1) A apresentação discute o período Barroco na Europa e em Portugal, destacando suas características e influências históricas. 2) Em Portugal, o Barroco se desenvolveu mais lentamente devido à crise política e econômica após a união com a Espanha. 3) A Igreja Paroquial de Válega, no concelho de Ovar, apresenta características arquitetônicas barrocas dos séculos XVIII e XX.

1. Apresentaçãooral de Português:
Sofia- A nossaapresentaçãoconsistenadivulgaçãode umperíododaarte europeia,oBarroco,
evidenciando a sua contextualização histórica, características e impulsionadores. Por sua vez,
efetuámosumapequenainvestigação,procurandonoconcelhode Ovar um exemploconcreto
do período em causa.
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Diana - Ao contráriodo resto da Europa (onde se viviaum forte sistemapolíticoabsolutista), o
Barroco portuguêsnãose iniciaem 1600. Portugal encontra-se nestaépocaem profundacrise
política,económicae de identidadesocial,provocadaprincipalmentepelaperdadotronopara
Filipe II de Espanha. A nobreza abandona as cidades, saindopara o campo, levando pequenas
cortesconsigo,destaformatentandopreservaraidentidade socioculturalportuguesa.Fechados
às influências de Espanha, encontram-se também fechados ao mundo.
Guilherme - OBarroco como estiloarquitetónicoexigiudinheiroque Portugalnãotinha,apósa
perda do nordeste do Brasil para os holandeses e a sua independência para a Espanha. A
economia não era sustentável, porque grande parte da riqueza nacional baseava-se no ouro e
nas pedrasvindasdoBrasil,comasquaisse compravatodososbensde consumoque nãoeram
produzidos no país.
Na continuaçãoda corrente absolutistavividajáno restoda Europa, D. PedroII depõe oirmão
D. Afonso VI, alegando-o incapaz de governar e de comandar o reino de Portugal.
Somente nosreinadosde D.JoãoV e D. José se verificouumimpulsoàsartes,alimentadaspelo
ouro e diamantes oriundos do Brasil.
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Sofia - No Norte de Portugal as construções barrocas são numerosas. Com mais população e
maioresrecursoseconómicos,oNorte,nomeadamente aszonasdoPortoe de Braga, assistiua
uma renovação arquitetónica, traduzida numa numerosa lista de igrejas, conventos e palácios
da aristocracia.A cidade do Porto (classificada comopatrimóniodahumanidade pelaUNESCO)
é a cidade do barroco. Destaca-se a obra do muitoprodutivoNicolauNasoni,arquitetoitaliano
radicado emPortugal, salientando-se aicónicaTorre dos Clérigos e o Paláciodo Freixo,que eu
recomendo a sua visita pelo brinde oriundo da paz que o Rio Douro confere à paisagem
circundante.
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Guilherme - EmPortugal,oBarrocoestápresentenaarquitetura, comoporexemplooConvento
de Mafra; naescultura,destacando-se oescultorAntónioPintoAraújo,entre outros; napintura,
com André Reinoso e Vieira Lusitano e, por fim no Azulejo!
O azulejo surge como decoração de grandes paredes parietais, preenchidos com panos
cenográficos,apresentando-secomorevestimentosdecorativos,retratandoformasnarrativas.
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Sofia - E em Ovar, temos presença deste período do Barroco? Note-se que é imensamente
reconhecido pelo seu azulejo, não de origem barroca!
Eis uma pista – VÁLEGA! Alguém sabe responder?

2. (resposta dos alunos)
Sim, a Igreja Paroquial de Válega!
Diana, vamos a Válega? Até já!
(Início do Filme)
Guilherme - Tal como podemosobservardovídeo da autoriade HélderAfonso,de arquitetura
religiosa barroca, a Igreja paroquial de planta longitudinal é composta por nave, capela-mor,
duas sacristias ao lado da capela-mor e torre sineira à esquerda da fachada principal.
Diana - A IgrejaParoquial deVálega,tambémreferidacomoIgrejade NossaSenhorado Amparo,
localiza-se na freguesia de Válega, concelho de Ovar. Em meados do século XVIII, a sua
implantação veio a localizar-se onde se encontra atualmente, tendo as obras tido o seu início
em 1756, tendo sido necessário quase um século para o seu término.
Sofia- A fachadaprincipal é compostaporpilastras,entablamentoe empenade cornija,ladeado
por duasjanelasdocoro;coro-altosobre abóbada,doispúlpitosopostos,doisarcosretabulares
nos flancos, datados do século XVIII, um arco triunfal e dois outros colaterais de pilastras,
decoradas com almofadas corridas, entablamento e frontão curvo e interrompido; tetos de
caixotões de madeira e um retábulo principal de madeira pintada. Destaca-se, ainda, a pia
batismal,empedra de Ançã,datada do iníciodo séculoXVI,uma pedracalcária muitomacia e
largamente usadaemPortugal enorestodaEuropaapartirdoséc.XV,sobretudoparatrabalhos
escultóricos.
Diana – Vamos voltar à sala para a nossa apresentação?
(Após o filme e antes da reentrada da Sofia e da Diana)
Guilherme - Finalmente, em 1975, teve lugar o revestimento dos alçados laterais e posterior
com azulejos da Fábrica Aleluia, desenhados pelo arquiteto Januário Godinho, facto este que
nãose pode confundircomoBarroco,vistoestar contextualizadanoséculoXX,sendo,contudo,
umadas razõespelasquaisestetemploé tãoelogiadotantononossopaíscomonoestrangeiro.
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Diana – A fachada da igreja de Válega torna-se particularmente bela quando é banhada pelos
raiosde sol,aopôr-do-sol,poisviradaparapoente exibeumaluminosidade incrível.Osazulejos
de múltiplas cores apresentam-se de uma forma distinta, como se estivéssemos diante de um
templo dourado, absolutamente memorável!…
Sofia - Este santuáriotambémtem uma históriapeculiar,poistendosidoconstruídono século
XVIII, foi necessário reconstruí-lo, pois ficou quase destruído na íntegra, por causa de um
incêndio.HojeosantuáriodedicadoaN.S.doAmparoé umdosespaçosmaisrequisitadospelos
visitantes. Outro atrativo desta Igreja é o sumptuoso retábulo em talha dourada e de traço
barroco aí presente.
Bibliografia:
GONÇALVES,A.N.,InventárioArtísticode Portugal,Distritode Aveiro,ZonaNorte,Lisboa,1981,
p. 194-195;
OLIVEIRA, Miguel de. Válega: memória histórica e descritiva. Ovar, 1981.