lo.
As obras de engenharia que podem prevenir e mitigar os efeitos das inundações nas
cidades são as seguintes: 1) Construção de grandes piscinas (piscinões) que são grandes
tanques de água subterrânea para armazenar as águas; 2) Colocação obrigatória de pisos
de drenagem permeáveis em pátios enormes de estacionamentos em shoppings,
supermercados e cinemas, para permitir a infiltração de água em parte do solo, sendo feito
a mesma ação para monumentos e espaços em torno de edifícios; 3) Uso de drenos e
calhas em volta de todas as casas para desviar a água da chuva para um reservatório ou
área de disposição; 4) Manutenção, sempre que possível, de algumas áreas verdes para
que a água seja absorvida pelo solo; 5) Retificação de rios e córregos, construção de
represas e canais em grandes rios que estendem suas bacias de contenção; 6)
Monitoramento meteorológico do clima da cidade para identificar a ocorrência de eventos
extremos; e, 7) Implementação de um sistema de defesa civil que deve ser capaz de pelo
menos alertar com sirenes as pessoas e ter um esquema para removê-las das casas em
tempo com alguns pertences e acomodá-los. Cuidar para evitar inundações em áreas
urbanas consiste em: 1) manter ruas e calçadas sempre limpas; 2) limpar e desentupir
bueiros e drenagem de águas pluviais; 3) manter os canais de chuva livres de galhos e
folhas de árvores para evitar o entupimento e, consequentemente, o retorno da água; 4)
colocar sacos de lixo nas calçadas apenas próximo do momento em que o caminhão de
coleta de lixo chegar, evitando que sejam puxados para dentro do bueiro quando chover;
5) ter uma bomba de drenagem à mão se a inundação não puder ser evitada; e 6) usar
tecnologia holandesa e britânica à prova de inundação como uma casa anfíbia flutuante
que permite que ela flutue da mesma forma que um barco.
O aquecimento global e a consequente mudança climática global, que tende a se agravar,
estão contribuindo para a ocorrência de chuvas intensas e de inundações em todo o
planeta. Devido ao aquecimento global, a atmosfera retém mais umidade, o que significa
que, quando as nuvens de chuva se tornam densas, mais água é liberada. Até o fim do
século XXI, tempestades de grande magnitude serão mais frequentes, segundo estudo
publicado pelo periódico Geophysical Research Letters, usando simulações de
computador. As inundações que devastaram algumas cidades do oeste e do sul da
Alemanha, Henan na China e Londres na Inglaterra em 2020 demonstram a
vulnerabilidade de áreas altamente populosas do mundo a enchentes catastróficas.
As enchentes catastróficas que varreram a Europa e a China são um alerta de que represas,
diques e sistemas de drenagem mais fortes são tão urgentes quanto medidas de prevenção
em longo prazo contra as mudanças climáticas porque eventos climáticos que já foram
raros estão cada vez mais comuns. Cortes drásticos em emissões de gases do efeito estufa
são certamente necessários para combater a mudança climática que, no entanto, não
resfriarão o planeta a curto e médio prazo. Enquanto o clima da Terra não se estabilizar,
os governantes de cada país precisarão preparar seus países e suas cidades para
enfrentarem eventos extremos no clima. Em muitos países, os rios propensos a
inundações são cuidadosamente gerenciados. Defesas como diques, reservatórios e
represas são usadas para impedir que os rios transbordem.
4
É imprescindível que os governos do Brasil em todos os seus níveis (federal, estadual e
municipal) preparem planos de contingência para evacuarem as populações que possam
ser atingidas em consequência de alagamentos, enchentes e inundações minimizando,
desta forma, as mortes e os prejuízos delas decorrentes. Compete aos governos federal e
estadual fiscalizarem e monitorarem as barragens e adotar medidas que impeçam o seu
rompimento. Pode-se afirmar que os prejuízos e o elevado número de mortos nas
tragédias recentes que atingiram várias cidades e regiões do Brasil e do mundo tem muito
a ver com a inação das autoridades antes e durante as inundações. O poder público só
atuou depois da tragédia o que não deixa de ser um fato lamentável. Prevenção é a
palavra-chave quando o assunto é alagamento, enchente e inundação. Grande parte dos
recursos deveria ser destinada à prevenção e não para a cobertura de prejuízos como
ocorre atualmente. Gasta-se muito menos com a prevenção de alagamentos, enchentes e
inundações do que com a reconstrução de edificações e infraestruturas. A prefeitura
municipal tem um papel fundamental no sentido de evitar alagamentos, enchentes e
inundações nas cidades. Para tanto, deve elaborar um plano diretor de desenvolvimento
municipal que contemple, entre outras medidas, a adoção de soluções para minimizar ou
eliminar os riscos enfrentados pela população, a identificação sistemática de áreas de risco
a fim de estabelecer regras de assentamento da população. Pela Constituição Federal, esse
plano é obrigatório para municípios com mais de 20 mil habitantes. Além disso, deve
fiscalizar as áreas de risco, evitando o assentamento perigoso, aplicar multas, quando o
morador não atender às recomendações, elaborar plano de evacuação com sistema de
alarme e indicar as áreas que são seguras para construção, com base no zoneamento. Todo
morador deve ser informado do que e como fazer para não ser atingido pelas enchentes.
Três órgãos são essenciais nas ações de prevenção a enchentes em um município: 1) o
órgão municipal de defesa civil que é responsável pela execução, coordenação e
mobilização de todas as ações de defesa civil no município cuja principal atribuição é
conhecer e identificar os riscos de desastres no município, preparando a população para
enfrentá-los com a elaboração de planos específicos; 2) o órgão responsável pelo serviço
de meteorologia responsável por informar a previsão do clima da cidade e/ou região; e,
3) os núcleos comunitários de defesa civil, que são pessoas que trabalham de forma
voluntária nas atividades de defesa civil, para colaborar com o órgão da defesa civil
visando a participação da comunidade preparando-a para dar pronta resposta aos
desastres. Cabe ao prefeito determinar a criação do órgão da defesa civil.
Para lidar com os eventos climáticos extremos, as cidades devem se tornar inteligentes e
sustentáveis. O que caracteriza uma cidade inteligente e sustentável? É a cidade ser gerida
racionalmente com o apoio da população com o uso da tecnologia da informação, que
assegura o direito da população à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à
infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para a
atual e futuras gerações e que assegura o direito da população a decidir sobre o destino
de sua cidade. Transformar uma cidade em cidade inteligente significa usar a tecnologia
da informação para facilitar a gestão da cidade com a colaboração da população e contar
com sua participação nas tomadas de decisão. O futuro das cidades e de suas populações
depende, portanto, do que seja realizado no sentido de adotar um novo modelo de gestão
com o uso da tecnologia da informação, promover a melhoria da qualidade de vida para
toda a população, promover o desenvolvimento sustentável da cidade e promover a
democratização das decisões do governo com a participação de toda a população. A
sustentabilidade é um termo utilizado para definir as ações e atividades humanas que
buscam atender às necessidades presentes dos seres humanos sem comprometer o futuro
5
das próximas gerações. No caso das inundações, a sustentabilidade é obtida em sua gestão
quando o meio ambiente atingido por elas é preservado para uso das gerações atuais e
futuras com a adoção de medidas de prevenção e precaução contra sua ocorrência. A
sustentabilidade é obtida na gestão de enchentes com a elaboração de planos de
prevenção, precaução e gestão de riscos, além da intensificação da fiscalização. Para lidar
com os riscos de inundação é essencial que medidas de prevenção e precaução sejam
adotadas para evitar eventos catastróficos. A Avaliação Preliminar de Impacto Ambiental
de Inundações é um importante instrumento para a formulação de planos de defesa civil,
pois é utilizado para avaliar, prever e prevenir maiores danos econômicos e sociais
decorrentes de inundações. Cabe observar que as medidas preventivas ou de precaução
deveriam fundamentar as políticas de gestão de risco e, sobretudo, devem estar presentes
nas propostas e ações da defesa civil no enfrentamento às inundações.
* Fernando Alcoforado, 84, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema
CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento
Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário
(Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento
empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-
Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de
Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da
Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos
livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem
Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os
condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de
Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento
(Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos
Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic
and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft &
Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e
Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e
combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os
Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia
no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba,
2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV,
Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua
convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro
para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua
sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da
história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022),
de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022) e How to
protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis
Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023).

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  • 1. 1 COMO ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS NAS CIDADES DO BRASIL Fernando Alcoforado* Este artigo tem por objetivo demonstrar que há soluções que podem ser adotadas pelos governantes do Brasil em todos os níveis (federal, estadual e municipal) para proteger as cidades brasileiras afetadas por eventos climáticos extremos em consequência do aquecimento global e da consequente mudança climática global que tende a ser catastrófica. Há bastante tempo temos publicado artigos através de vários websites e vídeos através do canal Fernando Alcoforado do YouTube versando sobre o planejamento das cidades no sentido de torná-las sustentáveis e inteligentes e, sobretudo, para que elas possam lidar com eventos climáticos extremos com a ocorrência de inundações, vendavais e aumento do nível do mar. Tem sido recorrente a ocorrência de alagamentos, enchentes e inundações nas cidades brasileiras. Esses eventos revelam que os poderes públicos não planejam as cidades brasileiras de forma racional com o uso adequado da Engenharia, entre outras medidas indispensáveis. Este artigo foi elaborado tomando por base as conclusões dos artigos que publicamos que estão descritos a seguir: 1. Como preparar as cidades contra eventos climáticos extremos, publicado no dia 09/02/2019, no website <https://www.linkedin.com/pulse/como-preparar-cidades- contra-eventos-clim%25C3%25A1ticos-fernando- alcoforado/?trackingId=1CNFzD%2FbTDq3or%2BI2yn%2Beg%3D%3D>. 2. A engenharia como solução para evitar alagamentos, enchentes e inundações nas cidades, publicado no dia 04/03/2022, no website <https://www.academia.edu/73034301/A_ENGENHARIA_COMO_SOLU%C3%8 7%C3%83O_PARA_EVITAR_ALAGAMENTOS_ENCHENTES_E_INUNDA%C 3%87%C3%95ES_NAS_CIDADES>. 3. Sustentabilidade na gestão de inundações, publicado no dia 15/10/2022, no website <https://www.academia.edu/88528085/SUSTENTABILIDADE_NA_GEST%C3%8 3O_DE_INUNDA%C3%87%C3%95ES>. 4. Como o governo do Brasil poderá tornar as cidades brasileiras sustentáveis e inteligentes, publicado no dia 04/03/2023, no website <https://pt.linkedin.com/pulse/como-o-governo-do-brasil-poder%C3%A1-tornar- cidades-e- alcoforado#:~:text=Para%20alcan%C3%A7ar%20a%20condi%C3%A7%C3%A3o %20de,adequada%20e%20a%20reciclagem%20de>. Os diversos artigos que publicamos abordando o tema inundações nas cidades contribuíram para que eu fosse convidado pelo Professor Saeid Eslamian para escrever o Capítulo 2 (Sustainability in Flood Management) do Flood Handbook- Impacts and Management (Manual de Inundações - Impactos e Gestão) de 547 páginas elaborado sob a coordenação dos Professores Saeid Eslamian e Faezeh Eslamian e publicado pela Editora CRC PRESS (Boca Raton, Londres e Nova York). Em todos estes artigos que publicamos enfatizamos que os eventos climáticos extremos que se repetem nas várias cidades do Brasil revelam a incompetência e irresponsabilidade dos poderes públicos ao não planejarem as cidades brasileiras para fazerem frente às inundações. No mundo, as inundações são responsáveis pela morte de quase o dobro do número de pessoas do que tornados e furacões juntos. Um impacto importante resultante da inundação repentina é o deslizamento de terra. No Brasil, deslizamentos de terra provocadas por chuvas acontecem em todo o território nacional e são mais comuns
  • 2. 2 durante os meses de verão. No Brasil, 5,7% de seu território apresenta risco muito elevado para esse tipo de movimento de massa. As regiões Sul e Sudeste concentram o maior número de áreas de alto risco de deslizamentos. Uma das áreas mais afetadas é a região serrana do Rio de Janeiro. Isso se deve ao fato desta estação do ano ser a mais chuvosa no País, com precipitações recorrentes e intensas em diversas regiões. Além das causas naturais associadas a esse fenômeno, a urbanização desordenada e sem planejamento potencializou a sua ocorrência com as construções realizadas nas encostas de morros e serras, lugares já altamente suscetíveis aos movimentos de massa. Nesse processo, a população de baixa renda, que não dispõe de meios suficientes para comprar ou alugar uma casa nas áreas centrais da cidade, se desloca para as áreas periféricas e zonas de maior risco, como as encostas de morros. Lá são fixadas residências, comércios e outros estabelecimentos, o que adiciona peso ao solo. Soma-se a isso a retirada da cobertura vegetal para a abertura de áreas para construção, o que causa a remoção da proteção natural do solo contra o impacto direto da água da chuva. Além dos riscos de deslizamentos, temos, no Brasil, o risco de rompimento de barragens. Das 24 mil barragens do Brasil, apenas 780 passaram por fiscalização, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA) com base em dados de 2017. O Brasil tem 156 barragens em condição crítica espalhadas pelo país segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). No Brasil, existem 780 barragens de rejeitos de mineração como a de Brumadinho (MG) que foi o acidente mais letal já registrado pelo setor de mineração no Brasil, com 241 vítimas fatais. Em 5 de novembro de 2015, a barragem de rejeitos no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, MG despejou de 50 a 60 milhões de metros cúbicos de lama equivalente ao volume do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, que tem 48 milhões de metros cúbicos. Em Salvador, quase metade da população vive em áreas com risco de desabamento e alagamento, diz o IBGE. SalvadorlideraorankingdoNordestecomomaiornúmerodepessoas vivendo em áreas com risco de desabamento e alagamento. A capital baiana ocupa o 3º lugar no ranking de todo o país. A ocupação desordenada na cidade é considerada como uma das causas dos desastres que já provocaram muitas mortes. Segundo a Defesa Civil de Salvador (Codesal), Salvador tem 400 áreas de risco e, nestes locais, são mais de mil pontos de perigo. Além desses problemas, a população de Salvador sofre com falta de infraestrutura de escoamento da água que contribui para a ocorrência de alagamentos. Salvador não apresenta um sistema de escoamento eficiente da água. Há falta de investimento público na infraestrutura urbana de Salvador. Para fazer frente a eventos climáticos extremos nas cidades do Brasil, é preciso que seja realizado o controle de inundações. O controle de inundação diz respeito a todos os métodos usados para reduzir ou impedir os efeitos prejudiciais da ação das águas. As medidas de prevenção e correção para minimizar os danos causados pelas inundações são classificadas, de acordo com sua natureza, em medidas estruturais e não estruturais. As medidas estruturais correspondem aos trabalhos que podem ser implementados com a execução de obras de engenharia visando a correção e / ou prevenção de problemas decorrentes de inundações. Medidas não estruturais são aquelas que buscam prevenir e / ou reduzir os danos e consequências das inundações, não por meio da execução de obras de engenharia, mas pela introdução de normas, regulamentos e programas que visam, por exemplo, disciplinar o uso e ocupação do solo das cidades, implementação de sistemas de alerta e conscientização da população. Medidas não estruturais podem ser eficazes a custos menores e horizontes mais longos, bem como buscar disciplinar a ocupação territorial, o comportamento das pessoas e as atividades econômicas. Ao delimitar áreas sujeitas à inundação dependendo do risco, é possível estabelecer um zoneamento e os respectivos regulamentos para a construção, ou para possíveis obras de proteção
  • 3. 3 individual (como a instalação de comportas, portas estanques e outras) a serem incluídas em edifícios existentes. Da mesma forma, algumas áreas podem ser desapropriadas para serem usadas como praças, parques, estacionamentos e outros usos. As medidas não estruturais, como os sistemas de alerta, podem reduzir os danos esperados a curto prazo, com pequenos investimentos. Trata-se de um falso dilema escolher entre medidas estruturais e não estruturais para lidar com inundações. Devemos optar pelas duas medidas. Medidas não estruturais devem ser tomadas em conjunto com medidas estruturais como cautela contra o fracasso deste último em fazê-lo. As obras de engenharia que podem prevenir e mitigar os efeitos das inundações nas cidades são as seguintes: 1) Construção de grandes piscinas (piscinões) que são grandes tanques de água subterrânea para armazenar as águas; 2) Colocação obrigatória de pisos de drenagem permeáveis em pátios enormes de estacionamentos em shoppings, supermercados e cinemas, para permitir a infiltração de água em parte do solo, sendo feito a mesma ação para monumentos e espaços em torno de edifícios; 3) Uso de drenos e calhas em volta de todas as casas para desviar a água da chuva para um reservatório ou área de disposição; 4) Manutenção, sempre que possível, de algumas áreas verdes para que a água seja absorvida pelo solo; 5) Retificação de rios e córregos, construção de represas e canais em grandes rios que estendem suas bacias de contenção; 6) Monitoramento meteorológico do clima da cidade para identificar a ocorrência de eventos extremos; e, 7) Implementação de um sistema de defesa civil que deve ser capaz de pelo menos alertar com sirenes as pessoas e ter um esquema para removê-las das casas em tempo com alguns pertences e acomodá-los. Cuidar para evitar inundações em áreas urbanas consiste em: 1) manter ruas e calçadas sempre limpas; 2) limpar e desentupir bueiros e drenagem de águas pluviais; 3) manter os canais de chuva livres de galhos e folhas de árvores para evitar o entupimento e, consequentemente, o retorno da água; 4) colocar sacos de lixo nas calçadas apenas próximo do momento em que o caminhão de coleta de lixo chegar, evitando que sejam puxados para dentro do bueiro quando chover; 5) ter uma bomba de drenagem à mão se a inundação não puder ser evitada; e 6) usar tecnologia holandesa e britânica à prova de inundação como uma casa anfíbia flutuante que permite que ela flutue da mesma forma que um barco. O aquecimento global e a consequente mudança climática global, que tende a se agravar, estão contribuindo para a ocorrência de chuvas intensas e de inundações em todo o planeta. Devido ao aquecimento global, a atmosfera retém mais umidade, o que significa que, quando as nuvens de chuva se tornam densas, mais água é liberada. Até o fim do século XXI, tempestades de grande magnitude serão mais frequentes, segundo estudo publicado pelo periódico Geophysical Research Letters, usando simulações de computador. As inundações que devastaram algumas cidades do oeste e do sul da Alemanha, Henan na China e Londres na Inglaterra em 2020 demonstram a vulnerabilidade de áreas altamente populosas do mundo a enchentes catastróficas. As enchentes catastróficas que varreram a Europa e a China são um alerta de que represas, diques e sistemas de drenagem mais fortes são tão urgentes quanto medidas de prevenção em longo prazo contra as mudanças climáticas porque eventos climáticos que já foram raros estão cada vez mais comuns. Cortes drásticos em emissões de gases do efeito estufa são certamente necessários para combater a mudança climática que, no entanto, não resfriarão o planeta a curto e médio prazo. Enquanto o clima da Terra não se estabilizar, os governantes de cada país precisarão preparar seus países e suas cidades para enfrentarem eventos extremos no clima. Em muitos países, os rios propensos a inundações são cuidadosamente gerenciados. Defesas como diques, reservatórios e represas são usadas para impedir que os rios transbordem.
  • 4. 4 É imprescindível que os governos do Brasil em todos os seus níveis (federal, estadual e municipal) preparem planos de contingência para evacuarem as populações que possam ser atingidas em consequência de alagamentos, enchentes e inundações minimizando, desta forma, as mortes e os prejuízos delas decorrentes. Compete aos governos federal e estadual fiscalizarem e monitorarem as barragens e adotar medidas que impeçam o seu rompimento. Pode-se afirmar que os prejuízos e o elevado número de mortos nas tragédias recentes que atingiram várias cidades e regiões do Brasil e do mundo tem muito a ver com a inação das autoridades antes e durante as inundações. O poder público só atuou depois da tragédia o que não deixa de ser um fato lamentável. Prevenção é a palavra-chave quando o assunto é alagamento, enchente e inundação. Grande parte dos recursos deveria ser destinada à prevenção e não para a cobertura de prejuízos como ocorre atualmente. Gasta-se muito menos com a prevenção de alagamentos, enchentes e inundações do que com a reconstrução de edificações e infraestruturas. A prefeitura municipal tem um papel fundamental no sentido de evitar alagamentos, enchentes e inundações nas cidades. Para tanto, deve elaborar um plano diretor de desenvolvimento municipal que contemple, entre outras medidas, a adoção de soluções para minimizar ou eliminar os riscos enfrentados pela população, a identificação sistemática de áreas de risco a fim de estabelecer regras de assentamento da população. Pela Constituição Federal, esse plano é obrigatório para municípios com mais de 20 mil habitantes. Além disso, deve fiscalizar as áreas de risco, evitando o assentamento perigoso, aplicar multas, quando o morador não atender às recomendações, elaborar plano de evacuação com sistema de alarme e indicar as áreas que são seguras para construção, com base no zoneamento. Todo morador deve ser informado do que e como fazer para não ser atingido pelas enchentes. Três órgãos são essenciais nas ações de prevenção a enchentes em um município: 1) o órgão municipal de defesa civil que é responsável pela execução, coordenação e mobilização de todas as ações de defesa civil no município cuja principal atribuição é conhecer e identificar os riscos de desastres no município, preparando a população para enfrentá-los com a elaboração de planos específicos; 2) o órgão responsável pelo serviço de meteorologia responsável por informar a previsão do clima da cidade e/ou região; e, 3) os núcleos comunitários de defesa civil, que são pessoas que trabalham de forma voluntária nas atividades de defesa civil, para colaborar com o órgão da defesa civil visando a participação da comunidade preparando-a para dar pronta resposta aos desastres. Cabe ao prefeito determinar a criação do órgão da defesa civil. Para lidar com os eventos climáticos extremos, as cidades devem se tornar inteligentes e sustentáveis. O que caracteriza uma cidade inteligente e sustentável? É a cidade ser gerida racionalmente com o apoio da população com o uso da tecnologia da informação, que assegura o direito da população à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para a atual e futuras gerações e que assegura o direito da população a decidir sobre o destino de sua cidade. Transformar uma cidade em cidade inteligente significa usar a tecnologia da informação para facilitar a gestão da cidade com a colaboração da população e contar com sua participação nas tomadas de decisão. O futuro das cidades e de suas populações depende, portanto, do que seja realizado no sentido de adotar um novo modelo de gestão com o uso da tecnologia da informação, promover a melhoria da qualidade de vida para toda a população, promover o desenvolvimento sustentável da cidade e promover a democratização das decisões do governo com a participação de toda a população. A sustentabilidade é um termo utilizado para definir as ações e atividades humanas que buscam atender às necessidades presentes dos seres humanos sem comprometer o futuro
  • 5. 5 das próximas gerações. No caso das inundações, a sustentabilidade é obtida em sua gestão quando o meio ambiente atingido por elas é preservado para uso das gerações atuais e futuras com a adoção de medidas de prevenção e precaução contra sua ocorrência. A sustentabilidade é obtida na gestão de enchentes com a elaboração de planos de prevenção, precaução e gestão de riscos, além da intensificação da fiscalização. Para lidar com os riscos de inundação é essencial que medidas de prevenção e precaução sejam adotadas para evitar eventos catastróficos. A Avaliação Preliminar de Impacto Ambiental de Inundações é um importante instrumento para a formulação de planos de defesa civil, pois é utilizado para avaliar, prever e prevenir maiores danos econômicos e sociais decorrentes de inundações. Cabe observar que as medidas preventivas ou de precaução deveriam fundamentar as políticas de gestão de risco e, sobretudo, devem estar presentes nas propostas e ações da defesa civil no enfrentamento às inundações. * Fernando Alcoforado, 84, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice- Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022) e How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023).