SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
PATOLOGIA
Prof. Dr. Raí Silva Gomes
Rio Branco
2023.1
CIRROSE HEPÁTICA
UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE
FACULDADE BARÃO DO RIO BRANCO
Bases Morfológicas
Medicina
INTRODUÇÃO
RELEMBRANDO...
- Atua no metabolismo de carboidratos e lipídios, ajudando a estabilizar
suas concentrações plasmáticas. Exemplo: gliconeogênese e glicogenólise
hepáticas.
- É responsável pela síntese de diversas proteínas plasmáticas: albumina,
fatores de coagulações, proteínas carreadoras (exemplo: ferritina)
- Atua na detoxificação, eliminando diversos produtos do metabolismo
nocivos ao organismo (exemplo: amônia) e ativando/inativando
medicamentos e hormônios endógenos.
INTRODUÇÃO
• Cirrose é o estágio terminal da doença hepática crônica, no qual
grande parte dos tecidos hepáticos funcionantes foi substituída por
tecido fibrótico.
• Embora a cirrose geralmente esteja associada ao alcoolismo, também
pode ocorrer com outros distúrbios:
• hepatites virais, reações tóxicas aos fármacos e compostos químicos,
obstrução biliar.
INTRODUÇÃO
- É a insuficiência hepática crônica, quase sempre
irreversível e progressiva.
- Suas manifestações clínicas decorrem da perda da
função dos hepatócitos e da distorção arquitetural do
órgão.
INTRODUÇÃO
• Independentemente da causa da cirrose;
• Desenvolvimento de fibrose;
• Distorção arquitetônica;
• Nódulos regenerativos.
• Diminuição da massa hepatocelular  FUNÇÃO ↓
INTRODUÇÃO
• A indução da fibrose ocorre com a ativação de células estreladas;
• Formação de maior quantidade de colágeno e outros componentes da matriz
extracelular.
Com isso, as fenestrações dos
sinusóides são ocluídas e
perde-se o transporte normal
(através do Esp. Disse) para o
hepatócito (baixa de O2 e
nutrientes).
INTRODUÇÃO
• O bloqueio dos canais vasculares predispõe a hipertensão porta e
suas complicações;
• Obstrução dos canais biliares e exposição aos efeitos destrutivos da
bile; e
• Destruição dos hepatócitos com progressão para insuficiência
hepática.
INTRODUÇÃO
• A perda de função hepatocelular resulta em:
• Icterícia;
• Distúrbios da coagulação;
• Hipoalbuminemia;
• Contribui para as causas de encefalopatia portossistêmica.
INTRODUÇÃO
CIRROSE
ALCOÓLICA
CIRROSE ALCOÓLICA
• O uso crônico e excessivo de álcool pode causar vários tipos
diferentes de hepatopatia crônica, incluindo:
• esteatose hepática alcoólica;
• hepatite alcoólica;
• cirrose alcoólica. A ingestão crônica de álcool pode
produzir fibrose na ausência de
inflamação associada e/ou necrose
concomitante.
Maior risco: pessoas mais resistentes ao álcool.
FISIOPATOLOGIA
• O etanol é absorvido principalmente pelo intestino delgado e, em menor grau,
pelo estômago.
• A desidrogenase alcoólica (ADH) gástrica inicia o metabolismo do álcool.
• Três sistemas enzimáticos são responsáveis pelo metabolismo do álcool no
fígado.
• ADH;
• Sistema microssomal de oxidação de etanol (MEOS);
• Catalase do peroxissomo.
Na cirrose alcoólica, os nódulos têm em geral um diâmetro <3mm;
essa forma recebe o nome de micronodular.
FISIOPATOLOGIA
• A maior parte da oxidação do etanol
ocorre por meio da ADH  formar
acetaldeído, que é uma molécula
altamente reativa  Por fim, o
acetaldeído é metabolizado em
acetato pela aldeído desidrogenase
(ALDH).
acetato
FISIOPATOLOGIA
• A ingestão de etanol;
• Acúmulo intracelular de triglicerídeos por aumentar a captação de
ácidos graxos;
• Reduz sua oxidação, assim como a secreção de lipoproteínas.
FISIOPATOLOGIA
• Dano nos hepatócitos mediado pelo acetaldeído = espécies reativas
de oxigênio  ativação das células de Kupffer.
• Como resultado, serão produzidas citocinas pró-fibrogênicas que
iniciam e perpetuam a ativação das células estreladas.
Produção subsequente de quantidades
excessivas de colágeno e matriz
extracelular.
FISIOPATOLOGIA
CIRROSE NORMAL
FISIOPATOLOGIA
• O tecido conectivo aparece nas zonas tanto periportal
quanto pericentral.
• Por fim:
• 1. Tríades portais;
• 2. Veias centrais;
• 3. Nódulos regenerativos.
FISIOPATOLOGIA
• EVENTOS SUCESSIVOS:
• Perda de hepatócitos;
• Produção e deposição cada vez colágeno;
• Fígado se contrai e diminui de tamanho.
Em geral, esse processo leva de anos a décadas para acontecer e requer
agressões repetidas.
Características clínicas
• O diagnóstico de hepatopatia alcoólica exige uma anamnese
minuciosa acerca tanto da duração quanto da quantidade de álcool
consumida.
SINTOMAS INESPECÍFICOS:
dor abdominal imprecisa no
quadrante superior direito,
febre, náuseas e vômitos,
diarreia, anorexia e mal-estar.
COMPLICAÇÕES MAIS ESPECÍFICAS
ascite, edema ou hemorragia
gastrintestinal (GI) alta, arranhas
vasculares, ginecomastia em
homens.
Limite da OMS para o álcool é
de 30 g
Características clínicas
•icterícia ou encefalopatia.
•O início súbito de qualquer uma dessas
complicações pode ser o primeiro evento que
leva o paciente a procurar assistência médica
Características clínicas
DIAGNÓSTICO
• CLÍNICO;
Hemograma: plaquetopenia,
anemia e leucopenia.
DIAGNÓSTICO
APRI= [AST(U/L)/35(ULN*)]/plaquetas x 100
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
BIOPSIA
COMPLICAÇÕES
TRATAMENTO
• Abstinência constitui a base da terapia;
• Boa nutrição;
• Supervisão médica;
• Pentoxifilina oral (reduz a produção do TNF-α e outras citocinas pró-
inflamatórias).
TRATAMENTO
• CUIDADOS:
• Não usar AINES;
• Paracetamol (max. 2g/dia);
• Vacinação atualizada (COVID-19, hep. A e B, pneumococo e influenza);
• Evitar sobrepeso e obesidade.
RECOMENDAÇÕES DE
LEITURA....
•CIRROSE POR NASH (doença
hepática gordurosa não alcoólica)
•CIRROSE POR VHC E VHB
REFERÊNCIAS

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Cirrose hepática: bases morfológicas e fisiopatologia da cirrose alcoólica

INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTA
INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTAINSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTA
INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTApauloalambert
 
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre  Pâncreas e fígado e nutriçãoAula sobre  Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutriçãoLuaraGarcia3
 
2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptxCaioLuisi2
 
Patologias celulares mat de apoio - prof gislei
Patologias celulares   mat de apoio - prof gisleiPatologias celulares   mat de apoio - prof gislei
Patologias celulares mat de apoio - prof gisleiGislei Brasil
 
Alcoolismo e seu metabolismo
Alcoolismo e seu metabolismoAlcoolismo e seu metabolismo
Alcoolismo e seu metabolismoIvson Cassiano
 
Função hepática - marcadores bioquímicos da função hepática.pptx
Função hepática - marcadores bioquímicos da função hepática.pptxFunção hepática - marcadores bioquímicos da função hepática.pptx
Função hepática - marcadores bioquímicos da função hepática.pptxBrunoaguiar97
 
Assistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e Gastrointestinal
Assistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e GastrointestinalAssistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e Gastrointestinal
Assistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e GastrointestinalRanther Rcc
 
Sindromes colestaticas
Sindromes colestaticasSindromes colestaticas
Sindromes colestaticasbia139
 
Aula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdf
Aula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdfAula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdf
Aula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdfJoseericdelima
 
Colecistite aguda e crônica
Colecistite aguda e crônicaColecistite aguda e crônica
Colecistite aguda e crônicaIgor Rodrigues
 
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) cuidadoaoadulto
 
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01anacristinadias
 
Cirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
Cirrose Hepática - Compreendendo e PrevenindoCirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
Cirrose Hepática - Compreendendo e PrevenindoEugênia
 
Liga acadêmica de emergências clínicas - EXAMES LABORATORIAIS COMO AUXILIO EM...
Liga acadêmica de emergências clínicas - EXAMES LABORATORIAIS COMO AUXILIO EM...Liga acadêmica de emergências clínicas - EXAMES LABORATORIAIS COMO AUXILIO EM...
Liga acadêmica de emergências clínicas - EXAMES LABORATORIAIS COMO AUXILIO EM...LAEC UNIVAG
 
Cirrose e hepatite a
Cirrose e hepatite aCirrose e hepatite a
Cirrose e hepatite aLilyLx
 
Insuficiencia hepática e hip porta -Prof.Virgílio
Insuficiencia hepática e hip porta -Prof.VirgílioInsuficiencia hepática e hip porta -Prof.Virgílio
Insuficiencia hepática e hip porta -Prof.Virgíliopauloalambert
 
FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAIS
FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAISFISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAIS
FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAISLorena Aragão
 

Semelhante a Cirrose hepática: bases morfológicas e fisiopatologia da cirrose alcoólica (20)

INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTA
INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTAINSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTA
INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTA
 
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre  Pâncreas e fígado e nutriçãoAula sobre  Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
 
2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx
 
Patologias celulares mat de apoio - prof gislei
Patologias celulares   mat de apoio - prof gisleiPatologias celulares   mat de apoio - prof gislei
Patologias celulares mat de apoio - prof gislei
 
Alcoolismo e seu metabolismo
Alcoolismo e seu metabolismoAlcoolismo e seu metabolismo
Alcoolismo e seu metabolismo
 
Função hepática - marcadores bioquímicos da função hepática.pptx
Função hepática - marcadores bioquímicos da função hepática.pptxFunção hepática - marcadores bioquímicos da função hepática.pptx
Função hepática - marcadores bioquímicos da função hepática.pptx
 
Assistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e Gastrointestinal
Assistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e GastrointestinalAssistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e Gastrointestinal
Assistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e Gastrointestinal
 
Sindromes colestaticas
Sindromes colestaticasSindromes colestaticas
Sindromes colestaticas
 
Aula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdf
Aula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdfAula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdf
Aula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdf
 
Trab nutricion
Trab nutricionTrab nutricion
Trab nutricion
 
Alcoolismo
AlcoolismoAlcoolismo
Alcoolismo
 
Colecistite aguda e crônica
Colecistite aguda e crônicaColecistite aguda e crônica
Colecistite aguda e crônica
 
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
 
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
 
Cirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
Cirrose Hepática - Compreendendo e PrevenindoCirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
Cirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
 
Liga acadêmica de emergências clínicas - EXAMES LABORATORIAIS COMO AUXILIO EM...
Liga acadêmica de emergências clínicas - EXAMES LABORATORIAIS COMO AUXILIO EM...Liga acadêmica de emergências clínicas - EXAMES LABORATORIAIS COMO AUXILIO EM...
Liga acadêmica de emergências clínicas - EXAMES LABORATORIAIS COMO AUXILIO EM...
 
Cirrose e hepatite a
Cirrose e hepatite aCirrose e hepatite a
Cirrose e hepatite a
 
Insuficiencia hepática e hip porta -Prof.Virgílio
Insuficiencia hepática e hip porta -Prof.VirgílioInsuficiencia hepática e hip porta -Prof.Virgílio
Insuficiencia hepática e hip porta -Prof.Virgílio
 
FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAIS
FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAISFISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAIS
FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAIS
 
Estudo dirigido
Estudo dirigidoEstudo dirigido
Estudo dirigido
 

Último

Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxPedroHPRoriz
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 

Último (12)

Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 

Cirrose hepática: bases morfológicas e fisiopatologia da cirrose alcoólica

  • 1. PATOLOGIA Prof. Dr. Raí Silva Gomes Rio Branco 2023.1 CIRROSE HEPÁTICA UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE FACULDADE BARÃO DO RIO BRANCO Bases Morfológicas Medicina
  • 2. INTRODUÇÃO RELEMBRANDO... - Atua no metabolismo de carboidratos e lipídios, ajudando a estabilizar suas concentrações plasmáticas. Exemplo: gliconeogênese e glicogenólise hepáticas. - É responsável pela síntese de diversas proteínas plasmáticas: albumina, fatores de coagulações, proteínas carreadoras (exemplo: ferritina) - Atua na detoxificação, eliminando diversos produtos do metabolismo nocivos ao organismo (exemplo: amônia) e ativando/inativando medicamentos e hormônios endógenos.
  • 3. INTRODUÇÃO • Cirrose é o estágio terminal da doença hepática crônica, no qual grande parte dos tecidos hepáticos funcionantes foi substituída por tecido fibrótico. • Embora a cirrose geralmente esteja associada ao alcoolismo, também pode ocorrer com outros distúrbios: • hepatites virais, reações tóxicas aos fármacos e compostos químicos, obstrução biliar.
  • 4. INTRODUÇÃO - É a insuficiência hepática crônica, quase sempre irreversível e progressiva. - Suas manifestações clínicas decorrem da perda da função dos hepatócitos e da distorção arquitetural do órgão.
  • 5. INTRODUÇÃO • Independentemente da causa da cirrose; • Desenvolvimento de fibrose; • Distorção arquitetônica; • Nódulos regenerativos. • Diminuição da massa hepatocelular  FUNÇÃO ↓
  • 6. INTRODUÇÃO • A indução da fibrose ocorre com a ativação de células estreladas; • Formação de maior quantidade de colágeno e outros componentes da matriz extracelular. Com isso, as fenestrações dos sinusóides são ocluídas e perde-se o transporte normal (através do Esp. Disse) para o hepatócito (baixa de O2 e nutrientes).
  • 7. INTRODUÇÃO • O bloqueio dos canais vasculares predispõe a hipertensão porta e suas complicações; • Obstrução dos canais biliares e exposição aos efeitos destrutivos da bile; e • Destruição dos hepatócitos com progressão para insuficiência hepática.
  • 8. INTRODUÇÃO • A perda de função hepatocelular resulta em: • Icterícia; • Distúrbios da coagulação; • Hipoalbuminemia; • Contribui para as causas de encefalopatia portossistêmica.
  • 9.
  • 12. CIRROSE ALCOÓLICA • O uso crônico e excessivo de álcool pode causar vários tipos diferentes de hepatopatia crônica, incluindo: • esteatose hepática alcoólica; • hepatite alcoólica; • cirrose alcoólica. A ingestão crônica de álcool pode produzir fibrose na ausência de inflamação associada e/ou necrose concomitante. Maior risco: pessoas mais resistentes ao álcool.
  • 13. FISIOPATOLOGIA • O etanol é absorvido principalmente pelo intestino delgado e, em menor grau, pelo estômago. • A desidrogenase alcoólica (ADH) gástrica inicia o metabolismo do álcool. • Três sistemas enzimáticos são responsáveis pelo metabolismo do álcool no fígado. • ADH; • Sistema microssomal de oxidação de etanol (MEOS); • Catalase do peroxissomo. Na cirrose alcoólica, os nódulos têm em geral um diâmetro <3mm; essa forma recebe o nome de micronodular.
  • 14. FISIOPATOLOGIA • A maior parte da oxidação do etanol ocorre por meio da ADH  formar acetaldeído, que é uma molécula altamente reativa  Por fim, o acetaldeído é metabolizado em acetato pela aldeído desidrogenase (ALDH). acetato
  • 15. FISIOPATOLOGIA • A ingestão de etanol; • Acúmulo intracelular de triglicerídeos por aumentar a captação de ácidos graxos; • Reduz sua oxidação, assim como a secreção de lipoproteínas.
  • 16. FISIOPATOLOGIA • Dano nos hepatócitos mediado pelo acetaldeído = espécies reativas de oxigênio  ativação das células de Kupffer. • Como resultado, serão produzidas citocinas pró-fibrogênicas que iniciam e perpetuam a ativação das células estreladas. Produção subsequente de quantidades excessivas de colágeno e matriz extracelular.
  • 18. FISIOPATOLOGIA • O tecido conectivo aparece nas zonas tanto periportal quanto pericentral. • Por fim: • 1. Tríades portais; • 2. Veias centrais; • 3. Nódulos regenerativos.
  • 19. FISIOPATOLOGIA • EVENTOS SUCESSIVOS: • Perda de hepatócitos; • Produção e deposição cada vez colágeno; • Fígado se contrai e diminui de tamanho. Em geral, esse processo leva de anos a décadas para acontecer e requer agressões repetidas.
  • 20. Características clínicas • O diagnóstico de hepatopatia alcoólica exige uma anamnese minuciosa acerca tanto da duração quanto da quantidade de álcool consumida. SINTOMAS INESPECÍFICOS: dor abdominal imprecisa no quadrante superior direito, febre, náuseas e vômitos, diarreia, anorexia e mal-estar. COMPLICAÇÕES MAIS ESPECÍFICAS ascite, edema ou hemorragia gastrintestinal (GI) alta, arranhas vasculares, ginecomastia em homens.
  • 21. Limite da OMS para o álcool é de 30 g
  • 22. Características clínicas •icterícia ou encefalopatia. •O início súbito de qualquer uma dessas complicações pode ser o primeiro evento que leva o paciente a procurar assistência médica
  • 30. TRATAMENTO • Abstinência constitui a base da terapia; • Boa nutrição; • Supervisão médica; • Pentoxifilina oral (reduz a produção do TNF-α e outras citocinas pró- inflamatórias).
  • 31. TRATAMENTO • CUIDADOS: • Não usar AINES; • Paracetamol (max. 2g/dia); • Vacinação atualizada (COVID-19, hep. A e B, pneumococo e influenza); • Evitar sobrepeso e obesidade.
  • 32. RECOMENDAÇÕES DE LEITURA.... •CIRROSE POR NASH (doença hepática gordurosa não alcoólica) •CIRROSE POR VHC E VHB