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Canteiro de Obras
Governador
Vice Governador
Secretário Executivo
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Cid Ferreira Gomes
Francisco José Pinheiro
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Carvalho Holanda
Secretária da Educação
Secretário Adjunto
Coordenadora de Desenvolvimento da Escola
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Maurício Holanda Maia
Maria da Conceição Ávila de Misquita Vinãs
Thereza Maria de Castro Paes Barreto
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CANTEIRO DE OBRAS
SUMÁRIO
Introdução............................................................................................................ 02
TEXTO DE APOIO: “ O Canteiro de Obras” ........................................................ 03
Implantação do Canteiro de Obras – C.O............................................................ 04
Importância da Organização do C.O.................................................................... 08
Fatores condicionantes e fases de implantação do C.O...................................... 09
Fase inicial do C.O............................................................................................... 10
Fase intermediária do C.O................................................................................... 11
Fase final do C.O................................................................................................. 13
Arranjo físico do C.O............................................................................................ 14
Elementos do C.O................................................................................................ 15
11 Dicas para reflexão ao projetar um C.O.......................................................... 23
Bibliografia ........................................................................................................... 26
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2
INTRODUÇÃO:
Segundo o subíten 18.3, da NR – 18, são
obrigatórios a elaboração e o cumprimento do
PCMAT – Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção, nos estabelecimentos com 20
trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos
constantes da Norma e outros dispositivos
complementares de segurança.
O PCMAT deve ser mantido no
estabelecimento, à disposição do Órgão Regional
do Ministério do Trabalho – MTb.
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3
O CANTEIRO DE OBRAS
A organização do canteiro de obra é fundamental para evitar desperdícios de tempo, perdas de materiais e mesmo
defeitos de execução e falta de qualidade final dos serviços realizados. Apesar de existência da NR (Norma
Regulamentadora) 18, elaborada em conjunto por construtoras, trabalhadores e governo, estabelecer diretrizes e
exigências diversas, essas regras ainda são pouco adotadas. As principais etapas são:
PLANEJAMENTO DO CANTEIRO
Com a planta do terreno em mãos, demarca-se o local de implantação da casa. Com a ajuda do arquiteto e
construtor, define-se onde devem ficar o barracão de alojamento e o depósito de materiais e ferramentas. Observar a
melhor posição também para a chegada de caminhões, lembrando que o descarregamento de materiais pode ser feito
por suas laterais ou por basculamento de caçamba. Para os materiais a granel, como areia e pedra, é preciso
determinar um local (baia) que não atrapalhe o desenvolvimento do trabalho, mas que seja de fácil acesso e evite
desperdícios.
ÁGUA À DISPOSIÇÃO
O uso da água é intensivo para preparar materiais no canteiro. Ela serve também para a higiene dos trabalhadores
e deve estar disponível em abundância. Se a obra não contar com rede pública de abastecimento, que exigirá a
instalação de um cavalete de entrada com registro, é preciso providenciar um poço, prevendo-se uma bomba ou
somente um sarrilho para retirar a água. Lembrar ainda que o uso sanitário da água gera esgotos. Se não houver
coleta de rede pública, será necessária uma fossa.
PREPARAÇÃO DA EXECUÇÃO
Quanto mais planejado, melhor será o desempenho dos serviços. Por isso, é importante definir com os construtores
as estratégias para realizar os trabalhos no canteiro: se serão usadas ferramentas próprias ou se elas estão incluídas
nos custos de execução; se haverá necessidade de alugar escoramentos ou comprar madeira para andaimes; se os
trabalhadores precisarão de equipamentos de proteção individual obrigatórios por lei, além de várias outras
providências.
ESPAÇOS ADEQUADOS E SEGUROS
Uma obra pode demorar mais de seis meses até ser capaz de abrigar dentro dela os alojamentos dos
trabalhadores. Durante o período de construção, as únicas instalações fechadas serão a do barracão, geralmente
construído de madeira. Ele deverá ter três divisões internas, sendo uma para alojamento de trabalhadores (alguns
condomínios fechados não permitem que funcionários da obra durmam no local), outra para as instalações sanitárias e
mais uma para guardar materiais e ferramentas. Não esquecer de deixar um espaço para guardar ferramentas de
terceiros, pois, no caso de sumirem, o encargo da reposição é do proprietário da obra.
TRANSPORTE INTERNO
É preciso pensar no fluxo de materiais pela obra, prevendo os trajetos feitos pelos carrinhos de mão e giricas
(espécie de carrinho que carrega mais material); quais os serviços que poderão causar conflitos quando excutados
simultaneamente; e se o estoque de materiais de acabamento não será afetado pelo tráfego de pessoas e materiais.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
É necessário esquecer as gambiarras e os fios elétricos pendurados no ambiente de trabalho, nada seguros. Não
custa exigir cuidado nesse tipo de instalação, desde a entrada de energia no terreno até a sua distribuição e
iluminação das frentes de trabalho. Deve-se procurar saber se existem equipamentos que exigem instalações elétricas
mais sofisticadas.
TAPUMES
Algumas prefeituras e condomínios exigem que as obras sejam cercadas por tapumes, uma providência
necessária, sobretudo se houver crianças perto da construção, e que sempre representa uma medida de prevenção
contra roubos e depredações. Não se deve esquecer de considerar essa hipótese na discussão preliminar com seu
construtor, incluindo os custos na planilha para não ser surpreendido com gastos extras.
Fonte: Revista Arquitetura & Construção - set/95.
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4
IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS
Um projeto eficiente deve prever logística,
regulamentações obrigatórias e proporcionar acessibilidade
Projeto
O planejamento do canteiro começa paralelamente ao projeto de arquitetura, para
assegurar que os trechos de periferia possam ser eficientemente utilizados em todas as
fases da obra. O plano deve prever um ótimo dimensionamento de produção e
flexibilidade para realocações.
Layout e proposição
Em cada fase da obra, o espaço físico deve
incentivar a produtividade e deixar o material
próximo da equipe da área de execução. O
layout pode ser útil tanto para balizar a
implementação do canteiro quanto para discutir o
próprio andamento da construção.
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5
Sistemas de transporte
Elevadores e gruas devem ocupar
espaço específico que atendam todo o
canteiro. O ideal é que estejam próximos de
portões de entrada para facilitar o acesso aos
demais andares do empreendimento. É
importante também analisar a melhor solução
para equipamentos de menor expressão,
como carrinhos de mão.
Cronograma de obra
Como cada fase possui suas particularidades, os
engenheiros de obra e de planejamento de
canteiro definem com mestres e equipe detalhes
como áreas de estoque e meios de transporte para
evitar grandes deslocamentos de materiais. É
importante calcular as áreas de estocagem,
processamento e vivência que serão necessários
ao longo da obra.
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6
Área de vivência
Refeitórios e vestiários geralmente são instalados no recuo do terreno, mas essa
posição pode eventualmente ser mudada de acordo com as entregas e fases da obra. O
ambiente deve ser limpo e propor integração entre a equipe. Além disso, as áreas de
vivência devem obedecer às prescrições da NR-18, a norma regulamentadora de
segurança e saúde no trabalho.
Estoque e áreas de produção
Entre as áreas de produção, o projeto deve
prever espaço para estoque e locais para
armazenagem de materiais de uso imediato.
Normalmente os de menor volume e de valor
unitário não desprezível devem estar em
almoxarifado.
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7
Acessos e segurança
Durante a fase de projetos e planejamento, deve ser previsto o acesso ao prédio para
conferir solicitação de rebaixamento de guia junto à prefeitura. Alguns fatores como a
largura da rua devem ser verificados para facilitar o recebimento de material. Quanto
mais acessos, maior a chance de se ter uma ocupação mais adequada das áreas
disponíveis. No entanto, é preciso ter cuidado para não comprometer a segurança ou
criar estoques distantes da produção.
Estande de vendas
Definido pelos engenheiros de obra e de
planejamento de canteiro, juntamente com a
equipe de marketing da imobiliária, o espaço
será dimensionado com o intuito de garantir
que o acesso do cliente à obra para visitação
seja feito de forma rápida e segura e também
para que não prejudique a entrada e saída de
materiais.
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8
De acordo com os estudos dos professores Francisco Cardoso, Mércia Barros e
Ubiraci Sousa, do Depto. De Engenharia e Construção Civil da Escola Politécnica da
USP e em conformidade com a NR – 18, como vimos anteriormente, podemos definir o
CANTEIRO DE OBRAS, como sendo a área de trabalho fixa e temporária, onde se
desenvolvem operações de apoio e execução de uma determinada obra.
Conforme preceitua a NBR – 12264 (áreas de vivência em canteiros de obras –
ABNT, 1999), CANTEIRO DE OBRAS, é o conjunto de áreas destinadas à execução e
apoio dos trabalho da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e
áreas de vivência.
IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS
“ É a FÁBRICA que produz a edificação “
PENSAR
NA
SEGURANÇA
MINIMIZAR INTERFERÊNCIAS (LAYOUT)
IMPLEMENTAR MEDIDAS DE CONTROLE E
SISTEMAS PREVENTIVOS DE SEGURANÇA
MATERIAIS
MÃO-DE-OBRA
EQUIPAMENTOS
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CANTEIRO DE OBRAS
X
INSTALAÇÃO FABRIL
 Instalação fabri dinâmica;
 Diferentes atividades ao longo do tempo;
 O produto permanece e a “fábrica” sai.
FATORES CONDICIONANTES DA ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO
 Processos e métodos construtivos empregados.
Exemplo: Pré-fabricação (possibilidade de pré-fabricação de componentes no
local da obra – necessidade de áreas para estoque de materiais.
 Características dos Materiais (a granel, ensacados, enfardados, etc.)
 Prazo de execução (freqüência e volume de materiais fornecidos,
necessidade de recursos humanos e materiais)
FASES DO CANTEIRO DE OBRAS
O Canteiro de Obras vai sendo modificado ao longo da execução da obra em
função:
1. Dos materiais presentes;
2. Dos serviços a serem executados;
3. Dos equipamentos disponíveis;
4. Da mão-de-obra alocada nos serviços.
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INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
ÁGUA ESGOTO
HIGIENE E LIMPEZA
MATÉRIA PRIMA
EXISTÊNCIA REDE PÚBLICA
(quantidade e qualidade)
INEXISTÊNCIA REDE PÚBLICA
(perfurar poços ou comprar)
PROVIDENCIAR ARMAZENAMENTO
APÓS A OBRA PRONTA
(necessidade crítica de rede de esgoto)
DURANTE A OBRA
(construção de fossas sépticas e sumidouros)
OBS: existindo construção no local da obra,
as instalações ficam facilitadas
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11
Ainda na Fase Inicial do canteiro de obras, são executadas as operações de
MOVIMENTO DE TERRA (corte ou aterro), dependendo da topografia do terreno,
CONTENÇÕES (colocação ou construção de taludes ou barreiras para evitar
desmoronamentos) e as FUNDAÇÕES (construção dos radier, sapatas e pilares),
conforme o projeto da obra.
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12
Concluída a Fase Inicial, damos início a Fase Intermediária,
onde observamos um grande volume de produção e a “obra começa a aparecer”
com as etapas de: estrutura, alvenaria e instalações.
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13
Nas ilustrações acima podemos notar a colocação de escoras durante a fase de
concretagem das Lages a te à cura do concreto, o aparecimento das alvenarias de
elevação e preenchimento, e o estoque de componentes
necessários ao andamento dos serviços da construção.
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14
Na Fase Final da obra, também observamos uma grande diversidade de serviços
entre os quais podemos destacar: os revestimentos externos e internos e o acabamento.
ARRANJO FÍSICO DO CANTEIRO
OBJETIVOS:
1. Organização e limpeza da “fábrica”;
2. Otimizar o fluxo de materiais e pessoas;
3. Evitar interferências com a vizinhança e com a própria obra;
4. Buscar a segurança pessoal, coletiva e patrimonial (identificar e corrigir
pontos de risco, prever equipamento de proteção coletiva – EPC e
individual - EPI);
5. Manter as condições de higiene
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15
a) LIGADOS À PRODUÇÃO
• Central de concreto
• Central de argamassa
• Central de preparo de armaduras
• Central de produção de fôrmas
• Oficina de montagem de instalações e esquadrias
• Central de pré-moldados
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16
b) APOIO À PRODUÇÃO
• ESTOQUES
Materiais perecíveis e não perecíveis
As áreas destinadas ao estoque de materiais variam em área e forma de construção,
dependendo das quantidades, propriedades, valor,
forma e natureza dos materiais estocados
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17
c) SISTEMAS DE TRANSPORTE
d) APOIO ADMINISTRATIVO
• Escritório Técnico e administrativo
• Recepção da obra e controle de ponto dos empregados
• Alojamento dos operários
• Cozinha e refeitório
• Ambulatório
• Sala de treinamento/alfabetização
• Área de lazer
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e) OUTROS ELEMENTOS
• Laboratório de ensaios
• Entrada de água, luz e coleta de esgotos
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• Portões e estacionamento
• Stand de vendas
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23
Como já vimos, o Canteiro de obras é o conjunto de
áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção,
dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência .(NBR - 12284)
Portanto é o local em que se dá a produção das obras de construção e,
como tal, exige análise prévia e criteriosa de sua implantação,
à luz dos conceitos de qualidade, produtividade e segurança.
Seguem 11 dicas para sua reflexão ao projetar o canteiro de obras:
O canteiro é o cartão de visitas de toda obra, portanto vale a pena projetá-lo
em conformidade com a imagem de sua empresa.
O canteiro é a praça de relacionamento de sua empresa com a vizinhança da obra,
clientes, fornecedores e funcionários.
Projete as edificações sempre em conformidade com as normas, visando
estabilidade estrutural, conforto ambiental e segurança.
Implante o canteiro em local que permaneça o maior tempo possível,
pois desmobilizações durante a obra causam muito transtorno.
Encontre um local que não interfira com as movimentações horizontais e verticais
de material e pessoal, e que ao mesmo tempo lhe assegure controle da obra e
facilidade de acesso para funcionários e visitantes.
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24
Sempre que possível leve em consideração a insolação e ventilação
para contribuir com o conforto dos usuários.
Ao planejar as edificações de apoio, estabeleça um programa de necessidades,
com definições claras de tamanhos de salas, localização e fluxos. Se possível,
projete o mobiliário para evitar falta ou excesso de espaço.
Ao planejar as instalações sanitárias, considere 01 chuveiro para cada grupo de 10
trabalhadores e um conjunto de lavatório, vaso sanitário e mictório
para cada grupo de 20 trabalhadores.
Os alojamentos devem ter pé-direito de:
- 2,50m para cama simples;
- 3,00m para beliches.
É proibido instalá-los em subsolos ou porões.
No refeitório,
calcule aproximadamente 1,00m2/trabalhador para o local de refeições.
O refeitório não pode estar situado em subsolos ou porões,
nem ter comunicação direta com as instalações sanitárias.
O pé-direito mínimo é de 2,80m,
ou conforme o código de obras do município da obra.
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25
Sempre que houver trabalhadores alojados,
as áreas de vivência deverão dispor de alojamentos,
lavanderia e área de lazer.
Toda obra com 50 ou mais trabalhadores alojados deverá ter um ambulatório.
Caro aluno, tudo o que vimos aqui são apenas orientações básicas que devem
ser complementadas com muito bom senso, organização e boa vontade, além da natural
experiência adquirida no dia-a-dia com os colegas de trabalho.
Portanto, “pense e realize, aprende-se a fazer, fazendo”. Mãos à obra.
Boa Sorte!
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26
BIBLIOGRAFIA
COSTA, Maria Lívia da Silva. 5 S no canteiro: São Paulo: CTE – Produtos e Difusão:
SENAI, 1999. 95p
PAGANI, Júnior Dorival. Canteiro de Obras: implantação e intervenção: Londrina,
PR: Eduel, 1999. 91p
SOUZA, Ubiraci E. Lemes de: Projeto e implantação do canteiro: São Paulo: CTE –
Produtos e Difusão: O Nome da Rosa, 2000. 96p
VARALLA, Ruy. Planejamento e controle de obras: São Paulo: CTE – Produtos e
Difusão: O Nome da Rosa, 2003. 118p
Hino do Estado do Ceará
Poesia de Thomaz Lopes
Música de Alberto Nepomuceno
Terra do sol, do amor, terra da luz!
Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
Nome que brilha esplêndido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Chuvas de prata rolem das estrelas...
E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Rubros o sangue ardente dos escravos.
Seja teu verbo a voz do coração,
Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Peito que deu alívio a quem sofria
E foi o sol iluminando o dia!
Tua jangada afoita enfune o pano!
Vento feliz conduza a vela ousada!
Que importa que no seu barco seja um nada
Na vastidão do oceano,
Se à proa vão heróis e marinheiros
E vão no peito corações guerreiros?
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em meses, nos estios
E bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras e florestas
Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E desfraldado diga aos céus e aos mares
A vitória imortal!
Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida no teu seio mais amores.
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!
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EEEP Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações Canteiro de Obras

  • 1. Escola Estadual de Educação Profissional - EEEP Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Edificações Canteiro de Obras
  • 2.
  • 3. Governador Vice Governador Secretário Executivo Assessora Institucional do Gabinete da Seduc Cid Ferreira Gomes Francisco José Pinheiro Antônio Idilvan de Lima Alencar Cristiane Carvalho Holanda Secretária da Educação Secretário Adjunto Coordenadora de Desenvolvimento da Escola Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Maurício Holanda Maia Maria da Conceição Ávila de Misquita Vinãs Thereza Maria de Castro Paes Barreto
  • 4.
  • 5. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS SUMÁRIO Introdução............................................................................................................ 02 TEXTO DE APOIO: “ O Canteiro de Obras” ........................................................ 03 Implantação do Canteiro de Obras – C.O............................................................ 04 Importância da Organização do C.O.................................................................... 08 Fatores condicionantes e fases de implantação do C.O...................................... 09 Fase inicial do C.O............................................................................................... 10 Fase intermediária do C.O................................................................................... 11 Fase final do C.O................................................................................................. 13 Arranjo físico do C.O............................................................................................ 14 Elementos do C.O................................................................................................ 15 11 Dicas para reflexão ao projetar um C.O.......................................................... 23 Bibliografia ........................................................................................................... 26
  • 6. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 2 INTRODUÇÃO: Segundo o subíten 18.3, da NR – 18, são obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, nos estabelecimentos com 20 trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos constantes da Norma e outros dispositivos complementares de segurança. O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento, à disposição do Órgão Regional do Ministério do Trabalho – MTb.
  • 7. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 3 O CANTEIRO DE OBRAS A organização do canteiro de obra é fundamental para evitar desperdícios de tempo, perdas de materiais e mesmo defeitos de execução e falta de qualidade final dos serviços realizados. Apesar de existência da NR (Norma Regulamentadora) 18, elaborada em conjunto por construtoras, trabalhadores e governo, estabelecer diretrizes e exigências diversas, essas regras ainda são pouco adotadas. As principais etapas são: PLANEJAMENTO DO CANTEIRO Com a planta do terreno em mãos, demarca-se o local de implantação da casa. Com a ajuda do arquiteto e construtor, define-se onde devem ficar o barracão de alojamento e o depósito de materiais e ferramentas. Observar a melhor posição também para a chegada de caminhões, lembrando que o descarregamento de materiais pode ser feito por suas laterais ou por basculamento de caçamba. Para os materiais a granel, como areia e pedra, é preciso determinar um local (baia) que não atrapalhe o desenvolvimento do trabalho, mas que seja de fácil acesso e evite desperdícios. ÁGUA À DISPOSIÇÃO O uso da água é intensivo para preparar materiais no canteiro. Ela serve também para a higiene dos trabalhadores e deve estar disponível em abundância. Se a obra não contar com rede pública de abastecimento, que exigirá a instalação de um cavalete de entrada com registro, é preciso providenciar um poço, prevendo-se uma bomba ou somente um sarrilho para retirar a água. Lembrar ainda que o uso sanitário da água gera esgotos. Se não houver coleta de rede pública, será necessária uma fossa. PREPARAÇÃO DA EXECUÇÃO Quanto mais planejado, melhor será o desempenho dos serviços. Por isso, é importante definir com os construtores as estratégias para realizar os trabalhos no canteiro: se serão usadas ferramentas próprias ou se elas estão incluídas nos custos de execução; se haverá necessidade de alugar escoramentos ou comprar madeira para andaimes; se os trabalhadores precisarão de equipamentos de proteção individual obrigatórios por lei, além de várias outras providências. ESPAÇOS ADEQUADOS E SEGUROS Uma obra pode demorar mais de seis meses até ser capaz de abrigar dentro dela os alojamentos dos trabalhadores. Durante o período de construção, as únicas instalações fechadas serão a do barracão, geralmente construído de madeira. Ele deverá ter três divisões internas, sendo uma para alojamento de trabalhadores (alguns condomínios fechados não permitem que funcionários da obra durmam no local), outra para as instalações sanitárias e mais uma para guardar materiais e ferramentas. Não esquecer de deixar um espaço para guardar ferramentas de terceiros, pois, no caso de sumirem, o encargo da reposição é do proprietário da obra. TRANSPORTE INTERNO É preciso pensar no fluxo de materiais pela obra, prevendo os trajetos feitos pelos carrinhos de mão e giricas (espécie de carrinho que carrega mais material); quais os serviços que poderão causar conflitos quando excutados simultaneamente; e se o estoque de materiais de acabamento não será afetado pelo tráfego de pessoas e materiais. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS É necessário esquecer as gambiarras e os fios elétricos pendurados no ambiente de trabalho, nada seguros. Não custa exigir cuidado nesse tipo de instalação, desde a entrada de energia no terreno até a sua distribuição e iluminação das frentes de trabalho. Deve-se procurar saber se existem equipamentos que exigem instalações elétricas mais sofisticadas. TAPUMES Algumas prefeituras e condomínios exigem que as obras sejam cercadas por tapumes, uma providência necessária, sobretudo se houver crianças perto da construção, e que sempre representa uma medida de prevenção contra roubos e depredações. Não se deve esquecer de considerar essa hipótese na discussão preliminar com seu construtor, incluindo os custos na planilha para não ser surpreendido com gastos extras. Fonte: Revista Arquitetura & Construção - set/95.
  • 8. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 4 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS Um projeto eficiente deve prever logística, regulamentações obrigatórias e proporcionar acessibilidade Projeto O planejamento do canteiro começa paralelamente ao projeto de arquitetura, para assegurar que os trechos de periferia possam ser eficientemente utilizados em todas as fases da obra. O plano deve prever um ótimo dimensionamento de produção e flexibilidade para realocações. Layout e proposição Em cada fase da obra, o espaço físico deve incentivar a produtividade e deixar o material próximo da equipe da área de execução. O layout pode ser útil tanto para balizar a implementação do canteiro quanto para discutir o próprio andamento da construção.
  • 9. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 5 Sistemas de transporte Elevadores e gruas devem ocupar espaço específico que atendam todo o canteiro. O ideal é que estejam próximos de portões de entrada para facilitar o acesso aos demais andares do empreendimento. É importante também analisar a melhor solução para equipamentos de menor expressão, como carrinhos de mão. Cronograma de obra Como cada fase possui suas particularidades, os engenheiros de obra e de planejamento de canteiro definem com mestres e equipe detalhes como áreas de estoque e meios de transporte para evitar grandes deslocamentos de materiais. É importante calcular as áreas de estocagem, processamento e vivência que serão necessários ao longo da obra.
  • 10. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 6 Área de vivência Refeitórios e vestiários geralmente são instalados no recuo do terreno, mas essa posição pode eventualmente ser mudada de acordo com as entregas e fases da obra. O ambiente deve ser limpo e propor integração entre a equipe. Além disso, as áreas de vivência devem obedecer às prescrições da NR-18, a norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho. Estoque e áreas de produção Entre as áreas de produção, o projeto deve prever espaço para estoque e locais para armazenagem de materiais de uso imediato. Normalmente os de menor volume e de valor unitário não desprezível devem estar em almoxarifado.
  • 11. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 7 Acessos e segurança Durante a fase de projetos e planejamento, deve ser previsto o acesso ao prédio para conferir solicitação de rebaixamento de guia junto à prefeitura. Alguns fatores como a largura da rua devem ser verificados para facilitar o recebimento de material. Quanto mais acessos, maior a chance de se ter uma ocupação mais adequada das áreas disponíveis. No entanto, é preciso ter cuidado para não comprometer a segurança ou criar estoques distantes da produção. Estande de vendas Definido pelos engenheiros de obra e de planejamento de canteiro, juntamente com a equipe de marketing da imobiliária, o espaço será dimensionado com o intuito de garantir que o acesso do cliente à obra para visitação seja feito de forma rápida e segura e também para que não prejudique a entrada e saída de materiais.
  • 12. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 8 De acordo com os estudos dos professores Francisco Cardoso, Mércia Barros e Ubiraci Sousa, do Depto. De Engenharia e Construção Civil da Escola Politécnica da USP e em conformidade com a NR – 18, como vimos anteriormente, podemos definir o CANTEIRO DE OBRAS, como sendo a área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma determinada obra. Conforme preceitua a NBR – 12264 (áreas de vivência em canteiros de obras – ABNT, 1999), CANTEIRO DE OBRAS, é o conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalho da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência. IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS “ É a FÁBRICA que produz a edificação “ PENSAR NA SEGURANÇA MINIMIZAR INTERFERÊNCIAS (LAYOUT) IMPLEMENTAR MEDIDAS DE CONTROLE E SISTEMAS PREVENTIVOS DE SEGURANÇA MATERIAIS MÃO-DE-OBRA EQUIPAMENTOS
  • 13. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 9 CANTEIRO DE OBRAS X INSTALAÇÃO FABRIL Instalação fabri dinâmica; Diferentes atividades ao longo do tempo; O produto permanece e a “fábrica” sai. FATORES CONDICIONANTES DA ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO Processos e métodos construtivos empregados. Exemplo: Pré-fabricação (possibilidade de pré-fabricação de componentes no local da obra – necessidade de áreas para estoque de materiais. Características dos Materiais (a granel, ensacados, enfardados, etc.) Prazo de execução (freqüência e volume de materiais fornecidos, necessidade de recursos humanos e materiais) FASES DO CANTEIRO DE OBRAS O Canteiro de Obras vai sendo modificado ao longo da execução da obra em função: 1. Dos materiais presentes; 2. Dos serviços a serem executados; 3. Dos equipamentos disponíveis; 4. Da mão-de-obra alocada nos serviços.
  • 14. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 10 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS ÁGUA ESGOTO HIGIENE E LIMPEZA MATÉRIA PRIMA EXISTÊNCIA REDE PÚBLICA (quantidade e qualidade) INEXISTÊNCIA REDE PÚBLICA (perfurar poços ou comprar) PROVIDENCIAR ARMAZENAMENTO APÓS A OBRA PRONTA (necessidade crítica de rede de esgoto) DURANTE A OBRA (construção de fossas sépticas e sumidouros) OBS: existindo construção no local da obra, as instalações ficam facilitadas
  • 15. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 11 Ainda na Fase Inicial do canteiro de obras, são executadas as operações de MOVIMENTO DE TERRA (corte ou aterro), dependendo da topografia do terreno, CONTENÇÕES (colocação ou construção de taludes ou barreiras para evitar desmoronamentos) e as FUNDAÇÕES (construção dos radier, sapatas e pilares), conforme o projeto da obra.
  • 16. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 12 Concluída a Fase Inicial, damos início a Fase Intermediária, onde observamos um grande volume de produção e a “obra começa a aparecer” com as etapas de: estrutura, alvenaria e instalações.
  • 17. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 13 Nas ilustrações acima podemos notar a colocação de escoras durante a fase de concretagem das Lages a te à cura do concreto, o aparecimento das alvenarias de elevação e preenchimento, e o estoque de componentes necessários ao andamento dos serviços da construção.
  • 18. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 14 Na Fase Final da obra, também observamos uma grande diversidade de serviços entre os quais podemos destacar: os revestimentos externos e internos e o acabamento. ARRANJO FÍSICO DO CANTEIRO OBJETIVOS: 1. Organização e limpeza da “fábrica”; 2. Otimizar o fluxo de materiais e pessoas; 3. Evitar interferências com a vizinhança e com a própria obra; 4. Buscar a segurança pessoal, coletiva e patrimonial (identificar e corrigir pontos de risco, prever equipamento de proteção coletiva – EPC e individual - EPI); 5. Manter as condições de higiene
  • 19. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 15 a) LIGADOS À PRODUÇÃO • Central de concreto • Central de argamassa • Central de preparo de armaduras • Central de produção de fôrmas • Oficina de montagem de instalações e esquadrias • Central de pré-moldados
  • 20. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 16 b) APOIO À PRODUÇÃO • ESTOQUES Materiais perecíveis e não perecíveis As áreas destinadas ao estoque de materiais variam em área e forma de construção, dependendo das quantidades, propriedades, valor, forma e natureza dos materiais estocados
  • 21. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 17 c) SISTEMAS DE TRANSPORTE d) APOIO ADMINISTRATIVO • Escritório Técnico e administrativo • Recepção da obra e controle de ponto dos empregados • Alojamento dos operários • Cozinha e refeitório • Ambulatório • Sala de treinamento/alfabetização • Área de lazer
  • 22. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 18
  • 23. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 19
  • 24. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 20
  • 25. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 21 e) OUTROS ELEMENTOS • Laboratório de ensaios • Entrada de água, luz e coleta de esgotos
  • 26. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 22 • Portões e estacionamento • Stand de vendas
  • 27. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 23 Como já vimos, o Canteiro de obras é o conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência .(NBR - 12284) Portanto é o local em que se dá a produção das obras de construção e, como tal, exige análise prévia e criteriosa de sua implantação, à luz dos conceitos de qualidade, produtividade e segurança. Seguem 11 dicas para sua reflexão ao projetar o canteiro de obras: O canteiro é o cartão de visitas de toda obra, portanto vale a pena projetá-lo em conformidade com a imagem de sua empresa. O canteiro é a praça de relacionamento de sua empresa com a vizinhança da obra, clientes, fornecedores e funcionários. Projete as edificações sempre em conformidade com as normas, visando estabilidade estrutural, conforto ambiental e segurança. Implante o canteiro em local que permaneça o maior tempo possível, pois desmobilizações durante a obra causam muito transtorno. Encontre um local que não interfira com as movimentações horizontais e verticais de material e pessoal, e que ao mesmo tempo lhe assegure controle da obra e facilidade de acesso para funcionários e visitantes.
  • 28. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 24 Sempre que possível leve em consideração a insolação e ventilação para contribuir com o conforto dos usuários. Ao planejar as edificações de apoio, estabeleça um programa de necessidades, com definições claras de tamanhos de salas, localização e fluxos. Se possível, projete o mobiliário para evitar falta ou excesso de espaço. Ao planejar as instalações sanitárias, considere 01 chuveiro para cada grupo de 10 trabalhadores e um conjunto de lavatório, vaso sanitário e mictório para cada grupo de 20 trabalhadores. Os alojamentos devem ter pé-direito de: - 2,50m para cama simples; - 3,00m para beliches. É proibido instalá-los em subsolos ou porões. No refeitório, calcule aproximadamente 1,00m2/trabalhador para o local de refeições. O refeitório não pode estar situado em subsolos ou porões, nem ter comunicação direta com as instalações sanitárias. O pé-direito mínimo é de 2,80m, ou conforme o código de obras do município da obra.
  • 29. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 25 Sempre que houver trabalhadores alojados, as áreas de vivência deverão dispor de alojamentos, lavanderia e área de lazer. Toda obra com 50 ou mais trabalhadores alojados deverá ter um ambulatório. Caro aluno, tudo o que vimos aqui são apenas orientações básicas que devem ser complementadas com muito bom senso, organização e boa vontade, além da natural experiência adquirida no dia-a-dia com os colegas de trabalho. Portanto, “pense e realize, aprende-se a fazer, fazendo”. Mãos à obra. Boa Sorte!
  • 30. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Edificações CANTEIRO DE OBRAS 26 BIBLIOGRAFIA COSTA, Maria Lívia da Silva. 5 S no canteiro: São Paulo: CTE – Produtos e Difusão: SENAI, 1999. 95p PAGANI, Júnior Dorival. Canteiro de Obras: implantação e intervenção: Londrina, PR: Eduel, 1999. 91p SOUZA, Ubiraci E. Lemes de: Projeto e implantação do canteiro: São Paulo: CTE – Produtos e Difusão: O Nome da Rosa, 2000. 96p VARALLA, Ruy. Planejamento e controle de obras: São Paulo: CTE – Produtos e Difusão: O Nome da Rosa, 2003. 118p
  • 31.
  • 32. Hino do Estado do Ceará Poesia de Thomaz Lopes Música de Alberto Nepomuceno Terra do sol, do amor, terra da luz! Soa o clarim que tua glória conta! Terra, o teu nome a fama aos céus remonta Em clarão que seduz! Nome que brilha esplêndido luzeiro Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro! Mudem-se em flor as pedras dos caminhos! Chuvas de prata rolem das estrelas... E despertando, deslumbrada, ao vê-las Ressoa a voz dos ninhos... Há de florar nas rosas e nos cravos Rubros o sangue ardente dos escravos. Seja teu verbo a voz do coração, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte! Ruja teu peito em luta contra a morte, Acordando a amplidão. Peito que deu alívio a quem sofria E foi o sol iluminando o dia! Tua jangada afoita enfune o pano! Vento feliz conduza a vela ousada! Que importa que no seu barco seja um nada Na vastidão do oceano, Se à proa vão heróis e marinheiros E vão no peito corações guerreiros? Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas! Porque esse chão que embebe a água dos rios Há de florar em meses, nos estios E bosques, pelas águas! Selvas e rios, serras e florestas Brotem no solo em rumorosas festas! Abra-se ao vento o teu pendão natal Sobre as revoltas águas dos teus mares! E desfraldado diga aos céus e aos mares A vitória imortal! Que foi de sangue, em guerras leais e francas, E foi na paz da cor das hóstias brancas! Hino Nacional Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante, E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada,Brasil! Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! Do que a terra, mais garrida, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida no teu seio mais amores. Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro dessa flâmula - Paz no futuro e glória no passado. Mas, se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!