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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E AMBIENTAIS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
PISOS DE CONCRETO ARMADO, ADITIVOS E
REVESTIMENTOS
Ana Lidia DallAgnol
Alex Balestrini
Jeniffer L. Sartori
Chapecó - SC
2013
ANA L. DALLAGNOL
ALEX BALESTRINI
JENIFFER L. SARTORI
PISOS DE CONCRETO ARMADO, ADITIVOS E
REVESTIMENTOS
Trabalho da matéria de Técnicas Construtivas II .
Chapecó - SC
2013
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................5
2 MATERIAIS BÁSICOS.........................................................................................6
3 TIPOS DE PISOS ...............................................................................................11
3.1 De acordo com o reforço estrutural ...........................................................................11
3.2 De acordo com o tipo de fundação ............................................................................13
4 EXECUÇÃO DO PISO EM CONCRETO ARMADO...........................................14
4.1 Formas .......................................................................................................................14
4.2 Posicionamento da armadura.....................................................................................15
4.3 Barras de transferência...............................................................................................16
4.4 Concretagem do Piso .................................................................................................17
4.5 Lançamento do Concreto...........................................................................................18
4.6 Adensamento .............................................................................................................19
4.7 Acabamento Superficial.............................................................................................20
4.7.1 Primeira etapa: regularizar o concreto...................................................21
4.7.2 Desempenho mecânico do concreto .....................................................21
4.7.3 Alisamento Superficial ...........................................................................21
4.7.4 Cura do Concreto ..................................................................................22
4.8 Juntas .........................................................................................................................23
4.8.1 Juntas de Construção............................................................................23
4.8.2 Juntas Serradas.....................................................................................24
4.8.3 Juntas de Encontro ou expanção ..........................................................25
4.8.4 Juntas de dilatação................................................................................25
5 ADITIVOS...........................................................................................................26
6 REVESTIMENTO DE PISOS DE CONCRETO. .................................................28
7 CONCLUSÃO.....................................................................................................33
REFERENCIAS.........................................................................................................34
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Alguns tipos de fibras.................................................................................7
Figura 02: Pavimento de concreto reforçado fibras.....................................................8
Figura 03: Detalhe do composto com adição de fibras ...............................................8
Figura 04: Piso com armadura distribuída.................................................................11
Figura 05: Piso estruturalmente armado ...................................................................12
Figura 06: Piso com fibras.........................................................................................12
Figura 07: Piso protendido ........................................................................................13
Figura 08: Forma e elementos estruturais.................................................................15
Figura 09: Treliça espaçadora...................................................................................16
Figura 10: Espaçador de plástico tipo cadeirinha......................................................16
Figura 11: Barra de transferência..............................................................................16
Figura 13: Concretagem final ....................................................................................17
Figura 12: Concretagem primeira etapa....................................................................17
Figura 14: Forma de concretagem em faixas............................................................18
Figura 15: Concretagem de Piso...............................................................................19
Figura 16: Utilização de régua vibratória em pisos de concreto armado...................20
Figura 17: Acabamento superficial e piso com máquina dupla .................................21
Figura 18: Alisamento com desempenadeira mecânica............................................22
Figura 19: Cura úmida do piso de concreto ..............................................................23
Figura 20: Encaixe barra de transferência junta de construção ................................24
Figura 21: Juntas de construção e barra de ransferência .........................................24
Figura 22: Sistema de transferência macho e fêmea ................................................24
Figura 23: Junta Serrada...........................................................................................25
Figura 24: Juntas de encontro tipo diamante e circular.............................................25
Figura 25: Execução de revestimento Endurit...........................................................32
Figura 26: Piso com revestimento Epóxi ...................................................................32
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Tipos de aditivos......................................................................................27
Tabela 02: Principais tipos de revestimentos a base polímeros................................29
Tabela 03: Principais tipos de revestimentos cimenticíos. ........................................30
Tabela 04: Exemplos de revestimentos, e suas aplicações. .....................................31
5
1 INTRODUÇÃO
Os pisos surgiram no Brasil há um pouco mais de 20 anos, sendo
que no início eram feito de concreto simples por haver pouco conhecimento nessa
área. O concreto simples apresentava muitas patologias para pisos pelo fato de ter
pouca dimensão e grande espessura, em consequência o custo de manutenção era
alto e assim havendo grande perda na produtividade.
Com base nas patologias encontradas no concreto simples o
concreto armado começou a surgir em 1995 com os estudos de Losberg (Losberg,
1961) e Meyerhof (Meyerhof, 1962).
O concreto armado é a junção do concreto com aço, essa
combinação resulta num produto final mais resistente capaz de suportar grandes
cargas, combatendo a retração em suas vantagens contra o concreto simples o piso
pode ser de menor espessura com índices de juntas menores resultando menos
patologias. O concreto armado pode ser simples ou duplo, ou seja, com uma ou
duas malhas de ferro.
6
2 MATERIAIS BÁSICOS
 Cimento
Existem cinco tipos de cimento portland comercializados no Brasil,
CP-I, CP-II, CP-III, CP-IV, CP-V e três tipos de classes dependendo da resistência
obtida aos 28 dias de idade do concreto em MPa, que são 25, 32 e 40.
Os cimentos com adições têm como ponto negativo os elevados
ponto de pega, sendo desfavorável quanto acabamento e ao longo do processo
plástico do concreto aonde pode haver a ocorrência de fissuras que acontece na
fase inicial do endurecimento do concreto. Para os cimentos da classe 40 observa-
se uma reação inversa a esse processo.
Como ponto positivo eles são mais resistentes aos ataques
químicos, porque possuem mais resistência a tração, flexão para um mesmo nível
de resistência a compressão.
 Agregados
Os agregados representam 70 % da composição do concreto e
podem ser divididos em duas classes: graúdos e miúdos. Os miúdos possuem
diâmetro de até 4,8 mm acima disso é considerado graúdo.
Deve-se tomar cuidado na utilização dos agregados pois o mesmo
quando reage com o cal pode ocasionar vantagens e desvantagens, como aderência
com a pasta de cimento ou produzir géis expansivos que destroem as estruturas de
concreto. Por sua vez proporciona redução de custos aumento da capacidade
estrutural e do módulo de elasticidade do concreto e é possível obter variações
volumétricas.
O agregado miúdo irá afetar a trabalhabilidade do concreto, sendo
que se é areia grossa ela dificulta o acabamento. Já o agregado graúdo afeta as
propriedades do concreto endurecido que é a resistência mecânica, módulo de
deformação e retração hidráulica.
 Armadura
A armadura é constituída por telas soldadas pré-fabricadas, que
podem ser no formato quadrado ou retangular. No Brasil são usados o aço CA – 50
ou CA – 60 nas dimensões padronizadas. Elas podem ser fornecidas em painéis ou
em rolos.
 Fibras
7
A utilização de fibras para melhorar as características técnicas dos
materiais vem sendo estudada em grande escala por diversas instituições de
pesquisas e em mais variadas áreas de conhecimento. Na construção civil existem
muitas aplicações consagradas, como as telhas, vedação acústica e térmica, em
concretos projetados para túneis e nos pisos industriais. Segundo RODRIGUES et
al. (2003), afirma que tem histórico de utilização desde a década de 1990, a adiçIão
de fibras ao concreto pode ser realizado com distintos materiais, tais como aço,
poliéster, sintética, polipropileno, nylon, vidro e carbono.
Figura 01: Alguns tipos de fibras
Chodosunsky (2007) define o concreto reforçado com fibras como
uma mistura (compósito) constituída de duas fases: o concreto e as fibras. Suas
propriedades são denominadas pelo comportamento estrutural do conjunto formado
por seus componentes.
Embora seus comportamento a fadiga não tenha sido aprofundado
estudos, a adição de fibras ao concreto substituem a armadura distribuída
convencional, e devido ao seu alto modulo de deformação, resiste aos esforços de
traçarão, reduzindo os índices de fissuração dos pavimentos, gerando material com
elevado índice de ductilidade e boa capacidade de distribuição dos esforços. O
numero de juntas é reduzida devido as tensões geradas no interior da placa
(Chodosunsky 2007).
8
Figura 02: Pavimento de concreto reforçado fibras.
As fibras produzidas a partir de materiais de alta resistência são
misturadas ao concreto minutos antes da execução do piso.
Figura 03: Detalhe do composto com adição de fibras
Segundo Chodosunsky (2007), quanto maior for a quantidade de
fibras no concreto maior será a possibilidade da fibra interceptar uma fissura, sendo
usual uma concentração na ordem de 0,25% do volume de concreto utilizado.
Segundo Balaguru (1994), “a eficiência das fibras depende de
diversos fatores, como a sua relação l/d, comprimento, módulo de elasticidade,
dosagem e ate mesmo as características do próprio concreto: por exemplo, matrizes
mais ricas (menos relação cimento/ areia) respondem mais eficientemente à adição
de fibras, e o concreto leve apresenta maior potencial de redução de fissuras do que
o convencional, quando são empregados teores e tipos idênticos de fibras.”
No passado, as fibras para concreto eram utilizadas apenas para
evitar a retração ou reforçar a resistência mecânica. Mas, atualmente diversas
9
aplicações foram incorporadas, a sua aplicação depende das necessidades de cada
obra, mas são utilizadas normalmente em pavimentos rígidos, pisos industriais,
projetados, áreas de piscina, pré-moldados, argamassas, tanques e reservatórios,
entre outros.
As principais vantagens da utilização de concreto reforçado com
fibras:
 Eliminação da etapa de colocação de armadura, redução de
mão de obra, tempo de montagem das armaduras e insumos
(ferramentas, telas soldadas, espaçadores, barras de
transferência, caranguejos, etc.)
 Espaço de canteiro de obra e otimização dos espaços de
estocagem dos materiais, com a redução do numero de
ferramentas e matérias primas relativas à montagem das
armaduras.
 Simplificação do processo de concretagem, facilidade de
vibração devido a ausência de armaduras.
 Quando utilização de alguns tipos de fibras, excluem-se de
aço, ocorre diminuição dos riscos de patologias causadas por
corrosão.
A pesar do sistema de pisos de concreto reforçado com fibras
apresentar inúmera vantagem, o controle do concreto deverá ser bastante
cuidadosos. É de fundamental importância observar critérios quanto a distribuição
homogêneos das fibras na placa de concreto, assegurando comportamento previsto
em projeto e evitando formicação de bolas formadas pela aglomeração de fibras e
da fração mais fina dos agregados e cimento, que comprometem o desempenho do
material e prejudicam os processos de concretagem, como a partir de estudos das
empresas responsáveis pelo fornecimento do concreto.
 Selantes e materiais de preenchimento de juntas
Os selantes são utilizados aonde que há pouco tráfego, pois não
resistem muito ao atrito, por serem de natureza plástica tem como objetivo fazer a
vedação das juntas de pavimentos impedindo a entrada de substancias agressiva ao
pavimento que podem causar danos ao desempenho do mesmo. Eles podem ser
divididos em pré-moldados ou moldados no local.
10
Pré moldados: possuem forma previamente definida e são fixadas as
juntas por meio de adesivos são empregados em juntas com bastante capacidade
de movimentação onde há tráfego de equipamentos. Os mais usados são de
borracha sintética como neopreme.
Moldado no local: a fôrma é a própria parede das juntas, podem ser
de dois tipos.
 Os vazados a quente: são de baixo custo a base de asfalto e
alcatrão ou misturas de borracha moída, possui baixa
resistência química. É utilizado em estradas, no caso de pisos
seu uso é restrito por causa de sua aparência.
 Moldados a frio: são produzidos a base epóxi, poliuretano,
silicone, polímero apropriado. Podem ser obtidos de
diferentes corres. Possuem resistência a produtos químicos
adequado para pisos. Eles vêm sendo usado cada vez mais
por permitirem dureza elevada.
 Materiais de preenchimento de juntas
São feitas de resinas epoxídicas ou poli-uréias com bastante
resistências capazes de suportar trafego de rodas rígidas não sendo danificadas
com o atrito. Em função da baixa mobilidade elas só devem ser usadas em áreas
limpas, pois se não ela não tem o efeito de selante e podem ser danificadas pela
sujeira.
11
3 TIPOS DE PISOS
A execução do piso começa pelo desenvolvimento de um projeto
especifico, onde vai ser considerado vários fatores. Segundo Rodrigo Resende de
Sá (2009), pisos industriais são definidos como sendo elementos que estão
continuamente apoiados e que são dimensionados para suportar cargas diferenciais
quanto à intensidade e forma de atuação.
Para cada situação de carregamento é imposto um tipo de piso
estrutural. Desta forma os pisos podem ser classificados das seguintes formas:
3.1 DE ACORDO COM O REFORÇO ESTRUTURAL
Pisos com armadura distribuída: é o mais popular dos pavimentos
industriais, constituído por uma estrutura em que a armadura, geralmente uma tela
soldada, é posicionada no terço superior da placa de concreto, conforme mostra a
figura 01.
Figura 04: Piso com armadura distribuída
Pavimento estruturalmente armado: A conceituação formal do
pavimento estruturalmente armado em nosso país tem menos de 10 anos, enquanto,
por exemplo, na Europa, é empregado há mais de 50 anos. Esse tipo de pavimento
possui uma armadura positiva posicionada na parte inferior da placa de concreto,
destinada a absorver os esforços criados pelos carregamentos, conforme figura 02.
12
Figura 05: Piso estruturalmente armado
Reforço com fibras: A partir de 1990 o Brasil passou a contar com
fibras de aço adequadas à execução dos pavimentos industriais. Essas fibras
substituem a utilização da armadura propriamente dita por fibras estruturais
metálicas (aço) ou sintéticas (macro fibras).
Além das fibras metálicas e sintéticas, temos disponíveis hoje outros
tipos de fibras de alto módulo, como a de vidro e a plástica, conforme figura 03.
Figura 06: Piso com fibras
Piso protendido: Esse tipo de pavimento foi impulsionado
recentemente pela chegada da cordoalha engraxada, e tem como grande atrativo a
possibilidade de execução de pisos praticamente sem juntas. O piso protendido é
utilizado na área aeroportuária e tem como um dos mais ilustres exemplos o
aeroporto Tom Jobim no Rio de Janeiro, construído há cerca de 30 anos, conforme
figura 04.
13
Figura 07: Piso protendido
3.2 DE ACORDO COM O TIPO DE FUNDAÇÃO
Fundação direta: corresponde à maioria dos pisos industriais, e são
aqueles que se apoiam as armaduras diretamente sobre o terreno (subleito),
havendo ou não o emprego de sub-bases, embora sejam sempre recomendadas. A
taxa admissível do terreno de fundação é compatível com as cargas previstas no
piso. Para cargas pontuais e móveis, a estrutura do piso é capaz de transmitir ao
solo uma tensão geralmente inferior a 50 kPa, mas para cargas uniformemente
distribuídas a capacidade de redistribuição dos esforços é pequena.
Fundação profunda: são os pisos executados sobre terrenos sem capacidade de
suporte compatível com as cargas solicitantes. Neste caso, algumas soluções são
as lajes apoiadas em vigas, armadas em duas direções e em uma direção, ou as
lajes planas, sem vigas, também chamadas de lajes cogumelo.
14
4 EXECUÇÃO DO PISO EM CONCRETO ARMADO
Para execução do piso primeiro se faz regularização do local, com
nivelamento, compactação do solo, depois é feito uma Sub-Base, esta tem que ser
drenante com função estrutural e haver homogeneidade. A Sub-Base pode ser
granular feita com pedregulhos ou estabilizante que é o solo tratado com cimento,
cal ou outras substâncias químicas. Depois da Sub-Base é feito um isolamento entre
a sub-base e camada de concreto para evitar perda de material e água do concreto
para a sub-base, diminuindo o atrito das duas camadas e assim garantindo a
eficiência de drenagem da sub-base. Esse isolamento é feito com lona ou
imprimação asfáltica.
4.1 FORMAS
O sistema de formas é geralmente constituído por peças metálicas
ou de madeira. As peças devem apresentar características de variação máxima de 3
mm á cada 5 m e rigidez suficiente para suportar as pressões laterais produzidas
pelo processo de concretagem e pelos equipamentos utilizados na faze de
adensamento.
A instalação das formas deve ser conforme a disposição geométrica
do projeto das áreas perimetrais das placas a serem concretadas, definidas pelas
juntas de construção e expansão e pelas bordas livres as formas devem ser
colocadas sobre a lona e devem ser fixadas com barras de ferros com diâmetro de
16 mm.
Já caracterizadas como definição de posicionamento das juntas de
construção as formas devem ter furos nas laterais para instalação das barras de
transferências distanciadas conforme projeto.
Após montagem das formas deve ser conferido o alinhamento das
mesmas.
15
Figura 08: Forma e elementos estruturais
4.2 POSICIONAMENTO DA ARMADURA
O posicionamento correto da armadura é importante para o
desempenho e durabilidade do piso, pois a armadura tem a função de combater as
fissuras causadas pela retração do concreto, para isso é necessário o uso de
espaçadores.
A armadura superior pode ser posicionada com espaçadores tipo
caranguejo ou distanciadores soldados. Os tipos caranguejo têm por função manter
posicionada a armadura e eles consistem em um pedaço de barra de aço dobrada.
Os distanciadores soldados são distribuídos em forma de linhas ou colunas
afastadas 80 cm aproximadamente umas das outras.
As armaduras inferiores são geralmente de grandes comprimentos
variando dependendo do tamanho das placas de concreto para cada piso, para seu
posicionamento são necessários distanciadores, os mais comuns são os de plástico,
seu distanciamento se dá pela utilização de 4 a 5 espaçadores por m².
Os espaçadores em forma de caranguejo são metálicos feitos com
cinco dobras ou em forma de treliça e os de plásticos são encontrados em diversos
modelos. Os espaçadores metálicos são utilizados para armaduras superiores e os
de plástico para armaduras inferiores. Pode-se observar modelos de espaçadores
nas figuras 01 e 02.
16
Figura 09: Treliça espaçadora
Figura 10: Espaçador de plástico tipo
cadeirinha.
Fonte: www.comunidade da construção.com.br
Fonte: www.masterbuild.com.br
4.3 BARRAS DE TRANSFERÊNCIA
As barras de transferências são utilizadas na extensão das juntas,
para fazer a transferência de cargas evitando patologias no piso. São feitas em aço
CA 25, possuem bitolas de 10 a 32 mm e comprimento padrão de 50 cm, maciças e
lisas. Amaradas em treliças, espaçadores, a barra deverá estar posicionada no meio
da separação entre as placas antes da concretagem, distancia geralmente a cada 30
cm. Metade da barra de transição deve ser engraxada assim proporcionando
movimento do piso após a cura do concreto.
Figura 11: Barra de transferência
17
4.4 CONCRETAGEM DO PISO
O processo de concretagem pode ser dividido em 5 etapas,
produção e transporte, lançamento, adensamento, acabamento superficial e cura.
Cada processo deve ser monitorado para alcançar os resultados esperados do piso.
Para a concretagem do piso tem que se basear na utilização final do
mesmo, assim levando em conta a trabalhabilidade, resistência mecânica e a
durabilidade, tendo em vista o aspecto final aonde ocorre às patologias.
A concretagem do piso é feita de várias maneiras que serão faladas
a seguir:
Concretagem em xadrez: o piso é concretado em forma de tabuleiro
de xadrez como mostras as figuras a seguir:
Figura 13: Concretagem final
Figura 12: Concretagem primeira etapa
Fonte: Artigo Cehop
A concretagem em faixas é um mecanismo não mais utilizado, pois
cada placa trabalha de forma independente e a logística de circulação pode ser
comprometida.
Concretagem em faixas: piso é feita em faixas alternadas que depois
serão cortadas, fazendo com que haja continuidade nas juntas longitudinais e que os
mecanismos de transferência de carga nas juntas também possam ocorrer por
intertravamento dos agregados. Processo recomendado e mais utilizado na
construção nos dias atuais.
18
Figura 14: Forma de concretagem em faixas
Concretagem em placas: é um processo inovador de concretagem
de grandes áreas com a utilização de equipamento Laser Screed, que faz operação
de espalhamento, adensamento, controle de nivelamento e parte do acabamento
superficial. As juntas são serradas posteriormente.
4.5 LANÇAMENTO DO CONCRETO
O lançamento deve ocorrer de forma contínua e em camada única e
sua velocidade deve ser compatível com a condição de vibração e acabamento,
sendo que a altura de lançamento não deve ser maior a 2m. O lançamento é
importante devido à textura e o acabamento final do piso.
O lançamento pode ser efetuado de maneira rápida quando é usado
concreto usinado, pois pode ser lançado diretamente do caminhão betoneira dando
agilidade ao serviço. O uso de bombas também é recomendado principalmente a do
tipo lança, por proporcionar maior versatilidade e capacidade de lançamento.
Depois do lançamento não deve ter demora a continuação dos
trabalhos, pois devem ser acabados antes do início da pega, evitando possíveis
patologias ao decorrer do tempo. Pode-se observar o lançamento do concreto
através de bomba na figura 04.
19
Figura 15: Concretagem de Piso
Fonte: pavrio.blogspot.com
4.6 ADENSAMENTO
Pelo fato de os pisos apresentarem grandes áreas e baixas
espessuras, o adensamento deve ser feito com régua vibratória esta por sua vez
espalha e vibra ao mesmo tempo dando assim um primeiro acabamento ao piso.
Nas laterais próximos as formas são recomendáveis o uso de vibradores de imersão
associados às réguas vibratórias, pois nessas áreas a eficiência da régua é sempre
baixa.
O equipamento Laser Screed proporciona um primeiro acabamento,
efetuando duas operações ao mesmo tempo, espalha e adensa o concreto. Pode-se
observar na figura 05 a utilização de régua vibratória
20
Figura 16: Utilização de régua vibratória em pisos de concreto armado
4.7 ACABAMENTO SUPERFICIAL
O acabamento do piso requer mão-de-obra qualificada e uso de
materiais de qualidade, pois proporcionam a qualidade do piso, quer pelo aspecto
técnico, quer pela sua maior visibilidade. O interesse do cliente é sempre pelo
aspecto visual, ou seja, quando o acabamento do piso fica perfeito atrai os olhos do
cliente, um piso mal acabado não gera atenção, passa por despercebido ou gera um
desinteresse por aquele acabamento.
Existem três tipos de acabamentos superficiais para concreto
armado, são eles: para áreas internas o mais utilizado é o liso espelhado, para áreas
externas o mais utilizado é o camurçado, proporcionando mais segurança por ser
antiderrapante, e existe também o vassourado, este é feito em forma de ranhuras na
superfície.
O acabamento é feito com equipamentos mecânico ou manual,
dando o aspecto final que entra em contato com o carregamento esse acabamento
pode ser mais liso ou áspero dependendo da utilidade final do piso.
A maioria dos equipamentos são simples e de baixo custo, os mais
conhecidos são o rodo de corte e o bull float (desempenadeira metálica ou de
madeira). Com base no aspecto de resistência abrasiva, que esta associada à
qualidade de acabamento e resistência do concreto, pode ser utilizado aspersão de
agregados de alta dureza, também conhecida como “salgamento superficial” e dry-
shake.
As máquinas acabadoras simples podem ser utilizadas em placas
pequenas de até 300m² ou para pisos com muitas obstruções, e a dupla proporciona
21
acabamentos mais lisos para os pisos tendendo a mater a área plana, abrangem
áreas maiores. A diferença entre as duas é a configuração da lâmina, o tamanho da
maquina, o motor e a velocidade. Pode-se observar na figura 06 o acabamento com
máquina dupla.
Figura 17: Acabamento superficial e piso com máquina dupla
4.7.1 Primeira etapa: regularizar o concreto
A regularização do piso é feita para ter um bom desempenho de
planicidade. A ferramenta utilizada é o “rodo de corte”, este constituído por uma
régua de alumínio ou magnésio fixada a um cabo que possibilita a mudança de
ângulo.
4.7.2 Desempenho mecânico do concreto
Tem a função de compactar a superfície, assim puxando a
argamassa para cima e os agregados grosso submersos na argamassa. Para
execução desse mecanismo é utilizado equipamentos chamados de
desempenadeira mecânicos com discos acoplados.
4.7.3 Alisamento Superficial
O alisamento final é feito com a desempenadeira mecânica só que
com lâminas mais finas, proporcionando o desempeno fino do concreto, a primeira
passada deve ser no mesmo sentido que o desempeno e a segunda transversal a
esta, sendo alternada nas operações seguintes.
22
Figura 18: Alisamento com desempenadeira mecânica
Fonte: lavpisos.blogspot.com
4.7.4 Cura do Concreto
A cura é de grande importância, pois se não tiver sido feito de
maneira adequada pode ocorrer imperfeições na superfície, podendo invalidar todos
os meios empregados na dosagem, mistura, adensamento e acabamento, e não
atingir a resistência esperada do concreto, assim ocasionando fissuras e outras
patologias.
A cura serve para manter as condições de hidratação do concreto,
que são umidade e temperatura. No Brasil é difícil ocorrer baixas temperaturas, por
isso todos os cuidados tomados estão relacionados à umidade.
Cura inicial: deve ser feita logo após as operações do adensamento,
de maneira indireta aplicando liquido retardador de evaporação, de maneira direta
usando lonas, filmes plásticos, transparentes ou opacos mas mantendo o cuidado
pois podem causar manchas no concreto.
Cura complementar ou cura úmida: a cura úmida está relacionada
aos fatores climáticos como calor, vento e umidade do ar. Alguns métodos utilizados
são lâmina de água sobre a superfície ou jogado serragem, areia ou qualquer outro
material com boa capacidade de retenção de água e que não ocasione manchas na
superfície.
23
Figura 19: Cura úmida do piso de concreto
4.8 JUNTAS
Os pisos são basicamente formados por placas retangulares ou
quadrados, com dimensões limitadas, separadas pelas juntas. As juntas têm grande
importância, pois são elas que vão permitir a movimentação de retração e
compressão das placas sem a ocorrência de fissuras. Segundo Rafael Cristelli
(2010), nos pisos industriais, os detalhes construtivos das juntas ainda apresentam
elementos capazes de redistribuir os esforços entre as placas.
As juntas podem ser classificadas em três tipos, cada uma tendo um
caso especifica para uso e consequentemente gerar desempenho satisfatório: juntas
de construção (JC), juntas serradas (JS), juntas de encontro (JE) e juntas de
dilatação (JD).
4.8.1 Juntas de construção
São juntas que permitem a transferência de carga entre as placas,
utilizadas nas juntas longitudinais para concretagem em placas. As juntas de
construção utilizam barras de transferência ou encaixe macho e fêmea como
mecanismo de transferência dos esforços entre as placas. O processo mais utilizado
é a barra de transferência por ser de mais fácil execução.
24
Figura 20: Encaixe barra de transferência junta de construção
Figura 21: Juntas de construção e barra de
transferência
Figura 22: Sistema de transferência macho
e fêmea
4.8.2 Juntas Serradas
As juntas serradas são usadas para permitir o equilíbrio das tensões
geradas pela retração do concreto sem causar fissuras na placa inteira. O concreto é
serrado induzindo a fissuração localizada. O processo de execução das juntas deve
ser feito em período do processo de cura, com maquinário especifico e disco
diamantado, os cortes devem ter 40 mm de profundidade e devem ser maior que 1/3
da espessura da placa.
25
Figura 23: Junta Serrada
4.8.3 Juntas de Encontro ou expansão
São juntas utilizadas onde ou ver encontro entre o piso e outras
estruturas, como pilares, base de maquinas, paredes, etc., para que o piso trabalhe
independente da outra estrutura. As juntas mais conhecidas são as juntas de
encontro tipo diamante e tipo circular.
Figura 24: Juntas de encontro tipo diamante e circular.
4.8.4 Juntas de dilatação
É feita em apenas casos especiais como pista com mudança de
direção de tráfego, como lugares de carregamento e descarga de materiais. Neste
caso deve-se usar barra de transferência com disposição de capuz, permitindo que o
piso desloque-se livremente.
26
5 ADITIVOS
São produtos utilizados durante o preparo do concreto ou
argamassa para melhorar certas propriedades do material. Estas propriedades são:
aumento da trabalhabilidade ou plasticidade do concreto, redução da retração,
reduzir o consumo de cimento, acelerar ou retardar o tempo de pega, aumento da
durabilidade entre outras.
Para a utilização do aditivo para um melhor resultado deve haver
uma compatibilidade entre os aditivos e os componentes do concreto.
Os aditivos retardadores são utilizados para retardar o tempo de
pega conforme a dosagem, prolongando assim a dissipação do calor de hidratação
ao longo do tempo, impedindo a perda rápida da água do concreto lançado, devido à
elevação da temperatura.
Os acelerados diminuem o tempo para o começo da resistência
inicial do concreto e da pega da pasta de cimento durante o endurecimento.
Os plastificantes tem efeito em relação à redução da relação água
/cimento, mantendo a trabalhabilidade desejada ou, como alternativa, aumenta a
trabalhabilidade com uma mesma relação água/cimento, reduzindo a permeabilidade
do concreto.
Superplastificantes ou redutores de água: proporcionam a obtenção
de concretos auto-adensáveis e com alta fluidez, e pode reduzir em ate 25% a água
de amassamento, resultando em maiores resistências e menor permeabilidade de
concretos.
Impermeabilizantes, é indicado para impermeabilização de solos,
cortinas, poços de elevadores, muros de arrimo, reservatórios, estruturas sujeitas à
infiltração do lençol freático, etc.
Incorporadores de ar: incorpora os concretos minúsculas bolhas
esféricas de ar, uniformemente distribuídas, permitindo a redução da água de
amassamento, melhorando a qualidade do concreto, reduzindo a segregação e
aumentando a trabalhabilidade.
Expansores: provocam a ligeira expansão ainda no estado fresco
durante a pega (três a oito % do volume dependendo do produto e da marca),
aumentando a aderência e a impermeabilidade.
27
Tabela 01: Tipos de aditivos
Fonte: ABESC
28
6 REVESTIMENTO DE PISOS DE CONCRETO.
Revestimentos são camadas finas usados em casos específicos nos
pisos como elemento de reforço e proteção, tem o objetivo de aumentar a vida útil e
diminuir o custo com manutenção.
São utilizados de acordo com a necessidade de agregar
características ao piso. Garantem proteção ao piso a agentes químicos e mecânicos,
agressões físicas e bacteriológicas, requisitos de higiene e estética.
Embora existam vários tipos de composição as principais bases
químicas que constituem o revestimento são poliméricas e cimentícias
As poliméricas podem variar sua espessura de 0,1mm á 6 mm
dependendo das características finais a ser obtidas. Já as cimentícias têm
espessura variável de 2 mm á 150 mm.
Os revestimentos podem ser classificados de acordo com sua base
de composição dos aglutinantes em cimentícios e poliméricos. Quanto ao sistema de
aplicação, são classificados como pintura, autonivelantes, multicamadas ou
argamassados / espatulados.
 Pintura: constituído como pintura de alta ou baixa espessura.
 Autonivelantes: constituído por uma polimérica com uma
pequena quantidade de carga mineral e de consistência
fluida.
 Multicamadas: constituído por uma matriz polimérica com
posterior incorporação de carga mineral cuja a aplicação é
feita em camadas subsequentes.
 Argamassado/ Espatulado: constitui por uma argamassa
polimérica com grande quantidade de carga mineral.
29
Tabela 02: Principais tipos de revestimentos a base polímeros.
Fonte: Oliveira 2003
30
Tabela 03: Principais tipos de revestimentos cimenticíos.
Fonte: Oliveira 2003
31
Tabela 04: Exemplos de revestimentos, e suas aplicações.
REVESTIMENTOS PARA SUPERFÍCIES DE CONCRETO
PRODUTO
MATERIAL
BASE VANTAGENS PREPARO APLICAÇÃO
Espessura de
Aplicação
Momento da
aplicação
Endurit
Componente
feito à base de
resina uretânica
* atóxico
*antimicrobiano
*excelente
resistência térmicas,
química e física.
Feito com equipamento
mecânico apripiado,
mistura-se o
componente A, B e C
com a maquina em
rotação até a
homogeneização do
produto
Manualmente ou com
equipamento screed box,
cuidando a espessura desejada
do piso. O acabamento deve
ser feito com desempenadeira.
Argamassado de 5 á
7 mm Espatulado
de 3,5 á 4,5 mm
Autonivelantes de 4
á 6 mm
Despois que o piso
esteja totalmente
pronto. Usado para
fazer reparos
Epoxi
Feito a base de
resina epoxi,
que é um
componente
plástico
termofixo
*baixa viscosidade
*antibacteriano
*atóxico *formação
de pelicola
impermeável
*resistência química
e física
Cada produto tem um
preparo especifico. Ver
manual explicativo do
produto
Cada produto tem uma
aplicação especifica. Ver
recomendações. Obs: tem que
passar um selador especifico
no piso antes da execução do
revestimento.
Tinta de 0,15 á 0,25
mm. Argamassado
de 4 á 6 mm
Depois de 12 á 24
horas após a aplicação
do selador especifico
para o piso. O
substrato deve estar
pronto.
Tinta PU
Base de resina
poliuretanica
com adição de
solvente para
aplicação
*Resistência abrasão,
mecânica e química
*Resiliência
*Impermeável
*Assepsia
Mistura dos
componentes A e B em
um recipiente, misturar
com equipamento
mecânico até sua
homogeneização
Através de rolo de lã para
aplicação de resina ou através
de equipamento do tipo air less
0,13 á 0,22 mm
Depois que o substrato
estar totalmente
pronto.
P 600
argamassa
cimentícia de
alta resistência
* alta resistência
mecânica
*controle de
retração
Pronto para uso, basta
acrescentar água de
acordo com as
indicações do fabricante
Mesma do concreto 12 á 20 mm
Quando o concreto
está no estado
pastoso. Logo após
fazer o processo de
adensamento,
acabamento e cura.
32
Figura 25: Execução de revestimento Endurit
Fonte: www.polipiso.com.br
Figura 26: Piso com revestimento Epóxi
Fonte: www.polipiso.com.br
33
7 CONCLUSÃO
A construção de pisos de concreto é uma opção cada vez mais
utilizada quando se busca utilização e soluções mais duráveis. Os aditivos, e
revestimentos usados de maneira correta dão mais resistência durabilidade e
características ao piso, assim resultando em diferentes acabamentos cada usado
em um local específico.
Independente da utilização final cada piso vai ter cuidados especiais
e manutenções atendendo as orientações do fabricante e da norma NBR 6118.
Se a execução do piso de concreto armado for feita de maneira
correta e usado o revestimento adequado para a utilização do mesmo, o piso tem
uma longa vida útil, por isso e pelo seu custo que esse piso é o mais utilizado.
34
REFERENCIAS
ABESC. Aditivos para concreto. Disponível em: < http://www.abesc.org.br/assets/files/
pricipios-basicos.pdf > Acessado dia 15 de março de 2013
ABESC. Manual do concreto Dosado em Central. Disponível em: <http://www.abesc.org.
br/pdf/manual.pdf > Acessado dia 15 de março de 2013
CHODOUNSKY, M. A.; VIECILI, F. A. Pisos Industriais de Concreto: Aspectos Teóricos
e Executivos. São Paulo, Reggenza, 2007
FREITAS JR, José de Almendra. Aditivos para Concreto. UFPR, 2012.
OLIVEIRA, Paulo S. F. Principais tipos de RAD para pisos. Revista Pisos Industriais 4°
Ed. SP 2003.
REVESTIMENTOS de Pisos. Disponivel em : <http://www.polipiso.com.br> Acessado dia
08 de março de 2013.
RODRIGUES, Públio Pena Firme et al. Manual Gerdau De Pisos Industrais. São Paulo:
Pini, 2006.
RODRIGUES, Públio Pena Firme, CASSARO, Cairo Frascino. Pisos Industriais De
Concreto Armado, 1998.

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PISOS DE CONCRETO ARMADO, ADITIVOS E REVESTIMENTOS

  • 1. UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E AMBIENTAIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PISOS DE CONCRETO ARMADO, ADITIVOS E REVESTIMENTOS Ana Lidia DallAgnol Alex Balestrini Jeniffer L. Sartori Chapecó - SC 2013
  • 2. ANA L. DALLAGNOL ALEX BALESTRINI JENIFFER L. SARTORI PISOS DE CONCRETO ARMADO, ADITIVOS E REVESTIMENTOS Trabalho da matéria de Técnicas Construtivas II . Chapecó - SC 2013
  • 3. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................5 2 MATERIAIS BÁSICOS.........................................................................................6 3 TIPOS DE PISOS ...............................................................................................11 3.1 De acordo com o reforço estrutural ...........................................................................11 3.2 De acordo com o tipo de fundação ............................................................................13 4 EXECUÇÃO DO PISO EM CONCRETO ARMADO...........................................14 4.1 Formas .......................................................................................................................14 4.2 Posicionamento da armadura.....................................................................................15 4.3 Barras de transferência...............................................................................................16 4.4 Concretagem do Piso .................................................................................................17 4.5 Lançamento do Concreto...........................................................................................18 4.6 Adensamento .............................................................................................................19 4.7 Acabamento Superficial.............................................................................................20 4.7.1 Primeira etapa: regularizar o concreto...................................................21 4.7.2 Desempenho mecânico do concreto .....................................................21 4.7.3 Alisamento Superficial ...........................................................................21 4.7.4 Cura do Concreto ..................................................................................22 4.8 Juntas .........................................................................................................................23 4.8.1 Juntas de Construção............................................................................23 4.8.2 Juntas Serradas.....................................................................................24 4.8.3 Juntas de Encontro ou expanção ..........................................................25 4.8.4 Juntas de dilatação................................................................................25 5 ADITIVOS...........................................................................................................26 6 REVESTIMENTO DE PISOS DE CONCRETO. .................................................28 7 CONCLUSÃO.....................................................................................................33 REFERENCIAS.........................................................................................................34
  • 4. LISTA DE FIGURAS Figura 01: Alguns tipos de fibras.................................................................................7 Figura 02: Pavimento de concreto reforçado fibras.....................................................8 Figura 03: Detalhe do composto com adição de fibras ...............................................8 Figura 04: Piso com armadura distribuída.................................................................11 Figura 05: Piso estruturalmente armado ...................................................................12 Figura 06: Piso com fibras.........................................................................................12 Figura 07: Piso protendido ........................................................................................13 Figura 08: Forma e elementos estruturais.................................................................15 Figura 09: Treliça espaçadora...................................................................................16 Figura 10: Espaçador de plástico tipo cadeirinha......................................................16 Figura 11: Barra de transferência..............................................................................16 Figura 13: Concretagem final ....................................................................................17 Figura 12: Concretagem primeira etapa....................................................................17 Figura 14: Forma de concretagem em faixas............................................................18 Figura 15: Concretagem de Piso...............................................................................19 Figura 16: Utilização de régua vibratória em pisos de concreto armado...................20 Figura 17: Acabamento superficial e piso com máquina dupla .................................21 Figura 18: Alisamento com desempenadeira mecânica............................................22 Figura 19: Cura úmida do piso de concreto ..............................................................23 Figura 20: Encaixe barra de transferência junta de construção ................................24 Figura 21: Juntas de construção e barra de ransferência .........................................24 Figura 22: Sistema de transferência macho e fêmea ................................................24 Figura 23: Junta Serrada...........................................................................................25 Figura 24: Juntas de encontro tipo diamante e circular.............................................25 Figura 25: Execução de revestimento Endurit...........................................................32 Figura 26: Piso com revestimento Epóxi ...................................................................32
  • 5. LISTA DE TABELAS Tabela 01: Tipos de aditivos......................................................................................27 Tabela 02: Principais tipos de revestimentos a base polímeros................................29 Tabela 03: Principais tipos de revestimentos cimenticíos. ........................................30 Tabela 04: Exemplos de revestimentos, e suas aplicações. .....................................31
  • 6. 5 1 INTRODUÇÃO Os pisos surgiram no Brasil há um pouco mais de 20 anos, sendo que no início eram feito de concreto simples por haver pouco conhecimento nessa área. O concreto simples apresentava muitas patologias para pisos pelo fato de ter pouca dimensão e grande espessura, em consequência o custo de manutenção era alto e assim havendo grande perda na produtividade. Com base nas patologias encontradas no concreto simples o concreto armado começou a surgir em 1995 com os estudos de Losberg (Losberg, 1961) e Meyerhof (Meyerhof, 1962). O concreto armado é a junção do concreto com aço, essa combinação resulta num produto final mais resistente capaz de suportar grandes cargas, combatendo a retração em suas vantagens contra o concreto simples o piso pode ser de menor espessura com índices de juntas menores resultando menos patologias. O concreto armado pode ser simples ou duplo, ou seja, com uma ou duas malhas de ferro.
  • 7. 6 2 MATERIAIS BÁSICOS  Cimento Existem cinco tipos de cimento portland comercializados no Brasil, CP-I, CP-II, CP-III, CP-IV, CP-V e três tipos de classes dependendo da resistência obtida aos 28 dias de idade do concreto em MPa, que são 25, 32 e 40. Os cimentos com adições têm como ponto negativo os elevados ponto de pega, sendo desfavorável quanto acabamento e ao longo do processo plástico do concreto aonde pode haver a ocorrência de fissuras que acontece na fase inicial do endurecimento do concreto. Para os cimentos da classe 40 observa- se uma reação inversa a esse processo. Como ponto positivo eles são mais resistentes aos ataques químicos, porque possuem mais resistência a tração, flexão para um mesmo nível de resistência a compressão.  Agregados Os agregados representam 70 % da composição do concreto e podem ser divididos em duas classes: graúdos e miúdos. Os miúdos possuem diâmetro de até 4,8 mm acima disso é considerado graúdo. Deve-se tomar cuidado na utilização dos agregados pois o mesmo quando reage com o cal pode ocasionar vantagens e desvantagens, como aderência com a pasta de cimento ou produzir géis expansivos que destroem as estruturas de concreto. Por sua vez proporciona redução de custos aumento da capacidade estrutural e do módulo de elasticidade do concreto e é possível obter variações volumétricas. O agregado miúdo irá afetar a trabalhabilidade do concreto, sendo que se é areia grossa ela dificulta o acabamento. Já o agregado graúdo afeta as propriedades do concreto endurecido que é a resistência mecânica, módulo de deformação e retração hidráulica.  Armadura A armadura é constituída por telas soldadas pré-fabricadas, que podem ser no formato quadrado ou retangular. No Brasil são usados o aço CA – 50 ou CA – 60 nas dimensões padronizadas. Elas podem ser fornecidas em painéis ou em rolos.  Fibras
  • 8. 7 A utilização de fibras para melhorar as características técnicas dos materiais vem sendo estudada em grande escala por diversas instituições de pesquisas e em mais variadas áreas de conhecimento. Na construção civil existem muitas aplicações consagradas, como as telhas, vedação acústica e térmica, em concretos projetados para túneis e nos pisos industriais. Segundo RODRIGUES et al. (2003), afirma que tem histórico de utilização desde a década de 1990, a adiçIão de fibras ao concreto pode ser realizado com distintos materiais, tais como aço, poliéster, sintética, polipropileno, nylon, vidro e carbono. Figura 01: Alguns tipos de fibras Chodosunsky (2007) define o concreto reforçado com fibras como uma mistura (compósito) constituída de duas fases: o concreto e as fibras. Suas propriedades são denominadas pelo comportamento estrutural do conjunto formado por seus componentes. Embora seus comportamento a fadiga não tenha sido aprofundado estudos, a adição de fibras ao concreto substituem a armadura distribuída convencional, e devido ao seu alto modulo de deformação, resiste aos esforços de traçarão, reduzindo os índices de fissuração dos pavimentos, gerando material com elevado índice de ductilidade e boa capacidade de distribuição dos esforços. O numero de juntas é reduzida devido as tensões geradas no interior da placa (Chodosunsky 2007).
  • 9. 8 Figura 02: Pavimento de concreto reforçado fibras. As fibras produzidas a partir de materiais de alta resistência são misturadas ao concreto minutos antes da execução do piso. Figura 03: Detalhe do composto com adição de fibras Segundo Chodosunsky (2007), quanto maior for a quantidade de fibras no concreto maior será a possibilidade da fibra interceptar uma fissura, sendo usual uma concentração na ordem de 0,25% do volume de concreto utilizado. Segundo Balaguru (1994), “a eficiência das fibras depende de diversos fatores, como a sua relação l/d, comprimento, módulo de elasticidade, dosagem e ate mesmo as características do próprio concreto: por exemplo, matrizes mais ricas (menos relação cimento/ areia) respondem mais eficientemente à adição de fibras, e o concreto leve apresenta maior potencial de redução de fissuras do que o convencional, quando são empregados teores e tipos idênticos de fibras.” No passado, as fibras para concreto eram utilizadas apenas para evitar a retração ou reforçar a resistência mecânica. Mas, atualmente diversas
  • 10. 9 aplicações foram incorporadas, a sua aplicação depende das necessidades de cada obra, mas são utilizadas normalmente em pavimentos rígidos, pisos industriais, projetados, áreas de piscina, pré-moldados, argamassas, tanques e reservatórios, entre outros. As principais vantagens da utilização de concreto reforçado com fibras:  Eliminação da etapa de colocação de armadura, redução de mão de obra, tempo de montagem das armaduras e insumos (ferramentas, telas soldadas, espaçadores, barras de transferência, caranguejos, etc.)  Espaço de canteiro de obra e otimização dos espaços de estocagem dos materiais, com a redução do numero de ferramentas e matérias primas relativas à montagem das armaduras.  Simplificação do processo de concretagem, facilidade de vibração devido a ausência de armaduras.  Quando utilização de alguns tipos de fibras, excluem-se de aço, ocorre diminuição dos riscos de patologias causadas por corrosão. A pesar do sistema de pisos de concreto reforçado com fibras apresentar inúmera vantagem, o controle do concreto deverá ser bastante cuidadosos. É de fundamental importância observar critérios quanto a distribuição homogêneos das fibras na placa de concreto, assegurando comportamento previsto em projeto e evitando formicação de bolas formadas pela aglomeração de fibras e da fração mais fina dos agregados e cimento, que comprometem o desempenho do material e prejudicam os processos de concretagem, como a partir de estudos das empresas responsáveis pelo fornecimento do concreto.  Selantes e materiais de preenchimento de juntas Os selantes são utilizados aonde que há pouco tráfego, pois não resistem muito ao atrito, por serem de natureza plástica tem como objetivo fazer a vedação das juntas de pavimentos impedindo a entrada de substancias agressiva ao pavimento que podem causar danos ao desempenho do mesmo. Eles podem ser divididos em pré-moldados ou moldados no local.
  • 11. 10 Pré moldados: possuem forma previamente definida e são fixadas as juntas por meio de adesivos são empregados em juntas com bastante capacidade de movimentação onde há tráfego de equipamentos. Os mais usados são de borracha sintética como neopreme. Moldado no local: a fôrma é a própria parede das juntas, podem ser de dois tipos.  Os vazados a quente: são de baixo custo a base de asfalto e alcatrão ou misturas de borracha moída, possui baixa resistência química. É utilizado em estradas, no caso de pisos seu uso é restrito por causa de sua aparência.  Moldados a frio: são produzidos a base epóxi, poliuretano, silicone, polímero apropriado. Podem ser obtidos de diferentes corres. Possuem resistência a produtos químicos adequado para pisos. Eles vêm sendo usado cada vez mais por permitirem dureza elevada.  Materiais de preenchimento de juntas São feitas de resinas epoxídicas ou poli-uréias com bastante resistências capazes de suportar trafego de rodas rígidas não sendo danificadas com o atrito. Em função da baixa mobilidade elas só devem ser usadas em áreas limpas, pois se não ela não tem o efeito de selante e podem ser danificadas pela sujeira.
  • 12. 11 3 TIPOS DE PISOS A execução do piso começa pelo desenvolvimento de um projeto especifico, onde vai ser considerado vários fatores. Segundo Rodrigo Resende de Sá (2009), pisos industriais são definidos como sendo elementos que estão continuamente apoiados e que são dimensionados para suportar cargas diferenciais quanto à intensidade e forma de atuação. Para cada situação de carregamento é imposto um tipo de piso estrutural. Desta forma os pisos podem ser classificados das seguintes formas: 3.1 DE ACORDO COM O REFORÇO ESTRUTURAL Pisos com armadura distribuída: é o mais popular dos pavimentos industriais, constituído por uma estrutura em que a armadura, geralmente uma tela soldada, é posicionada no terço superior da placa de concreto, conforme mostra a figura 01. Figura 04: Piso com armadura distribuída Pavimento estruturalmente armado: A conceituação formal do pavimento estruturalmente armado em nosso país tem menos de 10 anos, enquanto, por exemplo, na Europa, é empregado há mais de 50 anos. Esse tipo de pavimento possui uma armadura positiva posicionada na parte inferior da placa de concreto, destinada a absorver os esforços criados pelos carregamentos, conforme figura 02.
  • 13. 12 Figura 05: Piso estruturalmente armado Reforço com fibras: A partir de 1990 o Brasil passou a contar com fibras de aço adequadas à execução dos pavimentos industriais. Essas fibras substituem a utilização da armadura propriamente dita por fibras estruturais metálicas (aço) ou sintéticas (macro fibras). Além das fibras metálicas e sintéticas, temos disponíveis hoje outros tipos de fibras de alto módulo, como a de vidro e a plástica, conforme figura 03. Figura 06: Piso com fibras Piso protendido: Esse tipo de pavimento foi impulsionado recentemente pela chegada da cordoalha engraxada, e tem como grande atrativo a possibilidade de execução de pisos praticamente sem juntas. O piso protendido é utilizado na área aeroportuária e tem como um dos mais ilustres exemplos o aeroporto Tom Jobim no Rio de Janeiro, construído há cerca de 30 anos, conforme figura 04.
  • 14. 13 Figura 07: Piso protendido 3.2 DE ACORDO COM O TIPO DE FUNDAÇÃO Fundação direta: corresponde à maioria dos pisos industriais, e são aqueles que se apoiam as armaduras diretamente sobre o terreno (subleito), havendo ou não o emprego de sub-bases, embora sejam sempre recomendadas. A taxa admissível do terreno de fundação é compatível com as cargas previstas no piso. Para cargas pontuais e móveis, a estrutura do piso é capaz de transmitir ao solo uma tensão geralmente inferior a 50 kPa, mas para cargas uniformemente distribuídas a capacidade de redistribuição dos esforços é pequena. Fundação profunda: são os pisos executados sobre terrenos sem capacidade de suporte compatível com as cargas solicitantes. Neste caso, algumas soluções são as lajes apoiadas em vigas, armadas em duas direções e em uma direção, ou as lajes planas, sem vigas, também chamadas de lajes cogumelo.
  • 15. 14 4 EXECUÇÃO DO PISO EM CONCRETO ARMADO Para execução do piso primeiro se faz regularização do local, com nivelamento, compactação do solo, depois é feito uma Sub-Base, esta tem que ser drenante com função estrutural e haver homogeneidade. A Sub-Base pode ser granular feita com pedregulhos ou estabilizante que é o solo tratado com cimento, cal ou outras substâncias químicas. Depois da Sub-Base é feito um isolamento entre a sub-base e camada de concreto para evitar perda de material e água do concreto para a sub-base, diminuindo o atrito das duas camadas e assim garantindo a eficiência de drenagem da sub-base. Esse isolamento é feito com lona ou imprimação asfáltica. 4.1 FORMAS O sistema de formas é geralmente constituído por peças metálicas ou de madeira. As peças devem apresentar características de variação máxima de 3 mm á cada 5 m e rigidez suficiente para suportar as pressões laterais produzidas pelo processo de concretagem e pelos equipamentos utilizados na faze de adensamento. A instalação das formas deve ser conforme a disposição geométrica do projeto das áreas perimetrais das placas a serem concretadas, definidas pelas juntas de construção e expansão e pelas bordas livres as formas devem ser colocadas sobre a lona e devem ser fixadas com barras de ferros com diâmetro de 16 mm. Já caracterizadas como definição de posicionamento das juntas de construção as formas devem ter furos nas laterais para instalação das barras de transferências distanciadas conforme projeto. Após montagem das formas deve ser conferido o alinhamento das mesmas.
  • 16. 15 Figura 08: Forma e elementos estruturais 4.2 POSICIONAMENTO DA ARMADURA O posicionamento correto da armadura é importante para o desempenho e durabilidade do piso, pois a armadura tem a função de combater as fissuras causadas pela retração do concreto, para isso é necessário o uso de espaçadores. A armadura superior pode ser posicionada com espaçadores tipo caranguejo ou distanciadores soldados. Os tipos caranguejo têm por função manter posicionada a armadura e eles consistem em um pedaço de barra de aço dobrada. Os distanciadores soldados são distribuídos em forma de linhas ou colunas afastadas 80 cm aproximadamente umas das outras. As armaduras inferiores são geralmente de grandes comprimentos variando dependendo do tamanho das placas de concreto para cada piso, para seu posicionamento são necessários distanciadores, os mais comuns são os de plástico, seu distanciamento se dá pela utilização de 4 a 5 espaçadores por m². Os espaçadores em forma de caranguejo são metálicos feitos com cinco dobras ou em forma de treliça e os de plásticos são encontrados em diversos modelos. Os espaçadores metálicos são utilizados para armaduras superiores e os de plástico para armaduras inferiores. Pode-se observar modelos de espaçadores nas figuras 01 e 02.
  • 17. 16 Figura 09: Treliça espaçadora Figura 10: Espaçador de plástico tipo cadeirinha. Fonte: www.comunidade da construção.com.br Fonte: www.masterbuild.com.br 4.3 BARRAS DE TRANSFERÊNCIA As barras de transferências são utilizadas na extensão das juntas, para fazer a transferência de cargas evitando patologias no piso. São feitas em aço CA 25, possuem bitolas de 10 a 32 mm e comprimento padrão de 50 cm, maciças e lisas. Amaradas em treliças, espaçadores, a barra deverá estar posicionada no meio da separação entre as placas antes da concretagem, distancia geralmente a cada 30 cm. Metade da barra de transição deve ser engraxada assim proporcionando movimento do piso após a cura do concreto. Figura 11: Barra de transferência
  • 18. 17 4.4 CONCRETAGEM DO PISO O processo de concretagem pode ser dividido em 5 etapas, produção e transporte, lançamento, adensamento, acabamento superficial e cura. Cada processo deve ser monitorado para alcançar os resultados esperados do piso. Para a concretagem do piso tem que se basear na utilização final do mesmo, assim levando em conta a trabalhabilidade, resistência mecânica e a durabilidade, tendo em vista o aspecto final aonde ocorre às patologias. A concretagem do piso é feita de várias maneiras que serão faladas a seguir: Concretagem em xadrez: o piso é concretado em forma de tabuleiro de xadrez como mostras as figuras a seguir: Figura 13: Concretagem final Figura 12: Concretagem primeira etapa Fonte: Artigo Cehop A concretagem em faixas é um mecanismo não mais utilizado, pois cada placa trabalha de forma independente e a logística de circulação pode ser comprometida. Concretagem em faixas: piso é feita em faixas alternadas que depois serão cortadas, fazendo com que haja continuidade nas juntas longitudinais e que os mecanismos de transferência de carga nas juntas também possam ocorrer por intertravamento dos agregados. Processo recomendado e mais utilizado na construção nos dias atuais.
  • 19. 18 Figura 14: Forma de concretagem em faixas Concretagem em placas: é um processo inovador de concretagem de grandes áreas com a utilização de equipamento Laser Screed, que faz operação de espalhamento, adensamento, controle de nivelamento e parte do acabamento superficial. As juntas são serradas posteriormente. 4.5 LANÇAMENTO DO CONCRETO O lançamento deve ocorrer de forma contínua e em camada única e sua velocidade deve ser compatível com a condição de vibração e acabamento, sendo que a altura de lançamento não deve ser maior a 2m. O lançamento é importante devido à textura e o acabamento final do piso. O lançamento pode ser efetuado de maneira rápida quando é usado concreto usinado, pois pode ser lançado diretamente do caminhão betoneira dando agilidade ao serviço. O uso de bombas também é recomendado principalmente a do tipo lança, por proporcionar maior versatilidade e capacidade de lançamento. Depois do lançamento não deve ter demora a continuação dos trabalhos, pois devem ser acabados antes do início da pega, evitando possíveis patologias ao decorrer do tempo. Pode-se observar o lançamento do concreto através de bomba na figura 04.
  • 20. 19 Figura 15: Concretagem de Piso Fonte: pavrio.blogspot.com 4.6 ADENSAMENTO Pelo fato de os pisos apresentarem grandes áreas e baixas espessuras, o adensamento deve ser feito com régua vibratória esta por sua vez espalha e vibra ao mesmo tempo dando assim um primeiro acabamento ao piso. Nas laterais próximos as formas são recomendáveis o uso de vibradores de imersão associados às réguas vibratórias, pois nessas áreas a eficiência da régua é sempre baixa. O equipamento Laser Screed proporciona um primeiro acabamento, efetuando duas operações ao mesmo tempo, espalha e adensa o concreto. Pode-se observar na figura 05 a utilização de régua vibratória
  • 21. 20 Figura 16: Utilização de régua vibratória em pisos de concreto armado 4.7 ACABAMENTO SUPERFICIAL O acabamento do piso requer mão-de-obra qualificada e uso de materiais de qualidade, pois proporcionam a qualidade do piso, quer pelo aspecto técnico, quer pela sua maior visibilidade. O interesse do cliente é sempre pelo aspecto visual, ou seja, quando o acabamento do piso fica perfeito atrai os olhos do cliente, um piso mal acabado não gera atenção, passa por despercebido ou gera um desinteresse por aquele acabamento. Existem três tipos de acabamentos superficiais para concreto armado, são eles: para áreas internas o mais utilizado é o liso espelhado, para áreas externas o mais utilizado é o camurçado, proporcionando mais segurança por ser antiderrapante, e existe também o vassourado, este é feito em forma de ranhuras na superfície. O acabamento é feito com equipamentos mecânico ou manual, dando o aspecto final que entra em contato com o carregamento esse acabamento pode ser mais liso ou áspero dependendo da utilidade final do piso. A maioria dos equipamentos são simples e de baixo custo, os mais conhecidos são o rodo de corte e o bull float (desempenadeira metálica ou de madeira). Com base no aspecto de resistência abrasiva, que esta associada à qualidade de acabamento e resistência do concreto, pode ser utilizado aspersão de agregados de alta dureza, também conhecida como “salgamento superficial” e dry- shake. As máquinas acabadoras simples podem ser utilizadas em placas pequenas de até 300m² ou para pisos com muitas obstruções, e a dupla proporciona
  • 22. 21 acabamentos mais lisos para os pisos tendendo a mater a área plana, abrangem áreas maiores. A diferença entre as duas é a configuração da lâmina, o tamanho da maquina, o motor e a velocidade. Pode-se observar na figura 06 o acabamento com máquina dupla. Figura 17: Acabamento superficial e piso com máquina dupla 4.7.1 Primeira etapa: regularizar o concreto A regularização do piso é feita para ter um bom desempenho de planicidade. A ferramenta utilizada é o “rodo de corte”, este constituído por uma régua de alumínio ou magnésio fixada a um cabo que possibilita a mudança de ângulo. 4.7.2 Desempenho mecânico do concreto Tem a função de compactar a superfície, assim puxando a argamassa para cima e os agregados grosso submersos na argamassa. Para execução desse mecanismo é utilizado equipamentos chamados de desempenadeira mecânicos com discos acoplados. 4.7.3 Alisamento Superficial O alisamento final é feito com a desempenadeira mecânica só que com lâminas mais finas, proporcionando o desempeno fino do concreto, a primeira passada deve ser no mesmo sentido que o desempeno e a segunda transversal a esta, sendo alternada nas operações seguintes.
  • 23. 22 Figura 18: Alisamento com desempenadeira mecânica Fonte: lavpisos.blogspot.com 4.7.4 Cura do Concreto A cura é de grande importância, pois se não tiver sido feito de maneira adequada pode ocorrer imperfeições na superfície, podendo invalidar todos os meios empregados na dosagem, mistura, adensamento e acabamento, e não atingir a resistência esperada do concreto, assim ocasionando fissuras e outras patologias. A cura serve para manter as condições de hidratação do concreto, que são umidade e temperatura. No Brasil é difícil ocorrer baixas temperaturas, por isso todos os cuidados tomados estão relacionados à umidade. Cura inicial: deve ser feita logo após as operações do adensamento, de maneira indireta aplicando liquido retardador de evaporação, de maneira direta usando lonas, filmes plásticos, transparentes ou opacos mas mantendo o cuidado pois podem causar manchas no concreto. Cura complementar ou cura úmida: a cura úmida está relacionada aos fatores climáticos como calor, vento e umidade do ar. Alguns métodos utilizados são lâmina de água sobre a superfície ou jogado serragem, areia ou qualquer outro material com boa capacidade de retenção de água e que não ocasione manchas na superfície.
  • 24. 23 Figura 19: Cura úmida do piso de concreto 4.8 JUNTAS Os pisos são basicamente formados por placas retangulares ou quadrados, com dimensões limitadas, separadas pelas juntas. As juntas têm grande importância, pois são elas que vão permitir a movimentação de retração e compressão das placas sem a ocorrência de fissuras. Segundo Rafael Cristelli (2010), nos pisos industriais, os detalhes construtivos das juntas ainda apresentam elementos capazes de redistribuir os esforços entre as placas. As juntas podem ser classificadas em três tipos, cada uma tendo um caso especifica para uso e consequentemente gerar desempenho satisfatório: juntas de construção (JC), juntas serradas (JS), juntas de encontro (JE) e juntas de dilatação (JD). 4.8.1 Juntas de construção São juntas que permitem a transferência de carga entre as placas, utilizadas nas juntas longitudinais para concretagem em placas. As juntas de construção utilizam barras de transferência ou encaixe macho e fêmea como mecanismo de transferência dos esforços entre as placas. O processo mais utilizado é a barra de transferência por ser de mais fácil execução.
  • 25. 24 Figura 20: Encaixe barra de transferência junta de construção Figura 21: Juntas de construção e barra de transferência Figura 22: Sistema de transferência macho e fêmea 4.8.2 Juntas Serradas As juntas serradas são usadas para permitir o equilíbrio das tensões geradas pela retração do concreto sem causar fissuras na placa inteira. O concreto é serrado induzindo a fissuração localizada. O processo de execução das juntas deve ser feito em período do processo de cura, com maquinário especifico e disco diamantado, os cortes devem ter 40 mm de profundidade e devem ser maior que 1/3 da espessura da placa.
  • 26. 25 Figura 23: Junta Serrada 4.8.3 Juntas de Encontro ou expansão São juntas utilizadas onde ou ver encontro entre o piso e outras estruturas, como pilares, base de maquinas, paredes, etc., para que o piso trabalhe independente da outra estrutura. As juntas mais conhecidas são as juntas de encontro tipo diamante e tipo circular. Figura 24: Juntas de encontro tipo diamante e circular. 4.8.4 Juntas de dilatação É feita em apenas casos especiais como pista com mudança de direção de tráfego, como lugares de carregamento e descarga de materiais. Neste caso deve-se usar barra de transferência com disposição de capuz, permitindo que o piso desloque-se livremente.
  • 27. 26 5 ADITIVOS São produtos utilizados durante o preparo do concreto ou argamassa para melhorar certas propriedades do material. Estas propriedades são: aumento da trabalhabilidade ou plasticidade do concreto, redução da retração, reduzir o consumo de cimento, acelerar ou retardar o tempo de pega, aumento da durabilidade entre outras. Para a utilização do aditivo para um melhor resultado deve haver uma compatibilidade entre os aditivos e os componentes do concreto. Os aditivos retardadores são utilizados para retardar o tempo de pega conforme a dosagem, prolongando assim a dissipação do calor de hidratação ao longo do tempo, impedindo a perda rápida da água do concreto lançado, devido à elevação da temperatura. Os acelerados diminuem o tempo para o começo da resistência inicial do concreto e da pega da pasta de cimento durante o endurecimento. Os plastificantes tem efeito em relação à redução da relação água /cimento, mantendo a trabalhabilidade desejada ou, como alternativa, aumenta a trabalhabilidade com uma mesma relação água/cimento, reduzindo a permeabilidade do concreto. Superplastificantes ou redutores de água: proporcionam a obtenção de concretos auto-adensáveis e com alta fluidez, e pode reduzir em ate 25% a água de amassamento, resultando em maiores resistências e menor permeabilidade de concretos. Impermeabilizantes, é indicado para impermeabilização de solos, cortinas, poços de elevadores, muros de arrimo, reservatórios, estruturas sujeitas à infiltração do lençol freático, etc. Incorporadores de ar: incorpora os concretos minúsculas bolhas esféricas de ar, uniformemente distribuídas, permitindo a redução da água de amassamento, melhorando a qualidade do concreto, reduzindo a segregação e aumentando a trabalhabilidade. Expansores: provocam a ligeira expansão ainda no estado fresco durante a pega (três a oito % do volume dependendo do produto e da marca), aumentando a aderência e a impermeabilidade.
  • 28. 27 Tabela 01: Tipos de aditivos Fonte: ABESC
  • 29. 28 6 REVESTIMENTO DE PISOS DE CONCRETO. Revestimentos são camadas finas usados em casos específicos nos pisos como elemento de reforço e proteção, tem o objetivo de aumentar a vida útil e diminuir o custo com manutenção. São utilizados de acordo com a necessidade de agregar características ao piso. Garantem proteção ao piso a agentes químicos e mecânicos, agressões físicas e bacteriológicas, requisitos de higiene e estética. Embora existam vários tipos de composição as principais bases químicas que constituem o revestimento são poliméricas e cimentícias As poliméricas podem variar sua espessura de 0,1mm á 6 mm dependendo das características finais a ser obtidas. Já as cimentícias têm espessura variável de 2 mm á 150 mm. Os revestimentos podem ser classificados de acordo com sua base de composição dos aglutinantes em cimentícios e poliméricos. Quanto ao sistema de aplicação, são classificados como pintura, autonivelantes, multicamadas ou argamassados / espatulados.  Pintura: constituído como pintura de alta ou baixa espessura.  Autonivelantes: constituído por uma polimérica com uma pequena quantidade de carga mineral e de consistência fluida.  Multicamadas: constituído por uma matriz polimérica com posterior incorporação de carga mineral cuja a aplicação é feita em camadas subsequentes.  Argamassado/ Espatulado: constitui por uma argamassa polimérica com grande quantidade de carga mineral.
  • 30. 29 Tabela 02: Principais tipos de revestimentos a base polímeros. Fonte: Oliveira 2003
  • 31. 30 Tabela 03: Principais tipos de revestimentos cimenticíos. Fonte: Oliveira 2003
  • 32. 31 Tabela 04: Exemplos de revestimentos, e suas aplicações. REVESTIMENTOS PARA SUPERFÍCIES DE CONCRETO PRODUTO MATERIAL BASE VANTAGENS PREPARO APLICAÇÃO Espessura de Aplicação Momento da aplicação Endurit Componente feito à base de resina uretânica * atóxico *antimicrobiano *excelente resistência térmicas, química e física. Feito com equipamento mecânico apripiado, mistura-se o componente A, B e C com a maquina em rotação até a homogeneização do produto Manualmente ou com equipamento screed box, cuidando a espessura desejada do piso. O acabamento deve ser feito com desempenadeira. Argamassado de 5 á 7 mm Espatulado de 3,5 á 4,5 mm Autonivelantes de 4 á 6 mm Despois que o piso esteja totalmente pronto. Usado para fazer reparos Epoxi Feito a base de resina epoxi, que é um componente plástico termofixo *baixa viscosidade *antibacteriano *atóxico *formação de pelicola impermeável *resistência química e física Cada produto tem um preparo especifico. Ver manual explicativo do produto Cada produto tem uma aplicação especifica. Ver recomendações. Obs: tem que passar um selador especifico no piso antes da execução do revestimento. Tinta de 0,15 á 0,25 mm. Argamassado de 4 á 6 mm Depois de 12 á 24 horas após a aplicação do selador especifico para o piso. O substrato deve estar pronto. Tinta PU Base de resina poliuretanica com adição de solvente para aplicação *Resistência abrasão, mecânica e química *Resiliência *Impermeável *Assepsia Mistura dos componentes A e B em um recipiente, misturar com equipamento mecânico até sua homogeneização Através de rolo de lã para aplicação de resina ou através de equipamento do tipo air less 0,13 á 0,22 mm Depois que o substrato estar totalmente pronto. P 600 argamassa cimentícia de alta resistência * alta resistência mecânica *controle de retração Pronto para uso, basta acrescentar água de acordo com as indicações do fabricante Mesma do concreto 12 á 20 mm Quando o concreto está no estado pastoso. Logo após fazer o processo de adensamento, acabamento e cura.
  • 33. 32 Figura 25: Execução de revestimento Endurit Fonte: www.polipiso.com.br Figura 26: Piso com revestimento Epóxi Fonte: www.polipiso.com.br
  • 34. 33 7 CONCLUSÃO A construção de pisos de concreto é uma opção cada vez mais utilizada quando se busca utilização e soluções mais duráveis. Os aditivos, e revestimentos usados de maneira correta dão mais resistência durabilidade e características ao piso, assim resultando em diferentes acabamentos cada usado em um local específico. Independente da utilização final cada piso vai ter cuidados especiais e manutenções atendendo as orientações do fabricante e da norma NBR 6118. Se a execução do piso de concreto armado for feita de maneira correta e usado o revestimento adequado para a utilização do mesmo, o piso tem uma longa vida útil, por isso e pelo seu custo que esse piso é o mais utilizado.
  • 35. 34 REFERENCIAS ABESC. Aditivos para concreto. Disponível em: < http://www.abesc.org.br/assets/files/ pricipios-basicos.pdf > Acessado dia 15 de março de 2013 ABESC. Manual do concreto Dosado em Central. Disponível em: <http://www.abesc.org. br/pdf/manual.pdf > Acessado dia 15 de março de 2013 CHODOUNSKY, M. A.; VIECILI, F. A. Pisos Industriais de Concreto: Aspectos Teóricos e Executivos. São Paulo, Reggenza, 2007 FREITAS JR, José de Almendra. Aditivos para Concreto. UFPR, 2012. OLIVEIRA, Paulo S. F. Principais tipos de RAD para pisos. Revista Pisos Industriais 4° Ed. SP 2003. REVESTIMENTOS de Pisos. Disponivel em : <http://www.polipiso.com.br> Acessado dia 08 de março de 2013. RODRIGUES, Públio Pena Firme et al. Manual Gerdau De Pisos Industrais. São Paulo: Pini, 2006. RODRIGUES, Públio Pena Firme, CASSARO, Cairo Frascino. Pisos Industriais De Concreto Armado, 1998.