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CALDEIRAS E FORNOS
CALDEIRAS
• NR-13: “Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a
produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica,
utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os
refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades
de processo.”
• De acordo com as classes de pressão, as caldeiras foram
classificadas segundo a NR-13 em três categorias:
• Categoria A: caldeira cuja pressão de operação é superior a
1960 kPa (19,98kgf/cm2);
• Categoria C: caldeiras com pressão de operação igual ou
inferior a 588 kPa (5,99kgf/cm2) e volume interno igual ou
inferior a 100 litros;
• Categoria B: caldeiras que não se enquadram nas categorias
anteriores.
CALDEIRAS
• As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em:
– Casa de Caldeira ou;
– Área de Caldeiras (local específico).
• Quando instalada em ambiente aberto (Área de Caldeiras) deve
satisfazer os seguintes requisitos de estar afastada de, no mínimo,
3 metros:
– Instalações do estabelecimentos;
– Depósitos de combustíveis, executando-se reservatórios para partida
com até 2.000 litros de capacidade;
– Propriedade de terceiros e;
– Vias públicas
• Dispor de pelo menos 2 saídas amplas, permanentemente
desobstruídas e dispostas em direções distintas;
• Dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à
manutenção da caldeira.
CALDEIRAS
O vapor produzido pode ser usado em
diversas formas:
– Em processos de fabricação e beneficiamento;
– Geração de energia elétrica;
– Geração de trabalho mecânico;
– No aquecimento de linhas e reservatórios de óleo
combustível e;
– Na prestação de serviços.
CALDEIRAS
Nos processos de fabricação e de beneficiamento,
o vapor é empregado em:
– Bebidas e conexos: nas lavadoras de garrafas, tanques
de xarope; pasteurizadoras.
– Indústrias madeireiras: no cozimento de toras,
secagem de tábuas ou lâminas em estufas, em prensas
para compensados.
– Indústria de papel e celulose: no cozimento de
madeira nos digestores, na secagem com cilindros rotativos,
na secagem de cola, na fabricação de papelão corrugado.
– Curtumes: no aquecimento de tanques de água,
secagem de couros, estufas, prensas, prensas a vácuo.
– Indústria têxtil: beneficiamento de tecidos, estamparia,
tingimento.
CALDEIRAS
• As caldeiras podem ser classificadas de acordo com:
– Classe da pressão;
– Grau de automação (manuais, semi-automática ou
automática);
– Tipo de energia empregada;
– Tipo de troca térmica.
• De acordo com o tipo de energia empregada, elas podem
ser:
– Combustíveis (sólido, líquido ou gasoso);
– Elétrica;
– Caldeira de recuperação.
CALDEIRAS
A classificação mais usual para os tipos de
caldeiras de combustão refere-se à localização de
água/gases e são divididas em:
- Flamotubulares ou Fogotubulares: Os produtos de
combustão circulam pelo interior dos tubos, que ficam
imersos na água a ser vaporizada;
- Aquatubulares: A água a ser vaporizada circula pelos
tubos, e os produtos de combustão pelo exterior deles;
- Mistas: são caldeiras flamotubulares que possuem uma
ante-fornalha com parede d’água. Normalmente são
projetadas para a queima de combustível sólido;
- Elétricas: equipamento cujo papel principal é transformar
energia elétrica em térmica, para transmiti-la a um fluido
apropriado, geralmente água.
Caldeiras - Flamotubulares
Vertical
• Os tubos são colocados
verticalmente num corpo
cilíndrico fechado nas
extremidades por placas,
chamadas espelhos ;
• A fornalha interna fica no
corpo cilíndrico logo abaixo do
espelho inferior;
• Os gases de combustão sobem
através dos tubos, aquecendo
e vaporizando a água que está
em volta deles.
Caldeiras - Flamotubulares
Horizontal
• As principais caldeiras
horizontais apresentam
tubulões internos nos
quais ocorre a combustão
e através dos quais
passam os gases
quentes. Podem ter de 1
a 4 tubulões por fornalha.
CALDEIRAS - Flamotubulares
• Vantagens:
– Custo de aquisição mais baixo;
– Exigem pouca alvenaria;
– Atendem bem a aumentos instantâneos de demanda de
vapor.
• Desvantagens:
– Baixo rendimento térmico;
– Partida lenta devido ao grande volume interno de água;
– Limitação de pressão de operação (máx. 15 kgf/cm²);
– Baixa taxa de vaporização (kg de vapor / m² . hora);
– Capacidade de produção limitada;
– Dificuldades para instalação de economizador,
superaquecedor e pré-aquecedor.
Caldeiras - Aquatubulares
• Tipos de caldeiras aquatubulares
– De tubos retos, com tubulão transversal ou
longitudinal;
– De tubos curvos, com diversos tubulões
transversais ou longitudinais utilizados na
geração (máximo 5);
– De circulação positiva;
– Compactas.
Caldeiras - Aquatubulares
Aquatubulares de tubos retos
CALDEIRAS - Aquatubulares
• Vantagens de caldeiras de tubo reto:
– Facilidade de substituição dos tubos;
– Facilidade de inspeção e limpeza;
– Não necessitam de chaminés elevadas ou tiragem
forçada.
• Desvantagens de caldeiras de tubo reto:
– Necessidade de dupla tampa para cada tubo,
(espelhos);
– Baixa taxa de vaporização específica;
– Rigoroso processo de aquecimento e de elevação
de carga (grande quantidade de material
refratário).
Caldeiras - Aquatubulares
Aquatubulares de tubos curvos
CALDEIRAS - Aquatubulares
• Vantagens de caldeiras de tubo curvo:
– Redução do tamanho da caldeira;
– Queda da temperatura de combustão;
– Vaporização específica maior, variando na faixa de 30
kg de vapor/m² a 50 kg de vapor/m² para as caldeiras
com tiragem forçada;
– Fácil manutenção e limpeza;
– Rápida entrada em regime;
– Fácil inspeção nos componentes.
CALDEIRAS - Compactas
• Dentro da categoria das caldeiras de tubos curvos
surgiram as caldeiras compactas.
• Com capacidade média de produção de vapor em
torno de 30 ton./h, elas são equipamentos
apropriados para instalação em locais com espaço
físico limitado
• Por se tratar de equipamento compacto, apresenta
limitações quanto ao aumento de sua capacidade de
produção.
CALDEIRAS - Elétrica
• A caldeira elétrica é um equipamento que transforma energia
elétrica em energia térmica, transmitindo-a para um fluido
apropriado (geralmente água) e transformando-o em vapor;
• Podem ser: de resistência, com eletrodo submerso ou jato
de água;
• A princípio a corrente elétrica, ao atravessar qualquer condutor,
encontra resistência à sua livre circulação e desprende calor
(efeito Joule);
• A água pura é considerada um mau condutor de corrente
elétrica. Portanto, para que se possa obter a condutividade
desejada devem ser adicionados a ela determinados sais;
• Alguns fabricantes recomendam a adição de produtos para o
ajuste da condutividade (soda cáustica, fosfato trisódico, etc.) na
água de alimentação.
CALDEIRAS - Elétrica
• As principais características são:
– Não necessita de área para estocagem de combustível;
– Ausência total de poluição (não há emissão de gases);
– Baixo nível de ruído;
– Modulação da produção de vapor de forma rápida e precisa;
– Alto rendimento térmico (aproximadamente 98%);
– Melhora do Fator de Potência e Fator de Carga;
– Área reduzida para instalação da caldeira;
– Necessidade de aterramento da caldeira de forma rigorosa;
– Tratamento de água rigoroso.
• A quantidade de vapor gerada (kgf/h) depende
diretamente dos seguintes parâmetros:
– Condutividade da água;
– Nível de água;
– Distância entre os eletrodos.
CALDEIRAS - Elétrica
Eletrodo submerso Jato de água
Fornos
• Fornos são equipamentos destinados ao
aquecimento de materiais, com vários
objetivos: cozimento, fusão, calcinação,
tratamento térmico, secagem, etc;
• A função principal do forno qualquer que seja
o trabalho executado, é transferir ao material
o calor gerado pela combustão, com a
máxima eficiência, uniformidade e segurança.
• Na NR 14 os fornos, para qualquer utilização,
devem ser construídos solidamente,
revestidos com material refratário, de forma
que o calor radiante não ultrapasse os limites
de tolerância estabelecidos pela Norma
Regulamentadora - NR 15.
Fornos
• Os fornos a combustão são os mais usados e sua classificação
baseia-se no relacionamento entre o combustível, os produtos
da combustão e o material em processamento.
• Os fornos podem ser classificados por meio de vários critérios:
– Fornos nos quais o combustível e o material estão misturados na
mesma câmara, tais como o forno cubilô e o alto-forno;
– Fornos em que o combustível e o material estão em câmaras
separadas e os gases da combustão não têm contato com o
material, como a muflas e os fornos com cadinho;
– Fornos nos quais o combustível e o material estão em câmaras
separadas mas os gases da combustão têm contato com o
material, como os fornos intermitentes e os contínuos.
• Esse grupo de fornos abrange o maior número de fornos
industriais.
Fornos
• Parque produtor de aço: 29 usinas (13 integradas e 16 com fornos
elétricos);
• Capacidade instalada: 47,8 milhões de t/ano de aço bruto.
Fornos
Fornos – Aspectos de segurança
• As situações de emergência envolvendo fornos oferecem
os mais variados riscos. Dentre eles, podem ser
destacados:
– Falta de chama nos queimadores;
– Retrocesso de chama;
– Temperatura muito elevada no processo;
– Rompimento de um tubo;
– Deformação de um tubo;
– Superaquecimento de chama.
Fornos – Cuidados na operação
• Durante a operação, os seguintes cuidados devem ser
observados para que não venham a afetar a integridade do
operador e a sequência de operação:
– Operador deve trabalhar munido de luvas apropriadas para
manusear queimadores, válvulas e outras peças sujeitas e altas
temperaturas e utilizar óculos de segurança, além dos EPI’s;
– A permanência do homem em ambientes de altas temperaturas
provoca uma grande perda de água e sais. Por essa razão, deve-se
recompensar essas perdas permitindo que o operador tenha acesso
a líquidos;
– Os extintores de incêndio devem estar sempre próximos às
instalações;
– O operador deve ser treinado no seu manuseio;
– Nos casos de curto-circuto, o eletricista deve ser imediatamente
chamado.
Fornos – Cuidados na operação (continuação)
• Durante a operação, os seguintes cuidados devem ser
observados para que não venham a afetar a integridade do
operador e a sequência de operação:
– Observar cuidadosamente as manobras de abertura e fechamento
das válvulas de entrada de combustível no forno;
– Nos casos de fornos com refrigeração, a água deve sair quente das
partes refrigeradas e nunca sob forma de vapor;
– Verificar os indicadores de níveis de óleo dos depósitos, a fim de
evitar a tempo vazamentos de óleo que, além de acarretar
desperdícios de combustível, poderão provocar incêndios;
– Os operadores devem conhecer plenamente o funcionamento das
chaves de comando dos ventiladores, bombas, aquecedores, a fim
de não provocar acidente.
Alto-Forno

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  • 1.
  • 3. CALDEIRAS • NR-13: “Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo.” • De acordo com as classes de pressão, as caldeiras foram classificadas segundo a NR-13 em três categorias: • Categoria A: caldeira cuja pressão de operação é superior a 1960 kPa (19,98kgf/cm2); • Categoria C: caldeiras com pressão de operação igual ou inferior a 588 kPa (5,99kgf/cm2) e volume interno igual ou inferior a 100 litros; • Categoria B: caldeiras que não se enquadram nas categorias anteriores.
  • 4. CALDEIRAS • As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em: – Casa de Caldeira ou; – Área de Caldeiras (local específico). • Quando instalada em ambiente aberto (Área de Caldeiras) deve satisfazer os seguintes requisitos de estar afastada de, no mínimo, 3 metros: – Instalações do estabelecimentos; – Depósitos de combustíveis, executando-se reservatórios para partida com até 2.000 litros de capacidade; – Propriedade de terceiros e; – Vias públicas • Dispor de pelo menos 2 saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas em direções distintas; • Dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira.
  • 5. CALDEIRAS O vapor produzido pode ser usado em diversas formas: – Em processos de fabricação e beneficiamento; – Geração de energia elétrica; – Geração de trabalho mecânico; – No aquecimento de linhas e reservatórios de óleo combustível e; – Na prestação de serviços.
  • 6. CALDEIRAS Nos processos de fabricação e de beneficiamento, o vapor é empregado em: – Bebidas e conexos: nas lavadoras de garrafas, tanques de xarope; pasteurizadoras. – Indústrias madeireiras: no cozimento de toras, secagem de tábuas ou lâminas em estufas, em prensas para compensados. – Indústria de papel e celulose: no cozimento de madeira nos digestores, na secagem com cilindros rotativos, na secagem de cola, na fabricação de papelão corrugado. – Curtumes: no aquecimento de tanques de água, secagem de couros, estufas, prensas, prensas a vácuo. – Indústria têxtil: beneficiamento de tecidos, estamparia, tingimento.
  • 7. CALDEIRAS • As caldeiras podem ser classificadas de acordo com: – Classe da pressão; – Grau de automação (manuais, semi-automática ou automática); – Tipo de energia empregada; – Tipo de troca térmica. • De acordo com o tipo de energia empregada, elas podem ser: – Combustíveis (sólido, líquido ou gasoso); – Elétrica; – Caldeira de recuperação.
  • 8. CALDEIRAS A classificação mais usual para os tipos de caldeiras de combustão refere-se à localização de água/gases e são divididas em: - Flamotubulares ou Fogotubulares: Os produtos de combustão circulam pelo interior dos tubos, que ficam imersos na água a ser vaporizada; - Aquatubulares: A água a ser vaporizada circula pelos tubos, e os produtos de combustão pelo exterior deles; - Mistas: são caldeiras flamotubulares que possuem uma ante-fornalha com parede d’água. Normalmente são projetadas para a queima de combustível sólido; - Elétricas: equipamento cujo papel principal é transformar energia elétrica em térmica, para transmiti-la a um fluido apropriado, geralmente água.
  • 9. Caldeiras - Flamotubulares Vertical • Os tubos são colocados verticalmente num corpo cilíndrico fechado nas extremidades por placas, chamadas espelhos ; • A fornalha interna fica no corpo cilíndrico logo abaixo do espelho inferior; • Os gases de combustão sobem através dos tubos, aquecendo e vaporizando a água que está em volta deles.
  • 10. Caldeiras - Flamotubulares Horizontal • As principais caldeiras horizontais apresentam tubulões internos nos quais ocorre a combustão e através dos quais passam os gases quentes. Podem ter de 1 a 4 tubulões por fornalha.
  • 11. CALDEIRAS - Flamotubulares • Vantagens: – Custo de aquisição mais baixo; – Exigem pouca alvenaria; – Atendem bem a aumentos instantâneos de demanda de vapor. • Desvantagens: – Baixo rendimento térmico; – Partida lenta devido ao grande volume interno de água; – Limitação de pressão de operação (máx. 15 kgf/cm²); – Baixa taxa de vaporização (kg de vapor / m² . hora); – Capacidade de produção limitada; – Dificuldades para instalação de economizador, superaquecedor e pré-aquecedor.
  • 12. Caldeiras - Aquatubulares • Tipos de caldeiras aquatubulares – De tubos retos, com tubulão transversal ou longitudinal; – De tubos curvos, com diversos tubulões transversais ou longitudinais utilizados na geração (máximo 5); – De circulação positiva; – Compactas.
  • 14. CALDEIRAS - Aquatubulares • Vantagens de caldeiras de tubo reto: – Facilidade de substituição dos tubos; – Facilidade de inspeção e limpeza; – Não necessitam de chaminés elevadas ou tiragem forçada. • Desvantagens de caldeiras de tubo reto: – Necessidade de dupla tampa para cada tubo, (espelhos); – Baixa taxa de vaporização específica; – Rigoroso processo de aquecimento e de elevação de carga (grande quantidade de material refratário).
  • 16. CALDEIRAS - Aquatubulares • Vantagens de caldeiras de tubo curvo: – Redução do tamanho da caldeira; – Queda da temperatura de combustão; – Vaporização específica maior, variando na faixa de 30 kg de vapor/m² a 50 kg de vapor/m² para as caldeiras com tiragem forçada; – Fácil manutenção e limpeza; – Rápida entrada em regime; – Fácil inspeção nos componentes.
  • 17. CALDEIRAS - Compactas • Dentro da categoria das caldeiras de tubos curvos surgiram as caldeiras compactas. • Com capacidade média de produção de vapor em torno de 30 ton./h, elas são equipamentos apropriados para instalação em locais com espaço físico limitado • Por se tratar de equipamento compacto, apresenta limitações quanto ao aumento de sua capacidade de produção.
  • 18. CALDEIRAS - Elétrica • A caldeira elétrica é um equipamento que transforma energia elétrica em energia térmica, transmitindo-a para um fluido apropriado (geralmente água) e transformando-o em vapor; • Podem ser: de resistência, com eletrodo submerso ou jato de água; • A princípio a corrente elétrica, ao atravessar qualquer condutor, encontra resistência à sua livre circulação e desprende calor (efeito Joule); • A água pura é considerada um mau condutor de corrente elétrica. Portanto, para que se possa obter a condutividade desejada devem ser adicionados a ela determinados sais; • Alguns fabricantes recomendam a adição de produtos para o ajuste da condutividade (soda cáustica, fosfato trisódico, etc.) na água de alimentação.
  • 19. CALDEIRAS - Elétrica • As principais características são: – Não necessita de área para estocagem de combustível; – Ausência total de poluição (não há emissão de gases); – Baixo nível de ruído; – Modulação da produção de vapor de forma rápida e precisa; – Alto rendimento térmico (aproximadamente 98%); – Melhora do Fator de Potência e Fator de Carga; – Área reduzida para instalação da caldeira; – Necessidade de aterramento da caldeira de forma rigorosa; – Tratamento de água rigoroso. • A quantidade de vapor gerada (kgf/h) depende diretamente dos seguintes parâmetros: – Condutividade da água; – Nível de água; – Distância entre os eletrodos.
  • 20. CALDEIRAS - Elétrica Eletrodo submerso Jato de água
  • 21. Fornos • Fornos são equipamentos destinados ao aquecimento de materiais, com vários objetivos: cozimento, fusão, calcinação, tratamento térmico, secagem, etc; • A função principal do forno qualquer que seja o trabalho executado, é transferir ao material o calor gerado pela combustão, com a máxima eficiência, uniformidade e segurança. • Na NR 14 os fornos, para qualquer utilização, devem ser construídos solidamente, revestidos com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites de tolerância estabelecidos pela Norma Regulamentadora - NR 15.
  • 22. Fornos • Os fornos a combustão são os mais usados e sua classificação baseia-se no relacionamento entre o combustível, os produtos da combustão e o material em processamento. • Os fornos podem ser classificados por meio de vários critérios: – Fornos nos quais o combustível e o material estão misturados na mesma câmara, tais como o forno cubilô e o alto-forno; – Fornos em que o combustível e o material estão em câmaras separadas e os gases da combustão não têm contato com o material, como a muflas e os fornos com cadinho; – Fornos nos quais o combustível e o material estão em câmaras separadas mas os gases da combustão têm contato com o material, como os fornos intermitentes e os contínuos. • Esse grupo de fornos abrange o maior número de fornos industriais.
  • 23. Fornos • Parque produtor de aço: 29 usinas (13 integradas e 16 com fornos elétricos); • Capacidade instalada: 47,8 milhões de t/ano de aço bruto.
  • 25. Fornos – Aspectos de segurança • As situações de emergência envolvendo fornos oferecem os mais variados riscos. Dentre eles, podem ser destacados: – Falta de chama nos queimadores; – Retrocesso de chama; – Temperatura muito elevada no processo; – Rompimento de um tubo; – Deformação de um tubo; – Superaquecimento de chama.
  • 26. Fornos – Cuidados na operação • Durante a operação, os seguintes cuidados devem ser observados para que não venham a afetar a integridade do operador e a sequência de operação: – Operador deve trabalhar munido de luvas apropriadas para manusear queimadores, válvulas e outras peças sujeitas e altas temperaturas e utilizar óculos de segurança, além dos EPI’s; – A permanência do homem em ambientes de altas temperaturas provoca uma grande perda de água e sais. Por essa razão, deve-se recompensar essas perdas permitindo que o operador tenha acesso a líquidos; – Os extintores de incêndio devem estar sempre próximos às instalações; – O operador deve ser treinado no seu manuseio; – Nos casos de curto-circuto, o eletricista deve ser imediatamente chamado.
  • 27. Fornos – Cuidados na operação (continuação) • Durante a operação, os seguintes cuidados devem ser observados para que não venham a afetar a integridade do operador e a sequência de operação: – Observar cuidadosamente as manobras de abertura e fechamento das válvulas de entrada de combustível no forno; – Nos casos de fornos com refrigeração, a água deve sair quente das partes refrigeradas e nunca sob forma de vapor; – Verificar os indicadores de níveis de óleo dos depósitos, a fim de evitar a tempo vazamentos de óleo que, além de acarretar desperdícios de combustível, poderão provocar incêndios; – Os operadores devem conhecer plenamente o funcionamento das chaves de comando dos ventiladores, bombas, aquecedores, a fim de não provocar acidente.