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Monitoramento
e
controle
de
processos
Caldeiras
s caldeiras são empregadas na produção de vapor d’água ou aqueci-
mento de fluidos térmicos. No caso das refinarias de petróleo, em termos
práticos, a maior parte do vapor utilizado nos processos é gerada em cal-
deiras, e uma pequena parte é gerada em refervedores, com o aproveita-
mento de calor residual em alguns processos.
A energia para a vaporização pode ser obtida através da queima de
um combustível sólido, líquido ou gasoso, ou por conversão de energia
elétrica – e até a fissão nuclear, que é o caso de usinas termonucleares.
As caldeiras elétricas são equipamentos de concepção bastante simples,
sendo compostos basicamente por um vaso de pressão onde a água é aque-
cida por eletrodos ou resistências. São fáceis de usar e de automatizar. A efi-
ciência da transformação da energia elétrica em vapor é sempre muito ele-
vada, da ordem de 95% a 98%, podendo atingir 99,5% em casos especiais.
Serão apresentadas aqui apenas as caldeiras que utilizam o aquecimen-
to por queima de combustíveis, com ênfase nos equipamentos mais em-
pregados em refinarias.
Classificação das caldeiras
As caldeiras podem ser classificadas conforme qualquer das seguintes
características: finalidade, fonte de aquecimento, conteúdo nos tubos,
princípio de funcionamento, pressão de serviço, tipo de fornalha etc.
As caldeiras que produzem vapor pela queima de combustíveis podem
ser classificadas em dois grandes grupos, de acordo com o conteúdo nos
tubos: em flamotubulares e aquatubulares.
Caldeiras
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Neste tipo, os gases quentes da combustão circulam no interior de tubos
que atravessam o reservatório de água a ser aquecida para produzir va-
por. Os tubos são montados como nos permutadores de calor, com um ou
mais passes. Existem vários tipos de caldeiras flamotubulares, dentre os
quais se destacam a vertical e a horizontal (Figura 29).
FIGURA 29 CALDEIRA FLAMOTUBULAR
Vantagens
Construção fácil, com relativamente poucos custos
São bastante robustas
Não exigem tratamento de água muito cuidadoso
Exigem pouca alvenaria
Utilizam qualquer tipo de combustível, líquido, gasoso ou sólido
Desvantagens
Pressão limitada em torno de 15 atm, devido à espessura da chapa dos
corpos cilíndricos crescer com o diâmetro
Partida lenta, em função de se aquecer todo o volume de água
Baixa capacidade e baixa taxa de produção de vapor por unidade de
área de troca de calor
Circulação de água deficiente
Dificuldades para instalação de superaquecedores, economizadores e
preaquecedores de ar
CHAMINÉ
LAMA
NÍVEL DE ÁGUA
CHAMINÉ
SAÍDA DE VAPOR
NÍVEL DE ÁGUA
FORNALHA
CALDEIRAS FLAMOTUBULARES
Caldeira Escocesa Caldeira Multitubular
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Monitoramento
e
controle
de
processos
Esse tipo de caldeira, geralmente de pequeno porte, ainda é muito uti-
lizado em pequenas indústrias, hospitais, hotéis etc. em razão do seu bai-
xo valor de investimento e da facilidade de manutenção, se comparada
com as caldeiras aquatubulares.
Nas caldeiras aquatubulares a água a ser aquecida passa no interior de
tubos que, por sua vez, são envolvidos pelos gases de combustão.
Vantagens
Maior taxa de produção de vapor por unidade de área de troca de calor
Possibilidade de utilização de temperaturas superiores a 450°C e pres-
sões acima de 60 atm
Partida rápida em razão do volume reduzido de água nos tubos
A limpeza dos tubos é mais simples que na flamotubular e pode ser feita
automaticamente
A vida útil destas caldeiras pode chegar a 30 anos
Desvantagens
Uma caldeira aquatubular pode custar até 50% mais que uma caldei-
ra flamotubular de capacidade equivalente
Construção mais complexa
Exigem tratamento de água muito cuidadoso
As caldeiras aquatubulares são usadas nos modernos projetos industri-
ais, pois podem produzir grandes quantidades de vapor a elevadas tempe-
raturas. A produção de vapor neste tipo de caldeira atinge até 750 ton/h.
Classificação quanto à finalidade
Caldeiras para usinas de força termoelétrica – São projetadas para pro-
duzir vapor com alta pressão e temperatura, visando ao melhor rendimento
na geração de energia.
Caldeiras industriais – São projetadas para produzir vapor saturado ou
levemente superaquecido, empregado em aquecimento, evaporação e outros.
Caldeiras combinadas – Utilizadas para as duas finalidades.
CALDEIRAS AQUATUBULARES
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CALDEIRAS AQUATUBULARES
FIGURA 30
Elementos principais de uma
caldeira aquatubular
Região onde se dá a queima do combustível, gerando o gás de queima
aquecido.
CIRCULAÇÃO DE GASES CIRCULAÇÃO DE ÁGUA
ESPELHOS
CÂMARA DE COMBUSTÃO
ÁGUA
Caldeira com tambor longitudinal
VAPOR
FORNALHA
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Monitoramento
e
controle
de
processos
Tambor horizontal localizado na parte superior da caldeira, onde água e
vapor estão em equilíbrio na temperatura de saturação correspondente à
pressão do mesmo.
Tambor horizontal localizado na parte inferior da caldeira, normalmente
com dimensões menores do que o anterior, ficando sempre cheio d´água.
É formado pelos tubos que interligam os tambores de vapor e de água. A
disposição do feixe de tubos em torno do forno constitui as chamadas “pa-
redes de água”.
Essas paredes (laterais, frontais, teto e fundo) geram um espaço vazio
envolvendo a câmara de combustão.
Isolam a câmara de combustão dos elementos estruturais, irradiando o
calor não absorvido pelos tubos de volta para dentro da câmara, o que evita
perdas de calor para o exterior e protege a carcaça metálica.
A estrutura e a carcaça de chapas metálicas, que envolvem a caldeira,
sustentam o isolamento e os refratários, além de todos os internos, ga-
rantindo a estanqueidade. Formam também chicanas para direcionamen-
to do fluxo de gases de combustão. As chicanas podem ser apenas pare-
des de refratários.
Promovem a exaustão dos gases de combustão provenientes do interior da
caldeira, regulando a tiragem necessária.
Classificação quanto à tiragem
Natural – O fluxo de gases é conseguido unicamente pela ação da
chaminé devido à diferença de densidades ao longo da mesma, provo-
cada pela diferença de temperatura entre os gases de combustão e o
ar que entra.
TUBULÃO DE VAPOR
TUBULÃO DE ÁGUA
FEIXE DE TUBOS
ISOLAMENTO E REFRATÁRIOS
ESTRUTURA E CARCAÇA METÁLICA
SAÍDAS DE GASES E CHAMINÉS
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Mecânica forçada – O fluxo dos gases é obtido através da instalação
de um ventilador na linha de ar de combustão, forçando-o a entrar na
câmara de combustão. A pressão na câmara de combustão deste tipo de
equipamento normalmente é positiva.
Mecânica induzida – O fluxo dos gases é obtido através da instalação
de um ventilador na saída de gases, induzindo, assim, os gases a percorre-
rem o gerador de vapor.
Mecânica balanceada – Instalam-se dois ventiladores: o de tiragem
forçada vence as perdas de carga até a entrada da câmara de combustão,
e o de tiragem induzida vence o restante das perdas de carga.
Em linhas gerais, as caldeiras aquatubulares possuem queimadores para
óleo, para gás, ou ambos. A admissão de ar pode ser primária e/ou secun-
dária. O “maçarico a gás” recebe o gás, promove a mistura com o ar e o
direciona para a câmara de combustão. O “maçarico a óleo” atomiza o óleo
e direciona a mistura. O óleo deve ser atomizado para permitir uma quei-
ma completa e controlada. O atomizador pode ser mecânico (como um
aspersor), ou com vapor, formado por dois tubos concêntricos que condu-
zem o óleo e o vapor para a câmara atomizadora, onde o vapor promove a
dispersão do óleo. Para ambos temos os bicos, que orientam as misturas
combustíveis e distribuem o formato da chama.
Princípios básicos de funcionamento
da caldeira aquatubular
Os tubos que conectam o tubulão superior ao inferior são expostos à radi-
ação da queima e/ou ao calor dos gases de combustão. Devido ao seu
encaminhamento no percurso entre os tubulões, alguns trechos de tubo
recebem mais calor que outros. Nos tubos mais aquecidos, uma parte da
água em contato com a parede dos tubos evapora e sobe. O efeito da di-
ferença entre a densidade da água no tubo mais aquecido e a densidade
da água no tubo menos aquecido (termosifão), mais o próprio movimento
ascendente do vapor, fazem com que a água circule, indo para o tubulão
QUEIMADOR
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Monitoramento
e
controle
de
processos
superior pelos tubos mais aquecidos (tubos geradores) e descendo pelos
tubos menos aquecidos (tubos vertedores).
A circulação da água facilita a liberação do vapor e aumenta a eficiên-
cia da troca térmica nos tubos.
O vapor saturado coletado pelo tubulão vai para a tubulação de saída
e mais água é admitida para manter os tubos cheios e o nível de água no
tubulão. Observe a Figura 31.
ARRANJOS COMUNS DAS CALDEIRAS AQUATUBULARES
FIGURA 31
Classificação quanto à circulação de água
Circulação natural – A circulação de água através dos elementos tu-
bulares é conseguida pela diferença de densidades.
Circulação forçada – A circulação de água é conseguida pela instala-
ção de uma bomba no circuito. São normalmente caldeiras de alta pres-
são, onde a circulação natural é reduzida devido a pequenas diferenças
entre a densidade do vapor saturado e do líquido saturado.
SAÍDA DE VAPOR
FORNALHA SAÍDA DE VAPOR
ALIMENTAÇÃO
TAMBOR
DE LAMA
SAÍDA DE VAPOR
ALIMENTAÇÃO
TAMBOR DE LAMA
CALOR
CALOR TAMBOR
DE LAMA
SAÍDA DE VAPOR ALIMENTAÇÃO
ALIMENTAÇÃO
TAMBOR
DE LAMA CALOR
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Outros componentes importantes
das caldeiras aquatubulares
Em refinarias se usa vapor tanto para aplicação direta no processo, aque-
cimento, purga, entre outros, quanto para acionar máquinas.
Os equipamentos de acionamento a vapor são projetados para operar
com vapor superaquecido. Para superaquecer o vapor das caldeiras, são
usados os superaquecedores, destinados a elevar a temperatura do vapor
saturado sem aumentar, no entanto, sua pressão. O superaquecedor con-
siste em dois tubos coletores ligados por um feixe tubular reto ou curvo.
O coletor de entrada recebe o vapor saturado do tubulão superior, que é
superaquecido no feixe tubular e vai para o coletor de saída. São locali-
zados perto ou logo acima dos espaços ocupados pelos tubos geradores
de calor e utilizam como fonte de calor os gases de combustão.
Classificação quanto à ligação com o gerador de vapor
Integral – Quando é parte integrante da caldeira
Independente – Quando a fonte de calor é proveniente de outra fornalha
Classificação quanto à transferência de calor
De radiação – A superfície de superaquecimento fica exposta direta-
mente às chamas
De convecção – É protegido da radiação pelos feixes de tubos da cal-
deira, e a transferência de calor se dá apenas com os gases de combustão
Algumas caldeiras posicionam o superaquecedor em um encaminha-
mento dos gases de exaustão, que pode ser desviado (by-pass). O des-
vio é feito por superfícies basculantes (damper), que funcionam como
uma válvula. Com isso pode-se variar o fluxo de gases e, conseqüentemen-
te, o fluxo de calor e o grau de superaquecimento do vapor.
O economizador é também um equipamento tubular em forma de serpen-
tina (como radiadores), que tem a finalidade de absorver o calor dos ga-
SUPERAQUECEDOR
ECONOMIZADOR
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Monitoramento
e
controle
de
processos
ses de combustão, para aquecer a água de alimentação da caldeira. Des-
te modo, outra parcela do calor remanescente nos gases de combustão é
aproveitada, resultando em maior economia para o sistema.
Equipamento tubular que aproveita o calor dos gases de combustão para
aquecer o ar necessário para a queima. A instalação ou não de um prea-
quecedor e o seu dimensionamento dependem de fatores econômicos e
técnicos. O preaquecedor de ar acelera a combustão em todas as cargas,
melhora a combustão em baixas cargas e aumenta a eficiência. O prea-
quecedor que aquece o ar para temperaturas acima de 150°C proporcio-
na uma economia de 5% a 10% de combustível.
CALDEIRA AQUATUBULAR – TRÊS TAMBORES
FIGURA 32
CORTE DE UMA CALDEIRA AQUATUBULAR
FIGURA 33
PREAQUECEDOR DE AR
VENTILADOR DE
ALIMENTAÇÃO
DA FORNALHA
SAÍDA DE VAPOR
PAREDE DE ÁGUA
TAMBOR DE VAPOR
TUBOS GERADORES DE VAPOR
PAREDE REFRATÁRIA
TAMBOR DE LAMA
BOCA DE INSPEÇÃO
FORNALHA
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Durante a operação da cal-
deira, verificam-se depósi-
tos nos tubos de fuligem re-
sultante da queima do com-
bustível. Esta fuligem tem
de ser retirada, pois atua
como um isolante.
O soprador de fuligem
consiste basicamente em um
tubo perfurado ligado a um
fornecimento de vapor, que pode ser estacionário ou movimentar-se en-
tre os tubos. Na caldeira são instalados vários sopradores estrategicamente
distribuídos entre as fileiras de tubos, para a remoção dos depósitos de fu-
ligem. Esta limpeza deve ser efetuada com periodicidade diária com a
caldeira em operação. Observe a Figura 34.
Têm a finalidade de “secar” o vapor, retendo as partículas líquidas ou
sólidas arrastadas. Podem ser usados dois tipos (ou ambos):
Separadores de vapor – São constituídos de chapas corrugadas, dis-
postas ao longo do tubulão, formando chicanas, por onde o vapor satura-
do deve passar antes de atingir os tubos de saída.
Ciclones – Como cones invertidos, forçam o fluxo de vapor a um mo-
vimento giratório ascendente e por centrifugação separam as partículas
pesadas, que descem. Veja a Figura 35 na página ao lado.
Causas de deterioração de caldeiras
As principais causas de deterioração das caldeiras são:
É a elevação da temperatura, normalmente localizada, dos materiais acima
dos limites de projeto. Pode se dar por deposição nas paredes dos tubos,
incidência de chama provocada por mal funcionamento dos queimadores,
circulação deficiente de água e deterioração do refratário, entre outras.
SOPRADOR DE FULIGEM
FIGURA 34
SOPRADOR DE FULIGEM
INTERNOS DO TUBULÃO DE VAPOR
SUPERAQUECIMENTO
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Monitoramento
e
controle
de
processos
Dá-se internamente nos tubos devido a deficiências no tratamento da água
e presença de gases dissolvidos. Pode ser reduzida a limites seguros pelo
tratamento eficiente e desaeração da água.
Dá-se externamente aos tubos devido à formação de ácidos sulfuroso
e sulfúrico pela condensação de vapor d’água na presença de produtos de
combustão de enxofre. A taxa de corrosão aumenta, à medida que a tem-
peratura for reduzida. Com o aumento do teor de enxofre, o ponto de or-
valho do gás também aumenta, agravando assim as condições de corro-
são. Os economizadores estão mais sujeitos a esta corrosão devido à bai-
xa temperatura da água de alimentação na entrada.
A corrosão externa pode ser reduzida a limites seguros com a limpeza
freqüente dos tubos e com a manutenção da temperatura de saída dos
gases acima dos limites de condensação do vapor d’água e mantendo a
temperatura da água de alimentação acima de certos valores mínimos.
É o aparecimento de trincas que podem levar à ruptura, devido à fadiga
térmica, fluência, choques térmicos, explosões na câmara de combustão etc.
CALDEIRA COM TAMBOR TRANSVERSAL
FIGURA 35
CORROSÃO
DETERIORAÇÃO MECÂNICA
TUBULAÇÃO DE VAPOR
FEIXE TUBULAR
SAÍDA DE GASES
CAIXA TUBULAR
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Água de alimentação para caldeiras
A alimentação de caldeiras impõe a escolha de uma água cujas caracte-
rísticas sejam compatíveis com as especificações do equipamento, sendo
sempre uma água de maior pureza, quanto maior for a pressão de traba-
lho da caldeira.
A água considerada ideal para alimentação de caldeiras é aquela que
não deposita nenhuma substância incrustante, não corrói os metais da
caldeira e seus acessórios e não ocasiona arraste ou espuma. Evidentemen-
te águas com tais características são de difícil obtenção, sem que antes haja
um pré-tratamento que permita reduzir as impurezas a um nível compa-
tível, de modo a não prejudicar o funcionamento da caldeira.
Tratamentos usuais
Desmineralização da água por meio de resinas catiônicas e aniônicas
Desaeração mecânica da água por intermédio de desaeradores traba-
lhando com vapor em contracorrente
Desaeração química da água usando sulfito de sódio catalisado ou hidrazina
Correção do pH da água para a faixa alcalina, a fim de evitar corrosão
ácida e acelerar a formação do filme de óxido de ferro protetor
Tratamento do vapor condensado para neutralizar ácido carbônico e
eliminar ataque ao ferro pelo cobre e níquel
Em caldeiras de baixa pressão, com temperaturas inferiores a 200ºC,
pode-se eliminar a desmineralização e desaeração em muitos casos, não
dispensando, todavia, o uso de água clarificada
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Monitoramento
e
controle
de
processos
CALDEIRAS
As caldeiras são empregadas
na produção de vapor d’água
ou aquecimento de fluidos
térmicos. A energia é obtida
através de combustíveis
sólidos, líquidos ou
gasosos, energia elétrica
(e até a fissão nuclear).
1
1
RESUMO
CALDEIRAS
FLAMOTUBULARES
Os gases quentes da combustão circulam no
interior de tubos que atravessam o reservatório
de água a ser aquecida para produzir vapor.
Os tipos que mais se destacam são os verticais
e os horizontais
VANTAGENS
Construção fácil, poucos custos, robustas,
não exigem tratamento de água muito
cuidadoso, pouca alvenaria,
utilizam qualquer tipo de combustível
DESVANTAGENS
Pressão limitada, partida lenta, baixa
capacidade, baixa taxa de produção de
vapor, circulação de água deficiente,
dificuldade para instalação de acessórios
3 CALDEIRAS
AQUATUBULARES
5
A água a ser aquecida passa no interior de
tubos que, por sua vez, são envolvidos pelos
gases de combustão.
VANTAGENS
Maior taxa de produção de vapor,
temperaturas e pressões altas, partida
relativamente rápida, limpeza dos tubos
mais simples, vida útil podendo
chegar a 30 anos
DESVANTAGENS
Alto custo,
construção mais
complexa, tratamento de
água muito cuidadoso
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À TIRAGEM
Tiragem natural
Tiragem mecânica forçada
Tiragem mecânica induzida
Tiragem mecânica balanceada
CLASSIFICAÇÃO
QUANTO À FINALIDADE
Caldeiras para usinas de força termoelétrica – Vapor superaquecido
Caldeiras industriais – Vapor saturado ou levemente superaquecido
Caldeiras combinadas – Utilizadas para as duas finalidades
1
CLASSIFICAÇÃO
DAS CALDEIRAS
2
Caldeiras flamotubulares Caldeiras aquatubulares
ELEMENTOS PRINCIPAIS DE UMA CALDEIRA AQUATUBULAR
CÂMARA DE COMBUSTÃO
Onde se dá a queima do combustível
TUBULÃO DE VAPOR
Onde água e vapor estão em equilíbrio na
temperatura de saturação correspondente à
pressão do mesmo
TUBULÃO DE ÁGUA
Reservatório d´água
FEIXE DE TUBOS
Tubos que interligam os tambores
de vapor e de água
4
ISOLAMENTO E REFRATÁRIOS
Isolam a câmara de combustão, evitando
perdas de calor para o exterior e protegendo
a carcaça metálica
ESTRUTURA E CARCAÇA METÁLICA
Envolve a caldeira, sustenta o
isolamento, os refratários e
todos os internos,
garantindo a estanqueidade
SAÍDAS DE GASES E CHAMINÉS
Exaustão dos gases de
combustão (tiragem)
ATENÇÃ0
ATENÇÃ0
As caldeiras
aquatubulares
possuem queimadores
para óleo, para
gás, ou ambos
1
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CALDEIRAS
2
2
RESUMO
Tome Nota
Tome Nota
PRINCÍPIOS BÁSICOS
DE FUNCIONAMENTO DA
CALDEIRA AQUATUBULAR
Os tubos são expostos à radiação da queima
e/ou ao calor dos gases de combustão.
Alguns trechos de tubo recebem mais calor
que outros. Nos mais aquecidos, uma parte
da água evapora e sobe. A diferença de
densidades entre os tubos (termosifão) e o
movimento ascendente do vapor fazem com
que a água circule, facilitando a liberação do
vapor e a eficiência da troca térmica nos
tubos. O vapor saturado vai para a tubulação
de saída e mais água é admitida
6 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À
CIRCULAÇÃO DE ÁGUA
Natural ou forçada (bomba)
9
OUTROS COMPONENTES
IMPORTANTES DAS
CALDEIRAS AQUATUBULARES
SUPERAQUECEDOR
Destinado a elevar a temperatura do vapor
saturado sem aumentar sua pressão,
integrais ou independentes, de radiação ou
convecção
ECONOMIZADOR
Absorve calor dos gases de combustão para
aquecer a água de alimentação
PREAQUECEDOR DE AR
Aproveita calor dos gases de combustão para
aquecer o ar necessário para a queima
SOPRADOR DE FULIGEM
Retira a fuligem acumulada nos tubos por
jatos de vapor
INTERNOS DO TUBULÃO DE VAPOR
Retiram umidade do vapor. Separadores de
vapor de chapas corrugadas ou ciclones
7
ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO
PARA CALDEIRAS
A água ideal para alimentação de
caldeiras não deposita substância
incrustante, não corrói os metais da
caldeira e de seus acessórios e não
ocasiona arraste ou espuma
8
TRATAMENTOS
USUAIS
Desmineralização
Desaeração mecânica
Tratamento do
vapor condensado
1
0
Desaeração química
Correção do pH
MUITA
ATENÇÃO
PRINCIPAIS CAUSAS DE
DETERIORAÇÃO DE CALDEIRAS
Superaquecimento
Corrosão
Deterioração mecânica

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Caldeiras um explicativo sobre caldeiras

  • 1. S E NAI – P E T ROBR A S 117 .......... .......... Monitoramento e controle de processos Caldeiras s caldeiras são empregadas na produção de vapor d’água ou aqueci- mento de fluidos térmicos. No caso das refinarias de petróleo, em termos práticos, a maior parte do vapor utilizado nos processos é gerada em cal- deiras, e uma pequena parte é gerada em refervedores, com o aproveita- mento de calor residual em alguns processos. A energia para a vaporização pode ser obtida através da queima de um combustível sólido, líquido ou gasoso, ou por conversão de energia elétrica – e até a fissão nuclear, que é o caso de usinas termonucleares. As caldeiras elétricas são equipamentos de concepção bastante simples, sendo compostos basicamente por um vaso de pressão onde a água é aque- cida por eletrodos ou resistências. São fáceis de usar e de automatizar. A efi- ciência da transformação da energia elétrica em vapor é sempre muito ele- vada, da ordem de 95% a 98%, podendo atingir 99,5% em casos especiais. Serão apresentadas aqui apenas as caldeiras que utilizam o aquecimen- to por queima de combustíveis, com ênfase nos equipamentos mais em- pregados em refinarias. Classificação das caldeiras As caldeiras podem ser classificadas conforme qualquer das seguintes características: finalidade, fonte de aquecimento, conteúdo nos tubos, princípio de funcionamento, pressão de serviço, tipo de fornalha etc. As caldeiras que produzem vapor pela queima de combustíveis podem ser classificadas em dois grandes grupos, de acordo com o conteúdo nos tubos: em flamotubulares e aquatubulares. Caldeiras Unidade 1 A A
  • 2. 1 S E NAI – P E T ROBR A S 118 .......... .......... Neste tipo, os gases quentes da combustão circulam no interior de tubos que atravessam o reservatório de água a ser aquecida para produzir va- por. Os tubos são montados como nos permutadores de calor, com um ou mais passes. Existem vários tipos de caldeiras flamotubulares, dentre os quais se destacam a vertical e a horizontal (Figura 29). FIGURA 29 CALDEIRA FLAMOTUBULAR Vantagens Construção fácil, com relativamente poucos custos São bastante robustas Não exigem tratamento de água muito cuidadoso Exigem pouca alvenaria Utilizam qualquer tipo de combustível, líquido, gasoso ou sólido Desvantagens Pressão limitada em torno de 15 atm, devido à espessura da chapa dos corpos cilíndricos crescer com o diâmetro Partida lenta, em função de se aquecer todo o volume de água Baixa capacidade e baixa taxa de produção de vapor por unidade de área de troca de calor Circulação de água deficiente Dificuldades para instalação de superaquecedores, economizadores e preaquecedores de ar CHAMINÉ LAMA NÍVEL DE ÁGUA CHAMINÉ SAÍDA DE VAPOR NÍVEL DE ÁGUA FORNALHA CALDEIRAS FLAMOTUBULARES Caldeira Escocesa Caldeira Multitubular
  • 3. S E NAI – P E T ROBR A S 119 .......... .......... 1 Monitoramento e controle de processos Esse tipo de caldeira, geralmente de pequeno porte, ainda é muito uti- lizado em pequenas indústrias, hospitais, hotéis etc. em razão do seu bai- xo valor de investimento e da facilidade de manutenção, se comparada com as caldeiras aquatubulares. Nas caldeiras aquatubulares a água a ser aquecida passa no interior de tubos que, por sua vez, são envolvidos pelos gases de combustão. Vantagens Maior taxa de produção de vapor por unidade de área de troca de calor Possibilidade de utilização de temperaturas superiores a 450°C e pres- sões acima de 60 atm Partida rápida em razão do volume reduzido de água nos tubos A limpeza dos tubos é mais simples que na flamotubular e pode ser feita automaticamente A vida útil destas caldeiras pode chegar a 30 anos Desvantagens Uma caldeira aquatubular pode custar até 50% mais que uma caldei- ra flamotubular de capacidade equivalente Construção mais complexa Exigem tratamento de água muito cuidadoso As caldeiras aquatubulares são usadas nos modernos projetos industri- ais, pois podem produzir grandes quantidades de vapor a elevadas tempe- raturas. A produção de vapor neste tipo de caldeira atinge até 750 ton/h. Classificação quanto à finalidade Caldeiras para usinas de força termoelétrica – São projetadas para pro- duzir vapor com alta pressão e temperatura, visando ao melhor rendimento na geração de energia. Caldeiras industriais – São projetadas para produzir vapor saturado ou levemente superaquecido, empregado em aquecimento, evaporação e outros. Caldeiras combinadas – Utilizadas para as duas finalidades. CALDEIRAS AQUATUBULARES
  • 4. 1 S E NAI – P E T ROBR A S 120 .......... .......... CALDEIRAS AQUATUBULARES FIGURA 30 Elementos principais de uma caldeira aquatubular Região onde se dá a queima do combustível, gerando o gás de queima aquecido. CIRCULAÇÃO DE GASES CIRCULAÇÃO DE ÁGUA ESPELHOS CÂMARA DE COMBUSTÃO ÁGUA Caldeira com tambor longitudinal VAPOR FORNALHA
  • 5. S E NAI – P E T ROBR A S 121 .......... .......... 1 Monitoramento e controle de processos Tambor horizontal localizado na parte superior da caldeira, onde água e vapor estão em equilíbrio na temperatura de saturação correspondente à pressão do mesmo. Tambor horizontal localizado na parte inferior da caldeira, normalmente com dimensões menores do que o anterior, ficando sempre cheio d´água. É formado pelos tubos que interligam os tambores de vapor e de água. A disposição do feixe de tubos em torno do forno constitui as chamadas “pa- redes de água”. Essas paredes (laterais, frontais, teto e fundo) geram um espaço vazio envolvendo a câmara de combustão. Isolam a câmara de combustão dos elementos estruturais, irradiando o calor não absorvido pelos tubos de volta para dentro da câmara, o que evita perdas de calor para o exterior e protege a carcaça metálica. A estrutura e a carcaça de chapas metálicas, que envolvem a caldeira, sustentam o isolamento e os refratários, além de todos os internos, ga- rantindo a estanqueidade. Formam também chicanas para direcionamen- to do fluxo de gases de combustão. As chicanas podem ser apenas pare- des de refratários. Promovem a exaustão dos gases de combustão provenientes do interior da caldeira, regulando a tiragem necessária. Classificação quanto à tiragem Natural – O fluxo de gases é conseguido unicamente pela ação da chaminé devido à diferença de densidades ao longo da mesma, provo- cada pela diferença de temperatura entre os gases de combustão e o ar que entra. TUBULÃO DE VAPOR TUBULÃO DE ÁGUA FEIXE DE TUBOS ISOLAMENTO E REFRATÁRIOS ESTRUTURA E CARCAÇA METÁLICA SAÍDAS DE GASES E CHAMINÉS
  • 6. 1 S E NAI – P E T ROBR A S 122 .......... .......... Mecânica forçada – O fluxo dos gases é obtido através da instalação de um ventilador na linha de ar de combustão, forçando-o a entrar na câmara de combustão. A pressão na câmara de combustão deste tipo de equipamento normalmente é positiva. Mecânica induzida – O fluxo dos gases é obtido através da instalação de um ventilador na saída de gases, induzindo, assim, os gases a percorre- rem o gerador de vapor. Mecânica balanceada – Instalam-se dois ventiladores: o de tiragem forçada vence as perdas de carga até a entrada da câmara de combustão, e o de tiragem induzida vence o restante das perdas de carga. Em linhas gerais, as caldeiras aquatubulares possuem queimadores para óleo, para gás, ou ambos. A admissão de ar pode ser primária e/ou secun- dária. O “maçarico a gás” recebe o gás, promove a mistura com o ar e o direciona para a câmara de combustão. O “maçarico a óleo” atomiza o óleo e direciona a mistura. O óleo deve ser atomizado para permitir uma quei- ma completa e controlada. O atomizador pode ser mecânico (como um aspersor), ou com vapor, formado por dois tubos concêntricos que condu- zem o óleo e o vapor para a câmara atomizadora, onde o vapor promove a dispersão do óleo. Para ambos temos os bicos, que orientam as misturas combustíveis e distribuem o formato da chama. Princípios básicos de funcionamento da caldeira aquatubular Os tubos que conectam o tubulão superior ao inferior são expostos à radi- ação da queima e/ou ao calor dos gases de combustão. Devido ao seu encaminhamento no percurso entre os tubulões, alguns trechos de tubo recebem mais calor que outros. Nos tubos mais aquecidos, uma parte da água em contato com a parede dos tubos evapora e sobe. O efeito da di- ferença entre a densidade da água no tubo mais aquecido e a densidade da água no tubo menos aquecido (termosifão), mais o próprio movimento ascendente do vapor, fazem com que a água circule, indo para o tubulão QUEIMADOR
  • 7. S E NAI – P E T ROBR A S 123 .......... .......... 1 Monitoramento e controle de processos superior pelos tubos mais aquecidos (tubos geradores) e descendo pelos tubos menos aquecidos (tubos vertedores). A circulação da água facilita a liberação do vapor e aumenta a eficiên- cia da troca térmica nos tubos. O vapor saturado coletado pelo tubulão vai para a tubulação de saída e mais água é admitida para manter os tubos cheios e o nível de água no tubulão. Observe a Figura 31. ARRANJOS COMUNS DAS CALDEIRAS AQUATUBULARES FIGURA 31 Classificação quanto à circulação de água Circulação natural – A circulação de água através dos elementos tu- bulares é conseguida pela diferença de densidades. Circulação forçada – A circulação de água é conseguida pela instala- ção de uma bomba no circuito. São normalmente caldeiras de alta pres- são, onde a circulação natural é reduzida devido a pequenas diferenças entre a densidade do vapor saturado e do líquido saturado. SAÍDA DE VAPOR FORNALHA SAÍDA DE VAPOR ALIMENTAÇÃO TAMBOR DE LAMA SAÍDA DE VAPOR ALIMENTAÇÃO TAMBOR DE LAMA CALOR CALOR TAMBOR DE LAMA SAÍDA DE VAPOR ALIMENTAÇÃO ALIMENTAÇÃO TAMBOR DE LAMA CALOR
  • 8. 1 S E NAI – P E T ROBR A S 124 .......... .......... Outros componentes importantes das caldeiras aquatubulares Em refinarias se usa vapor tanto para aplicação direta no processo, aque- cimento, purga, entre outros, quanto para acionar máquinas. Os equipamentos de acionamento a vapor são projetados para operar com vapor superaquecido. Para superaquecer o vapor das caldeiras, são usados os superaquecedores, destinados a elevar a temperatura do vapor saturado sem aumentar, no entanto, sua pressão. O superaquecedor con- siste em dois tubos coletores ligados por um feixe tubular reto ou curvo. O coletor de entrada recebe o vapor saturado do tubulão superior, que é superaquecido no feixe tubular e vai para o coletor de saída. São locali- zados perto ou logo acima dos espaços ocupados pelos tubos geradores de calor e utilizam como fonte de calor os gases de combustão. Classificação quanto à ligação com o gerador de vapor Integral – Quando é parte integrante da caldeira Independente – Quando a fonte de calor é proveniente de outra fornalha Classificação quanto à transferência de calor De radiação – A superfície de superaquecimento fica exposta direta- mente às chamas De convecção – É protegido da radiação pelos feixes de tubos da cal- deira, e a transferência de calor se dá apenas com os gases de combustão Algumas caldeiras posicionam o superaquecedor em um encaminha- mento dos gases de exaustão, que pode ser desviado (by-pass). O des- vio é feito por superfícies basculantes (damper), que funcionam como uma válvula. Com isso pode-se variar o fluxo de gases e, conseqüentemen- te, o fluxo de calor e o grau de superaquecimento do vapor. O economizador é também um equipamento tubular em forma de serpen- tina (como radiadores), que tem a finalidade de absorver o calor dos ga- SUPERAQUECEDOR ECONOMIZADOR
  • 9. S E NAI – P E T ROBR A S 125 .......... .......... 1 Monitoramento e controle de processos ses de combustão, para aquecer a água de alimentação da caldeira. Des- te modo, outra parcela do calor remanescente nos gases de combustão é aproveitada, resultando em maior economia para o sistema. Equipamento tubular que aproveita o calor dos gases de combustão para aquecer o ar necessário para a queima. A instalação ou não de um prea- quecedor e o seu dimensionamento dependem de fatores econômicos e técnicos. O preaquecedor de ar acelera a combustão em todas as cargas, melhora a combustão em baixas cargas e aumenta a eficiência. O prea- quecedor que aquece o ar para temperaturas acima de 150°C proporcio- na uma economia de 5% a 10% de combustível. CALDEIRA AQUATUBULAR – TRÊS TAMBORES FIGURA 32 CORTE DE UMA CALDEIRA AQUATUBULAR FIGURA 33 PREAQUECEDOR DE AR VENTILADOR DE ALIMENTAÇÃO DA FORNALHA SAÍDA DE VAPOR PAREDE DE ÁGUA TAMBOR DE VAPOR TUBOS GERADORES DE VAPOR PAREDE REFRATÁRIA TAMBOR DE LAMA BOCA DE INSPEÇÃO FORNALHA
  • 10. 1 S E NAI – P E T ROBR A S 126 .......... .......... Durante a operação da cal- deira, verificam-se depósi- tos nos tubos de fuligem re- sultante da queima do com- bustível. Esta fuligem tem de ser retirada, pois atua como um isolante. O soprador de fuligem consiste basicamente em um tubo perfurado ligado a um fornecimento de vapor, que pode ser estacionário ou movimentar-se en- tre os tubos. Na caldeira são instalados vários sopradores estrategicamente distribuídos entre as fileiras de tubos, para a remoção dos depósitos de fu- ligem. Esta limpeza deve ser efetuada com periodicidade diária com a caldeira em operação. Observe a Figura 34. Têm a finalidade de “secar” o vapor, retendo as partículas líquidas ou sólidas arrastadas. Podem ser usados dois tipos (ou ambos): Separadores de vapor – São constituídos de chapas corrugadas, dis- postas ao longo do tubulão, formando chicanas, por onde o vapor satura- do deve passar antes de atingir os tubos de saída. Ciclones – Como cones invertidos, forçam o fluxo de vapor a um mo- vimento giratório ascendente e por centrifugação separam as partículas pesadas, que descem. Veja a Figura 35 na página ao lado. Causas de deterioração de caldeiras As principais causas de deterioração das caldeiras são: É a elevação da temperatura, normalmente localizada, dos materiais acima dos limites de projeto. Pode se dar por deposição nas paredes dos tubos, incidência de chama provocada por mal funcionamento dos queimadores, circulação deficiente de água e deterioração do refratário, entre outras. SOPRADOR DE FULIGEM FIGURA 34 SOPRADOR DE FULIGEM INTERNOS DO TUBULÃO DE VAPOR SUPERAQUECIMENTO
  • 11. S E NAI – P E T ROBR A S 127 .......... .......... 1 Monitoramento e controle de processos Dá-se internamente nos tubos devido a deficiências no tratamento da água e presença de gases dissolvidos. Pode ser reduzida a limites seguros pelo tratamento eficiente e desaeração da água. Dá-se externamente aos tubos devido à formação de ácidos sulfuroso e sulfúrico pela condensação de vapor d’água na presença de produtos de combustão de enxofre. A taxa de corrosão aumenta, à medida que a tem- peratura for reduzida. Com o aumento do teor de enxofre, o ponto de or- valho do gás também aumenta, agravando assim as condições de corro- são. Os economizadores estão mais sujeitos a esta corrosão devido à bai- xa temperatura da água de alimentação na entrada. A corrosão externa pode ser reduzida a limites seguros com a limpeza freqüente dos tubos e com a manutenção da temperatura de saída dos gases acima dos limites de condensação do vapor d’água e mantendo a temperatura da água de alimentação acima de certos valores mínimos. É o aparecimento de trincas que podem levar à ruptura, devido à fadiga térmica, fluência, choques térmicos, explosões na câmara de combustão etc. CALDEIRA COM TAMBOR TRANSVERSAL FIGURA 35 CORROSÃO DETERIORAÇÃO MECÂNICA TUBULAÇÃO DE VAPOR FEIXE TUBULAR SAÍDA DE GASES CAIXA TUBULAR
  • 12. 1 S E NAI – P E T ROBR A S 128 .......... .......... Água de alimentação para caldeiras A alimentação de caldeiras impõe a escolha de uma água cujas caracte- rísticas sejam compatíveis com as especificações do equipamento, sendo sempre uma água de maior pureza, quanto maior for a pressão de traba- lho da caldeira. A água considerada ideal para alimentação de caldeiras é aquela que não deposita nenhuma substância incrustante, não corrói os metais da caldeira e seus acessórios e não ocasiona arraste ou espuma. Evidentemen- te águas com tais características são de difícil obtenção, sem que antes haja um pré-tratamento que permita reduzir as impurezas a um nível compa- tível, de modo a não prejudicar o funcionamento da caldeira. Tratamentos usuais Desmineralização da água por meio de resinas catiônicas e aniônicas Desaeração mecânica da água por intermédio de desaeradores traba- lhando com vapor em contracorrente Desaeração química da água usando sulfito de sódio catalisado ou hidrazina Correção do pH da água para a faixa alcalina, a fim de evitar corrosão ácida e acelerar a formação do filme de óxido de ferro protetor Tratamento do vapor condensado para neutralizar ácido carbônico e eliminar ataque ao ferro pelo cobre e níquel Em caldeiras de baixa pressão, com temperaturas inferiores a 200ºC, pode-se eliminar a desmineralização e desaeração em muitos casos, não dispensando, todavia, o uso de água clarificada
  • 13. S E NAI – P E T ROBR A S 129 .......... .......... 1 Monitoramento e controle de processos CALDEIRAS As caldeiras são empregadas na produção de vapor d’água ou aquecimento de fluidos térmicos. A energia é obtida através de combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos, energia elétrica (e até a fissão nuclear). 1 1 RESUMO CALDEIRAS FLAMOTUBULARES Os gases quentes da combustão circulam no interior de tubos que atravessam o reservatório de água a ser aquecida para produzir vapor. Os tipos que mais se destacam são os verticais e os horizontais VANTAGENS Construção fácil, poucos custos, robustas, não exigem tratamento de água muito cuidadoso, pouca alvenaria, utilizam qualquer tipo de combustível DESVANTAGENS Pressão limitada, partida lenta, baixa capacidade, baixa taxa de produção de vapor, circulação de água deficiente, dificuldade para instalação de acessórios 3 CALDEIRAS AQUATUBULARES 5 A água a ser aquecida passa no interior de tubos que, por sua vez, são envolvidos pelos gases de combustão. VANTAGENS Maior taxa de produção de vapor, temperaturas e pressões altas, partida relativamente rápida, limpeza dos tubos mais simples, vida útil podendo chegar a 30 anos DESVANTAGENS Alto custo, construção mais complexa, tratamento de água muito cuidadoso CLASSIFICAÇÃO QUANTO À TIRAGEM Tiragem natural Tiragem mecânica forçada Tiragem mecânica induzida Tiragem mecânica balanceada CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FINALIDADE Caldeiras para usinas de força termoelétrica – Vapor superaquecido Caldeiras industriais – Vapor saturado ou levemente superaquecido Caldeiras combinadas – Utilizadas para as duas finalidades 1 CLASSIFICAÇÃO DAS CALDEIRAS 2 Caldeiras flamotubulares Caldeiras aquatubulares ELEMENTOS PRINCIPAIS DE UMA CALDEIRA AQUATUBULAR CÂMARA DE COMBUSTÃO Onde se dá a queima do combustível TUBULÃO DE VAPOR Onde água e vapor estão em equilíbrio na temperatura de saturação correspondente à pressão do mesmo TUBULÃO DE ÁGUA Reservatório d´água FEIXE DE TUBOS Tubos que interligam os tambores de vapor e de água 4 ISOLAMENTO E REFRATÁRIOS Isolam a câmara de combustão, evitando perdas de calor para o exterior e protegendo a carcaça metálica ESTRUTURA E CARCAÇA METÁLICA Envolve a caldeira, sustenta o isolamento, os refratários e todos os internos, garantindo a estanqueidade SAÍDAS DE GASES E CHAMINÉS Exaustão dos gases de combustão (tiragem) ATENÇÃ0 ATENÇÃ0 As caldeiras aquatubulares possuem queimadores para óleo, para gás, ou ambos
  • 14. 1 S E NAI – P E T ROBR A S 130 .......... .......... CALDEIRAS 2 2 RESUMO Tome Nota Tome Nota PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FUNCIONAMENTO DA CALDEIRA AQUATUBULAR Os tubos são expostos à radiação da queima e/ou ao calor dos gases de combustão. Alguns trechos de tubo recebem mais calor que outros. Nos mais aquecidos, uma parte da água evapora e sobe. A diferença de densidades entre os tubos (termosifão) e o movimento ascendente do vapor fazem com que a água circule, facilitando a liberação do vapor e a eficiência da troca térmica nos tubos. O vapor saturado vai para a tubulação de saída e mais água é admitida 6 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CIRCULAÇÃO DE ÁGUA Natural ou forçada (bomba) 9 OUTROS COMPONENTES IMPORTANTES DAS CALDEIRAS AQUATUBULARES SUPERAQUECEDOR Destinado a elevar a temperatura do vapor saturado sem aumentar sua pressão, integrais ou independentes, de radiação ou convecção ECONOMIZADOR Absorve calor dos gases de combustão para aquecer a água de alimentação PREAQUECEDOR DE AR Aproveita calor dos gases de combustão para aquecer o ar necessário para a queima SOPRADOR DE FULIGEM Retira a fuligem acumulada nos tubos por jatos de vapor INTERNOS DO TUBULÃO DE VAPOR Retiram umidade do vapor. Separadores de vapor de chapas corrugadas ou ciclones 7 ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO PARA CALDEIRAS A água ideal para alimentação de caldeiras não deposita substância incrustante, não corrói os metais da caldeira e de seus acessórios e não ocasiona arraste ou espuma 8 TRATAMENTOS USUAIS Desmineralização Desaeração mecânica Tratamento do vapor condensado 1 0 Desaeração química Correção do pH MUITA ATENÇÃO PRINCIPAIS CAUSAS DE DETERIORAÇÃO DE CALDEIRAS Superaquecimento Corrosão Deterioração mecânica