1. O documento apresenta um resumo sobre termodinâmica, abordando diagramas de estado, mudanças de fase e propriedades termodinâmicas.
2. Os três estados fundamentais da matéria são descritos e diagramas de estado são usados para ilustrar as diferentes regiões correspondentes a cada estado em função da pressão e temperatura.
3. São explicados os conceitos de mudança de fase, temperatura e pressão crítica, pressão máxima de vapor saturado, e são mostrados exemplos de transformações em diagramas press
FUndamentos da termodinâmica
Leis da termodinâmica
Leis da termodinâmica aplicada a ciclos
primeira lei da termodinâmica
Entalpia
Entropia
Gases ideais
Gases perfeitos
1. O documento discute diagramas de estado e mudanças de fase da matéria. É apresentado o conceito de três estados da matéria (sólido, líquido e gasoso) e como eles dependem da temperatura e pressão.
2. São descritos diagramas de estado P-T que delimitam as regiões dos diferentes estados e as curvas que separam cada região.
3. São explicados os conceitos de mudança de fase, temperatura e pressão crítica, vapor saturado e máxima pressão de vapor.
O documento discute as três fases da matéria - sólida, líquida e gasosa - e como elas dependem da temperatura e pressão. Também descreve os processos de mudança de fase, como fusão, vaporização e liquefação, e como o calor latente é trocado durante essas mudanças sem alteração de temperatura.
O documento discute as três fases da matéria - sólida, líquida e gasosa - e como elas se relacionam com a temperatura e pressão. Também descreve os processos de mudança de fase, como fusão, solidificação e vaporização, e como a quantidade de calor necessária para essas mudanças permanece constante.
O documento discute as três fases da matéria - sólida, líquida e gasosa - e como elas se relacionam com a temperatura e pressão. Também descreve os processos de mudança de fase, como fusão, solidificação e vaporização, e como a quantidade de calor necessária para essas mudanças permanece constante.
1. O documento discute os conceitos de calorimetria, mudanças de estado e transmissão de calor.
2. Na seção de calorimetria, explica-se o que é calor e como ele é medido, calculado e transferido entre corpos.
3. Na seção de mudanças de estado, analisam-se os diagramas de estado e como a pressão e temperatura afetam os pontos de fusão, vaporização e sublimação.
Este capítulo discute dois tipos de sistemas em equilíbrio: equilíbrios de fases, que envolvem a mesma substância em estados físicos diferentes, e equilíbrios de soluções moleculares. O capítulo se concentra no equilíbrio entre a água líquida e seu vapor, explicando que a água pode existir nos três estados a qualquer temperatura e que a concentração da água líquida é constante. Também discute a pressão de vapor da água e como afeta processos como a ebulição.
1. O documento apresenta um resumo sobre termodinâmica, abordando diagramas de estado, mudanças de fase e propriedades termodinâmicas.
2. Os três estados fundamentais da matéria são descritos e diagramas de estado são usados para ilustrar as diferentes regiões correspondentes a cada estado em função da pressão e temperatura.
3. São explicados os conceitos de mudança de fase, temperatura e pressão crítica, pressão máxima de vapor saturado, e são mostrados exemplos de transformações em diagramas press
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1. O documento discute diagramas de estado e mudanças de fase da matéria. É apresentado o conceito de três estados da matéria (sólido, líquido e gasoso) e como eles dependem da temperatura e pressão.
2. São descritos diagramas de estado P-T que delimitam as regiões dos diferentes estados e as curvas que separam cada região.
3. São explicados os conceitos de mudança de fase, temperatura e pressão crítica, vapor saturado e máxima pressão de vapor.
O documento discute as três fases da matéria - sólida, líquida e gasosa - e como elas dependem da temperatura e pressão. Também descreve os processos de mudança de fase, como fusão, vaporização e liquefação, e como o calor latente é trocado durante essas mudanças sem alteração de temperatura.
O documento discute as três fases da matéria - sólida, líquida e gasosa - e como elas se relacionam com a temperatura e pressão. Também descreve os processos de mudança de fase, como fusão, solidificação e vaporização, e como a quantidade de calor necessária para essas mudanças permanece constante.
O documento discute as três fases da matéria - sólida, líquida e gasosa - e como elas se relacionam com a temperatura e pressão. Também descreve os processos de mudança de fase, como fusão, solidificação e vaporização, e como a quantidade de calor necessária para essas mudanças permanece constante.
1. O documento discute os conceitos de calorimetria, mudanças de estado e transmissão de calor.
2. Na seção de calorimetria, explica-se o que é calor e como ele é medido, calculado e transferido entre corpos.
3. Na seção de mudanças de estado, analisam-se os diagramas de estado e como a pressão e temperatura afetam os pontos de fusão, vaporização e sublimação.
Este capítulo discute dois tipos de sistemas em equilíbrio: equilíbrios de fases, que envolvem a mesma substância em estados físicos diferentes, e equilíbrios de soluções moleculares. O capítulo se concentra no equilíbrio entre a água líquida e seu vapor, explicando que a água pode existir nos três estados a qualquer temperatura e que a concentração da água líquida é constante. Também discute a pressão de vapor da água e como afeta processos como a ebulição.
O documento apresenta notas de aula sobre termodinâmica. Discute conceitos fundamentais como sistema termodinâmico, propriedades intensivas e extensivas, equilíbrio, processo e ciclo. Também aborda propriedades de substâncias puras, incluindo diagramas de fases e equilíbrio entre fases sólida, líquida e gasosa. Inclui figuras ilustrativas de processos como vaporização, sublimação e fusão.
Este documento discute propriedades termodinâmicas de substâncias puras, incluindo:
1) Substância pura é aquela com composição química invariável e pode existir em uma ou mais fases com a mesma composição;
2) O princípio de estado relaciona o número de propriedades independentes requeridas para especificar um estado termodinâmico;
3) O equilíbrio de fases ocorre na região de saturação onde há coexistência de duas fases como líquido e vapor.
(1) O documento discute propriedades termodinâmicas de sistemas simples compressíveis e substâncias puras, incluindo suas relações pressão-volume-temperatura e mudanças de fase. (2) Apresenta diagramas como p-v-T, fases, p-v e T-v para ilustrar essas propriedades e relações. (3) Explica como obter propriedades como volume específico e entalpia por meio de tabelas e interpolação linear.
1) O documento apresenta um resumo da aula sobre calor e primeira lei da termodinâmica, incluindo definições de calor, capacidade calorífica e calor latente.
2) Explica como medir experimentalmente o calor específico de um corpo usando um calorímetro e apresenta um exemplo numérico.
3) Discutem processos termodinâmicos como compressão e expansão de gases, representados em diagramas PV, e a relação entre trabalho e energia interna.
O documento discute os três estados da matéria - sólido, líquido e gasoso - e as mudanças entre esses estados causadas por alterações de pressão e temperatura, como fusão, vaporização e sublimação. É explicado o que ocorre em cada estado e os processos de mudança entre eles, como o diagrama de fases ilustra essas transformações.
Este documento discute diagramas de fases e equilíbrio em materiais. Diagramas de fases mostram as fases estáveis em diferentes composições e temperaturas e como a microestrutura dos materiais está relacionada a eles. O equilíbrio de fases depende da energia livre e das propriedades das fases permanecerem constantes com o tempo. A regra das fases descreve o número de fases presentes em equilíbrio.
O documento apresenta um resumo sobre diagramas de fases, definindo conceitos como fase, limite de solubilidade e explicando como diagramas de fases relacionam temperatura, composição e fases em equilíbrio. Exemplos de diagramas de fases binárias são apresentados, como o sistema ferro-carbono e chumbo-estanho, ilustrando como a microestrutura é afetada pela composição e resfriamento.
O documento discute diagramas de fases, definindo o que são fases e equilíbrio de fases. Explica como diagramas de fases ilustram as relações entre composição, variáveis de processo (temperatura, pressão) e fases presentes em condições de equilíbrio, permitindo prever transformações de fases e microestruturas.
Este documento apresenta uma introdução à solidificação de metais em lingotes e moldes. Ele discute os principais aspectos da solidificação como nucleação, crescimento, partição de soluto e transferência de calor. O documento também explica os diferentes tipos de interfaces sólido-líquido e aborda a solidificação de ligas metálicas.
O capítulo introduz os conceitos fundamentais da solidificação de metais, incluindo os modos de transferência de calor durante o processo, os tipos de nucleação e crescimento dos cristais, e como a partição de solutos ocorre de forma diferente em ligas metálicas em comparação com metais puros.
O documento descreve a estrutura da molécula de água e do gelo, as interações de Van der Waals entre moléculas de água, e como a estrutura da água é alterada na presença de sais em solução aquosa. Também discute os critérios quantitativos para o equilíbrio termodinâmico e deriva a equação de Clausius-Clapeyron, demonstrando que a pressão de vapor de saturação acima do gelo é maior que acima da água para temperaturas abaixo de 0°C.
O documento discute mudanças de estado da matéria, definindo os estados físicos sólido, líquido e gasoso e as transformações entre eles, como fusão, solidificação e vaporização. Também apresenta leis gerais das mudanças de estado, como a temperatura constante durante a mudança de fase e a variação da temperatura de fusão e ebulição com a pressão.
Questões Corrigidas, em Word: Mudança de Fase - Conteúdo vinculado ao blog ...Rodrigo Penna
Este documento contém 6 questões sobre mudanças de fase e diagramas de fases, com as respectivas correções. As questões abordam temas como sublimação, calor latente, calor específico e como a pressão afeta a temperatura de fusão da água.
O documento discute as fases da matéria e diagramas de fases. Diagramas de fases são compostos por três curvas que representam as transições entre os estados sólido, líquido e gasoso em função da pressão e temperatura. Os pontos triplo e crítico indicam condições em que três ou duas fases coexistem em equilíbrio.
O documento discute diagramas de fase, explicando que eles representam os diferentes estados físicos em que uma substância pode se apresentar de acordo com a pressão e temperatura. São descritos os tipos de curvas que compõem os diagramas, como as curvas de fusão, vaporização e sublimação, e conceitos como ponto crítico e ponto triplo. Exemplos de diagramas de fase da água e do dióxido de carbono são apresentados.
1) A transmissão de calor ocorre de três formas: condução, convecção e radiação.
2) As leis dos gases perfeitos descrevem a relação entre pressão, volume e temperatura em transformações gasosas.
3) Transformações gasosas mantêm uma ou duas variáveis constantes, alterando as demais e representando mudanças no estado de um gás.
1) O documento apresenta conceitos básicos da primeira lei da termodinâmica, como transformações que ocorrem na natureza acompanhadas de variações de energia.
2) Explica exemplos de processos industriais que envolvem transferência de energia sob a forma de calor ou trabalho, como em uma usina termelétrica.
3) Discorre sobre noções fundamentais dos gases ideais e reais, leis de Boyle, Gay-Lussac e equação de estado dos gases ideais, relacionando pressão, volume, temperatura e número de
Transmissão de calor ocorre por condução, convecção ou irradiação. Condução transfere calor através de contato direto entre moléculas. Convecção envolve movimento de fluidos. Irradiação propaga calor por ondas eletromagnéticas sem meio material.
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O documento apresenta notas de aula sobre termodinâmica. Discute conceitos fundamentais como sistema termodinâmico, propriedades intensivas e extensivas, equilíbrio, processo e ciclo. Também aborda propriedades de substâncias puras, incluindo diagramas de fases e equilíbrio entre fases sólida, líquida e gasosa. Inclui figuras ilustrativas de processos como vaporização, sublimação e fusão.
Este documento discute propriedades termodinâmicas de substâncias puras, incluindo:
1) Substância pura é aquela com composição química invariável e pode existir em uma ou mais fases com a mesma composição;
2) O princípio de estado relaciona o número de propriedades independentes requeridas para especificar um estado termodinâmico;
3) O equilíbrio de fases ocorre na região de saturação onde há coexistência de duas fases como líquido e vapor.
(1) O documento discute propriedades termodinâmicas de sistemas simples compressíveis e substâncias puras, incluindo suas relações pressão-volume-temperatura e mudanças de fase. (2) Apresenta diagramas como p-v-T, fases, p-v e T-v para ilustrar essas propriedades e relações. (3) Explica como obter propriedades como volume específico e entalpia por meio de tabelas e interpolação linear.
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O documento discute os três estados da matéria - sólido, líquido e gasoso - e as mudanças entre esses estados causadas por alterações de pressão e temperatura, como fusão, vaporização e sublimação. É explicado o que ocorre em cada estado e os processos de mudança entre eles, como o diagrama de fases ilustra essas transformações.
Este documento discute diagramas de fases e equilíbrio em materiais. Diagramas de fases mostram as fases estáveis em diferentes composições e temperaturas e como a microestrutura dos materiais está relacionada a eles. O equilíbrio de fases depende da energia livre e das propriedades das fases permanecerem constantes com o tempo. A regra das fases descreve o número de fases presentes em equilíbrio.
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O documento discute mudanças de estado da matéria, definindo os estados físicos sólido, líquido e gasoso e as transformações entre eles, como fusão, solidificação e vaporização. Também apresenta leis gerais das mudanças de estado, como a temperatura constante durante a mudança de fase e a variação da temperatura de fusão e ebulição com a pressão.
Questões Corrigidas, em Word: Mudança de Fase - Conteúdo vinculado ao blog ...Rodrigo Penna
Este documento contém 6 questões sobre mudanças de fase e diagramas de fases, com as respectivas correções. As questões abordam temas como sublimação, calor latente, calor específico e como a pressão afeta a temperatura de fusão da água.
O documento discute as fases da matéria e diagramas de fases. Diagramas de fases são compostos por três curvas que representam as transições entre os estados sólido, líquido e gasoso em função da pressão e temperatura. Os pontos triplo e crítico indicam condições em que três ou duas fases coexistem em equilíbrio.
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1) A transmissão de calor ocorre de três formas: condução, convecção e radiação.
2) As leis dos gases perfeitos descrevem a relação entre pressão, volume e temperatura em transformações gasosas.
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Semelhante a AULA TEORICA 6. EQUILIBRIO DE FASES SUBSTANCIAS PURAS.pptx (20)
2. TRANSFORMAÇÕES FÍSICAS DE
SUBSTÂNCIAS PURAS
INTRODUÇÃO.
A análise das transições de
fase de substâncias puras
está entre as aplicações
mais simples da
termodinâmica à química.
Um diagrama de fases é um
mapa das pressões e
temperaturas no qual cada
uma das fases de uma
substância é mais estável.
O critério termodinâmico da
estabilidade de uma fase
nos permite deduzir um
resultado muito geral, a
regra das fases, que
3. resume as transições
impostas sobre o equilíbrio
entre as fases.
Esta regra também pode
ser aplicável para sistemas
de mais de um
componente.
Vamos interpretar somente
diagramas de fases obtidos
empiricamente para
algumas substâncias e
veremos os factores que
determinam as posições e
as formas das fronteiras
entre as diferentes regiões
de um diagrama de fases.
A importância prática das
expressões que
deduziremos é mostrar
como a pressão de vapor
4. de uma substancia pura
varia com a temperatura e
como os pontos de fusão e
de ebulição variam com a
pressão.
Veremos também como as
transições entre as fases
podem ser classificadas de
acordo com as variações
das funções
termodinâmicas quando a
transição ocorre.
Havemos também de definir
o potencial químico, uma
propriedade termodinâmica
de grande importância na
discussão das transições de
fase e no estudo das
misturas e das reacções
químicas.
A vaporização, a fusão e
conversão de grafita em
diamante são todos
5. exemplos de mudanças de
fase sem alteração da
composição química.
Vamos descrever a
termodinâmica desses
processos, tomando como
princípio básico a
tendência de os sistemas,
mantidos a temperatura e
pressão constante,
tornarem mínima a sua
energia de Gibbs.
OS DIAGRAMAS DE
FASES
Uma das formas mais
compactas de se exibirem
as mudanças de estado
físico que uma substância
pode ter é através do seu
diagrama de fases.
6. 6.1 A Estabilidade das
Fases.
A termodinâmica fornece
uma linguagem poderosa
para descrever e
compreender a
estabilidade e as
transformações das fases,
mas é preciso empregar
definições cuidadosas para
aplicá-la.
6.1.1 O Número de Fases.
Uma fase de uma
substância é uma forma da
matéria que é homogénea
o que se refere à
composição química e ao
estado físico.
Assim, temos as fases
sólida, líquida e gasosa
7. de uma substância, e suas
diversas fases sólidas,
como as formas
alotrópicas branca e
vermelha do fósforo ou
polimorfos do carbonato de
cálcio, a calcita e a
aragonita.
O número de fases de um
sistema será simbolizado
por P.
Um gás, ou uma mistura
gasosa, tem sempre uma
única fase, então P = 1; um
cristal apresenta uma única
fase; e dois líquidos
completamente miscíveis
também formam uma única
fase.
Uma solução de NaCl em
água apresenta uma única
8. fase, assim como o gelo,
mesmo que esteja dividido
em pequenos fragmentos.
Uma mistura de gelo e
água tem duas fases
(P = 2), embora seja difícil
delimitar precisamente as
fronteiras das fases.
Um sistema formado por
CaCO3 que sofre a
decomposição térmica é
constituído de duas fases
sólidas (CaCO3 e CaO) e
de uma fase gasosa (CO2).
𝐂𝐚𝐂𝐎𝟑(𝐬) → 𝐂𝐚𝐎(𝐬) + 𝐂𝐎𝟐(𝐠)
Dois metais formam um
sistema bifásico, se os
metais forem imiscíveis
9. (então P = 2), mas é um
sistema monofásico caso
os metais sejam miscíveis
(então P = 1).
Este exemplo mostra que
nem sempre é fácil dizer se
um sistema tem uma ou
duas fases.
Uma solução do sólido B
no sólido A – uma mistura
homogénea das duas
substâncias - é uniforme
numa escala molecular.
Numa solução, os átomos de
A estão envolvidos pelos
átomos de A e de B e, em
qualquer amostra da solução,
por menor que seja, a
composição é representativa
do sistema todo.
10. Uma dispersão é uniforme
em escala macroscópica,
mas não em escala
microscópica, pois é
constituída por grânulos ou
gotículas de uma
substância espalhadas
numa matriz de outra
substância.
Uma pequeníssima
amostra pose ser,
exclusivamente, um só
grânulo de A puro e não
seria representativa da
dispersão como um todo.
Dispersões deste tipo são
importantes, pois em
muitos materiais especiais
(como os aços), ciclos de
tratamento térmico visam
provocar a precipitação de
fina dispersão de partículas
11. de uma fase (como carbeto
no aço) numa matriz
formada por uma fase de
solução sólida saturada.
A capacidade de controlar
a microestrutura resultante
do equilíbrio de fases
possibilita ajustar as
propriedades mecânicas
dos materiais dentro de
especificações
perfeitamente definidas.
4.1.2 Transições de Fase.
Uma transição de fase é a
conversão espontânea de
uma fase em outra e ocorre
numa temperatura
característica para uma
dada pressão.
12. Neste sentido, a 1 atm, o
gelo é a fase estável da
água em temperaturas
abaixo de 0oC, mas acima
a água líquida é mais
estável.
Esta diferença indica que
abaixo de 0oC a energia
de Gibbs diminui quando a
agua liquida se transforma
em gelo, e que acima de
0o
C a energia de Gibbs
diminui quando o gelo se
transforma em água
liquida.
A temperatura de
transição (Ttrans) é a
temperatura em que as
duas fases estão em
equilíbrio e a energia de
Gibbs é mínima na pressão
prevalecente.
13. A detecção de uma
transição de fase nem
sempre é tão simples como
observar a água fervendo
em uma chaleira, de modo
que técnicas especiais
foram desenvolvidas.
Uma dessas técnicas é a
Análise Térmica, que
aproveita o calor liberto ou
absorvido durante uma
transição.
A transição é detectada
observando-se que a
temperatura não se altera,
mesmo que o calor seja
fornecido ou recebido da
amostra.
A calorimetria diferencial
por varredura também
pode ser usada.
14. Técnicas de análise
térmica são uteis para
transições solido-solido,
nas quais a simples
inspeção visual da amostra
pode ser inadequada.
A difração de raios – X
também revela a
ocorrência de uma
transição de fase em um
sólido, já que diferentes
estruturas são obtidas em
cada extremo da
temperatura de transição.
Como sempre, é importante
distinguir entre a descrição
termodinâmica de um
processo e a velocidade
com que o processo ocorre.
Uma transição que é
15. prevista pela
termodinâmica com
espontânea pode ocorrer
muito lentamente para ter
qualquer significado
prático.
Por exemplo, nas
temperaturas e pressões
ambientes, a energia de
Gibbs molar de grafite é
mais baixa do que a do
diamante, de modo que há
uma tendência
termodinâmica para o
diamante se transformar
espontaneamente em
grafite.
Entretanto, para esta
transição ocorrer é
necessário que os átomos
de carbono modifiquem as
suas respectivas
16. localizações, o que é um
processo
incomensuravelmente
lento, excepto em
temperaturas elevadas.
A velocidade para que o
equilíbrio seja atingido é
um problema cinético, que
escapa à termodinâmica.
Nos gases e nos líquidos, a
mobilidade das moléculas
permite que as transições
de fase ocorram
rapidamente, mas nos
sólidos é possível que a
instabilidade
termodinâmica fique
indefinidamente congelada.
17. As fases
termodinamicamente
instáveis que persistem
porque a transição é
impedida cineticamente, são
denominadas fases
metastáveis.
O diamante é uma fase
metastável do carbono, nas
condições ambientes.
18. 4.1.3 Critérios termodinâmicos de estabilidade
das fases
Toda a nossa análise será
baseada na energia de
Gibbs de uma substância,
e particular na sua energia
de Gibbs molar (Gm).
Na verdade, esta grandeza
termodinâmica é tão
importante que passamos
a dar o nome especial de
Potencial Químico (µ).
Para sistemas com um
componente, a energia de
Gibbs molar e o potencial
químico são equivalentes,
ou seja, µ = Gm, mais tarde
veremos que o potencial
19. químico tem um significado
mais abrangente e uma
definição mais geral.
O nome potencial químico
também tem um significado
próprio: este representa
uma medida de potencial
que uma substância
apresenta de sofrer uma
Mudança Física em um
dado sistema.
A fundamentação da nossa
discussão reside no
seguinte resultado da 2ª
Lei da Termodinâmica:
“No equilíbrio, o potencial
químico de uma
substância é o mesmo
em toda a amostra,
20. qualquer que seja o
número de fases
presentes.”
Para tornar evidente a
validade desta observação,
imaginamos um sistema
em que o potencial químico
de uma substância seja µ1
num certo ponto e µ2 em
outro ponto.
Os pontos podem estar no
interior de uma fase ou em
fases diferentes.
21. Quando uma quantidade
infinitesimal dn da
substância é transferida
do primeiro para o
segundo ponto, a energia
de Gibbs do sistema varia
de -µ1dn, quando a
substância é removida do
ponto 1, e varia de +µ2dn
quando a substancia é
adicionada no ponto 2.
A variação total é então
𝐝𝐆 = 𝛍𝟐 − 𝛍𝟏 𝐝𝐧
Se o potencial químico no
ponto 1 for mais elevado do
que no ponto 2, a
transferência da substância
é acompanhada por uma
diminuição de G e, por isso,
tem tendência a ocorrer
espontaneamente.
22. Somente se 𝛍𝟐 = 𝛍𝟏não
haverá mudança de G e
somente então o sistema
estará em equilíbrio.
6.2 As Curvas de
Equilíbrio
O diagrama de fases de
uma substância mostra as
regiões de pressão e de
temperatura em que as
diversas fases
termodinamicamente
estáveis.
Na verdade, quaisquer duas
variáveis intensivas podem
ser usadas mas vamo-nos
centrar na pressão e na
temperatura.
As curvas que separam as
23. regiões são denominadas
Curvas de Equilíbrio (ou
curvas de coexistência) e
mostram os valores de
pressão e temperatura nos
quais duas fases coexistem
em equilíbrio, e os seus
potenciais químicos são
iguais.
24. 6.2.1 Propriedades Características
Relacionadas com as Transições de Fase.
Consideremos uma
amostra de uma substancia
pura num vaso fechado.
A pressão de vapor em
equilíbrio com o liquido é
denominada pressão de
vapor da substancia.
Portanto, num diagrama de
fases, a curva de equilíbrio
entre as fases liquida e
vapor mostra como a
pressão de vapor do
líquido varia com a
temperatura.
25. Analogamente, a curva de
equilíbrio entre as fases
solida e vapor mostra a
variação da pressão com a
temperatura da Pressão
de Vapor na Sublimação,
a pressão de vapor da fase
solida.
A pressão de vapor de uma
substancia aumenta com a
temperatura, porque nas
temperaturas mais elevadas
o número de moléculas que
têm energia suficiente par
escaparem da interação
com as moléculas vizinhas
é maior.
26. Quando um líquido é
aquecido num vaso aberto,
o líquido vaporiza a partir
da superfície.
Na temperatura em que a
sua pressão de vapor é
igual à pressão externa, a
vaporização ocorre no seio
da massa do líquido e o
vapor pode se expandir
livremente para as
vizinhanças.
A condição de vaporização
livre em toda a massa do
líquido é chamada de
ebulição.
A temperatura em que a
pressão de vapor do líquido
é igual à pressa externa é a
temperatura de ebulição
27. nesta pressão.
No caso de a pressão
externa ser de 1 atm, a
temperatura de ebulição é
denominada ponto de
ebulição normal Teb.
Com a substituição da
pressão de 1 atm pela
pressão de 1 bar como a
pressão-padrão, é mais
conveniente usar o ponto
de ebulição padrão, a
temperatura em que a
pressão de vapor alcança o
valor de 1 bar.
Como 1 bar é um pouco
menor do que 1 atm (1 bar
= 0,987 atm), o ponto de
ebulição padrão de um
líquido é ligeiramente mais
28. baixo que o ponto de
ebulição normal.
Para a água, por exemplo,
o ponto de ebulição normal
é 100,0 oC, e o ponto de
ebulição padrão é 99,6 oC.
Em termodinâmica, só
precisamos distinguir entre
as propriedades normais e
as propriedades padrão em
trabalhos de precisão, pois
qualquer propriedade
termodinâmica que
pretendemos adicionar
deve se referir às mesmas
condições.
A ebulição não ocorre
quando o líquido é
aquecido num vaso
fechado.
29. Neste caso, a pressão de
vapor e, portanto, a massa
específica do vapor
elevam-se continuamente à
medida que a temperatura
se eleva.
Ao mesmo tempo, a massa
específica do liquido
diminui ligeiramente em
consequência da sua
expansão.
Há um ponto em que a
massa específica do vapor
fica igual à do líquido
remanescente e a
superfície entre as duas
fases desaparece.
A temperatura em que a
superfície desaparece é a
Temperatura Critica, Tc,
da substância.
30. A pressão de vapor na
temperatura crítica é
chamada de pressão
critica Pc.
Na temperatura crítica, ha
nas temperaturas mais
elevadas, uma única fase
uniforme, denominada
fluido supercrítico, que
enche o vaso e não há
nenhuma interface entre as
fases. Ou seja, acima da
temperatura critica, a fase
liquida da substancia não
existe.
31. A temperatura em que, sob
uma determinada pressão,
as fases solida e líquida de
uma substância coexistem
em equilíbrio é a
Temperatura de Fusão.
Como uma substancia pura
se funde exctamente na
mesma temperatura em
que ela se congela, a
temperatura de fusão de
uma substância coincide
com a sua Temperatura de
Congelamento.
A temperatura de
congelamento quando a
pressão é de 1 atm é o ponto
de Congelamento Normal
Tf, e o ponto de
congelamento quando a
pressão é de 1 bar é o
Ponto de Congelamento
Padrão.
32. Para a maior parte das
aplicações, a diferença
entre os pontos de
congelamento normal e
padrão é desprezível.
O ponto de congelamento
normal também é chamado
de Ponto de Fusão
Normal.
Há um conjunto de
condições de pressão e
temperatura em que três
fases diferentes de uma
substancia coexistem
simultaneamente em
equilíbrio.
Estas condições são
representadas pelo Ponto
Triplo, um ponto em que as
33. três curvas de equilíbrio se
encontram.
A temperatura no ponto
triplo é simbolizada por T3.
O ponto triplo de uma
substancia pura esta fora
do nosso controlo: ele
ocorre em uma única
pressão e uma única
temperatura,
características da
substancia.
O ponto triplo da água se
localiza em 273,16 K e 611
Pa (6,11 mbar ou 4,58 Torr)
e as três fases da água
(gelo, liquido e vapor) não
coexistem em equilíbrio em
nenhuma outra combinação
de pressão e de
temperatura.
34. A invariância do ponto triplo
é a base da sua adoção na
definição da escala de
temperatura
termodinâmica.
O ponto triplo assinala a
pressão mais baixa em que
a fase líquida de uma
substância pode existir.
Se a curva de equilíbrio
solido-liquido for inclinada
para direita, o ponto triplo
também assinala a
temperatura mais baixa em
que pode existir a fase
liquida; a temperatura
crítica é o limite superior.
35. 4.2.2. A Regra das Fases
A regra das fases (regra de
Gibbs) nos dá o número de
parâmetros que podem ser
variados
independentemente (pelo
menos entre certos limites)
mantendo o número de
fases em equilíbrio.
A regra das fases é uma
relação geral entre a
variância F, o número de
componentes C, e o
número de fases em
equilíbrio P, para um
sistema de qualquer
composição:
𝐅 = 𝐂 − 𝐏 + 𝟐
36. Um componente é um
constituinte quimicamente
independente do sistema.
O número de componente
C, num sistema é o número
de espécies independentes
(iões ou moléculas)
necessárias para definir a
composição de todas as
fases presentes no
sistema.
Neste capítulo iremos tratar
somente de sistemas com
um componente (C = 1).
Um constituinte de um
sistema é qualquer espécie
química que esteja
presente no sistema.
37. Assim, uma mistura de
etanol e água tem dois
constituintes.
Uma solução de cloreto de
sódio em água tem três
constituinte – água, iões
Na+ e iões Cl- — mas
somente dois
componentes, pois o
número de iões Na+ e Cl-
estão a serem iguais
devido
à composição da
neutralidade eléctrica.
A variância (ou numero de
graus de liberdade) de um
sistema F, é o número de
variáveis intensivas que
podem ser
independentemente
alteradas sem perturbar o
número de fases em
equilíbrio.
38. Num sistema com um só
componente e monofásico
(C = 1, P = 1), a pressão e
a temperatura podem ser
alteradas,
independentemente uma
da outra, sem que se
modifique o número de
fases; portanto, F = 2.
Dizemos que o sistema é
bivariante, ou que tem
dois graus de liberdade.
Por outro lado, se duas
fases estão em equilíbrio
(por exemplo, um liquido
em equilíbrio com seu
vapor) em um sistema com
único componente (C = 1,
P = 2), a temperatura (ou
pressão) pode ser alterada
arbitrariamente, mas a
alteração da temperatura
(ou a alteração da pressão)
é acompanhada por uma
39. modificação definida da
pressão (ou da
temperatura) para que as
duas fases continuem em
equilíbrio.
Isto é, a variância do
sistema caiu para 1.
4.3 Três Diagramas de
Fases Típicos
Nos sistemas com um
componente, como a água
pura, por exemplo, temos
F = 3 – P.
Quando somente uma fase
esta presente, F = 2 e tanto
a pressão como a
40. temperatura podem ser
alteradas
independentemente (pelo
menos em uma pequena
faixa) uma da outra sem
que se altere o número de
fases.
Em outras palavras, uma
única fase é representada
por uma área no diagrama
de fases.
Quando duas fases
estiverem em equilíbrio,
F =1.
O que implica que a
pressão não pode variar se
a temperatura é mantida
constante; realmente, em
uma determinada
temperatura, um líquido
tem uma pressão de vapor
característica.
41. Segue-se que o equilíbrio
entre duas fases é
representado por uma
curva no diagrama de
fases.
Poderíamos, como é claro,
fixar a pressão em vez da
temperatura, e então as
duas fases estariam em
equilíbrio a uma
temperatura perfeitamente
definida.
Assim, a fusão (ou outra
transição de fase qualquer)
ocorre numa temperatura
definida para uma
determinada pressão.
Quando forem três as
fases em equilíbrio, F = 0 e
o sistema é invariante.
Esta condição especial só
42. pode ser conseguida numa
temperatura e numa
pressão que são
características da
substância e que não
podemos modificar à
vontade.
O equilíbrio das três fases,
num diagrama de fases,
será então representado
por um ponto, o ponto
triplo.
Não é possível, num
sistema com um só
componente, que quatro
fases estejam em
equilíbrio, pois F não pode
ser negativa.
Estes aspectos estão
resumidos graficamente e
43. devem estar em nossa
mente ao considerarmos a
forma dos diagramas de
fases das substâncias
tratadas mais adiante.
44. A. O Dióxido de Carbono (CO2)
A característica a realçar
no diagrama de CO2 é a
inclinação da curva de
equilíbrio sólido – liquido
para a direita; esta
inclinação é típica da curva
de quase todas as
substâncias e mostra a
elevação da temperatura
de fusão do CO2 solido
com aumento da pressão.
Observe, também, que o
ponto triplo tem pressão
acima de 1 atm, e o líquido
não pode existir sob as
pressões atmosféricas
comuns em nenhuma
temperatura; o sólido
sublima quando exposto à
pressão atmosférica (e daí o
seu nome de “gelo seco”).
45. Para se obter o CO2
liquido, a pressão tem que
ser no mínimo de 5,11 atm.
Os cilindros de CO2
contém, em geral, o líquido
ou seu gás comprimido.
Na temperatura de 25oC, a
pressão de vapor é de 67
atm se o gás é o líquido
estiverem presentes em
equilíbrio no cilindro.
Quando o gás passa
através da válvula de
saída, ocorre o seu
resfriamento pelo efeito
Joule-Thomson e, ao
atingir a pressão de 1 atm,
condensa-se em um solido
finamente dividido,
parecido com neve.
46. O CO2 não pode ser
liquefeito, excepto a alta
pressão, que reflete a
baixa intensidade de forças
intermoleculares entre as
moléculas apolares de
CO2.
47. B. A Água (H2O)
A curva de equilíbrio líquido
– vapor, no diagrama,
mostra como a pressão de
vapor da água liquida varia
com a temperatura.
Ela também mostra como a
temperatura de ebulição
varia com a pressão: basta
ler no gráfico a abcissa em
que a pressão de vapor
corresponde à pressão
atmosférica prevalecente.
A curva de equilíbrio solido
– líquido mostra como a
temperatura de fusão se
altera com a pressão.
48. Por ela ser quase vertical,
mostra a necessidade de
pressões muito grandes
pra provocar modificações
significativas de
temperatura de fusão.
Observe que a curva tem
um coeficiente angular
negativo até cerca de 2
kbar, significando que a
temperatura de fusão
diminui com a elevação da
pressão.
A razão deste
comportamento pouco
comum é a diminuição de
volume que ocorre na
fusão, o que favorece a
transformação do solido
em líquido à medida que a
pressão se eleva.
49. A diminuição de volume na
fusão do gelo é resultado de
a estrutura molecular do
gelo ser muito aberta: as
moléculas de agua se
mantem afastadas, assim
como juntas graças às
ligações de hidrogénio entre
ela, e esta estrutura é
parcialmente desfeita na
fusão, tornando o liquido
mais denso do que o solido.
Outras consequências das
extensivas ligações de
hidrogénio são o ponto de
ebulição anormalmente
elevado da água, para uma
molécula com sua massa
molar, e os valores elevados
da pressão crítica e
temperatura crítica.
50. O digrama de fases da
água revela que a água
tem uma fase líquida, mas
também apresenta varias
fases solidas o que leva a
existência de outros pontos
críticos.
Cada um dos pontos
críticos ocorre em pressão
e temperatura bem definida
e invariantes.
As fases solidas do gelo
são diferentes devido à
distribuição diferente das
moléculas de água: sob
influência de pressões
muito elevadas, as ligações
de hidrogénio se modificam
pelas tensões mecânicas e
as moléculas de água
assumem arranjos
diferentes.
51. Estes polimorfos de gelo
podem ser responsáveis
pelo avanço das geleiras; o
gelo no fundo das geleiras
sofre a acção de pressões
muito elevadas, pois ele
repousa sobre fragmentos
pontiagudos de rochas.
52. C. O Hélio (He)
Quando se considera o He
a baixas temperaturas, é
necessário distinguir entre
os isótopos 3He e 4He.
O hélio tem
comportamento pouco
comum nas temperaturas
baixas, pois sua massa é
muito pequena e seu
pequeno número de
electrões leva a que
interajam muito pouco com
seus vizinhos.
Por exemplo, as fases
solido e vapor nunca estão
em equilíbrio, por mais
baixa que seja a
temperatura: os átomos de
53. He são tao leves que, em
temperaturas muito baixas,
vibram com movimentos de
amplitude tao grande que o
solido não consegue se
manter estruturado.
O He sólido pode ser
obtido, mas somente
quando os átomos são
forcados a se manterem
juntos pela aplicação de
uma pressão externa.
Os isótopos do He se
comportam de forma
diferente por questões
quantomecânicas.
O 4He puro tem duas fases
líquidas.
Uma das fases comporta-se
54. semelhante a um líquido
normal.
A outra fase é um
superfluido; é chamado
assim porque ele escoa
sem viscosidade.
O hélio é a única
substancia conhecida com
uma curva de equilíbrio
liquido-liquido.
O diagrama de fases de
3He é diferente do
diagrama de fases do 4He,
mas há também uma fase
superfluida.
O 3He é bastante peculiar,
pois a fusão é exotérmica
(ΔHfus < 0) e, portanto a
entropia do líquido é menor
do que a do solido no
ponto de fusão.
56. Para um sistema com um componente, o potencial
químico é o mesmo que a energia de Gibbs molar de
cada fase.
Como já sabemos que a energia de Gibbs varia com a
temperatura e com a pressão, podemos esperar sermos
capazes de deduzir como o equilíbrio entre as fases as
altera quando as condições sobre o sistema são
modificadas.
57. 4.4 A Dependência Entre a Estabilidade e as
Condições do Sistema
Nas temperaturas baixas, e
desde que a pressão não
seja muito baixa, a fase
solida de uma substancia
tem um potencial químico
menor que o das outras
fases e é, portanto, a fase
mais estável.
Entretanto, como os
potenciais químicos das
fases se alteram com a
temperatura, e se alteram
de maneiras diferentes, é
possível que, ao se elevar
a temperatura, o potencial
químico de outra fase (uma
outra fase solida, ou a fase
58. liquida ou a fase vapor)
fique mais baixo do que o
potencial da fase solida.
Quando isto acontece, há
uma transição para a
segunda fase, desde que
não haja impedimento
cinético.
59. 4.4.1 Dependência da estabilidade de fase com
a temperatura
A dependência da energia
de Gibbs com a
temperatura se exprime em
termos da entropia do
sistema através da
equação −𝑆 = (
𝜕𝐺
𝜕𝑇
)𝑝.
Como o potencial químico
de uma substância pura é
a energia de Gibbs molar
da substância, vem que a
variação do potencial
químico com a temperatura
será:
−𝐒𝐦 = (
𝛛𝛍
𝛛𝐓
)𝐩
60. Esta relação mostra que,
quando a temperatura se
eleva, potencial químico de
uma substância pura
diminui: Sm < 0 para todas
as substancias, de modo
que o coeficiente angular
da curva µ contra T é
sempre negativo.
A equação acima mostra
que o coeficiente angular
da curva de µ contra T é
maior (a curva é inclinada)
para os gases do que para
os líquidos, pois
Sm(g) > Sm(l).
O coeficiente angular da
curva de um liquido também
é maior do que a do solido,
pois quase sempre Sm(l) >
Sm(s).
61. O coeficiente angular
negativo maior da curva do
µ(l) do que da curva µ(s)
faz com que, numa
temperatura
suficientemente elevada, a
curva do liquido fique
abaixo da do solido (a fase
liquida torna-se mais
estável): o solido funde.
O potencial químico da
fase gasosa tem uma
curva muito inclinada para
baixo quando a
temperatura se eleva (pois
a entropia molar do vapor é
muito grande), e pode
atingir temperatura em que
a curva é a mais baixa de
todas.
O gás então é a fase
estável e a vaporização é
espontânea.
62. 4.4.2 A Resposta da Fusão à Pressão Aplicada
A maior parte das
substâncias puras funde a
uma temperatura mais
elevada quando sujeita a
uma pressão maior do que a
atmosférica.
Tudo se passa como se o
aumento de pressão
impedisse a formação da
fase liquida menos densa.
Exceções a este
comportamento incluem a
água, na qual o líquido é
mais denso do que o solido.
A aplicação de pressão à
água favorece a formação da
fase liquida.
Isto é, a agua congela em
uma temperatura mais baixa
63. quando esta sob pressão.
Podemos explicar a
resposta das temperaturas
de fusão à pressão como
se segue.
A variação do potencial
químico com a pressão se
exprime por:
𝛛𝛍
𝛛𝐩 𝐓
= 𝐕𝐦
Esta equação mostra que o
coeficiente angular da
curva do potencial químico
contra a pressão é igual ao
volume molar da
substância.
Uma elevação de pressão
eleva o potencial químico
de qualquer substância
pura (pois Vm > 0).
64. Na maioria dos casos,
Vm(l) > Vm(s) e a equação
prevê que uma elevação
de pressão provoca uma
elevação do potencial
químico do liquido maior do
que a do solido.
O efeito da pressão neste
caso é elevar ligeiramente
a temperatura de fusão.
Para a agua, porém,
Vm(l) < Vm(s), e um
aumento de pressão
provoca elevação maior do
potencial químico do solido
do que a do liquido.
Neste caso, a temperatura
de fusão sofre ligeiro
abaixamento.
65.
66. Exemplo de aplicação:
Calcule o efeito sobre o
potencial químico do gelo e
sobre o da água, da
elevação da pressão de 1,0
bar a 2,0 bar, a 0 oC.
A massa específica do gelo
é 0,917 g/cm3 e a da água
líquida é 0,999 g/cm3, nas
condições mencionadas.
Resolução: sabendo que o
volume molar pode ser
obtido a partir das
equações
𝐕𝐦 =
∆𝛍
∆𝐏
, 𝐕𝐦 =
𝐌𝐦
∆𝛒
Então o potencial passa a
ser obtido pela combinação
das duas equações:
67. ∆μ
∆P
=
Mm
ρ
Logo passámos a ter a equação: ∆𝛍 =
∆𝐏×𝐌𝐦
𝛒
Cálculos para o caso do gelo:
∆μ =
18,02 ×
10−3
kg
mol
× (2,0 − 1,0) × 105
Pa
917
kg
m3
= +1,96J/mol
Cálculos pra o caso da água liquida:
∆μ =
18,02 ×
10−3
kg
mol
× (2,0 − 1,0) × 105
Pa
999
kg
m3
= +1,80 J/mol
68. Interpretação dos
resultados:
o potencial químico do gelo
cresce mais significamente
do que o da água, de modo
que se o gelo e a água
estiverem inicialmente em
equilíbrio a 1,0 bar haverá
tendência de o gelo fundir-
se a 2,0 bar.
Exemplo proposto:
Calcule o efeito do
aumento de pressão de 1
bar sobre as fases líquida e
sólida em equilíbrio do CO2
(Mm = 44,0 g/mol), com as
massas específicas de
2,35 g/cm3 e 2,50 g/cm3,
respectivamente. (R:
forma-se gelo)
69. 4.4.3 O efeito da pressão aplicada sobre a
pressão de vapor
Quando se aplica pressão
a uma fase condensada, a
pressão de vapor da fase
aumenta.
Com efeito, as moléculas
na fase condensada são
expulsas da fase e
escapam na forma de um
gás.
É possível exercer sobre
uma fase condensada, seja
mecanicamente ou
mediante a acção de um
gás inerte. vapor da
substancia.
Neste ultimo caso, a
pressão de vapor é a
70. pressão parcial do vapor
em equilíbrio com a fase
condensada, e a
caracterizamos como a
pressão parcial de
Uma complicação que
pode aparecer (e que
ignoraremos no momento)
é que, se a fase
condensada é um líquido,
então o gás usado na
pressurização pode se
dissolver e alterar as
propriedades do líquido.
Outra complicação é a de
as moléculas na fase
gasosa atraírem as
moléculas da fase liquida
num efeito conhecido como
solvatação em fase
gasosa; nesse caso,
ocorre a ligação de
71. moléculas do líquido às
moléculas da espécie
química em fase gasosa.
A relação quantitativa entre
a pressão de vapor P,
quando um excesso de
pressão ΔP é aplicado ao
líquido, e a pressão de
vapor P*, do líquido na
ausência do excesso de
pressão é a seguinte:
𝐥𝐧
𝐏
𝐏∗
=
𝐕𝐦(𝐥) × ∆𝐏
𝐑𝐓
Esta equação mostra que a
pressão de vapor aumenta
quando a pressão que
actua sobre a fase
condensada aumenta.
72. Exemplo proposto:
Calcule o efeito de um
aumento de 100 bar na
pressão sobre a pressão
de vapor do benzeno
(C6H6), a 25 oC. A massa
específica do líquido,
nesta temperatura é 0,879
g/cm3. (R: = 43 %)
73. 4.5 A LOCALIZAÇÃO DAS CURVAS DE
EQUILÍBRIO
Podemos achar a
localização exacta das
curvas de equilíbrio – isto
é, das curvas cujos pontos
dão as pressões e
temperaturas em que duas
em duas fases coexistem
em equilíbrio – fazendo uso
do facto deque, quando
duas fases estão em
equilíbrio, seus potenciais
químicos são iguais.
Ou seja, quando as fases α
e β estão em equilíbrio,
µ(α;P,T) = µ(β;P,T)
74. 4.5.1 Coeficiente Angular das Curvas de Equilíbrio
É fácil discutir as curvas de equilíbrio em termos dos seus
coeficientes angulares, ou seja, da derivada dp/dT.
Façamos p e T se alteraremos infinitesimalmente de
modo que as fases α e β, inicialmente em equilíbrio,
continuem em equilíbrio.
A resolução explícita desta equação para P em função
de T leva à equação de equilíbrio.
75. Os potenciais químicos das
duas fases são inicialmente
iguais (pois, inicialmente,
as fases estão em
equilíbrio.
Os potenciais químicos
continuam iguais quando
as condições se alteram e
passam para um ponto
vizinho, sobre a curva de
equilíbrio, no qual as duas
fases continuam em
equilíbrio.
Portanto, as variações dos
potencias químicos das
duas fases são iguais e
podemos escrever,
dµ(α) = dµ(β).
76. Como, através de dG = Vdp
– SdT, sabemos que dµ = -
SdT + Vmdp para cada uma
das fases, segue que -
Sm(α)dT + Vm(α)dp = -
Sm(β)dT + Vm(β)dp em que
Sm(α) e Sm(β) são as
entropias molares das fases,
e Vm(α) e Vm(β) são os
respetivos volumes molares.
Daí, [Vm(β) – Vm(α)]dp = [Sm(β)
– Sm(α)]dT que se transforma
na equação de
Clapeyron:
𝐝𝐩
𝐝𝐓
=
∆𝐒𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬.
∆𝐕𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬.
Nesta expressão, ΔStrans. =
Sm(β) – Sm(α) e ΔVtrans. =
Vm(β) – Vm(α) são as
variações de entropia e de
volume na transição ,
respectivamente.
77. A equação de Clapeyron é
uma expressão exacta
para o coeficiente angular
da curva de equilíbrio e
aplica-se a qualquer curva
de equilíbrio de duas fases
de uma substancia pura.
Ela implica que podemos
usar dados termodinâmicos
para prever os diagramas
de fases e compreender as
suas formas.
Uma aplicação mais prática
é prever como os pontos
de fusão e de ebulição se
modificam devido à
aplicação de pressão.
78. 6.5.2 A curva de equilíbrio solido – liquido
A fusão é acompanhada
por uma variação de
entalpia molar ΔHfus e
ocorre a uma temperatura
constante T.
A entropia molar de fusão
em T é, portanto, ΔHfus/T, e
a equação de Clapeyron se
escreve:
𝐝𝐩
𝐝𝐓
=
∆𝐇𝐟𝐮𝐬.
𝐓∆𝐕𝐟𝐮𝐬.
Em que ΔVfus é a variação
do volume molar que
ocorre na fusão.
A entalpia de fusão é
positiva (excepto no caso
do 3He) e a variação
79. de volume é, na maioria
dos casos , positiva e
sempre pequena.
Consequentemente, o
coeficiente angular dp/dT é
grande e, em geral,
positivo.
A expressão da curva de
equilíbrio pode ser obtida
pela integração de dp/dT,
admitindo-se que ΔHfus e
ΔVfus variam muito pouco
com a temperatura e com a
pressão e que eles podem
ser considerados como
constantes.
Então, se T* é a
temperatura de fusão na
pressão p*, e T a
temperatura de fusão na
pressão p, a integração é
81. Quando T é muito diferente de T*, o logaritmo pode ser
aproximado por ln
T
T∗ = ln 1 +
T−T∗
T∗ ≅
T−T∗
T∗
Portanto: 𝐩 = 𝐩∗
+
∆𝐇𝐟𝐮𝐬
∆𝐒𝐟𝐮𝐬
(𝐓 − 𝐓∗
)
Esta é a equação de uma recta
com coeficiente angular muito
grande, no plano de p contra T.
82. 4.5.3 A curva de equilibro Líquido – Vapor
A entropia de vaporização
na temperatura T é igual a
ΔHvap/T; a equação de
Clapeyron para a curva de
equilíbrio líquido – vapor é,
portanto,
𝐝𝐩
𝐝𝐓
=
∆𝐇𝐯𝐚𝐩
𝐓∆𝐕𝐯𝐚𝐩
A entalpia de vaporização é
positiva, e ΔVvap é grande
e positivo.
Portanto, dp/dT é positiva,
mas tem valor muito menor
do que na curva de
equilíbrio solido – liquido.
83. Logo, dT/dp é grande e a
temperatura de ebulição é
mais sensível à pressão do
que a temperatura de
fusão.
Exemplo de aplicação:
Estime o efeito típico do
aumento de pressão sobre
o ponto de ebulição de um
líquido.
84. Resolução: precisamos
estimar o lado direito da
equação.
No ponto de ebulição, o
termo em ΔHvap/T é a
constante da regra de
Trouton.
Como o volume molar do
gás é muito maior do que o
volume molar do liquido,
podemos escrever ΔVvap =
Vm(g) – Vm(l) ≈ Vm(g)
e considerar Vm(g) como o
volume molar de um gás
perfeito (pelo menos nas
pressões baixas).
A constante da regra de
Trouton é 85 J/molK.
O volume molar de um gás
perfeito é cerca de 25
dm3/mol a 1 atm e em
85. temperatura pouco superior à ambiente. Portanto
dp
dT
=
85J/molK
2,4 × 10−2m3/mol
= 3,4 × 103
Pa/K
Sabendo que 1J = 1 Pa.m3, o resultado obtido
corresponde a 0,034 atm/K, e então
dT
dp
= 29 K/atm.
Portanto, para uma variação da pressão de +0,1 atm
espera-se uma variação aproximada de +3 K na
temperatura de ebulição.
86. Exemplo proposto:
Estime dT/dp para a
água no seu ponto de
ebulição normal
aproveitando os dados
da tabela abaixo e
usando Vm g =
RT
p
. (R=
28 K/atm)
Uma vez que o volume molar
de um gás perfeito é maior do
que o volume molar de um
liquido, podemos escrever
ΔVvap ≈ Vm(g).
Além disso, se o
comportamento do gás for o
de um gás perfeito,
𝐕𝐦 𝐠 =
𝐑𝐓
𝐩
.
87. Estas duas aproximações
transformam a equação
exata de Clapeyron
dp
dT
=
∆Hvap
T(
RT
P
)
em que pode ser
rearranjada na chamada
equação de Clausius –
Clapeyron para a variação
da pressão de vapor com
temperatura:
𝐝(𝐥𝐧𝐩)
𝐝𝐓
=
∆𝐇𝐯𝐚𝐩
𝐑𝐓𝟐
Semelhantemente a
equação de Clapeyron, a
equação de Clausius –
Clapeyron é importante
para o entendimento dos
diagramas de fases,
88. particularmente para a localização e a forma das curvas
de equilíbrio liquido – vapor e solido – vapor.
Ela nos permite prever como a pressão de vapor varia
com a temperatura e como a temperatura de ebulição
varia com a pressão.
Por exemplo, se admitirmos, também, que a entalpia de
vaporização é independente da temperatura, podemos
integrar a equação da seguinte maneira:
89. lnp∗
lnp
d(lnp) =
∆Hvap
R T∗
T
dT
T2
= −
∆Hvap
R
1
T
−
1
T∗
Na qual p* é a pressão de vapor na temperatura T*, e p
é a pressão de vapor na temperatura T.
Portanto, como a integral na esquerda é dada por
ln(p/p*), as duas pressões de vapor estão relacionadas
como a seguir:
𝐥𝐧
𝐩
𝐩∗
= −
∆𝐇𝐯𝐚𝐩
𝐑
𝟏
𝐓
−
𝟏
𝐓∗
90. A representação gráfica da
equação de Clausius –
Clapeyron é a curva de
equilíbrio líquido – vapor.
Essa curva não ultrapassa
a temperatura crítica Tc,
pois acima desta
temperatura não existe a
fase liquida.
Esta equação pode ser
usada para estimar a
pressão de vapor de um
líquido em qualquer
temperatura a partir do
ponto normal de ebulição,
ou seja, da temperatura em
que a pressão de vapor é 1
atm (101 kPa).
91. Exemplo proposto:
Para o benzeno, o ponto normal de ebulição é 80 oC
(353 K) e ΔHvap = 30,8 kJ/mol. Calcular a pressão de
vapor a 20 oC (293 K).
𝐥𝐧
𝐩
𝟏𝟎𝟏 × 𝟏𝟎𝟑𝐏𝐚
= −
𝟑, 𝟎𝟖 × 𝟏𝟎𝟒
𝐉/𝐦𝐨𝐥
𝟖, 𝟑𝟏𝟒𝟓𝐉/𝐦𝐨𝐥𝐊
𝟏
𝟐𝟗𝟑𝐊
−
𝟏
𝟑𝟓𝟑𝐊
𝐩 = 𝟏𝟐 × 𝟏𝟎𝟑
𝐏𝐚
92. 4.5.4 A curva de equilíbrio sólido – vapor
A única diferença entre
este caso e o anterior é a
substituição da entalpia de
vaporização pela entalpia
de sublimação ΔHsubl.
Como esta entalpia é maior
do que a de vaporização
(ΔHsubl = ΔHfus + ΔHvap), o
uso da equação nos faz
prever um coeficiente
angular positivo maior para
a curva de sublimação do
que para a curva de
vaporização em
temperaturas semelhantes,
o que ocorre nas
vizinhanças do ponto em
que elas se encontram, o
ponto triplo: