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A Revolução Pernambucana de 1817 – Biografias dos participantes
Padre João Ribeiro
Nascido em 1766, no distrito de Tracunhaém, João Ribeiro Pessoa de Melo
Montenegro, fazia parte de uma família distinta, porém muito pobre. Seguiu a carreira religiosa
e graças ao seu talento para desenho, tornou-se auxiliar do monsenhor Arruda Câmara. Arruda
Câmara acompanhou a Revolução Francesa de perto e passou a compactuar com seus ideais
libertários, algo que acabou por influenciar o jovem padre que o acompanhava em suas
expedições. João Ribeiro visitou Portugal, associando-se a Academia Real de Ciências de
Lisboa. Ao voltar ao Brasil, tornou-se professor de desenho no Seminário de Olinda. Foi
também administrador do Hospital do Paraíso, onde fundou a “Academia do Paraíso”.
De acordo com o comerciante Louis Tollenare, de quem ficou amigo, o padre João era
“um homem pobre, mas bastante filósofo para desprezar a riqueza”, e “ninguém na Europa
imaginaria haver aqui alguém tão sábio”. Tonellare, no entanto, o achava bondoso demais,
julgando faltar a ele os macetes necessários para fazer parte da política. Nos seus escritos, o
francês profetizou que o padre “se sacrificaria pela sua pátria, mas seria incapaz de salvá-la”.
Durante o período de triunfo da Revolução Pernambucana, foi criada uma espécie de
governo provisório que contaria com cinco representantes, equivalendo ao setor militar, de
comércio, agricultura, jurisdição e religioso (este que foi representado por João Ribeiro). Foram
os religiosos que tomaram a frente da administração pública, já que a maior parte da população
era feita de analfabetos, e com ajuda de representantes da igreja como padre Miguelinho e Frei
Caneca, João pôde trazer avanços significativos como o preparo de um projeto de constituição,
a criação da primeira polícia brasileira, o encerramento do monopólio dos mascates
portugueses no comércio de alimentos, entre outros. Também criaram para a república uma
bandeira azul e branca com um sol, um arco-íris, uma cruz e três estrelas que representavam
Pernambuco, a Paraíba e o Rio Grande do Norte.
Com o encerramento da Revolução, no entanto, o Padre João Ribeiro teve um fim triste
e memorável: Para não se entregar, se pendurou na lâmpada da capela e se enforcou. Mesmo
depois de morto, o padre não foi perdoado, tendo seu corpo desenterrado e esquartejado, sua
cabeça sendo exposta na Praça do Comércio.
Referências:
PERNAMBUCO, HISTÓRIA & PERSONAGENS. Padre João Ribeiro, um brasileiro
exemplar.
Disponível:<http://blogs.diariodepernambuco.com.br/historiape/index.php/2016/07/18/padre-
joao-ribeiro-um-brasileiro-exemplar/>. Acesso em 26 de Setembro de 2017.
BALBINO, Marcela. GUEDES, Diogo. Os personagens que fizeram a Revolução de 1817.
Disponível em: <http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/noticia/2017/03/05/os-
personagens-que-fizeram-a-revolucao-de-1817-272971.php>. Acesso em 25 de Setembro de
2017.

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Biografia padre joão ribeiro

  • 1. A Revolução Pernambucana de 1817 – Biografias dos participantes Padre João Ribeiro Nascido em 1766, no distrito de Tracunhaém, João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro, fazia parte de uma família distinta, porém muito pobre. Seguiu a carreira religiosa e graças ao seu talento para desenho, tornou-se auxiliar do monsenhor Arruda Câmara. Arruda Câmara acompanhou a Revolução Francesa de perto e passou a compactuar com seus ideais libertários, algo que acabou por influenciar o jovem padre que o acompanhava em suas expedições. João Ribeiro visitou Portugal, associando-se a Academia Real de Ciências de Lisboa. Ao voltar ao Brasil, tornou-se professor de desenho no Seminário de Olinda. Foi também administrador do Hospital do Paraíso, onde fundou a “Academia do Paraíso”. De acordo com o comerciante Louis Tollenare, de quem ficou amigo, o padre João era “um homem pobre, mas bastante filósofo para desprezar a riqueza”, e “ninguém na Europa imaginaria haver aqui alguém tão sábio”. Tonellare, no entanto, o achava bondoso demais, julgando faltar a ele os macetes necessários para fazer parte da política. Nos seus escritos, o francês profetizou que o padre “se sacrificaria pela sua pátria, mas seria incapaz de salvá-la”. Durante o período de triunfo da Revolução Pernambucana, foi criada uma espécie de governo provisório que contaria com cinco representantes, equivalendo ao setor militar, de comércio, agricultura, jurisdição e religioso (este que foi representado por João Ribeiro). Foram os religiosos que tomaram a frente da administração pública, já que a maior parte da população era feita de analfabetos, e com ajuda de representantes da igreja como padre Miguelinho e Frei Caneca, João pôde trazer avanços significativos como o preparo de um projeto de constituição, a criação da primeira polícia brasileira, o encerramento do monopólio dos mascates portugueses no comércio de alimentos, entre outros. Também criaram para a república uma bandeira azul e branca com um sol, um arco-íris, uma cruz e três estrelas que representavam Pernambuco, a Paraíba e o Rio Grande do Norte. Com o encerramento da Revolução, no entanto, o Padre João Ribeiro teve um fim triste e memorável: Para não se entregar, se pendurou na lâmpada da capela e se enforcou. Mesmo depois de morto, o padre não foi perdoado, tendo seu corpo desenterrado e esquartejado, sua cabeça sendo exposta na Praça do Comércio. Referências: PERNAMBUCO, HISTÓRIA & PERSONAGENS. Padre João Ribeiro, um brasileiro exemplar. Disponível:<http://blogs.diariodepernambuco.com.br/historiape/index.php/2016/07/18/padre- joao-ribeiro-um-brasileiro-exemplar/>. Acesso em 26 de Setembro de 2017. BALBINO, Marcela. GUEDES, Diogo. Os personagens que fizeram a Revolução de 1817. Disponível em: <http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/noticia/2017/03/05/os- personagens-que-fizeram-a-revolucao-de-1817-272971.php>. Acesso em 25 de Setembro de 2017.