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Bacia do Paraná
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Nota: Se procura Bacia hidrográfica do Rio Paraná, consulte Bacia do rio Paraná.




Área de ocorrência da Bacia do Paraná.

A Bacia do Paraná é uma ampla bacia sedimentar situada na porção centro-leste da
América do Sul, principalmente no Brasil. Sua ocorrência abrange o nordeste da
Argentina, o centro-sul do Brasil, desde o estado do Mato Grosso até o estado do Rio
Grande do Sul, a porção leste do Paraguai e o norte do Uruguai. É uma depressão
ovalada com o eixo maior quase norte-sul sendo sua área de cerca de 1,5 milhões de
km2[1][2].

Desenvolveu-se durante parte das eras Paleozóica e Mesozóica e seu registro sedimentar
compreende rochas depositadas do Ordoviciano ao Cretáceo, abrangendo um intervalo
de tempo entre 460 e 65 milhões de anos. Sua espessura máxima é de mais de 7000m na
sua porção central e é constituída por rochas sedimentares e ígneas.[1]

A Bacia do Paraná é uma típica bacia flexural de interior cratônico embora durante o
Paleozóico fosse um golfo aberto para sudoeste para o então Oceano Panthalassa. A
gênese da bacia está ligada à relação de convergência entre a margem sudoeste do
antigo supercontinente Gondwana, formado pelos atuais continentes América do Sul,
África, Antártida e Austrália, além da Índia e a litosfera oceânica do Panthalassa,
classificando a bacia, pelo menos no Paleozóico, como do tipo antepais das orogenias
Gondwanides[1][3][4].

O Rio Paraná corre aproximadamente no seu eixo central sendo que sua bacia
hidrográfica está quase que inteiramente contida na bacia sedimentar.

Índice
[esconder]

   •   1 Estudos pioneiros
           o 1.1 A Bacia do Paraná e a teoria da deriva continental
                    1.1.1 Mesosaurus Brasiliensis
                    1.1.2 Flora Glossopteris
   •   2 Estratigrafia
   •   3 Bens minerais
           o 3.1 Água subterrânea
           o 3.2 Potencial petrolífero
                    3.2.1 Rochas geradoras
           o 3.3 Folhelhos betuminosos
           o 3.4 Carvão
           o 3.5 Urânio
           o 3.6 Diamantes do rio Tibagi
   •   4 Sítios geoturísticos
           o 4.1 Sítios Geomorfológicos
           o 4.2 Sítios Paleoambientais
           o 4.3 Sítios Paleontológicos

   •   5 Referências

   [editar] Estudos pioneiros
Os primeiros estudos realizados na Bacia do Paraná datam de 1841, quando a presença
de “carvão de pedra” foi constatada por técnicos e cientistas brasileiros e estrangeiros
em missão do Governo Imperial Brasileiro. Um grande marco para o conhecimento da
geologia da Bacia foi o Relatório White, publicado em 1908, pelo geólogo Israel
Charles White, chefe da Comissão de Estudos das Minas de Carvão de Pedra do Brasil,
cujo objetivo era identificar a potencialidade dos carvões brasileiros. As denominações
introduzidas por ele para a designação das unidades geológicas da Bacia do Paraná
ficaram consagradas, tendo sido pouco modificadas na sua concepção ao longo dos
tempos, sendo considerado o “marco zero” na sistematização estratigráfica da mesma.

Por outro lado, o trabalho de White documenta um precioso conteúdo científico no
campo da Paleontologia: o reconhecimento da ocorrência de restos fósseis de
Mesosaurus brasiliensis em estratos permianos do “Schisto preto de Iraty”. Mais
importante ainda, White correlacionou e propôs a equivalência das diversas unidades
estratigráficas e conteúdo fossilífero da Bacia do Paraná com a Bacia do Karoo, na
África do Sul, bem como com a região de Gondwana, na Índia, e citou como "grande
probabilidade da hypothese que admitte que os continentes meridionaes, devem ter
estado unidos, durante os periodos Permiano e Triássico, por grande porção de terras,
agora submersas, a que Suess denominou "Terra Gondwana"[5].

[editar] A Bacia do Paraná e a teoria da deriva continental




Distribuição geográfica dos fósseis gondwânicos (clique para ampliar e ver mais
detalhes)

Como antevisto no parágrafo anterior, a Bacia do Paraná teve um papel importante no
desenvolvimento da teoria da deriva continental, do geólogo e meteorologista alemão
Alfred Wegener, e que culminou, em 1915, com a publicação de sua obra clássica: A
Origem dos Continentes e Oceanos (Die Entstehung der Kontinente und Ozeane), que
afirmava que os continentes, hoje separados por oceanos, estiveram juntos numa única
massa de terra, por ele denominado de Pangaea (do grego “toda a Terra”), do
Carbonífero superior, a cerca de 300 milhões de anos, ao Jurássico superior, a cerca de
150 milhões de anos, quando a Laurásia (atuais América do Norte e Eurásia) separou-se
do Gondwana, que depois também dividiu-se, já no Cretáceo inferior[6].

Durante o século XIX e início do século XX, foram encontrados e identificados
inúmeros fósseis na Bacia do Paraná, tanto de animais que viveram em ambiente
terrestre ou marinho raso quanto de vegetais continentais, e que também foram
encontrados nos outros continentes do hemisfério sul, além da Índia, como por exemplo,
e principalmente, os répteis mesossaurídeos e a flora Glossopteris.

Dois geólogos, trabalhando nos dois lados do Atlântico sul, tiveram grande contribuição
na defesa da deriva continental na primeira metade do século XX, além de serem dos
primeiros defensores das teorias de Wegener e que publicaram diversos trabalhos
referentes ao assunto. Um foi geólogo sul-africano Alexander Du Toit[7][8] e o outro foi o
geólogo alemão, radicado em Curitiba, Paraná, Reinhard Maack que além de sua tese de
doutorado sobre o tema, defendida na Universidade de Bonn, publicou inúmeros
trabalhos sobre o assunto, tendo sido inclusive premiado pela UNESCO, órgão da ONU,
pela sua defesa da Deriva Continental[9][10].

[editar] Mesosaurus Brasiliensis

          Ver artigo principal: Mesosaurus brasiliensis




Esqueleto do Mesosaurus Brasiliensis. Desenho original de Mac Gregor, 1908.

O Mesosaurus brasiliensis era um réptil pequeno, com corpo esguio e longa cauda,
medindo cerca de um metro quando adulto. Foi descrito e catalogado pelo paleontólogo
John Mac Gregor em 1908, estudando fósseis encontrados nos folhelhos da Formação
Irati e coletados por White próximos à estação de Irati, no estado do Paraná[11]. Esses
répteis apareceram há cerca de 290 milhões de anos, no Carbonífero, tendo seu auge
ocorrido no Permiano. Alguns fósseis indicam que os últimos remanescentes dessa
linhagem sobreviveram até o início do Triássico, há cerca de 230 milhões de anos. O
primeiro exemplar de mesossaurídeo foi encontrado no sul da África e descrito por Paul
Gervais em 1864, que o denominou de Mesosaurus tenuidens. A ocorrência de uma
mesma espécie de pequeno réptil nos dois lados do Atlântico foi logo visto por diversos
geólogos e paleontólogos, como um dos mais fortes argumentos da teoria da deriva
continental.

[editar] Flora Glossopteris

          Ver artigo principal: Glossopteris

É considerado um fóssil guia mundial para as sequências godwânicas. Esta flora é o
principal conteúdo fossilífero dos carvões permianos encontrados no sul do Brasil e
Uruguai. O primeiro trabalho a registrar a ocorrência de horizontes megaflorísticos
associados às camadas de carvão dentro de um enfoque paleogeográfico e
paleoclimático, na Bacia do Paraná, foi o estudo realizado por White em 1908. Isto
permitiu uma extensa correlação intra-gondwânica entre os depósitos de carvões
permianos do sul do Brasil e aqueles registrados na Bacia do Karoo, África do Sul, na
Austrália, Índia e Antártida, mostrando inclusive que esta última já esteve em
paleolatitudes menos próximas do pólo sul do que atualmente, permitindo a ocorrência
de uma extensa flora[12][13].

O termo original para designar o supercontinente que haveria ao sul, Gondwanaland, foi
cunhado pelo geólogo inglês Eduard Suess em 1861, em referência à região de
Gondwana, na Índia, onde esta flora foi encontrada pela primeira vez.

[editar] Estratigrafia
Carta Estratigráfica simplificada da Bacia do Paraná.

A coluna sedimentar da Bacia do Paraná foi subdividida por Milani, em 1997[14], em seis
unidades alostratigráficas de segunda ordem ou superseqüências, no senso de Vail et. al.
1977[15]. Estas unidades, descritas a seguir, definem o arcabouço estratigráfico da bacia e
são separadas por expressivos hiatos deposicionais, causados por eventos erosivos.

Supersequência Rio Ivaí

A supersequência mais basal, de idade Neo Ordoviciano a Eo Siluriano, possui três
formações: a Formação Alto Garças, dominantemente arenosa, a Formação Rio Ivaí,
que registra depósitos relacionados à glaciação Ordoviciana que afetou grandes porções
do Gondwana, e a Formação Vila Maria, uma espessa camada argilosa com conteúdo
fóssil abundante de graptólitos, trilobitas, braquiópodos e quitinozoários.

Superseqüência Paraná

De idade Devoniana, é representada na base por arenitos médios a grossos, com
estratificações cruzadas e geometria tabular da Formação Furnas e no topo por uma
seção predominantemente argilosa, Formação Ponta Grossa, rica em macrofósseis e
uma das potenciais geradoras de petróleo da bacia.

Superseqüência Gondwana I

Depositada do Carbonífero superior ao Triássico inferior, possui duas características
marcantes:

   •   Sua porção basal é um registo marcante da grande glaciação gondwânica, cujo
       pico ocorreu no Mississipiano (Carbonífero inferior). A deglaciação, do
Westafaliano (Carbonífero superior) até o Permiano inferior, gerou extensos
       depósitos glaciais. Estes depósitos são constituidos principalmente por arenitos,
       diamictitos, conglomerados e rochas argilosas e estão agrupados no Grupo
       Itararé. São comuns fácies típicas de ambiente glacial, como por exemplo os
       varvitos.
   •   O declínio das condições glaciais, no Permiano médio, possibilitou o
       aparecimento da flora Glossopteris, na Formação Rio Bonito, e dos extensos
       depósitos de carvões que são extraídos tanto na América do Sul quanto na África
       do Sul.

Já no Permiano superior, ocorre a Formação Irati, representada por folhelhos
betuminosos, também potencial geradora de petróleo e mundialmente famosa por conter
a fauna de répteis Mesosaurus brasilienesis e Sterosternum tumidum, que permitiu a
correlação da mesma com a Formação Whitehill, da Bacia Karoo, na África do Sul,
suportando assim a hipótese da deriva continental. O topo desta seqüência marca o fim
da fase marinha da Bacia e o inicio da continentalização da mesma.

Superseqüência Gondwana II

De idade triássica, é restrita ao estado do Rio Grande do Sul e à porção norte do
Uruguai, mas possui uma importante fauna de répteis e mamíferos terrestres,
correlacionáveis com a Argentina e África do Sul.

Superseqüência Gondwana III

Esta superseqüência, depositada do Jurássico superior ao Cretáceo superior, marca a
ocorrência de dois eventos de grande importância. Sua porção basal mostra uma grande
desertificação do ainda continente Gondwana, o “deserto Botucatu”, semelhante ao
deserto do Saara e com área superior a um milhão de km2. Os extensos campos de dunas
formaram os espessos pacotes de arenitos finos a médios da Formação Botucatu e que
hoje constitui o importante Aqüífero Guarani.

Recobrindo estes arenitos ocorreu o evento ígneo Formação Serra Geral, no início do
Cretáceo, entre 137 e 127 milhões de anos, e que está associado ao processo de ruptura
do Gondwana e à formação do Atlântico sul. Este evento resultou na formação de
espessa sucessão vulcânica, formada principalmente por basaltos e rochas intrusivas
associadas, sendo uma das maiores extrusões ígneas do planeta, tanto em área, superior
a um milhão de km2, quanto em espessura, de até mais de 2000m. Estes basaltos se
estendem no continente africano, na Bacia de Etendeka, na Namíbia e Angola.

Superseqüência Bauru

Superseqüência cretácica, ocorre na porção centro-norte da bacia e é constituída por
depósitos areno-conglomeráticos.

[editar] Bens minerais
[editar] Água subterrânea
Um importante bem mineral presente na Bacia do Paraná é a água subterrânea do
Aquífero Guarani que constitui a maior reserva subterrânea de água doce do mundo. É
formado por arenitos das formações Pirambóia e Botucatu e possui uma área de
ocorrência de cerca de 1,2 milhões de km2. Outros aquíferos como os do Grupo Itararé,
Grupo Bauru e basaltos da Fornação Serra Geral também contribuem como mananciais.

[editar] Potencial petrolífero

O potencial petrolífero da Bacia do Paraná ainda não foi totalmente explorado, com
uma média de um poço perfurado a cada 10000 km2 da porção brasileira da bacia,
principalmente devido à grande espessura de basaltos, que não só torna a perfuração de
poços extremamente onerosa quanto prejudica a qualidade dos levantamentos sísmicos,
essenciais para a pesquisa de hidrocarbonetos. Desde o final do século XIX existe
interesse na prospecção de petróleo na bacia, quando foram identificadas ocorrências de
arenitos asfálticos no flanco leste da mesma. Entre 1892 e 1897 foi perfurado o primeiro
poço para exploração de petróleo no Brasil, na localidade de Bofete, em São Paulo. No
entanto somente foi recuperada água sulforosa. Até o momento, somente ocorrências
não comerciais de óleo foram encontrados na Bacia[16].

Gás natural: Em 1996 a Petrobras fez a primeira, e até o momento a única, descoberta
de gás comercial na bacia, o Campo de Barra Bonita, no estado do Paraná. A jazida
possui cerca de 14,5 km2 e situa-se a uma profundidade média de 3500m, em arenitos da
Formação Campo do Mourão, de idade permo-carbonífera. O volume original de gás na
jazida é de cerca de 496 milhões de m3.

[editar] Rochas geradoras

Foram identificadas duas formações com potencial gerador de hidrocarbonetos: os
folhelhos negros da Formação Ponta Grossa, Devoniana, com concentrações de 1,5 e
2,5% e picos de 4,6% e potencial gerador de 6 kg HC/ton rocha e os folhelhos negros da
Formação Irati, Permiano superior, com concentrações de 1 e 13% e picos de 23% e
potencial gerador superior a 100-200 kg HC/ton rocha.

[editar] Folhelhos betuminosos

Desde 1972 a Petrobras opera uma planta industrial para extrair hidrocarbonetos dos
folhelhos betuminosos da Formação Irati. O Processo Petrosix, uma patente da
Petrobras, foi inteiramente desenvolvido pela companhia e incluem procedimentos de
mineração, trituração, processamento termo-químico do folhelho com obtenção dos
produtos petróleo, gás e enxofre nativo e uma completa recuperação da área afetada pela
mineração, com cuidado especial quanto à preservação da fauna e flora nativas. Na
pedreira são abundantes fragmentos de crustáceos e da fauna típica de Mesosaurus
brasiliensis. Ocorrem duas camadas de folhelho rico em óleo, na Formação Irati. Os
teores médios de óleo são de respectivamente 9,1% para a camada inferior e de 6,4%
para a camada superior. As reservas são de cerca de 700 milhões de barris de óleo, nove
milhões de toneladas de gás liquefeito (GLP), 25 bilhões de metros cúbicos de gás de
xisto e 18 milhões de toneladas de enxofre[17].

[editar] Carvão
Desde o século XIX o carvão é explorado na Bacia do Paraná. Os recursos identificados
de carvão mineral no Brasil ultrapassam 32 bilhões de toneladas e estão localizados em
arenitos da Formação Rio Bonito, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e,
subsidiariamente, no Paraná e São Paulo. As jazidas brasileiras de maior importância
são oito: Sul-Catarinense (SC), Santa Terezinha, Chico Lomã, Charqueadas, Leão, Iruí,
Capané e Candiota (RS)[18].

[editar] Urânio

Em 1969 foi descoberta uma jazida de urânio em arenitos, argilas carbonosas e carvões
da Formação Rio Bonito, com reservas são de aproximadamente 8.000 t de U3O8 o que
corresponde a cerca de 3% das reservas brasileiras. Localizado no município de
Figueira, no estado do Paraná, a descoberta desta jazida foi resultado de um
levantamento sistemático de carvões no sul e sudeste do Brasil[19].

[editar] Diamantes do rio Tibagi

A região de Tibagi, no Estado do Paraná, constitui a segunda província diamantífera
mais antiga do Brasil, relatada desde 1754, sendo sua produção oriunda, restritamente,
de aluviões e terraços antigos.[20].

[editar] Sítios geoturísticos
A evolução da Bacia do Paraná e o posterior soerguimento da borda leste da mesma,
associada à abertura do Atlantico sul e à formação da Serra do Mar criou, através de
erosão, o aparecimento de inúmeras feições geológicas impressionantes, que constituem
um patrimônio natural de valor inestimável:

[editar] Sítios Geomorfológicos

   •   Cataratas do Iguaçu: Cataratas de fama mundial, estão situadas no Rio Iguaçu,
       na divisa Brasil-Argentina. Foram tombadas pela UNESCO como Patrimônio
       Natural da Humanidade em 1986[21];
   •   Parque Estadual de Vila Velha: O parque é constituido por esculturas naturais
       impressionantes em arenitos, causadas pela erosão. Localização: Rodovia
       BR-373, Ponta Grossa, Paraná[22][23];
   •   Itaimbezinho: Canyons de até 900m de altura e grande beleza cênica, estão
       localizados na Serra do Mar, na divisa dos estados de Santa Catarina e Rio
       Grande do Sul[24];
   •   Serra do Rio do Rastro e Coluna White: Além da grande beleza da paisagem, é
       uma coluna estratigráfica clássica do antigo Continente Gondwana no Brasil.
       Localização: Rodovia SC-438, entre os municípios catarinenses de Lauro Müller
       e Bom Jardim da Serra[25][26];
   •   Canyon Guartelá: Situado entre os municípios de Castro e Tibagi, no Estado do
       Paraná. O Canyon do Guartelá é uma garganta retilínea com cerca de 30 km de
       extensão e desnível máximo de 450 m[27].

[editar] Sítios Paleoambientais
Diversos sítios geológicos da Bacia do Paraná são importantes pois registram a grande
glaciação que ocorreu do Carbonífero inferior ao Permiano inferior, entre 360 e 270
milhões de anos, quando toda porção sul do antigo Gondwana ficou coberto por
espessas camadas de gelo:

   •   Estrias Glaciais de Witmarsum: É um pavimento polido de arenito com estrias e
       sulcos de extensão métrica, causadas pelo movimento de geleiras. Situa-se na
       Colônia Witmarsum, BR-373, no município de Palmeira, Paraná. O afloramento
       foi tombado pela Secretaria da Cultura do Paraná[28][29];
   •   Parque do Varvito: Situa-se no Município de Itu, Estado de São Paulo. É a
       melhor exposição, na Bacia do Paraná, de varvito, rocha formada em corpos de
       água, como lagos glaciais, pela deposição rítmica de pares da lâminas claras,
       mais espessas e arenosas e escuras, mais delgadas e argilosas. Outra feição
       marcante são os clastos caídos, visiveis nas camadas de varvito. Possuem
       tamanho e composição diversos e são originários do degelo dos icebergs que
       flutuavam sobre os lagos[30][31];
   •   Parque Rocha Moutonnée: Situado no município de Salto, São Paulo, é o único
       exemplar conhecido na Bacia do Paraná de estrutura de abrasão glacial
       denominada rocha moutonnée. Sua descoberta, por Marger Gutmans em 1946,
       foi um dos pontos mais importantes na comprovação da origem glacial das
       rochas do Grupo Itararé[32].

[editar] Sítios Paleontológicos

   •   Sítio Fossilífero de Pirapozinho: Extraordinário depósito de quelônios
       (tartarugas) do Cretáceo. Localizado no município de Pirapozinho, São Paulo[33];
   •   Sítio Jaguariaíva: Invertebrados devonianos da Formação Ponta Grossa, de
       grande importância paleobiogeográfica. Situado no município de Jaguariaíva,
       Paraná[34];
   •   Afloramento Bainha, Flora Glossopteris do Permiano Inferior: Situado no
       município de Criciúma, SC[35];
   •   Tetrápodes Triássicos do Rio Grande do Sul - Vertebrados fósseis de fama
       mundial[36];
   •   Sítios Paleobotânicos do Arenito Mata: Situados nos municípios gauchos de
       Mata e São Pedro do Sul, Estado do Rio Grande do Sul. De idade Triássica, é
       uma das mais importantes “florestas petrificadas” do planeta[37].

Referências
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      de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 265-287, mai/Nov. 2007.
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      geradoras e rochas-reservatório da Bacia do Paraná. In: Boletim de Geociências da
      Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 135-162, Nov. 2006/maio/2007.
   3. ↑ Zalan, P. V.; Wolf, S.; Astolfi, M. A. M.; Vieira, I. S.; Conceição, J. C.; Appi, V. T.;
      Santos Neto, E. V.; Cerqueira, J. R.; Marques, A. - The Paraná Basin, Brazil. IN:
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      (AAPG. Memoir 51).
4. ↑ Melo, J. H. G. – The Malvinokaffric ream in the Devonian of Brazil. In: McMilillan,
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    Society of Petroleum Geologists, 1988, v. 1. p. 669-704. (CSPG Memoir, 14).
5. ↑ White, I.C. 1908 – Relatório final da Comissão de Estudos das Minas de Carvão de
    Pedra do Brasil. DNPM , Rio de Janeiro, Brasil, Parte I, p.1-300 ; Parte II, p. 301-617.
    Relatório em Português e Inglês. (ed. Fac-similar de 1988)
6. ↑ The PALEOMAP Project: http://www.scotese.com/
7. ↑ Du Toit, A. L. – A geological comparasion of South America with South África.
    Washington: The Carnegie Institution. 1927. 157p.
8. ↑ Du Toit, A. L. – Our wandering continents, 1937.
9. ↑ Exposição Reinhard Maack, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, PR:
    http://www.pr.gov.br/mon/exposicoes/maack.htm
10. ↑ Página em homenagem a Reinhard Maack (em alemão): http://www.reinhard-
    maack.de/
11. ↑ Mac Gregor, J.H. 1908 – Mesosaurus brasiliensis nov. sp., Parte II. In: White, I.C.
    1908. Relatório final da Comissão de Estudos das Minas de Carvão de Pedra do Brasil.
    DNPM , Rio de Janeiro, Parte II, p. 303-617. (ed. Fac-similar de 1988)
12. ↑ Coluna White, Excursão virtual pela Serra do Rio do Rastro, Glossopteris:
    http://www.cprm.gov.br/coluna/floraglosspt.html
13. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 082 – Afloramento Bainha, Criciúma,
    SC Flora Glossopteris do Permiano Inferior:
    http://www.unb.br/ig/sigep/sitio082/sitio082.pdf
14. ↑ Milani, E. J. – Evolução tectono-estratigráfica da Bacia do Paraná e seu
    relacionamento com a geodinâmica fanerozóica do Gondwana sul-ocidental. 1997.
    2vol. Il. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Curso de Pós-
    Graduação em Geociências, Porto Alegre, 1997.
15. ↑ Vail, P. R.; Mitchum, R. M.; Thompson, S. – Seismic Stratigraphy and global change
    of sea level, part 3: relative changes of sea level from coastal onlap. In: Payton, C. E.
    (Ed.). Seismic Stratigraphy: applications of hydrocarbon exploration. Tulsa, Okla.:
    American Association of American Geologists, 1977. p. 205-212. (AAPG Memoir, 26).
16. ↑ Agência Nacional do Petróleo - Bacia do Paraná - Geologia e esforço exploratório:
    http://www.anp.gov.br/doc/petroleo/workshop_bacia_parana/Geologia_Esforco_Explor
    at%C3%B3rio_Eliane_Petersohn_ANP.pdf
17. ↑ Petrobras: Processo PETROSIX:
    http://www2.petrobras.com.br/minisite/refinarias/petrosix/portugues/index.asp
18. ↑ Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - Informe de Recursos Minerais: http://
    www.cprm.gov.br/opor/pdf/carvaorssc.pdf
19. ↑ Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - Geologia, Tectônica e Recursos
    Minerais do Brasil, Parte IV – Recursos Minerais, Industriais e Energéticos:
    http://www.cprm.gov.br/publique/media/capXI_b.pdf
20. ↑ http://www.44cbg.com.br/cbg_excursoes.php
21. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 011 – Cataratas do Iguaçu:
    http://www.unb.br/ig/sigep/sitio011/sitio011.pdf
22. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 029 – Vila Velha:
    http://www.unb.br/ig/sigep/sitio029/sitio029.htm
23. ↑ Parque Estadual de Vila Velha:
    http://www.mineropar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=14
24. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 050 – Canyons Itaimbezinho e
    Fortaleza, RS e SC: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio050/sitio050.pdf
25. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 024 – Coluna White, Serra do Rio do
    Rastro, SC. Seção Geológica Clássica do Continente Gonduana no Brasil:
    http://www.unb.br/ig/sigep/sitio024/sitio024.pdf
26. ↑ Coluna White, Excursão virtual pela Serra do Rio do Rastro: http://www.cprm.gov.br/
       coluna
   27. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 094 – Canyon Guartelá:
       http://www.unb.br/ig/sigep/sitio094/sitio094.htm
   28. ↑ Estrias Glaciais de Witmarsum:
       http://www.mineropar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=15
   29. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil – http://www.unb.br/ig/sigep/propostas/
       Estrias_Glaciais_de_Witmarsum_PR.htm
   30. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil - 062 - Parque do varvito:
       http://www.unb.br/ig/sigep/sitio062/sitio062.htm
   31. ↑ Parque do Varvito: http://www.itu.com.br/hotsite/default.asp?id=65
   32. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil - 021 - Rocha moutonnée de Salto, SP:
       http://www.unb.br/ig/sigep/sitio021/sitio021.htm
   33. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil – 032 Sítio Fossilífero de Pirapozinho:
       http://www.unb.br/ig/sigep/sitio032/sitio032.pdf
   34. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil – 065 Sítios Paleobotânicos do Arenito
       Mata: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio065/sitio065.pdf
   35. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 082 – Afloramento Bainha, Flora
       Glossopteris: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio082/sitio082.pdf
   36. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil – 022 Tetrápodes Triássicos do Rio
       Grande do Sul: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio022/sitio022.pdf
   37. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil – 009 Sítios Paleobotânicos do Arenito
       Mata: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio009/sitio009.pdf

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Bacia do Paraná: Bacia Sedimentar da América do Sul

  • 1. Bacia do Paraná Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa Nota: Se procura Bacia hidrográfica do Rio Paraná, consulte Bacia do rio Paraná. Área de ocorrência da Bacia do Paraná. A Bacia do Paraná é uma ampla bacia sedimentar situada na porção centro-leste da América do Sul, principalmente no Brasil. Sua ocorrência abrange o nordeste da Argentina, o centro-sul do Brasil, desde o estado do Mato Grosso até o estado do Rio Grande do Sul, a porção leste do Paraguai e o norte do Uruguai. É uma depressão ovalada com o eixo maior quase norte-sul sendo sua área de cerca de 1,5 milhões de km2[1][2]. Desenvolveu-se durante parte das eras Paleozóica e Mesozóica e seu registro sedimentar compreende rochas depositadas do Ordoviciano ao Cretáceo, abrangendo um intervalo de tempo entre 460 e 65 milhões de anos. Sua espessura máxima é de mais de 7000m na sua porção central e é constituída por rochas sedimentares e ígneas.[1] A Bacia do Paraná é uma típica bacia flexural de interior cratônico embora durante o Paleozóico fosse um golfo aberto para sudoeste para o então Oceano Panthalassa. A gênese da bacia está ligada à relação de convergência entre a margem sudoeste do
  • 2. antigo supercontinente Gondwana, formado pelos atuais continentes América do Sul, África, Antártida e Austrália, além da Índia e a litosfera oceânica do Panthalassa, classificando a bacia, pelo menos no Paleozóico, como do tipo antepais das orogenias Gondwanides[1][3][4]. O Rio Paraná corre aproximadamente no seu eixo central sendo que sua bacia hidrográfica está quase que inteiramente contida na bacia sedimentar. Índice [esconder] • 1 Estudos pioneiros o 1.1 A Bacia do Paraná e a teoria da deriva continental  1.1.1 Mesosaurus Brasiliensis  1.1.2 Flora Glossopteris • 2 Estratigrafia • 3 Bens minerais o 3.1 Água subterrânea o 3.2 Potencial petrolífero  3.2.1 Rochas geradoras o 3.3 Folhelhos betuminosos o 3.4 Carvão o 3.5 Urânio o 3.6 Diamantes do rio Tibagi • 4 Sítios geoturísticos o 4.1 Sítios Geomorfológicos o 4.2 Sítios Paleoambientais o 4.3 Sítios Paleontológicos • 5 Referências [editar] Estudos pioneiros Os primeiros estudos realizados na Bacia do Paraná datam de 1841, quando a presença de “carvão de pedra” foi constatada por técnicos e cientistas brasileiros e estrangeiros em missão do Governo Imperial Brasileiro. Um grande marco para o conhecimento da geologia da Bacia foi o Relatório White, publicado em 1908, pelo geólogo Israel Charles White, chefe da Comissão de Estudos das Minas de Carvão de Pedra do Brasil, cujo objetivo era identificar a potencialidade dos carvões brasileiros. As denominações introduzidas por ele para a designação das unidades geológicas da Bacia do Paraná ficaram consagradas, tendo sido pouco modificadas na sua concepção ao longo dos tempos, sendo considerado o “marco zero” na sistematização estratigráfica da mesma. Por outro lado, o trabalho de White documenta um precioso conteúdo científico no campo da Paleontologia: o reconhecimento da ocorrência de restos fósseis de Mesosaurus brasiliensis em estratos permianos do “Schisto preto de Iraty”. Mais importante ainda, White correlacionou e propôs a equivalência das diversas unidades estratigráficas e conteúdo fossilífero da Bacia do Paraná com a Bacia do Karoo, na
  • 3. África do Sul, bem como com a região de Gondwana, na Índia, e citou como "grande probabilidade da hypothese que admitte que os continentes meridionaes, devem ter estado unidos, durante os periodos Permiano e Triássico, por grande porção de terras, agora submersas, a que Suess denominou "Terra Gondwana"[5]. [editar] A Bacia do Paraná e a teoria da deriva continental Distribuição geográfica dos fósseis gondwânicos (clique para ampliar e ver mais detalhes) Como antevisto no parágrafo anterior, a Bacia do Paraná teve um papel importante no desenvolvimento da teoria da deriva continental, do geólogo e meteorologista alemão Alfred Wegener, e que culminou, em 1915, com a publicação de sua obra clássica: A Origem dos Continentes e Oceanos (Die Entstehung der Kontinente und Ozeane), que afirmava que os continentes, hoje separados por oceanos, estiveram juntos numa única massa de terra, por ele denominado de Pangaea (do grego “toda a Terra”), do Carbonífero superior, a cerca de 300 milhões de anos, ao Jurássico superior, a cerca de 150 milhões de anos, quando a Laurásia (atuais América do Norte e Eurásia) separou-se do Gondwana, que depois também dividiu-se, já no Cretáceo inferior[6]. Durante o século XIX e início do século XX, foram encontrados e identificados inúmeros fósseis na Bacia do Paraná, tanto de animais que viveram em ambiente terrestre ou marinho raso quanto de vegetais continentais, e que também foram encontrados nos outros continentes do hemisfério sul, além da Índia, como por exemplo, e principalmente, os répteis mesossaurídeos e a flora Glossopteris. Dois geólogos, trabalhando nos dois lados do Atlântico sul, tiveram grande contribuição na defesa da deriva continental na primeira metade do século XX, além de serem dos primeiros defensores das teorias de Wegener e que publicaram diversos trabalhos referentes ao assunto. Um foi geólogo sul-africano Alexander Du Toit[7][8] e o outro foi o geólogo alemão, radicado em Curitiba, Paraná, Reinhard Maack que além de sua tese de doutorado sobre o tema, defendida na Universidade de Bonn, publicou inúmeros
  • 4. trabalhos sobre o assunto, tendo sido inclusive premiado pela UNESCO, órgão da ONU, pela sua defesa da Deriva Continental[9][10]. [editar] Mesosaurus Brasiliensis Ver artigo principal: Mesosaurus brasiliensis Esqueleto do Mesosaurus Brasiliensis. Desenho original de Mac Gregor, 1908. O Mesosaurus brasiliensis era um réptil pequeno, com corpo esguio e longa cauda, medindo cerca de um metro quando adulto. Foi descrito e catalogado pelo paleontólogo John Mac Gregor em 1908, estudando fósseis encontrados nos folhelhos da Formação Irati e coletados por White próximos à estação de Irati, no estado do Paraná[11]. Esses répteis apareceram há cerca de 290 milhões de anos, no Carbonífero, tendo seu auge ocorrido no Permiano. Alguns fósseis indicam que os últimos remanescentes dessa linhagem sobreviveram até o início do Triássico, há cerca de 230 milhões de anos. O primeiro exemplar de mesossaurídeo foi encontrado no sul da África e descrito por Paul Gervais em 1864, que o denominou de Mesosaurus tenuidens. A ocorrência de uma mesma espécie de pequeno réptil nos dois lados do Atlântico foi logo visto por diversos geólogos e paleontólogos, como um dos mais fortes argumentos da teoria da deriva continental. [editar] Flora Glossopteris Ver artigo principal: Glossopteris É considerado um fóssil guia mundial para as sequências godwânicas. Esta flora é o principal conteúdo fossilífero dos carvões permianos encontrados no sul do Brasil e Uruguai. O primeiro trabalho a registrar a ocorrência de horizontes megaflorísticos associados às camadas de carvão dentro de um enfoque paleogeográfico e paleoclimático, na Bacia do Paraná, foi o estudo realizado por White em 1908. Isto permitiu uma extensa correlação intra-gondwânica entre os depósitos de carvões permianos do sul do Brasil e aqueles registrados na Bacia do Karoo, África do Sul, na Austrália, Índia e Antártida, mostrando inclusive que esta última já esteve em paleolatitudes menos próximas do pólo sul do que atualmente, permitindo a ocorrência de uma extensa flora[12][13]. O termo original para designar o supercontinente que haveria ao sul, Gondwanaland, foi cunhado pelo geólogo inglês Eduard Suess em 1861, em referência à região de Gondwana, na Índia, onde esta flora foi encontrada pela primeira vez. [editar] Estratigrafia
  • 5. Carta Estratigráfica simplificada da Bacia do Paraná. A coluna sedimentar da Bacia do Paraná foi subdividida por Milani, em 1997[14], em seis unidades alostratigráficas de segunda ordem ou superseqüências, no senso de Vail et. al. 1977[15]. Estas unidades, descritas a seguir, definem o arcabouço estratigráfico da bacia e são separadas por expressivos hiatos deposicionais, causados por eventos erosivos. Supersequência Rio Ivaí A supersequência mais basal, de idade Neo Ordoviciano a Eo Siluriano, possui três formações: a Formação Alto Garças, dominantemente arenosa, a Formação Rio Ivaí, que registra depósitos relacionados à glaciação Ordoviciana que afetou grandes porções do Gondwana, e a Formação Vila Maria, uma espessa camada argilosa com conteúdo fóssil abundante de graptólitos, trilobitas, braquiópodos e quitinozoários. Superseqüência Paraná De idade Devoniana, é representada na base por arenitos médios a grossos, com estratificações cruzadas e geometria tabular da Formação Furnas e no topo por uma seção predominantemente argilosa, Formação Ponta Grossa, rica em macrofósseis e uma das potenciais geradoras de petróleo da bacia. Superseqüência Gondwana I Depositada do Carbonífero superior ao Triássico inferior, possui duas características marcantes: • Sua porção basal é um registo marcante da grande glaciação gondwânica, cujo pico ocorreu no Mississipiano (Carbonífero inferior). A deglaciação, do
  • 6. Westafaliano (Carbonífero superior) até o Permiano inferior, gerou extensos depósitos glaciais. Estes depósitos são constituidos principalmente por arenitos, diamictitos, conglomerados e rochas argilosas e estão agrupados no Grupo Itararé. São comuns fácies típicas de ambiente glacial, como por exemplo os varvitos. • O declínio das condições glaciais, no Permiano médio, possibilitou o aparecimento da flora Glossopteris, na Formação Rio Bonito, e dos extensos depósitos de carvões que são extraídos tanto na América do Sul quanto na África do Sul. Já no Permiano superior, ocorre a Formação Irati, representada por folhelhos betuminosos, também potencial geradora de petróleo e mundialmente famosa por conter a fauna de répteis Mesosaurus brasilienesis e Sterosternum tumidum, que permitiu a correlação da mesma com a Formação Whitehill, da Bacia Karoo, na África do Sul, suportando assim a hipótese da deriva continental. O topo desta seqüência marca o fim da fase marinha da Bacia e o inicio da continentalização da mesma. Superseqüência Gondwana II De idade triássica, é restrita ao estado do Rio Grande do Sul e à porção norte do Uruguai, mas possui uma importante fauna de répteis e mamíferos terrestres, correlacionáveis com a Argentina e África do Sul. Superseqüência Gondwana III Esta superseqüência, depositada do Jurássico superior ao Cretáceo superior, marca a ocorrência de dois eventos de grande importância. Sua porção basal mostra uma grande desertificação do ainda continente Gondwana, o “deserto Botucatu”, semelhante ao deserto do Saara e com área superior a um milhão de km2. Os extensos campos de dunas formaram os espessos pacotes de arenitos finos a médios da Formação Botucatu e que hoje constitui o importante Aqüífero Guarani. Recobrindo estes arenitos ocorreu o evento ígneo Formação Serra Geral, no início do Cretáceo, entre 137 e 127 milhões de anos, e que está associado ao processo de ruptura do Gondwana e à formação do Atlântico sul. Este evento resultou na formação de espessa sucessão vulcânica, formada principalmente por basaltos e rochas intrusivas associadas, sendo uma das maiores extrusões ígneas do planeta, tanto em área, superior a um milhão de km2, quanto em espessura, de até mais de 2000m. Estes basaltos se estendem no continente africano, na Bacia de Etendeka, na Namíbia e Angola. Superseqüência Bauru Superseqüência cretácica, ocorre na porção centro-norte da bacia e é constituída por depósitos areno-conglomeráticos. [editar] Bens minerais [editar] Água subterrânea
  • 7. Um importante bem mineral presente na Bacia do Paraná é a água subterrânea do Aquífero Guarani que constitui a maior reserva subterrânea de água doce do mundo. É formado por arenitos das formações Pirambóia e Botucatu e possui uma área de ocorrência de cerca de 1,2 milhões de km2. Outros aquíferos como os do Grupo Itararé, Grupo Bauru e basaltos da Fornação Serra Geral também contribuem como mananciais. [editar] Potencial petrolífero O potencial petrolífero da Bacia do Paraná ainda não foi totalmente explorado, com uma média de um poço perfurado a cada 10000 km2 da porção brasileira da bacia, principalmente devido à grande espessura de basaltos, que não só torna a perfuração de poços extremamente onerosa quanto prejudica a qualidade dos levantamentos sísmicos, essenciais para a pesquisa de hidrocarbonetos. Desde o final do século XIX existe interesse na prospecção de petróleo na bacia, quando foram identificadas ocorrências de arenitos asfálticos no flanco leste da mesma. Entre 1892 e 1897 foi perfurado o primeiro poço para exploração de petróleo no Brasil, na localidade de Bofete, em São Paulo. No entanto somente foi recuperada água sulforosa. Até o momento, somente ocorrências não comerciais de óleo foram encontrados na Bacia[16]. Gás natural: Em 1996 a Petrobras fez a primeira, e até o momento a única, descoberta de gás comercial na bacia, o Campo de Barra Bonita, no estado do Paraná. A jazida possui cerca de 14,5 km2 e situa-se a uma profundidade média de 3500m, em arenitos da Formação Campo do Mourão, de idade permo-carbonífera. O volume original de gás na jazida é de cerca de 496 milhões de m3. [editar] Rochas geradoras Foram identificadas duas formações com potencial gerador de hidrocarbonetos: os folhelhos negros da Formação Ponta Grossa, Devoniana, com concentrações de 1,5 e 2,5% e picos de 4,6% e potencial gerador de 6 kg HC/ton rocha e os folhelhos negros da Formação Irati, Permiano superior, com concentrações de 1 e 13% e picos de 23% e potencial gerador superior a 100-200 kg HC/ton rocha. [editar] Folhelhos betuminosos Desde 1972 a Petrobras opera uma planta industrial para extrair hidrocarbonetos dos folhelhos betuminosos da Formação Irati. O Processo Petrosix, uma patente da Petrobras, foi inteiramente desenvolvido pela companhia e incluem procedimentos de mineração, trituração, processamento termo-químico do folhelho com obtenção dos produtos petróleo, gás e enxofre nativo e uma completa recuperação da área afetada pela mineração, com cuidado especial quanto à preservação da fauna e flora nativas. Na pedreira são abundantes fragmentos de crustáceos e da fauna típica de Mesosaurus brasiliensis. Ocorrem duas camadas de folhelho rico em óleo, na Formação Irati. Os teores médios de óleo são de respectivamente 9,1% para a camada inferior e de 6,4% para a camada superior. As reservas são de cerca de 700 milhões de barris de óleo, nove milhões de toneladas de gás liquefeito (GLP), 25 bilhões de metros cúbicos de gás de xisto e 18 milhões de toneladas de enxofre[17]. [editar] Carvão
  • 8. Desde o século XIX o carvão é explorado na Bacia do Paraná. Os recursos identificados de carvão mineral no Brasil ultrapassam 32 bilhões de toneladas e estão localizados em arenitos da Formação Rio Bonito, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e, subsidiariamente, no Paraná e São Paulo. As jazidas brasileiras de maior importância são oito: Sul-Catarinense (SC), Santa Terezinha, Chico Lomã, Charqueadas, Leão, Iruí, Capané e Candiota (RS)[18]. [editar] Urânio Em 1969 foi descoberta uma jazida de urânio em arenitos, argilas carbonosas e carvões da Formação Rio Bonito, com reservas são de aproximadamente 8.000 t de U3O8 o que corresponde a cerca de 3% das reservas brasileiras. Localizado no município de Figueira, no estado do Paraná, a descoberta desta jazida foi resultado de um levantamento sistemático de carvões no sul e sudeste do Brasil[19]. [editar] Diamantes do rio Tibagi A região de Tibagi, no Estado do Paraná, constitui a segunda província diamantífera mais antiga do Brasil, relatada desde 1754, sendo sua produção oriunda, restritamente, de aluviões e terraços antigos.[20]. [editar] Sítios geoturísticos A evolução da Bacia do Paraná e o posterior soerguimento da borda leste da mesma, associada à abertura do Atlantico sul e à formação da Serra do Mar criou, através de erosão, o aparecimento de inúmeras feições geológicas impressionantes, que constituem um patrimônio natural de valor inestimável: [editar] Sítios Geomorfológicos • Cataratas do Iguaçu: Cataratas de fama mundial, estão situadas no Rio Iguaçu, na divisa Brasil-Argentina. Foram tombadas pela UNESCO como Patrimônio Natural da Humanidade em 1986[21]; • Parque Estadual de Vila Velha: O parque é constituido por esculturas naturais impressionantes em arenitos, causadas pela erosão. Localização: Rodovia BR-373, Ponta Grossa, Paraná[22][23]; • Itaimbezinho: Canyons de até 900m de altura e grande beleza cênica, estão localizados na Serra do Mar, na divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul[24]; • Serra do Rio do Rastro e Coluna White: Além da grande beleza da paisagem, é uma coluna estratigráfica clássica do antigo Continente Gondwana no Brasil. Localização: Rodovia SC-438, entre os municípios catarinenses de Lauro Müller e Bom Jardim da Serra[25][26]; • Canyon Guartelá: Situado entre os municípios de Castro e Tibagi, no Estado do Paraná. O Canyon do Guartelá é uma garganta retilínea com cerca de 30 km de extensão e desnível máximo de 450 m[27]. [editar] Sítios Paleoambientais
  • 9. Diversos sítios geológicos da Bacia do Paraná são importantes pois registram a grande glaciação que ocorreu do Carbonífero inferior ao Permiano inferior, entre 360 e 270 milhões de anos, quando toda porção sul do antigo Gondwana ficou coberto por espessas camadas de gelo: • Estrias Glaciais de Witmarsum: É um pavimento polido de arenito com estrias e sulcos de extensão métrica, causadas pelo movimento de geleiras. Situa-se na Colônia Witmarsum, BR-373, no município de Palmeira, Paraná. O afloramento foi tombado pela Secretaria da Cultura do Paraná[28][29]; • Parque do Varvito: Situa-se no Município de Itu, Estado de São Paulo. É a melhor exposição, na Bacia do Paraná, de varvito, rocha formada em corpos de água, como lagos glaciais, pela deposição rítmica de pares da lâminas claras, mais espessas e arenosas e escuras, mais delgadas e argilosas. Outra feição marcante são os clastos caídos, visiveis nas camadas de varvito. Possuem tamanho e composição diversos e são originários do degelo dos icebergs que flutuavam sobre os lagos[30][31]; • Parque Rocha Moutonnée: Situado no município de Salto, São Paulo, é o único exemplar conhecido na Bacia do Paraná de estrutura de abrasão glacial denominada rocha moutonnée. Sua descoberta, por Marger Gutmans em 1946, foi um dos pontos mais importantes na comprovação da origem glacial das rochas do Grupo Itararé[32]. [editar] Sítios Paleontológicos • Sítio Fossilífero de Pirapozinho: Extraordinário depósito de quelônios (tartarugas) do Cretáceo. Localizado no município de Pirapozinho, São Paulo[33]; • Sítio Jaguariaíva: Invertebrados devonianos da Formação Ponta Grossa, de grande importância paleobiogeográfica. Situado no município de Jaguariaíva, Paraná[34]; • Afloramento Bainha, Flora Glossopteris do Permiano Inferior: Situado no município de Criciúma, SC[35]; • Tetrápodes Triássicos do Rio Grande do Sul - Vertebrados fósseis de fama mundial[36]; • Sítios Paleobotânicos do Arenito Mata: Situados nos municípios gauchos de Mata e São Pedro do Sul, Estado do Rio Grande do Sul. De idade Triássica, é uma das mais importantes “florestas petrificadas” do planeta[37]. Referências 1. ↑ 1,0 1,1 1,2 Milani, E. J.; Melo, J. H. G., Souza, P. A.; Fernandes, L. A. E França, A. B. – Bacia do Paraná. In: Cartas Estratigráficas - Boletim De Geociencias da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 265-287, mai/Nov. 2007. 2. ↑ Milani, E. J., França, A. B. E Medeiros, R. Á., – Roteiros Geológicos, Rochas geradoras e rochas-reservatório da Bacia do Paraná. In: Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 135-162, Nov. 2006/maio/2007. 3. ↑ Zalan, P. V.; Wolf, S.; Astolfi, M. A. M.; Vieira, I. S.; Conceição, J. C.; Appi, V. T.; Santos Neto, E. V.; Cerqueira, J. R.; Marques, A. - The Paraná Basin, Brazil. IN: Leighton, M. W.; Kolata, D. R.; Oltz, D. F.; Eidel, J. J. (Ed.). Interior cratonic basins. Tulsa, Okla.: American Association of Petroleum Geologists, 1991. p. 707-708. (AAPG. Memoir 51).
  • 10. 4. ↑ Melo, J. H. G. – The Malvinokaffric ream in the Devonian of Brazil. In: McMilillan, N. J.; Embry, A. F.; Glass, D. J. (Ed.). Devonian of the world. Calgary: Canadian Society of Petroleum Geologists, 1988, v. 1. p. 669-704. (CSPG Memoir, 14). 5. ↑ White, I.C. 1908 – Relatório final da Comissão de Estudos das Minas de Carvão de Pedra do Brasil. DNPM , Rio de Janeiro, Brasil, Parte I, p.1-300 ; Parte II, p. 301-617. Relatório em Português e Inglês. (ed. Fac-similar de 1988) 6. ↑ The PALEOMAP Project: http://www.scotese.com/ 7. ↑ Du Toit, A. L. – A geological comparasion of South America with South África. Washington: The Carnegie Institution. 1927. 157p. 8. ↑ Du Toit, A. L. – Our wandering continents, 1937. 9. ↑ Exposição Reinhard Maack, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, PR: http://www.pr.gov.br/mon/exposicoes/maack.htm 10. ↑ Página em homenagem a Reinhard Maack (em alemão): http://www.reinhard- maack.de/ 11. ↑ Mac Gregor, J.H. 1908 – Mesosaurus brasiliensis nov. sp., Parte II. In: White, I.C. 1908. Relatório final da Comissão de Estudos das Minas de Carvão de Pedra do Brasil. DNPM , Rio de Janeiro, Parte II, p. 303-617. (ed. Fac-similar de 1988) 12. ↑ Coluna White, Excursão virtual pela Serra do Rio do Rastro, Glossopteris: http://www.cprm.gov.br/coluna/floraglosspt.html 13. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 082 – Afloramento Bainha, Criciúma, SC Flora Glossopteris do Permiano Inferior: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio082/sitio082.pdf 14. ↑ Milani, E. J. – Evolução tectono-estratigráfica da Bacia do Paraná e seu relacionamento com a geodinâmica fanerozóica do Gondwana sul-ocidental. 1997. 2vol. Il. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Curso de Pós- Graduação em Geociências, Porto Alegre, 1997. 15. ↑ Vail, P. R.; Mitchum, R. M.; Thompson, S. – Seismic Stratigraphy and global change of sea level, part 3: relative changes of sea level from coastal onlap. In: Payton, C. E. (Ed.). Seismic Stratigraphy: applications of hydrocarbon exploration. Tulsa, Okla.: American Association of American Geologists, 1977. p. 205-212. (AAPG Memoir, 26). 16. ↑ Agência Nacional do Petróleo - Bacia do Paraná - Geologia e esforço exploratório: http://www.anp.gov.br/doc/petroleo/workshop_bacia_parana/Geologia_Esforco_Explor at%C3%B3rio_Eliane_Petersohn_ANP.pdf 17. ↑ Petrobras: Processo PETROSIX: http://www2.petrobras.com.br/minisite/refinarias/petrosix/portugues/index.asp 18. ↑ Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - Informe de Recursos Minerais: http:// www.cprm.gov.br/opor/pdf/carvaorssc.pdf 19. ↑ Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil, Parte IV – Recursos Minerais, Industriais e Energéticos: http://www.cprm.gov.br/publique/media/capXI_b.pdf 20. ↑ http://www.44cbg.com.br/cbg_excursoes.php 21. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 011 – Cataratas do Iguaçu: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio011/sitio011.pdf 22. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 029 – Vila Velha: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio029/sitio029.htm 23. ↑ Parque Estadual de Vila Velha: http://www.mineropar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=14 24. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 050 – Canyons Itaimbezinho e Fortaleza, RS e SC: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio050/sitio050.pdf 25. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 024 – Coluna White, Serra do Rio do Rastro, SC. Seção Geológica Clássica do Continente Gonduana no Brasil: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio024/sitio024.pdf
  • 11. 26. ↑ Coluna White, Excursão virtual pela Serra do Rio do Rastro: http://www.cprm.gov.br/ coluna 27. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 094 – Canyon Guartelá: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio094/sitio094.htm 28. ↑ Estrias Glaciais de Witmarsum: http://www.mineropar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=15 29. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil – http://www.unb.br/ig/sigep/propostas/ Estrias_Glaciais_de_Witmarsum_PR.htm 30. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil - 062 - Parque do varvito: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio062/sitio062.htm 31. ↑ Parque do Varvito: http://www.itu.com.br/hotsite/default.asp?id=65 32. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil - 021 - Rocha moutonnée de Salto, SP: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio021/sitio021.htm 33. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil – 032 Sítio Fossilífero de Pirapozinho: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio032/sitio032.pdf 34. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil – 065 Sítios Paleobotânicos do Arenito Mata: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio065/sitio065.pdf 35. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 082 – Afloramento Bainha, Flora Glossopteris: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio082/sitio082.pdf 36. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil – 022 Tetrápodes Triássicos do Rio Grande do Sul: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio022/sitio022.pdf 37. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil – 009 Sítios Paleobotânicos do Arenito Mata: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio009/sitio009.pdf Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_do_Paran%C3%A1"