O documento fornece dados demográficos e educacionais do município de Jaguarão no Rio Grande do Sul. A densidade populacional é de 14,5 hab/km2 e a taxa de analfabetismo caiu de 15,1% em 1991 para 10,5% em 2000. O documento defende a criação de uma escola técnica binacional de fronteira para promover a cultura local e a integração entre Brasil e Argentina.
XII ENEJA - Apresentação SECADI-MEC - Mauro José da Silva
Audiência pública
1. Prefeitura Municipal de Jaguarão
Secretaria Municipal de Educação
Realidade Jaguarense
Ano 2011
2. Dados gerais do território
DADOS ÍNDICE
Densidade Demográfica 14,5 hab/km²
Altitude da Sede 26 m
Ano de Instalação 1.832
Distância da Capital 347,5 km
Microrregião Jaguarão
Mesorregião Sudeste
Área 2.070,90 km²
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2000.
3. Indicadores de Longevidade, Mortalidade e
Fecundidade - 1991 e 2000
FAIXA ETÁRIA
Menos de 15 a 64 65 anos e
5,
15 anos anos mais
1991 7.933 17.833 1.989
2000 7.669 19.798 2.626
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2000.
4. Contribuição para o Crescimento do IDH
IDH
45.00%
40.00%
35.00%
30.00%
25.00%
41,90% IDH
20.00%
30,20% 27,90%
15.00%
10.00%
5.00%
0.00%
Educação Longevidade Renda
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2000.
5. Nível Educacional da População Jovem
1991 e 2000
Taxa de Com menos Com menos Frequentando
Faixa
analfabetismo de 4 anos (%) de 8 anos (%) a escola
etária
(anos) 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000
7 a 14 7,1 2,5 - - - - 92,4 97,8
10 a 14 2,8 0,8 43,6 28,9 - - 91,2 97,6
15 a 17 2,5 1,1 12,6 7,8 72,3 51,3 56,8 72,0
18 a 24 4,2 3,0 13,7 6,6 57,4 46,6 - -
Fonte: Atlas IDH 2000/PNUD
6. Nível Educacional da População Adulta
(25 anos ou mais) - 1991 e 2000
ITEM 1991(%) 2000(%)
Taxa de analfabetismo 15,1 10,5
% com menos de 4 anos de
38,0 28,3
estudo
% com menos de 8 anos de
73,6 66,7
estudo
Média de anos de estudo 4,9 5,8
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
7. Número de alunos matriculados na 8ª Série - 2011
Alunos
Escolas Municipais matriculados
na 8ª série
E. M. E. F. Marechal Castelo Branco 08
E. M. E. F. Padre Pagliani 34
E. M. E. B. Lauro Ribeiro 05
E. M. E. F. Marcílio Dias 17
E. M. E. F. Antônio de Sampaio 17
E. M. E. F. Ceni Soares Dias 08
E. M. E. F. Dr Fernando Corrêa Ribas 07
E. M. E. F. Manoel Pereira Vargas 61
TOTAL 157
8. Número de alunos matriculados na 8ª Série - 2011
Alunos
Escolas Estaduais matriculados
na 8ª série
E. E. E. F. Joaquim Caetano da Silva 72
E. E. E. F. Hermes Pintos Affonso 55
C. E. Carlos Alberto Ribas 59
I. E. E. Espírito Santo 45
TOTAL 231
9. A criação de uma Escola Técnica Binacional
de Fronteira deve prever um modelo de educação
para a fronteira, exige de nós um conhecimento e
um respeito com a realidade específica desta
fronteira, tal processo pode ser revelador da
diversidade de nossos itinerários ao longo da vida,
e da vida de viventes da fronteira.
A atividade gestora e intelectual que
desenvolvemos exige um movimento que não nos
permite ver as questões de fronteiras como dadas,
objetivamente imutáveis. Passamos parte do nosso
processo educativo e de formação lendo a história,
a vida a partir do mundo americanizado ou
europeizado.
10. Os Estudos Culturais ainda são bastante
frágeis no Brasil. Os textos são lidos e os autores
cultivados, apontando a entrada na história da
América Latina pela porta dos fundos. É preciso
mudar esta leitura com uma experiência real que
leva em conta a vida de sujeitos divididos por um
rio e ligados por uma ponte. No entanto o sol que
nasce em Jaguarão realiza o ocaso em Rio
Branco e precisamos que na criação cultural, na
música, nas místicas, na mitologia, no folclore, no
trabalho “dos de baixo”, desde as riquezas
extraídas do rio como da terra, nas diferentes
relações de trabalho, deste tempo histórico, nos
coloque numa condição de ermanos para lutar
pela liberdade e pela cidadania.
11. Desejamos que a meninada na sua
experiência com uma Escola Binacional
vivencie uma relação com o estado como
cidadãos com a possibilidade de se sentir
respeitados pela sua língua, sua cultura, sua
condição de vida, as origens de suas famílias
que transitam entre dois
mundos, consolidando diferentes referências
num só .
Profª. Maria da Graça Souza
mdgsouza@gmail.com