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SALA VERDE: uma experiência de
               Educação Ambiental no IFF

                            Fernando Marcos Carvalho da Silva [1];
                      Raquel da Silva Paes [2]; Leidiana Alonso Alves [3];
                    José Maria Ribeiro Miro [4]; Ricardo Pacheco Terra [5];
                Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecn ologia Fluminense




Introdução
           Campos dos Goytacazes é o maior município do Estado do Rio
de Janeiro. Sua economia destaca-se pelo comércio, educação e é o
maior         produtor        de     petróleo       do     país.     Mesmo         com       atividades
estritamente urbanas, sua economia ainda tem força na indústria
sucroalcooleira e no setor agropecuário.
           Em Campos dos Goytacazes encontramos o bairro de Ururaí,
devido à sua proximidade com o rio de mesmo nome.
           Por sua vez, o rio Ururaí já mencionado no Roteiro dos Sete
Capitães, na viagem dos Fidalgos, em 1633, esgota as águas da
lagoa de Cima para a lagoa Feia, num trajeto com sinuosos
meandros.
           Supõe-se que a origem do nome Ururaí, que em Tupi s ignifica
“água de jacarè”, é devida à quantidade de jacarés-de-papo-amarelo
que lá eram encontrados.
           Estão inseridas na microbacia do rio Ururaí comunidades como
Ibitioca, Pernambuca e o bairro Ururaí. As histórias de formação


1.   Graduando em Licenciatura em Geografia – IFF-Campos
2.   Bolsista de Extensão/IFF – Núcleo de Pesquisa em Gestão Ambiental (NPGA) – IFF-Campos
3.   Graduanda em Licenciatura em Geografia – IFF-Campos
4.   Prof./Orientador - Núcleo de Pesquisa em Gestão Ambiental (NPGA) – IFF-Campos
5.   Prof./Ms. - Núcleo de Pesquisa em Gestão Ambiental (NPGA) – IFF-Campos
dessas comunidades estão ligadas ao fornecimento de mão de obra
para a produção açucareira.
     As comunidades se relacionam diretamente com o rio, pois é
utilizado para banhos, como prática de lazer e para pescadores que,
mesmo morando nessas comunidades, deslocam-se tanto para a
lagoa de Cima quanto para a lagoa Feia para realizar suas atividades
pesqueiras. Porém não o utilizam como manancial, sendo a empresa
Águas do Paraíba a responsável pelo abastecimento de água dessas
comunidades.
     Atualmente, o que vemos é um rio impactado pelas populações
ribeirinhas - principalmente a do bairro de Ururaí - que não possuem
estação de tratamento de esgoto, logo ele vai direto para as águas do
rio ou através do canal Cacomanga, que está bastante eutrofizado no
seu curso, passa por dentro do bairro de Ururaí, possui sua adução
no rio Paraíba do Sul e desemboca no rio Ururaí. Outro problema é a
quantidade de lixo doméstico encontrado nas suas margens.
     Perante a situação atual de agressão ao rio, o instrumento
escolhido para analisar os fatos é a educação ambiental, aliado ao
trabalho de campo. Assim sendo, o trabalho de campo é a ferramenta
que operacionaliza a compreensão dos fatos.
      Dentro desse contexto, buscamos aqui relevar a importância e
contribuição que o trabalho de campo desenvolve na geografia e na
educação ambiental.
     O trabalho de campo tem em sua dimensão o objetivo de
contextualizar e preparar o aluno para buscar o interesse do estudo
do espaço geográfico e suas contradições, destacando a importância
da preparação e da contextualização do mesmo.      Em     parte    o
trabalho de campo observa e descreve os fatos do espaço permitindo
um olhar especial sobre a paisagem, mas nessa dimensão crítica do
espaço a teorização prévia é o que permite a autonomia diante da
produção do conhecimento que desperta o senso crítico, investigação,
compreensão do aluno diante do espaço vivido.
Segundo Carneiro (2002, p. 15) o trabalho de campo é uma
estratégia de ensino ideal para despertar o olhar geográfico, tanto em
estudantes, como em professores, o que pode refletir na comunidade,
quando diz respeito à história fisíco-geográfica da região ou do lugar.
      Dessa forma sua função seria compreender, através do estudo
da    relação     homem/natureza,       os   papéis    da       climatologia,
geomorfologia, dos Recursos Hídricos, da Biogeografia, dos Solos,
Cartografia e Geologia.
      Há um desafio no trabalho de campo para Silva (2000): criar
possibilidades de articular a teoria e a prática sendo necessário ir ao
campo, porque a geografia de gabinete só existe para reunir dados.
Sendo assim, o que realmente é necessário é ser um professor que
tomou consciência das mudanças que deve operar no seu trabalho,
em objetivo a uma pedagogia crítica de aprendizagem na qual o seu
trabalho tem sentido, fazendo tanta diferença na vida do próprio
educador, da mesma f orma que pode fazer a diferença na vida de
seus alunos.
      A Educação faz parte da nossa vida. Ela está presente em todas
as sociedades e, sendo essas sociedades detentoras de múltiplas
culturas, não é correto afirmarmos que há uma única forma nem um
único modelo de educação. Também é incorreto pensar que a escola
é o único lugar onde se aprende educação. Nesse sentido, Vieira
(2005, p. 54) nos diz a esse respeito:
      Que a educação formal é a educação escolar devidamente
hierarquizada. A educação informal é a que ocorre por acaso, não
havendo intenção prévia, ocorrendo num processo espontâneo, é
aquela transmitida pelos pais e amigos no convívio dos clubes,
teatros   e    outros.   Já   a   educação   não   formal   é    organizada
sistematicamente para fora do ambiente formal de ensino, nela
existindo intencionalidade do professor em buscar objetivos fora da
instituição escolar.
A educação não formal, segundo Oliveira & Moura (2006, p.
22), utiliza o meio ambiente como palco para as aplicações de
metodologias para aprimoramento de conhecimentos dos alunos de
forma lúdica, participativa e criativa. Em espaços de aprendizagem
fora do limite da sala de aula, ocorrem relações de ensino-
aprendizagem      entre     professores     e    alunos   de     forma    livre,
potencializando       as   possibilidades   e    interações    na    troca   de
experiências e conhecimentos. Desse modo, o aprendizado de alunos
e professores torna-se responsável por mudanças no comportamento
social.
      O estudo do meio é de grande importância na disciplina de
geografia   e    na    educação     ambiental,   ele   permite      desenvolver
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores a partir de e no
próprio espaço vivido da realidade nos quais os jovens são inseridos.
Uma aula, então, pode ultrapassar as paredes da sala de aula e os
muros da escola, fazendo com que eles observem, sintam e
interpretem as dimensões do lugar ao qual pertencem e convivem no
seu cotidiano.
      De acordo com os PCN’s (1998), o trabalho de campo è
importante para aproveitar os conhecimentos e experiências dos
alunos, como também despertar o seu interesse pela geografia. Desta
forma, a pesquisa, o estudo do meio, a cartografia, a leitura da
paisagem são algumas formas de aproximar o jovem aluno da
disciplina, e de fazer com que ela adquira um significado. Logo, a
aula de campo vem possibilitar aos discentes que, com o confronto
com a realidade registrada, reformulem conceitos a partir da
diversidade espacial da paisagem.
      Sendo assim, o Trabalho de Campo se configura por fazer parte
da   educação     não      formal   organizada     fora   do   ambiente      de
aprendizagem padrão de ensino que é a sala de aula, existindo
intencionalidade do professor conjuntamente com objetivos de
análise do meio ambiente, compreendendo o Espaço Geográfico
numa relação de decomposição e recomposição da totalidade.
     Nesse sentido, o trabalho de campo representa, portanto, um
momento do processo de produção do conhecimento que não pode
prescindir da teoria, sob pena de tornar-se vazio de conteúdo,
incapaz de contribuir para revelar a essência dos fenômenos
geográficos. Como afirmava Pierre Monbeig (1936) “[...] as excursões
constituem um valioso auxílio e devem ser aproveitadas e aplicadas
com o objetivo definido, geográfico, a fim de que não redundem em
simples passeio ou viagem de turismo”.
     A partir da importância do trabalho de campo como instrumento
de ensino- aprendizagem na geografia, ele se faz necessário na
prática da educação ambiental para a qual este instrumento viabiliza
um olhar sobre o ambiente vivido dos alunos, os fazendo conhecer,
reinterpretar os fatos e interagir ao mesmo tempo com seus
professores de forma lúdica, construindo o conhecimento num espaço
não formal de forma efetiva.
     A educação ambiental é um tema debatido de forma ampla no
mundo       atual,      em     conjunto       com       a        ideia      de
sustentabilidade/conservação dos recursos naturais. E para que uma
relação   sustentável   aconteça   entre    sociedade       e   natureza,   o
desenvolvimento de práticas de educação ambiental se faz necessário
para analisar, compreender os fatos revertendo os processos de
degradação,    construindo     valores,    conhecimentos,       habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente.
     Compreendendo a metodologia como o caminho adotado para o
entendimento do fenômeno estudado, esta proposta metodológica se
fundamenta numa análise indutiva, preliminar e exploratória, onde
são privilegiados os dados qualitativos (MIRO, 2009).
     Nesse sentido, praticando a educação ambiental, a pesquisa
analisou a partir de trabalhos de campo feitos in loco a importância
da mata ciliar nos processos de inundação, cujos objetos foram
identificados utilizando também metodologias complementares como
a Etnofotografia e campo paisagem no rio Ururaí.
     Assim, no bairro de Ururaí encontra-se a Escola Estadual Dom
Otaviano de Albuquerque, que desenvolve o projeto “Rio Ururaí na
Palma da Mão”, criado no ano 2000 e que desenvolve atividades
relativas à educação ambiental em parceria com a UENF e a partir do
ano de 2011 com o Laboratório Sala Verde - IFF – Campos.
     Com isso, foi realizado um trabalho de campo com o apoio da
UENF e do Laboratório Sala Verde IFF - Campos, com alunos do
sétimo ano do ensino fundamental que num primeiro momento –
denominado pré-campo - receberam orientações do que seria visto
na saída de campo.
     Na saída de campo realizada no dia 26 de maio de 2011, divida
em três paradas, as crianças foram levadas ao rio Ururaí para se
relacionarem com o seu espaço.
     Na primeira parada foram capazes de compreender como se
forma uma bacia hidrográfica, tomando por referência os divisores de
água que se formam no Parque Estadual do Desengano – PED -
drenando parte de suas águas para o rio Imbé, que por sua vez
alimenta a lagoa de Cima e que por último dá origem ao rio Ururaí.




   Figura 1 - Nascente do rio Ururaí e ao fundo o Parque Estadual do
   Desengano
Na segunda parada as crianças souberam da importância da
mata ciliar e como a ausência da mesma pode afetar a dinâmica e a
vida do rio, causando assoreamento. Os alunos souberam também os
motivos que levaram a retirada da mata das margens do rio Ururaí e
como a presença dessa mata é importante para que não haja
inundações no bairro de Ururaí e comunidades vizinhas.




  Figura 2 - Margem do rio Ururaí com ausência da mata ciliar em processo
  avançado de assoreamento




        Figura 3 - Enchente em Janeiro de 2008 que parou a BR – 101
Na terceira parada os alunos foram levados à foz do Canal
 Cacomanga, para compreender a importância dos canais no nosso
 município e como esse canal, em especial, afeta suas vidas. O Canal
 Cacomanga drena água do rio Paraíba para o rio Ururaí, porém no
 seu trecho que corta parte do bairro de Ururaí recebe esgoto sem
 tratamento.




 Figura 4 - Canal Cacomanga bastante eutrofizado, desembocando no rio
 Ururaí




Para não concluir
          Realizado o trabalho de campo, os alunos foram submetidos a
 uma atividade - pós-campo - de avaliação para reforçar o que foi
 trabalhado     anteriormente   e   debater em   sala   suas   percepções
 adquiridas.
          Realizadas as práticas de campo, envolvendo o pré-campo, o
 campo e o pós-campo, pode-se concluir que o construtivismo valoriza
 o conhecimento prévio do aluno. Segundo Piaget, o pensamento
 infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da
adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida.
Assim, a criança constrói o conhecimento a partir de suas descober-
tas, quando em contato com o mundo e com os objetos.
     Dessa forma, o ato de educar não deve se conter em apenas
transmitir conteúdos, mas deve sim favorecer a atividade mental do
aluno. Por isso, importante é não apenas assimilar conceitos, mas
também gerar questionamentos e ampliar as ideias. Assim a prática
do trabalho de campo é a alternativa do aluno se relacionar com o
meio em que vive. Somente assim serão capazes de interferir de
forma positiva em sua realidade, pois conhecer seu lugar é conhecer
a si mesmo.




Referências
CARNEIRO, Vandernilson Alves. Trabalho de campo em Geografia
Física: serra da Cachoeira de Marata (GO). Goiânia: Universidade
Estadual de Goiás, 2002.

MOMBEIG, P. Metodologia do ensino geográfico. Revista Geografia,
AGB, São Paulo, v. 1, n. 2, 1936.

 MIRO, J. Metodologia para a Elaboração do Zoneamento das áreas
sujeitas á inundação na baixada campista/ Norte Fluminense – Rio de
Janeiro. Dissertação (Mestrado em Meio Ambiente) - Instituto Federal
Fluminense, 2009.

OLIVEIRA, Cacilda Lages; MOURA, Dácio Guimaraes de. Projetos
Trilhos Marinhos, uma abordagem de ambientes não-formais. Belo
Horizonte: Colégio Logosófico, 2006.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN’s): Geografia, Secretaria de Educação, Brasília: MEC, 1998.

SILVA, Ana Maria Radaelli da. Trabalho de Campo: prática andante de
fazer Geografia. São Paulo: Unicamp, 2000.

SOFFIATI, Arthur. Rios da minha aldeia: rio Ururaí. Rio de Janeiro,
2007.

VIEIRA, Valéria da Silva. Análise de espaços não-formais e sua
contribuição para o ensino de ciências. Tese (Doutorado) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Bioquímica
Médica, 2005.

VILAS, Fabrício, NEGRÃO, Mar celo Pires. Rio Ururaí, memórias e
imagens Campos dos Goytacazes. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007.

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SALA VERDE: Educação Ambiental no Rio Ururaí

  • 1. SALA VERDE: uma experiência de Educação Ambiental no IFF Fernando Marcos Carvalho da Silva [1]; Raquel da Silva Paes [2]; Leidiana Alonso Alves [3]; José Maria Ribeiro Miro [4]; Ricardo Pacheco Terra [5]; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecn ologia Fluminense Introdução Campos dos Goytacazes é o maior município do Estado do Rio de Janeiro. Sua economia destaca-se pelo comércio, educação e é o maior produtor de petróleo do país. Mesmo com atividades estritamente urbanas, sua economia ainda tem força na indústria sucroalcooleira e no setor agropecuário. Em Campos dos Goytacazes encontramos o bairro de Ururaí, devido à sua proximidade com o rio de mesmo nome. Por sua vez, o rio Ururaí já mencionado no Roteiro dos Sete Capitães, na viagem dos Fidalgos, em 1633, esgota as águas da lagoa de Cima para a lagoa Feia, num trajeto com sinuosos meandros. Supõe-se que a origem do nome Ururaí, que em Tupi s ignifica “água de jacarè”, é devida à quantidade de jacarés-de-papo-amarelo que lá eram encontrados. Estão inseridas na microbacia do rio Ururaí comunidades como Ibitioca, Pernambuca e o bairro Ururaí. As histórias de formação 1. Graduando em Licenciatura em Geografia – IFF-Campos 2. Bolsista de Extensão/IFF – Núcleo de Pesquisa em Gestão Ambiental (NPGA) – IFF-Campos 3. Graduanda em Licenciatura em Geografia – IFF-Campos 4. Prof./Orientador - Núcleo de Pesquisa em Gestão Ambiental (NPGA) – IFF-Campos 5. Prof./Ms. - Núcleo de Pesquisa em Gestão Ambiental (NPGA) – IFF-Campos
  • 2. dessas comunidades estão ligadas ao fornecimento de mão de obra para a produção açucareira. As comunidades se relacionam diretamente com o rio, pois é utilizado para banhos, como prática de lazer e para pescadores que, mesmo morando nessas comunidades, deslocam-se tanto para a lagoa de Cima quanto para a lagoa Feia para realizar suas atividades pesqueiras. Porém não o utilizam como manancial, sendo a empresa Águas do Paraíba a responsável pelo abastecimento de água dessas comunidades. Atualmente, o que vemos é um rio impactado pelas populações ribeirinhas - principalmente a do bairro de Ururaí - que não possuem estação de tratamento de esgoto, logo ele vai direto para as águas do rio ou através do canal Cacomanga, que está bastante eutrofizado no seu curso, passa por dentro do bairro de Ururaí, possui sua adução no rio Paraíba do Sul e desemboca no rio Ururaí. Outro problema é a quantidade de lixo doméstico encontrado nas suas margens. Perante a situação atual de agressão ao rio, o instrumento escolhido para analisar os fatos é a educação ambiental, aliado ao trabalho de campo. Assim sendo, o trabalho de campo é a ferramenta que operacionaliza a compreensão dos fatos. Dentro desse contexto, buscamos aqui relevar a importância e contribuição que o trabalho de campo desenvolve na geografia e na educação ambiental. O trabalho de campo tem em sua dimensão o objetivo de contextualizar e preparar o aluno para buscar o interesse do estudo do espaço geográfico e suas contradições, destacando a importância da preparação e da contextualização do mesmo. Em parte o trabalho de campo observa e descreve os fatos do espaço permitindo um olhar especial sobre a paisagem, mas nessa dimensão crítica do espaço a teorização prévia é o que permite a autonomia diante da produção do conhecimento que desperta o senso crítico, investigação, compreensão do aluno diante do espaço vivido.
  • 3. Segundo Carneiro (2002, p. 15) o trabalho de campo é uma estratégia de ensino ideal para despertar o olhar geográfico, tanto em estudantes, como em professores, o que pode refletir na comunidade, quando diz respeito à história fisíco-geográfica da região ou do lugar. Dessa forma sua função seria compreender, através do estudo da relação homem/natureza, os papéis da climatologia, geomorfologia, dos Recursos Hídricos, da Biogeografia, dos Solos, Cartografia e Geologia. Há um desafio no trabalho de campo para Silva (2000): criar possibilidades de articular a teoria e a prática sendo necessário ir ao campo, porque a geografia de gabinete só existe para reunir dados. Sendo assim, o que realmente é necessário é ser um professor que tomou consciência das mudanças que deve operar no seu trabalho, em objetivo a uma pedagogia crítica de aprendizagem na qual o seu trabalho tem sentido, fazendo tanta diferença na vida do próprio educador, da mesma f orma que pode fazer a diferença na vida de seus alunos. A Educação faz parte da nossa vida. Ela está presente em todas as sociedades e, sendo essas sociedades detentoras de múltiplas culturas, não é correto afirmarmos que há uma única forma nem um único modelo de educação. Também é incorreto pensar que a escola é o único lugar onde se aprende educação. Nesse sentido, Vieira (2005, p. 54) nos diz a esse respeito: Que a educação formal é a educação escolar devidamente hierarquizada. A educação informal é a que ocorre por acaso, não havendo intenção prévia, ocorrendo num processo espontâneo, é aquela transmitida pelos pais e amigos no convívio dos clubes, teatros e outros. Já a educação não formal é organizada sistematicamente para fora do ambiente formal de ensino, nela existindo intencionalidade do professor em buscar objetivos fora da instituição escolar.
  • 4. A educação não formal, segundo Oliveira & Moura (2006, p. 22), utiliza o meio ambiente como palco para as aplicações de metodologias para aprimoramento de conhecimentos dos alunos de forma lúdica, participativa e criativa. Em espaços de aprendizagem fora do limite da sala de aula, ocorrem relações de ensino- aprendizagem entre professores e alunos de forma livre, potencializando as possibilidades e interações na troca de experiências e conhecimentos. Desse modo, o aprendizado de alunos e professores torna-se responsável por mudanças no comportamento social. O estudo do meio é de grande importância na disciplina de geografia e na educação ambiental, ele permite desenvolver conhecimentos, habilidades, atitudes e valores a partir de e no próprio espaço vivido da realidade nos quais os jovens são inseridos. Uma aula, então, pode ultrapassar as paredes da sala de aula e os muros da escola, fazendo com que eles observem, sintam e interpretem as dimensões do lugar ao qual pertencem e convivem no seu cotidiano. De acordo com os PCN’s (1998), o trabalho de campo è importante para aproveitar os conhecimentos e experiências dos alunos, como também despertar o seu interesse pela geografia. Desta forma, a pesquisa, o estudo do meio, a cartografia, a leitura da paisagem são algumas formas de aproximar o jovem aluno da disciplina, e de fazer com que ela adquira um significado. Logo, a aula de campo vem possibilitar aos discentes que, com o confronto com a realidade registrada, reformulem conceitos a partir da diversidade espacial da paisagem. Sendo assim, o Trabalho de Campo se configura por fazer parte da educação não formal organizada fora do ambiente de aprendizagem padrão de ensino que é a sala de aula, existindo intencionalidade do professor conjuntamente com objetivos de
  • 5. análise do meio ambiente, compreendendo o Espaço Geográfico numa relação de decomposição e recomposição da totalidade. Nesse sentido, o trabalho de campo representa, portanto, um momento do processo de produção do conhecimento que não pode prescindir da teoria, sob pena de tornar-se vazio de conteúdo, incapaz de contribuir para revelar a essência dos fenômenos geográficos. Como afirmava Pierre Monbeig (1936) “[...] as excursões constituem um valioso auxílio e devem ser aproveitadas e aplicadas com o objetivo definido, geográfico, a fim de que não redundem em simples passeio ou viagem de turismo”. A partir da importância do trabalho de campo como instrumento de ensino- aprendizagem na geografia, ele se faz necessário na prática da educação ambiental para a qual este instrumento viabiliza um olhar sobre o ambiente vivido dos alunos, os fazendo conhecer, reinterpretar os fatos e interagir ao mesmo tempo com seus professores de forma lúdica, construindo o conhecimento num espaço não formal de forma efetiva. A educação ambiental é um tema debatido de forma ampla no mundo atual, em conjunto com a ideia de sustentabilidade/conservação dos recursos naturais. E para que uma relação sustentável aconteça entre sociedade e natureza, o desenvolvimento de práticas de educação ambiental se faz necessário para analisar, compreender os fatos revertendo os processos de degradação, construindo valores, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. Compreendendo a metodologia como o caminho adotado para o entendimento do fenômeno estudado, esta proposta metodológica se fundamenta numa análise indutiva, preliminar e exploratória, onde são privilegiados os dados qualitativos (MIRO, 2009). Nesse sentido, praticando a educação ambiental, a pesquisa analisou a partir de trabalhos de campo feitos in loco a importância
  • 6. da mata ciliar nos processos de inundação, cujos objetos foram identificados utilizando também metodologias complementares como a Etnofotografia e campo paisagem no rio Ururaí. Assim, no bairro de Ururaí encontra-se a Escola Estadual Dom Otaviano de Albuquerque, que desenvolve o projeto “Rio Ururaí na Palma da Mão”, criado no ano 2000 e que desenvolve atividades relativas à educação ambiental em parceria com a UENF e a partir do ano de 2011 com o Laboratório Sala Verde - IFF – Campos. Com isso, foi realizado um trabalho de campo com o apoio da UENF e do Laboratório Sala Verde IFF - Campos, com alunos do sétimo ano do ensino fundamental que num primeiro momento – denominado pré-campo - receberam orientações do que seria visto na saída de campo. Na saída de campo realizada no dia 26 de maio de 2011, divida em três paradas, as crianças foram levadas ao rio Ururaí para se relacionarem com o seu espaço. Na primeira parada foram capazes de compreender como se forma uma bacia hidrográfica, tomando por referência os divisores de água que se formam no Parque Estadual do Desengano – PED - drenando parte de suas águas para o rio Imbé, que por sua vez alimenta a lagoa de Cima e que por último dá origem ao rio Ururaí. Figura 1 - Nascente do rio Ururaí e ao fundo o Parque Estadual do Desengano
  • 7. Na segunda parada as crianças souberam da importância da mata ciliar e como a ausência da mesma pode afetar a dinâmica e a vida do rio, causando assoreamento. Os alunos souberam também os motivos que levaram a retirada da mata das margens do rio Ururaí e como a presença dessa mata é importante para que não haja inundações no bairro de Ururaí e comunidades vizinhas. Figura 2 - Margem do rio Ururaí com ausência da mata ciliar em processo avançado de assoreamento Figura 3 - Enchente em Janeiro de 2008 que parou a BR – 101
  • 8. Na terceira parada os alunos foram levados à foz do Canal Cacomanga, para compreender a importância dos canais no nosso município e como esse canal, em especial, afeta suas vidas. O Canal Cacomanga drena água do rio Paraíba para o rio Ururaí, porém no seu trecho que corta parte do bairro de Ururaí recebe esgoto sem tratamento. Figura 4 - Canal Cacomanga bastante eutrofizado, desembocando no rio Ururaí Para não concluir Realizado o trabalho de campo, os alunos foram submetidos a uma atividade - pós-campo - de avaliação para reforçar o que foi trabalhado anteriormente e debater em sala suas percepções adquiridas. Realizadas as práticas de campo, envolvendo o pré-campo, o campo e o pós-campo, pode-se concluir que o construtivismo valoriza o conhecimento prévio do aluno. Segundo Piaget, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da
  • 9. adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida. Assim, a criança constrói o conhecimento a partir de suas descober- tas, quando em contato com o mundo e com os objetos. Dessa forma, o ato de educar não deve se conter em apenas transmitir conteúdos, mas deve sim favorecer a atividade mental do aluno. Por isso, importante é não apenas assimilar conceitos, mas também gerar questionamentos e ampliar as ideias. Assim a prática do trabalho de campo é a alternativa do aluno se relacionar com o meio em que vive. Somente assim serão capazes de interferir de forma positiva em sua realidade, pois conhecer seu lugar é conhecer a si mesmo. Referências CARNEIRO, Vandernilson Alves. Trabalho de campo em Geografia Física: serra da Cachoeira de Marata (GO). Goiânia: Universidade Estadual de Goiás, 2002. MOMBEIG, P. Metodologia do ensino geográfico. Revista Geografia, AGB, São Paulo, v. 1, n. 2, 1936. MIRO, J. Metodologia para a Elaboração do Zoneamento das áreas sujeitas á inundação na baixada campista/ Norte Fluminense – Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado em Meio Ambiente) - Instituto Federal Fluminense, 2009. OLIVEIRA, Cacilda Lages; MOURA, Dácio Guimaraes de. Projetos Trilhos Marinhos, uma abordagem de ambientes não-formais. Belo Horizonte: Colégio Logosófico, 2006. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s): Geografia, Secretaria de Educação, Brasília: MEC, 1998. SILVA, Ana Maria Radaelli da. Trabalho de Campo: prática andante de fazer Geografia. São Paulo: Unicamp, 2000. SOFFIATI, Arthur. Rios da minha aldeia: rio Ururaí. Rio de Janeiro, 2007. VIEIRA, Valéria da Silva. Análise de espaços não-formais e sua contribuição para o ensino de ciências. Tese (Doutorado) -
  • 10. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Bioquímica Médica, 2005. VILAS, Fabrício, NEGRÃO, Mar celo Pires. Rio Ururaí, memórias e imagens Campos dos Goytacazes. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007.