SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
A IMPORTÂNCIA DA TEORIZAÇÃO CRÍTICA DE
CURRÍCULO PARA UMA NOVA CONSTRUÇÃO E
DESENVOLVIMENTO CURRICULAR NAS CIÊNCIAS
DA INFORMAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE
Msc. Marielle Barros de Moraes
Doutoranda em Ciência da Informação
Universidade de São Paulo
Orientador: Prof. Dr. Marco Antônio de Almeida
Problema
• Qual a contribuição das teorias críticas de currículo ao se
pensar novos modelos curriculares para a formação dos
profissionais da informação?
• Como deve ser construído e desenvolvido o currículo das
Ciências da Informação, pautando-se na disciplinaridade do
egresso, ou abrindo-se à transdisciplinaridade?
Metodologia
Fontes da Pesquisa
Bibliográfica:
• Pesquisa Bibliográfica nos
temas:
• Currículo;
• Teoria crítica de currículo;
• Ciência da Informação.
• Livros;
• Periódicos.
Currículo, Teoria Crítica e Formação em CI
• Vários autores se opuseram às teorizações tradicionais de
currículo e todos eles, em algum grau, trazem conceitos e
proposições que podem nos auxiliar numa maior
compreensão para uma nova formação dos profissionais da
informação nos tempos contemporâneos, tais como Young,
Bernstein, Bourdieu, Apple, Giroux, Pinar e outros.
Young (2011)
Currículo por
acatamento
Disciplinas como parte de um cânone
fixo definido pela tradição
Conteúdos e métodos imutáveis
Biblioteconomia, Arquivologia, e Museologia
possuem atualmente esta conformação curricular
Separações curriculares como se
fossem naturais e imutáveis
Currículo por
engajamento
Disciplinas possuem uma historicidade
Disciplinas conferem
identidade aos profissionais
Disciplinas podem se articular, mas
respeitando as diferentes histórias,
tradições e modos de trabalhar
Disciplinas possibilitam o acesso ao
conhecimento mais confiável
Young (2011)
BERNSTEIN
(1988)
1) Classificação fraca: há um baixo nível de
isolamento entre a Arquivologia, a
Biblioteconomia e a Museologia
2) As categorias que esclarecem onde
começa e termina as diferenças entre essas
disciplinas são bastante confusas
3) Conteúdos e métodos imutáveis
Biblioteconomia possui a voz da
Arquivologia e da Museologia, mas não
possui a mensagem de cada disciplina e este
fato é visível nos currículos.
4) Necessidade de alteração nos códigos de
organização curricular, visando alterar as
relações de poder e controle dos currículos.
Bourdieu
(2004, 2012)
Objeto legítimo, legitimável e indigno
As áreas possuem uma história, uma tradição e o seu
desenvolvimento se perpetua como uma espécie de
partenogênes
Surgimento de cursos com o nome de
Ciência da Informação, ou Gestão da
Informação como forma de a
Biblioteconomia deixar de ser
considerada objeto indigno para se
tornar legítimo.É necessário que as ciências saiam
desse purismo e deixe de lado a
servidão sujeita a todas as demandas
políticas e econômicas
A Arquivologia, a Biblioteconomia e a
Museologia são campos científicos, haja vista
possuir leis próprias, permanentes, duráveis e
se transformam com o tempo.
• Os resultados preliminares vêm apontando para uma
perspectiva curricular transdisciplinar, mas sem tornar esta
uma indeterminação total, uma vez que o pertencimento a
uma identidade ainda é importante como forma de dar
identidade ao sujeito, mas identidade esta aberta à
transdisciplinaridade.
Resultados Preliminares
Young Bernstein Bourdieu
Os conceitos de classificação forte e
classificação fraca nos faz perceber
que deixa cada vez mais de fazer
sentido um currículo separado para as
três áreas de conhecimentos, uma vez
que, onde começa e onde termina as
especificidades de cada uma das três
áreas analisadas, se torna cada vez
mais difícil.
Os conceitos de currículo por
engajamento e currículo por
acatamento nos faz refletir sobre a
tradição formativa na Arquivologia,
Biblioteconomia e Museologia.
A conformação dos currículos das
ciências da informação é por
acatamento- sua elaboração é vista
como uma verdade inquestionável.
Assim como Young, percebemos
também a importância das disciplinas
como forma de os sujeitos se
posicionarem num determinado
campo científico.
Há mediações entre os campos científicos
que os fazem tornarem-se legítimos,
legitimáveis e indignos, e que essas
classificações não são duradouras para os
campos científicos.
No campo da Biblioteconomia, por
exemplo, a qual era um objeto legítimo,
em seguida passou a ser objeto indigno, já
que os alunos passaram a ingressar nesse
curso devido à baixa concorrência do
vestibular. Neste momento, é um objeto
legitimável, principalmente, com o
advento da CI, onde estes dois campos de
conhecimentos, muitas vezes, se
confundem como práxis.
Considerações Parciais
Contribuições das Teorias Críticas para repensar o currículo
Referências
Marielle de Moraes
moraes.marielle@gmail.com
marielledemoraes@usp.br
babelinformacional@wordpress.com

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Apresentação programa teip3 versão final
Apresentação programa teip3   versão finalApresentação programa teip3   versão final
Apresentação programa teip3 versão finalprogramateip
 
Desenvolvedor de sistemas - Eu Faço Meu Futuro
Desenvolvedor de sistemas - Eu Faço Meu FuturoDesenvolvedor de sistemas - Eu Faço Meu Futuro
Desenvolvedor de sistemas - Eu Faço Meu FuturoSéculo Colégio e Curso
 
Painel 2 luis marques promover o crescimento inclusivo - formula do talento
Painel 2 luis marques promover o crescimento inclusivo - formula do talentoPainel 2 luis marques promover o crescimento inclusivo - formula do talento
Painel 2 luis marques promover o crescimento inclusivo - formula do talentoOportunidade2020
 
Radio: We Make Contact.
Radio: We Make Contact.Radio: We Make Contact.
Radio: We Make Contact.Melissa Kunde
 
Programa Eleitoral da Candidatura "Bem Querer a Abrantes" autárquicas 2013
Programa Eleitoral da Candidatura "Bem Querer a Abrantes" autárquicas 2013Programa Eleitoral da Candidatura "Bem Querer a Abrantes" autárquicas 2013
Programa Eleitoral da Candidatura "Bem Querer a Abrantes" autárquicas 2013Manuela Ruivo
 
Klassika
KlassikaKlassika
Klassikacab3032
 
La ciencia por Dayana Làrraga
La ciencia por Dayana LàrragaLa ciencia por Dayana Làrraga
La ciencia por Dayana Làrragadayanasofia92
 
Productos Forever - Sección Bebidas
Productos Forever - Sección BebidasProductos Forever - Sección Bebidas
Productos Forever - Sección BebidasNicolás Alzaga Ruiz
 
Renault Duster
Renault DusterRenault Duster
Renault Dusteramdia
 
Informe Omnibus Abril 2012
Informe Omnibus Abril 2012Informe Omnibus Abril 2012
Informe Omnibus Abril 2012gencat .
 
Ação Pânico na Band
Ação Pânico na BandAção Pânico na Band
Ação Pânico na Bandfullpack_com
 
Aula Deise Nunes - Curso 4
Aula Deise Nunes - Curso 4Aula Deise Nunes - Curso 4
Aula Deise Nunes - Curso 4multicentrica
 
Los colores
Los coloresLos colores
Los coloresabonobos
 
Decision - wyeth v. weeks (supreme court of alabama)
Decision  - wyeth v. weeks (supreme court of alabama)Decision  - wyeth v. weeks (supreme court of alabama)
Decision - wyeth v. weeks (supreme court of alabama)mzamoralaw
 
Sismos pedro, diogo j
Sismos pedro, diogo jSismos pedro, diogo j
Sismos pedro, diogo jbenildesilva
 

Destaque (20)

Apresentação programa teip3 versão final
Apresentação programa teip3   versão finalApresentação programa teip3   versão final
Apresentação programa teip3 versão final
 
Desenvolvedor de sistemas - Eu Faço Meu Futuro
Desenvolvedor de sistemas - Eu Faço Meu FuturoDesenvolvedor de sistemas - Eu Faço Meu Futuro
Desenvolvedor de sistemas - Eu Faço Meu Futuro
 
Facebook per le aziende
Facebook per le aziendeFacebook per le aziende
Facebook per le aziende
 
Painel 2 luis marques promover o crescimento inclusivo - formula do talento
Painel 2 luis marques promover o crescimento inclusivo - formula do talentoPainel 2 luis marques promover o crescimento inclusivo - formula do talento
Painel 2 luis marques promover o crescimento inclusivo - formula do talento
 
Radio: We Make Contact.
Radio: We Make Contact.Radio: We Make Contact.
Radio: We Make Contact.
 
Programa Eleitoral da Candidatura "Bem Querer a Abrantes" autárquicas 2013
Programa Eleitoral da Candidatura "Bem Querer a Abrantes" autárquicas 2013Programa Eleitoral da Candidatura "Bem Querer a Abrantes" autárquicas 2013
Programa Eleitoral da Candidatura "Bem Querer a Abrantes" autárquicas 2013
 
Klassika
KlassikaKlassika
Klassika
 
La ciencia por Dayana Làrraga
La ciencia por Dayana LàrragaLa ciencia por Dayana Làrraga
La ciencia por Dayana Làrraga
 
Tarea 1
Tarea 1Tarea 1
Tarea 1
 
Productos Forever - Sección Bebidas
Productos Forever - Sección BebidasProductos Forever - Sección Bebidas
Productos Forever - Sección Bebidas
 
1ª série introdução à química
1ª série introdução à química1ª série introdução à química
1ª série introdução à química
 
Renault Duster
Renault DusterRenault Duster
Renault Duster
 
Informe Omnibus Abril 2012
Informe Omnibus Abril 2012Informe Omnibus Abril 2012
Informe Omnibus Abril 2012
 
Ação Pânico na Band
Ação Pânico na BandAção Pânico na Band
Ação Pânico na Band
 
Aula Deise Nunes - Curso 4
Aula Deise Nunes - Curso 4Aula Deise Nunes - Curso 4
Aula Deise Nunes - Curso 4
 
Los colores
Los coloresLos colores
Los colores
 
Decision - wyeth v. weeks (supreme court of alabama)
Decision  - wyeth v. weeks (supreme court of alabama)Decision  - wyeth v. weeks (supreme court of alabama)
Decision - wyeth v. weeks (supreme court of alabama)
 
Aragon tambien existe
Aragon tambien existeAragon tambien existe
Aragon tambien existe
 
Sismos pedro, diogo j
Sismos pedro, diogo jSismos pedro, diogo j
Sismos pedro, diogo j
 
Ohsas
Ohsas Ohsas
Ohsas
 

Semelhante a Teorias Críticas e Formação em Ciências da Informação

Teorias Críticas de Currículo: contribuições preliminares para repensar a for...
Teorias Críticas de Currículo: contribuições preliminares para repensar a for...Teorias Críticas de Currículo: contribuições preliminares para repensar a for...
Teorias Críticas de Currículo: contribuições preliminares para repensar a for...Marielle de Moraes
 
Conteúdo: Samuel Schnorr | Design: Rodrigo Castro
Conteúdo: Samuel Schnorr | Design: Rodrigo CastroConteúdo: Samuel Schnorr | Design: Rodrigo Castro
Conteúdo: Samuel Schnorr | Design: Rodrigo CastroRodrigo Castro
 
Dialnet-ParadigmasDaBiblioteconomiaECienciaDaInformacao-5026067 (1).pdf
Dialnet-ParadigmasDaBiblioteconomiaECienciaDaInformacao-5026067 (1).pdfDialnet-ParadigmasDaBiblioteconomiaECienciaDaInformacao-5026067 (1).pdf
Dialnet-ParadigmasDaBiblioteconomiaECienciaDaInformacao-5026067 (1).pdfAdrianaCosta215
 
Abordagem%20de%20uma%20institui%c3%a7%c3%a3o%20escolar%20a%20partir%20de%20um...
Abordagem%20de%20uma%20institui%c3%a7%c3%a3o%20escolar%20a%20partir%20de%20um...Abordagem%20de%20uma%20institui%c3%a7%c3%a3o%20escolar%20a%20partir%20de%20um...
Abordagem%20de%20uma%20institui%c3%a7%c3%a3o%20escolar%20a%20partir%20de%20um...Sérgio Gonçalves
 
Myriam sepúlveda interdisc
Myriam sepúlveda   interdiscMyriam sepúlveda   interdisc
Myriam sepúlveda interdiscelena_va
 
Apresentação de história
Apresentação de   históriaApresentação de   história
Apresentação de históriaElvira Aliceda
 
Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA
Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA
Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA Universidad de la Empresa UDE
 
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdfrafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdfMarcoAurelio741433
 
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdfrafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdfMarcoAurelio741433
 
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdfrafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdfMarcoAurelio741433
 
Pesquisa educacional no brasil
Pesquisa educacional no brasilPesquisa educacional no brasil
Pesquisa educacional no brasilEsterLopes8
 
Historia da ciencia no ensino medio
Historia da ciencia no ensino medioHistoria da ciencia no ensino medio
Historia da ciencia no ensino medioFabiano Antunes
 
SEMINÁRIO: A ANTROPOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA VISÃO HOLISTICA DA PEDAGOGIA ATUAL
SEMINÁRIO:  A ANTROPOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA VISÃO HOLISTICA DA PEDAGOGIA ATUALSEMINÁRIO:  A ANTROPOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA VISÃO HOLISTICA DA PEDAGOGIA ATUAL
SEMINÁRIO: A ANTROPOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA VISÃO HOLISTICA DA PEDAGOGIA ATUALunieubra
 
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...Seminário Latino-Americano SLIEC
 

Semelhante a Teorias Críticas e Formação em Ciências da Informação (20)

Teorias Críticas de Currículo: contribuições preliminares para repensar a for...
Teorias Críticas de Currículo: contribuições preliminares para repensar a for...Teorias Críticas de Currículo: contribuições preliminares para repensar a for...
Teorias Críticas de Currículo: contribuições preliminares para repensar a for...
 
Seminário1.ppt
 Seminário1.ppt  Seminário1.ppt
Seminário1.ppt
 
1645 borges
1645 borges1645 borges
1645 borges
 
Etapa i – caderno iv
Etapa i – caderno ivEtapa i – caderno iv
Etapa i – caderno iv
 
Conteúdo: Samuel Schnorr | Design: Rodrigo Castro
Conteúdo: Samuel Schnorr | Design: Rodrigo CastroConteúdo: Samuel Schnorr | Design: Rodrigo Castro
Conteúdo: Samuel Schnorr | Design: Rodrigo Castro
 
Dialnet-ParadigmasDaBiblioteconomiaECienciaDaInformacao-5026067 (1).pdf
Dialnet-ParadigmasDaBiblioteconomiaECienciaDaInformacao-5026067 (1).pdfDialnet-ParadigmasDaBiblioteconomiaECienciaDaInformacao-5026067 (1).pdf
Dialnet-ParadigmasDaBiblioteconomiaECienciaDaInformacao-5026067 (1).pdf
 
Abordagem%20de%20uma%20institui%c3%a7%c3%a3o%20escolar%20a%20partir%20de%20um...
Abordagem%20de%20uma%20institui%c3%a7%c3%a3o%20escolar%20a%20partir%20de%20um...Abordagem%20de%20uma%20institui%c3%a7%c3%a3o%20escolar%20a%20partir%20de%20um...
Abordagem%20de%20uma%20institui%c3%a7%c3%a3o%20escolar%20a%20partir%20de%20um...
 
Myriam sepúlveda interdisc
Myriam sepúlveda   interdiscMyriam sepúlveda   interdisc
Myriam sepúlveda interdisc
 
Apresentação de história
Apresentação de   históriaApresentação de   história
Apresentação de história
 
Apresentação
Apresentação Apresentação
Apresentação
 
Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA
Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA
Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA
 
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdfrafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
 
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdfrafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
 
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdfrafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
rafaelhono-6.-relaes-entre-currculo-e-conhecimento-para-currculo-e-cultura.pdf
 
Pesquisa educacional no brasil
Pesquisa educacional no brasilPesquisa educacional no brasil
Pesquisa educacional no brasil
 
Historia da ciencia no ensino medio
Historia da ciencia no ensino medioHistoria da ciencia no ensino medio
Historia da ciencia no ensino medio
 
SEMINÁRIO: A ANTROPOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA VISÃO HOLISTICA DA PEDAGOGIA ATUAL
SEMINÁRIO:  A ANTROPOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA VISÃO HOLISTICA DA PEDAGOGIA ATUALSEMINÁRIO:  A ANTROPOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA VISÃO HOLISTICA DA PEDAGOGIA ATUAL
SEMINÁRIO: A ANTROPOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA VISÃO HOLISTICA DA PEDAGOGIA ATUAL
 
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
 
Epistemologia da Biblioteconomia
Epistemologia da Biblioteconomia Epistemologia da Biblioteconomia
Epistemologia da Biblioteconomia
 
O que-é-natureza-da-ciência-e-qual
O que-é-natureza-da-ciência-e-qualO que-é-natureza-da-ciência-e-qual
O que-é-natureza-da-ciência-e-qual
 

Último

Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 

Último (20)

Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 

Teorias Críticas e Formação em Ciências da Informação

  • 1. A IMPORTÂNCIA DA TEORIZAÇÃO CRÍTICA DE CURRÍCULO PARA UMA NOVA CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO CURRICULAR NAS CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE Msc. Marielle Barros de Moraes Doutoranda em Ciência da Informação Universidade de São Paulo Orientador: Prof. Dr. Marco Antônio de Almeida
  • 2. Problema • Qual a contribuição das teorias críticas de currículo ao se pensar novos modelos curriculares para a formação dos profissionais da informação? • Como deve ser construído e desenvolvido o currículo das Ciências da Informação, pautando-se na disciplinaridade do egresso, ou abrindo-se à transdisciplinaridade?
  • 3. Metodologia Fontes da Pesquisa Bibliográfica: • Pesquisa Bibliográfica nos temas: • Currículo; • Teoria crítica de currículo; • Ciência da Informação. • Livros; • Periódicos.
  • 4. Currículo, Teoria Crítica e Formação em CI • Vários autores se opuseram às teorizações tradicionais de currículo e todos eles, em algum grau, trazem conceitos e proposições que podem nos auxiliar numa maior compreensão para uma nova formação dos profissionais da informação nos tempos contemporâneos, tais como Young, Bernstein, Bourdieu, Apple, Giroux, Pinar e outros.
  • 6. Currículo por acatamento Disciplinas como parte de um cânone fixo definido pela tradição Conteúdos e métodos imutáveis Biblioteconomia, Arquivologia, e Museologia possuem atualmente esta conformação curricular Separações curriculares como se fossem naturais e imutáveis Currículo por engajamento Disciplinas possuem uma historicidade Disciplinas conferem identidade aos profissionais Disciplinas podem se articular, mas respeitando as diferentes histórias, tradições e modos de trabalhar Disciplinas possibilitam o acesso ao conhecimento mais confiável Young (2011)
  • 7. BERNSTEIN (1988) 1) Classificação fraca: há um baixo nível de isolamento entre a Arquivologia, a Biblioteconomia e a Museologia 2) As categorias que esclarecem onde começa e termina as diferenças entre essas disciplinas são bastante confusas 3) Conteúdos e métodos imutáveis Biblioteconomia possui a voz da Arquivologia e da Museologia, mas não possui a mensagem de cada disciplina e este fato é visível nos currículos. 4) Necessidade de alteração nos códigos de organização curricular, visando alterar as relações de poder e controle dos currículos.
  • 8. Bourdieu (2004, 2012) Objeto legítimo, legitimável e indigno As áreas possuem uma história, uma tradição e o seu desenvolvimento se perpetua como uma espécie de partenogênes Surgimento de cursos com o nome de Ciência da Informação, ou Gestão da Informação como forma de a Biblioteconomia deixar de ser considerada objeto indigno para se tornar legítimo.É necessário que as ciências saiam desse purismo e deixe de lado a servidão sujeita a todas as demandas políticas e econômicas A Arquivologia, a Biblioteconomia e a Museologia são campos científicos, haja vista possuir leis próprias, permanentes, duráveis e se transformam com o tempo.
  • 9. • Os resultados preliminares vêm apontando para uma perspectiva curricular transdisciplinar, mas sem tornar esta uma indeterminação total, uma vez que o pertencimento a uma identidade ainda é importante como forma de dar identidade ao sujeito, mas identidade esta aberta à transdisciplinaridade. Resultados Preliminares
  • 10. Young Bernstein Bourdieu Os conceitos de classificação forte e classificação fraca nos faz perceber que deixa cada vez mais de fazer sentido um currículo separado para as três áreas de conhecimentos, uma vez que, onde começa e onde termina as especificidades de cada uma das três áreas analisadas, se torna cada vez mais difícil. Os conceitos de currículo por engajamento e currículo por acatamento nos faz refletir sobre a tradição formativa na Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia. A conformação dos currículos das ciências da informação é por acatamento- sua elaboração é vista como uma verdade inquestionável. Assim como Young, percebemos também a importância das disciplinas como forma de os sujeitos se posicionarem num determinado campo científico. Há mediações entre os campos científicos que os fazem tornarem-se legítimos, legitimáveis e indignos, e que essas classificações não são duradouras para os campos científicos. No campo da Biblioteconomia, por exemplo, a qual era um objeto legítimo, em seguida passou a ser objeto indigno, já que os alunos passaram a ingressar nesse curso devido à baixa concorrência do vestibular. Neste momento, é um objeto legitimável, principalmente, com o advento da CI, onde estes dois campos de conhecimentos, muitas vezes, se confundem como práxis. Considerações Parciais Contribuições das Teorias Críticas para repensar o currículo