SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 88
Universidade Comunitária da Região de Chapecó
               UNOCHAPECÓ




                          Fábio Conci
                          Janaina Sehnem
                          Joana Valdameri
                          Monique Guerini

                          Engenharia Civil
                          Construção Civil II
O histórico dos pisos industriais no Brasil é bastante
recente, com pouco mais de 20 anos.

Conceito:
Piso de concreto armado diz respeito a elementos
estruturais, que tem como objetivo resistir e distribuir ao
subleito esforços verticais de carregamentos, através da
utilização de reforço de aço.
O piso de concreto armado é composto por placas de
concreto, armadura em telas soldadas posicionada a 1/3 da
face superior, unidos por juntas com barras de transferência.

São executados sobre uma sub-base, geralmente de brita
tratada com cimento e um solo de apoio.

Suas espessuras são menores que a do concreto simples, e o
índice de juntas também é menor, pois as armaduras
possibilitam execução de placas de maiores dimensões.
2.1 ACORDO COM A ESCOLA

• Européia: foca em pavimentos reforçados, empregando
telas soldadas, fibras de alto módulo ou protensão, que
acarretam em pavimentos esbeltos e placas de grandes
dimensões.
• Americana: trabalha essencialmente com concreto simples,
produzindo estruturas de elevada rigidez e placas de
pequenas dimensões.
2.2 DE ACORDO COM O REFORÇO ESTRUTURAL

• Pisos com armadura distribuída: é o mais popular dos
pavimentos industriais, constituído por uma estrutura em que
a armadura, geralmente uma tela soldada, é posicionada no
terço superior da placa de concreto.
• Pavimento estruturalmente armado: esse tipo de
pavimento possui uma armadura positiva posicionada na
parte inferior da placa de concreto, destinada a absorver
os esforços criados pelos carregamentos.
Armadura e espaçador plástico para garantir o posicionamento conforme projeto.
• Reforço com fibras: substituem a utilização da
armadura propriamente dita por fibras estruturais
metálicas (aço) ou sintéticas (macrofibras) e ainda
hoje temos disponíveis fibras de alto módulo como a
de vidro e a plástica.
Fibra de vidro e nylon.
• Piso protendido: tem a possibilidade de execução de
pisos praticamente sem juntas.
Concretagem de piso protendido.
• Fundação direta: corresponde à maioria dos pisos
industriais, e são aqueles que se apóiam diretamente sobre
o terreno (subleito) , havendo ou não o emprego de sub-
bases. A taxa admissível do terreno de fundação é
compatível com as cargas previstas no piso.

• Fundação profunda: são os pisos executados sobre
terrenos sem capacidade de suporte compatível com as
cargas solicitantes. Neste caso, algumas soluções são usadas,
como lajes apoiadas em vigas armadas, que descarregam os
esforços em pontos de apoio.
3.1 CIMENTO:
Sua escolha não deve basear-se exclusivamente na sua resistência
mecânica, mas na sua trabalhabilidade e durabilidade. Quanto ao
seu consumo, deve ser suficiente para permitir um bom
acabamento superficial, mas quando empregado em excesso
acaba contribuindo para o aumento da retração.

Os cimentos com adições tem pontos positivos e negativos.
Negativamente observa-se os elevados tempos de pega,
desfavorecendo o acabamento, e o longo intervalo que a
esxudação pode ocorrer, aumentando o risco de fissuras plásticas.
Como ponto positivo destaca-se o melhor desempenho em relação
aos ataques químicos, pricipalmente os cimentos de escória de
alto-forno.
3.2 AGREGADOS:

Representam cerca de 70% da composição do
concreto.

Seu emprego na produção de concreto pode ser
resumido em três motivos básicos:
• Redução dos custos;
• Aumento da capacidade estrutural e do módulo de
   elasticidade;
• Controle das variações volumétricas.
3.3 FIBRA SINTÉTICA

 As fibras sintéticas ou fibras plásticas são empregadas no
combate ou redução das fissuras de retração plástica, e
sua eficiência depende de diversos fatores, como a
relação        l/d,     comprimento,         módulo      de
elasticidade, dosagem e até mesmo as características do
próprio concreto.
3.4 SELANTES E MATERIAIS DE PREENCHIMENTO DE
                       JUNTAS

• Selantes: são materiais de natureza plástica, utilizados na vedação das juntas do
pavimento, permitindo a sua impermeabilização. Eles impedem a entrada de
partículas imcompressíveis na junta, que são extremamente nocivas ao
desempenho do pavimento. São divididos em duas categorias:
     Pré-moldados – tem suas forma previamente definida no processo
         industrial, e são posteriormente fixados às juntas através de adesivos.
         Esses selantes são fabricados em borracha sintéticas, como o neoprene.
         São bastante utilizados em pavimentos rodoviários, pois apresentam
         durabilidade superior aos selantes moldados in loco. Não são
         recomendados para uso em juntas de piso com tráfego de equipamento
         de rodas rígidas
     Moldados in loco – são vazados no local, onde as paredes da junta serão
         a própria fôrma do selante. Geralmente feitos de poliuretano ou asfalto
         modificado, mono ou bicomponentes, existindo também a família dos
         silicones.
Selante de Epóxi semi rígido.




                                Selante de poliuretano modificado quimicamente
                                                  com alcatrão.




Selante de Poliuretano.
• Materiais de preenchimento de juntas: são materiais
bicomponentes à base de resinas epoxídicas ou poli-
uréias, que devem ser empregados no caso de tráfego de
empilhadeiras de rodas rígidas, pois os selantes
tradicionais não protegem adequadamente as bordas das
juntas por serem facilmente deformáveis.

Em função de possuir baixa mobilidade, pode provocar o
deslocamento da junta, permitindo a entrada de
pequenas partículas, por isso, só devem ser empregados
em áreas limpas.
3.5 BARRA DE TRANSFERÊNCIA

São dispositivos mecânicos empregados para transferir
cargas entre placas separadas por juntas e são formadas
geralmente por barras de aço de seção circular ou
quadrada.

A barra deve ter superfície lisa e apresentar pelo menos
metade de seu comprimento com graxa ou com líquido
desmoldante para que impeça sua aderência ao
concreto, permitindo o seu deslocamento por este.
É necessário garantir o paralelismo das barras, tanto
horizontalmente como verticalmente através de
espaçadores devidamente fixados.
3.6 DISTANCIADORES

Ao se definir a altura de um distanciador, deve-se levar
sempre em conta o diâmetro das barras de
transferência e dos fios das telas soldadas a serem
posicionados.

Para a escolha do tipo de distanciador plástico, deve-se
observar     o   tipo    de     apoio    (brita,   brita
graduada, solo, concreto), o diâmetro do fio da tela
soldada e o cobrimento especificado.
3.7 TELA SOLDADA

De acordo com a NBR 7480 (ABNT, 2007), barras e fios de
aço destinados a armadura de concreto armado, têm as
seguintes definições:

• Barras: são produtos de diâmetro nominal maior do que
5 mm, obtidos exclusivamente pelo processo de laminação
a quente, classificado em CA25 ou CA50.

• Fios: possuem diâmetro nominal inferior a 10 mm,
obtidos por processo de trefilação a frio, classificado em
CA60.
Produzidas      em       fios   soldados,      formando       malhas
uniformes, classificadas em:

Q - malha quadrada com seção de aço nas duas direções;
L - malha retangular com armadura principal na direção longitudinal;
T - malha retangular com a armadura prinxipal na direção tranversal.

Depois da letra, existe uma numeração que indica a seção de aço na
direção principal. Ex: Q138, com área de 1,38cm²/m.
As     telas     podem     ser     fornecidas    em      painéis
com, aproximadamente, 2,4x6,0 m ou em rolos de 60m ou 120m. Sua
emenda é realizada com a superposição de pelo menos duas malhas
para tela com fios de diâmetro menor ou igual a 8mm, e para
diâmetros maiores, a emenda dependerá do diâmetro do fio e
aderência com o concreto.
3.8 LÍQUIDO ENDURECEDOR DE SUPERFÍCIE

Os líquidos para tratamento superficial surgiram a partir da
necessidade de solucionar problemas devido ao desgaste
do piso caracterizado pelo desprendimento de pó. Esses
produtos são à base de silicatos de sódio ou flúor silicatos
de magnésio, que penetram no concreto reagindo com o
hidróxido de sódio, formando assim o silicato de sódio ou
magnésio, que irá reduzir a porosidade e
consequentemente aumentar a resistência superficial do
concreto.
Revestimento aspergido de alta
                                                     resistência a abrasão.




Endurecedor de superfícies cimentícias de alto
desempenho, a base de flúor e silicatos de sódio e
magnésio.
3.9 ADITIVOS

São substâncias adicionadas ao concreto, na fase de
preparo (imediatamente antes ou durante o
amassamento) com finalidade de alterar as características
e propriedades mecânicas do concreto e em função de
necessidades, tais como: redução de retração, redução da
permeabilidade, aumento da durabilidade, diminuição do
calor de hidratação, retardamento ou aceleração da pega e
aumento da compacidade.
Aditivos                                 Propriedades

                          Retarda o tempo de pega conforme a dosagem,
    Retardadores.         prolongando assim a dissipação do calor de hidratação ao
                          longo do tempo, impedindo a perda rápida da água do
                          concreto lançado, devido à elevação da temperatura.


    Aceleradores.         Acelera a evolução da resistência inicial do concreto e da
                          pega da pasta de cimento durante o endurecimento.


                          Redução da relação a/c, mantendo a trabalhabilidade
    Plastificantes.       desejada ou, como alternativa, aumenta a trabalhabilidade
                          com uma mesma relação a/c, reduzindo a permeabilidade
                          do concreto.



                          Proporciona a obtenção de concretos auto-adensáveis e
                          com alta fluidez, e pode reduzir em até 25% a água de
  Superplastificantes
                          amassamento, resultando em maiores resistências e menor
(ou redutores de água).
                          permeabilidade de concretos.
Aditivos                            Propriedades



                       É indicado para a impermeabilização de subsolos,
                       cortinas, poços de elevadores, muros de arrimo,
Impermeabilizantes     reservatórios, estruturas sujeitas à infiltração do
                       lençol freático, etc.


                       Incorpora aos concretos minúsculas bolhas
                       esféricas de ar, uniformemente distribuídas,
Incorporadores de ar   permitindo a redução da água de amassamento,
                       melhorando a qualidade do concreto, reduzindo a
                       segregação e aumentando a trabalhabilidade




                       Provoca uma ligeira expansão ainda no estado
    Expansores         fresco durante a pega (3 a 8% do volume
                       dependendo do produto e da marca), aumentando
                       a aderência e a impermeabilidade.
O aumento do carregamento dos pisos industriais leva ao
aumento das tensões do mesmo, ocasionando patologias.
Soluções têm sido estudadas, embora seja fato que toda a
responsabilidade é das juntas, pois esse aumento das
cargas leva ao aumento de tensões nas juntas e,
conseqüentemente, a deformações do piso.
4.1 FUNÇÃO DA JUNTAS

As juntas são detalhes construtivos que devem permitir
as movimentações de retração e dilatação do concreto
e a adequada transferência de carga entre placas
contíguas, mantendo a planicidade e assegurando a
qualidade do piso.

O piso industrial está sujeito a diversas tensões, como
as de retração plástica do concreto, retração e dilatação
por variações térmicas, empenamento das placas, o
carregamento estático (cargas distribuídas ou pontuais
– prateleiras) e móvel (empilhadeiras de rodas
pneumáticas ou rígidas).
4.2 TIPOS DE JUNTAS
4.2.1 Juntas de Construção

São as juntas construtivas de um pavimento, sendo que
seu espaçamento está limitado ao tipo de equipamento
utilizado, a geometria da área e aos índices de planicidade
a serem obtidos.

As juntas de construção podem possuir encaixes do tipo
macho e fêmea ou utilizar barras de transferência. As do
tipo macho e fêmea têm o emprego reduzido por
possuírem baixa capacidade de transferência de carga.
Detalhe de uma
junta de construção
com barras de transferência.
4.2.2 Juntas Serradas ou de Retração

O processo construtivo utilizado atualmente prevê a
concretagem em faixas e limitadas em sua largura pelas juntas
longitudinais de construção. Logo após o acabamento no
concreto, deve-se iniciar o corte das juntas de retração.

O corte deve ter pelo menos 40mm e ser maior do que 1/3 da
espessura da placa.

Sua execução prevê a concretagem em faixas limitadas em sua
largura pelas juntas longitudinais de construção. Logo após
inicia-se o corte das juntas transversais de retração.
4.2.3 Juntas de Encontro ou Expansão

As juntas de encontro são fundamentais para isolar o piso de
outras estruturas como as vigas de baldrame, blocos de
concreto, pilares e outras estruturas.
A junta de expansão não é usual entre placas, onde é
conhecida como junta de dilatação, ocorrendo apenas em
situações especiais,
como mudança de
direção de tráfego.
Juntas de encontro tipo diamante e circular.
4.2.4 Mecanismo de transferência de cargas

Caso não seja previsto mecanismos de transferência de
carga nas juntas, o dimensionamento deverá ser
efetuado pela posição de carga mais desfavorável
, borda ou canto.

Os pisos são dimensionados de modo a garantir a
continuidade do piso nas juntas, considerando a carga
atuando longe das bordas livres.

Hoje o tipo mais comum são as barras de
transferência, em função da praticidade e da eficácia
que permitem.
A execução do piso começa pelo desenvolvimento de um projeto
específico, onde deve-se levar em consideração o estudo do solo
local, tipos de utilização e equipamentos. Antes da escolha do
sistema devem ser observadas algumas carcterísticas, como o
estudo do solo no qual o piso será apoiado, tipos de ataques
físicos a serem suportados, tipo de transporte que circulará por
sua suporfície, temperatura de operação do ambiente e exposição
ou não a intempéries.

As     equipes   devem     ser   devidamente    treinadas  e
qualificadas, sendo aconselhável a construção de um trecho
preliminar, com objetivo experimental e que poderá ser usado
também para a definição do padrão de qualidade.
5.1 EXECUÇÃO DA FUNDAÇÃO DO PISO
A fundação do piso é composta pelo preparo do sub-leito e
da sub-base, seguida, eventualmente, pelo isolamento
desta com a placa de concreto.

• Sub-leito: O preparo do subleito visa garantir a
compactação exigida em projeto.
• Sub-base: Tem três funções principais, sendo elas:
drenagem, função estrutural, dando maior capacidade de
suporte, e homogeneidade.
• Isolamento da placa com a sub-base: Constituído por
um filme plástico que tem como função reduzir o
coeficiente de atrito entre a placa de concreto e a sub-
base, e a formação de uma barreira de vapor que impede
a ascensão da umidade.
5.2 FÔRMAS

As fôrmas mais utilizadas são compostas por perfis
metálicos dobrados ou madeira de lei, normalmente
empregadas na execução de pisos com índices de
nivelamento rigorosos, pois permitem retalhos
mesmo com a fôrma instalada.

O sistema de fixação é feito com pontas de ferro com
diâmetro de pelo menos 16mm, cunhas de madeira,
complementado por bolas de concreto que devem ter
o mesmo nível de resistência do concreto da placa.
A altura da fôrma deve ser ligeiramente menor que a expessura
do piso para facilitar o assentamento e fixação, devendo atender
aos seguintes requisitos:
    • Possuir linearidade superior a 3mm em 5 metros;
    • Ser rígida o suficiente para suportar as pressões laterais;
    • Ser estruturada para suportar os equipamentos de
    adensamento;
    • Deve ser leve para permitir o manuseio sem o emprego de
    equipamentos pesados e prática para que a montagem seja
    rápida e simples;
    • Os furos feitos para colocação das barras de transferência
    devem ter diâmetros que permitam a remoção da fôrma com
    facilidade.
5.3 POSICIONAMENTO DA ARMADURA

• Armadura superior: para projetos que utilizam telas soldadas
em camadas únicas a colocação da armadura se dá a 1/3 da
altura da placa de concreto, e o posicionamento pode ser por
dois caminhos:
-Utilização de caranguejos, que consiste em um pedaço de
barra de aço dobrada, de maneira
que a base tenha sustentação para
manter posicionada a armadura.



- Utilização de distanciadores soldados, que consiste em
distribuir linhas ou colunas de distanciadores soldados,
afastadas aproximadamente 80cm umas das outras.
Armadura inferior: nos pisos e pavimentos estruturalmente
armados temos a presença de aço na face inferior das
placas, cujo comprimento será de grande importância para a
vida útil das estruturas. Os mais empregados são os
distanciadores plásticos, devendo ser utilizado na razão de 4
a 5 m².
Nivelamento a laser ou óptico das fôrmas e montagem das armaduras.
5.4 SEQUÊNCIA DA CONCRETAGEM

A sequência de concretagem deve ser executada em faixas
alternadas, onde um longo pano é concretado e
posteriormente as placas são cortadas, fazendo com que haja
continuidade nas juntas longitudinais.
Deste modo haverá sempre uma faixa livre contínua,
permitindo a passagem
dos equipamentos e a
continuidade do
 acabamento.
5.5 LANÇAMENTO DO CONCRETO

O lançamento do concreto é importante devio à textura e o
acabamento superficial, devendo ser lançado de forma
contínua e com velocidade constante.

Geralmente é possível lançar o concreto diretamente com o
caminhão-betoneira, o que torna o trabalho mais ágil. Mas
bombas também podem ser utilizadas, sendo preferível a do
tipo lança, pois apresenta maior versatilidade e capacidade de
lançamento.
O lançamento deve ser feito sempre em camada única, e
a sua velocidade deve ser compatível com a condição de
vibração e acabamento do concreto, não sendo
recomendável que após o lançamento haja demora nos
trabalhos complementares.
5.6 ADENSAMENTO

Deve ser feito com réguas vibratórias, devido às grandes
áreas dos pisos e suas baixas espessuras. Junto às
fôrmas é conveniente o emprego de vibradores de
imersão associados com as réguas, pois nesses locais a
eficiência das mesmas é sempre baixa.

Há equipamentos que fazem simultaneamente as
operações de espalhamento e adensamento, como a
Laser Screed, que espalham, vibram e dão um primeiro
acabamento, permitindo maior produtividade.
5.7 ACABAMENTO SUPERFICIAL

Seu desempenho depende diretamente dos materiais
empregados e, principalmente, da qualidade da mão-de-
obra.

O acabamento dos pisos de concreto pode ser de três tipos:
o liso espelhado, geralmente utilizado em áreas internas, o
vassourado (com ranhuras) e o camurçado (antiderrapantes),
indicado para áreas externas.
A maior parte dos equipamentos é composta por modelos simples e de
baixo custo, como o rodo de corte e o bull float (desempenadeira
metálica ou de madeira). A aspersão de agregados de alta dureza,
conhecida também como “salgamento superficial” ou dry-shake, é uma
alternativa que vem sendo empregada com frequência para
incrementar a resistência abrasiva, que está fortemente associada à
qualidade de acabamento e a resistência do concreto.

Existem dois tipos de acabadoras:

• Simples: é mais apropriada para placas pequenas de até 300m² ou
para pisos com muitas obstruções.
• Dupla: abrange uma área maior de uma só vez, tendendo a manter a
área plana, resultando em pisos mais lisos.
Principais operações envolvidas na faze de acabamento do concreto:

• Corte: a passagem da régua vibratória, além de ser empregada no
adensamento da superfície, promove o nivelamento ou corte do concreto.

• Desempeno: utiliza desempenadeiras especiais para pisos, que podem ser
de aço, magnésio ou madeira.

• Rodo de corte: é a ferramenta mais simples, composta por um perfil de
alumínio retangular, adaptado a um cabo que permite mudar o ângulo de
ataque do perfil, fazendo com que ele corte o concreto quando puxado ou
empurrado.

• Desempeno ou Float Mecânico: geralmente são utilizados grandes discos
acoplados às desempenadeiras mecânicas, tendo como               função   a
compactação da superfície, “puxando” argamassa para cima.

• Alisamento mecânico: é o desempeno fino do concreto, que emprega
lâminas de aço, variando a sua inclinação, permitindo a obtenção de uma
superfície bastante dura.
5.8 CURA DO CONCRETO
A cura do concreto consiste em um conjunto de medidas tomadas para
manter as condições de hidratação do cimento, ou seja, umidade e
temperatura.

A cura do concreto, além de estar relacionada com a resistência, está
ligada aos problemas de superfície, podendo invalidar todos os meios
empregados na dosagem, mistura, lançamento, adensamento e
acabamento.

Ela pode ser dividida em duas etapas no período de hidratação do
concreto:
• Cura inicial: é executada imediatamente após o acabamento do
concreto.
• Complementar ou úmida: é feita com a colocação de materiais
absorventes na superfície.
5.9 CORTE DAS JUNTAS
O corte das juntas deve iniciar-se assim que o concreto tiver
resistência suficiente para ser cortado sem que haja quebra
nas juntas, entre 10 a 15 horas após a concretagem.
O corte é feito por uma serra diamantada que possui um
disco giratório com possibilidade de regulagem da altura e
consequente aumento de profundidade do corte.
5.10 REVESTIMENTO

Os revestimentos de alto desempenho, também conhecidos
como RAD, são as camadas finais utilizadas em casos
específicos no pisos industriais, como elemento de reforço e
proteção, assim como aumentar a vida útil do piso e reduzir
custos de manutenção.

São empregados de acordo com a necessidade de acrescentar
características particulares ao piso. De acordo com sua
utilização prevista em projeto, garante proteção contra os
agentes químicos e mecânicos, agressões físicas e
bacteriológicas, requisitos higiênicos e estético, e controle de
rugosidade das superfícies lisas ou antiderrapante.
A seguinte tabela apresenta aspectos fundamentais para especificação do
RAD, considerando critérios específicos em relação ao desempenho
baseado nas atividades previstas na utilização do pavimento:

                    Fatores                                     Pontos a observar



                                            Intensidade e freqüência de tráfego de veículos e de pedestres,
         Resistência á abrasão requerida.     tipo de veiculo utilizado, carga transportada, tipo e tamanho
                                                 das rodas. Também é importante saber a freqüência de
                                                                          limpeza.




             Resistência ao impacto.          Tipo e freqüência do impacto a que o revestimento estará
                                                                      sujeito.




         Resistência ao escorregamento.       Detalhamento do tipo de perfil e textura requerida para o
                                             revestimento, de forma a garantir a segurança de pessoas e
                                                         evitar a derrapagem de veículos.
Fatores                                                   Pontos a observar



                                                A manutenção da limpeza superficial é critica para certas áreas e atividades.
                                                 Há sempre um balanço apropriado entre uma textura mais lisa que torne a
           Facilidade de limpeza.               superfície de fácil limpeza e uma mais rugosa que proporcione resistência ao
                                                  escorregamento. Um Revestimento bem conservado e limpo é um forte
                                                          atrativo em pisos de uso comercial, público ou industrial.




              Ataque químico.                   Produtos químicos estarão em contato com o revestimento, bem como sua
                                                           concentração, temperatura e freqüência de contato



                                               No revestimento de áreas de processamento ou estocagem de alimentos esses
Potabilidade e compatibilidade com alimentos    revestimentos precisam atender critérios de potabilidade, pois pode causar
                   e bebidas.                              mal cheiro ou alterar o gosto de alimentos e bebidas.



                                                 A presença de vibração transmitida por equipamentos pode causar danos
                 Vibração.                            como de laminação e fissuras no substrato e no revestimento.
Fatores                                                 Pontos a observar

                                         A intensidade e freqüência de possíveis choques térmicos também precisam ser
                                             conhecidas. A não observância a estes aspectos é uma causa comum de
         Choques térmicos.
                                           delaminação dos revestimentos. São disponíveis sistemas de Revestimentos
                                                       mais flexíveis e tolerantes a estas situações de uso

                                              Existem revestimentos formulados especificamente para atender as
                                          necessidades de áreas de manuseio de inflamáveis ou que ofereçam risco e
Condutividade elétrica e dissipação de    explosão ou ainda, áreas que ofereçam danos potenciais para equipamentos
           eletricidade estática.           eletrônicos sensíveis na indústria eletrônica ou em salas de cirurgia, por
                                                                             exemplo

                                         Certas atividades de precisão exigem pisos claros e de alta refletância luminosa.
                                         O uso de revestimentos de base polimérica de cores claras e de acabamento liso
          Refletância de luz.
                                         permite a obtenção de elevada refletância, com implicação direta na segurança
                                                       da operação e na redução dos custos de iluminação

                                           Áreas de processamento de remédios, vacinas e centros médicos requerem
      Controle microbiológico.
                                                             revestimento que propiciem controle

                                           Em usinas e áreas de transformação de energia atômica, esta propriedade é
                                           requerida. Existem normas e procedimentos padrão que regulamentam esta
Descontaminação de radioatividade.
                                                 operação. No Brasil estes critérios são estabelecidos pelo CNEN
Existem diversos tipos de composição, mas as principais
bases químicas aglutinantes constituintes dos RAD são
poliméricas (resinas epóxi e poliuretano) e cimentícias.

As poliméricas podem variar de 0,1 mm até 6 mm de
espessura, dependendo da solicitação química ou mecânica
do piso. Já o RAD a base de materiais cimentícios, tem
espessura variável entre 2mm até 150 mm.
Tipo                     Espessura típica             Uso



                                                        Selante de revestimentos
                                                      monolíticos espatulados ou de
 Seladores de baixa espessura,
                                       0,1 a 0,15mm   epóxi-terrazzo, conferindo-lhes
 aplicados em 1 ou 2 demãos.
                                                       maior resistência química e
                                                          facilidade de limpeza.




                                                         Alta resistência ao ataque
                                                      químico e elevada resistência a
                                                      abrasão, além de fácil limpeza.
   Pinturas de alta espessura,
                                        0,3 a 1mm     Uso em industrias químicas, de
aplicadas em 1 ou mais camadas.
                                                      higiene e limpeza, alimentícias,
                                                         farmacêuticas, hospitais e
                                                                laboratórios.
Tipo                  Espessura típica                     Uso

                                                      Alta resistência mecânica a abrasão e ao
                                                impacto, com superfície antiderrapante. Também
                                                oferece elevada resistência ao ataque químico, se
                                                    selado com uma pintura adequada. Uso em
Revestimentos espatulados.         4 a 10mm
                                                  industrias metalúrgicas, áreas de montagem e
                                                  em áreas molhadas. O emprego de agregados
                                                      coloridos os habilita como revestimento
                                                          decorativo, em áreas comerciais.



                                                Alta resistência mecânica, a abrasão, ao impacto
                                                 e elevada resistência química. A superfície lisa
     Revestimentos
                                   1,5 a 6mm        permite fácil limpeza e assepsia. Uso em
     autonivelantes.
                                                  industrias de higiene e limpeza, alimentícias,
                                                     farmacêuticas, hospitais e laboratórios.



                                                Alta resistência a abrasão. Para uso em áreas que
                                                 requerem boa resistência mecânica e química,
Revestimentos constituídos                          mas não exigem resistência ao impacto. A
                                   1,5 a 4mm
  por camadas múltiplas.                        adoção de agregados coloridos habilita o seu uso
                                                     como revestimento decorativo em áreas
                                                                    comerciais.
Tipo                     Espessura                          Uso
                                    típica

                                                Anta resistência química e a abrasão. Uso em industrias
                                       0,6 a
   Revestimentos laminados.                       químicas, petroquímicas e em industrias de papel e
                                       2mm
                                                                       celulose.


                                                  Revestimentos monolíticos ou para rejuntamento e
                                       5a         assentamento de cerâmicas e tijolos anticorrosivos,
 Revestimentos anticorrosivos.
                                      40mm      constituídos de polímeros de cargas especiais. Uso com
                                                      barreira química em sistema anticorrosivos.



Revestimentos decorativo Epóxi-        4a        Alta resistência a abrasão, de fácil limpeza. Uso em
          terrazzo.                   12mm     aeroportos, escolas, shoppings e edificações comerciais.


                                       0,2 a
Revestimentos antiderrapantes.                        Para o revestimento de rampas e escadas.
                                       2mm


                                       2a      Para reparos rápidos e permanentes, reforço de bordas de
Materiais para reparos rápidos.
                                      50mm         juntas ou para a regularização de pisos existentes.
Espessura
                     Tipo                                                                    Uso
                                                      típica
Produtos a base de cimento e óxido de alumínio                   Aumento de resistência a abrasão em pisos de concretos novos,
 incorporados ao concreto fresco denominados         2 a 3 mm     em áreas industriais em concretos novos, em áreas industriais
        “endurecedores de superfície”.                                              em depósitos e garagens.

 Revestimentos espatulados a base de cimento,
                                                    8 a 20 mm       Materiais para o reparo de pisos de concreto existentes.
    agregados minerais e aditivos especiais.

                                                                 Aumento de resistência a abrasão no revestimento de pisos de
 Revestimentos espatulados a base de cimento
                                                                  concreto novos ou existentes. Baixa permeabilidade a óleo e
  modificado com polímero (SBR ou acrílico),        4 a 10 mm
                                                                   graxa. Polimentos especiais e o polimento superficial pode
    agregados minerais e aditivos especiais.
                                                                  proporcionar efeito de curativo para uso de áreas comerciais.


Revestimentos autonivelantes á base de cimento                       De execução rápida e fácil, se prestam principalmente a
  modificado com polímeros (SBR ou acrílico),       10 a 40 mm    renovação de pisos existentes cujas superfícies encontram-se
    agregados minerais e aditivos especiais.                                              deterioradas.

                                                                 Usados em reparos emergenciais e permanentes em pisos e em
Materiais a base de cimentos e aditivos especiais
                                                    5 a 150 mm     pavimentos de concreto permitindo a rápida liberação para
              para reparos rápidos.
                                                                                     tráfego (1,5 horas).
5.10.1 Sistema de aplicação

Quanto ao sistema de aplicação, podem ser classificados como:

• Pintura: constituída de pintura de baixa e alta espessura;
• Autonivelante: constituídos por uma argamassa polimérica com
pequena quantidade de carga mineral e de consistência fluida;
• Multicamadas: constituído por uma matriz polimérica com
posterior incorporação de carga mineral cuja aplicação é feita em
camadas subsequentes;
• Argamassas/Espatulados: constituído por uma argamassa
polimérica com grande quantidade de carga mineral.
5.10.2 Manutenção do revestimento

A necessidade de pequenos reparos geralmente tem origem na
queda de ferramentas e em choques mecânicos não
previstos, entre outros.
No caso de reparos superficiais, efetua-se a demarcação e a
delimitação geométrica da área a reparar, remove-se o
revestimento danificado nesta região, promove-se a preparação
da superfície remanescente e a limpeza do local e reconstitui-se
o revestimento com o mesmo tipo de RAD existente.
Para reparos de maior profundidade, existem produtos e
técnicas específicos para a reconstituição do substrato de
concreto, recompondo-se posteriormente o revestimento, de
maneira similar à descrita acima.
Como em qualquer obra da engenharia, o controle de
qualidade é fundamental.

Resume-se basicamente em controlar os materiais, ensaios
e escolhas do correto tipo de execução para garantir a
qualidade final desejada, sem acréscimo considerável de
custos.
As patologias em pisos industriais são causadas principalmente por
falhas de projeto, e falhas executivas, além da utilização não prevista e
inadequada do piso, gerando consequências sérias para o
desenvolvimento das operações industriais , como por exemplo, o
aumento dos custos com manutenção dos equipamentos, redução da
produção e restrição das operações de transporte de cargas, e
contaminações generalizadas.

• Patologias Estruturais: Provenientes da má preparação do subleito e/ou sub-
base, prejudicando a estabilidade e capacidade de suporte do piso.

• Patologias ligadas à execução: Causadas geralmente por atraso no corte das
juntas, cura inadequada, armaduras mal posicionadas e problemas de
acabamento.
7.1 FISSURAS POR RETRAÇÃO

• Correspondem a 95% das fissuras encontradas.


• Caracterizam-se  por serem regulares, originadas
geralmente por atraso no corte, reforço inadequado ou
restrição de movimento.

• Solução: a cada 5 a 10 cm da junta, basta selá-las com o
mesmo material utilizado nas juntas, caso contrário, é
necessário “costurar” a fissura.
7.2 EMPENAMENTO

• Uma cura mal executada causa empenamento do piso,
sendo que se pode solucionar o problema apenas através da
adequada cura do concreto (uso de mantas para cura úmida,
cura química e/ou utilização de vapor).

• Outros fatores são: a variação de umidade/temperatura
entre a parte superior e inferior do piso, sub-armação e
baixas espessuras do piso.
7.3 DESGASTE SUPERFICIAL

• É intimamente ligado á qualidade do concreto, já que se o
piso apresentar desgaste, o tráfego atuante sobre o piso é
maior do que a resistência mecânica do concreto utilizado.

• Solução: Aplicação de produtos reagentes (endurecedor
químico) ou aplicação de massas epoxídicas/uretânicas
(desde que haja aderência).
7.4 ESBORCINAMENTO

• Este problema reside unicamente na execução, já que a
quebra das bordas das juntas acontece pelo uso de
barras de transferência com diâmetro inadequado ou uso
de materiais de preenchimento errôneos (nas juntas).

• Solução: As juntas poderão ser tratadas com lábios pré-
fabricas     ou        revestidas        com      resinas
epoxídicas/poliuretânicas na superfície.
7.5 DESPLACAMENTO SUPERFICIAL

• Ocorre pelo selamento superficial prematuro: no momento
em que a exsudação do concreto está acontecendo, a água
fica "presa" sob a camada mais impermeável, promovendo o
seu destacamento. As causas que podem levar à
delaminação são diversas e muitas vezes controversas,
sendo de natureza construtiva ou uso de concreto
inadequado.

• Solução: O reparo do piso consiste inicialmente no recorte
da área danificada, formando uma figura geométrica regular,
e na regularização da superfície de modo a garantir a
espessura mínima para o material que será empregado no
reparo. O próximo passo é a aplicação de um primer e, em
seguida, da argamassa.
Pisos Industriais Concreto Armado
Pisos Industriais Concreto Armado

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Alvenaria 2
Alvenaria 2Alvenaria 2
Alvenaria 2
 
Alvenaria estrutural
Alvenaria estruturalAlvenaria estrutural
Alvenaria estrutural
 
Alvenarias
AlvenariasAlvenarias
Alvenarias
 
Aula 02 alvenaria
Aula 02   alvenariaAula 02   alvenaria
Aula 02 alvenaria
 
Concreto pesado
Concreto pesadoConcreto pesado
Concreto pesado
 
Apresentação md
Apresentação mdApresentação md
Apresentação md
 
Vedaes verticais ap
Vedaes verticais apVedaes verticais ap
Vedaes verticais ap
 
Alvenaria
AlvenariaAlvenaria
Alvenaria
 
Aula 1 concreto armado
Aula 1 concreto armado Aula 1 concreto armado
Aula 1 concreto armado
 
Concreto 01
Concreto 01Concreto 01
Concreto 01
 
Construções em alvenaria
Construções em alvenariaConstruções em alvenaria
Construções em alvenaria
 
Alvenaria
AlvenariaAlvenaria
Alvenaria
 
Marcela, Rafael e Thais - Concreto Armado
Marcela, Rafael e Thais - Concreto ArmadoMarcela, Rafael e Thais - Concreto Armado
Marcela, Rafael e Thais - Concreto Armado
 
Sistema construtivo
Sistema construtivoSistema construtivo
Sistema construtivo
 
Argamassas
ArgamassasArgamassas
Argamassas
 
Relacão água e cimento materiais de construção
Relacão água e cimento   materiais de construçãoRelacão água e cimento   materiais de construção
Relacão água e cimento materiais de construção
 
Alvenaria
AlvenariaAlvenaria
Alvenaria
 
Palestra Drywall
Palestra DrywallPalestra Drywall
Palestra Drywall
 
Pedra artificial ceramica
Pedra artificial ceramicaPedra artificial ceramica
Pedra artificial ceramica
 
Tipos de concreto glossário
Tipos de concreto   glossárioTipos de concreto   glossário
Tipos de concreto glossário
 

Destaque

Quadrant apresentação revestimento tivar 88 pt
Quadrant   apresentação revestimento tivar 88 ptQuadrant   apresentação revestimento tivar 88 pt
Quadrant apresentação revestimento tivar 88 ptMarcos Sasaki
 
Tecnologia de poliureia - recuperação de pisos
Tecnologia de poliureia  -  recuperação de pisosTecnologia de poliureia  -  recuperação de pisos
Tecnologia de poliureia - recuperação de pisosMarmai
 
Apresentação ceramica
Apresentação ceramica Apresentação ceramica
Apresentação ceramica Henriqued
 
Reflexões sobre temas polêmicos
Reflexões sobre temas polêmicosReflexões sobre temas polêmicos
Reflexões sobre temas polêmicosJAIRO ALVES
 
Revestimento industrial
Revestimento industrialRevestimento industrial
Revestimento industrialrayssaaelias
 
Aula 06 eq 2015 01 fameg qualidade estrategica 07 04
Aula 06 eq 2015 01 fameg qualidade estrategica 07 04Aula 06 eq 2015 01 fameg qualidade estrategica 07 04
Aula 06 eq 2015 01 fameg qualidade estrategica 07 04Claudio Bernardi Stringari
 
Synerhgon _ Qualidade, Engenharia, Administração, Sistemas, Operação
Synerhgon _ Qualidade, Engenharia, Administração, Sistemas, OperaçãoSynerhgon _ Qualidade, Engenharia, Administração, Sistemas, Operação
Synerhgon _ Qualidade, Engenharia, Administração, Sistemas, OperaçãoHenrique V. Mäder
 
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.Thiagoooooo
 

Destaque (13)

Quadrant apresentação revestimento tivar 88 pt
Quadrant   apresentação revestimento tivar 88 ptQuadrant   apresentação revestimento tivar 88 pt
Quadrant apresentação revestimento tivar 88 pt
 
Apresentacao_HVC
Apresentacao_HVCApresentacao_HVC
Apresentacao_HVC
 
Grade de piso - Cosiaço
Grade de piso - CosiaçoGrade de piso - Cosiaço
Grade de piso - Cosiaço
 
Tecnologia de poliureia - recuperação de pisos
Tecnologia de poliureia  -  recuperação de pisosTecnologia de poliureia  -  recuperação de pisos
Tecnologia de poliureia - recuperação de pisos
 
Apresentação ceramica
Apresentação ceramica Apresentação ceramica
Apresentação ceramica
 
Reflexões sobre temas polêmicos
Reflexões sobre temas polêmicosReflexões sobre temas polêmicos
Reflexões sobre temas polêmicos
 
Revestimento industrial
Revestimento industrialRevestimento industrial
Revestimento industrial
 
Chapa expandida - Aplicações e Vantagens - Cosiaço
Chapa expandida  - Aplicações e Vantagens - CosiaçoChapa expandida  - Aplicações e Vantagens - Cosiaço
Chapa expandida - Aplicações e Vantagens - Cosiaço
 
Sobre Piso de Alta Resistência
Sobre Piso de Alta ResistênciaSobre Piso de Alta Resistência
Sobre Piso de Alta Resistência
 
Aula 06 eq 2015 01 fameg qualidade estrategica 07 04
Aula 06 eq 2015 01 fameg qualidade estrategica 07 04Aula 06 eq 2015 01 fameg qualidade estrategica 07 04
Aula 06 eq 2015 01 fameg qualidade estrategica 07 04
 
Synerhgon _ Qualidade, Engenharia, Administração, Sistemas, Operação
Synerhgon _ Qualidade, Engenharia, Administração, Sistemas, OperaçãoSynerhgon _ Qualidade, Engenharia, Administração, Sistemas, Operação
Synerhgon _ Qualidade, Engenharia, Administração, Sistemas, Operação
 
Apresentação (1)
Apresentação (1)Apresentação (1)
Apresentação (1)
 
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
 

Semelhante a Pisos Industriais Concreto Armado

Semelhante a Pisos Industriais Concreto Armado (20)

Folheto estradas concreto
Folheto estradas concretoFolheto estradas concreto
Folheto estradas concreto
 
01 introducao
01 introducao01 introducao
01 introducao
 
concretos1.pdf
concretos1.pdfconcretos1.pdf
concretos1.pdf
 
Dicas
DicasDicas
Dicas
 
Concreto 01
Concreto 01Concreto 01
Concreto 01
 
Muros de arrimo
Muros de arrimoMuros de arrimo
Muros de arrimo
 
Dosagem do concreto_g2
Dosagem do concreto_g2Dosagem do concreto_g2
Dosagem do concreto_g2
 
Muros de Contenção
Muros de ContençãoMuros de Contenção
Muros de Contenção
 
Dosagem do concreto
Dosagem do concretoDosagem do concreto
Dosagem do concreto
 
Processo contrutivo
Processo contrutivoProcesso contrutivo
Processo contrutivo
 
Aula1concretomatec 120507165933-phpapp01
Aula1concretomatec 120507165933-phpapp01Aula1concretomatec 120507165933-phpapp01
Aula1concretomatec 120507165933-phpapp01
 
Apresentação ceramica
Apresentação ceramica Apresentação ceramica
Apresentação ceramica
 
Concreto de alto desempenho, CAD
Concreto de alto desempenho, CADConcreto de alto desempenho, CAD
Concreto de alto desempenho, CAD
 
O concreto
O concreto O concreto
O concreto
 
Concreto Protendido
Concreto ProtendidoConcreto Protendido
Concreto Protendido
 
Aula 7 argamassas
Aula 7   argamassasAula 7   argamassas
Aula 7 argamassas
 
Manual técnico laje
Manual técnico lajeManual técnico laje
Manual técnico laje
 
Apostila concreto armado_libanio_reduzida
Apostila concreto armado_libanio_reduzidaApostila concreto armado_libanio_reduzida
Apostila concreto armado_libanio_reduzida
 
1d vazios concreto
1d   vazios concreto1d   vazios concreto
1d vazios concreto
 
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptxCARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
 

Último

ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfManuais Formação
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 

Último (20)

CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 

Pisos Industriais Concreto Armado

  • 1. Universidade Comunitária da Região de Chapecó UNOCHAPECÓ Fábio Conci Janaina Sehnem Joana Valdameri Monique Guerini Engenharia Civil Construção Civil II
  • 2. O histórico dos pisos industriais no Brasil é bastante recente, com pouco mais de 20 anos. Conceito: Piso de concreto armado diz respeito a elementos estruturais, que tem como objetivo resistir e distribuir ao subleito esforços verticais de carregamentos, através da utilização de reforço de aço.
  • 3. O piso de concreto armado é composto por placas de concreto, armadura em telas soldadas posicionada a 1/3 da face superior, unidos por juntas com barras de transferência. São executados sobre uma sub-base, geralmente de brita tratada com cimento e um solo de apoio. Suas espessuras são menores que a do concreto simples, e o índice de juntas também é menor, pois as armaduras possibilitam execução de placas de maiores dimensões.
  • 4. 2.1 ACORDO COM A ESCOLA • Européia: foca em pavimentos reforçados, empregando telas soldadas, fibras de alto módulo ou protensão, que acarretam em pavimentos esbeltos e placas de grandes dimensões. • Americana: trabalha essencialmente com concreto simples, produzindo estruturas de elevada rigidez e placas de pequenas dimensões.
  • 5. 2.2 DE ACORDO COM O REFORÇO ESTRUTURAL • Pisos com armadura distribuída: é o mais popular dos pavimentos industriais, constituído por uma estrutura em que a armadura, geralmente uma tela soldada, é posicionada no terço superior da placa de concreto.
  • 6. • Pavimento estruturalmente armado: esse tipo de pavimento possui uma armadura positiva posicionada na parte inferior da placa de concreto, destinada a absorver os esforços criados pelos carregamentos.
  • 7. Armadura e espaçador plástico para garantir o posicionamento conforme projeto.
  • 8. • Reforço com fibras: substituem a utilização da armadura propriamente dita por fibras estruturais metálicas (aço) ou sintéticas (macrofibras) e ainda hoje temos disponíveis fibras de alto módulo como a de vidro e a plástica.
  • 9. Fibra de vidro e nylon.
  • 10. • Piso protendido: tem a possibilidade de execução de pisos praticamente sem juntas.
  • 11. Concretagem de piso protendido.
  • 12. • Fundação direta: corresponde à maioria dos pisos industriais, e são aqueles que se apóiam diretamente sobre o terreno (subleito) , havendo ou não o emprego de sub- bases. A taxa admissível do terreno de fundação é compatível com as cargas previstas no piso. • Fundação profunda: são os pisos executados sobre terrenos sem capacidade de suporte compatível com as cargas solicitantes. Neste caso, algumas soluções são usadas, como lajes apoiadas em vigas armadas, que descarregam os esforços em pontos de apoio.
  • 13. 3.1 CIMENTO: Sua escolha não deve basear-se exclusivamente na sua resistência mecânica, mas na sua trabalhabilidade e durabilidade. Quanto ao seu consumo, deve ser suficiente para permitir um bom acabamento superficial, mas quando empregado em excesso acaba contribuindo para o aumento da retração. Os cimentos com adições tem pontos positivos e negativos. Negativamente observa-se os elevados tempos de pega, desfavorecendo o acabamento, e o longo intervalo que a esxudação pode ocorrer, aumentando o risco de fissuras plásticas. Como ponto positivo destaca-se o melhor desempenho em relação aos ataques químicos, pricipalmente os cimentos de escória de alto-forno.
  • 14. 3.2 AGREGADOS: Representam cerca de 70% da composição do concreto. Seu emprego na produção de concreto pode ser resumido em três motivos básicos: • Redução dos custos; • Aumento da capacidade estrutural e do módulo de elasticidade; • Controle das variações volumétricas.
  • 15. 3.3 FIBRA SINTÉTICA As fibras sintéticas ou fibras plásticas são empregadas no combate ou redução das fissuras de retração plástica, e sua eficiência depende de diversos fatores, como a relação l/d, comprimento, módulo de elasticidade, dosagem e até mesmo as características do próprio concreto.
  • 16. 3.4 SELANTES E MATERIAIS DE PREENCHIMENTO DE JUNTAS • Selantes: são materiais de natureza plástica, utilizados na vedação das juntas do pavimento, permitindo a sua impermeabilização. Eles impedem a entrada de partículas imcompressíveis na junta, que são extremamente nocivas ao desempenho do pavimento. São divididos em duas categorias:  Pré-moldados – tem suas forma previamente definida no processo industrial, e são posteriormente fixados às juntas através de adesivos. Esses selantes são fabricados em borracha sintéticas, como o neoprene. São bastante utilizados em pavimentos rodoviários, pois apresentam durabilidade superior aos selantes moldados in loco. Não são recomendados para uso em juntas de piso com tráfego de equipamento de rodas rígidas  Moldados in loco – são vazados no local, onde as paredes da junta serão a própria fôrma do selante. Geralmente feitos de poliuretano ou asfalto modificado, mono ou bicomponentes, existindo também a família dos silicones.
  • 17. Selante de Epóxi semi rígido. Selante de poliuretano modificado quimicamente com alcatrão. Selante de Poliuretano.
  • 18. • Materiais de preenchimento de juntas: são materiais bicomponentes à base de resinas epoxídicas ou poli- uréias, que devem ser empregados no caso de tráfego de empilhadeiras de rodas rígidas, pois os selantes tradicionais não protegem adequadamente as bordas das juntas por serem facilmente deformáveis. Em função de possuir baixa mobilidade, pode provocar o deslocamento da junta, permitindo a entrada de pequenas partículas, por isso, só devem ser empregados em áreas limpas.
  • 19. 3.5 BARRA DE TRANSFERÊNCIA São dispositivos mecânicos empregados para transferir cargas entre placas separadas por juntas e são formadas geralmente por barras de aço de seção circular ou quadrada. A barra deve ter superfície lisa e apresentar pelo menos metade de seu comprimento com graxa ou com líquido desmoldante para que impeça sua aderência ao concreto, permitindo o seu deslocamento por este.
  • 20. É necessário garantir o paralelismo das barras, tanto horizontalmente como verticalmente através de espaçadores devidamente fixados.
  • 21. 3.6 DISTANCIADORES Ao se definir a altura de um distanciador, deve-se levar sempre em conta o diâmetro das barras de transferência e dos fios das telas soldadas a serem posicionados. Para a escolha do tipo de distanciador plástico, deve-se observar o tipo de apoio (brita, brita graduada, solo, concreto), o diâmetro do fio da tela soldada e o cobrimento especificado.
  • 22.
  • 23. 3.7 TELA SOLDADA De acordo com a NBR 7480 (ABNT, 2007), barras e fios de aço destinados a armadura de concreto armado, têm as seguintes definições: • Barras: são produtos de diâmetro nominal maior do que 5 mm, obtidos exclusivamente pelo processo de laminação a quente, classificado em CA25 ou CA50. • Fios: possuem diâmetro nominal inferior a 10 mm, obtidos por processo de trefilação a frio, classificado em CA60.
  • 24. Produzidas em fios soldados, formando malhas uniformes, classificadas em: Q - malha quadrada com seção de aço nas duas direções; L - malha retangular com armadura principal na direção longitudinal; T - malha retangular com a armadura prinxipal na direção tranversal. Depois da letra, existe uma numeração que indica a seção de aço na direção principal. Ex: Q138, com área de 1,38cm²/m. As telas podem ser fornecidas em painéis com, aproximadamente, 2,4x6,0 m ou em rolos de 60m ou 120m. Sua emenda é realizada com a superposição de pelo menos duas malhas para tela com fios de diâmetro menor ou igual a 8mm, e para diâmetros maiores, a emenda dependerá do diâmetro do fio e aderência com o concreto.
  • 25.
  • 26. 3.8 LÍQUIDO ENDURECEDOR DE SUPERFÍCIE Os líquidos para tratamento superficial surgiram a partir da necessidade de solucionar problemas devido ao desgaste do piso caracterizado pelo desprendimento de pó. Esses produtos são à base de silicatos de sódio ou flúor silicatos de magnésio, que penetram no concreto reagindo com o hidróxido de sódio, formando assim o silicato de sódio ou magnésio, que irá reduzir a porosidade e consequentemente aumentar a resistência superficial do concreto.
  • 27. Revestimento aspergido de alta resistência a abrasão. Endurecedor de superfícies cimentícias de alto desempenho, a base de flúor e silicatos de sódio e magnésio.
  • 28. 3.9 ADITIVOS São substâncias adicionadas ao concreto, na fase de preparo (imediatamente antes ou durante o amassamento) com finalidade de alterar as características e propriedades mecânicas do concreto e em função de necessidades, tais como: redução de retração, redução da permeabilidade, aumento da durabilidade, diminuição do calor de hidratação, retardamento ou aceleração da pega e aumento da compacidade.
  • 29. Aditivos Propriedades Retarda o tempo de pega conforme a dosagem, Retardadores. prolongando assim a dissipação do calor de hidratação ao longo do tempo, impedindo a perda rápida da água do concreto lançado, devido à elevação da temperatura. Aceleradores. Acelera a evolução da resistência inicial do concreto e da pega da pasta de cimento durante o endurecimento. Redução da relação a/c, mantendo a trabalhabilidade Plastificantes. desejada ou, como alternativa, aumenta a trabalhabilidade com uma mesma relação a/c, reduzindo a permeabilidade do concreto. Proporciona a obtenção de concretos auto-adensáveis e com alta fluidez, e pode reduzir em até 25% a água de Superplastificantes amassamento, resultando em maiores resistências e menor (ou redutores de água). permeabilidade de concretos.
  • 30. Aditivos Propriedades É indicado para a impermeabilização de subsolos, cortinas, poços de elevadores, muros de arrimo, Impermeabilizantes reservatórios, estruturas sujeitas à infiltração do lençol freático, etc. Incorpora aos concretos minúsculas bolhas esféricas de ar, uniformemente distribuídas, Incorporadores de ar permitindo a redução da água de amassamento, melhorando a qualidade do concreto, reduzindo a segregação e aumentando a trabalhabilidade Provoca uma ligeira expansão ainda no estado Expansores fresco durante a pega (3 a 8% do volume dependendo do produto e da marca), aumentando a aderência e a impermeabilidade.
  • 31. O aumento do carregamento dos pisos industriais leva ao aumento das tensões do mesmo, ocasionando patologias. Soluções têm sido estudadas, embora seja fato que toda a responsabilidade é das juntas, pois esse aumento das cargas leva ao aumento de tensões nas juntas e, conseqüentemente, a deformações do piso.
  • 32. 4.1 FUNÇÃO DA JUNTAS As juntas são detalhes construtivos que devem permitir as movimentações de retração e dilatação do concreto e a adequada transferência de carga entre placas contíguas, mantendo a planicidade e assegurando a qualidade do piso. O piso industrial está sujeito a diversas tensões, como as de retração plástica do concreto, retração e dilatação por variações térmicas, empenamento das placas, o carregamento estático (cargas distribuídas ou pontuais – prateleiras) e móvel (empilhadeiras de rodas pneumáticas ou rígidas).
  • 33. 4.2 TIPOS DE JUNTAS 4.2.1 Juntas de Construção São as juntas construtivas de um pavimento, sendo que seu espaçamento está limitado ao tipo de equipamento utilizado, a geometria da área e aos índices de planicidade a serem obtidos. As juntas de construção podem possuir encaixes do tipo macho e fêmea ou utilizar barras de transferência. As do tipo macho e fêmea têm o emprego reduzido por possuírem baixa capacidade de transferência de carga.
  • 34. Detalhe de uma junta de construção com barras de transferência.
  • 35. 4.2.2 Juntas Serradas ou de Retração O processo construtivo utilizado atualmente prevê a concretagem em faixas e limitadas em sua largura pelas juntas longitudinais de construção. Logo após o acabamento no concreto, deve-se iniciar o corte das juntas de retração. O corte deve ter pelo menos 40mm e ser maior do que 1/3 da espessura da placa. Sua execução prevê a concretagem em faixas limitadas em sua largura pelas juntas longitudinais de construção. Logo após inicia-se o corte das juntas transversais de retração.
  • 36.
  • 37. 4.2.3 Juntas de Encontro ou Expansão As juntas de encontro são fundamentais para isolar o piso de outras estruturas como as vigas de baldrame, blocos de concreto, pilares e outras estruturas. A junta de expansão não é usual entre placas, onde é conhecida como junta de dilatação, ocorrendo apenas em situações especiais, como mudança de direção de tráfego.
  • 38. Juntas de encontro tipo diamante e circular.
  • 39. 4.2.4 Mecanismo de transferência de cargas Caso não seja previsto mecanismos de transferência de carga nas juntas, o dimensionamento deverá ser efetuado pela posição de carga mais desfavorável , borda ou canto. Os pisos são dimensionados de modo a garantir a continuidade do piso nas juntas, considerando a carga atuando longe das bordas livres. Hoje o tipo mais comum são as barras de transferência, em função da praticidade e da eficácia que permitem.
  • 40.
  • 41. A execução do piso começa pelo desenvolvimento de um projeto específico, onde deve-se levar em consideração o estudo do solo local, tipos de utilização e equipamentos. Antes da escolha do sistema devem ser observadas algumas carcterísticas, como o estudo do solo no qual o piso será apoiado, tipos de ataques físicos a serem suportados, tipo de transporte que circulará por sua suporfície, temperatura de operação do ambiente e exposição ou não a intempéries. As equipes devem ser devidamente treinadas e qualificadas, sendo aconselhável a construção de um trecho preliminar, com objetivo experimental e que poderá ser usado também para a definição do padrão de qualidade.
  • 42. 5.1 EXECUÇÃO DA FUNDAÇÃO DO PISO A fundação do piso é composta pelo preparo do sub-leito e da sub-base, seguida, eventualmente, pelo isolamento desta com a placa de concreto. • Sub-leito: O preparo do subleito visa garantir a compactação exigida em projeto. • Sub-base: Tem três funções principais, sendo elas: drenagem, função estrutural, dando maior capacidade de suporte, e homogeneidade.
  • 43. • Isolamento da placa com a sub-base: Constituído por um filme plástico que tem como função reduzir o coeficiente de atrito entre a placa de concreto e a sub- base, e a formação de uma barreira de vapor que impede a ascensão da umidade.
  • 44. 5.2 FÔRMAS As fôrmas mais utilizadas são compostas por perfis metálicos dobrados ou madeira de lei, normalmente empregadas na execução de pisos com índices de nivelamento rigorosos, pois permitem retalhos mesmo com a fôrma instalada. O sistema de fixação é feito com pontas de ferro com diâmetro de pelo menos 16mm, cunhas de madeira, complementado por bolas de concreto que devem ter o mesmo nível de resistência do concreto da placa.
  • 45. A altura da fôrma deve ser ligeiramente menor que a expessura do piso para facilitar o assentamento e fixação, devendo atender aos seguintes requisitos: • Possuir linearidade superior a 3mm em 5 metros; • Ser rígida o suficiente para suportar as pressões laterais; • Ser estruturada para suportar os equipamentos de adensamento; • Deve ser leve para permitir o manuseio sem o emprego de equipamentos pesados e prática para que a montagem seja rápida e simples; • Os furos feitos para colocação das barras de transferência devem ter diâmetros que permitam a remoção da fôrma com facilidade.
  • 46.
  • 47. 5.3 POSICIONAMENTO DA ARMADURA • Armadura superior: para projetos que utilizam telas soldadas em camadas únicas a colocação da armadura se dá a 1/3 da altura da placa de concreto, e o posicionamento pode ser por dois caminhos: -Utilização de caranguejos, que consiste em um pedaço de barra de aço dobrada, de maneira que a base tenha sustentação para manter posicionada a armadura. - Utilização de distanciadores soldados, que consiste em distribuir linhas ou colunas de distanciadores soldados, afastadas aproximadamente 80cm umas das outras.
  • 48. Armadura inferior: nos pisos e pavimentos estruturalmente armados temos a presença de aço na face inferior das placas, cujo comprimento será de grande importância para a vida útil das estruturas. Os mais empregados são os distanciadores plásticos, devendo ser utilizado na razão de 4 a 5 m².
  • 49. Nivelamento a laser ou óptico das fôrmas e montagem das armaduras.
  • 50. 5.4 SEQUÊNCIA DA CONCRETAGEM A sequência de concretagem deve ser executada em faixas alternadas, onde um longo pano é concretado e posteriormente as placas são cortadas, fazendo com que haja continuidade nas juntas longitudinais. Deste modo haverá sempre uma faixa livre contínua, permitindo a passagem dos equipamentos e a continuidade do acabamento.
  • 51. 5.5 LANÇAMENTO DO CONCRETO O lançamento do concreto é importante devio à textura e o acabamento superficial, devendo ser lançado de forma contínua e com velocidade constante. Geralmente é possível lançar o concreto diretamente com o caminhão-betoneira, o que torna o trabalho mais ágil. Mas bombas também podem ser utilizadas, sendo preferível a do tipo lança, pois apresenta maior versatilidade e capacidade de lançamento.
  • 52. O lançamento deve ser feito sempre em camada única, e a sua velocidade deve ser compatível com a condição de vibração e acabamento do concreto, não sendo recomendável que após o lançamento haja demora nos trabalhos complementares.
  • 53. 5.6 ADENSAMENTO Deve ser feito com réguas vibratórias, devido às grandes áreas dos pisos e suas baixas espessuras. Junto às fôrmas é conveniente o emprego de vibradores de imersão associados com as réguas, pois nesses locais a eficiência das mesmas é sempre baixa. Há equipamentos que fazem simultaneamente as operações de espalhamento e adensamento, como a Laser Screed, que espalham, vibram e dão um primeiro acabamento, permitindo maior produtividade.
  • 54.
  • 55. 5.7 ACABAMENTO SUPERFICIAL Seu desempenho depende diretamente dos materiais empregados e, principalmente, da qualidade da mão-de- obra. O acabamento dos pisos de concreto pode ser de três tipos: o liso espelhado, geralmente utilizado em áreas internas, o vassourado (com ranhuras) e o camurçado (antiderrapantes), indicado para áreas externas.
  • 56. A maior parte dos equipamentos é composta por modelos simples e de baixo custo, como o rodo de corte e o bull float (desempenadeira metálica ou de madeira). A aspersão de agregados de alta dureza, conhecida também como “salgamento superficial” ou dry-shake, é uma alternativa que vem sendo empregada com frequência para incrementar a resistência abrasiva, que está fortemente associada à qualidade de acabamento e a resistência do concreto. Existem dois tipos de acabadoras: • Simples: é mais apropriada para placas pequenas de até 300m² ou para pisos com muitas obstruções. • Dupla: abrange uma área maior de uma só vez, tendendo a manter a área plana, resultando em pisos mais lisos.
  • 57.
  • 58. Principais operações envolvidas na faze de acabamento do concreto: • Corte: a passagem da régua vibratória, além de ser empregada no adensamento da superfície, promove o nivelamento ou corte do concreto. • Desempeno: utiliza desempenadeiras especiais para pisos, que podem ser de aço, magnésio ou madeira. • Rodo de corte: é a ferramenta mais simples, composta por um perfil de alumínio retangular, adaptado a um cabo que permite mudar o ângulo de ataque do perfil, fazendo com que ele corte o concreto quando puxado ou empurrado. • Desempeno ou Float Mecânico: geralmente são utilizados grandes discos acoplados às desempenadeiras mecânicas, tendo como função a compactação da superfície, “puxando” argamassa para cima. • Alisamento mecânico: é o desempeno fino do concreto, que emprega lâminas de aço, variando a sua inclinação, permitindo a obtenção de uma superfície bastante dura.
  • 59.
  • 60.
  • 61.
  • 62. 5.8 CURA DO CONCRETO A cura do concreto consiste em um conjunto de medidas tomadas para manter as condições de hidratação do cimento, ou seja, umidade e temperatura. A cura do concreto, além de estar relacionada com a resistência, está ligada aos problemas de superfície, podendo invalidar todos os meios empregados na dosagem, mistura, lançamento, adensamento e acabamento. Ela pode ser dividida em duas etapas no período de hidratação do concreto: • Cura inicial: é executada imediatamente após o acabamento do concreto. • Complementar ou úmida: é feita com a colocação de materiais absorventes na superfície.
  • 63. 5.9 CORTE DAS JUNTAS O corte das juntas deve iniciar-se assim que o concreto tiver resistência suficiente para ser cortado sem que haja quebra nas juntas, entre 10 a 15 horas após a concretagem. O corte é feito por uma serra diamantada que possui um disco giratório com possibilidade de regulagem da altura e consequente aumento de profundidade do corte.
  • 64.
  • 65. 5.10 REVESTIMENTO Os revestimentos de alto desempenho, também conhecidos como RAD, são as camadas finais utilizadas em casos específicos no pisos industriais, como elemento de reforço e proteção, assim como aumentar a vida útil do piso e reduzir custos de manutenção. São empregados de acordo com a necessidade de acrescentar características particulares ao piso. De acordo com sua utilização prevista em projeto, garante proteção contra os agentes químicos e mecânicos, agressões físicas e bacteriológicas, requisitos higiênicos e estético, e controle de rugosidade das superfícies lisas ou antiderrapante.
  • 66. A seguinte tabela apresenta aspectos fundamentais para especificação do RAD, considerando critérios específicos em relação ao desempenho baseado nas atividades previstas na utilização do pavimento: Fatores Pontos a observar Intensidade e freqüência de tráfego de veículos e de pedestres, Resistência á abrasão requerida. tipo de veiculo utilizado, carga transportada, tipo e tamanho das rodas. Também é importante saber a freqüência de limpeza. Resistência ao impacto. Tipo e freqüência do impacto a que o revestimento estará sujeito. Resistência ao escorregamento. Detalhamento do tipo de perfil e textura requerida para o revestimento, de forma a garantir a segurança de pessoas e evitar a derrapagem de veículos.
  • 67. Fatores Pontos a observar A manutenção da limpeza superficial é critica para certas áreas e atividades. Há sempre um balanço apropriado entre uma textura mais lisa que torne a Facilidade de limpeza. superfície de fácil limpeza e uma mais rugosa que proporcione resistência ao escorregamento. Um Revestimento bem conservado e limpo é um forte atrativo em pisos de uso comercial, público ou industrial. Ataque químico. Produtos químicos estarão em contato com o revestimento, bem como sua concentração, temperatura e freqüência de contato No revestimento de áreas de processamento ou estocagem de alimentos esses Potabilidade e compatibilidade com alimentos revestimentos precisam atender critérios de potabilidade, pois pode causar e bebidas. mal cheiro ou alterar o gosto de alimentos e bebidas. A presença de vibração transmitida por equipamentos pode causar danos Vibração. como de laminação e fissuras no substrato e no revestimento.
  • 68. Fatores Pontos a observar A intensidade e freqüência de possíveis choques térmicos também precisam ser conhecidas. A não observância a estes aspectos é uma causa comum de Choques térmicos. delaminação dos revestimentos. São disponíveis sistemas de Revestimentos mais flexíveis e tolerantes a estas situações de uso Existem revestimentos formulados especificamente para atender as necessidades de áreas de manuseio de inflamáveis ou que ofereçam risco e Condutividade elétrica e dissipação de explosão ou ainda, áreas que ofereçam danos potenciais para equipamentos eletricidade estática. eletrônicos sensíveis na indústria eletrônica ou em salas de cirurgia, por exemplo Certas atividades de precisão exigem pisos claros e de alta refletância luminosa. O uso de revestimentos de base polimérica de cores claras e de acabamento liso Refletância de luz. permite a obtenção de elevada refletância, com implicação direta na segurança da operação e na redução dos custos de iluminação Áreas de processamento de remédios, vacinas e centros médicos requerem Controle microbiológico. revestimento que propiciem controle Em usinas e áreas de transformação de energia atômica, esta propriedade é requerida. Existem normas e procedimentos padrão que regulamentam esta Descontaminação de radioatividade. operação. No Brasil estes critérios são estabelecidos pelo CNEN
  • 69. Existem diversos tipos de composição, mas as principais bases químicas aglutinantes constituintes dos RAD são poliméricas (resinas epóxi e poliuretano) e cimentícias. As poliméricas podem variar de 0,1 mm até 6 mm de espessura, dependendo da solicitação química ou mecânica do piso. Já o RAD a base de materiais cimentícios, tem espessura variável entre 2mm até 150 mm.
  • 70. Tipo Espessura típica Uso Selante de revestimentos monolíticos espatulados ou de Seladores de baixa espessura, 0,1 a 0,15mm epóxi-terrazzo, conferindo-lhes aplicados em 1 ou 2 demãos. maior resistência química e facilidade de limpeza. Alta resistência ao ataque químico e elevada resistência a abrasão, além de fácil limpeza. Pinturas de alta espessura, 0,3 a 1mm Uso em industrias químicas, de aplicadas em 1 ou mais camadas. higiene e limpeza, alimentícias, farmacêuticas, hospitais e laboratórios.
  • 71. Tipo Espessura típica Uso Alta resistência mecânica a abrasão e ao impacto, com superfície antiderrapante. Também oferece elevada resistência ao ataque químico, se selado com uma pintura adequada. Uso em Revestimentos espatulados. 4 a 10mm industrias metalúrgicas, áreas de montagem e em áreas molhadas. O emprego de agregados coloridos os habilita como revestimento decorativo, em áreas comerciais. Alta resistência mecânica, a abrasão, ao impacto e elevada resistência química. A superfície lisa Revestimentos 1,5 a 6mm permite fácil limpeza e assepsia. Uso em autonivelantes. industrias de higiene e limpeza, alimentícias, farmacêuticas, hospitais e laboratórios. Alta resistência a abrasão. Para uso em áreas que requerem boa resistência mecânica e química, Revestimentos constituídos mas não exigem resistência ao impacto. A 1,5 a 4mm por camadas múltiplas. adoção de agregados coloridos habilita o seu uso como revestimento decorativo em áreas comerciais.
  • 72. Tipo Espessura Uso típica Anta resistência química e a abrasão. Uso em industrias 0,6 a Revestimentos laminados. químicas, petroquímicas e em industrias de papel e 2mm celulose. Revestimentos monolíticos ou para rejuntamento e 5a assentamento de cerâmicas e tijolos anticorrosivos, Revestimentos anticorrosivos. 40mm constituídos de polímeros de cargas especiais. Uso com barreira química em sistema anticorrosivos. Revestimentos decorativo Epóxi- 4a Alta resistência a abrasão, de fácil limpeza. Uso em terrazzo. 12mm aeroportos, escolas, shoppings e edificações comerciais. 0,2 a Revestimentos antiderrapantes. Para o revestimento de rampas e escadas. 2mm 2a Para reparos rápidos e permanentes, reforço de bordas de Materiais para reparos rápidos. 50mm juntas ou para a regularização de pisos existentes.
  • 73. Espessura Tipo Uso típica Produtos a base de cimento e óxido de alumínio Aumento de resistência a abrasão em pisos de concretos novos, incorporados ao concreto fresco denominados 2 a 3 mm em áreas industriais em concretos novos, em áreas industriais “endurecedores de superfície”. em depósitos e garagens. Revestimentos espatulados a base de cimento, 8 a 20 mm Materiais para o reparo de pisos de concreto existentes. agregados minerais e aditivos especiais. Aumento de resistência a abrasão no revestimento de pisos de Revestimentos espatulados a base de cimento concreto novos ou existentes. Baixa permeabilidade a óleo e modificado com polímero (SBR ou acrílico), 4 a 10 mm graxa. Polimentos especiais e o polimento superficial pode agregados minerais e aditivos especiais. proporcionar efeito de curativo para uso de áreas comerciais. Revestimentos autonivelantes á base de cimento De execução rápida e fácil, se prestam principalmente a modificado com polímeros (SBR ou acrílico), 10 a 40 mm renovação de pisos existentes cujas superfícies encontram-se agregados minerais e aditivos especiais. deterioradas. Usados em reparos emergenciais e permanentes em pisos e em Materiais a base de cimentos e aditivos especiais 5 a 150 mm pavimentos de concreto permitindo a rápida liberação para para reparos rápidos. tráfego (1,5 horas).
  • 74. 5.10.1 Sistema de aplicação Quanto ao sistema de aplicação, podem ser classificados como: • Pintura: constituída de pintura de baixa e alta espessura; • Autonivelante: constituídos por uma argamassa polimérica com pequena quantidade de carga mineral e de consistência fluida; • Multicamadas: constituído por uma matriz polimérica com posterior incorporação de carga mineral cuja aplicação é feita em camadas subsequentes; • Argamassas/Espatulados: constituído por uma argamassa polimérica com grande quantidade de carga mineral.
  • 75. 5.10.2 Manutenção do revestimento A necessidade de pequenos reparos geralmente tem origem na queda de ferramentas e em choques mecânicos não previstos, entre outros. No caso de reparos superficiais, efetua-se a demarcação e a delimitação geométrica da área a reparar, remove-se o revestimento danificado nesta região, promove-se a preparação da superfície remanescente e a limpeza do local e reconstitui-se o revestimento com o mesmo tipo de RAD existente. Para reparos de maior profundidade, existem produtos e técnicas específicos para a reconstituição do substrato de concreto, recompondo-se posteriormente o revestimento, de maneira similar à descrita acima.
  • 76. Como em qualquer obra da engenharia, o controle de qualidade é fundamental. Resume-se basicamente em controlar os materiais, ensaios e escolhas do correto tipo de execução para garantir a qualidade final desejada, sem acréscimo considerável de custos.
  • 77. As patologias em pisos industriais são causadas principalmente por falhas de projeto, e falhas executivas, além da utilização não prevista e inadequada do piso, gerando consequências sérias para o desenvolvimento das operações industriais , como por exemplo, o aumento dos custos com manutenção dos equipamentos, redução da produção e restrição das operações de transporte de cargas, e contaminações generalizadas. • Patologias Estruturais: Provenientes da má preparação do subleito e/ou sub- base, prejudicando a estabilidade e capacidade de suporte do piso. • Patologias ligadas à execução: Causadas geralmente por atraso no corte das juntas, cura inadequada, armaduras mal posicionadas e problemas de acabamento.
  • 78. 7.1 FISSURAS POR RETRAÇÃO • Correspondem a 95% das fissuras encontradas. • Caracterizam-se por serem regulares, originadas geralmente por atraso no corte, reforço inadequado ou restrição de movimento. • Solução: a cada 5 a 10 cm da junta, basta selá-las com o mesmo material utilizado nas juntas, caso contrário, é necessário “costurar” a fissura.
  • 79.
  • 80. 7.2 EMPENAMENTO • Uma cura mal executada causa empenamento do piso, sendo que se pode solucionar o problema apenas através da adequada cura do concreto (uso de mantas para cura úmida, cura química e/ou utilização de vapor). • Outros fatores são: a variação de umidade/temperatura entre a parte superior e inferior do piso, sub-armação e baixas espessuras do piso.
  • 81.
  • 82. 7.3 DESGASTE SUPERFICIAL • É intimamente ligado á qualidade do concreto, já que se o piso apresentar desgaste, o tráfego atuante sobre o piso é maior do que a resistência mecânica do concreto utilizado. • Solução: Aplicação de produtos reagentes (endurecedor químico) ou aplicação de massas epoxídicas/uretânicas (desde que haja aderência).
  • 83.
  • 84. 7.4 ESBORCINAMENTO • Este problema reside unicamente na execução, já que a quebra das bordas das juntas acontece pelo uso de barras de transferência com diâmetro inadequado ou uso de materiais de preenchimento errôneos (nas juntas). • Solução: As juntas poderão ser tratadas com lábios pré- fabricas ou revestidas com resinas epoxídicas/poliuretânicas na superfície.
  • 85.
  • 86. 7.5 DESPLACAMENTO SUPERFICIAL • Ocorre pelo selamento superficial prematuro: no momento em que a exsudação do concreto está acontecendo, a água fica "presa" sob a camada mais impermeável, promovendo o seu destacamento. As causas que podem levar à delaminação são diversas e muitas vezes controversas, sendo de natureza construtiva ou uso de concreto inadequado. • Solução: O reparo do piso consiste inicialmente no recorte da área danificada, formando uma figura geométrica regular, e na regularização da superfície de modo a garantir a espessura mínima para o material que será empregado no reparo. O próximo passo é a aplicação de um primer e, em seguida, da argamassa.