SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
Equação de
Bernoulli
Equação de Bernoulli
Daniel Bernoulli, 1700-1782, cientista suíço,
demonstrou que em um sistema, com
escoamento constante, a energia é
transformada cada vez que se modifica a
seção transversal do tubo.
.
Definição Máxima de
Bernoulli
Princípio de Bernoulli, diz que a soma das
energias, potencial e cinética, nos vário
pontos no sistema tem que ser constante
se o escoamento for constate.
NÃO VISCOSO
 Desprezando o atrito existente entre as distintas partes
do fluido;
ESTACIONÁRIO
 A velocidade do fluido é constante em cada ponto;
INCOMPRESSÍVEL
 A densidade do fluido é a mesma em todos os pontos e
permanece constante no tempo;
IRROTACIONAL
 Não há movimento de rotação em nenhuma parte do
fluido, ou seja, não apresenta turbilhões.
Considerando um Fluído perfeito
Conservação de energia
A lei de conservação da energia, nos diz
que em um escoamento constante a
energia permanece constante, enquanto
não houver troca com o exterior.
Conservação da Energia
Deixando de lado as formas de energia que não
se modificam no escoamento de um fluido,
podemos dividir a energia Total (He) desta forma:
 Energia potencial - energia de posição, em função da altura
da coluna de fluido
 Energia de pressão (Pressão estática)
 Energia Cinética - energia de movimento, em função da
velocidade do fluido
Equação de Bernolli
Energia
v
gh
P 


2
2
1


Energia potencial ou de altura
A energia potencial é a que temos quando o líquido se
encontra a uma determinada altura, como nos casos de
barragens de usinas hidrelétricas.
A água, ao escoar da cota em que se encontra até as turbinas
hidráulicas, localizadas num nível mais baixo, tem capacidade
de acionar uma turbina acoplada a um gerador de eletricidade.
Essa capacidade é chamada de energia potencial. Para uma
mesma massa, quanto maior a altura, maior a energia contida.
Energia de pressão
A energia sob a forma de pressão é a que,
por exemplo, permite a realização de um
trabalho como o deslocamento de um
pistão numa prensa hidráulica. Outro
exemplo é o de um macaco hidráulico que
levanta um peso.
Energia de velocidade
A energia de velocidade, também
chamada de energia cinética, é a
decorrente da velocidade de escoamento.
Um exemplo de uso da energia cinética
são os geradores eólicos (movidos pelo
vento).
Pelo princípio de conservação de energia, no qual afirmamos
que energia não se perde nem se cria, apenas se transforma,
a energia no ponto 1 é igual à energia no ponto 2. Temos
então que
Observando a equação da continuidade e a equação de energia, podemos
deduzir:
 1- Quando se diminui a seção transversal de passagem, a velocidade
aumenta, com isso aumenta também a energia cinética;
 2- Já que a quantidade de energia total permanece constante, é
necessário que se reduzam a energia de posição ou de pressão, ou
ambas.
Equação de Bernoulli para
líquido REAL
A equação anterior é válida apenas
teoricamente, já que, na prática, temos
algumas perdas de energia entre os
pontos 1 e 2 decorrentes de atritos,
choques etc., ficando a equação como:
A soma das três componentes da energia total não é
constante. Assim a equação de Bernoulli recebe um
termo que representa a quantidade de energia
dissipada entre dois pontos considerados de uma
tubulação.
Essas perdas recebem o nome de perda de carga entre
o ponto 1 e o ponto 2.
Representação gráfica:
2
2
2
2
2
1
v
gh
P
v
gh
P



 




Relação entre velocidade e
pressão
Aplicando a equação de Bernoulli ao caso particular em
que h1=h2=h, temos:
2
2
2
2
2
1
v
P
v
P





Observando que A2< A1, temos que v1>v2
No trecho em que a velocidade é maior a pressão
é menor.
As superfícies S1 e S2 do tubo indicado na figura
possuem áreas 3,0 cm2 e 2,0 cm2 , respectivamente. Um
líquido de densidade ρ=0,80.103kg/m3 escoa pelo tubo
do ponto 1, velocidade v1=2,0m/s e pressão
p1=4.104Pa. Determine a velocidade e a pressão do
líquido no ponto 2.
s
m
v
v
/
3
2
)
2
(
3
2
2


2
2
2
2
2
1
v
gh
P
v
gh
P



 




2
10
.
8
,
0
)
0
(
2
10
.
8
,
0
)
0
(
10
.
4
2
2
3
2
2
1
3
4 v
g
P
v
g 



 

2
)
3
(
10
.
8
,
0
2
)
2
(
10
.
8
,
0
10
.
4
2
3
2
2
3
4


 P
Pa
P 4
2 10
.
8
,
3

Pretende-se medir a vazão de um líquido que escoa por uma canalização.
Para isso utiliza-se um aparelho chamado tubo de venturi, que consiste
essencialmente de um tubo cujas seções S1 e S2 têm áreas A1 e A2
conhecidas. A diferença de pressão entre os pontos 1 e 2 é medida por meio
do desnível h do líquido existente nos tubos verticais. O tubo de Venturi é
inserido na canalização, conforme mostra a figura. Sendo A1=10cm2,
A2=5cm2, h=0,60m, g=10m/s2 e d=1,2.103 kg/m3, a densidade do líquido,
determine a vazão do líquido através da canalização.
1
2
2
1
2
2
1
1
2
)
(
5
)
(
10
)
(
)
(
v
v
v
v
v
A
v
A



2
2
2
2
2
1
v
gh
P
v
gh
P



 




2
)
0
(
2
)
0
(
2
2
2
1
v
g
P
v
g
P



 



 2
2
1
/
10
.
2
,
7
)
6
,
0
)(
10
(
10
.
2
,
1
3
3
m
kg
P
P
gh
P
P
P






  
2
/
10
.
2
,
7 3
m
kg
s
m
v
v
v
v
v
v
/
2
4
2
10
.
2
,
1
2
)
2
(
10
.
2
,
1
10
.
2
,
7
2
2
10
.
2
,
7
1
2
1
2
1
3
2
1
3
3
2
1
2
2
3








s
m
v /
4
2 
s
m
Q
A
v
Q
/
10
.
2
)
10
(
2
3
3
1
1




A diferença de pressão entre os pontos 1 e 2 é medida por
meio do desnível h do líquido existente nos tubos verticais.
O tubo de Venturi é inserido na canalização, conforme
mostra a figura. Sendo A1=12cm2, A2=8cm2, h=0,7m,
g=10m/s2 e d=1,6.103 kg/m3, a densidade do líquido,
determine a vazão do líquido através da canalização.
A velocidade de um líquido no ponto (1) é 2 m/s, encontrar
a pressão manométrica do ponto (1) sabendo que a
pressão manometrica no ponto 2 é 5.105Pa; A área do
ponto (2) é metade da área do ponto (1). Dados: g=10
m/s2, p=103kg/m3
3
3
2
1
2
5
2
1
/
10
/
10
)
(
2
/
1
10
.
5
?
m
kg
s
m
g
A
A
Pa
P
P






2
2
2
2
2
1
v
gh
P
v
gh
P



 




Pa
P
P
5
1
2
3
5
2
3
3
1
10
.
06
,
3
2
)
4
(
10
0
)
10
(
5
2
)
2
(
10
)
20
)(
10
(
10






s
m
v
v
A
v
A
v
/
4
)
2
/
1
(
)
1
(
2
2
2
2
2
1
1



No ponto (1) de uma instalação hidráulica na qual
escoa água, a pressão 2,5.105 Pa, a uma velocidade
de 1 m/s. No ponto (2) a pressão manométrica
2,2.105 Pa com velocidade de 2 m/s. Determinar a
altura h. Dados g=10 m/s2; =1000kg/m3
3
3
2
2
5
2
1
5
1
/
10
/
10
?
/
2
10
.
2
,
2
/
1
10
.
5
,
2
m
kg
s
m
g
h
s
m
v
Pa
P
s
m
v
Pa
P








2
2
2
2
2
1
v
gh
P
v
gh
P



 




m
h
h
85
,
2
2
)
2
(
10
)
10
(
10
10
.
2
,
2
2
)
1
(
10
10
.
5
,
2
2
3
3
5
2
3
5





Mostrar que:
2
2
2
2
2
1
v
gh
P
v
gh
P



 




É igual a:
5. A água escoa pelo tubo indicado na figura abaixo, cuja
seção varia do ponto 1 para o ponto 2, de 100 cm² para 50
cm². Em 1, a pressão é de 0,5 kgf/cm² e a elevação 100m,
ao passo que, no ponto 2, a pressão é de 3,38 kgf/cm² na
elevação 70m. Calcular a vazão em litros por segundo.
2
2
2
2
2
1
v
gh
P
v
gh
P



 




Observe que:
P1=P2= Pressão atmosférica;
V1=0 (pois a área da seção transversal
do recipiente é muito maior que a área
de orifício)
2
2
)
0
(
2
2
2
2
1
v
gh
gh



 



)
(
2
2
2
)
0
(
1
2
2
2
2
2
h
h
g
v
v
gh
gh










4 – Qual a velocidade da água através de um furo
na lateral de um tanque, se o desnível entre o furo
e a superfície livre é de 2 m?

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Aula 5 - Bernoulli.pptx

Golpe ariete
Golpe ariete Golpe ariete
Golpe ariete ociam
 
Prova de física resolvida escola naval 2012
Prova de física resolvida escola naval 2012Prova de física resolvida escola naval 2012
Prova de física resolvida escola naval 2012Douglas Almeida
 
2_conceitos na hidráulica.ppt
2_conceitos na hidráulica.ppt2_conceitos na hidráulica.ppt
2_conceitos na hidráulica.pptBethMonteiroVidal
 
Exercícios do capítulo 2
Exercícios do capítulo 2Exercícios do capítulo 2
Exercícios do capítulo 2tiagobarreto528
 
Aula 09 mec fluidos 2012 05
Aula 09   mec fluidos 2012 05Aula 09   mec fluidos 2012 05
Aula 09 mec fluidos 2012 05Gilson Braga
 
1. elementos básicos dos fluidos
1. elementos básicos dos fluidos1. elementos básicos dos fluidos
1. elementos básicos dos fluidosBowman Guimaraes
 
1. elementos básicos dos fluidos
1. elementos básicos dos fluidos1. elementos básicos dos fluidos
1. elementos básicos dos fluidosBowman Guimaraes
 
4 exercícios de hidrodinâmica - 1 2014
4   exercícios de hidrodinâmica - 1  20144   exercícios de hidrodinâmica - 1  2014
4 exercícios de hidrodinâmica - 1 2014Carolina Patricio
 
Aula10 medidores vazao
Aula10 medidores vazaoAula10 medidores vazao
Aula10 medidores vazaocarlomitro
 
Automação hidráulica e pneumática
Automação hidráulica e pneumáticaAutomação hidráulica e pneumática
Automação hidráulica e pneumáticaGleyson Cardoso
 
Conceitos básicos de hidráulica
Conceitos básicos de hidráulicaConceitos básicos de hidráulica
Conceitos básicos de hidráulicaMateus Dezotti
 
Fuvest2008 2fase 4dia
Fuvest2008 2fase 4diaFuvest2008 2fase 4dia
Fuvest2008 2fase 4diaThommas Kevin
 

Semelhante a Aula 5 - Bernoulli.pptx (20)

Golpe ariete
Golpe ariete Golpe ariete
Golpe ariete
 
Unidade i física 12
Unidade i física 12Unidade i física 12
Unidade i física 12
 
Prova de física resolvida escola naval 2012
Prova de física resolvida escola naval 2012Prova de física resolvida escola naval 2012
Prova de física resolvida escola naval 2012
 
2_conceitos na hidráulica.ppt
2_conceitos na hidráulica.ppt2_conceitos na hidráulica.ppt
2_conceitos na hidráulica.ppt
 
Cit 7 fase_aula_01
Cit 7 fase_aula_01Cit 7 fase_aula_01
Cit 7 fase_aula_01
 
Aula10 medidores vazao
Aula10 medidores vazaoAula10 medidores vazao
Aula10 medidores vazao
 
Exercícios do capítulo 2
Exercícios do capítulo 2Exercícios do capítulo 2
Exercícios do capítulo 2
 
Aula 09 mec fluidos 2012 05
Aula 09   mec fluidos 2012 05Aula 09   mec fluidos 2012 05
Aula 09 mec fluidos 2012 05
 
1. elementos básicos dos fluidos
1. elementos básicos dos fluidos1. elementos básicos dos fluidos
1. elementos básicos dos fluidos
 
1. elementos básicos dos fluidos
1. elementos básicos dos fluidos1. elementos básicos dos fluidos
1. elementos básicos dos fluidos
 
4 exercícios de hidrodinâmica - 1 2014
4   exercícios de hidrodinâmica - 1  20144   exercícios de hidrodinâmica - 1  2014
4 exercícios de hidrodinâmica - 1 2014
 
Fenomenos
FenomenosFenomenos
Fenomenos
 
Resolvimecflu3
Resolvimecflu3Resolvimecflu3
Resolvimecflu3
 
Hidraulica
HidraulicaHidraulica
Hidraulica
 
Hidraulica
HidraulicaHidraulica
Hidraulica
 
Aula10 medidores vazao
Aula10 medidores vazaoAula10 medidores vazao
Aula10 medidores vazao
 
Automação hidráulica e pneumática
Automação hidráulica e pneumáticaAutomação hidráulica e pneumática
Automação hidráulica e pneumática
 
Conceitos básicos de hidráulica
Conceitos básicos de hidráulicaConceitos básicos de hidráulica
Conceitos básicos de hidráulica
 
Formulas fisica
Formulas fisicaFormulas fisica
Formulas fisica
 
Fuvest2008 2fase 4dia
Fuvest2008 2fase 4diaFuvest2008 2fase 4dia
Fuvest2008 2fase 4dia
 

Último

TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06AndressaTenreiro
 
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp txrafaelacushman21
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
apresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaapresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaWilliamCruz402522
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 

Último (7)

TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
 
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
apresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaapresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aula
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 

Aula 5 - Bernoulli.pptx