1. Universidade Comunitária da Região de Chapecó
UNOCHAPECÓ
Fábio Conci
Janaina Sehnem
Joana Valdameri
Monique Guerini
Engenharia Civil
Construção Civil II
2. O histórico dos pisos industriais no Brasil é bastante
recente, com pouco mais de 20 anos.
Conceito:
Piso de concreto armado diz respeito a elementos
estruturais, que tem como objetivo resistir e distribuir ao
subleito esforços verticais de carregamentos, através da
utilização de reforço de aço.
3. O piso de concreto armado é composto por placas de
concreto, armadura em telas soldadas posicionada a 1/3 da
face superior, unidos por juntas com barras de transferência.
São executados sobre uma sub-base, geralmente de brita
tratada com cimento e um solo de apoio.
Suas espessuras são menores que a do concreto simples, e o
índice de juntas também é menor, pois as armaduras
possibilitam execução de placas de maiores dimensões.
4. 2.1 ACORDO COM A ESCOLA
• Européia: foca em pavimentos reforçados, empregando
telas soldadas, fibras de alto módulo ou protensão, que
acarretam em pavimentos esbeltos e placas de grandes
dimensões.
• Americana: trabalha essencialmente com concreto simples,
produzindo estruturas de elevada rigidez e placas de
pequenas dimensões.
5. 2.2 DE ACORDO COM O REFORÇO ESTRUTURAL
• Pisos com armadura distribuída: é o mais popular dos
pavimentos industriais, constituído por uma estrutura em que
a armadura, geralmente uma tela soldada, é posicionada no
terço superior da placa de concreto.
6. • Pavimento estruturalmente armado: esse tipo de
pavimento possui uma armadura positiva posicionada na
parte inferior da placa de concreto, destinada a absorver
os esforços criados pelos carregamentos.
8. • Reforço com fibras: substituem a utilização da
armadura propriamente dita por fibras estruturais
metálicas (aço) ou sintéticas (macrofibras) e ainda
hoje temos disponíveis fibras de alto módulo como a
de vidro e a plástica.
12. • Fundação direta: corresponde à maioria dos pisos
industriais, e são aqueles que se apóiam diretamente sobre
o terreno (subleito) , havendo ou não o emprego de sub-
bases. A taxa admissível do terreno de fundação é
compatível com as cargas previstas no piso.
• Fundação profunda: são os pisos executados sobre
terrenos sem capacidade de suporte compatível com as
cargas solicitantes. Neste caso, algumas soluções são usadas,
como lajes apoiadas em vigas armadas, que descarregam os
esforços em pontos de apoio.
13. 3.1 CIMENTO:
Sua escolha não deve basear-se exclusivamente na sua resistência
mecânica, mas na sua trabalhabilidade e durabilidade. Quanto ao
seu consumo, deve ser suficiente para permitir um bom
acabamento superficial, mas quando empregado em excesso
acaba contribuindo para o aumento da retração.
Os cimentos com adições tem pontos positivos e negativos.
Negativamente observa-se os elevados tempos de pega,
desfavorecendo o acabamento, e o longo intervalo que a
esxudação pode ocorrer, aumentando o risco de fissuras plásticas.
Como ponto positivo destaca-se o melhor desempenho em relação
aos ataques químicos, pricipalmente os cimentos de escória de
alto-forno.
14. 3.2 AGREGADOS:
Representam cerca de 70% da composição do
concreto.
Seu emprego na produção de concreto pode ser
resumido em três motivos básicos:
• Redução dos custos;
• Aumento da capacidade estrutural e do módulo de
elasticidade;
• Controle das variações volumétricas.
15. 3.3 FIBRA SINTÉTICA
As fibras sintéticas ou fibras plásticas são empregadas no
combate ou redução das fissuras de retração plástica, e
sua eficiência depende de diversos fatores, como a
relação l/d, comprimento, módulo de
elasticidade, dosagem e até mesmo as características do
próprio concreto.
16. 3.4 SELANTES E MATERIAIS DE PREENCHIMENTO DE
JUNTAS
• Selantes: são materiais de natureza plástica, utilizados na vedação das juntas do
pavimento, permitindo a sua impermeabilização. Eles impedem a entrada de
partículas imcompressíveis na junta, que são extremamente nocivas ao
desempenho do pavimento. São divididos em duas categorias:
Pré-moldados – tem suas forma previamente definida no processo
industrial, e são posteriormente fixados às juntas através de adesivos.
Esses selantes são fabricados em borracha sintéticas, como o neoprene.
São bastante utilizados em pavimentos rodoviários, pois apresentam
durabilidade superior aos selantes moldados in loco. Não são
recomendados para uso em juntas de piso com tráfego de equipamento
de rodas rígidas
Moldados in loco – são vazados no local, onde as paredes da junta serão
a própria fôrma do selante. Geralmente feitos de poliuretano ou asfalto
modificado, mono ou bicomponentes, existindo também a família dos
silicones.
17. Selante de Epóxi semi rígido.
Selante de poliuretano modificado quimicamente
com alcatrão.
Selante de Poliuretano.
18. • Materiais de preenchimento de juntas: são materiais
bicomponentes à base de resinas epoxídicas ou poli-
uréias, que devem ser empregados no caso de tráfego de
empilhadeiras de rodas rígidas, pois os selantes
tradicionais não protegem adequadamente as bordas das
juntas por serem facilmente deformáveis.
Em função de possuir baixa mobilidade, pode provocar o
deslocamento da junta, permitindo a entrada de
pequenas partículas, por isso, só devem ser empregados
em áreas limpas.
19. 3.5 BARRA DE TRANSFERÊNCIA
São dispositivos mecânicos empregados para transferir
cargas entre placas separadas por juntas e são formadas
geralmente por barras de aço de seção circular ou
quadrada.
A barra deve ter superfície lisa e apresentar pelo menos
metade de seu comprimento com graxa ou com líquido
desmoldante para que impeça sua aderência ao
concreto, permitindo o seu deslocamento por este.
20. É necessário garantir o paralelismo das barras, tanto
horizontalmente como verticalmente através de
espaçadores devidamente fixados.
21. 3.6 DISTANCIADORES
Ao se definir a altura de um distanciador, deve-se levar
sempre em conta o diâmetro das barras de
transferência e dos fios das telas soldadas a serem
posicionados.
Para a escolha do tipo de distanciador plástico, deve-se
observar o tipo de apoio (brita, brita
graduada, solo, concreto), o diâmetro do fio da tela
soldada e o cobrimento especificado.
22.
23. 3.7 TELA SOLDADA
De acordo com a NBR 7480 (ABNT, 2007), barras e fios de
aço destinados a armadura de concreto armado, têm as
seguintes definições:
• Barras: são produtos de diâmetro nominal maior do que
5 mm, obtidos exclusivamente pelo processo de laminação
a quente, classificado em CA25 ou CA50.
• Fios: possuem diâmetro nominal inferior a 10 mm,
obtidos por processo de trefilação a frio, classificado em
CA60.
24. Produzidas em fios soldados, formando malhas
uniformes, classificadas em:
Q - malha quadrada com seção de aço nas duas direções;
L - malha retangular com armadura principal na direção longitudinal;
T - malha retangular com a armadura prinxipal na direção tranversal.
Depois da letra, existe uma numeração que indica a seção de aço na
direção principal. Ex: Q138, com área de 1,38cm²/m.
As telas podem ser fornecidas em painéis
com, aproximadamente, 2,4x6,0 m ou em rolos de 60m ou 120m. Sua
emenda é realizada com a superposição de pelo menos duas malhas
para tela com fios de diâmetro menor ou igual a 8mm, e para
diâmetros maiores, a emenda dependerá do diâmetro do fio e
aderência com o concreto.
25.
26. 3.8 LÍQUIDO ENDURECEDOR DE SUPERFÍCIE
Os líquidos para tratamento superficial surgiram a partir da
necessidade de solucionar problemas devido ao desgaste
do piso caracterizado pelo desprendimento de pó. Esses
produtos são à base de silicatos de sódio ou flúor silicatos
de magnésio, que penetram no concreto reagindo com o
hidróxido de sódio, formando assim o silicato de sódio ou
magnésio, que irá reduzir a porosidade e
consequentemente aumentar a resistência superficial do
concreto.
27. Revestimento aspergido de alta
resistência a abrasão.
Endurecedor de superfícies cimentícias de alto
desempenho, a base de flúor e silicatos de sódio e
magnésio.
28. 3.9 ADITIVOS
São substâncias adicionadas ao concreto, na fase de
preparo (imediatamente antes ou durante o
amassamento) com finalidade de alterar as características
e propriedades mecânicas do concreto e em função de
necessidades, tais como: redução de retração, redução da
permeabilidade, aumento da durabilidade, diminuição do
calor de hidratação, retardamento ou aceleração da pega e
aumento da compacidade.
29. Aditivos Propriedades
Retarda o tempo de pega conforme a dosagem,
Retardadores. prolongando assim a dissipação do calor de hidratação ao
longo do tempo, impedindo a perda rápida da água do
concreto lançado, devido à elevação da temperatura.
Aceleradores. Acelera a evolução da resistência inicial do concreto e da
pega da pasta de cimento durante o endurecimento.
Redução da relação a/c, mantendo a trabalhabilidade
Plastificantes. desejada ou, como alternativa, aumenta a trabalhabilidade
com uma mesma relação a/c, reduzindo a permeabilidade
do concreto.
Proporciona a obtenção de concretos auto-adensáveis e
com alta fluidez, e pode reduzir em até 25% a água de
Superplastificantes
amassamento, resultando em maiores resistências e menor
(ou redutores de água).
permeabilidade de concretos.
30. Aditivos Propriedades
É indicado para a impermeabilização de subsolos,
cortinas, poços de elevadores, muros de arrimo,
Impermeabilizantes reservatórios, estruturas sujeitas à infiltração do
lençol freático, etc.
Incorpora aos concretos minúsculas bolhas
esféricas de ar, uniformemente distribuídas,
Incorporadores de ar permitindo a redução da água de amassamento,
melhorando a qualidade do concreto, reduzindo a
segregação e aumentando a trabalhabilidade
Provoca uma ligeira expansão ainda no estado
Expansores fresco durante a pega (3 a 8% do volume
dependendo do produto e da marca), aumentando
a aderência e a impermeabilidade.
31. O aumento do carregamento dos pisos industriais leva ao
aumento das tensões do mesmo, ocasionando patologias.
Soluções têm sido estudadas, embora seja fato que toda a
responsabilidade é das juntas, pois esse aumento das
cargas leva ao aumento de tensões nas juntas e,
conseqüentemente, a deformações do piso.
32. 4.1 FUNÇÃO DA JUNTAS
As juntas são detalhes construtivos que devem permitir
as movimentações de retração e dilatação do concreto
e a adequada transferência de carga entre placas
contíguas, mantendo a planicidade e assegurando a
qualidade do piso.
O piso industrial está sujeito a diversas tensões, como
as de retração plástica do concreto, retração e dilatação
por variações térmicas, empenamento das placas, o
carregamento estático (cargas distribuídas ou pontuais
– prateleiras) e móvel (empilhadeiras de rodas
pneumáticas ou rígidas).
33. 4.2 TIPOS DE JUNTAS
4.2.1 Juntas de Construção
São as juntas construtivas de um pavimento, sendo que
seu espaçamento está limitado ao tipo de equipamento
utilizado, a geometria da área e aos índices de planicidade
a serem obtidos.
As juntas de construção podem possuir encaixes do tipo
macho e fêmea ou utilizar barras de transferência. As do
tipo macho e fêmea têm o emprego reduzido por
possuírem baixa capacidade de transferência de carga.
35. 4.2.2 Juntas Serradas ou de Retração
O processo construtivo utilizado atualmente prevê a
concretagem em faixas e limitadas em sua largura pelas juntas
longitudinais de construção. Logo após o acabamento no
concreto, deve-se iniciar o corte das juntas de retração.
O corte deve ter pelo menos 40mm e ser maior do que 1/3 da
espessura da placa.
Sua execução prevê a concretagem em faixas limitadas em sua
largura pelas juntas longitudinais de construção. Logo após
inicia-se o corte das juntas transversais de retração.
36.
37. 4.2.3 Juntas de Encontro ou Expansão
As juntas de encontro são fundamentais para isolar o piso de
outras estruturas como as vigas de baldrame, blocos de
concreto, pilares e outras estruturas.
A junta de expansão não é usual entre placas, onde é
conhecida como junta de dilatação, ocorrendo apenas em
situações especiais,
como mudança de
direção de tráfego.
39. 4.2.4 Mecanismo de transferência de cargas
Caso não seja previsto mecanismos de transferência de
carga nas juntas, o dimensionamento deverá ser
efetuado pela posição de carga mais desfavorável
, borda ou canto.
Os pisos são dimensionados de modo a garantir a
continuidade do piso nas juntas, considerando a carga
atuando longe das bordas livres.
Hoje o tipo mais comum são as barras de
transferência, em função da praticidade e da eficácia
que permitem.
40.
41. A execução do piso começa pelo desenvolvimento de um projeto
específico, onde deve-se levar em consideração o estudo do solo
local, tipos de utilização e equipamentos. Antes da escolha do
sistema devem ser observadas algumas carcterísticas, como o
estudo do solo no qual o piso será apoiado, tipos de ataques
físicos a serem suportados, tipo de transporte que circulará por
sua suporfície, temperatura de operação do ambiente e exposição
ou não a intempéries.
As equipes devem ser devidamente treinadas e
qualificadas, sendo aconselhável a construção de um trecho
preliminar, com objetivo experimental e que poderá ser usado
também para a definição do padrão de qualidade.
42. 5.1 EXECUÇÃO DA FUNDAÇÃO DO PISO
A fundação do piso é composta pelo preparo do sub-leito e
da sub-base, seguida, eventualmente, pelo isolamento
desta com a placa de concreto.
• Sub-leito: O preparo do subleito visa garantir a
compactação exigida em projeto.
• Sub-base: Tem três funções principais, sendo elas:
drenagem, função estrutural, dando maior capacidade de
suporte, e homogeneidade.
43. • Isolamento da placa com a sub-base: Constituído por
um filme plástico que tem como função reduzir o
coeficiente de atrito entre a placa de concreto e a sub-
base, e a formação de uma barreira de vapor que impede
a ascensão da umidade.
44. 5.2 FÔRMAS
As fôrmas mais utilizadas são compostas por perfis
metálicos dobrados ou madeira de lei, normalmente
empregadas na execução de pisos com índices de
nivelamento rigorosos, pois permitem retalhos
mesmo com a fôrma instalada.
O sistema de fixação é feito com pontas de ferro com
diâmetro de pelo menos 16mm, cunhas de madeira,
complementado por bolas de concreto que devem ter
o mesmo nível de resistência do concreto da placa.
45. A altura da fôrma deve ser ligeiramente menor que a expessura
do piso para facilitar o assentamento e fixação, devendo atender
aos seguintes requisitos:
• Possuir linearidade superior a 3mm em 5 metros;
• Ser rígida o suficiente para suportar as pressões laterais;
• Ser estruturada para suportar os equipamentos de
adensamento;
• Deve ser leve para permitir o manuseio sem o emprego de
equipamentos pesados e prática para que a montagem seja
rápida e simples;
• Os furos feitos para colocação das barras de transferência
devem ter diâmetros que permitam a remoção da fôrma com
facilidade.
46.
47. 5.3 POSICIONAMENTO DA ARMADURA
• Armadura superior: para projetos que utilizam telas soldadas
em camadas únicas a colocação da armadura se dá a 1/3 da
altura da placa de concreto, e o posicionamento pode ser por
dois caminhos:
-Utilização de caranguejos, que consiste em um pedaço de
barra de aço dobrada, de maneira
que a base tenha sustentação para
manter posicionada a armadura.
- Utilização de distanciadores soldados, que consiste em
distribuir linhas ou colunas de distanciadores soldados,
afastadas aproximadamente 80cm umas das outras.
48. Armadura inferior: nos pisos e pavimentos estruturalmente
armados temos a presença de aço na face inferior das
placas, cujo comprimento será de grande importância para a
vida útil das estruturas. Os mais empregados são os
distanciadores plásticos, devendo ser utilizado na razão de 4
a 5 m².
50. 5.4 SEQUÊNCIA DA CONCRETAGEM
A sequência de concretagem deve ser executada em faixas
alternadas, onde um longo pano é concretado e
posteriormente as placas são cortadas, fazendo com que haja
continuidade nas juntas longitudinais.
Deste modo haverá sempre uma faixa livre contínua,
permitindo a passagem
dos equipamentos e a
continuidade do
acabamento.
51. 5.5 LANÇAMENTO DO CONCRETO
O lançamento do concreto é importante devio à textura e o
acabamento superficial, devendo ser lançado de forma
contínua e com velocidade constante.
Geralmente é possível lançar o concreto diretamente com o
caminhão-betoneira, o que torna o trabalho mais ágil. Mas
bombas também podem ser utilizadas, sendo preferível a do
tipo lança, pois apresenta maior versatilidade e capacidade de
lançamento.
52. O lançamento deve ser feito sempre em camada única, e
a sua velocidade deve ser compatível com a condição de
vibração e acabamento do concreto, não sendo
recomendável que após o lançamento haja demora nos
trabalhos complementares.
53. 5.6 ADENSAMENTO
Deve ser feito com réguas vibratórias, devido às grandes
áreas dos pisos e suas baixas espessuras. Junto às
fôrmas é conveniente o emprego de vibradores de
imersão associados com as réguas, pois nesses locais a
eficiência das mesmas é sempre baixa.
Há equipamentos que fazem simultaneamente as
operações de espalhamento e adensamento, como a
Laser Screed, que espalham, vibram e dão um primeiro
acabamento, permitindo maior produtividade.
54.
55. 5.7 ACABAMENTO SUPERFICIAL
Seu desempenho depende diretamente dos materiais
empregados e, principalmente, da qualidade da mão-de-
obra.
O acabamento dos pisos de concreto pode ser de três tipos:
o liso espelhado, geralmente utilizado em áreas internas, o
vassourado (com ranhuras) e o camurçado (antiderrapantes),
indicado para áreas externas.
56. A maior parte dos equipamentos é composta por modelos simples e de
baixo custo, como o rodo de corte e o bull float (desempenadeira
metálica ou de madeira). A aspersão de agregados de alta dureza,
conhecida também como “salgamento superficial” ou dry-shake, é uma
alternativa que vem sendo empregada com frequência para
incrementar a resistência abrasiva, que está fortemente associada à
qualidade de acabamento e a resistência do concreto.
Existem dois tipos de acabadoras:
• Simples: é mais apropriada para placas pequenas de até 300m² ou
para pisos com muitas obstruções.
• Dupla: abrange uma área maior de uma só vez, tendendo a manter a
área plana, resultando em pisos mais lisos.
57.
58. Principais operações envolvidas na faze de acabamento do concreto:
• Corte: a passagem da régua vibratória, além de ser empregada no
adensamento da superfície, promove o nivelamento ou corte do concreto.
• Desempeno: utiliza desempenadeiras especiais para pisos, que podem ser
de aço, magnésio ou madeira.
• Rodo de corte: é a ferramenta mais simples, composta por um perfil de
alumínio retangular, adaptado a um cabo que permite mudar o ângulo de
ataque do perfil, fazendo com que ele corte o concreto quando puxado ou
empurrado.
• Desempeno ou Float Mecânico: geralmente são utilizados grandes discos
acoplados às desempenadeiras mecânicas, tendo como função a
compactação da superfície, “puxando” argamassa para cima.
• Alisamento mecânico: é o desempeno fino do concreto, que emprega
lâminas de aço, variando a sua inclinação, permitindo a obtenção de uma
superfície bastante dura.
59.
60.
61.
62. 5.8 CURA DO CONCRETO
A cura do concreto consiste em um conjunto de medidas tomadas para
manter as condições de hidratação do cimento, ou seja, umidade e
temperatura.
A cura do concreto, além de estar relacionada com a resistência, está
ligada aos problemas de superfície, podendo invalidar todos os meios
empregados na dosagem, mistura, lançamento, adensamento e
acabamento.
Ela pode ser dividida em duas etapas no período de hidratação do
concreto:
• Cura inicial: é executada imediatamente após o acabamento do
concreto.
• Complementar ou úmida: é feita com a colocação de materiais
absorventes na superfície.
63. 5.9 CORTE DAS JUNTAS
O corte das juntas deve iniciar-se assim que o concreto tiver
resistência suficiente para ser cortado sem que haja quebra
nas juntas, entre 10 a 15 horas após a concretagem.
O corte é feito por uma serra diamantada que possui um
disco giratório com possibilidade de regulagem da altura e
consequente aumento de profundidade do corte.
64.
65. 5.10 REVESTIMENTO
Os revestimentos de alto desempenho, também conhecidos
como RAD, são as camadas finais utilizadas em casos
específicos no pisos industriais, como elemento de reforço e
proteção, assim como aumentar a vida útil do piso e reduzir
custos de manutenção.
São empregados de acordo com a necessidade de acrescentar
características particulares ao piso. De acordo com sua
utilização prevista em projeto, garante proteção contra os
agentes químicos e mecânicos, agressões físicas e
bacteriológicas, requisitos higiênicos e estético, e controle de
rugosidade das superfícies lisas ou antiderrapante.
66. A seguinte tabela apresenta aspectos fundamentais para especificação do
RAD, considerando critérios específicos em relação ao desempenho
baseado nas atividades previstas na utilização do pavimento:
Fatores Pontos a observar
Intensidade e freqüência de tráfego de veículos e de pedestres,
Resistência á abrasão requerida. tipo de veiculo utilizado, carga transportada, tipo e tamanho
das rodas. Também é importante saber a freqüência de
limpeza.
Resistência ao impacto. Tipo e freqüência do impacto a que o revestimento estará
sujeito.
Resistência ao escorregamento. Detalhamento do tipo de perfil e textura requerida para o
revestimento, de forma a garantir a segurança de pessoas e
evitar a derrapagem de veículos.
67. Fatores Pontos a observar
A manutenção da limpeza superficial é critica para certas áreas e atividades.
Há sempre um balanço apropriado entre uma textura mais lisa que torne a
Facilidade de limpeza. superfície de fácil limpeza e uma mais rugosa que proporcione resistência ao
escorregamento. Um Revestimento bem conservado e limpo é um forte
atrativo em pisos de uso comercial, público ou industrial.
Ataque químico. Produtos químicos estarão em contato com o revestimento, bem como sua
concentração, temperatura e freqüência de contato
No revestimento de áreas de processamento ou estocagem de alimentos esses
Potabilidade e compatibilidade com alimentos revestimentos precisam atender critérios de potabilidade, pois pode causar
e bebidas. mal cheiro ou alterar o gosto de alimentos e bebidas.
A presença de vibração transmitida por equipamentos pode causar danos
Vibração. como de laminação e fissuras no substrato e no revestimento.
68. Fatores Pontos a observar
A intensidade e freqüência de possíveis choques térmicos também precisam ser
conhecidas. A não observância a estes aspectos é uma causa comum de
Choques térmicos.
delaminação dos revestimentos. São disponíveis sistemas de Revestimentos
mais flexíveis e tolerantes a estas situações de uso
Existem revestimentos formulados especificamente para atender as
necessidades de áreas de manuseio de inflamáveis ou que ofereçam risco e
Condutividade elétrica e dissipação de explosão ou ainda, áreas que ofereçam danos potenciais para equipamentos
eletricidade estática. eletrônicos sensíveis na indústria eletrônica ou em salas de cirurgia, por
exemplo
Certas atividades de precisão exigem pisos claros e de alta refletância luminosa.
O uso de revestimentos de base polimérica de cores claras e de acabamento liso
Refletância de luz.
permite a obtenção de elevada refletância, com implicação direta na segurança
da operação e na redução dos custos de iluminação
Áreas de processamento de remédios, vacinas e centros médicos requerem
Controle microbiológico.
revestimento que propiciem controle
Em usinas e áreas de transformação de energia atômica, esta propriedade é
requerida. Existem normas e procedimentos padrão que regulamentam esta
Descontaminação de radioatividade.
operação. No Brasil estes critérios são estabelecidos pelo CNEN
69. Existem diversos tipos de composição, mas as principais
bases químicas aglutinantes constituintes dos RAD são
poliméricas (resinas epóxi e poliuretano) e cimentícias.
As poliméricas podem variar de 0,1 mm até 6 mm de
espessura, dependendo da solicitação química ou mecânica
do piso. Já o RAD a base de materiais cimentícios, tem
espessura variável entre 2mm até 150 mm.
70. Tipo Espessura típica Uso
Selante de revestimentos
monolíticos espatulados ou de
Seladores de baixa espessura,
0,1 a 0,15mm epóxi-terrazzo, conferindo-lhes
aplicados em 1 ou 2 demãos.
maior resistência química e
facilidade de limpeza.
Alta resistência ao ataque
químico e elevada resistência a
abrasão, além de fácil limpeza.
Pinturas de alta espessura,
0,3 a 1mm Uso em industrias químicas, de
aplicadas em 1 ou mais camadas.
higiene e limpeza, alimentícias,
farmacêuticas, hospitais e
laboratórios.
71. Tipo Espessura típica Uso
Alta resistência mecânica a abrasão e ao
impacto, com superfície antiderrapante. Também
oferece elevada resistência ao ataque químico, se
selado com uma pintura adequada. Uso em
Revestimentos espatulados. 4 a 10mm
industrias metalúrgicas, áreas de montagem e
em áreas molhadas. O emprego de agregados
coloridos os habilita como revestimento
decorativo, em áreas comerciais.
Alta resistência mecânica, a abrasão, ao impacto
e elevada resistência química. A superfície lisa
Revestimentos
1,5 a 6mm permite fácil limpeza e assepsia. Uso em
autonivelantes.
industrias de higiene e limpeza, alimentícias,
farmacêuticas, hospitais e laboratórios.
Alta resistência a abrasão. Para uso em áreas que
requerem boa resistência mecânica e química,
Revestimentos constituídos mas não exigem resistência ao impacto. A
1,5 a 4mm
por camadas múltiplas. adoção de agregados coloridos habilita o seu uso
como revestimento decorativo em áreas
comerciais.
72. Tipo Espessura Uso
típica
Anta resistência química e a abrasão. Uso em industrias
0,6 a
Revestimentos laminados. químicas, petroquímicas e em industrias de papel e
2mm
celulose.
Revestimentos monolíticos ou para rejuntamento e
5a assentamento de cerâmicas e tijolos anticorrosivos,
Revestimentos anticorrosivos.
40mm constituídos de polímeros de cargas especiais. Uso com
barreira química em sistema anticorrosivos.
Revestimentos decorativo Epóxi- 4a Alta resistência a abrasão, de fácil limpeza. Uso em
terrazzo. 12mm aeroportos, escolas, shoppings e edificações comerciais.
0,2 a
Revestimentos antiderrapantes. Para o revestimento de rampas e escadas.
2mm
2a Para reparos rápidos e permanentes, reforço de bordas de
Materiais para reparos rápidos.
50mm juntas ou para a regularização de pisos existentes.
73. Espessura
Tipo Uso
típica
Produtos a base de cimento e óxido de alumínio Aumento de resistência a abrasão em pisos de concretos novos,
incorporados ao concreto fresco denominados 2 a 3 mm em áreas industriais em concretos novos, em áreas industriais
“endurecedores de superfície”. em depósitos e garagens.
Revestimentos espatulados a base de cimento,
8 a 20 mm Materiais para o reparo de pisos de concreto existentes.
agregados minerais e aditivos especiais.
Aumento de resistência a abrasão no revestimento de pisos de
Revestimentos espatulados a base de cimento
concreto novos ou existentes. Baixa permeabilidade a óleo e
modificado com polímero (SBR ou acrílico), 4 a 10 mm
graxa. Polimentos especiais e o polimento superficial pode
agregados minerais e aditivos especiais.
proporcionar efeito de curativo para uso de áreas comerciais.
Revestimentos autonivelantes á base de cimento De execução rápida e fácil, se prestam principalmente a
modificado com polímeros (SBR ou acrílico), 10 a 40 mm renovação de pisos existentes cujas superfícies encontram-se
agregados minerais e aditivos especiais. deterioradas.
Usados em reparos emergenciais e permanentes em pisos e em
Materiais a base de cimentos e aditivos especiais
5 a 150 mm pavimentos de concreto permitindo a rápida liberação para
para reparos rápidos.
tráfego (1,5 horas).
74. 5.10.1 Sistema de aplicação
Quanto ao sistema de aplicação, podem ser classificados como:
• Pintura: constituída de pintura de baixa e alta espessura;
• Autonivelante: constituídos por uma argamassa polimérica com
pequena quantidade de carga mineral e de consistência fluida;
• Multicamadas: constituído por uma matriz polimérica com
posterior incorporação de carga mineral cuja aplicação é feita em
camadas subsequentes;
• Argamassas/Espatulados: constituído por uma argamassa
polimérica com grande quantidade de carga mineral.
75. 5.10.2 Manutenção do revestimento
A necessidade de pequenos reparos geralmente tem origem na
queda de ferramentas e em choques mecânicos não
previstos, entre outros.
No caso de reparos superficiais, efetua-se a demarcação e a
delimitação geométrica da área a reparar, remove-se o
revestimento danificado nesta região, promove-se a preparação
da superfície remanescente e a limpeza do local e reconstitui-se
o revestimento com o mesmo tipo de RAD existente.
Para reparos de maior profundidade, existem produtos e
técnicas específicos para a reconstituição do substrato de
concreto, recompondo-se posteriormente o revestimento, de
maneira similar à descrita acima.
76. Como em qualquer obra da engenharia, o controle de
qualidade é fundamental.
Resume-se basicamente em controlar os materiais, ensaios
e escolhas do correto tipo de execução para garantir a
qualidade final desejada, sem acréscimo considerável de
custos.
77. As patologias em pisos industriais são causadas principalmente por
falhas de projeto, e falhas executivas, além da utilização não prevista e
inadequada do piso, gerando consequências sérias para o
desenvolvimento das operações industriais , como por exemplo, o
aumento dos custos com manutenção dos equipamentos, redução da
produção e restrição das operações de transporte de cargas, e
contaminações generalizadas.
• Patologias Estruturais: Provenientes da má preparação do subleito e/ou sub-
base, prejudicando a estabilidade e capacidade de suporte do piso.
• Patologias ligadas à execução: Causadas geralmente por atraso no corte das
juntas, cura inadequada, armaduras mal posicionadas e problemas de
acabamento.
78. 7.1 FISSURAS POR RETRAÇÃO
• Correspondem a 95% das fissuras encontradas.
• Caracterizam-se por serem regulares, originadas
geralmente por atraso no corte, reforço inadequado ou
restrição de movimento.
• Solução: a cada 5 a 10 cm da junta, basta selá-las com o
mesmo material utilizado nas juntas, caso contrário, é
necessário “costurar” a fissura.
79.
80. 7.2 EMPENAMENTO
• Uma cura mal executada causa empenamento do piso,
sendo que se pode solucionar o problema apenas através da
adequada cura do concreto (uso de mantas para cura úmida,
cura química e/ou utilização de vapor).
• Outros fatores são: a variação de umidade/temperatura
entre a parte superior e inferior do piso, sub-armação e
baixas espessuras do piso.
81.
82. 7.3 DESGASTE SUPERFICIAL
• É intimamente ligado á qualidade do concreto, já que se o
piso apresentar desgaste, o tráfego atuante sobre o piso é
maior do que a resistência mecânica do concreto utilizado.
• Solução: Aplicação de produtos reagentes (endurecedor
químico) ou aplicação de massas epoxídicas/uretânicas
(desde que haja aderência).
83.
84. 7.4 ESBORCINAMENTO
• Este problema reside unicamente na execução, já que a
quebra das bordas das juntas acontece pelo uso de
barras de transferência com diâmetro inadequado ou uso
de materiais de preenchimento errôneos (nas juntas).
• Solução: As juntas poderão ser tratadas com lábios pré-
fabricas ou revestidas com resinas
epoxídicas/poliuretânicas na superfície.
85.
86. 7.5 DESPLACAMENTO SUPERFICIAL
• Ocorre pelo selamento superficial prematuro: no momento
em que a exsudação do concreto está acontecendo, a água
fica "presa" sob a camada mais impermeável, promovendo o
seu destacamento. As causas que podem levar à
delaminação são diversas e muitas vezes controversas,
sendo de natureza construtiva ou uso de concreto
inadequado.
• Solução: O reparo do piso consiste inicialmente no recorte
da área danificada, formando uma figura geométrica regular,
e na regularização da superfície de modo a garantir a
espessura mínima para o material que será empregado no
reparo. O próximo passo é a aplicação de um primer e, em
seguida, da argamassa.