Apesar de considerar a presença da tecnologia ao longo de toda a História da Arte, este artigo procura entender como a criatividade e a produção artística são influenciadas pelo advento das tecnologias digitais em especial. Ao analisar, primeiramente, os motivos pelos quais precisamos das imagens e depois, as maneiras por meio das quais nos relacionamos com elas, o pesquisador explora as contribuições da interatividade que são trazidas pelas tecnologias digitais e mostra como essas interações impactam o campo criativo.
1. ARTE E TECNOLOGIA: INTERSECÇÕES
Apesar de considerar a presença da
tecnologia ao longo de toda a História da
Arte, este artigo procura entender como
a criatividade e a produção artística são
influenciadas pelo advento das
tecnologias digitais em especial. Ao
analisar, primeiramente, os motivos
pelos quais precisamos das imagens e
depois, as maneiras por meio das quais
nos relacionamos com elas, o
pesquisador explora as contribuições da
interatividade que são trazidas pelas
tecnologias digitais e mostra como essas
interações impactam o campo criativo.
TEXTO: Paulo Bernardino
2. Pela ação da tecnologia
O indivíduo passou a ser mais um elemento
disponível na panóplia de elementos que
integram a raiz da constituição das obras de
arte. A sua importância deixou de ser
meramente vista como pertencendo ao
mundo da finalização/destino da arte - a obra
passou a integrá-lo de um ponto de visto
diferente, o seu papel deixou de ser passivo e
passou a ser ativo. Através do design das
interfaces dos computadores, iniciado em
1960 por Joseph Carl Robnett Licklider
3. Interação homem-máquina
A barreira da comunicação entre o
indivíduo e máquina necessita de
compreender uma linguagem que
utilize no seu espectro uma
metalinguagem, uma convergência
de ambos os lados, "seja onde for
que o computador esteja, o design
de interface mais eficaz resultará
da combinação das forças da
riqueza sensorial a da inteligência
da máquina" .
NEGROPONTE, Nicholas. Ser
digital. Lisboa: Editorial Caminho,
1996, p.110.
4. Segundo René Huyghe, é da
convergência de três momentos,
intervenientes interativamente, que
o artista constrói os seus objetos:
1. o mundo da realidade visível
(donde o artista parte e retira os
elementos);
2. o mundo da plástica (a matéria e o
modo como é produzida a obra);
3. e o mundo dos pensamentos e dos
sentimentos (onde o artista se move).