2. • O conflito árabe-israelense é um conflito de longa data no Oriente Médio que
começou no final do século XIX e ganhou destaque internacional após o
colapso do Império Otomano em 1917. As tentativas de paz entre israelenses
e palestinos têm sido dificultadas por vários fatores. Os palestinos desejam
um Estado com fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, proposta
recusada por Israel. A disputa por Jerusalém, cidade sagrada para judeus e
árabes, também alimenta o conflito, pois ambos os povos a consideram como
capital. Cerca de 4 milhões de refugiados palestinos estão em outros
territórios, e Israel não aceita seu retorno devido ao aumento demográfico. A
presença de assentamentos ilegais em territórios disputados, especialmente
na Cisjordânia, tem sido um obstáculo para a paz, com a construção
incentivada por líderes israelenses como Benjamin Netanyahu. A questão da
distribuição da água na região também gera conflitos, com Israel controlando
a maior parte dos recursos hídricos. A construção do muro ao redor da
Cisjordânia por Israel e a presença de grupos extremistas muçulmanos, como
o Hamas e o Hezbollah, complicam ainda mais a situação. A presença de
grupos extremistas e a política de partidos como o Likud, de extrema-direita,
dificultam os acordos de paz. O reconhecimento dos EUA de Jerusalém como
capital de Israel em 2018 gerou mais tensões na região, com os palestinos
reivindicando a cidade como sua capital.
3.
4. A. Intifadas
• As Intifadas representam estratégias de resistência adotadas pela população
palestina, envolvendo ataques a representações israelenses e contribuindo
para a complexidade do conflito na região. A primeira Intifada, de 1987 a
1993, foi desencadeada por um incidente envolvendo a morte de
trabalhadores palestinos em um acidente com um caminhão militar
israelense. Liderados por Yasser Arafat, os palestinos protestaram com
desobediência civil, resultando na criação do grupo extremista Hamas. A
primeira Intifada terminou com os Acordos de Oslo em 1993. A segunda
Intifada, a partir de setembro de 2000, foi provocada pela visita do premiê
israelense Ariel Sharon a locais sagrados para ambas as religiões, gerando
novos atos violentos. O Hamas intensificou os conflitos, resultando em cinco
anos de lutas armadas e ataques terroristas suicidas, levando a retalições
israelenses, incluindo ataques aéreos em Gaza e outros territórios
palestinos.
5. B. Muro da Cisjordânia
• Apesar de algumas medidas promissoras com o intuito de minimizar
conflitos na região, como a retirada de colonos israelenses de Gaza
em 2005 (alguns voluntariamente, outros forçados), na década de
2000, o governo israelense, sob comando de Ariel Sharon, iniciou a
construção de um muro, cristalizando fronteiras provisórias, o que,
além de limitar ainda mais o trânsito de palestinos em áreas como
Gaza e Cisjordânia, simboliza para esse grupo um obstáculo para a
constituição de um Estado palestino. O governo de Ariel Sharon
(2001-2006) foi considerado um período de grande ruptura nos
processos de paz e de recusa de diálogo com os palestinos, o que
possibilitou uma nova escalada da violência.
6. Guerra Civil na Síria
• O conflito na Síria teve início na década de 1970, quando Hafez al-Assad
tomou o poder e trouxe estabilidade política ao país. Após sua morte, seu
filho Bashar al-Assad assumiu a presidência em 2000. Os protestos da
Primavera Árabe em 2011 desencadearam uma série de manifestações
antigovernamentais, levando o governo a reagir com força e detenções. A
pressão internacional resultou em sanções econômicas contra o regime,
enquanto a Rússia lançou uma intervenção militar em apoio a Assad,
mudando o conflito a favor do regime. As negociações políticas
patrocinadas pela ONU falharam em resolver o conflito, e as negociações
entre Irã, Rússia e Turquia foram realizadas para tentar reduzir a violência.
Estima-se que mais de 400 mil pessoas tenham morrido no conflito, com o
governo de Assad mantendo o poder com o apoio da Rússia e do Irã, em
um país devastado pela guerra civil e fragmentado étnicamente.