2. INTRODUÇÃO
Por que avaliar?
•Avaliamos para acompanhar mudanças que os sistemas sofrem
(e por outras razões)
•A sociedade, escola, pais, alunos e professores se interessem
pela avaliação da aprendizagem
• tarefa didática necessária e permanente
• acompanhar passo a passo o processo ensino aprendizagem
• comparar os resultados obtidos com os objetivos propostos
• constatar progressos, dificuldades e reorientações do trabalho
3. • reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho
• sua finalidade é um aspecto crucial
• atividade complexa, que não se resume à realização de provas
e atribuição de notas
• os tipos de avaliação usados e a natureza das decisões
adotadas dependem do referencial teórico do professor e do
projeto político pedagógico (ppp) da escola
o que avaliar, critérios, instrumentos e
situação temporal
4. Avaliação e abordagens educacionais
Abordagem Avaliação
Tradicional Quantidade e exatidão na reprodução do
conteúdo comunicado nas aulas.
Comportamentalista Objetivos de mudança de comportamento.
Antes, durante e depois. Parte da
aprendizagem.
Humanista Auto-avaliação.
Cognitivista Qualitativa, sem pressão no sentido de
desempenhos padronizados.
Sócio-cultural Auto-avaliação e avaliação mútua da
prática educativa por prof. e alunos.
5. Uma definição de avaliação escolar
• apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo ensino-
aprendizagem
• auxilia o professor e a escola a tomarem decisões sobre suas
práticas
• auxilia o aluno e a família a refletirem sobre seu envolvimento no
processo
“A avaliação é da prática educativa e
não um pedaço dela” (Paulo Freire)
6. Tipos e funções da avaliação
De uma maneira geral, há 3 tipos de avaliação associadas à suas funções
DIAGNÓSTICA
FORMATIVA
SOMATIVA
8. determinar capacidades (aptidões, conhecimentos prévios,
potencial de aprendizagem, desejos, etc), causas subjacentes a
dificuldades de aprendizagem
ponto de partida para organização e seqüenciação do ensino
aplicada no início de uma unidade, bimestre ou ano letivo
finalidade prognóstica
Diagnóstica
9. EXEMPLO
Um pedaço de pão é comprimido por uma pessoa, entre suas mãos.
A massa (a grandeza física!) do pedaço de pão aumenta,
diminui ou não varia?
E o volume do pão?
E a densidade do pão?
Explique suas respostas.
10. fornecer ‘feedbacks’ para o professor e aluno
localizar falhas e dificuldades
aplicada durante a instrução
comportamentos cognitivos X aprendizagem do
conteúdo
padrão individual de desempenho
Formativa
• Caracterização dinâmica da situação educativa professor
pesquisador e ‘tomador’ de decisões
• Dessa maneira, assegura-se a ‘recuperação’ do aluno durante
o processo
11. exemplo
A figura mostra um pedreiro jogando um
tijolo para um colega que se encontra um
andar acima. Represente e identifique a(s)
força(s) atuando sobre o tijolo quando ele se
encontra no meio da subida.
12. Um jogador de futebol chuta a bola.
Represente e identifique a(s) força(s)
atuando sobre a bola quando ela está
passando pelo ponto A de sua trajetória.
A
exemplo
13. objetivo mais genérico que a formativa
determinar resultados alcançados ao final de uma
unidade ou de um curso
atribuição de conceitos, notas, etc.
suas principais características são
Somativa
• nem tanto sua periodicidade, mas sim estar
no final de uma etapa
• sua maior abrangência
a maneira de entendê-la e colocá-la em prática
depende do ppp e do marco teórico do professor
14. Avaliação continuada X avaliação pontual
(periodicidade)
Avaliação continuada
Diagnóstica e formativa
(processo)
Somativa
(produto)
Avaliação pontual
Diagnóstica e formativa
(processo)
Somativa
(produto)
15. Instrumentos de avaliação
• as escolhas dependem dos objetivos a serem medidos
• das condições em que são usados
• se o desempenho não for satisfatório, crie motivações,
exercícios e atividades que permitam o alcance dos objetivos
• o professor pode ser “construtivista” e usar provas
• bem como ser ‘tradicional’ e usar auto-avaliação
16. Avaliação Dissertativa
definição Série de perguntas que exijam capacidade de estabelecer
relações, resumir, analisar e julgar
função Verificar a capacidade de analisar o problema central, abstrair
fatos, formular idéias e redigi-las
vantagens O aluno tem liberdade para expor os pensamentos, mostrando
habilidades de organização, interpretação e expressão
análise Defina o valor de cada pergunta e atribua pesos a clareza das
idéias, para a capacidade de argumentação e conclusão e a apresentação
da prova
17. Resolução de Problemas
definição Questões baseadas em situações reais ou idealizadas que exijam
aplicação formal do conteúdo.
função Verificar a capacidade de aplicação de conceitos e leis científicas,
seleção das variáveis relevantes, abstrair fatos, interpretar e elaborar
gráficos, discutir relações de proporcionalidade.
vantagens Facilita a atribuição de notas, elaboração relativamente fácil
para o professor. Possibilita ao aluno a formalização dos conhecimentos.
análise Defina o valor de cada problema e atribua valores à conquista de
cada objetivo individualmente
18. Seminário
definição Exposição oral para um público leigo, utilizando a fala e materiais
de apoio adequados ao assunto
função Possibilitar a transmissão verbal das informações pesquisadas de
forma eficaz
vantagens Contribui para a aprendizagem do ouvinte e do expositor, exige
pesquisa, planejamento e organização das informações; desenvolve a
oralidade em público
análise Atribua pesos à abertura, ao desenvolvimento do tema, aos materiais
utilizados e à conclusão. Estimule a classe a fazer perguntas e emitir
opiniões, respeite as características individuais
19. Trabalho em grupo
definição Atividades de natureza diversa (escrita, oral, gráfica, corporal
etc) realizadas coletivamente
função Desenvolver o espírito colaborativo e a socialização
vantagens Possibilita o trabalho organizado em classes numerosas e a
abrangência de diversos conteúdos em caso de escassez de tempo
análise Observe se houve participação de todos e colaboração entre os
colegas, atribua valores às diversas etapas do processo e ao produto final
como utilizar Em caso de haver problemas de socialização, organize
jogos e atividades em que a colaboração seja o elemento principal
20. Outros
Debates, observação do professor, pequenos projetos de pesquisa,
monografias, protótipos, maquetes, diários, blogs, teatro ...
21. Etapas da avaliação
1. Formular os objetivos do ensino
2. Estabelecer os critérios de avaliação
• Especificar a situação que permite determinar se os objetivos foram atingidos
• especificar um nível mínimo de desempenho
• As expectativas devem ser coerentes com o desenvolvimento dos alunos
• estabelecer ‘graus’ de desempenho (notas, conceitos, etc)
3. Aferir os resultados de cada aluno e interpretá-los
• A atitude tomada pelo professor depende da função atribuída à avaliação
em sua prática pedagógica e do ppp
• avaliação normativa e criterial
• compartilhar os resultados com alunos, escola e família
22. Considerações
Entendendo a avaliação como um recurso de aprimoramento de
indivíduos em diversos aspectos e da prática pedagógica, ela deixa de ser
uma imposição e passa a ser um ato compartilhado.
Por que avaliar? Estimular uma reflexão crítica, planejamento e correção
de rumos
Para quem avaliar? Para o próprio indivíduo (do ponto de vista pessoal,
moral e intelectual) e para a sociedade
O que avaliar? Competências, habilidades e conteúdos
Quem avalia? Todos
Como avaliar? Múltiplos instrumentos
23. Até aqui, tudo parece muito simples! Mas...
Por que a avaliação na escola ocupa tanto tempo
das reuniões pedagógicas, encontros de
professores, seminários, etc?
• Influências que a avaliação pode ter na vida da pessoa, dentro e fora da
esfera escolar e no processo educativo
• muitas vezes os professores sentem-se frustados com os resultados de suas
avaliações. As explicações que encontram vão desde “os alunos não querem
nada com os estudos” até “a culpa é toda minha, não consegui fazê-los
aprender”
• A avaliação é parte de um processo amplo, que envolve responsabilidades
de todos os atores envolvidos
24. • Porque há muitas controvérsias sobre temas fundamentais como, por
exemplo, atribuição de notas, aprovação/retenção, inclusão/exclusão,
progressão continuada, e muito mais!
•Além disso, há muitas questões envolvidas no processo de
ensino/aprendizagem que estão além do alcance do professor como, por
exemplo, violência, desagregação familiar, pobreza, e muito mais!
• Apesar de todas as dificuldades, o professor tem que ser crítico e
reflexivo sobre sua prática e não aceitar passivamente nenhuma fórmula
pronta.
As modas (e os problemas) mudam....
25. Bibliografia
• Coll, C. Palácios, J. Machesi, A. Desenvolvimento Psicológico e
Educação. Psicologia da Educação. Porto Alegre: Artes Médicas,
1996. Vol2, cap. 22
• Mizukami, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São
Paulo: EPU, 1986.
• Parra, N. (org.). Didática para a escola de 1O e 2O graus. São
Paulo: Pioneira, 1987. Cap.10.
• MELO, M. M. (org.) Avaliação na educação. São Paulo: Editora
Melo, 2007.