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A Relação rural-urbano
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XI
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
Disciplina: Geografia Urbana
Profª. Maria da Paz Rodrigues
Estudantes: Eliel Oliveira Soares e Eric Santos
Conceito de cidade no Brasil
• Como no Brasil é considerado cidade toda
sede de município e área urbanizada como
“toda área de vila ou de cidade, legalmente
definida como urbana e caracterizada por
construções, arruamentos e intensa
ocupação humana” desconsiderando as
“funções peculiares dos diferentes
aglomerados” o urbano passa ser “definido a
partir de carências e não de suas próprias
características” (MARQUES, 2002, p. 97).
Populações inferiores a
2.000 hab.
Consideradas cidades.
Na realidade seriam
aldeias, povoados e
vilas.
Superestimação de
nosso grau de
urbanização
(MARQUES, 2002, p. 97-8).
Definição de rural
• Comumente o rural é definido juntamente
com o urbano com base em características a
partir das quais eles se diferenciam.
Definições oficiais – critérios
Discriminação
a partir de um
determinado
patamar
populacional
A
predominância
da atividade
agrícola
Delimitação
político-
administrativa.
(MARQUES, 2002, p. 99).
• Para SPOSITO,(2006, p. 116) a cidade é
“marcada pela concentração (...), é espaço
propício à realização de atividades que
requerem encontro, proximidade ou
possibilidade de comunicação,
especialização e complementaridade de
papéis e funções. O campo, marcado mais
pela extensão e dispersão, atende técnica e
economicamente ao desempenho de outras
atividades.
• Para LEFEBVRE, “o espaço urbano é o
território onde se desdobra a modernidade e a
cotidianeidade no mundo moderno”
(MARQUES, 2002, p. 106) enquanto que o
campo seria “onde a natureza prevalece, a
agricultura e outras atividades a modificam,
mas não lhe retiram sua prioridade
“geográfica”. Apesar de não ser exterior à
natureza, o espaço urbano é mais
propriamente produzido” (Lefebvre, 1986, p.
162 apud MARQUES, 2002, p. 106).
• Em o Direito à Cidade o autor ainda classifica
o campo como sendo “um lugar de produção
e de obras. A produção agrícola faz nascer
produtos; a paisagem é uma obra. Esta obra
emerge de uma terra lentamente modelada,
originariamente ligada aos grupos que a
ocupam através de uma recíproca
sacralização que é a seguir profanada pela
cidade e pela vida urbana” (LEFEBVRE,
2001, p. 73).
A relação rural-urbano
• Espaço Rural e Urbano “não podem ser
compreendidos separadamente”.
• Além, “O espaço rural tem passado recentemente
por um conjunto de mudanças com significativo
impacto sobre suas funções e conteúdo social”
(MARQUES, 2002, p. 96). Mudanças que estão
profundamente relacionado aos aspectos urbanos
que são introjetados (absorvidos) pelo espaço
rural, numa lógica puramente capitalista de
consumo e produção em massa e de
transformação dos objetos e formas em
mercadoria.
Países desenvolvidos – cada
vez mais valorizados “ e,
deixando de refletir as
grandes diferenças que os
mesmos se apresentavam
frente ao espaço urbano, fator
que determinou a associação
do espaço rural ao tradicional
e o urbano ao moderno”
Países em desenvolvimento
– diferenciação
socioeconômica maior e,
consequentemente, menor
valorização.
As alterações ocorrem desde a década de 1970,
principalmente nos países desenvolvidos.
MATOS, MEDEIROS, 2011, p. 1-2
Projeto de desenvolvimento rural
brasileiro
Objetivo
expansão e
consolidação do
agronegócio
Resultados
aumento da
produtividade e
divisas para o país
via exportação
Implicações
custos sociais e
ambientais
crescentes
(MARQUES, 2002, p. 96).
No Brasil muitas das mudanças estão
atreladas ao projeto de
desenvolvimento rural adotado pelo
país.
Urbanização
do campo
Desenvolvimento do
capitalismo e a
“industrialização” da
agricultura.
Proliferação
de atividades
não-
agrícolas no
campo
o turismo, comércio e
prestação de serviços
Significado
alterado,
contudo
natureza
distinta do
urbano
“Enquanto a dinâmica urbana
praticamente independe de
relações com a terra, tanto do
ponto de vista econômico, como
social e espacial, o rural está
diretamente associado à terra,
embora as formas como estas
relações se dão sejam diversas e
complexas” (Alentejano, [s. d.], p.
7 apud, Marques, 2002, p. 99).
(MARQUES, 2002, p. 99).
• Porém para BAGLI (2006, p. 82) as
transformações ocorridas no campo apesar de
apontarem para um homogeneização dos
espaços, a “intensificação das relações se
estabelecem justamente pela manutenção das
peculiaridades. Os espaços ampliam suas inter-
relações, por que as diferenças existentes em
cada uma deles favorecem a busca pelo outro
como tentativa de suprimir possíveis ausências”.
• “A oposição „urbanidade-ruralidade‟ se acentua
em lugar de desaparecer, enquanto a oposição
cidade-campo se atenua”. (LEFEBVRE, 2001, p.
75).
Valorização do espaço rural
associada à natureza
Urbanização Industrialização
Fim dos
resquícios da
natureza
Os citadinos vêm o rural como a fuga do estresse, e tentam
desfrutar das amenidades do espaço rural, refletindo-se
numa maior procura do espaço rural para a construção de uma
segunda residência (ou ainda para a sua fixação definitiva) ou
mesmo para a prática do turismo. MATOS, MEDEIROS, 2011, p.
1-2
A relação rural-urbano
• LEFEBVRE (2001, p. 74) afirma que a
relação cidade-campo na atualidade se
transforma e no “países industriais, a
velha exploração do campo circundante
pela cidade, centro de acumulação do
capital, cede lugar a formas mais sutis de
dominação e de exploração, tomando-se a
cidade um centro de decisão e
aparentemente de associação”.
Divisão
territorial do
trabalho
Divisão
técnica ou
econômica do
trabalho
A separação e contradição cidade-campo faz parte da divisão
do trabalho social que não está nem superada nem dominada
(LEFEBVRE, 2001, p. 75)
(SPOSITO, 2006, P. 116)
Relação Rural-urbano na história
• No principio da historia humana não existindo
o urbano imperava uma forma de
organização espacial semelhante ao “rural
profundo” onde homem e natureza conviviam
em equilíbrio, havendo a completa
inexistência de urbanização numa sociedade
que poderia ser denominada como “tribal”
(Lefebvre, 1999 apud Matos, Medeiros, 2011,
p. 3); (Queiroz, 1978 apud Matos, Medeiros,
2011, p. 3); (Matos, Medeiros, 2011, p. 1-2).
Evolução das
técnicas
Maior domínio
sobre a natureza
menor preocupação
com a subsistência
Surgimento de uma nova
organização espacial –
desligamento da forma
tradicional de ocupação e
relação com a natureza,
surgindo as primeiras
cidades.
“diálogo entre a
tradicional e a
recente”
Primeiras relações
entre o campo e a
cidade
(Matos, Medeiros, 2011, p. 3).
Relação Rural-urbano na história
• As cidades ainda dependiam da produção do
campo;
• Sociedades Agrárias (Queiroz, 1978 apud Matos,
Medeiros, 2011, p. 3) - coexistência entre o campo
e a cidade;
• O campo domina a cidade (demográfica e
economicamente), embora a cidade organize e
seja o seu centro administrativo. (Idem, ibidem,
p. 3);
• As cidades arcaicas eram sobretudo cidades
políticas (Marques, 2002, p. 105);
• A cidade aparece como consumidora e o campo
como o lugar da produção por excelência
(Queiroz, 1972 apud Marques, 2002, p. 105).
FAZIO, Michael; MOFFETT, Marian; WODEHOUSE, Lawrence. A História da Arquitetura
Mundial. McGraw Hill Brasil, 2011.
http://4.bp.blogspot.com/-xB_oDO3dllc/T0tr7z1103I/AAAAAAAAAC8/uDO8v3ptZRM/s1600/%C3%A7atal.jpg
revolução industrial
industrialização associa-
se à urbanização
Êxodo rural
transição para as
“sociedades urbanas”
inflexão nas relações
entre o campo e a cidade
A cidade passa a dominar
demográfica
economicamente e
deixando para o segundo
plano o campo
(Matos, Medeiros, 2011, p. 3-4)
Relação Rural-urbano na história
A industrialização invade os espaços rurais
que antes eram considerados atrasados e o
rural tradicional passa a dar lugar a um rural
moderno devido a necessidade de implantar
o sistema capitalista. A indústria se associa
a agricultura e a pecuária, e a produção e
difusão de novas tecnologias voltadas para
a produção no campo vão promovendo
mudanças socioespaciais no meio rural.
Relação Rural-urbano na história
O rural passa a estar mais próximo do urbano sem
que haja perdas das particularidades, das
características distintivas destes, mas havendo a
criação de dois pólos (rural e urbano) com
características particulares (MATOS, MEDEIROS,
2011, p. 5; MARQUES, 2002, p. 100). Toda via o
processo de modernização do campo foi seletivo,
não se dando em todos os lugares, havendo assim a
coexistência de um rural moderno em áreas de
industria agrícola mais desenvolvidas e um rural
tradicional que pode ser profundo ou marginalizado
(MATOS, MEDEIROS, 2011, p. 5) em áreas onde
esse desenvolvimento é menor.
Segundo Matos e Medeiros ocorre uma valorização
do Rural que se inicia no final dos séc. XX onde o
campo passa a ser visto como oportunidade de fuga
da vida estressante das cidades porém para os
autores o campo que vem sendo valorizado para
esse fim não é o “rural moderno” mais vinculado
com a agroindústria e a lógica capitalista de
produção, mas com o rural tradicional que ainda
conserva algum equilíbrio entre as atividades
humanas desenvolvidas e a exploração da natureza.
Valoriza-o por medo de perder esse patrimônio que
tende a ser absorvido pela urbanização e pela lógica
capitalista.
Grupo social de referência (a
família camponesa com
modos de vida, valores e
comportamentos próprios)
Função principal (produção
de alimentos)
Tipo de paisagem (equilíbrio
entre as características
naturais e o tipo de
atividades humanas
desenvolvidas)
Atividade econômica
dominante (agricultura)
A valorização do rural e
a invenção de um novo
rural rompe com a
antiga caraterização
do Rural
(MATOS, MEDEIROS, 2011, p. 6)
No cenário
Atual
Na função
(não sendo
necessariame
nte a
produção de
alimentos)
Rompimento
Na atividade
econômica
dominante
(podendo não
ser a
agricultura)
(MATOS, MEDEIROS, 2011, p. 6)
• Para Ferrão (2000, p. 5 apud MATOS, MEDEIROS, 2011,
p. 7), “a valorização da dimensão não agrícola do mundo
rural é socialmente construída a partir da ideia de
patrimônio”. Que para tal existe três tendências que
convergem num mesmo sentido:
Renaturalização
Autenticidade
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da paisagem
• Proteção da natureza
• conservação como via
para valorizar memórias e
identidades capazes de
enfrentar as tendências
uniformizadoras da
globalização
• valorização do turismo e
do lazer
• MATOS, Elmer Agostinho Carlos de;
MEDEIROS, Rosa Maria Vieira. A Relação
Campo-Cidade e as “Novas”
Ruralidades. Para Onde!?, Porto Alegre,
v. 5, n. 1, 2011.
• MARQUES, Marta Inez Medeiros. O
conceito de espaço rural em questão.
Terra livre, v. 19, p. 95-112, 2002.
• LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São
Paulo: Centauro, 2001.
• SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão;
WHITACKER, A. M. A questão cidade-
campo: perspectivas a partir da
cidade. Cidade e campo: relações e
contradições entre urbano e rural. São
Paulo: Expressão Popular, p. 111-130,
2006.
• BAGLI, Priscila. Rural e urbano: harmonia
e conflito na cadência da
contradição. SPOSITO, Maria Encarnação
Beltrão; WHITACKER, Arthur Magon
(organizadores). Cidade e campo:
relações e contradições entre urbano e
rural, v. 1, p. 81-109, 2006.

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Campo cidade

  • 1. A Relação rural-urbano UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XI LICENCIATURA EM GEOGRAFIA Disciplina: Geografia Urbana Profª. Maria da Paz Rodrigues Estudantes: Eliel Oliveira Soares e Eric Santos
  • 2. Conceito de cidade no Brasil • Como no Brasil é considerado cidade toda sede de município e área urbanizada como “toda área de vila ou de cidade, legalmente definida como urbana e caracterizada por construções, arruamentos e intensa ocupação humana” desconsiderando as “funções peculiares dos diferentes aglomerados” o urbano passa ser “definido a partir de carências e não de suas próprias características” (MARQUES, 2002, p. 97).
  • 3. Populações inferiores a 2.000 hab. Consideradas cidades. Na realidade seriam aldeias, povoados e vilas. Superestimação de nosso grau de urbanização (MARQUES, 2002, p. 97-8).
  • 4. Definição de rural • Comumente o rural é definido juntamente com o urbano com base em características a partir das quais eles se diferenciam. Definições oficiais – critérios Discriminação a partir de um determinado patamar populacional A predominância da atividade agrícola Delimitação político- administrativa. (MARQUES, 2002, p. 99).
  • 5. • Para SPOSITO,(2006, p. 116) a cidade é “marcada pela concentração (...), é espaço propício à realização de atividades que requerem encontro, proximidade ou possibilidade de comunicação, especialização e complementaridade de papéis e funções. O campo, marcado mais pela extensão e dispersão, atende técnica e economicamente ao desempenho de outras atividades.
  • 6. • Para LEFEBVRE, “o espaço urbano é o território onde se desdobra a modernidade e a cotidianeidade no mundo moderno” (MARQUES, 2002, p. 106) enquanto que o campo seria “onde a natureza prevalece, a agricultura e outras atividades a modificam, mas não lhe retiram sua prioridade “geográfica”. Apesar de não ser exterior à natureza, o espaço urbano é mais propriamente produzido” (Lefebvre, 1986, p. 162 apud MARQUES, 2002, p. 106).
  • 7. • Em o Direito à Cidade o autor ainda classifica o campo como sendo “um lugar de produção e de obras. A produção agrícola faz nascer produtos; a paisagem é uma obra. Esta obra emerge de uma terra lentamente modelada, originariamente ligada aos grupos que a ocupam através de uma recíproca sacralização que é a seguir profanada pela cidade e pela vida urbana” (LEFEBVRE, 2001, p. 73).
  • 8. A relação rural-urbano • Espaço Rural e Urbano “não podem ser compreendidos separadamente”. • Além, “O espaço rural tem passado recentemente por um conjunto de mudanças com significativo impacto sobre suas funções e conteúdo social” (MARQUES, 2002, p. 96). Mudanças que estão profundamente relacionado aos aspectos urbanos que são introjetados (absorvidos) pelo espaço rural, numa lógica puramente capitalista de consumo e produção em massa e de transformação dos objetos e formas em mercadoria.
  • 9. Países desenvolvidos – cada vez mais valorizados “ e, deixando de refletir as grandes diferenças que os mesmos se apresentavam frente ao espaço urbano, fator que determinou a associação do espaço rural ao tradicional e o urbano ao moderno” Países em desenvolvimento – diferenciação socioeconômica maior e, consequentemente, menor valorização. As alterações ocorrem desde a década de 1970, principalmente nos países desenvolvidos. MATOS, MEDEIROS, 2011, p. 1-2
  • 10. Projeto de desenvolvimento rural brasileiro Objetivo expansão e consolidação do agronegócio Resultados aumento da produtividade e divisas para o país via exportação Implicações custos sociais e ambientais crescentes (MARQUES, 2002, p. 96). No Brasil muitas das mudanças estão atreladas ao projeto de desenvolvimento rural adotado pelo país.
  • 11. Urbanização do campo Desenvolvimento do capitalismo e a “industrialização” da agricultura. Proliferação de atividades não- agrícolas no campo o turismo, comércio e prestação de serviços Significado alterado, contudo natureza distinta do urbano “Enquanto a dinâmica urbana praticamente independe de relações com a terra, tanto do ponto de vista econômico, como social e espacial, o rural está diretamente associado à terra, embora as formas como estas relações se dão sejam diversas e complexas” (Alentejano, [s. d.], p. 7 apud, Marques, 2002, p. 99). (MARQUES, 2002, p. 99).
  • 12. • Porém para BAGLI (2006, p. 82) as transformações ocorridas no campo apesar de apontarem para um homogeneização dos espaços, a “intensificação das relações se estabelecem justamente pela manutenção das peculiaridades. Os espaços ampliam suas inter- relações, por que as diferenças existentes em cada uma deles favorecem a busca pelo outro como tentativa de suprimir possíveis ausências”. • “A oposição „urbanidade-ruralidade‟ se acentua em lugar de desaparecer, enquanto a oposição cidade-campo se atenua”. (LEFEBVRE, 2001, p. 75).
  • 13. Valorização do espaço rural associada à natureza Urbanização Industrialização Fim dos resquícios da natureza Os citadinos vêm o rural como a fuga do estresse, e tentam desfrutar das amenidades do espaço rural, refletindo-se numa maior procura do espaço rural para a construção de uma segunda residência (ou ainda para a sua fixação definitiva) ou mesmo para a prática do turismo. MATOS, MEDEIROS, 2011, p. 1-2
  • 14. A relação rural-urbano • LEFEBVRE (2001, p. 74) afirma que a relação cidade-campo na atualidade se transforma e no “países industriais, a velha exploração do campo circundante pela cidade, centro de acumulação do capital, cede lugar a formas mais sutis de dominação e de exploração, tomando-se a cidade um centro de decisão e aparentemente de associação”.
  • 15. Divisão territorial do trabalho Divisão técnica ou econômica do trabalho A separação e contradição cidade-campo faz parte da divisão do trabalho social que não está nem superada nem dominada (LEFEBVRE, 2001, p. 75) (SPOSITO, 2006, P. 116)
  • 16. Relação Rural-urbano na história • No principio da historia humana não existindo o urbano imperava uma forma de organização espacial semelhante ao “rural profundo” onde homem e natureza conviviam em equilíbrio, havendo a completa inexistência de urbanização numa sociedade que poderia ser denominada como “tribal” (Lefebvre, 1999 apud Matos, Medeiros, 2011, p. 3); (Queiroz, 1978 apud Matos, Medeiros, 2011, p. 3); (Matos, Medeiros, 2011, p. 1-2).
  • 17. Evolução das técnicas Maior domínio sobre a natureza menor preocupação com a subsistência Surgimento de uma nova organização espacial – desligamento da forma tradicional de ocupação e relação com a natureza, surgindo as primeiras cidades. “diálogo entre a tradicional e a recente” Primeiras relações entre o campo e a cidade (Matos, Medeiros, 2011, p. 3).
  • 18. Relação Rural-urbano na história • As cidades ainda dependiam da produção do campo; • Sociedades Agrárias (Queiroz, 1978 apud Matos, Medeiros, 2011, p. 3) - coexistência entre o campo e a cidade; • O campo domina a cidade (demográfica e economicamente), embora a cidade organize e seja o seu centro administrativo. (Idem, ibidem, p. 3); • As cidades arcaicas eram sobretudo cidades políticas (Marques, 2002, p. 105); • A cidade aparece como consumidora e o campo como o lugar da produção por excelência (Queiroz, 1972 apud Marques, 2002, p. 105).
  • 19. FAZIO, Michael; MOFFETT, Marian; WODEHOUSE, Lawrence. A História da Arquitetura Mundial. McGraw Hill Brasil, 2011.
  • 21. revolução industrial industrialização associa- se à urbanização Êxodo rural transição para as “sociedades urbanas” inflexão nas relações entre o campo e a cidade A cidade passa a dominar demográfica economicamente e deixando para o segundo plano o campo (Matos, Medeiros, 2011, p. 3-4)
  • 22. Relação Rural-urbano na história A industrialização invade os espaços rurais que antes eram considerados atrasados e o rural tradicional passa a dar lugar a um rural moderno devido a necessidade de implantar o sistema capitalista. A indústria se associa a agricultura e a pecuária, e a produção e difusão de novas tecnologias voltadas para a produção no campo vão promovendo mudanças socioespaciais no meio rural.
  • 23. Relação Rural-urbano na história O rural passa a estar mais próximo do urbano sem que haja perdas das particularidades, das características distintivas destes, mas havendo a criação de dois pólos (rural e urbano) com características particulares (MATOS, MEDEIROS, 2011, p. 5; MARQUES, 2002, p. 100). Toda via o processo de modernização do campo foi seletivo, não se dando em todos os lugares, havendo assim a coexistência de um rural moderno em áreas de industria agrícola mais desenvolvidas e um rural tradicional que pode ser profundo ou marginalizado (MATOS, MEDEIROS, 2011, p. 5) em áreas onde esse desenvolvimento é menor.
  • 24. Segundo Matos e Medeiros ocorre uma valorização do Rural que se inicia no final dos séc. XX onde o campo passa a ser visto como oportunidade de fuga da vida estressante das cidades porém para os autores o campo que vem sendo valorizado para esse fim não é o “rural moderno” mais vinculado com a agroindústria e a lógica capitalista de produção, mas com o rural tradicional que ainda conserva algum equilíbrio entre as atividades humanas desenvolvidas e a exploração da natureza. Valoriza-o por medo de perder esse patrimônio que tende a ser absorvido pela urbanização e pela lógica capitalista.
  • 25. Grupo social de referência (a família camponesa com modos de vida, valores e comportamentos próprios) Função principal (produção de alimentos) Tipo de paisagem (equilíbrio entre as características naturais e o tipo de atividades humanas desenvolvidas) Atividade econômica dominante (agricultura) A valorização do rural e a invenção de um novo rural rompe com a antiga caraterização do Rural (MATOS, MEDEIROS, 2011, p. 6)
  • 26. No cenário Atual Na função (não sendo necessariame nte a produção de alimentos) Rompimento Na atividade econômica dominante (podendo não ser a agricultura) (MATOS, MEDEIROS, 2011, p. 6)
  • 27. • Para Ferrão (2000, p. 5 apud MATOS, MEDEIROS, 2011, p. 7), “a valorização da dimensão não agrícola do mundo rural é socialmente construída a partir da ideia de patrimônio”. Que para tal existe três tendências que convergem num mesmo sentido: Renaturalização Autenticidade Mercantilização da paisagem • Proteção da natureza • conservação como via para valorizar memórias e identidades capazes de enfrentar as tendências uniformizadoras da globalização • valorização do turismo e do lazer
  • 28. • MATOS, Elmer Agostinho Carlos de; MEDEIROS, Rosa Maria Vieira. A Relação Campo-Cidade e as “Novas” Ruralidades. Para Onde!?, Porto Alegre, v. 5, n. 1, 2011. • MARQUES, Marta Inez Medeiros. O conceito de espaço rural em questão. Terra livre, v. 19, p. 95-112, 2002.
  • 29. • LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001. • SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão; WHITACKER, A. M. A questão cidade- campo: perspectivas a partir da cidade. Cidade e campo: relações e contradições entre urbano e rural. São Paulo: Expressão Popular, p. 111-130, 2006.
  • 30. • BAGLI, Priscila. Rural e urbano: harmonia e conflito na cadência da contradição. SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão; WHITACKER, Arthur Magon (organizadores). Cidade e campo: relações e contradições entre urbano e rural, v. 1, p. 81-109, 2006.