I. O documento discute poluição atmosférica, incluindo suas definições, causas, efeitos na saúde e meio ambiente, e métodos de monitoramento.
II. Os principais poluentes discutidos são óxidos de enxofre, nitrogênio e carbono, que podem causar problemas respiratórios e redução da camada de ozônio.
III. Fontes de poluição incluem veículos, indústrias e queima de combustíveis, e seus efeitos são o aquecimento global, chuva
7 - Controle de poluentes atmosféricos - 19-11.ppt
1. Saneamento do Meio Ambiente
QUALIDADE DAATMOSFERA
Walter José Minto
e-mail: walterjm@usp.br
2. POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
• O que é? (RESOLUÇÃO CONAMA 003 de 28 de junho
de 1990):
Qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em
quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com
os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar:
I - impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;
II - inconveniente ao bem-estar público;
III - danoso à fauna e flora;
IV - prejudicial à segurança. ao uso e gozo da propriedade e às
atividades normais da comunidade.
3. OS EFEITOS
A emissão excessiva de poluentes tem provocado sérios
danos à saúde:
- problemas respiratórios (bronquite crônica e asma);
- alergias;
- lesões degenerativas no sistema nervoso ou em
órgãos vitais;
- câncer.
4. Os danos não se restringem à espécie humana. Toda a natureza
é afetada. A toxidez do ar ocasiona a destruição de florestas.
No Brasil, existem grandes regiões metropolitanas afetadas
pela poluição do ar.
Os principais impactos ao meio ambiente são a redução da
camada de ozônio, a intensificação do efeito estufa, a
precipitação de chuva ácida e a inversão térmica.
5. Em regiões urbanas com alta poluição atmosférica é comum
ocorrer:
- redução da visibilidade;
- formação de névoa;
- alteração da distribuição das temperaturas e do vento.
A formação de névoa geralmente está relacionada com a
presença de SO2.
Em 80% dos casos com altas concentrações de SO2 ocorre
visibilidade menor que 5 km.
ALTERAÇÕES NAS PROPRIEDADES DA
ATMOSFERA:
6. Os poluentes que causam danos à vegetação são denominados
fitotóxicos. Os mais severos são: SO2, peroxiacetil, eteno. Os
menos severos: cloro, ácido clorídrico, amônia e mercúrio;
Os poluentes penetram nas plantas através da respiração normal,
provocando a destruição da clorofila e a interrupção da
fotossíntese. Os sintomas dos danos causados pelos poluentes
geralmente manifestam-se na superfície das folhas.
DANOS À VEGETAÇÃO
7. EFEITOS PARA A SAÚDE HUMANA
Óxido de Enxofre (SO2): altamente solúvel e por isso é absorvido
pelo sistema respiratório superior (vias aéreas);
Ozônio: irritante severo para os olhos, nariz e garganta. Para
concentrações de ozônio a 0,01 ppm ocorre irritações nos olhos e
concentrações de 2,0 ppm provocam tosse severa;
Outros irritante aos olhos são os formaldeídos.
8. Naturais: independentes da ação humana.
- Cinzas e gases de emissões vulcânicas;
- Tempestades de areia e poeira;
- Decomposição de animais e vegetais;
- Partículas e gases de incêndios florestais;
- Evaporação natural;
- Odores e gases da decomposição de matéria orgânica;
- Maresia dos mares e oceanos.
Antropogênicas: geradas pela ação do Homem.
- Fontes industriais;
- Fontes móveis (veículos a gasolina, álcool, diesel e gnv);
- Queima de lixo a céu aberto e incineração de lixo;
- Queima de combustíveis na indústria e termoelétricas;
- Emissões de processos químicos.
FONTES DE POLUIÇÃO
9. Fontes Fixas: As indústrias são as fontes mais significativas
ou de maior potencial poluidor, no entanto, devemos ainda
destacar a crescente demanda por usinas termoelétricas,
utilizadoras de carvão ou óleo combustível, bem como de
incineradores de resíduos, os quais também se destacam por seu
elevado potencial poluidor;
FONTES DE POLUIÇÃO
Fontes Móveis: Os veículos automotores, trens, aviões e
embarcações marítimas constituem-se conjuntamente as
chamadas fontes móveis de poluição do ar. Os automóveis se
destacam como as principais fontes, e podem ser divididos em
leves, que utilizam gasolina ou álcool como combustível, e
pesados que utilizam óleo diesel.
10. Pontuais: Quando o lançamento da carga poluidora é feito de
forma concentrada, em determinado local.
- Chaminé de uma empresa;
Difusas: Quando os poluentes alcançam a atmosfera de modo
disperso, não se determinando um ponto específico de introdução.
- Queimadas.
FONTES DE POLUIÇÃO
11. POLUENTES
Secundários: formados na atmosfera por meio de
reações químicas entre poluentes primários e/ou constituintes
naturais da atmosfera
- O3, SO3, H2O2, HNO3, H2SO4, CO...
Primários: emitidos diretamente da fonte à atmosfera.
- Material particulado;
14. Transporte
No transporte destes poluentes através das correntes de ar, pode
ocorrer a diluição dos mesmos, bem como modificações físico-
químicas na atmosfera.
PROCESSO DE POLUIÇÃO
ATMOSFÉRICA
15. Fenômeno de “chegada” dos poluentes a um receptor, onde pode
ocorrer danos à saúde, propriedade ou de maneira geral ao meio
ambiente.
PROCESSO DE POLUIÇÃO
ATMOSFÉRICA
Imissão
16. GÁS CARBÔNICO (CO2)
- Não possui cheiro;
- Não é considerado tóxico por ser um constituinte natural
na atmosfera;
- O aumento da temperatura global (= Efeito Estufa) está
associado ao aumento das concentrações de CO2 na atmosfera.
POLUENTES INDICADORES DE
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
17. MONÓXIDO DE CARBONO (CO)
- Produto intermediário de combustão de carbono para
dióxido de carbono (CO2);
- Originam-se de processos de combustão industrial ou
veículos automotores, sendo estes os maiores geradores;
- Em ambientes fechados, o CO em altas concentrações é
um dos mais perigosos agentes tóxicos respiratórios devido à sua
afinidade com a hemoglobina do sangue, formando a
carboxihemoglobina, dificultando o transporte do oxigênio e
podendo causar a morte por asfixia;
- Não possui cheiro, nem odor.
18. ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (NOx):
- Formados durante o processo de combustão a altas temperaturas,
através da oxidação do N2 do ar ou contido no combustível;
- Pode estar principalmente na forma de:
* NO: Óxido de Nitrogênio
- Gás incolor e insípido;
- Formado predominantemente em fontes antropogênicas;
* NO2: Dióxido de Nitrogênio ou Azoto
- Gás amarelo-alaranjado, odor irritante.
19. ÓXIDOS DE ENXOFRE (SOx):
- São compostos constituídos de enxofre e oxigênio;
* SO2: Dióxido de Enxofre
- Gás incolor;
- Dissolve-se rapidamente na água presente na atmosfera,
formando o ácido sulfuroso ( H2SO3);
- É formado durante a combustão de combustíveis fósseis
(carvão mineral, óleo mineral);
* SO3: Trióxido de Enxofre
- Produzido através da oxidação do SO2;
- Rapidamente convertido a ácido sulfúrico (H2SO4);
- Provoca irritação nos olhos, nariz e garganta;
- Podem causar impactos adversos à vegetação, incluindo
florestas e agricultura.
20. Doenças Provocadas pela Poluição
Atmosférica
Aparelho respiratório: bronquite, enfisema, asma e o
cancro pulmonar;
Plantas: atacam as folhas e estas caem; diminuem a
fotossíntese, respiração e a transpiração crescimento
mais lento, tornando-se menos resistentes às doenças e aos
parasitas;
Animais: contato com ao ar poluído e pela ingestão de
vegetais mais ou menos contaminados.
21. A REDUÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO
A camada de ozônio protege a terra dos raios ultravioleta do Sol,
estando situada na faixa de 15 e 50 Km de altitude;
Os CFCs (clorofluorcarbonos) são compostos altamente nocivos a este
escudo natural da terra. Presentes no ar poluído, o CFC é transportado
até grandes altitudes, quando é bombardeado pelos raios solares,
ocasionando a separação do cloro e do carbono. O cloro, por sua vez, tem
a capacidade de destruir as moléculas de ozônio. Basta um átomo de cloro
para destruir milhares de moléculas de ozônio (O3 ) formando um buraco,
pelo qual, os raios UV passam chegando a atingir a superfície terrestre;
Em 1985 os cientistas descobriram um buraco na camada de ozônio
sobre a Antártida o qual continua se expandindo. A redução do ozônio
contribui para a intensificação do efeito estufa.
22.
23. FENÔMENOS E SUAS CONSEQÜÊNCIAS
• Efeito Estufa Intensificado:
Excesso de gases e matéria particulada impedem que os raios
infravermelhos refletidos pela superfície terrestre voltem para o espaço.
Esse fenômeno causa um aumento elevado da temperatura média no
planeta;
24. As consequências desse fenômeno são catastróficas, como o
aquecimento e a alteração do clima, favorecendo a ocorrência de
furacões, tempestades e até terremotos; ou o degelo das calotas
polares, aumentando o nível do mar e inundando regiões litorâneas;
ou afetando o equilíbrio ambiental com o surgimento de epidemias.
25. Efeito Estufa natural (“mocinho”): grande parte se deve a
presença de água na atmosfera (em forma de vapor, 85% e
partículas de água 12%)
Em conseqüência da poluição (“vilão”): Se deve
principalmente ao dióxido de carbono (CO2), metano (CH4),
óxido nitroso (N2O), clorofluorcarbonetos (CFCs),
hidroclorofluorcarbonetos (HCFCs) e o hexafluoreto de
enxofre (SF6)
32. CONSEQUÊNCIAS DA INVERSÃO
TÉRMICA
• Chuva Ácida:
- Gotículas de água que podem ser chuva ou neblina carregadas
de ácido nítrico (HNO3) e sulfúrico (H2SO4);
- Resultado de reações químicas que ocorrem na atmosfera a
partir da presença dos Óxidos de Enxofre e Nitrogênio;
- Possui ação corrosiva e tóxica.
33. CHUVA ÁCIDA
A queima incompleta dos combustíveis fósseis pelas indústrias e
pelos veículos produzem o gás carbônico junto com outras formas
oxidadas do nitrogênio e do enxofre que são liberados para a
atmosfera;
Juntando o dióxido de enxofre e o vapor d'água forma-se o ácido
sulfúrico que cai sobre a superfície terrestre em forma de chuva;
As conseqüências disto são a acidez dos lagos ocasionando o
desaparecimento das espécies que vivem neles, o desgaste do solo,
da vegetação e dos monumentos.
34.
35. Os Principais Objetivos do
Monitoramento da Qualidade do Ar são:
Fornecer dados para ativar ações de emergência durante períodos
de estagnação atmosférica, quando os níveis de poluentes na
atmosfera possam representar risco à saúde pública;
Avaliar a qualidade do ar à luz de limites estabelecidos para
proteger a saúde e o bem estar das pessoas;
Acompanhar mudanças na qualidade do ar devidas às alterações
nas tendências e emissões dos poluentes.
36. EMISSÕES:
- Controle do processo poluidor; controle dos padrões de
emissão; eficiência de um equipamento; teste da consequência causada
pela mudança de um processo;
IMISSÕES:
- Calcular a trajetória dos poluentes na atmosfera; estudar a
formação e degradação de poluentes na atmosfera; calcular o fluxo dos
componentes; determinar a exposição dos poluentes; determinar a
instalação de alarmes para determinados poluentes; determinar a
deposição de poluentes na flora e fauna; gerar relatórios sobre a
qualidade do ar; estudar o impacto de novas fontes de emissão.
CONAMA 03/90
MEDIÇÃO DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS
37. MEDIDORES DE EMISSÕES
ESCALA DE RINGELMANN
- Escala gráfica para avaliação colorimétrica de densidade
de fumaça, constituída de seis padrões com variações uniformes
de tonalidade entre o branco e o preto. Os padrões da escala são
numerados de 0 a 5.
38. Para descobrir se o agente poluidor está emitindo fumaça acima
do permitido:
Utiliza-se a Escala de Ringelmann e compara-se
com padrões estabelecidos pela Legislação Ambiental.
A exemplo do CONAMA 08/90 para áreas Classe II e III define:
“Densidade Colorimétrica: Máximo de 20%,
equivalente a Escala de Ringelmann nº1, exceto na
operação de partida do equipamento”.
39. O PROTOCOLO DE KYOTO (1997)
Acordo internacional, assinado por 84 países, em 1997, em
Kyoto, no Japão, que estabelece, entre 2008 e 2012, a redução
de 5,2% dos gases estufa, em relação aos níveis em 1990.
METAS DE REDUÇÃO
Países da União Europeia – 8%
Estados Unidos – 7%
Japão – 6%
Para a China e os países em desenvolvimento, como Brasil, Índia
e México, ainda não foram estabelecidos níveis de redução
40. O BRASIL E O PROTOCOLO DE
KYOTO
O Brasil assinou o Protocolo em 29 de Abril de 1998;
A Assembleia Legislativa aprovou o texto do Protocolo apenas
em 20 de julho de 2002, sob o Decreto Legislativo nº 144 de
2002;
Sendo que a ratificação do Protocolo pelo Brasil foi feita
somente em 23 de Agosto de 2002.
41. Algumas medidas para solucionar os
problemas da Poluição do Ar
A existência de uma rigorosa legislação antipoluição, que obrigue
as fábricas a instalarem filtros nas suas chaminés, a tratar os seus
resíduos e a usar processos menos poluentes. Penalizações para
as indústrias que não estiverem de acordo com as Leis;
Controle rigoroso dos combustíveis e sobre seu grau de pureza;
Criação de dispositivos de controle de poluição;
Vistoria nos veículos automotores para retirar de circulação os
desregulados. Nos modelos mais antigos a exigência de
instalação de filtros especiais e catalizadores nos escapamentos;
Recolhimento de condicionadores de ar, geladeiras e outros
produtos que usam CFC;
42. Incentivo às pesquisas para a elaboração de substitutos do CFC;
Investimentos nas fontes alternativas de energia e na produção de
combustíveis alternativos aos derivados do petróleo, como: o
álcool vegetal (carros), extraído da cana-de-açúcar e do eucalipto,
do óleo vegetal, extraído da mamona, do babaçu, da soja, do
algodão, do dendê, do amendoim e do biodiesel, que é produzido
pelo reuso de óleos vegetais de descarte;
Melhor planejamento das cidades, buscando a harmonia entre a
natureza e a urbanização;
Maior controle e fiscalização sobre desmatamentos e incêndios
nas matas e florestas;
Proteção e conservação dos parques ecológicos;
43. PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE
DE QUALIDADE DO AR - PRONAR
CONAMA, Resolução no 05 de 15 de junho de 1989
“permitir o desenvolvimento econômico e social do país de
forma ambientalmente segura, pela limitação dos níveis de
emissão de poluentes por fontes de poluição atmosférica, com
vistas à melhora da qualidade do ar, ao atendimento dos padrões
estabelecidos e o não comprometimento da qualidade do ar nas
áreas consideradas não degradadas”
44. “... proteger o meio ambiente e a saúde humana dos efeitos da
contaminação atmosférica, por meio da implantação de uma
política contínua e integrada de gestão da qualidade do ar no
país”.
PLANO NACIONAL DA QUALIDADE DO
AR - PNQA (MMA, 2009)
Metas estratégicas:
(i) a redução das concentrações de contaminantes na atmosfera de
modo a assegurar a melhoria da qualidade ambiental e a proteção à
saúde;
(ii) a integração das políticas públicas e instrumentos complementares,
como planejamento territorial, setorial e de fomento e
(iii) contribuir para a diminuição da emissão de gases do efeito estufa.
45. LINHAS DE AÇÃO:
Fortalecimento do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA no trato da
gestão de qualidade do ar;
Redução de emissões geradas pelo setor de transportes;
Redução de emissões da indústria e do setor de serviços (produção mais limpa);
Redução e monitoramento das emissões causadas pelas atividades agrosilvopastoris;
Integração de políticas de desenvolvimento urbano, transporte, saúde e qualidade do
ar;
Realinhamento e cumprimento dos marcos normativos e regulatórios, incluindo a
revisão dos padrões de qualidade do ar e limites de emissão;
Geração de conhecimento, desenvolvimento tecnológico e acesso à informação;
Ampliação de co-benefícios decorrentes da redução de contaminantes locais e de
gases de efeito estufa.