1. A Bacia do Paraná (Fig1.1) é uma ampla bacia intracratônica com formato alongado na
direção NNE-SSW (1.750 km de comprimento e 900 km de largura), tendo registro de rochas
sedimentares e vulcânicas de idades que variam do Ordoviciano ao Cretáceo. Abrange uma
área total de aproximadamente 1.600.000 km ², esta bacia se localiza na porção S-SE do
território brasileiro (Figura 2.1), compreendendo os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estende-se ainda pelos
territórios da Argentina e Paraguai, onde recebe o nome de Bacia do Chaco-Paraná (Zalán et
al., 1990).
É uma bacia desafiadora (quanto a compreensão de seu surgimento e evolução) e
extensa área sedimentar do Brasil meridional. Teve estágios, no paleocontinente Godwana,
por isso tem que ser analisada de uma forma mais ampla, e considerando a geologia regional
durante o Paleozóico.
Durante o ciclo Paleozóico a bacia estava localizada do lado oeste da Godwana
ocidental, o que possibilitou que a bacia pudesse ter transgressões marinhas o proto-oceano
Pacífico, em consequência disso, seu território teve a deposição de sedimentos ricos em
matéria orgânica, resultando também a possibilidade do carvão mineral na região.
A deposição da Formação Irati ocorreu na Bacia do Paraná, na transição do Permiano
Inferior para o Permiano Superior, como resposta a três ciclos de 4ª ordem de variação do
nível do mar (Araújo, 2001). Nas rochas do Permiano, que encontramos nosso objeto do
estudo, o carvão mineral, tal como também ótimos reservatórios e folhelho betuminoso (que
se extrai óleo).
2. Figura 1.1- Mapa de localização da Bacia do Paraná (modificado de Zalán et al, 1990)