SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
ALFABETIZAÇÃO E LINGUÍSTICA
DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
VERSUS ENSINO SISTEMÁTICO DAS RELAÇÕES
GRAFOFONÊMICAS
Profª Alessandra Matos/FALE-
UFPA.
OS ESTUDOS DE LINGUAGEM
•Linguística : ciência que estuda a linguagem humana
em seus mais variados aspectos e funcionamento
gramatical, sociolinguístico, pragmático , discursivo
etc. A linguística se firma como ciência no século XX
com os estudos de Ferdinand de Saussure e sua
Teoria do Signo Linguístico.
FONÉTICA E FONOLOGIA
• A Fonética é a ciência que apresenta os métodos para a
descrição, classificação e transcrição dos sons da fala/língua, os
FONES, utilizados na linguagem humana. A Fonética
Articulatória compreende o estudo da produção da fala do ponto
de vista fisiológico e articulatório.
• A Fonologia estuda e descreve (com o auxílio da Fonética) os
sons da língua que atuam como FONEMAS (vogais, semivogais
e consoantes) , distinguindo significados entre os vocábulos.
NOÇÕES BÁSICAS DE FONÉTICA E
FONOLOGIA.
FONEMA: menor unidade da língua, de natureza psíquica, abstrata,
capaz de distinguir significados entre as palavras, no mesmo ponto da
cadeia sonora.
Ex.: pata ≠ bata , /’pa.ta/ - /’ba.ta/, /p/ ≠ /b/ = são fonemas distintos.
FONE: realização sonora, acústica, do fonema. Os fones são as unidades
sonoras que materializam os fonemas por meio do processo de
oralização/fonação/fala.
Ex.: tia [‘ ʧi.ɐ ] ~ [‘ ti.ɐ ] = [ ʧ ] e [ t ] são variações fônicas ALOFONES
do mesmo fonema /t/.
ARTICULEMAS:. configurações anatômicas adotadas pelo aparelho
fonador durante a produção dos fones/fonemas
•
LÍNGUA FALADA: SISTEMA
FONÉTICO-FONOLÓGICO
DA LÍNGUA DE
MODALIDADE ORAL -
AUDITIVA
FONÉTICA ACÚSTICA: PROCESSO DE FALA/AUDIÇÃO
(LÍNGUA DE MODALIDADE ORAL – AUDITIVA)
ZONA DE ARTICULAÇÃO DAS CONSOANTES
E VOGAIS.
As semivogais /y/ e /w/ são articuladas numa zona um pouco acima da zona de articulação das vogais altas
/i/ e /u/, e abaixo da zona de articulação das consoantes , com a língua mais elevada do que na articulação
das vogais altas /i/ e /u/.
CLASSIFICAÇÃO DAS VOGAIS ORAIS
/y/ /w/
IPA – ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL
O ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL (REFERENCIADO PELA SIGLA AFI E PELA SIGLA EM INGLÊS IPA, DE
(INTERNATIONAL PHONETIC ALPHABET) É UM SISTEMA DE NOTAÇÃO FONÉTICA BASEADO NO ALFABETO LATINO, CRIADO
PELA ASSOCIAÇÃO FONÉTICA INTERNACIONAL COMO UMA FORMA DE REPRESENTAÇÃO PADRONIZADA DOS SONS DO
IDIOMA FALADO. O AFI É UTILIZADO POR LINGUISTAS, FONOAUDIÓLOGOS, PROFESSORES E ESTUDANTES DE IDIOMAS
ESTRANGEIROS, CANTORES, ATORES, LEXICÓGRAFOS E TRADUTORES.
Vogais
Consoantes
APARELHO FONADOR HUMANO - ARTICULEMAS
Obs.: No quadro de articulemas de Jardini e Gomes (2005)
são necessários ajustes teóricos quanto à representação das
configurações anatômicas das vogais orais e nasais.
FONE - FONEMA - GRAFEMA/LETRA - ARTICULEMAS
[t] ~ [ ʧ ] /t/ ...................... T, t
[d] ~ [ʤ] /d/ ....................... D, d
Aa /a/= [a] ~ [ɐ] /a/ ≠ /ã/ ...................... Aa - am, an
casa [ ‘ka.zɐ ] = /’ka.za/
Os Vedas
Ex.: ata /‘a. ta/ ≠ anta /‘ã. ta/ (a vogal nasal /ã/ é
representada por dígrafo vocálico an.).
- A vogal oral /a/ ≠ vogal nasal /ã/ !
- O GRAFEMA representa o FONEMA
na ESCRITA ALFABÉTICA !
LÍNGUA ESCRITA
NOMES DAS LETRAS DO ALFABETO ROMANO
ALFA + BETA = ALFABETO
• “ Tudo o que escreve é muito interessante, por isso limito-me a acrescentar a
doutrina oficial quanto ao nome das letras em português, conforme se pode ler
no Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa de F. Rebelo Gonçalves.
• Segundo este, as vinte e três letras fundamentais do nosso alfabeto
chamam-se: á, bê, cê, dê, é, efe, gê, agá, i, jota, ele, eme, ene, ó, pê, quê,
erre, esse, tê, u, vê, xis, zê. Outras designações menos correntes são: fê,
para f; lê, para l; mê, para m; nê, para n; rê, para r; etc. Às letras
fundamentais do alfabeto acrescem três: k (cá ou capa); w (vê dobrado);
e y (ípsilon). Lembro que esta última é vulgarmente chamada i grego.”
• *** Alfa é o nome da primeira letra do alfabeto grego, deve seu nome à
palavra fenícia "aleph", que neste idioma siginifica "boi"; já a segunda
letra, beta, vem do fenício "beth", que significa "casa".
ESCRITA ALFABÉTICA: ALFABETO E
LETRAS/GRAFEMAS
• ESCRITA ALFABÉTICA: tipo de escrita de MOTIVAÇÃO
FONOLÓGICA que utiliza símbolos gráficos/letras/grafemas
para representarem os FONEMAS/SISTEMA
FONOLÓGICO de uma língua. A escrita portuguesa utiliza
o alfabeto romano, letras romanas . Ex.: Grafema Aa
Fonema /a/, Bb /b/, Tt /t/, Mm /m/, Pp /p/, Ss /s/ etc. Há
outras escritas alfabéticas como a escrita do grego, hebraico,
árabe etc.
ESCRITA ALFABÉTICA DO PORTUGUÊS: REPRESENTAÇÃO DO
SISTEMA FONOLÓGICO (SEGMENTAL/FONEMA E SUPRASSEGMENTAL:
ACENTO TÔNICO, NASALIDADE E ENTONAÇÃO FRASAL ).
• A escrita alfabética da língua portuguesa (variante brasileira, escrita
do português brasileiro) representa os seguintes aspectos de seu
sistema fonológico:
• a) As LETRAS/GRAFEMAS representam os FONEMAS, unidades do
SISTEMA SEGMENTAL da língua. O alfabeto latino consiste de 26
caracteres: A, B, C, D, E, F, G, H (por questão etimológica), I, J, K, L,
M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z que representam/simbolizam na
escrita os fonemas consonantais, vocálicos e semivocálicos. As letras
I, E e O,U representam tanto as VOGAIS /a, e, ԑ , i, ɔ, o, u/ quanto as
SEMIVOGAIS /y/ e /w/. Ex.: ilha (vogal /i/ ), pai ( semivogal /y/ ), põe (
semivogal y nasal).
ESCRITA ALFABÉTICA DO PORTUGUÊS:
REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA FONOLÓGICO.
CONTINUAÇÃO...
b) Os DIACRÍTICOS E SINAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA representam o SISTEMA
SUPRASSEGMENTAL da língua:
Diacríticos: são pequenos sinais gráficos colocados sobre, sob ou através de uma letra para
modificar ou adaptar seu som e indicam o acento de intensidade e timbre das vogais, nasalidade
das vogais nasais, sibilação do C (pronúncia de /s/ e não de /k/) casa/onça . Na língua
portuguesa, os diacríticos utilizados são a cedilha na letra ⟨c⟩ e, nas vogais, acento agudo, (´),
acento circunflexo, (^), sinal grave (`) e til (~). Em alguns casos, como o sinal grave, a distinção
na pronúncia já foi perdida, restando apenas a função de indicar o fenômeno morfofonêmico da
CRASE A artigo + A preposição = À . O til (~) é indicador de nasalidade das vogais ã e õ, não
indica tonicidade.
Ex.: ór-gão.
O USO DOS SINAIS GRÁFICOS DIACRÍTICOS:
(~), (´), (^), (`), (¸) do C cedilhado ç)
• (~) til: indica a nasalidade das vogais /ã/ e /õ/. Ex.: cão [kãw], balões [ba.’lõyʃ].
• (´) agudo: indica o timbre aberto e a tonicidade da vogal. Ex.: água [‘a.gwɐ], Pelé [pԑ.’lԑ], jiló [ʒi.’lɔ],
Pará [pa.’ra].
• (^) circunflexo: indica o timbre fechado e a tonicidade da vogal: Ex.: tricô [tri.’ko], Tietê [ ʧi. e. ‘te],
lâmpada [‘lã. pa. dɐ].
• (`) grave: indica a CRASE/FUSÃO de duas vogais, do A artigo + A preposição = À. Ex.: Vou à escola.
• (¸) cedilha: uado na letra C (c cedilhado ç ) para indicar a pronúncia sibilante [s], e não a velar [k]
Ex.: caça [‘ka. sɐ ] , moça [‘mo.sɐ].
*** Obs.: A CRASE é um metaplasmo que corresponde à fusão de duas vogais iguais (Ex.: Latim
pede (síncope do d > pee > pé (crase dos es, português). O sinal GRAVE indica a CRASE do A artigo +
A preposição na escrita portuguesa.
ESCRITA ALFABÉTICA DO PORTUGUÊS:
REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA FONOLÓGICO.
continuação...
• c) Os SINAIS DE PONTUAÇÃO FRASAL representam a ENTONAÇÃO FRASAL . Ex.: A professora
chegou . A professora chegou ? A professora chegou !
• , . ; : - _ ! ? “ ‘
• Não .
• Não ...
• Não !
• Não ?
• Uso do hífen (-) : em GUARDA-ROUPA : o que o hífen indica ? R: O sinal gráfico hífen indica que a
palavra é composta de dois radicais AINDA não cristalizados/fundidos lexicalmente {guard } + {roup}.
Diferente da palavra planalto (planoalto, onde houve uma fusão com perda da vogal o ). Ex.: fusão de
radicias: gasômetro, automóvel.
EXEMPLOS DE ESCRITAS ALFABÉTICAS
O ALFABETO LATINO, TAMBÉM CONHECIDO COMO ALFABETO ROMANO,
É O SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA MAIS UTILIZADO NO MUNDO,[1] E É O
ALFABETO UTILIZADO PARA ESCREVER A LÍNGUA PORTUGUESA E A
MAIORIA DAS LÍNGUAS DA EUROPA OCIDENTAL E CENTRAL E DAS ÁREAS
COLONIZADAS POR EUROPEUS. A SUA ORIGEM REMONTA AO SÉCULO VII
A.C. NA REGIÃO DO LÁCIO (ATUAL LAZIO, NA ITÁLIA), DAÍ A SUA
DESIGNAÇÃO COMO "LATINO". AO LONGO DOS SÉCULOS XIX E XX, O
ALFABETO LATINO TORNOU-SE TAMBÉM O ALFABETO PREFERENCIALMENTE
ADOTADO POR UM NÚMERO CONSIDERÁVEL DE OUTRAS LÍNGUAS, EM
ESPECIAL PELAS LÍNGUAS INDÍGENAS DE ZONAS COLONIZADAS POR
EUROPEUS QUE NÃO TINHAM SISTEMAS DE ESCRITA PRÓPRIOS. (...) O
ALFABETO USADO PELOS ROMANOS CONSISTIA SOMENTE DE LETRAS
MAIÚSCULAS (OU CAIXA ALTA). AS LETRAS MINÚSCULAS, OU DE CAIXA
BAIXA, SURGIRAM NA IDADE MÉDIA A PARTIR DA ESCRITA CURSIVA
ROMANA, PRIMEIRO COMO UMA ESCRITA UNCIAL, E DEPOIS COMO
MINÚSCULAS. AS ANTIGAS LETRAS ROMANAS FORAM MANTIDAS EM
INSCRIÇÕES FORMAIS E PARA DAR ÊNFASE EM DOCUMENTOS ESCRITOS. AS
LÍNGUAS QUE USAM O ALFABETO LATINO GERALMENTE USAM MAIÚSCULAS
PARA INICIAR PARÁGRAFOS, SENTENÇAS E NOMES PRÓPRIOS. AS REGRAS
DE USO DE MAIÚSCULAS MUDARAM COM O TEMPO, E VARIAM UM POUCO
ENTRE IDIOMAS DIFERENTES. O INGLÊS, POR EXEMPLO, COSTUMAVA PÔR
TODOS OS SUBSTANTIVOS INICIADOS EM CAIXA ALTA, COMO O ALEMÃO
AINDA FAZ ATUALMENTE.
- O PORTUGUÊS POSSUI 12 FONEMAS VOGAIS E 02
SEMIVOGAIS:
A) 07 VOGAIS ORAIS: /a/, /ԑ/, /e/, /i/, /o/, /ɔ/, /u/.
B) 05 VOGAIS NASAIS: /ã/, /ẽ/, /ĩ/, /õ/, /ũ/.
Ex.: lá ≠ lã
- A ESCRITA ALFABÉTICA PORTUGUESA POSSUI 05
LETRAS/GRAFEMAS VOCÁLICOS: A, E, I, O, U QUE
SÃO UTILIZADOS NA REPRESENTAÇÃO DAS 12
VOGAIS E DAS 02 SEMIVOGAIS /y/ e /w/.
C) SEMIVOGAIS i =/y/ e u =/w/.
- AS 05 VOGAIS NASAIS /ã/, /ẽ/, /ĩ/, /õ/, /ũ/ SÃO
REPRESENTADAS POR DÍGRAFOS VOCÁLICOS:
/ã/ am, an ex.: ata ≠anta, anda, tampa
/ẽ/ em, en ex.: dente, pente, tempo
/ĩ/ im, in ex.: tinta, tímpano, timbre.
/õ/ om, on ex.: onda, ponta, tombo, bom, bomba
/ũ/ um, un ex.: tumba, mundo /’mũ.du/
*** O ã e o õ não são dígrafos porque o til (~) não é letra,
é um diacrítico.
Vogais Nasais: representação gráfica.
Obs.: Um trabalho de alfabetização
necessita levar o alfabetizando ao
desenvolvimento da consciência
fonológica de sua língua materna.
Neste aspecto, um alfabetizador
precisa ter formação científica/técnica
em Fonética Articulatória e Fonologia
da língua representada na escrita
alfabética
Consciência
fonológica
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
• 1) Sintéticos: vão da noção da menor parte até a percepção do todo/maior parte
• 2) Analítico/Global: vão da noção da maior parte (o todo) até a percepção da menor
parte . Miriti = mi – ri – ti = ma, me, mi, mo, um = m + i
3) Ecléticos: misturam as modalidades sintéticas e analíticas.
letra/fonema/fone sílaba palavra frase texto
texto frase palavra sílaba
fone/fonema/letra
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO: CONSCIÊNCIA
FONOLÓGICA
A ESCRITA ALFABÉTICA: CARACTERÍSTICAS
1) “Mapeia” a oralidade, ou seja,
mapeia a linearidade do signo
linguístico (palavra) e sua
articulação segmental (em
unidades sonoras menores: do
que a palavra: fones, fonemas,
sílabas;
2) Simboliza/mapeia:
- Os fonemas (unidades
segmentáveis)
- a pausa entre as sílabas,
palavras e frases;
- A tonicidade e timbre das
vogais;
- A nasalidade das vogais
nasais;
Acasa
técnica téc – ni – ca
/’te. ki. ni. ka/ : todas são sílaba
padrão CV, dentro do padrão
silábico do português.
é
A (artigo átono, as crianças tendem a “
grudar” os artigos com as palavras tônicas,
formando um só vocábulo fonológico)
branca
.
A escrita e divisão silábica ortográfica da palavra TÉCNICA (téc – ni – ca) não representa a
fonologia da sílaba portuguesa, pois em português não temos sílabas travadas em /k/, /d/, /b/ , dentre
outros . A motivação da escrita desta palavra é etimológica. Escritas como sub-je-ti-vo
[su.bi.je.ʒe.ʧ’i.vu], ad-je-ti-vo [a. ʤi.ʒe. ‘ʧi.vu] destacam os prefixos {sub-} e {ad-}, cuja motivação é
morfológica.
Alfabetização e fonologia

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Alfabetização e fonologia

C. Bombardelli - Curso de Latim (versão 1)
C. Bombardelli - Curso de Latim (versão 1)C. Bombardelli - Curso de Latim (versão 1)
C. Bombardelli - Curso de Latim (versão 1)Clovis Bombardelli
 
fonetica e fonologia da LP.pptx
fonetica e fonologia da LP.pptxfonetica e fonologia da LP.pptx
fonetica e fonologia da LP.pptxLeniomarMorais
 
tecnica da descricao linguistica.pdf
tecnica da descricao linguistica.pdftecnica da descricao linguistica.pdf
tecnica da descricao linguistica.pdfMICHELLE653154
 
Fonética e fonologia
Fonética e fonologia Fonética e fonologia
Fonética e fonologia Ana Vogeley
 
Apostilasobreviciosdelinguagem
ApostilasobreviciosdelinguagemApostilasobreviciosdelinguagem
ApostilasobreviciosdelinguagemAndre Fernandez
 
Apostila de acentuação gráfica
Apostila de acentuação gráficaApostila de acentuação gráfica
Apostila de acentuação gráficaFernando Souza
 
Convenções e transcrição fonética
Convenções e transcrição fonéticaConvenções e transcrição fonética
Convenções e transcrição fonéticanivalda
 
Noções de fonética e ortografia
Noções de fonética e ortografiaNoções de fonética e ortografia
Noções de fonética e ortografiaWillianCarvalho60
 
Textualidade (erros grosseiros cometidos na língua portuguesa)
Textualidade (erros grosseiros cometidos na língua portuguesa)Textualidade (erros grosseiros cometidos na língua portuguesa)
Textualidade (erros grosseiros cometidos na língua portuguesa)Katielly Vila Verde
 

Semelhante a Alfabetização e fonologia (20)

FONÉTICA E FONOLOGIA
FONÉTICA E FONOLOGIAFONÉTICA E FONOLOGIA
FONÉTICA E FONOLOGIA
 
C. Bombardelli - Curso de Latim (versão 1)
C. Bombardelli - Curso de Latim (versão 1)C. Bombardelli - Curso de Latim (versão 1)
C. Bombardelli - Curso de Latim (versão 1)
 
fonetica e fonologia da LP.pptx
fonetica e fonologia da LP.pptxfonetica e fonologia da LP.pptx
fonetica e fonologia da LP.pptx
 
Apostila de-portugues-
Apostila de-portugues- Apostila de-portugues-
Apostila de-portugues-
 
Fonologia aula 01
Fonologia aula 01Fonologia aula 01
Fonologia aula 01
 
Fonética e Fonologia
Fonética e FonologiaFonética e Fonologia
Fonética e Fonologia
 
A LÍNGUA DE EULÁLIA - RESUMO.pdf
A LÍNGUA DE EULÁLIA - RESUMO.pdfA LÍNGUA DE EULÁLIA - RESUMO.pdf
A LÍNGUA DE EULÁLIA - RESUMO.pdf
 
tecnica da descricao linguistica.pdf
tecnica da descricao linguistica.pdftecnica da descricao linguistica.pdf
tecnica da descricao linguistica.pdf
 
Libras
LibrasLibras
Libras
 
Da fonética até à sintaxe1
Da fonética até à sintaxe1Da fonética até à sintaxe1
Da fonética até à sintaxe1
 
Fonética e fonologia
Fonética e fonologia Fonética e fonologia
Fonética e fonologia
 
Aula_2_sincrona.pptx
Aula_2_sincrona.pptxAula_2_sincrona.pptx
Aula_2_sincrona.pptx
 
Oficina de ortografia 9 ano
Oficina de ortografia 9 anoOficina de ortografia 9 ano
Oficina de ortografia 9 ano
 
Apostilasobreviciosdelinguagem
ApostilasobreviciosdelinguagemApostilasobreviciosdelinguagem
Apostilasobreviciosdelinguagem
 
Letra e-fonema1
Letra e-fonema1Letra e-fonema1
Letra e-fonema1
 
Libras
Libras Libras
Libras
 
Apostila de acentuação gráfica
Apostila de acentuação gráficaApostila de acentuação gráfica
Apostila de acentuação gráfica
 
Convenções e transcrição fonética
Convenções e transcrição fonéticaConvenções e transcrição fonética
Convenções e transcrição fonética
 
Noções de fonética e ortografia
Noções de fonética e ortografiaNoções de fonética e ortografia
Noções de fonética e ortografia
 
Textualidade (erros grosseiros cometidos na língua portuguesa)
Textualidade (erros grosseiros cometidos na língua portuguesa)Textualidade (erros grosseiros cometidos na língua portuguesa)
Textualidade (erros grosseiros cometidos na língua portuguesa)
 

Último

"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 

Último (20)

"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 

Alfabetização e fonologia

  • 1. ALFABETIZAÇÃO E LINGUÍSTICA DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA VERSUS ENSINO SISTEMÁTICO DAS RELAÇÕES GRAFOFONÊMICAS Profª Alessandra Matos/FALE- UFPA.
  • 2. OS ESTUDOS DE LINGUAGEM •Linguística : ciência que estuda a linguagem humana em seus mais variados aspectos e funcionamento gramatical, sociolinguístico, pragmático , discursivo etc. A linguística se firma como ciência no século XX com os estudos de Ferdinand de Saussure e sua Teoria do Signo Linguístico.
  • 3. FONÉTICA E FONOLOGIA • A Fonética é a ciência que apresenta os métodos para a descrição, classificação e transcrição dos sons da fala/língua, os FONES, utilizados na linguagem humana. A Fonética Articulatória compreende o estudo da produção da fala do ponto de vista fisiológico e articulatório. • A Fonologia estuda e descreve (com o auxílio da Fonética) os sons da língua que atuam como FONEMAS (vogais, semivogais e consoantes) , distinguindo significados entre os vocábulos.
  • 4. NOÇÕES BÁSICAS DE FONÉTICA E FONOLOGIA. FONEMA: menor unidade da língua, de natureza psíquica, abstrata, capaz de distinguir significados entre as palavras, no mesmo ponto da cadeia sonora. Ex.: pata ≠ bata , /’pa.ta/ - /’ba.ta/, /p/ ≠ /b/ = são fonemas distintos. FONE: realização sonora, acústica, do fonema. Os fones são as unidades sonoras que materializam os fonemas por meio do processo de oralização/fonação/fala. Ex.: tia [‘ ʧi.ɐ ] ~ [‘ ti.ɐ ] = [ ʧ ] e [ t ] são variações fônicas ALOFONES do mesmo fonema /t/. ARTICULEMAS:. configurações anatômicas adotadas pelo aparelho fonador durante a produção dos fones/fonemas •
  • 5. LÍNGUA FALADA: SISTEMA FONÉTICO-FONOLÓGICO DA LÍNGUA DE MODALIDADE ORAL - AUDITIVA
  • 6. FONÉTICA ACÚSTICA: PROCESSO DE FALA/AUDIÇÃO (LÍNGUA DE MODALIDADE ORAL – AUDITIVA)
  • 7. ZONA DE ARTICULAÇÃO DAS CONSOANTES E VOGAIS. As semivogais /y/ e /w/ são articuladas numa zona um pouco acima da zona de articulação das vogais altas /i/ e /u/, e abaixo da zona de articulação das consoantes , com a língua mais elevada do que na articulação das vogais altas /i/ e /u/.
  • 9. IPA – ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL O ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL (REFERENCIADO PELA SIGLA AFI E PELA SIGLA EM INGLÊS IPA, DE (INTERNATIONAL PHONETIC ALPHABET) É UM SISTEMA DE NOTAÇÃO FONÉTICA BASEADO NO ALFABETO LATINO, CRIADO PELA ASSOCIAÇÃO FONÉTICA INTERNACIONAL COMO UMA FORMA DE REPRESENTAÇÃO PADRONIZADA DOS SONS DO IDIOMA FALADO. O AFI É UTILIZADO POR LINGUISTAS, FONOAUDIÓLOGOS, PROFESSORES E ESTUDANTES DE IDIOMAS ESTRANGEIROS, CANTORES, ATORES, LEXICÓGRAFOS E TRADUTORES. Vogais Consoantes
  • 10. APARELHO FONADOR HUMANO - ARTICULEMAS Obs.: No quadro de articulemas de Jardini e Gomes (2005) são necessários ajustes teóricos quanto à representação das configurações anatômicas das vogais orais e nasais.
  • 11.
  • 12. FONE - FONEMA - GRAFEMA/LETRA - ARTICULEMAS [t] ~ [ ʧ ] /t/ ...................... T, t [d] ~ [ʤ] /d/ ....................... D, d Aa /a/= [a] ~ [ɐ] /a/ ≠ /ã/ ...................... Aa - am, an casa [ ‘ka.zɐ ] = /’ka.za/ Os Vedas Ex.: ata /‘a. ta/ ≠ anta /‘ã. ta/ (a vogal nasal /ã/ é representada por dígrafo vocálico an.). - A vogal oral /a/ ≠ vogal nasal /ã/ ! - O GRAFEMA representa o FONEMA na ESCRITA ALFABÉTICA !
  • 14. NOMES DAS LETRAS DO ALFABETO ROMANO ALFA + BETA = ALFABETO • “ Tudo o que escreve é muito interessante, por isso limito-me a acrescentar a doutrina oficial quanto ao nome das letras em português, conforme se pode ler no Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa de F. Rebelo Gonçalves. • Segundo este, as vinte e três letras fundamentais do nosso alfabeto chamam-se: á, bê, cê, dê, é, efe, gê, agá, i, jota, ele, eme, ene, ó, pê, quê, erre, esse, tê, u, vê, xis, zê. Outras designações menos correntes são: fê, para f; lê, para l; mê, para m; nê, para n; rê, para r; etc. Às letras fundamentais do alfabeto acrescem três: k (cá ou capa); w (vê dobrado); e y (ípsilon). Lembro que esta última é vulgarmente chamada i grego.” • *** Alfa é o nome da primeira letra do alfabeto grego, deve seu nome à palavra fenícia "aleph", que neste idioma siginifica "boi"; já a segunda letra, beta, vem do fenício "beth", que significa "casa".
  • 15. ESCRITA ALFABÉTICA: ALFABETO E LETRAS/GRAFEMAS • ESCRITA ALFABÉTICA: tipo de escrita de MOTIVAÇÃO FONOLÓGICA que utiliza símbolos gráficos/letras/grafemas para representarem os FONEMAS/SISTEMA FONOLÓGICO de uma língua. A escrita portuguesa utiliza o alfabeto romano, letras romanas . Ex.: Grafema Aa Fonema /a/, Bb /b/, Tt /t/, Mm /m/, Pp /p/, Ss /s/ etc. Há outras escritas alfabéticas como a escrita do grego, hebraico, árabe etc.
  • 16. ESCRITA ALFABÉTICA DO PORTUGUÊS: REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA FONOLÓGICO (SEGMENTAL/FONEMA E SUPRASSEGMENTAL: ACENTO TÔNICO, NASALIDADE E ENTONAÇÃO FRASAL ). • A escrita alfabética da língua portuguesa (variante brasileira, escrita do português brasileiro) representa os seguintes aspectos de seu sistema fonológico: • a) As LETRAS/GRAFEMAS representam os FONEMAS, unidades do SISTEMA SEGMENTAL da língua. O alfabeto latino consiste de 26 caracteres: A, B, C, D, E, F, G, H (por questão etimológica), I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z que representam/simbolizam na escrita os fonemas consonantais, vocálicos e semivocálicos. As letras I, E e O,U representam tanto as VOGAIS /a, e, ԑ , i, ɔ, o, u/ quanto as SEMIVOGAIS /y/ e /w/. Ex.: ilha (vogal /i/ ), pai ( semivogal /y/ ), põe ( semivogal y nasal).
  • 17. ESCRITA ALFABÉTICA DO PORTUGUÊS: REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA FONOLÓGICO. CONTINUAÇÃO... b) Os DIACRÍTICOS E SINAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA representam o SISTEMA SUPRASSEGMENTAL da língua: Diacríticos: são pequenos sinais gráficos colocados sobre, sob ou através de uma letra para modificar ou adaptar seu som e indicam o acento de intensidade e timbre das vogais, nasalidade das vogais nasais, sibilação do C (pronúncia de /s/ e não de /k/) casa/onça . Na língua portuguesa, os diacríticos utilizados são a cedilha na letra ⟨c⟩ e, nas vogais, acento agudo, (´), acento circunflexo, (^), sinal grave (`) e til (~). Em alguns casos, como o sinal grave, a distinção na pronúncia já foi perdida, restando apenas a função de indicar o fenômeno morfofonêmico da CRASE A artigo + A preposição = À . O til (~) é indicador de nasalidade das vogais ã e õ, não indica tonicidade. Ex.: ór-gão.
  • 18. O USO DOS SINAIS GRÁFICOS DIACRÍTICOS: (~), (´), (^), (`), (¸) do C cedilhado ç) • (~) til: indica a nasalidade das vogais /ã/ e /õ/. Ex.: cão [kãw], balões [ba.’lõyʃ]. • (´) agudo: indica o timbre aberto e a tonicidade da vogal. Ex.: água [‘a.gwɐ], Pelé [pԑ.’lԑ], jiló [ʒi.’lɔ], Pará [pa.’ra]. • (^) circunflexo: indica o timbre fechado e a tonicidade da vogal: Ex.: tricô [tri.’ko], Tietê [ ʧi. e. ‘te], lâmpada [‘lã. pa. dɐ]. • (`) grave: indica a CRASE/FUSÃO de duas vogais, do A artigo + A preposição = À. Ex.: Vou à escola. • (¸) cedilha: uado na letra C (c cedilhado ç ) para indicar a pronúncia sibilante [s], e não a velar [k] Ex.: caça [‘ka. sɐ ] , moça [‘mo.sɐ]. *** Obs.: A CRASE é um metaplasmo que corresponde à fusão de duas vogais iguais (Ex.: Latim pede (síncope do d > pee > pé (crase dos es, português). O sinal GRAVE indica a CRASE do A artigo + A preposição na escrita portuguesa.
  • 19. ESCRITA ALFABÉTICA DO PORTUGUÊS: REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA FONOLÓGICO. continuação... • c) Os SINAIS DE PONTUAÇÃO FRASAL representam a ENTONAÇÃO FRASAL . Ex.: A professora chegou . A professora chegou ? A professora chegou ! • , . ; : - _ ! ? “ ‘ • Não . • Não ... • Não ! • Não ? • Uso do hífen (-) : em GUARDA-ROUPA : o que o hífen indica ? R: O sinal gráfico hífen indica que a palavra é composta de dois radicais AINDA não cristalizados/fundidos lexicalmente {guard } + {roup}. Diferente da palavra planalto (planoalto, onde houve uma fusão com perda da vogal o ). Ex.: fusão de radicias: gasômetro, automóvel.
  • 20. EXEMPLOS DE ESCRITAS ALFABÉTICAS
  • 21. O ALFABETO LATINO, TAMBÉM CONHECIDO COMO ALFABETO ROMANO, É O SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA MAIS UTILIZADO NO MUNDO,[1] E É O ALFABETO UTILIZADO PARA ESCREVER A LÍNGUA PORTUGUESA E A MAIORIA DAS LÍNGUAS DA EUROPA OCIDENTAL E CENTRAL E DAS ÁREAS COLONIZADAS POR EUROPEUS. A SUA ORIGEM REMONTA AO SÉCULO VII A.C. NA REGIÃO DO LÁCIO (ATUAL LAZIO, NA ITÁLIA), DAÍ A SUA DESIGNAÇÃO COMO "LATINO". AO LONGO DOS SÉCULOS XIX E XX, O ALFABETO LATINO TORNOU-SE TAMBÉM O ALFABETO PREFERENCIALMENTE ADOTADO POR UM NÚMERO CONSIDERÁVEL DE OUTRAS LÍNGUAS, EM ESPECIAL PELAS LÍNGUAS INDÍGENAS DE ZONAS COLONIZADAS POR EUROPEUS QUE NÃO TINHAM SISTEMAS DE ESCRITA PRÓPRIOS. (...) O ALFABETO USADO PELOS ROMANOS CONSISTIA SOMENTE DE LETRAS MAIÚSCULAS (OU CAIXA ALTA). AS LETRAS MINÚSCULAS, OU DE CAIXA BAIXA, SURGIRAM NA IDADE MÉDIA A PARTIR DA ESCRITA CURSIVA ROMANA, PRIMEIRO COMO UMA ESCRITA UNCIAL, E DEPOIS COMO MINÚSCULAS. AS ANTIGAS LETRAS ROMANAS FORAM MANTIDAS EM INSCRIÇÕES FORMAIS E PARA DAR ÊNFASE EM DOCUMENTOS ESCRITOS. AS LÍNGUAS QUE USAM O ALFABETO LATINO GERALMENTE USAM MAIÚSCULAS PARA INICIAR PARÁGRAFOS, SENTENÇAS E NOMES PRÓPRIOS. AS REGRAS DE USO DE MAIÚSCULAS MUDARAM COM O TEMPO, E VARIAM UM POUCO ENTRE IDIOMAS DIFERENTES. O INGLÊS, POR EXEMPLO, COSTUMAVA PÔR TODOS OS SUBSTANTIVOS INICIADOS EM CAIXA ALTA, COMO O ALEMÃO AINDA FAZ ATUALMENTE.
  • 22.
  • 23. - O PORTUGUÊS POSSUI 12 FONEMAS VOGAIS E 02 SEMIVOGAIS: A) 07 VOGAIS ORAIS: /a/, /ԑ/, /e/, /i/, /o/, /ɔ/, /u/. B) 05 VOGAIS NASAIS: /ã/, /ẽ/, /ĩ/, /õ/, /ũ/. Ex.: lá ≠ lã - A ESCRITA ALFABÉTICA PORTUGUESA POSSUI 05 LETRAS/GRAFEMAS VOCÁLICOS: A, E, I, O, U QUE SÃO UTILIZADOS NA REPRESENTAÇÃO DAS 12 VOGAIS E DAS 02 SEMIVOGAIS /y/ e /w/. C) SEMIVOGAIS i =/y/ e u =/w/.
  • 24. - AS 05 VOGAIS NASAIS /ã/, /ẽ/, /ĩ/, /õ/, /ũ/ SÃO REPRESENTADAS POR DÍGRAFOS VOCÁLICOS: /ã/ am, an ex.: ata ≠anta, anda, tampa /ẽ/ em, en ex.: dente, pente, tempo /ĩ/ im, in ex.: tinta, tímpano, timbre. /õ/ om, on ex.: onda, ponta, tombo, bom, bomba /ũ/ um, un ex.: tumba, mundo /’mũ.du/ *** O ã e o õ não são dígrafos porque o til (~) não é letra, é um diacrítico. Vogais Nasais: representação gráfica.
  • 25. Obs.: Um trabalho de alfabetização necessita levar o alfabetizando ao desenvolvimento da consciência fonológica de sua língua materna. Neste aspecto, um alfabetizador precisa ter formação científica/técnica em Fonética Articulatória e Fonologia da língua representada na escrita alfabética Consciência fonológica
  • 26. MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO • 1) Sintéticos: vão da noção da menor parte até a percepção do todo/maior parte • 2) Analítico/Global: vão da noção da maior parte (o todo) até a percepção da menor parte . Miriti = mi – ri – ti = ma, me, mi, mo, um = m + i 3) Ecléticos: misturam as modalidades sintéticas e analíticas. letra/fonema/fone sílaba palavra frase texto texto frase palavra sílaba fone/fonema/letra
  • 27. MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO: CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
  • 28. A ESCRITA ALFABÉTICA: CARACTERÍSTICAS 1) “Mapeia” a oralidade, ou seja, mapeia a linearidade do signo linguístico (palavra) e sua articulação segmental (em unidades sonoras menores: do que a palavra: fones, fonemas, sílabas; 2) Simboliza/mapeia: - Os fonemas (unidades segmentáveis) - a pausa entre as sílabas, palavras e frases; - A tonicidade e timbre das vogais; - A nasalidade das vogais nasais; Acasa técnica téc – ni – ca /’te. ki. ni. ka/ : todas são sílaba padrão CV, dentro do padrão silábico do português. é A (artigo átono, as crianças tendem a “ grudar” os artigos com as palavras tônicas, formando um só vocábulo fonológico) branca . A escrita e divisão silábica ortográfica da palavra TÉCNICA (téc – ni – ca) não representa a fonologia da sílaba portuguesa, pois em português não temos sílabas travadas em /k/, /d/, /b/ , dentre outros . A motivação da escrita desta palavra é etimológica. Escritas como sub-je-ti-vo [su.bi.je.ʒe.ʧ’i.vu], ad-je-ti-vo [a. ʤi.ʒe. ‘ʧi.vu] destacam os prefixos {sub-} e {ad-}, cuja motivação é morfológica.