"Salvador, Bahia, mais conhecida como “terra de todos os santos”, uma das cidades mais antigas do país que traz consigo riqueza histórica, cultural e religiosa. Uma cidade acolhedora, que expõe sua alegria no Carnaval ao som dos tambores do Olodum, que tem na bagagem uma tradição simbólica de origem africana, que nada mais é que as fitas coloridas do Senhor do Bonfim. Cada canto tem uma história, cada sorriso tem um canto. É aqui também uma das cidades de população mais negra do país. No entanto, Salvador dispensa rótulos, vai muito além do que a mídia apresenta para o mundo à fora. E é pensando nesse contexto que nosso trabalho tem como principal objetivo mostrar a diversidade que aqui existe, a beleza por trás de cada sorriso. Escolhemos o centro histórico, o Pelourinho, que é bastante importante na identidade baiana por trazer marcas características da história do Brasil e claro, da Bahia. A proposta do ensaio é mostrar a realidade, a naturalidade, por isso, as fotos foram feitas sem maiores produções, mostrando exatamente o que o Pelourinho tem de mais bonito para mostrar. E claro, os modelos foram escolhidos absolutamente para transmitir os traços característicos da Bahia."

1. CULTURA

2. Beleza
BAIANA
S
alvador, Bahia, mais
conhecida como “ter-
ra de todos os santos”,
uma das cidades mais
antigas do país que
traz consigo riqueza histórica,
cultural e religiosa. Uma cidade
acolhedora, que expõe sua ale-
gria no Carnaval ao som do tam-
bores do Olodum, que tem na
bagagem uma tradição simbóli-
ca de origem africana, que nada
mais é que as fitas coloridas do
Senhor do Bonfim. Cada canto
tem uma história, cada sorriso
tem um canto. É aqui também
uma das cidades de população
mais negra do país.
No entanto, Salvador dispen-
sa rótulos, vai muito além do que
a mídia apresenta para o mundo
à fora. E é pensando nesse con-
texto que nosso trabalho tem
como principal objetivo mostrar
a diversidade que aqui existe, a
beleza por trás de cada sorriso.
Escolhemos o centro histórico,
o Pelourinho, que é bastante
importante na identidade baiana
por trazer marcas características
da história do Brasil e claro, da
Bahia.
A proposta do ensaio é mos-
trar a realidade, a naturalidade,
por isso, as fotos foram feitas
sem maiores produções, mos-
trando exatamente o que o Pe-
lourinho tem de mais bonito
para mostrar. E claro, os mode-
los foram escolhidos absoluta-
mente para transmitir os traços
característicos da Bahia.
Axé pra você!
Axé, palavra de origem africana
iorubana, possui vários signifi-
cados, dentre eles: “energia”.
E é com essa energia que os
modelos Jean Oliveira e Ingrid
Souto mostraram carisma, bele-
za e o que de fato o baiano tem
de sobra, alegria.
O projeto

3. Você sabia?
Na culinária a bele-
za se destaca pelo pratos típicos
com temperos fortes a base de
azeite de dendê, leite de coco,
gengibre e pimenta. O acarajé e
o abará, por exemplo, são pratos
de origem africana geralmente
comercializados por mulheres
conhecidas como “baianas de
acarajé”, e podemos encontra-
-las devidamente caracterizadas
por diversos pontos da cidade.
E por conta dessa tradição, di-
zem por aí que se uma baiana
perguntar se a pessoa quer um
acarajé quente ou frio, é melhor
pensar duas vezes antes de dizer
que quer quente. Dependendo
da quantidade de pimenta que
ela for colocar juntando com a
quentura do acarajé, realmente
esquenta.
Na literatura, quem
se destaca com louvor é Jor-
ge Amado, um grande autor de
obras mundialmente reconheci-
das e que fez da Bahia cenário
de várias dessas obras. Além
dele, temos Gregório de Matos,
João Ubaldo Ribeiro e Myrian
Fraga, que também são autores
que deixam qualquer baiano
com muito orgulho de pertencer
a essa terra.
E quando falamos
em música, Salvador se
torna o palco do maior carna-
val do Brasil. Disputando ain-
da com Olinda, Pernambuco.
Aqui, durante o mês de feve-
reiro, acontece a maior festa de
rua que reúne todo tipo de gente

4. “Baiano sou
eu, é você,
somos nós,
uma voz, um
tambor”.
Raiz de todo bem,
Saulo Fernandes.
de diversos lugares do Brasil e
do mundo. Não difere cor, nem
classe social. E há blocos para
todo tipo de gosto também. A
beleza se encontra na mistura
do povo, no sorriso por trás do
suor, na energia que contagia.
E, claro, na passagem dos trios
elétricos que são palcos de vá-
rios artistas consagrados como
Ivete Sangalo, Claudia Leitte,
Saulo Fernandes, entre outros.
Não podemos esquecer de Cae-
tano Veloso e Gilberto Gil, que
não “puxam” blocos, mas que
são grandes contribuintes para a
música baiana.