Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Intervenção em infância e adolescência
1. Intervenção em problemáticas de infância e
adolescência
Crianças em situação de risco e perigo:
Vítimas de maus-tratos, expostas a negligência,
violência doméstica, pobreza, abuso de substância,
psicopatia parental, etc.
2. Modelo de Programa de Intervenção
A luz das perspectivas ecologicas (e.x., Belsky, 1980), o
modelo conceptual do Framework for the Assessment of
Childreen in Need and their Families: propõe parentalidade
centrada nas necessidades da criança.
É um modelo triangular criado para a avaliação de crianças e
suas famílias constituído por três sistemas, inter-
relacionados e que se influenciam mutuamente: (1) os
diferentes tipos e necessidades da criança; (2) as
capacidades dos pais/cuidadores para responder
eficazmente as necessidades da criança; (3) família
alargada e factores do contexto.
3. O modelo triangular
• Saúde Cuidados básicos
• Educação Segurança
• Desenvolvimento Emocional/com- Suporte emocional
Estimulação
• Identidade Orientação e limites
• Relações Familiares, Sociais
• Apresentação social
• Competências de auto-cuidado Estabilidade
Recursos comunitários; integração social da
família; rendimento; habitação; família alargada;
história e funcionamento da família.
Criança
Protecção
e
promoção
do bem-
estar
4. Necessidades de desenvolvimento da criança
Saúde: o desenvolvimento físico e mental da
criança (ex., levar a criança ao hospital, dieta
nutricional, etc);
Educação: proporcionar a criança
oportunidades para brincar e interagir com as
outras, ter acesso a livros e cuidadores que se
interessam pela suas actividades de
aprendizagem;
5. Desenvolvimento emocional /comportamental: responder
adequadamente a situações de stress, demonstrar auto-
controlo, ser empática, etc;
Identidade: percepção e valorização de si própria, ter
modelos positivos do seu género e cultura, ser elogiada e
encorajada;
Relações familiares e sociais: a capacidade da criança
fazer amigos e desenvolver relações duradouras com outras
pessoas, nomeadamente experienciar uma vida familiar
estável, socializar-se e levar seus amigos a sua casa;
6. Apresentação social: adquirir percepção de sua
aparência e comportamento perante os outros (as
figuras parentais devem demonstrar interesse nas
aparências da criança;
Competências de auto-cuidado: oportunidades para
a criança aprender a alimentar-se, vestir-se, a
atravessar a estrada e a utilizar os transportes
públicos e ao adolescente para a prender a cozinhar
sozinho gerir dinheiro, ect.
7. Capacidade parental
Providenciar os elementos a criança que potenciam a
sua capacidade de atingir os objectivos de um
desenvolvimento pleno.
As dimensões da parentalidade não são estáticas,
pois, dependem das necessidades de
desenvolvimento da criança, e são influenciadas por
variáveis do contexto e variáveis psicológicas e de
funcionamento interpessoal dos pais.
8. Capacidades parentais:
Cuidados básicos: suprir as necessidades físicas e
médicas e dentárias, alimentação, afecto, abrigo, vestuário e
limpo e adequado, cuidados de higiene adequados,
responder as campanhas de saúde (ex., vacinação);
Segurança: os cuidadores devem proteger a criança do
perigo, de ofensas;
suporte emocional: assegurar as necessidades
emocionais da criança, permitir que a criança se sinta
valorizada, tenha relações seguras e duradouras, estáveis,
efectivas com adultos significantes, estabelecer contacto
físico adequado (ex., dar-lhe carinho e conforto, demonstrar
respeito, valorização e encorajamento, ter um discurso claro e
adequado, elogiar, etc);
9. Estimulação: promover a aprendizagem e desenvolvimento
intelectual da criança através da adequada estimulação cognitiva
(ex., comunicação, conversa, respostas as questões, encorajar e
participar nas suas brincadeiras, promover oportunidades
educativas, preparar a criança para enfrentar desafios, toque,
olhar, sorriso, apresentar brinquedos e sons diversos, materiais
lúdicos, etc.);
Orientação, limites e estabilidade: estabelecer relações de
vinculação seguras, garantir suporte emocional e consistência
nas respostas parentais ao desenvolvimento da criança,
assegurar que a criança tenha contactos frequentes com outros
membros da família e outras pessoas significativas.
10. O Programa de Intervenção
Objectivos:
Aumentar a qualidade dos cuidados básicos
prestados a criança;
a) Melhorar a gestão de recursos existentes face ao
suprimento das necessidades;
b) Aumentar a capacidade da organização e limpeza
da habitação;
c) Aumentar a qualidade dos cuidados de higiene
pessoal e vestuários prestados a criança;
d) Aumentar a qualidade das práticas de
acompanhamento da saúde da criança;
11. Objectivo II
a) Melhorar a orientação dos comportamentos da
criança e a implementação de regras e limites;
b) Aumentar a qualidade do apoio prestado a criança
na regulação das suas emoções e
comportamentos;
c) Melhorar a implementação de regras e limites;
d) Aumentar a qualidade do acompanhamento
escolar prestado a criança.
12. Estrutura do Programa de Intervenção
O Programa de Intervenção em Problemáticas de crianças e
adolescentes junto de famílias deve apresentar a seguinte
estrutura:
Objectivos do programa Temáticas Dimensões/indicadores de
capacidades parentais
Aumentar a qualidade dos
cuidados básicos prestados
a criança
Sessão 1 Sessão Introdutória Cuidados básicos: Assegurar
a alimentação,
Aumentar a qualidade da
organização e limpeza da
habitação
Sessão 2- Gestão doméstica garantir abrigo, segurança
Melhorar a gestão de
recursos existentes face ao
suprimento das
necessidades
Sessão 3- Higiene,
alimentação e vestuário
Assegurar vestuário limpo e
adequado, prestar os
cuidados de higiene pessoal
e adequados.
13. Objectivos específicos
para a sessão 1
Metodologia e Procedimentos
Perceber os objectivos
e funcionamento do
programa
Explicar aos pais os objectivos do programa e cronograma;
Ajustar questões relativas ao funcionamento do programa, como
datas e horários.
Identificar as
características físicas e
de personalidade dos
filhos
Perceber com os pais o perfil descritivo da criança/adolescente;
Revê-lo com os pais e marcar os aspectos que podem ser
particularmente problemáticos e acerca dos quais os pais
consideram que é adequado intervir;
O técnico deve referir que não se trata de uma competição ou
avaliação da personalidade dos seus filhos.
Em seguida, deve-se apresentar os objectivos específicos,
metodologia e procedimentos em cada sessão
15. Exercício de rotinas familiares
Identificação da família _____________________
Horas Rotinas
Rotinas que a família considera
importante manter
Rotinas que a família gostaria de
alterar
16. Guião de rotinas
O acordar e deitar: crianças deitam-se e acordam
diariamente a mesma hora, elementos da família fazem
todos os dias determinadas acções ao levantar e ao
deitar (ex., lavar dentes, vestir pijama, preparar coisas
para o dia seguinte, etc.)
Rotinas de higiene diária: banho, lavagem dos
dentes, vestuário apropriado as várias actividades e
temperaturas (ex., o pijama, a mudança de vestuário);
Refeições domésticos: jantam quase sempre juntos e
a mesma hora, partilham tarefas relativas as refeições,
tomam pequeno-almoço juntos, conversam durante as
refeições;
17. Trabalhos domésticos: arrumação, limpeza do lar,
organização diária da casa, organização do
vestuário dos vários elementos da família;
Actividades de tempos livres: fazem actividades
individuais ou em conjunto em casa;
Saídas e regressos a casa: horários, despedem-se
e cumprimentam-se;
Fim-de-semana e tempos de lazer: visitam família
alargada, fazem actividades em conjunto, etc.
Ver programa completo (in Um Programa de Intervenção com Pais,
Camilo, Garrido & Sa, 2014)