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Educação e Juventudes
Educação e Juventudes
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS DA EDUCAÇÃO: ENFOQUE SOCIOLÓGICO - NOTURNO - 2024.1
Prof. Jonathan Martins
Capítulo 1. Aproximando-se do
conceito de juventude
Capítulo 1. Aproximando-se do
conceito de juventude
ONU, OMS, ECA: definições formais
● Faixas de idade
● Referência para elaboração de diagnósticos,
levantamento de dados quantitativos e formulação
de políticas públicas
● Uso comum: indistinção entre juventude e
adolescência ○ Imprecisão conceitual
CORTI, Ana Paula; SOUZA, Raquel. Diálogos com o
mundo juvenil: subsídios para educadores. São
Paulo: Ação Educativa, 2004.
•Organização Mundial de
Saúde - OMS –
indivíduos entre 10 e 19
anos (adolescência);
•Organização das
Nações Unidas –
indivíduos com idade
entre 15 e 24 anos
(juventude);
Juventudes
ECA
•Estatuto da Criança e
do Adolescente – 12 a 18
anos;
OMS ONU
juventude é uma categoria
sociológica que representa um
período de preparação para [os
jovens] assumirem o papel de
adultos na sociedade e
corresponde ao período dos 15
aos 24 anos de idade
Política Nacional de
Juventude
jovem é todo cidadão da faixa etária
entre os 15 e os 29 anos, divididos em 3
grupos: de 15 a 17 anos, denominados
como jovens-adolescentes; de 18 a 24
anos, como jovens-jovens; e jovens da
faixa dos 25 a 29 anos, como jovens-
adultos.
OMS
Juventudes e adolescências
aspectos sociais, mais
abrangentes >> GERAÇÃO
Objeto da SOCIOLOGIA
abrange diferentes fases /
faixas etárias e experiências
JUVENTUDE
aspectos individuais >>
SUBJETIVIDADE
Objeto da PSICOLOGIA
1ª fase da juventude
ADOLESCÊNCIA
“A classe social do indivíduo, sua condição étnica e de
gênero, sua presença ou não no mercado de trabalho e na
escola, seu local de moradia - urbano ou rural - sua
situação familiar e sua orientação religiosa são fatores,
entre outros, que vão diferenciando internamente esse
grupo que chamamos de juventude. E à medida em que nos
aproximamos ainda mais da realidade social, vamos
percebendo que estas clivagens tendem a aumentar,
inclusive no interior dos grupos étnicos, das classes sociais
e assim por diante” (P. 14).
Em todas as sociedades há alguma forma de classificação das fases da vida
Classificação não é exclusivamente biológica
●Estado Moderno: ligação entre juventude e nação
●“Uniformização”: juventude como categoria social
ocidental
●Início da Id. Moderna: juventude >> burguesia
●Capitalismo: jovem é quem pode protelar a sua
entrada no universo produtivo
●Ampliação da escolarização: juventude se estende
para as classes populares
●Juventude: ○moratória ○preparação ○espera
●Definição calcada nas experiências das classes altas e
médias
CONCEPÇÃO MODERNA
●Descronologização
●Juventude: modelo cultural ○Valores ○Estilo de vida
●Fluidez / complexidade
○Constante transformação e disputa de sentidos
●Não há mais lugar para os rituais de passagem
○Indefinição dos lugares sociais
● Rituais modernos variam conforme as condições sociais, regionais, econômicas, etc ○
Não tem mais o mesmo peso social
●Ambiguidade: direitos e deveres
●Quando termina a juventude?
●Adiamento da vida adulta
●Não simultaneidade: vida profissional / casamento / filhos
●Dinamismo: mudanças sociais >> mudanças nas concepções de juventude
Final do séc. XX
“Ser jovem implica possuir determinadas características e
exercer certos papéis sociais. Como as sociedades não
são iguais umas às outras, os papéis sociais atribuídos aos
jovens variam entre elas - e dentro delas”. (p. 22)
JUVENTUDE E TRANSIÇÃO
MUNDO INFANTIL MUNDO ADULTO
JUVENTUDE E TRANSIÇÃO
MUNDO INFANTIL MUNDO ADULTO
“A indefinição de não ser criança nem
adulto leva a sociedade a olhar os jovens
essencialmente pelo que eles não são, e
dificulta uma compreensão da juventude
como fase da vida que tenha sentido em si
mesma.” (p. 23)
● Juventude não é só transição
● Viver o próprio tempo
○ Construção de sentidos no presente
● Desafios para ESCOLA e FAMÍLIA
Juventude e mudança social
Juventude e mudança social
● Dupla dimensão:
○ Integração: maior facilidade de
adaptação às mudanças da sociedade
contemporânea
○ Ruptura: maior tendência de
questionamento
● Chegar depois em um mundo já pronto
○ Maior desapego e estranhamento
○ Desenraizamento
○ Questionamento
●Ampliação das relações e referências
○Descoberta da individualidade
●Adolescência: uso de instrumentos da
vida adulta
●Confronto entre as imagens de si e as
imagens atribuídas
●Identidade: orientação para a vida
Construção de identidades
●Expansão do jovem no mundo social
○capacidade de autodeterminação
●Autonomia relativa:
○limites do contexto social
○oportunidades
○raça, gênero e classe
Autonomia
UBERIZAÇÃO E JUVENTUDE
PERIFÉRICA: Desigualdades,
autogerenciamento e novas
formas de controle do trabalho
UBERIZAÇÃO E JUVENTUDE
PERIFÉRICA: Desigualdades,
autogerenciamento e novas
formas de controle do trabalho
A uberização é definida como novo tipo de controle e
gerenciamento do trabalho associado a um processo
de informalização, que leva à consolidação do
trabalhador sob demanda. A partir do trabalho de
bikeboys e motoboys, discute-se a participação de
jovens negros nesse tipo de trabalho, à luz do
gerenciamento algorítmico e do controle centralizado de
modos de vida periféricos. Analisam-se as condições
de trabalho dos entregadores e sua organização
política durante a pandemia de Covid-19.
Ludmila C. Abilio
Desde 2017 atua
principalmente com a
consolidação do tema da
Uberização do trabalho no
Brasil, definindo-a como uma
nova forma de gestão,
organização e controle do
trabalho.
Ludmila C. Abilio
Desde 2017 atua
principalmente com a
consolidação do tema da
Uberização do trabalho no
Brasil, definindo-a como uma
nova forma de gestão,
organização e controle do
trabalho.
Definição: Novo tipo de controle e gerenciamento do trabalho associado
à informalização.
Características:
Trabalhador sob demanda: Disponível para o trabalho, mas utilizado
apenas conforme a demanda.
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autogerenciamento precário.
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Entregadores Ciclistas por Aplicativo (Bikeboys):
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uberizado.
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vidas.
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Juventudes Periféricas e Uberização
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QUEM DEFENDE A CRIANÇA QUEER?
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Preciado critica a noção de uma
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Paul B. Preciado
Filósofo e escritor
transgênero e feminista
Universidade de Princeton
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Argumento Central: O direito da criança a ter um pai e uma mãe é
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Criança Queer: A figura política construída pelos defensores da infância,
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O Discurso da Proteção à Criança
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Direitos da Criança Diferente: Quem defende os direitos da criança que
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crianças que respeite sua diversidade e autonomia
Desconstruindo o Discurso
Desconstruindo o Discurso
Desconstruindo o Discurso
Desconstruindo o Discurso
A infância não é homogênea; há
diversas infâncias.
A educação deve ser inclusiva,
respeitando a diversidade de
identidades e experiências.
A juventude é um espaço de potencial
transformação e resistência.
A experiência e as percepções de
jovens na vida escolar na
encruzilhada das aprendizagens: o
conhecimento, a indisciplina, a
violência
A experiência e as percepções de
jovens na vida escolar na
encruzilhada das aprendizagens: o
conhecimento, a indisciplina, a
violência
A juventude como categoria social
dinâmica.
A escola como espaço central na
vida dos jovens.
SPOSITO, Marilia Pontes e GALVÃO, Izabel. A experiência
e as percepções de jovens na vida escolar na
encruzilhada das aprendizagens: o conhecimento, a
indisciplina, a violência. Revista Perspectiva. Universidade
Federal de Santa Catarina. Florianópolis: Editora da UFSC,
volume 22, n.2, 2004.
Este artigo retrata parte de pesquisa,
empreendida entre 2001 e 2002 na cidade
de São Paulo, sobre a vida dos jovens
estudantes do ensino médio de escolas
públicas em um quadro de alterações
sociais mais abrangentes da sociedade
brasileira. Examina-se o modo como estes
alunos constroem uma experiência no
cotidiano escolar cada vez mais situado na
confluência de dois processos sociais
complexos: de um lado, asrelações com a
escolaridade em contexto de expansão das
matrículas da educação básica e, ao
mesmo tempo, de crise das possibilidades
de mobilidade social via escola;de outro, a
disseminação da indisciplina, da violência e
da insegurança na vida escolar,
experiências que conformam práticas e a
construção da identidade pessoal.
“A juventude não é uma categoria
estática e está sempre ligada ao
contexto histórico e social do seu
tempo, está sempre se renovando.”
Reflexões sobre múltiplos caminhos
percorridos pela pesquisa sobre os
jovens no Brasil.
Juventude
●Expansão do jovem no mundo social
○capacidade de autodeterminação
●Autonomia relativa:
○limites do contexto social
○oportunidades
○raça, gênero e classe
Autonomia
Refere-se às vivências dos
jovens no ambiente escolar.
Inclui aprendizagens, relações
interpessoais e desafios
enfrentados.
Manifesta-se de diversas
formas na escola: física, verbal,
psicológica.
Afeta tanto os jovens quanto os
educadores.
Juventude
A juventude é uma categoria
social dinâmica, sempre ligada
ao contexto histórico e social.
Representa um período de
transição e busca por
identidade.
Experiência
Escolar
Violência
Comportamentos desviantes ou
que vão contra as normas
escolares.
Pode incluir a quebra de regras,
resistência à autoridade e falta
de comprometimento.
“A experiência escolar é um terreno fértil para a
construção de conhecimentos e identidades.”
“A indisciplina muitas vezes reflete a busca dos
jovens por autonomia e reconhecimento.”
“A violência na escola pode prejudicar o
desenvolvimento dos jovens e minar a confiança
no ambiente educacional.”
Indisciplina
Como a ampliação do acesso à
educação nas escolas públicas
brasileiras nos últimos anos
mudou os alunos, o jeito como
as escolas funcionam e o que os
alunos pensam sobre como é
estudar nelas?
Como os comportamentos de
humilhação e falta de respeito
entre alunos e professores
afetam
a maneira como aprendemos e
ensinamos na escola?
Qual a relação entre a rápida
urbanização das cidades do
Brasil e a democratização do
acesso a educação? Antes dessa
transição demográfica rápida
que aconteceu nos anos 70,
como era a distribuição do
acesso à educação?
Quais os possíveis impactos no
processo de formação
educacional de
adolescentes entregadores
uberizados?
Quais papéis e atitudes pode
tomar o professor diante de
problemas de origem
social e econômica, ou seja, que
apesar da afetarem a
convivência em sala de aula
e o aprendizado não se referem
ou podem ser resolvidos
imediatamente dentro
dela, como o trabalho juvenil
desregulado e uberificado e as
condições precárias às
quais sobrevivem vários dos
alunos da rede pública?
Sobre o tema da justiça escolar
inserido na seara das regras
escolares temos que a
maioria dos alunos – em
qualquer turno – não se sentem
participantes das construções
de tais regras. Considerando
que constitucionalmente a
escola deve educar para a
cidadania, esta falta de
percepção dos estudantes não
demonstra um abismo na
construção de cidadãos
conscientes de sua posição
dentro do debate democrático?
Os século XX e XXI são
conhecidos pelos avanço sociais
nas questões relacionadas a
identidade e sexualidade, no
entanto, a garantia e a proteção
de uma sociedade
heteronormativa perdura até os
dias de hoje. Se um aluno
(alune) vai na contramão
do ideal de
heteronormatividade no
cotidiano escolar, isso pode
invisibilizar e
dificultar na construção das
suas relações sociais no
ambiente escolar?
Analisando o conceito de
juventude apresentado por Ana
Paula Corti e Raquel
Souza e a relação entre a
juventude periférica e a
economia da Uberização, como
esses jovens lidam com as
desigualdades sociais e as novas
formas de controle do
trabalho? Como a educação
pode contribuir para
empoderar esses jovens
periféricos
e promover uma maior
equidade no acesso às
oportunidades educacionais e
profissionais?

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Aula 3 3a EDF0289 FEUSP Educação e Juventudes.pdf

  • 1. Educação e Juventudes Educação e Juventudes INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS DA EDUCAÇÃO: ENFOQUE SOCIOLÓGICO - NOTURNO - 2024.1 Prof. Jonathan Martins
  • 2. Capítulo 1. Aproximando-se do conceito de juventude Capítulo 1. Aproximando-se do conceito de juventude ONU, OMS, ECA: definições formais ● Faixas de idade ● Referência para elaboração de diagnósticos, levantamento de dados quantitativos e formulação de políticas públicas ● Uso comum: indistinção entre juventude e adolescência ○ Imprecisão conceitual CORTI, Ana Paula; SOUZA, Raquel. Diálogos com o mundo juvenil: subsídios para educadores. São Paulo: Ação Educativa, 2004.
  • 3. •Organização Mundial de Saúde - OMS – indivíduos entre 10 e 19 anos (adolescência); •Organização das Nações Unidas – indivíduos com idade entre 15 e 24 anos (juventude); Juventudes ECA •Estatuto da Criança e do Adolescente – 12 a 18 anos; OMS ONU juventude é uma categoria sociológica que representa um período de preparação para [os jovens] assumirem o papel de adultos na sociedade e corresponde ao período dos 15 aos 24 anos de idade Política Nacional de Juventude jovem é todo cidadão da faixa etária entre os 15 e os 29 anos, divididos em 3 grupos: de 15 a 17 anos, denominados como jovens-adolescentes; de 18 a 24 anos, como jovens-jovens; e jovens da faixa dos 25 a 29 anos, como jovens- adultos. OMS
  • 4. Juventudes e adolescências aspectos sociais, mais abrangentes >> GERAÇÃO Objeto da SOCIOLOGIA abrange diferentes fases / faixas etárias e experiências JUVENTUDE aspectos individuais >> SUBJETIVIDADE Objeto da PSICOLOGIA 1ª fase da juventude ADOLESCÊNCIA
  • 5. “A classe social do indivíduo, sua condição étnica e de gênero, sua presença ou não no mercado de trabalho e na escola, seu local de moradia - urbano ou rural - sua situação familiar e sua orientação religiosa são fatores, entre outros, que vão diferenciando internamente esse grupo que chamamos de juventude. E à medida em que nos aproximamos ainda mais da realidade social, vamos percebendo que estas clivagens tendem a aumentar, inclusive no interior dos grupos étnicos, das classes sociais e assim por diante” (P. 14).
  • 6. Em todas as sociedades há alguma forma de classificação das fases da vida Classificação não é exclusivamente biológica ●Estado Moderno: ligação entre juventude e nação ●“Uniformização”: juventude como categoria social ocidental ●Início da Id. Moderna: juventude >> burguesia ●Capitalismo: jovem é quem pode protelar a sua entrada no universo produtivo ●Ampliação da escolarização: juventude se estende para as classes populares ●Juventude: ○moratória ○preparação ○espera ●Definição calcada nas experiências das classes altas e médias CONCEPÇÃO MODERNA ●Descronologização ●Juventude: modelo cultural ○Valores ○Estilo de vida ●Fluidez / complexidade ○Constante transformação e disputa de sentidos ●Não há mais lugar para os rituais de passagem ○Indefinição dos lugares sociais ● Rituais modernos variam conforme as condições sociais, regionais, econômicas, etc ○ Não tem mais o mesmo peso social ●Ambiguidade: direitos e deveres ●Quando termina a juventude? ●Adiamento da vida adulta ●Não simultaneidade: vida profissional / casamento / filhos ●Dinamismo: mudanças sociais >> mudanças nas concepções de juventude Final do séc. XX
  • 7. “Ser jovem implica possuir determinadas características e exercer certos papéis sociais. Como as sociedades não são iguais umas às outras, os papéis sociais atribuídos aos jovens variam entre elas - e dentro delas”. (p. 22)
  • 8. JUVENTUDE E TRANSIÇÃO MUNDO INFANTIL MUNDO ADULTO JUVENTUDE E TRANSIÇÃO MUNDO INFANTIL MUNDO ADULTO “A indefinição de não ser criança nem adulto leva a sociedade a olhar os jovens essencialmente pelo que eles não são, e dificulta uma compreensão da juventude como fase da vida que tenha sentido em si mesma.” (p. 23) ● Juventude não é só transição ● Viver o próprio tempo ○ Construção de sentidos no presente ● Desafios para ESCOLA e FAMÍLIA
  • 9. Juventude e mudança social Juventude e mudança social ● Dupla dimensão: ○ Integração: maior facilidade de adaptação às mudanças da sociedade contemporânea ○ Ruptura: maior tendência de questionamento ● Chegar depois em um mundo já pronto ○ Maior desapego e estranhamento ○ Desenraizamento ○ Questionamento
  • 10. ●Ampliação das relações e referências ○Descoberta da individualidade ●Adolescência: uso de instrumentos da vida adulta ●Confronto entre as imagens de si e as imagens atribuídas ●Identidade: orientação para a vida Construção de identidades ●Expansão do jovem no mundo social ○capacidade de autodeterminação ●Autonomia relativa: ○limites do contexto social ○oportunidades ○raça, gênero e classe Autonomia
  • 11. UBERIZAÇÃO E JUVENTUDE PERIFÉRICA: Desigualdades, autogerenciamento e novas formas de controle do trabalho UBERIZAÇÃO E JUVENTUDE PERIFÉRICA: Desigualdades, autogerenciamento e novas formas de controle do trabalho A uberização é definida como novo tipo de controle e gerenciamento do trabalho associado a um processo de informalização, que leva à consolidação do trabalhador sob demanda. A partir do trabalho de bikeboys e motoboys, discute-se a participação de jovens negros nesse tipo de trabalho, à luz do gerenciamento algorítmico e do controle centralizado de modos de vida periféricos. Analisam-se as condições de trabalho dos entregadores e sua organização política durante a pandemia de Covid-19. Ludmila C. Abilio Desde 2017 atua principalmente com a consolidação do tema da Uberização do trabalho no Brasil, definindo-a como uma nova forma de gestão, organização e controle do trabalho. Ludmila C. Abilio Desde 2017 atua principalmente com a consolidação do tema da Uberização do trabalho no Brasil, definindo-a como uma nova forma de gestão, organização e controle do trabalho.
  • 12. Definição: Novo tipo de controle e gerenciamento do trabalho associado à informalização. Características: Trabalhador sob demanda: Disponível para o trabalho, mas utilizado apenas conforme a demanda. Just-in-time worker: Sem garantias estáveis de remuneração ou direitos. Autogerenciamento subordinado: Não é empreendedorismo; é um autogerenciamento precário. O que é Uberização? O que é Uberização?
  • 13. Entregadores Ciclistas por Aplicativo (Bikeboys): Jovens negros e periféricos. Materializam a uberização. Atividade tipicamente juvenil e precária. Gerenciamento Algorítmico e Controle Centralizado: Análise da participação desses jovens no trabalho uberizado. Impacto do gerenciamento algorítmico em suas vidas. Discussão sobre condições de trabalho e resistência política durante a pandemia de Covid-19 Juventudes Periféricas e Uberização Juventudes Periféricas e Uberização
  • 14. Despojamento de Direitos: Trabalhadores uberizados enfrentam falta de garantias e proteções. Riscos e custos da atividade recaem sobre eles. Trabalhador Just-in-time: Sem estabilidade na remuneração. Parte do gerenciamento do trabalho transferida para o trabalhador. Uberização e Educação: Como a uberização afeta a educação e as perspectivas de jovens periféricos? Possíveis estratégias de resistência e organização Desafios e Reflexões Desafios e Reflexões
  • 15. QUEM DEFENDE A CRIANÇA QUEER? QUEM DEFENDE A CRIANÇA QUEER? Preciado critica a noção de uma “criança-a-ser-protegida”, que permite aos adultos naturalizar a norma heterossexual. Os defensores dessa ideia constroem uma imagem de criança presumidamente heterossexual e com gênero normatizado. Paul B. Preciado Filósofo e escritor transgênero e feminista Universidade de Princeton Paul B. Preciado Filósofo e escritor transgênero e feminista Universidade de Princeton
  • 16. Argumento Central: O direito da criança a ter um pai e uma mãe é frequentemente utilizado como justificativa para limitar os direitos dos homossexuais. Heterocratas: Grupos que defendem a hegemonia heterossexual e oprimem minorias sexuais e de gênero. Criança Queer: A figura política construída pelos defensores da infância, presumidamente heterossexual e com gênero normatizado. Ausência de Resistência: A criança é privada de resistência e livre autodeterminação de gênero e sexualidade O Discurso da Proteção à Criança O Discurso da Proteção à Criança
  • 17. Direitos da Criança Diferente: Quem defende os direitos da criança que gosta de usar rosa, sonha em se casar com sua melhor amiga ou deseja mudar de gênero? Infância Queer: Uma infância que não se encaixa nas normas heterossexuais e de gênero. Resistência e Autodeterminação: Propor uma forma de governo das crianças que respeite sua diversidade e autonomia Desconstruindo o Discurso Desconstruindo o Discurso
  • 18. Desconstruindo o Discurso Desconstruindo o Discurso A infância não é homogênea; há diversas infâncias. A educação deve ser inclusiva, respeitando a diversidade de identidades e experiências. A juventude é um espaço de potencial transformação e resistência.
  • 19. A experiência e as percepções de jovens na vida escolar na encruzilhada das aprendizagens: o conhecimento, a indisciplina, a violência A experiência e as percepções de jovens na vida escolar na encruzilhada das aprendizagens: o conhecimento, a indisciplina, a violência A juventude como categoria social dinâmica. A escola como espaço central na vida dos jovens. SPOSITO, Marilia Pontes e GALVÃO, Izabel. A experiência e as percepções de jovens na vida escolar na encruzilhada das aprendizagens: o conhecimento, a indisciplina, a violência. Revista Perspectiva. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis: Editora da UFSC, volume 22, n.2, 2004. Este artigo retrata parte de pesquisa, empreendida entre 2001 e 2002 na cidade de São Paulo, sobre a vida dos jovens estudantes do ensino médio de escolas públicas em um quadro de alterações sociais mais abrangentes da sociedade brasileira. Examina-se o modo como estes alunos constroem uma experiência no cotidiano escolar cada vez mais situado na confluência de dois processos sociais complexos: de um lado, asrelações com a escolaridade em contexto de expansão das matrículas da educação básica e, ao mesmo tempo, de crise das possibilidades de mobilidade social via escola;de outro, a disseminação da indisciplina, da violência e da insegurança na vida escolar, experiências que conformam práticas e a construção da identidade pessoal.
  • 20. “A juventude não é uma categoria estática e está sempre ligada ao contexto histórico e social do seu tempo, está sempre se renovando.” Reflexões sobre múltiplos caminhos percorridos pela pesquisa sobre os jovens no Brasil. Juventude ●Expansão do jovem no mundo social ○capacidade de autodeterminação ●Autonomia relativa: ○limites do contexto social ○oportunidades ○raça, gênero e classe Autonomia
  • 21. Refere-se às vivências dos jovens no ambiente escolar. Inclui aprendizagens, relações interpessoais e desafios enfrentados. Manifesta-se de diversas formas na escola: física, verbal, psicológica. Afeta tanto os jovens quanto os educadores. Juventude A juventude é uma categoria social dinâmica, sempre ligada ao contexto histórico e social. Representa um período de transição e busca por identidade. Experiência Escolar Violência Comportamentos desviantes ou que vão contra as normas escolares. Pode incluir a quebra de regras, resistência à autoridade e falta de comprometimento. “A experiência escolar é um terreno fértil para a construção de conhecimentos e identidades.” “A indisciplina muitas vezes reflete a busca dos jovens por autonomia e reconhecimento.” “A violência na escola pode prejudicar o desenvolvimento dos jovens e minar a confiança no ambiente educacional.” Indisciplina
  • 22. Como a ampliação do acesso à educação nas escolas públicas brasileiras nos últimos anos mudou os alunos, o jeito como as escolas funcionam e o que os alunos pensam sobre como é estudar nelas? Como os comportamentos de humilhação e falta de respeito entre alunos e professores afetam a maneira como aprendemos e ensinamos na escola? Qual a relação entre a rápida urbanização das cidades do Brasil e a democratização do acesso a educação? Antes dessa transição demográfica rápida que aconteceu nos anos 70, como era a distribuição do acesso à educação? Quais os possíveis impactos no processo de formação educacional de adolescentes entregadores uberizados? Quais papéis e atitudes pode tomar o professor diante de problemas de origem social e econômica, ou seja, que apesar da afetarem a convivência em sala de aula e o aprendizado não se referem ou podem ser resolvidos imediatamente dentro dela, como o trabalho juvenil desregulado e uberificado e as condições precárias às quais sobrevivem vários dos alunos da rede pública? Sobre o tema da justiça escolar inserido na seara das regras escolares temos que a maioria dos alunos – em qualquer turno – não se sentem participantes das construções de tais regras. Considerando que constitucionalmente a escola deve educar para a cidadania, esta falta de percepção dos estudantes não demonstra um abismo na construção de cidadãos conscientes de sua posição dentro do debate democrático? Os século XX e XXI são conhecidos pelos avanço sociais nas questões relacionadas a identidade e sexualidade, no entanto, a garantia e a proteção de uma sociedade heteronormativa perdura até os dias de hoje. Se um aluno (alune) vai na contramão do ideal de heteronormatividade no cotidiano escolar, isso pode invisibilizar e dificultar na construção das suas relações sociais no ambiente escolar? Analisando o conceito de juventude apresentado por Ana Paula Corti e Raquel Souza e a relação entre a juventude periférica e a economia da Uberização, como esses jovens lidam com as desigualdades sociais e as novas formas de controle do trabalho? Como a educação pode contribuir para empoderar esses jovens periféricos e promover uma maior equidade no acesso às oportunidades educacionais e profissionais?