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Grego
Professor Guilherme


História do Grego


      A história do grego começa, aproximadamente, no séc. XII a. C., numa
época em que havia uma escrita silábica. Portanto, o grego clássico começa
no séc. IX a.C., com Homero.


      Escrita silábica: se dá sempre com a união de uma vogal com uma
consoante.


      O grego tem uma característica sintética, ou seja, que coloca tudo junto.
No grego tudo te sentido, inclusive as letras. Como por exemplo:


W – Omega = “O” grande          * o grego destaca o significado e não a forma.
O – Omicron = “O” pequeno


      O que vale não é a forma, mas o que significa. O grego tem uma
característica fundamental, que são as vogais: as quais podem ser longas oi
breves. A língua grega não era tônica, mas sim musical. Por exemplo:


α – alpha breve
α – alpha longo

      Nos casos das vogais breves, a união de duas delas forma a vogal
longa, ou seja, Epsilon + Epsilon = ETA (longa); omicron + omicron = Omega.
      Com Homero, nasce as duplas consoantes (ksi e dzeta), as quais eram
a união obrigatória entre consoante e vogal. A dupla consoante quebra o
padrão da escrita.
2



         Na escrita sintética, a ordem não importa, pois cada palavra tem uma
“marca” que indica sua função na frase. Já nas línguas analíticas essa “marca”
não funciona.
Resumo até o momento:


    Língua Sintética: não importa a ordem das palavras, o conjunto tem
         sentido;
    Quantidade de vogal: longas ou breves, nasce com Homero em IX a.
         C.;
    Duplas consoantes: Ksi e dzeta, nasce com Homero em IX a.C.;


         Na língua grega há sinais que se chamam espíritos, os quais podem ser
suaves ou rudes. No caso de ser rude, o som da vogal é aspirado (como no
caso do inglês horse). Há uma série de sinais que são musicais na língua
grega.


Acentos Musicais


         - breve                                     - espírito suave
         - longa                                     - espírito rude


´- o acento agudo significa que o tom é crescente;
`- o acento grave (crase) significa que o tom é decrescente;
^/~/ - acento circunflexo significa que o tom cresce e decresce;


TODA VOGAL TEM ESPÍRITO E ACENTO NO INÍCIO DA PALAVRA


         Toda palavra tem uma parte fixa (raiz) e uma parte móvel (que designa
a função da palavra):


Omeros – Omero


Tá Metàtà Phisiká
3



       No grego, o verbo sempre tem relação com o sujeito, portanto o infinitivo
não corresponde ao real significado do verbo em grego. Na tradução, o
particípio do verbo ser grego eimi (sou) para o latim (que não tinha os recursos
suficientes), houve uma transformação para uma aglutinação de funções
latinas:
       ESSE/NT/IA
       ESSE: verbo ser em latim
       NT:
       IA:


Hipó Kéimenon – Sujeito: o que está deitado sob, ou embaixo de (Sub jectus).
Khaletós: difícil
Micrós Kósmos: Pequeno Universo
Agrós: campo
Phármacon: remédio
Pharmakós: veneno


    O Phi era lido como um “P” aspirado, depois se tomou a fonética de Fi.


Psikhé: alma
Lógos: da raiz Légo, que significa escolha. Portanto logos seria a escolha feita
pelo discurso, ou através dele.


Kalós: belo         Kalói: belos        Níkhe: vitória
Asphalós: da raiz sphalós (inseguro)

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História da língua grega: origem e características

  • 1. 1 Grego Professor Guilherme História do Grego A história do grego começa, aproximadamente, no séc. XII a. C., numa época em que havia uma escrita silábica. Portanto, o grego clássico começa no séc. IX a.C., com Homero. Escrita silábica: se dá sempre com a união de uma vogal com uma consoante. O grego tem uma característica sintética, ou seja, que coloca tudo junto. No grego tudo te sentido, inclusive as letras. Como por exemplo: W – Omega = “O” grande * o grego destaca o significado e não a forma. O – Omicron = “O” pequeno O que vale não é a forma, mas o que significa. O grego tem uma característica fundamental, que são as vogais: as quais podem ser longas oi breves. A língua grega não era tônica, mas sim musical. Por exemplo: α – alpha breve α – alpha longo Nos casos das vogais breves, a união de duas delas forma a vogal longa, ou seja, Epsilon + Epsilon = ETA (longa); omicron + omicron = Omega. Com Homero, nasce as duplas consoantes (ksi e dzeta), as quais eram a união obrigatória entre consoante e vogal. A dupla consoante quebra o padrão da escrita.
  • 2. 2 Na escrita sintética, a ordem não importa, pois cada palavra tem uma “marca” que indica sua função na frase. Já nas línguas analíticas essa “marca” não funciona. Resumo até o momento:  Língua Sintética: não importa a ordem das palavras, o conjunto tem sentido;  Quantidade de vogal: longas ou breves, nasce com Homero em IX a. C.;  Duplas consoantes: Ksi e dzeta, nasce com Homero em IX a.C.; Na língua grega há sinais que se chamam espíritos, os quais podem ser suaves ou rudes. No caso de ser rude, o som da vogal é aspirado (como no caso do inglês horse). Há uma série de sinais que são musicais na língua grega. Acentos Musicais - breve - espírito suave - longa - espírito rude ´- o acento agudo significa que o tom é crescente; `- o acento grave (crase) significa que o tom é decrescente; ^/~/ - acento circunflexo significa que o tom cresce e decresce; TODA VOGAL TEM ESPÍRITO E ACENTO NO INÍCIO DA PALAVRA Toda palavra tem uma parte fixa (raiz) e uma parte móvel (que designa a função da palavra): Omeros – Omero Tá Metàtà Phisiká
  • 3. 3 No grego, o verbo sempre tem relação com o sujeito, portanto o infinitivo não corresponde ao real significado do verbo em grego. Na tradução, o particípio do verbo ser grego eimi (sou) para o latim (que não tinha os recursos suficientes), houve uma transformação para uma aglutinação de funções latinas: ESSE/NT/IA ESSE: verbo ser em latim NT: IA: Hipó Kéimenon – Sujeito: o que está deitado sob, ou embaixo de (Sub jectus). Khaletós: difícil Micrós Kósmos: Pequeno Universo Agrós: campo Phármacon: remédio Pharmakós: veneno  O Phi era lido como um “P” aspirado, depois se tomou a fonética de Fi. Psikhé: alma Lógos: da raiz Légo, que significa escolha. Portanto logos seria a escolha feita pelo discurso, ou através dele. Kalós: belo Kalói: belos Níkhe: vitória Asphalós: da raiz sphalós (inseguro)