O documento descreve o projeto de construção de um bloco de morfologia na Universidade Federal da Paraíba, incluindo o memorial descritivo, programa de necessidades, estudos de viabilidade, anteprojeto, licitação e detalhamento dos elementos construtivos. A obra pública visa atender as necessidades de docentes, discentes e servidores técnicos com laboratórios, salas de aula e anfiteatro.
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITETURA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
BLOCO DE MORFOLOGIA - CCS
ProfessorUbiratan Henrique Pimentel de Oliveira
Equipe: Bruno Victor -
Gabriel Soares Ferreira - 11218280
João Pessoa/ PB
2014
2. 1) Construções de Edifícios II: Objetivos gerais da disciplina
O objetivo da disciplina é familiarizar o estudante com a prática construtiva em
edificações. Parte-se desde o acompanhamento na elaboração de projetos arquitetônico,
estrutural e de instalações complementares, seguindo para a execução destes projetos.
Inclui-se dentro deste contexto a elaboração de especificações, memoriais descritivos,
orçamentos, cronogramas físicos e financeiros , contratações e a administração da obra.
preparar o Engenheiro Civil para a elaboração de orçamentos.
2) Memorial descritivo do empreendimento. Construção do bloco de morfologia
A seguir são especificadas as etapas de concepção de projeto de uma obra pública
(‘’CONSTRUÇÃO DO BLOCO DE MORFOLOGIA’’, edificação construída no centro
de ciências da saúde CCS, da Universidade Federal da Paraíba), desde a fase preliminar
à licitação até a contratação da construtora que prestará os serviços técnicos de
execução.
2.1) Revisão da literatura
Por definição: Obra pública é considerada toda construção, reforma, fabricação,
recuperação ou ampliação de bem público. Ela pode ser realizada de forma direta,
quando a obra é feita pelo próprio órgão ou entidade da Administração, por seus
próprios meios, ou de forma indireta, quando a obra é contratada com terceiros por meio
de licitação.
2.2) Fase preliminar à licitação
Esta fase é de grande importância, pois permite identificar as necessidades, estimar os
recursos e escolher a melhor alternativa para atender o órgão público. Caso não seja
efetuada essa etapa, ou seja, não se tenha uma ideia da viabilidade do empreendimento,
poderá resultar em desperdício de dinheiro público.
Essa etapa divide-se em três partes: Programa de necessidades, estudos de viabilidade e
anteprojeto.
2.2.1 - Programa de necessidades
Consiste em fazer o levantamento das necessidades do órgão público, neste
levantamento é necessário que se conheça: para que se destina, futuros usuários,
dimensões, padrão de acabamento, equipamentos e mobiliários a serem usados. Deve-se
verificar também restrições legais e sociais relacionadas ao empreendimento, como
questões ambientais (supressão vegetal, poluição sonora), código de obras municipal.
Visando a necessidade de atender aos docentes, discentes e servidores técnicos da
UFPB, o diretor do centro de ciências da saúde requereu à prefeitura universitária a
construção de um novo bloco de morfologia, construído próximo aos já existentes, que
tivesse laboratórios, salas de aula e um anfiteatro.
3. 2.2.2 - Estudos de viabilidade
Escolha do empreendimento que atenda as necessidades do órgão, no que tange
questões técnicas, socioeconômicas e ambientais. Avaliar o custo/beneficio do
empreendimento, de forma que compatibilize os recursos disponíveis com as
necessidades do empreendimento em questão.
Na prefeitura universitária, especificamente na Divisão de Estudos e Projetos foi feita
uma análise de recursos disponíveis e aprovada a ideia do diretor do centro, passando
para etapa de projeto arquitetônico e projetos complementares.
2.2.3 - Anteprojeto
Consiste na representação técnica do empreendimento, como projeto de arquitetura
(plantas baixas, cortes e fachadas), estrutura, instalações, além do padrão de acabamento
e custo médio do empreendimento. Não é suficiente para licitar, visto que não possui
totais elementos necessários para caracterizar a obra, ele serve para ter uma ideia do
empreendimento, bem como facilitar a contratação do projeto básico.
Nessa etapa, a arquiteta responsável pelo projeto é Wilma Limeira de Castro, CAU
36718-4 desenvolveu o projeto arquitetônico, onde se buscou o maior afastamento
possível dos blocos vizinhos visando a menor interferência sobre os mesmos (conforme
figura 1). O projeto previu as fachadas com maiores aberturas voltadas para Norte e Sul,
possibilitando ventilação e iluminação mais adequadas.
Figura 1: Croqui do local.
A edificação será executada em dois pavimentos. No térreo ficarão os laboratórios de
anatomia, histologia e salas de aula. Enquanto no primeiro pavimento ficará o
anfiteatro, laboratório de embriologia, coordenação, além de duas salas de aula.
A área construída no térreo é de 644,0 m² e no primeiro pavimento 554,82 m²
totalizando uma área construída de 1.198,82 m².
4. 3) Descrição geral dos ambientes
A partir do programa de necessidades de cada Setor, os ambientes foram
dimensionados, conforme discriminação a seguir:
De uso comum:
1. Recepção (Térreo), rampa de acesso ao primeiro pavimento.
2. Sanitários feminino e masculino com previsão de Box adaptado para
cadeirantes;
Térreo
1. 2 (duas) salas de aula;
2. 2 (dois) laboratórios de histologia;
3. 1 (um) laboratório de anatomia;
1º Pavimento
1. Anfiteatro;
2. Coordenação;
3. 2 (duas) salas de aula;
4. 1 (um) laboratório de embriologia;
Condições Gerais da Edificação
Os dois pavimentos serão edificados em alvenaria de tijolo cerâmico com estrutura e
coberta em concreto e telha de fibrocimento.
Acessibilidade
A edificação possuirá acesso ao primeiro pavimento através da escada e também por
rampa em concreto, com declividade prevista em norma de acessibilidade NBR
9050/2004. Conta ainda com WCs adaptados para cadeirantes no térreo e primeiro
pavimento.
O detalhamento das esquadrias, pisos e revestimento como é foco da disciplina
CONSTRUÇÕES DE EDIFICÍOS I não é tratado nesse texto, no entanto encontra-se
em anexo.
4) Fase interna da licitação
Definido o empreendimento e seu anteprojeto, passou-se para etapa interna da licitação,
com elaboração do projeto básico, visando atender os requisitos técnicos, econômicas e
ambientais e feitas a preparação do edital de licitação.
5. Nesta etapa foi detalhado o objeto a ser construído, onde também são definidos os
requisitos para o recebimento de propostas dos interessados em contratar (Construtoras)
de modo á permitir o máximo número de concorrentes, visando obter a melhor proposta.
No edital de licitação tinha como anexo as especificações técnicas dos materiais,
equipamentos e serviços a serem utilizados na obra.
5) Fase externa da licitação
Publicado o edital de licitação e também definida a comissão de licitação, é feita a
avaliação das propostas recebidas e definida a construtora responsável pela construção
do empreendimento. O processo de licitação para a construção do empreendimento está
no Processo/UFPB/Nº 23074.030198/2013-86, Concorrência Pública UFPB/PU Nº
004/2013 - Lote 01, Sub-Lote 01.
A construtora que ganhou a licitação foi a SOCONSTROI COMÉRCIO E
CONSTRUCOES LTDA, sediada à Av. João Machado Nº 964, Empresarial E Jasen
Loja 04, Jaguaribe, João Pessoa, sendo o contratante a UNIVERSIDADE FEDERAL
DA PARAÍBA (UFPB), representada pela reitora Margareth Formiga Diniz.
6) Construtora fictícia
Para fins didáticos, uma construtora fictícia será criada para uso em sala. A construtora
fictícia se chama SC Construções, tendo como sócios os alunos Bruno Victor e Gabriel
Soares.
6.1 Perfil da empresa
A SC Construções SA, fundada em 2012, se firmou no mercado da construção civil no
País pela qualidade dos serviços e cumprimento dos prazos e compromissos assumidos
com seus clientes. O seu portfólio de obras inclui obras de natureza pública e privada.
Emprega atualmente 320 (trezentos e vinte) colaboradores, sendo classificada como
empresa de médio porte segundo a CBIC (apud JÚNIOR, 2008, p. 19).
Seu diferencial está na capacidade de trabalhar em conjunto com terceiros no mesmo
canteiro de obras, fruto oriundo do espírito participativo da companhia. Sua gestão
preza pela sustentabilidade em todas as obras que executa e pela humanização de suas
obras, através da qualificação e capacitação continuada de todos os seus colaboradores.
Esta gestão eficiente se comprova através da qualidade de suas obras e dos prêmios e
certificações conquistados ao longo dos anos.
6. Referências bibliográficas
JÚNIOR, Antonio Carlos Cardoso Lobo. Segurança do Trabalho: Perfil das Empresas
de Médio Porte da Construção Civil de Feira de Santana. Trabalho de Conclusão de
Curso. UEFS, Feira de Santana, 2003. Disponível em: <
http://civil.uefs.br/DOCUMENTOS/ANTONIO%20CARLOS%20CARDOSO%20LO
BO%20JUNIOR.pdf>. Acesso em: 29/09/2014
Obras públicas (Recomendações básicas para a contratação e fiscalização de obras de
edificações públicas) do Tribunal de Contas da União, 3ª edição.
Apostila da disciplina CONSTRUÇÕES DE EDIFICIOS TECNOLOGIA II da
Universidade Federal de Juiz de Fora.
7. Anexo I
DETALHAMENTO DOS DEMAIS ELEMENTOS
Revestimentos
O revestimento externo deverá ser executado em cerâmica para maior facilidade de
manutenção.
Internamente teremos paredes rebocadas e pintadas nas salas de aula e setores
administrativos e revestidas com cerâmica nos banheiros, laboratórios e copas.
Pisos
O piso predominante será o granilite, com exceção das áreas molhadas (banheiros e
copas) que terão o piso em cerâmica esmaltada PEI 04 ou superior.
Esquadrias
Janelas
As janelas serão em alumínio anodizado cor bronze, com abertura corrediça e
fechamento com vidro fumê, conforme detalhe em planta.
Portas
Para os laboratórios, salas de aula e anfiteatro foram previstas portas do tipo semi-
oca com visor em vidro transparente e revestimento em laminado melamínico na cor
branca (ver indicação e dimensionamento em planta).
Para os ambientes administrativos deverão ser usadas portas semi-ocas com pintura
em esmalte sintético na cor branca.
A porta de entrada principal deverá ser em vidro temperado, 10mm, com bandeira,
conforme planta.