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Prof° Suzana C. N. Lino
Avaliação do Sistema Renal
e Urinário
Anatomia do Sistema Renal e
Urinário
Sistema Renal e Urinário
• Formado por um conjunto de órgãos
que filtram o sangue, produzem e
excretam a urina.
• Constituído por: um par de rins, um par
de ureteres, pela bexiga urinária e pela
uretra.
Sistema Renal e Urinário
• Os rins são os principais órgãos do sistema urinário
que atuam extraindo do sangue os produtos
residuais do sangue através de milhões de pequenos
filtros, denominadas nefróns, que são a unidade
funcional dos rins. Dos nefróns, os resíduos
recolhidos são enviados através dos ureteres para a
bexiga que está ligada a um canal - a uretra - que se
abre no exterior pelo meato urinário.
• Cada rim contém aproximadamente 1 milhão de
néfrons. Um nefrón é constituído por uma estrutura
redonda e oca (cápsula de Bowman), que contém
uma rede de vasos sanguíneos (o glomérulo). Estas
duas estruturas configuram o que se denomina um
corpúsculo renal.
Rim
Secção longitudinal do rim
Anatomia do Rim
Néfron
Bexiga
Funções
• Excretar produtos da degradação do metabolismo
(uréia e creatinina) e substanciais químicas
estranhas (ex: medicamentos)
• Formar a urina
• Regular o equilíbrio acido básico (pH sanguíneo)
• Regular a pressão arterial (sistema renina
angiotensina), alem de secreção de substancias
variáveis.
• Regular os eletrólitos (sódio, potássio, cálcio,
magnésio, entre outros)
• Regular a quantidade de água no organismo
• Regular a produção de eritrócitos (secreção de
eritropoetina que estimula a produção de hemácias).
• Regular a produção de vitamina D.
Formação da Urina
• A formação da urina inicia-se no glomérulo, onde
cerca de 20% do plasma que entra no rim através da
artéria renal são filtrados. Após sua formação, o
filtrado glomerular caminha pelos túbulos renais e
sua composição e volume vão sendo modificados
através da reabsorção e secreção tubular existentes
ao longo do néfron.
Formação da Urina
• Tanto os capilares renais como os extra-renais
permitem a passagem de molécula pequenas como
as da água, uréia, sódio, cloreto e glicose. Porém,
não permitem a passagem de partículas grandes
como os eritrócitos e/ou a maioria das proteínas
plasmáticas.
Formação da Urina
• Inicialmente o sangue a ser depurado penetra no
glomérulo com uma pressão elevada. Grande parte
da fração líquida do sangue é filtrada através de
pequenos poros situados nas paredes dos vasos
sanguíneos do glomérulo e também pela camada
interna da cápsula de Bowman.
Formação da Urina
• Os capilares renais permitem a passagem de
molécula pequenas como as da água, uréia, sódio,
cloreto e glicose. Porém, não permitem a passagem
de partículas grandes como os eritrócitos e/ou a
maioria das proteínas plasmáticas. O líquido filtrado,
depurado, penetra no espaço de Bowman (a zona
que se encontra entre as camadas interna e externa
da cápsula de Bowman) e passa pelo tubo que sai
da
Formação da Urina
• Na primeira parte do tubo (tubo contornado
proximal), absorvem-se a maior parte do sódio, água,
glicose e outras substâncias filtradas, as quais,
posteriormente, voltam a integrar o sangue.
• Dos 180 litros/dia de filtrado glomerular, apenas
cerca de 60 litros/dia saem dos túbulos proximais e
passam à alças de Henle e eliminamos somente 1 a
2 litros/dia de urina
Formação da Urina
• O rim também utiliza o transporte ativo para eliminar
algumas substâncias que por serem maiores não
conseguem passar pelos poros do glomérulo. A parte
seguinte do néfron é a Alça de Henle. À medida que
o líquido passa através da alça vários eletrólitos são
reabsorvidos. Na parte distal do túbulo o sódio é
reabsorvido e o potássio excretado
• O líquido proveniente de vários nefrónos passa para
o interior do chamado tubo coletor. Nos tubos
coletores, o líquido pode seguir através do rim sob a
forma de urina diluída, ou a água desta pode ser
absorvida e devolvida ao sangue, fazendo com que a
urina seja mais concentrada.
Figura mostrando
vascularização
renal intensa
Eliminação da Urina
• Mediante as hormônios que influem na função renal,
o organismo controla a concentração de urina
segundo as suas necessidades de água.
• A urina formada nos rins flui pelos ureteres para o
interior da bexiga, mas não o faz passivamente como
a água através de uma tubagem. Os ureteres são
tubos musculares que conduzem cada pequena
quantidade de urina mediante ondas de contração.
• Na bexiga, cada ureter passa através de um
esfíncter, uma estrutura muscular de forma circular
que se abre para deixar passar a urina e depois vai-
se estreitando até se fechar
Eliminação da Urina
• A urina vai-se acumulando na bexiga à medida que
chega com regularidade por cada ureter. A bexiga,
que se pode dilatar, aumenta gradualmente o seu
tamanho para se adaptar ao aumento do volume de
urina e, quando finalmente se enche, envia sinais
nervosos ao cérebro que transmitem a necessidade
de urinar. Durante a micção, outro esfíncter,
localizado entre a bexiga e a uretra (à saída da
bexiga), abre-se, deixando fluir a urina.
Simultaneamente, a parede da bexiga contrai-se,
criando uma pressão que força a urina a sair pela
uretra. A contração dos músculos da parede
abdominal acrescenta uma pressão adicional. Os
esfincteres, através dos quais os ureteres entram na
bexiga, permanecem fechados para impedir que a
urina reflua para os ureteres.
Patologias Renais
• As principais doenças são:
- pielonefrite ( infecção renal)
- glomerulonefrite (inflamação renal)
- nefrolitíase (cálculo renal)
- lesões renais causadas por DM e HAS
- rins policísticos (cistos renais hereditários)
Radiografia mostrando presença de cálculo renal
Exame contrastado
mostrando
distensão vesical
Insuficiência Renal
• É a perda das funções dos rins, podendo ser aguda
ou crônica.
• Insuficiência Renal Aguda: Em alguns pacientes
com doenças graves, os rins podem parar de
funcionar de maneira rápida, porém temporária.
Rápida porque a função renal é perdida em algumas
horas e temporária porque os rins podem voltar a
funcionar após algumas semanas. A esta situação os
médicos chamam de insuficiência renal aguda..
Insuficiência Renal
• Insuficiência Renal Crônica: é a perda lenta,
progressiva e irreversível das funções renais. Por ser
lenta e progressiva, esta perda resulta em processos
adaptativos que, até um certo ponto, mantêm o
paciente sem sintomas da doença.Até que tenha
perdido cerca de 50% de sua função renal, os
pacientes permanecem quase que sem sintomas. A
partir daí podem aparecer sintomas e sinais que nem
sempre incomodam muito o paciente. Deste ponto
até que os rins estejam funcionando somente 10-
12% da função renal normal, pode-se tratar os
pacientes com medicamentos e dieta. Quando a
função renal se reduz abaixo destes valores, torna-
se necessário o uso de outros métodos de
tratamento da insuficiência renal: diálise ou
transplante renal.
Alterações da Urina
Volume anormal:
• num adulto, uma produção diária de urina superior a
2,5 L é invulgar, a menos que o indivíduo beba
líquidos em excesso ou sofra de alguma doença.
Pode haver uma produção anormalmente reduzida
de urina - menos de 0,4 L - em casos de
desidratação grave ou de insuficiência renal aguda.
Esta situação pode também ocorrer quando os rins
não recebem o seu abastecimento normal de sangue
em virtude de situações como na insuficiência
cardíaca, choque ou doença hepática em fase
avançada.
• A falta de produção de urina pelos rins pode dever-se
a lesões graves nos rins. Todavia, o impedimento à
passagem da urina contida na bexiga deve-se, mais
freqüentemente, a uma obstrução na parte inferior do
trato urinário em resultado de um tumor na próstata,
de cálculos encravados na uretra ou da hipertrofia da
próstata e, nesse caso, trata-se de uma situação de
retenção urinária em que a produção de urina é
efetivamente normal, e não de uma anúria.
Aspecto anormal
• A urina turva pode dever-se a uma infecção do trato
urinário e, nesse caso, tem um cheiro fétido. Os
cálculos do trato urinário podem também originar
uma urina turva, mas não necessariamente
infectada. A urina turva é resultado da presença de
determinados sais, como fosfatos. Em casos raros,
pode aparecer linfa misturada com a urina, o que lhe
confere um aspecto leitoso.
• Quando ligeira, a hematúria (presença de sangue na
urina) dá à urina um aspecto escurecido. Quando a
quantidade de sangue na urina aumenta, esta torna-
se avermelhada e pode conter coágulos.
• Em pessoas com icterícia, a urina é castanha ou
alaranjada.
• A urina com espuma, principalmente se esta persiste
depois de ter sido agitada, pode conter excesso de
proteínas.
Composição anormal
• Na DM o excesso de glicose no sangue passa para a
urina, causando glicosúria.
• Na glomerulonefrite pode registar-se um excesso de
protéina na urina, situação designada por
proteinúria.
• No caso de insuficiência renal, a quantidade total de
produtos residuais na urina (como ureia) é reduzida.
Exame Físico
• Sinal de GIORDANO: percussão dolorosa ao nível
da região dorso abdominal, evidenciando irritação
retroperitonial de origem renal.
• A inspeção pouco informa sobre alterações desse
segmento mas permite identificar abaulamento
bilateral
• Os rins não são delimitáveis pela percussão dígito-
digital
Terminologia
• Disúria: dor ao urina
• Polaciúria: aumento na freqüência ao urinar
• Nictúria: eliminação de volume aumentado de urina à noite
• Poliúria: débito elevado
• Oligúria: 100 a 400ml / 24h
• Anúria: menos que 100ml / 24h
• Piúria: presença de pus na urina
• Hematúria: presença de sangue na urina
• Glicosúria: presença de glicose na urina
• Proteinúria: presença de proteína na urina
• Colúria: coloração escurecida da urina (concentração elevada)

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Avaliação do sistema renal e urinario...

  • 1. Prof° Suzana C. N. Lino Avaliação do Sistema Renal e Urinário
  • 2. Anatomia do Sistema Renal e Urinário
  • 3. Sistema Renal e Urinário • Formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e excretam a urina. • Constituído por: um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra.
  • 4. Sistema Renal e Urinário • Os rins são os principais órgãos do sistema urinário que atuam extraindo do sangue os produtos residuais do sangue através de milhões de pequenos filtros, denominadas nefróns, que são a unidade funcional dos rins. Dos nefróns, os resíduos recolhidos são enviados através dos ureteres para a bexiga que está ligada a um canal - a uretra - que se abre no exterior pelo meato urinário. • Cada rim contém aproximadamente 1 milhão de néfrons. Um nefrón é constituído por uma estrutura redonda e oca (cápsula de Bowman), que contém uma rede de vasos sanguíneos (o glomérulo). Estas duas estruturas configuram o que se denomina um corpúsculo renal.
  • 5. Rim
  • 6.
  • 9.
  • 12. Funções • Excretar produtos da degradação do metabolismo (uréia e creatinina) e substanciais químicas estranhas (ex: medicamentos) • Formar a urina • Regular o equilíbrio acido básico (pH sanguíneo) • Regular a pressão arterial (sistema renina angiotensina), alem de secreção de substancias variáveis. • Regular os eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, magnésio, entre outros) • Regular a quantidade de água no organismo • Regular a produção de eritrócitos (secreção de eritropoetina que estimula a produção de hemácias). • Regular a produção de vitamina D.
  • 13. Formação da Urina • A formação da urina inicia-se no glomérulo, onde cerca de 20% do plasma que entra no rim através da artéria renal são filtrados. Após sua formação, o filtrado glomerular caminha pelos túbulos renais e sua composição e volume vão sendo modificados através da reabsorção e secreção tubular existentes ao longo do néfron.
  • 14. Formação da Urina • Tanto os capilares renais como os extra-renais permitem a passagem de molécula pequenas como as da água, uréia, sódio, cloreto e glicose. Porém, não permitem a passagem de partículas grandes como os eritrócitos e/ou a maioria das proteínas plasmáticas.
  • 15. Formação da Urina • Inicialmente o sangue a ser depurado penetra no glomérulo com uma pressão elevada. Grande parte da fração líquida do sangue é filtrada através de pequenos poros situados nas paredes dos vasos sanguíneos do glomérulo e também pela camada interna da cápsula de Bowman.
  • 16. Formação da Urina • Os capilares renais permitem a passagem de molécula pequenas como as da água, uréia, sódio, cloreto e glicose. Porém, não permitem a passagem de partículas grandes como os eritrócitos e/ou a maioria das proteínas plasmáticas. O líquido filtrado, depurado, penetra no espaço de Bowman (a zona que se encontra entre as camadas interna e externa da cápsula de Bowman) e passa pelo tubo que sai da
  • 17. Formação da Urina • Na primeira parte do tubo (tubo contornado proximal), absorvem-se a maior parte do sódio, água, glicose e outras substâncias filtradas, as quais, posteriormente, voltam a integrar o sangue. • Dos 180 litros/dia de filtrado glomerular, apenas cerca de 60 litros/dia saem dos túbulos proximais e passam à alças de Henle e eliminamos somente 1 a 2 litros/dia de urina
  • 18. Formação da Urina • O rim também utiliza o transporte ativo para eliminar algumas substâncias que por serem maiores não conseguem passar pelos poros do glomérulo. A parte seguinte do néfron é a Alça de Henle. À medida que o líquido passa através da alça vários eletrólitos são reabsorvidos. Na parte distal do túbulo o sódio é reabsorvido e o potássio excretado • O líquido proveniente de vários nefrónos passa para o interior do chamado tubo coletor. Nos tubos coletores, o líquido pode seguir através do rim sob a forma de urina diluída, ou a água desta pode ser absorvida e devolvida ao sangue, fazendo com que a urina seja mais concentrada.
  • 19.
  • 21. Eliminação da Urina • Mediante as hormônios que influem na função renal, o organismo controla a concentração de urina segundo as suas necessidades de água. • A urina formada nos rins flui pelos ureteres para o interior da bexiga, mas não o faz passivamente como a água através de uma tubagem. Os ureteres são tubos musculares que conduzem cada pequena quantidade de urina mediante ondas de contração. • Na bexiga, cada ureter passa através de um esfíncter, uma estrutura muscular de forma circular que se abre para deixar passar a urina e depois vai- se estreitando até se fechar
  • 22. Eliminação da Urina • A urina vai-se acumulando na bexiga à medida que chega com regularidade por cada ureter. A bexiga, que se pode dilatar, aumenta gradualmente o seu tamanho para se adaptar ao aumento do volume de urina e, quando finalmente se enche, envia sinais nervosos ao cérebro que transmitem a necessidade de urinar. Durante a micção, outro esfíncter, localizado entre a bexiga e a uretra (à saída da bexiga), abre-se, deixando fluir a urina. Simultaneamente, a parede da bexiga contrai-se, criando uma pressão que força a urina a sair pela uretra. A contração dos músculos da parede abdominal acrescenta uma pressão adicional. Os esfincteres, através dos quais os ureteres entram na bexiga, permanecem fechados para impedir que a urina reflua para os ureteres.
  • 23. Patologias Renais • As principais doenças são: - pielonefrite ( infecção renal) - glomerulonefrite (inflamação renal) - nefrolitíase (cálculo renal) - lesões renais causadas por DM e HAS - rins policísticos (cistos renais hereditários)
  • 24. Radiografia mostrando presença de cálculo renal
  • 26. Insuficiência Renal • É a perda das funções dos rins, podendo ser aguda ou crônica. • Insuficiência Renal Aguda: Em alguns pacientes com doenças graves, os rins podem parar de funcionar de maneira rápida, porém temporária. Rápida porque a função renal é perdida em algumas horas e temporária porque os rins podem voltar a funcionar após algumas semanas. A esta situação os médicos chamam de insuficiência renal aguda..
  • 27. Insuficiência Renal • Insuficiência Renal Crônica: é a perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais. Por ser lenta e progressiva, esta perda resulta em processos adaptativos que, até um certo ponto, mantêm o paciente sem sintomas da doença.Até que tenha perdido cerca de 50% de sua função renal, os pacientes permanecem quase que sem sintomas. A partir daí podem aparecer sintomas e sinais que nem sempre incomodam muito o paciente. Deste ponto até que os rins estejam funcionando somente 10- 12% da função renal normal, pode-se tratar os pacientes com medicamentos e dieta. Quando a função renal se reduz abaixo destes valores, torna- se necessário o uso de outros métodos de tratamento da insuficiência renal: diálise ou transplante renal.
  • 28. Alterações da Urina Volume anormal: • num adulto, uma produção diária de urina superior a 2,5 L é invulgar, a menos que o indivíduo beba líquidos em excesso ou sofra de alguma doença. Pode haver uma produção anormalmente reduzida de urina - menos de 0,4 L - em casos de desidratação grave ou de insuficiência renal aguda. Esta situação pode também ocorrer quando os rins não recebem o seu abastecimento normal de sangue em virtude de situações como na insuficiência cardíaca, choque ou doença hepática em fase avançada.
  • 29. • A falta de produção de urina pelos rins pode dever-se a lesões graves nos rins. Todavia, o impedimento à passagem da urina contida na bexiga deve-se, mais freqüentemente, a uma obstrução na parte inferior do trato urinário em resultado de um tumor na próstata, de cálculos encravados na uretra ou da hipertrofia da próstata e, nesse caso, trata-se de uma situação de retenção urinária em que a produção de urina é efetivamente normal, e não de uma anúria.
  • 30. Aspecto anormal • A urina turva pode dever-se a uma infecção do trato urinário e, nesse caso, tem um cheiro fétido. Os cálculos do trato urinário podem também originar uma urina turva, mas não necessariamente infectada. A urina turva é resultado da presença de determinados sais, como fosfatos. Em casos raros, pode aparecer linfa misturada com a urina, o que lhe confere um aspecto leitoso. • Quando ligeira, a hematúria (presença de sangue na urina) dá à urina um aspecto escurecido. Quando a quantidade de sangue na urina aumenta, esta torna- se avermelhada e pode conter coágulos. • Em pessoas com icterícia, a urina é castanha ou alaranjada. • A urina com espuma, principalmente se esta persiste depois de ter sido agitada, pode conter excesso de proteínas.
  • 31. Composição anormal • Na DM o excesso de glicose no sangue passa para a urina, causando glicosúria. • Na glomerulonefrite pode registar-se um excesso de protéina na urina, situação designada por proteinúria. • No caso de insuficiência renal, a quantidade total de produtos residuais na urina (como ureia) é reduzida.
  • 32. Exame Físico • Sinal de GIORDANO: percussão dolorosa ao nível da região dorso abdominal, evidenciando irritação retroperitonial de origem renal. • A inspeção pouco informa sobre alterações desse segmento mas permite identificar abaulamento bilateral • Os rins não são delimitáveis pela percussão dígito- digital
  • 33. Terminologia • Disúria: dor ao urina • Polaciúria: aumento na freqüência ao urinar • Nictúria: eliminação de volume aumentado de urina à noite • Poliúria: débito elevado • Oligúria: 100 a 400ml / 24h • Anúria: menos que 100ml / 24h • Piúria: presença de pus na urina • Hematúria: presença de sangue na urina • Glicosúria: presença de glicose na urina • Proteinúria: presença de proteína na urina • Colúria: coloração escurecida da urina (concentração elevada)